Saúde Conectada

Saúde Conectada
Informações integradas
para a vida
Imagine este cenário: um paciente
idoso recebe alta de um hospital
e a prescrição do tratamento
para o seu problema de saúde. O
especialista que o atendeu insere
informações sobre a consulta, seu
estado e a enfermidade no sistema
de Registros Médicos Eletrônicos
(Electronic Medical Records EMR) do hospital.
Meses depois, este mesmo idoso
visita um clínico geral do seu
bairro por conta de um malestar. O médico indica o remédio
apropriado para a indisposição e
verifica seu sistema local de EMR,
capaz de alertá-lo sobre possíveis
interações medicamentosas.
O paciente não o notifica sobre o
tratamento anterior, informação
que ajudaria o profissional a
identificar que o atual mal-estar
está relacionado ao seu último
episódio no hospital. Se o médico
soubesse que o paciente foi
internado recentemente, poderia
consultar e analisar seu histórico
antes de definir o diagnóstico e
compartilhar novos dados sobre o
caso.
Situações como esta ocorrem todos os
dias. Para oferecer mais segurança e
assertividade nos tratamentos prescritos,
os médicos precisam do apoio de um
sistema de saúde conectado, capaz de
registrar e compartilhar informações
entre hospitais, clínicas, profissionais e
prestadores de serviço do setor.
A estratégia mais eficiente para
alcançar este objetivo é criar uma
plataforma nacional que promova a
troca de informações médicas (Health
Information Exchange - HIE), onde
especialistas acessem dados de pacientes
por meio de seus EMRs. Esses sistemas
são ideais para disponibilizar registros e
históricos hospitalares com a segurança
e a confidencialidade necessárias.
Governos, empresas e provedores de
tecnologia e de serviços de saúde devem
trabalhar juntos para criar um modelo
nacional de informações médicas
integrado, capaz de capturar, armazenar
e compartilhar registros.
Os projetos de saúde eletrônica
(e-Health) estão nos seus primeiros
estágios e começam a oferecer
funcionalidades diferenciadas aos
provedores de serviços do setor. Uma
iniciativa de e-Health implementada
na Inglaterra permitirá que os médicos
de determinados hospitais e clínicas
compartilhem dados específicos
de pacientes já na primeira fase do
programa. Os desafios deste projeto
incluem a capacitação de todos os
provedores de serviços de saúde, a
captura de novos registros e a integração
com sistemas EMR já existentes. Como
resultado, o EMR de um clínico poderá,
por exemplo, utilizar estes dados para
disparar alertas sobre contraindicações
de medicamentos.
Especialistas internacionais em
padrões de conexão de sistemas de
saúde acreditam que os programas de
saúde eletrônica têm o potencial de
revolucionar a prestação de serviços no
setor. Porém, é preciso assegurar que as
plataformas existentes possam interagir
facilmente com os novos programas.
Porque a conexão de registros
médicos é importante?
Além de ser fonte de informações sobre o
paciente e oferecer dados que permitem
uma analise detalhada do seu estado de
saúde, o registro eletrônico (Electronic
Health Record - EHR) suporta e embasa
decisões médicas.
Para oferecer um tratamento eficaz
ao paciente, o EMR deverá armazenar
registros a partir do EHR e disponibilizar
arquivos com o histórico do paciente;
tratamentos em andamento; medicações
utilizadas e o princípio ativo de cada uma
para que o especialista possa identificar
possíveis contraindicações; cirurgias
recentes e internações.
Dados sobre contraindicações são
extremamente importantes, pois muitos
pacientes têm doenças crônicas e tomam
remédios de uso contínuo. Nestes casos,
é necessário ter cautela ao prescrever
novos tratamentos para evitar interações
medicamentosas.
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Plataformas integradas,
informações compartilhadas
do tratamento mais adequado para cada
caso e no acompanhamento do paciente
a longo prazo.
Um dos principais desafios
enfrentados na conexão de sistemas
é a implementação de padrões de
codificação capazes de assegurar que
múltiplos aplicativos possam interpretar
e compartilhar dados. As organizações
utilizam suas informações de formas
diferentes, o que influencia a maneira
como os seus EMR registram, visualizam
e salvam arquivos. Essas particularidades
tornam o vínculo entre diferentes
sistemas ainda mais complexo.
Uma parcela significativa dos sistemas
EMR padronizados não são capazes
de registrar dados a partir de uma
plataforma HIE central. Isto significa que
os provedores de tecnologia voltada para
a área da saúde terão que convencer
hospitais e médicos a atualizar seus
programas. Esta adequação, porém,
pedirá por investimentos em novos
aplicativos, o que pode gerar resistência
por conta dos valores desembolsados.
É improvável que todos os registros
do setor sejam salvos em um formato
padrão, pelo menos por enquanto. As
organizações devem estar preparadas
para enfrentar a variedade na qualidade
de dados apresentados e compartilhados
via EMR ao utilizar programas de saúde
eletrônica.
Os integradores de tecnologia devem
encontrar uma maneira eficaz para
capacitar sistemas EMR, que armazenam
dados em diversos formatos, e registrar
de forma eficiente as informações que
serão compartilhadas. Estas plataformas
devem contribuir com a equipe médica
na construção do diagnóstico, na decisão
Adequar e disponibilizar dados de
saúde para a comunidade médica em
um formato claro e abrangente não é
uma tarefa simples. Para transformar
este cenário, governos, empresas de
tecnologia e provedores de serviços de
saúde devem trabalhar juntos e de forma
consistente para integrar informações
médicas em prol da vida da população
e conectar pacientes aos melhores
tratamentos.
Para mais informações, entre em contato
com:
Lourenço Mendonça
Diretor Geral, Accenture Saúde
Lourenço.Mendonç[email protected]
Accenture
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