Nutrição maternal e sua relação com o tamanho do recém-nascido. Há muitos estudos sobre esta área tanto com animais e com os seres humanos, contudo é muito relativo quando se trata do homem, pois tem interferência psicológica, formativa da mãe e também das condições sociais. Ressalto que os cálculos para o desenvolvimento de um concepto é mais preciso quando se trata de uma gravidez planejada, futura. O histórico da mãe influencia no desenvolvimento do concepto. Devemos nos lembrar da estatura da mãe, por exemplo uma mãe desfavorecida economicamente em relação a uma mãe de família rica, isto refletira nos próximos 7 anos de vida da criança. Associações relevantes relatadas, tais como: entre estatura da mãe e peso de nascimento do filho e entre o peso pré-concepção e o peso do recém-nascido, entre mães da mesma estatura. É possível supor, que a qualidade funcional da placenta esteja prejudicada em mães que chegam à gravidez em condições insatisfatórias de nutrição. Dados experimentais em reprodução humana, tem-se os efeitos consequentes à desnutrição aguda (jejum ou fome como a causada por calamidade pública) e as alterações mais moderadas (e em geral mais prolongadas) da nutrição durante a gestação. A velocidade de crescimento do feto pode ser inferida, em dada espécie animal, do peso do concepto a termo e da duração da gestação. O tamanho do feto é diretamente relacionado ao tamanho da mãe. Segundo assinala Cheek, o sangue materno que perfunde a placenta, e do qual depende o fornecimento de nutrientes ao feto, apresenta as mesmas concentrações de nutrientes em todas as espécies. Em resumo, para a maioria das espécies, a restrição de calorias, proteínas, ou ambos, pode determinar diminuição do peso do feto. A nutrição durante a gestação é sensivelmente diferente nos grupos de mães de classe sócio-econômica elevada a baixa. a suplementação calórica é mais importante, no aumento do peso do concepto. 1. Determinação das proteínas plasmáticas e suas frações, os níveis durante a gestação tendem a diminuir pela possível insuficiência em aminoácidos, sobretudo no último trimestre. Nesta fase, as necessidades proteicas aumentam, pelas exigências metabólicas da mãe e do próprio feto. 2. Coeficiente nitrogênio uréico/nitrogênio total: está diretamente relacionado à ingestão proteica (níveis maiores que 60 significam boa ingestão). 3. Parâmetros hematológicos: a concentração de hemoglobina e o hematócrito encontram-se normalmente diminuídos, mas resultados muito baixos sugerem que se investigue deficiência de ácido fólico ou de ferro. 4. Outros parâmetros, inclusive de utilidade não ainda comprovada, ou de uso atualmente apenas em pesquisa. Durante a gravidez aumentam as necessidades de praticamente todos os nutrientes, vitaminas e minerais inclusive. Não há, porém, evidência de que em gestantes consumindo dietas normais e equilibradas haja necessidade de suplementação de vitaminas (Metcoff 12 ). Uma exceção pode ser a vitamina B, especialmente na vigência de dietas não bem conduzidas. O ácido fólico, cuja deficiência não é rara na gravidez, é importante, pois sua deficiência tem sido relacionada com o nascimento de crianças de baixo peso, sendo possivelmente predisponente ao descolamento prematuro de placenta normalmente inserida (Rodrigues de Lima 10). As necessidades de vitamina A aumentam em 25% na gravidez, não sendo porém conhecidos os seus efeitos sobre o crescimento fetal. Micronutrientes — O papel de ferro, do zinco e do cobre vem sendo estudado em sua influência na reprodução humana. Embora se conheça algo sobre a influência do ferro na anemia durante a gravidez e seja correntemente indicado em suplementação, é difícil correlacioná-lo com o crescimento fetal propriamente dito (Pitkin 15). Em relação ao cobre, sabe-se que seu nível no sangue fetal aumenta desde 4 meses até o termo, sendo nessa ocasião 5 vezes mais baixo no cordão do que no sangue materno. Os níveis baixos de cobre podem indicar síntese hepática inadequada de ceruloplasmina, mas sua influência no crescimento fetal, ou como indicador do mesmo, é desconhecida. Com respeito ao zinco, estudos experimentais sugerem fortemente que sua deficiência (em ratas grávidas) se acompanha de diminuição do peso fetal e do peso da placenta (Mckenzie ecois. 11 ). A maior fonte alimentar de zinco são as proteínas animais, sendo as necessidades durante a gravidez de 25 microgramas por dia, 5 microgramas acima das do adulto normal. A dieta adequada a mulheres durante a gravidez deve ser aumentada em relação às não grávidas, em calorias e nutrientes, especialmente proteínas. Em relação à demanda de proteínas e aminoácidos, parece estabelecido que existe uma correlação positiva entre níveis de alfaaminoácidos livres no sangue materno no último trimestre e peso, estatura e volume craniano Parece provável que as taxas de valína, glicina e treonina estejam mais ligadas ao peso, enquanto glutamina, histidina, tirosina e isoleucina correlacionam-se com o volume craniano. Dois fatos parecem estabelecidos: a) estudos de suplementação da dieta das gestantes, em curso ou já publicados, na Guatemala, em Formosa e nos Estados Unidos, mostram que a suplementação proteica e/ou calórica pode tornar maior o peso do feto e que a suplementação calórica não pode ser menosprezada em favor da adequação das proteínas e... b) não existe prova concreta de que a oferta de nutrientes acima do necessário para manter o balanço energético durante a gestação pode prevenir desnutrição fetal (Metcoff 12 ). Na maioria dos países em desenvolvimento a dieta da gestante, como corolário da dieta habitual dessas regiões, é pobre não só do ponto de vista protéico-calórico, como de alguns nutrientes em especial. Nesses países em geral as mulheres de alto nível sócio-econômico melhoram suas dietas durante a gravidez, ^0 que não ocorre com as de regiões rurais ou de baixo nível sócioeconômico. As deficiências mais freqüentemente encontradas em regiões como a Tailândia (Thanangkul24) ou em populações mexicanas vivendo na Califórnia incluem ferro, vitamina A, tiamina, cálcio e aporte calórico total. Essas deficiências provavelmente são semelhantes às encontradas em outros locais em desenvolvimento, inclusive o nosso país, o que poderia orientar a suplementação nutricional das gestantes. Alguns programas como o WIC ("WOMEN, INFANTS AND CHILDREN") fornecem alimentos a grupos de baixa renda em alto risco de desnutrição, especificamente mulheres durante a gravidez e a lactação. São fornecidos alimentos "in natura" (cereais, ovos, derivados de leite), com boa aceitação e redução efetiva da freqüência do baixo peso ao nascer. Em nosso Brasil, o Governo Federal, atendendo aos problemas de nutrição das populações em risco, lançou em 1976 o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição. Dados relativos à aceitação do produto, eficiência no ganho ponderai do recém-nascido e prolongamento da lactação ainda não são disponíveis. Como diretriz geral, o subprograma de suplementação fundamenta-se no princípio de aproveitar os hábitos alimentares existentes, melhorando-os pela educação alimentar e completando a dieta corrente. 1. Deficiências protéíco-calóricas da dieta da gestante podem acompanhar-se de baixo peso do recém-nascido, 2. As evidências a favor dessa correlação derivam de várias fontes: da observação clínica não controlada, de achados experimentais em mamíferos, do efeito de fome nas populações durante guerras, das diferenças entre os pesos de nascimento de recém-nascidos de países pobres e dos países industrializados, e das mesmas diferenças, dentro de um mesmo país, entre os recémnascidos de classe sócio-econômicas privilegiadas e os desfavorecidos, 3. A suplementação alimentar da gestante consegue melhorar os pesos de nascimento, A suplementação calórica é indispensável para esse efeito, não bastando a adequação protéica da dieta, 4. Esse efeito da suplementação observa-se praticamente só em mães com carência significante em seu estado nutricional, não se verificando em mães privilegiadas do ponto de vista nutrícional e socio-económico. 5. Trabalho retrospectivo, porém, mostrou que para qualquer tipo de estado nutricional materno, o peso corpóreo e de alguns órgãos (inclusive o cérebro) relaciona-se diretamente com o ganho de peso materno. 6. A adequação da alimentação da gestante é requisito primário para a boa nutrição do feto. 7. A suplementação alimentar da gestante é recomendada para os grupos em risco nutricional. 8. São necessários melhores parâmetros de nutrição materna para melhor identificação do risco de geração de fetos desnutridos, 9. Os parâmetros da qualidade da nutrição do feto e do recém-nascido, além dos aspectos antropométricos, deverão incluir, assim que possível, aspectos bioquímicos e parâmetros do crescimento celular. Manual clínico de alimentação e nutrição portadores de HIV. Quando a pessoa vivendo com HIV e AIDS (PVHA) procura um serviço especializado, é importante considerar a possibilidade dela não compreender a relação da alimentação/ nutrição/imunidade/saúde. Esta procura, pode representar um momento oportuno para se enfatizar os cuidados com a sua saúde e com isso alcançar a eficácia desejada, favorecendo a adesão ao seu tratamento. O sofrimento gerado pelo impacto de se perceber portador de uma doença crônica que ainda não tem cura pode, paradoxalmente, contribuir para que a pessoa encare os diversos aspectos da vida positivamente, e dentro do que lhe compete promover mudanças em seu estilo de vida, inclusive nos hábitos alimentares, caso seja necessário. Segurança Alimentar e Nutricional: a construção do direito à alimentação adequada O direito à vida passa pela garantia de um direito humano que consiste em uma alimentação adequada que respeite a cultura e preserve a dignidade. Isto significa alcançar e satisfazer, além da dimensão orgânica, a intelectual, a psicológica e a espiritual do ser humano. No Brasil, a evolução do conceito de segurança alimentar acompanhou todo o esforço de democratização da sociedade e a luta por um país com mais justiça econômica e social. Atualmente, este conceito amplia-se, e a segurança alimentar e nutricional, “consiste em garantir, a todos, condições de acesso a alimentos básicos seguros e de qualidade, em quantidade suficiente, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, com base em práticas alimentares saudáveis, contribuindo assim para uma existência digna em um contexto de desenvolvimento integral da pessoa humana” (Valente, 2002). Os dados epidemiológicos atuais demonstram que nossa sociedade convive com os dois lados desta questão: a carência - desnutrição, deficiência de iodo, hipovitaminose A, anemia ferropriva, osteoporose - e o excesso - sobrepeso e obesidade, hipertensão arterial, intolerância à glicose e Diabetes Mellitus, dislipidemias, diferentes tipos de câncer e doenças cardiovasculares. Portanto, para o enfrentamento destes problemas, não há como desvincular a segurança alimentar e nutricional da busca pelo direito à alimentação adequada. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) No âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), compõe o conjunto das políticas de governo voltadas para a segurança alimentar e nutricional e a concretização do direito humano universal à alimentação e nutrição adequadas. As ações voltadas para a garantia da segurança alimentar e nutricional propiciam, assim, conseqüência prática ao direito humano à alimentação e nutrição adequadas, extrapolando, portanto, o setor saúde e alcançando também um caráter intersetorial. Para o alcance dos propósitos desta Política são definidas como diretrizes: o estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos; a garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação de serviços neste contexto; o monitoramento da situação alimentar e nutricional; a promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis; a prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e de doenças associadas à alimentação e nutrição; a promoção do desenvolvimento de linhas de investigação; e o desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. No contexto da epidemia de HIV/Aids, o tema segurança alimentar e nutricional adquire ainda maior relevância. É um dos aspectos que devem ser considerados pelos profissionais que prestam atendimento às pessoas vivendo com HIV/Aids, na perspectiva de ampliar a percepção do conjunto de vulnerabilidades a que possam estar expostas, e assim aprimorar a qualidade da atenção à saúde. Promoção da Alimentação Saudável: princípios, características e considerações A história da alimentação humana se confunde com a própria história da humanidade. Isso implica em reconhecer que ela vem sendo historicamente construída, evoluindo e diferenciando-se ao longo do tempo. Portanto, a alimentação do ser humano não se delineia como uma “receita” pré-concebida e universal para todas as pessoas, pois deve respeitar atributos coletivos – inclusive culturais - e individuais, impossíveis de serem estabelecidos de maneira prescritiva. Contudo, identificam-se alguns princípios básicos que devem reger a relação entre as práticas alimentares, a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Uma alimentação saudável deve estar baseada em práticas alimentares que assumam a significação social e cultural dos alimentos como fundamento conceitual. Para nós, indivíduos e coletivo humano, a alimentação significa, e tem sentido, em função do consumo de alimentos (e não de nutrientes): os alimentos têm gosto, cor, forma, aroma e textura. Todos estes componentes precisam ser considerados na abordagem e no cuidado nutricional. Os nutrientes – que compõem os alimentos e são por estes veiculados com vistas à nutrição humana - são muito importantes. Contudo, os alimentos não podem ser resumidos e tratados – em nível coletivo ou individual - apenas como veículos de nutrientes. Os alimentos trazem significações culturais, comportamentais e afetivas singulares que jamais podem ser desprezadas. Esse entendimento implica em considerar o alimento como fonte de prazer, uma abordagem necessária para a promoção da saúde. É fundamental resgatar as práticas e valores alimentares culturalmente referenciados, bem como estimular a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais (como legumes, verduras e frutas), sempre levando em consideração os aspectos sociais, culturais, comportamentais e afetivos relacionados às práticas alimentares. O estado nutricional e o consumo alimentar interagem estreitamente de maneira multifatorial e sinérgica com os outros fatores de risco para doenças crônicas nãotransmissíveis. Os diferentes fatores de risco, como alimentação inadequada, inatividade física, uso de tabaco, precisam ser abordados de maneira integrada, no decorrer do desenvolvimento e evolução do ciclo de vida, a fim de reduzir danos e não a proibir escolhas e opções. O estilo de vida, que engloba o conjunto das ações, reações e comportamentos adotados pelas pessoas é que produzem um perfil de saúde mais ou menos adequado. É de responsabilidade do Estado, através de suas políticas, fomentar mudanças sócio– ambientais, em nível coletivo, para favorecer as escolhas saudáveis em nível individual ou familiar. A responsabilidade compartilhada entre sociedade, setor produtivo privado e setor público é o caminho para a construção de modos de vida que tenham como objetivo central a promoção da saúde e a prevenção das doenças. Assim, é pressuposto da promoção da alimentação saudável, ampliar e fomentar a autonomia decisória, através do acesso à informação para a escolha e adoção de práticas alimentares e de vida saudáveis. A alimentação saudável deve favorecer o deslocamento do consumo de alimentos pouco saudáveis para alimentos mais saudáveis, respeitando a identidade cultural-alimentar das populações ou comunidades. As proibições ou limitações impostas devem ser evitadas, a não ser que façam parte de orientações individualizadas e particularizadas do aconselhamento nutricional de pessoas portadoras de doenças ou distúrbios nutricionais específicos, devidamente fundamentadas e esclarecidas. Por outro lado, mistificar determinado alimento ou grupo de alimentos, em função de suas características nutricionais ou funcionais, também não deve ser prática da promoção da alimentação saudável. Alimentos nutricionalmente ricos ou funcionais devem ser valorizados e entrarão naturalmente na alimentação adotada, sem que se precise mistificar uma ou mais de suas características, tendência esta muito explorada pela propaganda e publicidade de alimentos funcionais e complementos nutricionais. Características de uma alimentação saudável 1. Acessível – física e financeiramente: ao contrário do que tem sido construído socialmente (principalmente pela mídia), uma alimentação saudável não é cara, pois se baseia em alimentos in natura ou minimamente processados, acessíveis e produzidos regionalmente. O apoio e o fomento a agricultores familiares e cooperativas para a produção e a comercialização de produtos saudáveis, como legumes, verduras e frutas, é uma importante alternativa para que, além da melhoria da qualidade da alimentação, se estimule geração de renda em pequenas comunidades, fomentando políticas públicas de produção de alimentos. 2. Saborosa: a ausência de sabor é outro tabu a ser desmistificado, pois uma alimentação saudável é, e precisa ser saborosa. O resgate do sabor como um atributo fundamental é um investimento necessário à promoção da alimentação saudável. As práticas de marketing muitas vezes vinculam a alimentação saudável ao consumo de alimentos industrializados especiais e não privilegiam os alimentos não processados e menos refinados como, por exemplo, os tubérculos, legumes, verduras, frutas e grãos variados – alimentos saudáveis, saborosos, muito nutritivos, típicos e de produção factível em várias regiões brasileiras, inclusive e principalmente por pequenos agricultores e pela agricultura familiar. 3. Variada: implica em estimular e orientar o consumo de vários tipos de alimentos que forneçam os diferentes nutrientes, evitando a monotonia alimentar que limita o acesso aos nutrientes necessários para atender às necessidades do organismo, de forma a garantir uma alimentação adequada. 4. Colorida: visa garantir a variedade de grupos de alimentos que irão compor a alimentação, principalmente em termos de vitaminas e minerais, e também a apresentação atrativa das refeições, que agrade aos sentidos e estimule o consumo de alimentos saudáveis como legumes, verduras e frutas, grãos e tubérculos em geral. 5. Harmoniosa: refere-se especificamente à garantia do equilíbrio em quantidade e qualidade, dos alimentos consumidos. Para o alcance de uma nutrição adequada considerando que tais fatores variam de acordo com a fase do ciclo de vida, com o 15 estado nutricional, estado de saúde, idade, sexo, grau de atividade física e estado fisiológico. Vale aqui ressaltar ainda que entre os vários nutrientes orgânicos, ocorrem interações que podem ser benéficas e outras que podem ser prejudiciais ao estado nutricional, o que implica na necessidade de harmonia e equilíbrio entre os alimentos consumidos. 6. Segura: os alimentos que compõem a alimentação devem ser seguros, livres de contaminação físico-química, biológica ou genética, evitando possíveis riscos que podem causar à saúde das pessoas e das coletividades. Neste sentido, práticas adequadas de produção, processamento e manipulação dos alimentos, desde a sua origem até o preparo para consumo, em nível domiciliar ou em restaurantes e comércio de alimentos, devem ser observadas com o objetivo da redução de riscos à saúde e, conseqüentemente, ao estado nutricional. Portanto, a atuação da vigilância sanitária e a orientação de práticas adequadas de seleção e preparo de alimentos devem ser asseguradas pelas políticas públicas de promoção da alimentação saudável. Por fim, cabe destacar que a alimentação e nutrição adequadas constituem requisitos básicos para o crescimento e desenvolvimento humano ideal, mas devem estar inseridas em um contexto de ações integradas de promoção de modos de vida saudáveis, lembrando que os direitos humanos (paz, alimentação, moradia, renda, educação, ecossistema estável, justiça social e equidade) são indivisíveis e inter-dependentes. Importância da alimentação saudável para a pessoa vivendo com HIV e aids (PVHA) Uma alimentação saudável, adequada às necessidades individuais, contribui para o aumento dos níveis dos linfócitos T CD4, melhora a absorção intestinal, diminui os agravos provocados pela diarréia, perda de massa muscular, Síndrome da Lipodistrofia e todos os outros sintomas que, de uma maneira ou de outra, podem ser minimizados ou revertidos por meio de uma alimentação balanceada. Orientar uma alimentação saudável é colaborar para promover melhoria da qualidade de vida das PVHA. Os sintomas gastrointestinais são comuns no contexto do HIV e da aids. As diarréias, em seus diferentes graus de comprometimento, muitas vezes estão associadas a parasitas entéricos. A má absorção intestinal decorrente das patologias gastrointestinais deve ter terapia nutricional adequada, minimizando os agravos à saúde dela decorrentes. Para obter uma alimentação saudável, a pessoa deve buscar ingerir todos os grupos de alimentos diariamente, vide quadro 1. A alimentação saudável deve fornecer carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, que são nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo. A diversidade dietética que fundamenta o conceito de alimentação saudável pressupõe que nenhum alimento específico – ou grupo deles - é suficiente para atender a todos os nutrientes requeridos à uma boa nutrição e conseqüente garantia e manutenção da saúde. As características de uma alimentação saudável devem sempre ser consideradas no contexto da saúde e da doença. Outros nutrientes importantes para uma alimentação saudável são: Água - é a fonte de manutenção da vida, necessária para a regulação das funções vitais do organismo, tais como na digestão, na eliminação de metabólitos, no funcionamento dos rins e intestinos, controla a temperatura corporal, entre outras funções. A ingestão de água deve estar entre 2 a 3 litros por dia. Fibras alimentares - são geralmente compostas de carboidratos não digeríveis pelo organismo humano, tendo, no entanto, uma função reguladora por aumentar o volume das fezes, reduzir o tempo de trânsito intestinal e atuar favoravelmente sobre a microflora intestinal. São distinguidas pela sua capacidade de solubilização em água, sendo classificadas em insolúveis e solúveis. O consumo adequado de fibras na alimentação diária tem sido associado à prevenção e/ou tratamento de doenças como câncer de cólon, diverticulite, obesidade, diabetes e dislipidemias. Conheça a publicação do Ministério da Saúde que apresenta um pouco da diversidade brasileira de alimentos in natura e seus principais nutrientes. Fonte: Alimentos Regionais Brasileiros (arquivo disponível para impressão no site www.saude.gov.br/ alimentação). Padrões de Alimentação A utilização de dietas não usuais deve passar por avaliações profissionais críticas, pois qualquer padrão alimentar que contiver numerosas restrições ou seja inadequado ao planejamento das refeições, pode resultar em danos à saúde. A baixa ingestão de calorias e proteínas pode ocasionar um déficit de crescimento em crianças ou adolescentes, a deficiência de vitaminas e minerais pode interferir nas principais funções do organismo, a restrição hídrica ou o excesso de metabólitos pode vir a favorecer disfunções renais ou hepáticas, em qualquer fase do ciclo da vida. Vale ressaltar que o nutricionista tem o papel fundamental de orientar as pessoas quanto à escolha apropriada dos alimentos, bem como de enfatizar as conseqüências da exclusão ou supervalorização de determinados alimentos. Apesar da atribuição técnica, o profissional deve considerar todos os fatores relacionados, inclusive os valores religiosos e simbólicos atribuídos pelas pessoas aos alimentos, e sugerir, de forma não prescritiva, adaptações quanto ao planejamento da dieta visando uma adequação desta às necessidades nutricionais específicas da pessoa. Principais aspectos da Avaliação e Diagnóstico Nutricional A avaliação nutricional, quando bem realizada, fornece elementos para a elaboração do diagnóstico nutricional, que poderá ser mais ou menos preciso na dependência dos recursos disponíveis e da experiência acumulada. O conhecimento do estado nutricional permite ao profissional de saúde compreender algumas condições físicas do organismo para o enfrentamento da doença e possibilita uma intervenção nutricional mais apropriada, visando à recuperação e a manutenção da saúde. Vários fatores estão direta ou indiretamente relacionados ao estado nutricional da PVHA, desta forma o atendimento deve ser efetuado preferencialmente por abordagem interdisciplinar. Anemia, desnutrição, diarréia, estados emocionais alterados, hipovitaminoses, isolamento social, bem como aspectos da vida pessoal, econômicos, psico-sociais e clínicos, podem modificar o quadro de expectativa da evolução clínica do HIV/Aids. Métodos de Avaliação Nutricional Existem diversos métodos disponíveis para avaliação nutricional como a antropometria e composição corporal; exames bioquímicos e físicos; avaliação do consumo alimentar, que estão detalhados no ANEXO 1. Estes métodos de avaliação são complementares entre si e não há um único que possa ser considerado completo por si só, por isso devem ser interpretados conjuntamente. No entanto, independente do acesso aos recursos necessários e das condições de trabalho para a realização de cada um, o fundamental para que se obtenha um diagnóstico nutricional o mais próximo possível da realidade é estar sensibilizado para a importância da alimentação e nutrição na saúde em geral e das PVHA. No entanto, algumas questões pertinentes à própria infecção pelo HIV merecem atenção, como as mudanças significativas no estado nutricional desde a “Síndrome de Wasting” ou Síndrome do Desperdício, caracterizada por perda ponderal involuntária, enfraquecimento, febre e diarréia, com quadro de desnutrição, até uma série de alterações metabólicas e corpóreas como alterações do metabolismo da glicose e dos lipídios, alterações da distribuição da gordura corpórea, acidose lática, osteopenia, entre outros. Os mecanismos fisiopatogênicos destas alterações ainda não são bem conhecidos e as principais hipóteses são a própria ação do HIV no organismo humano e/ou os efeitos colaterais dos anti-retrovirais. No entanto, mesmo que se comprove que estas alterações são decorrentes TARV (Terapia Anti-Retroviral), os benefícios, para alguns, como a diminuição da incidência de infecções oportunistas, da carga viral e da “síndrome do desperdício”, tem justificado o seu uso. Distúrbios nutricionais. A anorexia nervosa é caracterizada por uma extrema restrição energética auto-imposta tendo como objetivo a perda excessiva de peso (Ruud & Grandjean, 1996). Os sintomas mais comuns deste distúrbio incluem: manutenção do peso corporal inferior a 85% do que é considerado adequado para estatura e idade, intenso medo de engordar, percepção alterada da imagem corporal, distúrbios menstruais, desmineralização óssea, perda de massa muscular e gordura corporal, irregularidades digestivas, arritmias cardíacas, desidratação, intolerância ao frio (mãos e pés), cabelos finos e fracos, entre outras (Sundgot-Borgen & Corbin, 1987; Wichmann & Martin, 1993; Katch & McArdle, 1996). Deve-se ressaltar, que uma significante restrição energética acarreta uma diminuição na taxa metabólica basal e prejuízos nas funções músculo-esquelética, cardiovascular, endócrina, termoregulatória e outras. A bulimia nervosa está relacionada a uma ingestão descontrolada e compulsiva geralmente seguida por uma purgação. Os métodos de purgação freqüentemente encontrados, os quais estão relacionados a um comportamento patológico de controle de peso incluem: indução a vômitos, abuso no uso de laxantes, diuréticos e moderadores de apetite e prática de exercícios físicos intensos (Ruud & Grandjean, 1996). As principais conseqüências da bulimia nervosa são: perda de fluidos e eletrólitos durante a purgação podendo levar à desidratação, desequilíbrio ácido-básico e eletrolítico e arritmias cardíacas (American College of Sports..., 1997). Algumas atletas que induzem o vômito após episódios de compulsão alimentar podem apresentar uma diminuição na concentração do potássio sérico, que é o principal cátion responsável pela contração muscular. A fraqueza muscular característica de tais atletas pode estar relacionada à hipocalemia (Zucker et al., 1985). A indução a vômitos também pode resultar em problemas físicos crônicos incluindo, distúrbios gastrintestinais; aumento da glândula parótida; erosão e perda do esmalte dentário; desidratação entre outros (Yurth, 1995; Katch & McArdle, 1996; American College of Sports, 1997). Segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Americam Psychitric..., 1987; Americam Psychiatric..., 1994)) existe uma distinção entre distúrbios alimentares clinicamente diagnosticados (anorexia e bulimia nervosa) e comportamento patológico de controle de peso. Muitas atletas apresentam sinais de comportamento alimentar alterado, porém não estão enquadradas no diagnóstico de distúrbios alimentares. Observa-se que estas atletas também estão em risco de desenvolver sérios problemas de saúde incluindo depleção do glicogênio muscular, desidratação, perda de massa muscular, hipoglicemia, anormalidades eletrolíticas, anemia, amenorréia e osteoporose, necessitando de avaliação e tratamento (Wichmann & Martin, 1993; Yurth, 1995; Marshall & Harber, 1996; American College of Sports..., 1997). A maioria das pessoas que querem perder peso não apresentam conhecimentos suficientes sobre nutrição e métodos apropriados de controle ponderal e não seguem uma orientação ou supervisão, adquirindo informações de especialistas. O risco para o desenvolvimento de distúrbios alimentares é maior se a restrição alimentar não for supervisionada por um profissional experiente. Como já ressaltado anteriormente, o perigo destas dietas é que normalmente as necessidades energéticas não são alcançadas, estando aumentadas pelo treinamento físico e, em se tratando de atletas adolescentes, as necessidades de nutrientes são ainda maiores (Kopp-Woodroffe et al., 1999). As causas mais prováveis de depleção deste mineral são: ingestão quantitativa insuficiente de ferro; redução na absorção deste nutriente devido a dietas com baixa biodisponibilidade; perda através da transpiração e menstruação; perda gastrintestinal de sangue levando à excreção através das fezes, perda pela urina e hemólise intravascular (Williams, 1989; McArdle et al., 1992; Telford et al., 1993; Moore et al., 1995; Haymes, 1996; Nachtigall et al., 1996). Rowland & Kelleher (1989) ressaltaram que o consumo inadequado de ferro parece ser o fator mais importante para o desenvolvimento de uma deficiência deste mineral. Além disso, as atletas adolescentes encontramse em risco frequente de desenvolver esta condição devido ao aumento de suas necessidades fisiológicas (Ruud & Grandjean, 1996). As informações dietéticas foram obtidas através do registro alimentar de 3 dias. Com relação à ingestão energética, as pessoas consumiam em média 1.838 kcal diárias e 40% ou mais consumiam dietas que contribuíram com menos de dois terços das recomendações para cálcio, ácido fólico, piridoxina, ferro e zinco. A perda de ferro através da transpiração excessiva também pode estar relacionada ao balanço negativo deste mineral. Atletas que treinam exaustivamente podem ter deficiência de ferro e anemia esportiva. As reservas corporais de ferro são essenciais para as vias metabólicas e para a produção de energia pelos músculos. A depleção das reservas corporais, que reduz as concentrações de mioglobina e dos citocromos, pode deteriorar o metabolismo aeróbio e limitar a capacidade de executar exercícios. Existe uma ampla evidência de que a anemia ferropriva pode causar uma diminuição na capacidade aeróbia (VO2 máx.), redução do trabalho físico, diminuição da resistência e aumento da fadiga (Risser et al., 1988; Rowland & Kelleher, 1989; Haymes, 1996). O método mais preciso para avaliação da quantidade de ferro orgânico é através da biopsia da medula óssea, porém, trata-se de um procedimento invasivo e caro. As concentrações de ferritina sérica são diretamente proporcionais às reservas orgânicas de ferro (Nuviala & Lapieza, 1997). Entretanto, torna-se necessário uma avaliação completa do estado de ferro para o diagnóstico de deficiência deste mineral. Vários parâmetros sangüíneos, além das concentrações de ferritina sérica, são utilizados para medir o estado de ferro como: a saturação de transferrina (ST), a hemoglobina (Hb), o hematócrito (Ht), a capacidade de conjugação de ferro total (CCFT) e o ferro sérico (Fe) (Ruud & Grandjean, 1996). É importante observar que uma deficiência de ferro se desenvolve de maneira gradual antes da anemia se tornar evidente. O equilíbrio endócrino que regula as funções reprodutoras femininas pode ser alterado por fatores genéticos, psicológicos e físicos. O treinamento físico intenso pode estar associado à presença de irregularidades menstruais. Apesar de muitos autores considerarem a presença de amenorréia como uma adaptação normal do organismo a períodos de restrição alimentar e intenso treinamento físico, vários estudos mostram que se trata de um sintoma indicativo de um sério problema clínico (Skolnick, 1993). A conseqüência clínica mais prejudicial da amenorréia atlética é seu impacto sobre o esqueleto. Osteoporose é uma condição clínica definida como um decréscimo na massa óssea (matriz osteóide e componente macrocristalino inorgânico) (Putukian, 1994). Associa-se a redução na densidade minerálica óssea principalmente da coluna vertebral e do fêmur proximal e a maior incidência de injúrias músculo-esqueléticas (Putukian, 1994; Ruud & Grandjean, 1996). Acredita-se que a amenorréia é o principal fator de risco para a redução da massa óssea (Wilmore, 1991). São achados freqüentes em atletas amenorréicas: incapacidade de alcançar o pico de massa óssea, perda prematura de massa óssea e osteoporose (Constantini, 1994). O pico de massa óssea é o principal determinante da quantidade óssea total (Düppe et al.,1997), sendo medido e expresso como densidade minerálica óssea (DMO) (g/cm2), devido à elevada correlação existente entre DMO e força muscular (Vuori, 1996). Vários fatores encontram-se relacionados ao pico de massa óssea incluindo: fatores hormonais (concentrações reduzidas de estrógenos; estradiol e estrona; níveis reduzidos de andrógenos; níveis aumentados de cortisol; fatores nutricionais (estado nutricional, composição corporal, distúrbios nutricionais, baixa ingestão energética e de cálcio, elevada ingestão de proteínas e fibras); fatores genéticos e outros. Da atividade física sobre a densidade minerálica óssea podem ser tanto maléficos quanto benéficos (Düppe et al., 1997). Muitas atletas jovens apresentam densidade minerálica equivalente a idosas de 70 ou 80 anos, sendo comum a expressão “ossos velhos em atletas jovens” (Skolnick, 1993). Alguns autores ratificam que atletas que praticam exercícios físicos intensos e desenvolvem amenorréia hipoestrogênica tendem a apresentar densidade minerálica óssea menor do que o esperado, aumentando o risco de uma osteoporose precoce. De acordo com os estudos, jovens do sexo feminino que praticam esportes que exigem baixa massa corporal como ginástica olímpica e corridas de longa distância, normalmente consomem dietas com reduzido valor energético. A presença de um consumo severamente restrito é um dos principais fatores de risco relacionado ao desenvolvimento de distúrbios alimentares, deficiência de ferro, irregularidades menstruais e desmineralização óssea que pode levar até mesmo à osteoporose. Como as atletas e seus treinadores não apresentam conhecimentos adequados sobre nutrição, geralmente as atletas comprometem a própria saúde esforçando-se para alcançarem ou manterem uma meta inadequada de peso corpóreo, ou seja, um percentual de gordura corporal tão baixo quanto possível. DEFINIÇÃO DE NUTRIÇÃO 1. Nutrientes e calorias dos alimentos Define-se caloria como a representação métrica de energia produzida por determinados nutrientes quando metabolizados pelo organismo. Quando lemos em rótulos ou livros populares que um alimento fornece cem calorias, isso significa cem quilocalorias ou 100kcal. Ou seja, a quilocaloria não é constituinte dos alimentos, é a medida de sua energia potencial. Os principais grupos fornecedores de calorias são os macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras. Os carboidratos e as proteínas, quando totalmente metabolizados no organismo, geram 4kcal de energia por grama, enquanto as gorduras, 9kcal. Em contrapartida, outros nutrientes, como vitaminas e minerais não geram energia, ocorrem em quantidades diminutas nos alimentos mas são de extrema importância para o organismo pois têm funções específicas e vitais nas células e nos tecidos do corpo humano. A água, igualmente essencial à vida, embora também não seja fornecedora de calorias, é o componente fundamental do nosso organismo, ocupando dois terços dele. O álcool, por outro lado, é uma substância que, ao ser metabolizada, gera energia alimentar (1g de álcool = 7kcal), porém não é considerado nutriente por não contribuir para o crescimento, a manutenção ou o reparo do organismo. 2. Definição, classificação e função dos macronutrientes Os macronutrientes carboidratos, proteínas e gorduras ou lipídios estão distribuídos nos alimentos e devem ser ingeridos diariamente para assegurar uma alimentação saudável. Embora, como regra geral, seja estabelecido um percentual diário de cada macronutriente, como a seguir sugerido, devemos lembrar que as pessoas exercem diferentes atividades em distintas rotinas, podendo requerer demandas alimentares diversas e por vezes até suplementares. 2.1. Carboidratos (glicídios) Os carboidratos fornecem a maior parte da energia necessária para manutenção das atividades das pessoas. A ingestão diária recomendada de carboidratos é de 50% a 60% do valor calórico total. Eles são encontrados nos amidos e açúcares e, com exceção da lactose do leite e do glicogênio do tecido animal, são de origem vegetal. O açúcar pode ser adicionado ou estar presente naturalmente nos alimentos. Diferentemente dos de- mais macronutrientes (proteínas e lipídios), os carboidratos (glicídios) transformam-se em glicose mais rapidamente. Os carboidratos são classificados em simples e complexos. Glicose, frutose, sacarose e lactose são os carboidratos simples mais encontrados nos alimentos, estando o amido entre os complexos. Os carboidratos simples são formados por açúcares simples ou por um par deles; sua estrutura química faz com que possam ser facilmente digeridos e mais rapidamente absorvidos. Como exemplo temos açúcar de mesa, mel, açúcar do leite e das frutas, garapa, rapadura, balas, muitos chicletes, doces em geral, refrigerantes, entre outros. Já os carboidratos complexos são formados por cadeias mais complexas de açúcares, podendo sua digestão e absorção ser mais prolongada. Alguns alimentos que contêm carboidratos complexos: • cereais e derivados, como arroz, trigo, centeio, cevada, milho, aveia, farinhas (de trigo , de mandioca, de milho), massas, pães, biscoitos, tapioca, cuscuz, macarrão, polenta, pipoca; • tubérculos: batata-doce, batata, inhame, cará, mandioca, mandioquinha; • leguminosas: feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja. No entanto, o tamanho da cadeia ou estrutura química não é o único determinante da velocidade de digestão e absorção sob a forma de glicose. Outros fatores relativos a composição dos alimentos e preparação, entre outros também têm influência importante..