Accenture aponta cinco tendências tecnológicas que transformarão a indústria entre os próximos três e cinco anos Relatório Technology Vision é produzido anualmente pela companhia e estabelece mudanças profundas como trabalhamos e vivemos, graças à ampliação e consolidação do universo digital São Paulo, fevereiro de 2015 - A união de forças entre empresas, clientes e dispositivos digitais afetará mercados, a economia e a forma como os negócios serão conduzidos entre os próximos três e cinco anos. Esta mudança, vista pela Accenture (NYSE: ACN) como a “We Economy” é uma transformação que já está em curso nas empresas líderes pelo mundo e confirmada em pesquisa global da Accenture com mais de 2 mil executivos de negócios e TI, constatando que quatro em cinco entrevistados acreditam num futuro em que os limites da indústria estarão fundidos em ecossistemas interconectados. Enquanto 60% dos entrevistados afirmam estabelecer novas parcerias em suas respectivas indústrias, 40% terão parceiros digitais fora do seu setor e 48% querem envolver líderes de plataformas em tecnologias digitais. “No relatório Technology Vision do ano passado, observamos como as empresas líderes em seus mercados asseguraram suas posições ao adotarem ferramentas digitais, com o objetivo de conduzir processos mais eficazes e transformarem a forma de levar produtos e serviços ao mercado, colaborando com os parceiros, com os clientes e gerenciando suas operações", afirma Paul Daugherty, diretor de tecnologia da Accenture. "Agora que o digital tornou-se parte do seu DNA operacional, as corporações ampliam suas fronteiras para alavancar um ecossistema de negócios digitais mais amplos, enquanto dão forma a próxima geração de produtos, serviços e modelos de negócios”. O Accenture Technology Vision 2015 dá exemplos de como, no rápido crescimento da Internet das Coisas Industrial - como a interconexão de dispositivos móveis integrados na infraestrutura da Internet existente -, as empresas utilizam ecossistemas digitais para oferecer novos serviços, remodelar experiências e ter acesso aos novos mercados. Segundo a pesquisa, 35% dos entrevistados já utilizam APIs (Interface de Programação de Aplicações) de parceiros para integrar dados e colaborar com pares de negócios, outros 38% planejam fazê-lo. Um exemplo é a Home Depot, que trabalha com fabricantes para garantir que todos os produtos conectados vendidos sejam compatíveis com o sistema conectado Wink - criando assim o seu próprio ecossistema. A Philips, em parceria com a Salesforce, adotou uma abordagem semelhante para reformular e otimizar a maneira como a assistência médica é fornecida. A plataforma criará um ecossistema de desenvolvedores de aplicativos que permitirá a colaboração e fluxo de trabalho entre médicos e pacientes. Com o uso desses ecossistemas digitais, a Home Depot, Philips e outras empresas têm a capacidade de crescer e estabelecer novas fontes de receita que não poderiam ser alcançadas isoladamente. O estudo ainda destaca cinco tendências tecnológicas: • A “Internet of Me”: O mundo altamente personalizado. Objetos do cotidiano estão acessíveis online, assim como as experiências - a criação de canais digitais que atendam aos vários aspectos da vida dos indivíduos. Os novos canais, que as empresas têm utilizado ou experimentado para envolver os clientes, incluem wearables (citado por 62% dos entrevistados), TVs conectadas (68%), carros conectados (59%) e objetos inteligentes (64%). Empresas com visão no futuro estão mudando a forma de construir aplicativos, produtos e serviços. Como resultado, as companhias criam experiências altamente personalizadas para envolver e entreter os clientes. A maioria (60%) tem visto um retorno positivo relacionado ao investimento em tecnologias de personalização. As empresas que tiverem sucesso nesta nova "Minha Internet (Internet of Me)" se tornarão a próxima geração de nomes conhecidos. No Brasil, 36% das empresas consultados utilizam ou experimentam wearables, como o Google Glass (34%), além de veículos conectados (36%) e objetos inteligentes, como robôs (41%) para engajar consumidores. • Economia de Resultados: Hardware produzindo resultados sólidos. O hardware inteligente supera a última lacuna entre a empresa digital e o mundo físico. Como as principais companhias adotam a Internet Industrial das Coisas (IoT), elas descobrem oportunidades para incorporar hardware e sensores e usar esses componentes conectados para fornecer aos clientes o que eles realmente querem: não mais produtos ou serviços, mas resultados expressivos. De fato, 87% dos entrevistados indicaram que essa tendência leva as organizações a mudarem cada vez mais a mentalidade da venda de produtos ou serviços para a busca de resultados. 84% dos respondentes apontaram ter compreensão de como os produtos estão sendo utilizados e o que os clientes esperam como efeito da inteligência atual atrelada aos produtos. Estes "desreguladores digitais" sabem que ficar à frente já não se aplica a apenas vender coisas, mas a atender. Esta é a nova "Economia de Resultados". No Brasil, 44% dos entrevistados concordam que o uso de hardwares inteligentes trará resultados, enquanto outros 44% acreditam fortemente nesta afirmação. • A (R)evolução das Plataformas: ecossistemas definidos, indústrias redefinidas. Plataformas de indústrias digitais e ecossistemas alimentam a próxima onda de inovação e crescimento disruptivo. 75% dos entrevistados acreditam que a próxima geração de plataformas será liderada não por grandes empresas de tecnologia, mas por players de mercado e líderes industriais. E quase três quartos (74%) têm usado ou experimentado plataformas industriais para integrar os dados com parceiros de negócios digitais. Os rápidos avanços na nuvem e mobilidade não só eliminam as barreiras de custo e tecnologia associadas com tais plataformas, mas permitem a abertura deste campo de atuação para as empresas de todos os setores e regiões geográficas. Em suma, os ecossistemas baseados em plataforma são o novo plano para competir. • Empresa Inteligente: Imensidão de dados + sistemas mais inteligentes = melhor negócio. Até agora, os softwares avançados ajudaram as empresas a tomarem decisões melhores e mais rápidas. Mas com a chegada do big data - e os avanços no poder de processamento, ciência de dados e tecnologia cognitiva – a inteligência de software tem ajudado as máquinas a tomarem decisões melhores. De acordo com 80% dos nossos entrevistados os aplicativos e ferramentas assumirão uma inteligência semelhante à humana. Para 78% dos executivos, o software em breve será capaz de aprender e se adaptar ao nosso mundo e tomar decisões com base nas experiências previamente vividas. • Força de Trabalho Reinventada: Colaboração entre humanos e máquinas. O impulso para entrar na era digital amplia a necessidade de seres humanos e máquinas realizarem atividades conjuntamente. A maioria das empresas respondentes da pesquisa (57%) tem adotado tecnologias que permitem aos usuários executar tarefas que antes exigiam especialistas de TI, tais como a visualização de dados. Os avanços em interfaces naturais, dispositivos portáteis e máquinas inteligentes apresentam novas oportunidades de capacitação de funcionários por meio da tecnologia. Isso também promoverá novos desafios na gestão de uma força de trabalho que pedirá por colaboração entre pessoas e máquinas. 78% dos executivos entrevistados concordam que as empresas de sucesso gerenciarão os funcionários ao lado de máquinas inteligentes - garantindo a colaboração entre os dois. E 77% dos entrevistados acreditam que dentro de três anos, as empresas terão de se concentrar no treinamento de suas máquinas, do mesmo modo que eles fazem o treinamento de seus funcionários (por exemplo, usando o software inteligente, algoritmos e aprendizagem de máquina). As empresas líderes vão reconhecer os benefícios do talento humano e tecnologia inteligente colaborando lado a lado - e vão incorporar membros críticos da força de trabalho reinventada. Sobre a metodologia Accenture’s Technology Vision é desenvolvido anualmente pelo Accenture Technology Labs. Para o relatório de 2015, o processo de pesquisa incluiu a introdução do Conselho Assessor Externo da Visão de Tecnologia, um grupo composto por mais de duas dúzias de executivos e empresários dos setores público e privado, academia, capitalistas de risco e empresas iniciantes. Além disso, a equipe da Technology Vision realizou cerca de 100 entrevistas com luminárias de tecnologia, especialistas do setor e líderes de negócios da Accenture. A equipe também aproveitou o vasto conjunto de conhecimentos e ideias inovadoras de profissionais na Accenture, utilizando tecnologias de colaboração da Accenture e uma abordagem crowdsourcing para lançar e executar uma contestação online para descobrir os tópicos de tecnologias emergentes mais interessantes. Mais de 1.700 profissionais da Accenture participaram do concurso, contribuindo com ideias valiosas e votando o lançamento de outras. Em paralelo, a Pesquisa da Accenture realizou uma pesquisa global com 2 mil executivos de negócios e de TI em nove países e 10 indústrias para capturar insights sobre a adoção de tecnologias emergentes. A pesquisa identificou as principais questões e prioridades para a adoção de tecnologia e investimento. Os entrevistados eram em sua maioria executivos e diretores de nível C, com algumas lideranças de linha de negócios em empresas com faturamento anual de pelo menos US $ 500 milhões, com a maioria das empresas com faturamento anual superior a US $ 6 bilhões.