Susceptibilidade antibacteriana e detecção do gene mecA de

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Susceptibilidade antibacteriana e detecção do gene
mecA de Staphylococcus aureus provenientes
das mãos de dentistas durante procedimentos
odontológicos
Pereira, RFR1,2; Bassi, RC1; Lopes, JRG1; Silva, JJ1; Pinto, LHF1; Fiorini, JE3; Barros, LM4; Boriollo, MFG1
Laboratório de Genética e Biologia Molecular, Universidade de Alfenas - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil.
Universidade Federal de Alfenas, Faculdade de Ciências Biológicas – FCB/UNIFAL, Alfenas, MG, Brasil.
[email protected]
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Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microrganismos, Universidade de Alfenas - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil.
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Faculdade de Odontologia de Alfenas, Universidade de Alfenas - UNIFENAS, Alfenas, MG, Brasil.
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Palavras-chave: Staphylococcus aureus, susceptibilidade antibacteriana, gene mecA, procedimentos odontológicos.
A espécie Staphylococcus aureus tem sido considerada um dos principais patógenos oportunistas para humanos,
sendo encontrada como agente primário de certos processos supurativos (osteomielite, foliculite, terçol, síndrome
da pele escaldada e infecções urinárias) ou atuar apenas como agente de infecção secundária. Infecções durante
procedimentos clínicos e cirúrgicos causados por esta bactéria constituem um problema relevante, considerando
sua possível resistência aos principais antibióticos empregados na prática médica. Portanto, se faz necessário a
utilização de metodologias profiláticas adequadas em locais propensos a essas infecções, tais como ambientes
hospitalares e odontológicos. A presente pesquisa investigou a existência de Staphylococcus spp. e S. aureus nas
mãos de dentistas antes e após os procedimentos odontológicos, a susceptibilidade antibacteriana e a presença
do gene mecA de S. aureus. Amostras de swab provenientes de ambas as mãos de estudantes, da Faculdade de
Odontologia de Alfenas – UNIFENAS, antes e logo após a assepsia e, posteriormente, após os procedimentos
odontológicos (± 2h30min), foram inoculadas em Agar Manitol Salgado e mantidas a 37oC por 48 horas. Colônias
indicativas de fermentação do manitol por staphylococci patogênicos (i.e., presença de halo amarelo em torno das
colônias) foram subcultivadas em caldo BHI (Brain Heart Broth) a 37ºC por 24 horas. As espécies de S. aureus foram
identificadas pelo teste de aglutinação (Staphy Test), coloração de Gram, teste de coagulase e DNAse. Espécies de
S. aureus identificadas foram introduzidas em meio MHA suplementado com NaCl 4% e oxacilina (6mg/mL) a fim
de detectar a presença do gene mecA e o teste de susceptibilidade foi realizado pelo método de difusão em discos.
Um total de 14 profissionais (73,7%) apresentaram Staphylococcus spp. e S. aureus em ambas as mãos ou em apenas
uma delas, antes da primeira lavagem, após a primeira lavagem, ou nas mãos ou nas luvas após atendimento
aos pacientes (±2h30min) (3,9 ± 5,6 UFC/cm2). Resistência antimicrobiana foi observada 87,1% dos isolados de
S. aureus: AMP (53,0%), AMO (55,3%), OXA (12,9%), TET (11,4%), VAN (2,3%), CFE (7,6%), CFL (7,6%), CFO (8,3%),
CLIN (6,8%) e ERI (44,7%). Multi-resistentes foram observados em 41,7% dos isolados, contudo apenas 1 isolado
(0,7%) foi caracterizado como portador do gene mecA. Sugere-se a implantação de medidas mais eficazes para a
redução ou eliminação e monitoramento periódico de S. aureus multi-resistentes em profissionais dentistas a fim
de prevenir a sua transmissão e propagação em ambientes odontológicos e pacientes.
Apoio financeiro: FAPEMIG e Lab. Genética e Biologia Molecular – UNIFENAS
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