2.2. PE II_Economia e Politica Monetaria

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EconomiaePolíticaMonetária
UFRJ / CCJE / IE / PPED
Teoria Econômica II
Instrumentos de Política Econômica
Banco Central e Política Monetária
Carvalho (caps.11 a 14)
Vasconcellos (cap.11)
05/04/17
0
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Conceito
Ativo financeiro de aceitação geral, utilizado na troca de bens e
serviços, que tem poder liberatório (capacidade de pagamento)
instantâneo.
Funções da Moeda
1. Meio de troca
Mercadoria de aceitação geral usada para liquidar transações e
que permite a dissociação da venda (mercadoria por moeda) da
compra (moeda por mercadoria).
05/04/17
Lopes&Rossetti (2009),cap.1,s.1.2.
1
EconomiaePolíticaMonetária
Funções da Moeda
2. Unidade de conta
Padrão para que as demais mercadorias expressem seu valor –
preço relativo entre diferentes mercadorias definido pela relação
entre preços monetários.
3. Reserva de valor
Dissociação entre compra e venda confere poder de compra ao
vendedor, que, ao manter a moeda como reserva de valor, poderá
efetivá-lo em diferente momento no tempo.
Obs: elevada inflação => implica perda progressiva das funções de
reserva de valor e unidade de conta.
05/04/17
Lopes&Rossetti (2009),cap.1,s.1.2. 2
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Formas de moeda
Historicamente
• escambo (trocas diretas): dupla coincidência de desejos,
indivisibilidade (equiparação quantitativa) = excesso de tempo
para realizar transações
• moeda mercadoria (sal, gado, trigo)
• moedas metálicas (metais preciosos, ex. ouro)
Atributos:
baixo custo de transação e estocagem (divisível, durável,
transferível e portátil)
estabilidade de valor (unidade de conta e reserva de valor –
escassa)
• moeda metálica cunhada: governo garante qualidade e
quantidade
05/04/17
Lopes&Rossetti (2009),cap.1,s.1.3-4.
3
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Formas de moeda
Historicamente
• moeda-papel: certificados representativos de quantidade de
moeda para evitar desgaste das moedas metálicas –
conversibilidade (lastro).
• papel-moeda (moeda fiduciária): aceitação garantida por lei
(sem lastro) – poder de compra x valor intrínseco
• moeda escritural (moeda bancária): depósitos à vista em
bancos, movimentado por meio de cheques e cartões de
débito.
05/04/17
Lopes&Rossetti (2009),cap.1,s.1.3-4.
4
EconomiaePolíticaMonetária
• Conceito de Liquidez
A liquidez de qualquer ativo depende da proporção em que ele
seja: “realizável com maior certeza a curto prazo sem perdas”
(Keynes).
A moeda é o ativo de maior liquidez, pois não precisa ser
convertido em nenhum outro ativo para viabilizar uma
transação com bens e serviços.
Neste sentido, o desenvolvimento do sistema financeiro, ao
organizar os mercados nos quais os instrumentos financeiros
são negociados e ampliar o número de transações realizadas
com os diversos ativos, contribui para aumentar a liquidez dos
ativos transacionados.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),S.1.3
5
EconomiaePolíticaMonetária
• Agregados Monetários
Os conceitos de agregados monetários diferenciam-se em
função do grau de liquidez dos ativos considerados.
No caso do Brasil, os agregados utilizados são:
ü M0 = B = PMPP + Reservas (ET)
ü M1 = MP = PMPP + DV
ü M2 = M1 + depósitos especiais remunerados +
depósitos de poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias
ü M3 = M2 + quotas de fundo de renda fixa + operações
compromissadas registradas no Selic
ü M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),S.1.3
6
EconomiaePolíticaMonetária
Meiosdepagamentoampliados- Jan/2015*
Saldosemfinaldeperíodo– R$milhões
M1
M1/M4(%)
Depósitosdepoupança
Títulosprivados1
M2
321241
6,3%
663691
1132365
2117296
M2/M4(%)
Quotasdefundosde
investimentos2,3
Oper.compromissadas
comtítulosfederais4
M3
2117296
41,8%
2002400
205757
4325452
M3
M3/M4(%)
Títulosfederais(Selic)
M4
4325452
85,4%
740144
5065597
M2
05/04/17
1/ Inclui depósitos a prazo, letras de câmbio, letras hipotecárias, letras imobiliárias, letras de crédito do agronegócio, letras de crédito imobiliário e
letras financeiras.
2/ Composto por Fundos Cambial; Curto Prazo; Renda Fixa (inclusive extramercado); Multimercado; Referenciado; e outros fundos ainda não
enquadrados nas classes instituídas pela Instrução CVM nº 409, de 18 de agosto de 2004.
3/ Exclui lastro em títulos emitidos primariamente por instituição financeira.
4/ As aplicações do setor não-financeiro em operações compromissadas estão incluídas no M3 a partir de agosto de 1999, quando eliminou-se o prazo
mínimo de 30 dias, exigido em tais operações desde outubro de 1991.
* Dados preliminares.
Fonte: BCB
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• Bancos Comerciais: depósitos à vista e empréstimos
Os bancos comerciais têm como característica principal a capacidade de
criar depósitos à vista, que servem de meio de pagamento alternativo à
moeda legal emitida pelo Banco Central.
Em geral, as pessoas decidem guardar seus recursos nos bancos comerciais
devido à segurança e à conveniência de realizar os pagamentos por meio
da simples transferência desses depósitos. Este seria o pagamento indireto
pelos recursos “aplicados” em depósitos à vista no Banco Comercial.
Os bancos comerciais agem como custodiantes de valores, que poderão ser
resgatados pelos titulares no momento desejado. Tendo em vista a
percepção de que nem todos os depositantes realizam saques
simultaneamente, os Bancos Comerciais usam esses depósitos à vista para
realizar empréstimos, recebendo uma remuneração sobre uma
disponibilidade de recursos obtida a taxa de juros nula.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.16.2-3
8
EconomiaePolíticaMonetária
• Bancos Comerciais: necessidade de reservas
Há, portanto, um incentivo para os administradores do banco
subestimarem a probabilidade de retirada por parte dos depositantes,
pois quanto menos for necessário manter como reserva, mais sobrará
para ser emprestado a clientes, e, assim, mais o banco ganhará.
Há, por outro lado, um índice estatisticamente considerado seguro de
reservas que um banco deve possuir para atender às operações de
saque dos depósitos à vista existentes.
Se os Bancos não forem capazes de honrar suas obrigações de
converter depósitos à vista em moeda legal, há o risco de quebra da
confiança por parte do público, levando a uma corrida bancária e
eventual quebra do sistema.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.16.2-3
9
EconomiaePolíticaMonetária
• Reservas Compulsórias (Ec)
Para evitar que os bancos corram risco excessivo ao emprestar os depósitos
à vista de seus clientes, os Banco Centrais regulam as atividades dos
Bancos Comerciais. Neste sentido, para garantir uma segurança mínima ao
sistema bancário, o Banco Central exige que os Bancos Comerciais
mantenham um percentual dos depósitos à vista como reservas
compulsórias junto ao Banco Central.
• Reservas Voluntárias (Ev)
Adicionalmente, os bancos comerciais podem enviar voluntariamente
recursos às câmaras de compensação de cheques para cobrir eventuais
diferenças entre cheques emitidos a favor e contra o banco.
• Encaixes técnicos (Et)
Mas, independentemente das reservas compulsórias, os bancos comerciais
mantêm reservas (encaixes técnicos) para honrar seus compromissos com
o público e manter suas operações diárias de saques e empréstimos.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.1.4
10
EconomiaePolíticaMonetária
• Multiplicador Monetário
É o fato de que os bancos comerciais captam depósitos à vista e podem
manter apenas parte destes depósitos na forma de reserva, emprestando
o restante à taxa de juros, que leva ao processo de multiplicação dos
meios de pagamentos.
Os montantes emprestados a partir de um depósito à vista inicial
retornarão, eventualmente/imediatamente, ao Banco Comercial, na
forma de novos depósitos à vista, dando margem a novos empréstimos,
que gerarão novos depósitos, e assim por diante.
O limite de expansão dos meios de pagamento se deve ao fato de que, a
cada novo ciclo de empréstimo, o banco dispõe de menos recursos livres
em função da necessidade de reter parte dos depósitos em reserva.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.1.4
11
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• Multiplicador Monetário
ü Encaixes Totais (ET)
ET = Et + Ev + Ec
Et é o encaixe técnico
Ev é o encaixe voluntário
Ec é o encaixe compulsório
ü Base Monetária (B)
B = PMPP + ET
ü Meios de Pagamento (MP)
MP = PMPP + DV = Moeda Manual + Moeda Escritural
DV são os depósitos à vista
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.1.4
12
EconomiaePolíticaMonetária
• Multiplicador Monetário
Sendo:
MP = PMPP + DV
B = PMPP + ET
Tem-se que:
B = MP – DV + ET
B/MP = 1 – DV/MP + ET/DV.DV/MP
B/MP = 1 – d + e.d = 1 – d(1 – e)
MP = B / [1-d(1-e)]
onde d = DV/MP , e = ET/DV.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.1.4
13
EconomiaePolíticaMonetária
• Multiplicador Monetário
MP = B / [1-d(1-e)],
d = DV/MP é a taxa de depósito e depende do grau de
desenvolvimento do sistema bancário (número de agências,
custo de ida aos bancos, etc.)
e = ET/DV é a taxa de reservas e depende, principalmente, da
política do Banco Central e da facilidade de cobrir necessidades
de liquidez junto a outros bancos.
Assim, o multiplicador monetário é igual a:
α = 1 / [1-d(1-e)] e ΔMP = αΔB
Condicionantes da expansão dos meios de pagamentos:
↑d e ↓e => ↑α
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.2.3 14
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• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de
meios de pagamentos
Simplificação inicial: Banco Comercial possui apenas depósitos à
vista no passivo e reservas e empréstimos no ativo
BalanceteEstilizadodoBancoComercial
Ativo
Passivo
Encaixe Total – ET
Depósitos à vista
Encaixe técnico (caixa) - Et
Reserva Voluntária - Ev
Reserva Compulsória - Ec
Empréstimo
Total do Ativo
05/04/17
Total do Passivo
15
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• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de
meios de pagamentos
Situação 1:
d = DV / MP = 1: público não retém moeda em espécie,
transformando-a em depósitos à vista
e = ET / DV = 0,2: recolhimento compulsório fixado em 20%,
liberando, portanto, 80% dos depósitos captados para
empréstimo
O BCB injeta 100 u.m. na economia por meio da compra de
títulos públicos
B = 100, d = 1, e = 0,2
MP = 100 / [1-1(1-0,2)] = 100/0,2 = 100.5 = 500
05/04/17
16
EconomiaePolíticaMonetária
• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de meios de
pagamentos
Situação 1:
d = DV / MP = 1, e = ET / DV = 0,2, MP0 = PMPP + DV = 100 + 0
a) Captação de 100 como depósito à vista e recolhimento de
compulsório
MP = PMPP + DV = 0 + 100 (mudança na composição dos MPs)
BalanceteEstilizadodoBancoComercial
Ativo
Passivo
Encaixe Total – ET
100
Depósitos à vista
Encaixe técnico (caixa)
80
Reserva Voluntária
0
Reserva Compulsória
20
Empréstimo
TotaldoAtivo
05/04/17
0
100
TotaldoPassivo
100
100
17
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• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de meios de
pagamentos
Situação 1:
d = DV / MP = 1, e = ET / DV = 0,2, MP0 = PMPP + DV = 100 + 0
b) Empréstimo de 80 por meio de crédito em conta corrente e
recolhimento de compulsório de 16.
MP = PMPP + DV = 0 + 180 = 180 (criação de DV)
Ativo
Encaixe Total – ET
Encaixe técnico (caixa)
64
Reserva Voluntária
0
Reserva Compulsória
36
Empréstimo
Total do Ativo
05/04/17
BalancetedoBancoComercial
Passivo
100
Depósitos à vista
80
180
Total do Passivo
180
180
18
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• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de meios de
pagamentos
Situação 1:
d = DV / MP = 1, e = ET / DV = 0,2, MP0 = PMPP + DV = 100 + 0
c) Empréstimo de 64 por meio de crédito em conta corrente e
recolhimento de compulsório de 12,8.
MP = PMPP + DV = 0 + 244 = 244 (criação de DV)
Ativo
Encaixe Total – ET
BalancetedoBancoComercial
Passivo
100
Depósitos à vista
Encaixe técnico (caixa)
Reserva Voluntária
Reserva Compulsória
Empréstimo
Total do Ativo
05/04/17
244
51,2
0
48,8
144
244
TotaldoPassivo
244
19
EconomiaePolíticaMonetária
• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de meios de
pagamentos
Situação 1:
d = DV / MP = 1, e = ET / DV = 0,2, MP0 = PMPP + DV = 100 + 0
n) Este processo continuará sucessivamente até o limite em que o
encaixe total seja igual às reservas compulsórias de 20% dos depósitos à
vista. MP = αB = 5.100 = 500 = PMPP + DV = 0 + 500
Ativo
Encaixe Total – ET
BalancetedoBancoComercial
Passivo
100
Depósitos à vista
Encaixe técnico (caixa)
0
Reserva Voluntária
0
Reserva Compulsória
Empréstimo
Total do Ativo
05/04/17
500
100
400
500
Total do Passivo
500
20
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• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de
meios de pagamentos
Situação 2:
d = DV / MP = 1: público não retém moeda em espécie,
transformando-a em depósitos à vista
e = ET / DV = 0,25: recolhimento compulsório fixado em 20% e
reserva voluntária de 5%, liberando, portanto, 75% dos depósitos
captados para empréstimo
O BCB injeta 100 u.m. na economia por meio da compra de
títulos públicos
B = 100, d = 1, e = 0,25
MP = 100 / [1-1(1-0,25)] = 100/0,25 = 100.4 = 400
MP = PMPP + DV = 0 + 400
05/04/17
21
EconomiaePolíticaMonetária
• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de
meios de pagamentos
Situação 3:
d = DV / MP = 0,9: público retém 10% do papel moeda em
espécie, transformando apenas 90% em depósitos à vista
e = ET / DV = 0,25: recolhimento compulsório fixado em 20% e
reserva voluntária de 5%, liberando, portanto, 75% dos depósitos
captados para empréstimo
O BCB injeta 100 u.m. na economia por meio da compra de
títulos públicos
B = 100, d = 0,9, e = 0,25
MP = 100 / [1-0,9(1-0,25)] = 100/0,325 = 100.3,08 = 308
MP = PMPP + DV = 30,8 + 277,2
05/04/17
22
EconomiaePolíticaMonetária
• Balancete do Banco Comercial e o processo de criação de meios de
pagamentos
Por um mecanismo de multiplicação, via captação de depósitos a vista
e concessão de empréstimos pelos bancos comerciais, a base
monetária criada pelo Banco Central dá origem ao total dos meios de
pagamentos.
MP = αB
α = 1 / [1-d(1-e)]
O governo busca controlar a oferta de meio de pagamentos
diretamente por meio de variações na base monetária (B) e
indiretamente tentando influenciar α, que, por sua vez, depende de
“d”, logo do comportamento do público em relação à taxa de depósito,
e de “e”, logo do comportamento dos bancos com relação à taxa de
reserva, ressaltando que o Banco Central controla apenas a reserva
compulsória.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.2.3
23
EconomiaePolíticaMonetária
DADOS BRASIL
B = PME – CBC + Ec + Ev = PMPP + ET
(saldoemfinaldeperíodo)- u.m.c.(mil)– fev/2015
Papelmoedaemitido Reservas bancárias(Ec +Ev)* Basemonetáriarestrita
198.076.416
40.739.171
238.815.587
* Inclui as reservas bancárias livres e compulsórias sobre recursos à vista das instituições financeiras. Recursos à vista = depósitos à vista,
recursos em trânsito de terceiros, cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados, cheques administrativos, contratos de assunção de
obrigações - vinculados a operações realizadas no país, obrigações por prestação de serviços de pagamento e recursos de garantias
realizadas.
Fonte:BCB-Depec
MP = PMPP + DV
(saldoemfinaldeperíodo)- u.m.c.(mil)– fev/2015
Papelmoedaempoderdo
Depósitosàvista
Meiosdepagamento- M1
público
162.981.988
155.592.464
318.574.452
Fonte:BCB-Depec
05/04/17
24
EconomiaePolíticaMonetária
DADOS BRASIL
Multiplicador monetário
Comportamentodopúblico
C =
PMPP
M1
0,52
D =
DV
M1
0,48
Comportamentodosbancos
R1 =
CX
DV
0,23
R2 =
RB
DV
0,26
Multiplicador
monetário
K =
1
C + D ( R1 + R2 )
M1
= B
1,33
Fonte:BCB-Depec
α=1/[1-d(1-e)],e=R1+R2,d=D,1-d=C
K =1/[C+D(R1+R2)]= 1/(C+d.e)=1/(1-d+d.e)=1/[1-d(1-e)]
05/04/17
25
EconomiaePolíticaMonetária
Funções do BACEN
1. banco emissor: monopólio da emissão de moeda
O BCB atende às necessidades de numerário do sistema bancário e
do público por meio dos mecanismo de emissão/recolhimento
monetário (vale notar que a CMB apenas fabrica o numerário).
Adicionalmente, o BCB controla a liquidez da economia mediante
o uso dos instrumentos como o recolhimento compulsório,
redesconto e operações de mercado aberto.
BCB,PMF11,p.6-7
2. banco dos bancos: responsável pela administração das câmaras
de compensação de cheques; além de garantir estabilidade do SFN
(regulador/fiscalizador) - recebe as reservas voluntárias e
compulsórias dos BCs e funciona como emprestador de última
instância, concedendo empréstimos de redesconto ou assistência
à liquidez;
(Carvalho, F.C., 2015, s.2.1)
05/04/17
26
EconomiaePolíticaMonetária
Funções do BACEN
3. banco do governo: gerencia os fundos do TN e implementa a
política monetária.
O Banco Central mantém em carteira títulos emitidos pelo Tesouro
Nacional com o propósito de executar a política monetária e
recebe os recursos tributários e não-tributários, que só podem ser
movimentados por ordem do Tesouro. O governo é o agente
econômico com maiores receitas e despesas, portanto, o controle
das contas do tesouro pelo Banco Central é fundamental para
regular o crédito e os agregados monetários.
BCB,PMF11,p.15
4. depositário das reservas internacionais: responsável pela
administração do estoque de moedas estrangeiras (divisas) e do
câmbio.
(Carvalho,F.C.,2015,s.2.1)
05/04/17
27
EconomiaePolíticaMonetária
•
Omercadodereservasbancárias–Brasil
OsbancoscomcarteiracomercialmantêmrecursosjuntoaoBancoCentralemuma
espéciedecontacorrentedenominadacontaReservasBancárias.Épormeiosdestas
contas que são realizadas as transações entre os bancos e entres estes e o Banco
Central.
As trocas de reservas feitas com lastro em títulos públicos são negociadas e
registradasnaSelic(SistemaEspecialdeLiquidaçãoeCustódia),sendoremunerado
porumataxaSelic.
AtaxaSelicéamédiadastaxasdejurospraticadasnasoperaçõescompromissadas
(compracomcompromissoderevenda)deprazodeumdiaútilcomtítulospúblicos
federaisregistradosnoSelic.
AstrocasdereservasfeitascomtítulosprivadossãoefetuadaseregistradasnaCETIP
(“Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados”, atualmente
“MercadosOrganizados”),sendoentãoremuneradasporumataxaDI-Cetip.
AtaxaDIéamédiadastaxasdejurospraticadasnosdepósitosinterfinanceiroscom
prazodeumdiaútilequenãoenvolvaminstituiçõesfinanceirasdomesmogrupo.
05/04/17
Fonte: BCB, 2014, FAQ, p.19-20
28
EconomiaePolíticaMonetária
Política Monetária
A política monetária pode ser definida como o uso de instrumentos
por parte do Banco Central para o controle da oferta de moeda, das
taxas de juros e das condições de crédito de forma a atingir
objetivos de política econômica.
Objetivosfinaisde
políticamonetária
05/04/17
•
Inflação
•
Níveldeatividade
econômica
•
•
Taxadedesemprego •
•
Estabilidadedo
sistemafinanceiro
Metas
Intermediárias
Metas
Operacionais
Taxadejurosde •
longoprazo
Taxadejuros •
decurtoprazo
Recolhimentos
compulsórios
•
Redescontode
liquidez
•
Operaçõesde
mercadoaberto
Agregados
monetários
•
Reservas
Bancárias
Instrumentos
ClássicosdePolítica
Monetária
Carvalho,F.C.,2015,cap.12,s.12.1.1.
29
EconomiaePolíticaMonetária
Incompatibilidadeentreasmetasoperacionais:
taxadejurosx agregadosmonetários
Metadetaxadejuros
r
r1
Ms0
Metadeagregadosmonetários
r
Ms1
Excesso inicial de
demanda de
moeda
r1
r0
Excesso inicial de
demanda de
moeda
r0
d
M
1
Md0
Md1
Md0
M
05/04/17
Ms0
M
Carvalho,F.C.,2015,cap.12,s.12.1.3.
30
EconomiaePolíticaMonetária
Instrumentos de controle monetário à disposição do BACEN
1. Reservas compulsórias: proporção dos depósitos dos Bancos
Comerciais que devem ser mantidos em espécie junto ao Banco Central,
para assegurar liquidez mínima do sistema e para controle da
disponibilidade dos meios de pagamento. BCB,PMF12
2. Operações de redesconto: empréstimos concedidos pelo Banco
Central à pedido dos Bancos Comerciais, para sanar problemas de
liquidez individual e transitório, contra a cobrança de uma taxa de
redesconto. Carvalho,F.C.,2015,cap.12,s.12.3.2.
3. Operações de open-market: compra e venda de títulos públicos
(compromissadas e definitivas), com objetivo de ampliar/reduzir a
disponibilidade de moeda no sistema ou aumentar/reduzir a taxa de
juros básica da economia. BCB,PMF6
4. Controle de Crédito: medidas direcionadas para influenciar o volume,
a taxa de juros, os prazos e a destinação dos empréstimos bancários.
05/04/17
Carvalho,F.C.,2015,cap.12,s.12.3.4
31
EconomiaePolíticaMonetária
•
Depósito compulsório – Brasil
Compulsório
RecursosàVista
RecursosaPrazo
Deduções
Remuneração
45%
HádeduçãoinicialdeR$44
milhõesquebeneficiatodas Nãohá.
asins}tuiçõesigualmente.
20%
HádeduçãoinicialdeR$30
milhõesquebeneficiatodas
TaxaSelic.
asins}tuiçõesigualmente.
(Alémdereduçõesem
funçãodoPR)
Depósitosde
Poupança
20%
Nãohá.
SeametadataxaSelicformaior
ouiguala8,5%a.a.:TRacrescida
de6,17%a.a.
SeametadataxaSelicformenor
que8,5%a.a.:TRacrescidade
70%dametaSelica.a.
Exigibilidade
Adicional
Rec.Prazo–11%
Poupança–10%
ReduçõesemfunçãodoPR
TaxaSelic.
45%
R$2milhões,deduzidosda
médiadosvaloressujeitosa Nãohá.
recolhimento.
Garantias
Realizadas
05/04/17
Alíquota
Fonte: BCB (2014)
32
EconomiaePolíticaMonetária
•
Redesconto – Brasil
Condições
I – Compra com compromisso de revenda
Lastro
- Títulos públicos federais registrados no SELIC, que integrem a posição de
custódia própria da instituição bancária;
- Outros títulos e valores mobiliários, crédito e direitos creditórios,
preferencialmente com garantia real, e outros ativos, a critério exclusivo do
BACEN
Prazos
- intradia; Obs:asoperaçõesintradia edeumdiaútilcontemplam
- 1 dia útil; exclusivamenteostítulospúblicosfederais
- até 15 dias;
- até 90 dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total
não ultrapasse 180 dias.
Valor
Limitado ao valor de avaliação, pelo BACEN, dos ativos objeto de compra.
Preçodecompra Preço unitário divulgado diariamente pelo BACEN.
Preçode
revenda
05/04/17
- operação intradia: igual ao respectivo preço de compra
- operação de um dia útil ou mais: preço de compra adicionado de valor
correspondente à aplicação, sobre o preço de compra e prazo da operação,
da taxa obtida pela composição da Taxa Selic, apurada para cada dia útil de
operação, com taxa fixada pela Diretoria Colegiada do BACEN válida na
data da realização da operação.
Fonte:Circularno3.105,de5deabrilde2002
33
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•
Redesconto–Brasil
Condições
II – Modalidade Redesconto
Envolve
Títulos e valores mobiliários e direitos creditórios descontados integrantes
do Ativo da instituição bancária.
Prazos
- até 15 dias úteis
- até 90 dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total
não ultrapasse 180 dias corridos
Taxade
Redesconto
Variável em função dos ativos e estabelecida, segundo critérios definidos
pelo BACEN, levando-se em conta o valor presente, o valor de mercado, o
risco de crédito, o prazo de vencimento, a liquidez e a volatilidade do
preço de cada ativo.
Preço devenda
deAtivos
Redescontados
Preço do redesconto adicionado de valor correspondente à aplicação,
sobre o preço do redesconto e pelo prazo da operação, da taxa obtida pela
composição da Taxa Selic, apurada para cada dia útil do período da
operação, com a taxa fixada pela Diretoria Colegiada do BACEN e válida na
data da realização da operação.
Fonte:Circularno3.105,de5deabrilde2002
PercentuaisdeacréscimoàTaxaSelic,paraasoperaçõesdeRedesconto
I-1%(umporcento)aoano,paraasoperaçõesdeumdiaútil;
II-2%(doisporcento)aoano,paraasoperaçõesdeatéquinzediasúteis;e
III-2%(doisporcento)aoano,paraasoperaçõesdeaténoventadiascorridos.
05/04/17
Fonte:CIRCULARNo3.631,DE21DEFEVEREIRODE2013
34
EconomiaePolíticaMonetária
•
Operaçõesdemercadoaberto–Brasil
Operações compromissadas: são operações de compra ou venda de títulos com
compromissoderevendaourecompradosmesmostítulosemdatafutura,anterior
ou igual à data de vencimento dos títulos. Quando o BCB realiza essas operações,
afetatemporariamentealiquidezbancária.
Operações definitivas: são operações de compra ou venda final de €tulos, afeta
permanentementealiquidezbancária.
BCB,PMF6
Valoresfinanceirosexpressosemmilhõesdereais.
05/04/17
Fontedados:http://www4.bcb.gov.br/pom/Demab/estatistica/opermes.asp?idpai=SELICESTATOP
Descriçãodasoperaçõesdisponívelem:http://www3.bcb.gov.br/selic/doc/MusSpb.pdf
35
EconomiaePolíticaMonetária
•
05/04/17
Controle e seleção do Crédito – Brasil
36
EconomiaePolíticaMonetária
Mecanismos de transmissão
da Política Monetária:
• Canal de crédito
• Valor dos ativos
• Canal de câmbio
Objetivosfinaisde
políticamonetária
05/04/17
•
Inflação
•
Níveldeatividade
econômica
•
•
Taxadedesemprego •
•
Estabilidadedo
sistemafinanceiro
Metas
Intermediárias
Metas
Operacionais
Taxadejurosde •
longoprazo
Taxadejuros •
decurtoprazo
Recolhimentos
compulsórios
•
Redescontode
liquidez
•
Operaçõesde
mercadoaberto
Agregados
monetários
•
Reservas
Bancárias
Instrumentosde
PolíticaMonetária
37
EconomiaePolíticaMonetária
• Canal do Crédito
ü Recolhimento Compulsório
Elevações nas exigências de recolhimento compulsório reduzem a
disponibilidade de crédito, devido à redução do multiplicador
monetário, além de encarecer os empréstimos, em função da elevação
dos spreads cobrados pelos bancos.
BCB,PMF6
ü Redesconto
A imposição de condições mais restritivas à concessão de redesconto,
por elevação das taxas ou redução do limite quantitativo, atua no
sentido de reduzir a liquidez do mercado, ao tornar os bancos menos
dispostos a recorrer aos empréstimos do BCB, diminuindo o
multiplicador monetário e a disponibilidade de crédito e o custo ao
tomador final.
BCB,PMF11
05/04/17
38
EconomiaePolíticaMonetária
• Canal do Crédito
ü Operações de Mercado Aberto
Operações de compra e venda de títulos públicos (compromissadas e
definitivas) ampliam ou reduzem a base monetária e a taxa de juros
básica da economia, impactando disponibilidade e custo do crédito
Carvalho,F.C.,2015,cap.13,s.13.2.
na economia.
ü Controle de Crédito
Influencia diretamente as condições dos empréstimos bancários
Carvalho,F.C.,2015,cap.12,s.12.3.4
direcionados.
Ø Canal de crédito e o impacto sobre a demanda
Redução da disponibilidade de crédito ou a elevação das taxas
cobradas pelos bancos reduz a demanda por bens de consumo e
bens de capital que dependem de empréstimos bancários, gerando
impactos contracionistas sobre a economia.
Carvalho,F.C.(2015),s.14.4.
05/04/17
39
EconomiaePolíticaMonetária
• Valor dos ativos
Elevações na taxa de juros básica da economia provocam redução
da demanda e do preço dos títulos pré-fixados que rendem taxa de
juros menores. A queda no valor dos ativos faz com que os agentes
se sintam mais pobres (efeito riqueza), com impactos negativos
sobre o consumo.
Adicionalmente, a elevação da taxa de juros paga pelos ativos
financeiros de maior maturidade também reduz o estímulo ao
investimento produtivo em função do custo de oportunidade.
O resultado, portanto, de uma elevação da taxa de juros básica da
economia é um impacto contracionista devido à redução do
consumo, decorrente da redução da riqueza, e do investimento,
devido à elevação do custo de oportunidade.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.14.3.
40
EconomiaePolíticaMonetária
• Canal da taxa de câmbio (Regime de Câmbio Flutuante)
Ao provocar uma elevação da taxa básica de juros da economia e o
deslocamento da curva de rendimentos, o banco central torna os ativos
financeiros nacionais mais atrativos, estimulando a entrada de
investidor estrangeiro.
A entrada de capital estrangeiro, em um regime de câmbio flutuante,
significa excesso de oferta de divisas, levando à apreciação da taxa de
câmbio.
e = R$ / US$: apreciação (↓e) e depreciação (↑e)
A queda da taxa de câmbio implica encarecimento das exportações e
barateamento das importações, gerando deterioração da balança
comercial e, logo, efeito contracionista sobre a economia.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.14.5.
41
EconomiaePolíticaMonetária
• Mecanismos de transmissão da política monetária – Brasil
ü Hipótese de encurtamento de horizontes e supersensibilidade à
taxa de juros de curtíssimo prazo
Décadas de instabilidade dificultaram a criação de referências de longo
prazo para economia brasileira. Os agentes são supersensíveis aos
eventos e sinais de curto prazo.
Neste contexto, variações de política monetária que impactam a taxa
básica de juros, situada em patamares extremamente elevados em
comparação à média mundial, tem impacto direto sobre as decisões
de gasto do agentes. Elevações da taxa de juros básica desestimulam
consumo financiado por crédito e a implementação de planos de
investimento produtivo.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.14.6.
42
EconomiaePolíticaMonetária
• Mecanismos de transmissão da política monetária – Brasil
ü Hipótese do canal da taxa de câmbio
A liberalização da conta de capital promovida em meados da década
de 1990 combinada ao regime de câmbio flutuante e às elevadas taxas
de juros praticadas pelas autoridades monetárias em contexto de
regime de metas de inflação adotado a partir de 1999 parecem ter
transformado este canal em um dos principais meios de transmissão
da política monetária.
O canal de câmbio, neste contexto, substituiu os canais de ativos e
crédito, acompanhado de uma tendência de sobrevalorização da
moeda nacional.
05/04/17
Carvalho,F.C.(2015),s.14.6.
43
EconomiaePolíticaMonetária
05/04/17
http://www.global-rates.com/interest-rates/central-banks/central-banks.aspx
44
EconomiaePolíticaMonetária
• RegimedeMetasdeInflação
“Oregimedemetasparaainflaçãoéumregimemonetárionoqualo
banco central se compromete a atuar de forma a garantir que a
inflação efetiva esteja em linha com uma meta pré-estabelecida,
anunciadapublicamente”.
• Características
ü Anúnciopúblicodasmetas
ü Comprometimentoinstitucional
ü Transparência sobre estratégia de atuação (planos, objetivos,
justificativas)
ü Responsabilidade das autoridades monetárias pelo cumprimento
dasmetas(prestaçãodecontas)
05/04/17
(BCB,PMF10,p.5-6e9)
(BCB,2014,FAQ,p.3)
45
EconomiaePolíticaMonetária
• Regime de Metas de Inflação no Brasil
ü Contexto
05/04/17
46
EconomiaePolíticaMonetária
• Regime de Metas de Inflação no Brasil
ü Contexto
Introdução do Plano Real (30.06.1994) inicialmente atrelado à
âncora monetária (metas para agregados monetários) e câmbio
flutuante com banda assimétrica (teto fixo em 1 real = 1 dólar).
Em outubro de 1994, devido, entre outras razões, ao insucesso das
metas monetárias, o governo resolveu mudar de âncora,
abandonando a monetária em prol da âncora cambial combinada à
taxa de juros elevada para manter atratividade ao capital
estrangeiro.
Contexto internacional desfavorável (Crise México – 1995, Crise Ásia
– 1997 e Crise Rússia – 1998) e fuga de capitais por temor de
desvalorização ou controle da movimentação de capitais tornou
insustentável manutenção da âncora cambial.
05/04/17
47
EconomiaePolíticaMonetária
• Regime de Metas de Inflação no Brasil
ü Contexto
Em 1999, sob a presidência do economista Armínio Fraga, o
Banco Central do Brasil inicia a gestão da política monetária com
base no Regime de Metas de Inflação.
“O Brasil adotou formalmente o regime de metas para a inflação
como diretriz de política monetária, com a edição do Decreto no
3.088 pelo Presidente da República, em 21 de junho de 1999”.
(BCB,2014,FAQ,p.4)
05/04/17
48
EconomiaePolíticaMonetária
• Conselho Monetário Nacional (CMN)
O “Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do
Sistema Financeiro Nacional e tem a responsabilidade de
formular a política da moeda e do crédito, objetivando a
estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social
do País”.
O conselho é composto pelo:
- Ministro da Fazenda, como Presidente do Conselho;
- Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
- Presidente do Banco Central do Brasil.
05/04/17
(BCB,2014,FAQ,p.2,https://www.bcb.gov.br/?CMNENTENDA
49
EconomiaePolíticaMonetária
• Conselho Monetário Nacional (CMN) – meta de inflação, intervalo
de tolerância e período de avaliação
A meta de inflação e o intervalo de tolerância de cada ano são
estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) com dois
anos de antecedência, sempre no mês de junho.
A meta de inflação é avaliada pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), que abrange as famílias com rendimentos
mensais compreendidos entre 1 e 40 salários-mínimos, qualquer
que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das
regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre,
Brasília e municípios de Goiânia e Campo Grande.
05/04/17
(BCB,2014,FAQ,p.2,https://www.bcb.gov.br/?CMNENTENDA),http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm
50
EconomiaePolíticaMonetária
• ComitêdePolíticaMonetária(Copom)–metadetaxadejuros
“O Comitê de Política Monetária, ou Copom, é o órgão decisório da
política monetária do Banco Central do Brasil (BCB), responsável por
estabelecerametaparaataxabásicadejuros,quenoBrasiléaTaxa
Over-Selic,ouTaxaSelic”. (BCB,2014,FAQ,p.2)
“O Comitê de Política Monetária (Copom) estabelece a meta para a
taxa Selic, e cabe à mesa de operações de mercado aberto do Banco
CentralmanterataxaSelicdiáriapróximaàmeta.” (BCB,2014,FAQ,p.8-9)
“O Copom pode estabelecer viés de taxa de juros (de elevação ou de
redução), prerrogativa que autoriza o Presidente do BCB a alterar a
metaparaaTaxaSelicnadireçãodoviésaqualquermomentoentreas
reuniõesregularesdoCopom.Oviéséutilizado,normalmente,quando
algumamudançasignificativanaconjunturaeconômicaforesperada.”
(BCB,2014,FAQ,p.4)
05/04/17
51
EconomiaePolíticaMonetária
•
ComitêdePolíticaMonetária(Copom)–metadetaxadejuros
“O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do BCB: o
Presidente e os Diretores de Política Monetária, Política Econômica, Assuntos
Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, Organização do Sistema
FinanceiroeControledeOperaçõesdeCréditoRural,Fiscalização,Regulaçãodo
SistemaFinanceiro,eAdministração.OPresidentetemdireitoaovotodecisório
emcasodeempatenadecisãodapolíticamonetária.”
“As reuniões ordinárias do Copom eram mensais até 2005. Em 2006, essas
reuniões passaram a ocorrer oito vezes ao ano, aproximadamente a cada seis
semanas, e continuam a ser realizadas em dois dias. (...) O Copom pode se
reunir extraordinariamente, convocado pelo presidente do BCB, em função de
alterações inesperadas do cenário macroeconômico. Desde a sua criação,
ocorreram três reuniões extraordinárias, a última das quais em outubro de
2002”.
“As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8:30h da
quinta-feiradasemanaposterioracadareunião” (BCB,2014,FAQ,p.2)
05/04/17
52
EconomiaePolíticaMonetária
•
Regra de Taylor - Brasil
05/04/17
“A regra de Taylor estimada para ser adotada pelo Banco Central do Brasil,
segundo economistas do BCB, relaciona a taxa de juros de curto prazo a
desvios da taxa de inflação esperada em relação a meta de inflação –
permitindo alguma suavização da taxa de juros – e, ainda, ao hiato do
produto e aos movimentos da taxa de câmbio”.
(Cardim,F.(2007),p.163)
53
EconomiaePolíticaMonetária
•
RelatóriodeInflação-transparência
Ao final de cada trimestre (março, junho, setembro e dezembro), o Copom
publica o Relatório de Inflação, que analisa detalhadamente a conjuntura
econômicaefinanceiranoBrasil,bemcomoapresentasuasprojeçõesparaataxa
deinflação. (BCB,2014,FAQ,p.4)
•
Procedimentos em caso de descumprimento da meta (responsabilidade e
prestaçãodecontas)
“QuandoametaparaainflaçãofixadapeloConselhoMonetárioNacionalnãoé
cumprida, isto é, quando a inflação rompe, acima ou abaixo, os limites do
intervalo de tolerância em torno da meta central, as razões para o
descumprimento, bem como as providências tomadas para retornar à trajetória
demetas,sãoexplicitadaspeloPresidentedoBancoCentraldoBrasilemCarta
AbertaaoMinistrodaFazenda.Talprocedimentoconferemaiortransparênciae
credibilidade ao processo de convergência às metas inflacionárias. Foram
enviadasCartasAbertasreferentesàsinflaçõesde2001,2002e2003,disponíveis
emhttp://www.bcb.gov.br/?CARTAMETA”. (BCB,2014,FAQ,p.7-8)
05/04/17
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EconomiaePolíticaMonetária
• Metas de Inflação e Bandas Anuais
05/04/17
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EconomiaePolíticaMonetária
• Metas de Inflação e Bandas Anuais
05/04/17
http://www.bcb.gov.br/pec/metas/tabelametaseresultados.pdf
56
EconomiaePolíticaMonetária
05/04/17
https://www.bcb.gov.br/Pec/Copom/Port/taxaSelic.asp#notas
57
EconomiaePolíticaMonetária
05/04/17
Walsh,C.E.,“Inflation Targeting:What Have We Learned?”.InternationalFinance12:2,2009:pp.195–233
58
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