HEMIPLEGIA NO ADULTO HEMIPLEGIA NO ADULTO CONCEITO DE HEMIPLEGIA A hemiplegia não é uma doença: é uma sequela neurológica grave devida a um comprometimento circulatório no cerebro com consequências e comprometimento em vários níveis. O indivíduo adulto, que por algum motivo sofreu uma lesão cerebral, compromete uma determinada área do cérebro. Essa área é responsável por determinadas funções no corpo humano; então, dependendo da área lesada, teremos: ● comprometimento sensorial: falhas na degustação, tato e sensibilidade, olfato, visão e audição; ● comprometimento mental: falhas na memória, raciocínio, etc ● comprometimento físico: é o que mais nos chama a atenção no hemiplégico e também o que mais interessa ao campo da fisioterapia. Temos então comprometimentos a nível de tônus, coordenação, equilíbrio, etc. Se você gosta do assunto e quer se aprofundar é bom tomar conhecimento da fisiologia do sistema motor. Lesões no Córtex Motor - O Acidente Vascular: O Acidente Vascular Cerebral é, sem dúvida, o maior causador de lesões no cérebro que originam uma hemiplegia. Sua causa é, normalmente, ou uma ruptura de um vaso (por aneurisma, hipertensão, etc) ou por trombose de uma artéria. Em ambas situações uma área do cérebro é lesada devido à isquemia decorrente. Córtex Motor Primário: Área do cérebro (Área Piramidal) que contém as células piramidais gigantes ou Células de Betz. A área piramidal é importante para o início de movimentos controlados Experiências em primatas indicam que removendo-se pequenas partes dessa área causará distintos graus de paralisias na musculatura a que se referem (segundo Homúnculo de Penfield). Constata-se que a musculatura permanece íntegra mas o cérebro não consegue mais controlá-la. Há uma perda do controle voluntário (especialmente para os músculos das extremidades). Se, apesar da remoção, houver uma integridade do núcleo caudado e da área pré-motora adjacente o animal ainpoderá realizar movimentos grosseiros dos membros perdendo, entretanto, o controle voluntário de movimentos http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (1 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO mais finos das extremidades. Espasticidade muscular causada por grandes lesões do córtex motor e dos gânglios da base. O córtex motor primário normalmente exerce efeito estimulador tônico contínuo sobre os motonerônios da medula espinhal e quando ocorre a lesão do córtex motor primário ou interrupção do feixe piramidal, o que se sucede é uma hipotonia. Mas muitas lesões comprometem, além do córtex motor, estruturas mais profundas, como é o caso dos núcleos de base (gânglios de base). Uma lesão nos núcleos de base causa uma hipertonia na musculatura subordinada. Se a lesão ocorre no lado esquerdo do cérebro a hipertonia ocorrerá na musculatura do lado direito do corpo (todas as vias motoras cruzam para o lado oposto: decussação das pirâmides). Quanto maior a lesão dos gânglios: maior a espasticidade. Como a lesão nos gânglios leva à espasticidade ? Grande parte dos sinais oriundos dos gânglios são inibitórios e se dirigem de volta ao córtex motor (para que possam inibir o próprio sistema piramidal) e para o tronco cerebral (no tronco: inibem a formação reticular e os núcleos vestibulares). Se diminuir a inibição sobre o tronco, tanto a formação reticular quanto os núcleos vestibulares aumentarão sua atividade excitatória originando uma hipertonia. Portanto: a hipertonia na musculatura ocorre devido à liberação da inibição do tronco pelos controles superiores. Tipos de Espasticidade: 1) O espasmo muscular consequente à grandes lesões do córtex motor e dos gânglios da base: O espasmo se dá tanto na musculatura extensora quanto a flexora. É ativado pelos motoneurônios alfa dos músculos, além da ativação dos fusos musculares. Isto causa um espasmo mais rígido. 2) Espasticidade que ocorrre na rigidez de descerebração: O espasmo se dá principalmente nos músculos antigravitacionais (são ativados pela hiperatividade fusal (reflexos extensores dos fusos musculares)): é o espasmo extensor. O Sinal de Babinski. http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (2 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO O Sinal de Babinski é um sinal clínico neurológico de fácil constatação para detectar lesões especificamente na porção piramidal do sistema de controle motor, pois não ocorre quando a lesão é nas partes extrapiramidais do sistema de controle motor. Patologia do Sinal: para o sinal de Babinski estar presente é necessário que ocorra a lesão na região correspondente ao pé (área 4 de Brodmann:área piramidal "gicanto-pyramidalis", onde ficam as células de Betz) ou então, transeção no feixe piramidal de fibras referente ao pé. O sinal é demonstrado quando um firme estímulo tátil é aplicado à sola lateral do pé. O hálux se estende para cima, e os outros dedos se afastam entre si. A resposta normal seria: que todos os dedos se curvassem para baixo. Causa do sinal de babinski (suposição): ● o feixe piramidal é importante controlador da atividade muscular para a realização de movimentos voluntários; ● já, o sistema extrapiramidal, um sistema de controle motor mais antigo, está mais relacionado à proteção. ● Por essa razão, quando somente o sistema extrapiramidal tem condições funcionais, um estímulo à sola dos pés causa reflexo protetor típico de retirada, que é expresso pelo movimento do dedo maior para cima e a abertura em leque dos outros dedos. Mas quando está integralmente funcional, o sistema piramidal supri- me o reflexo protetor e excita, em vez disso, uma função motora de ordem mais alta, incluindo o efeito normal de causar a curvatura para baixo dos dedos, em resposta à estímulos sensoriais da sola dos pés. PORQUE O HEMIPLÉGICO TEM APENAS UM DIMÍDIO COMPROMETIDO - Veja o trajeto do feixe piramidal ao sair do córtex motor e compreenda o comprometimento do lado oposto. Obs: Parte dos textos foram retirados da bibliografia contante no fim da página. TRATAMENTO: Não podemos nunca deixar de considerar o que causou a hemiplegia: normalmente a lesão de tecido nervoso dentro do cérebro e isso é uma emergência médica. Ruptura de aneurismas cerebrais, traumatismos cerebrais, hipertensão com derrame cerebral, etc...isso exige tratamento médico inicial e continuado. Exemplo: o http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (3 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO paciente teve um derrame cerebral devido à um pico hipertensivo, baixou o hospital, controlou-se a crise e teve como consequência uma sequela de hemiplegia. Esse paciente, ao sair do hospital deverá fazer um acompanhamento médico para controlar sua pressão, pois dependendo de sua causa, a hipertensão acompanha o indivíduo para o resto da vida. A sequela de hemiplegia vai permacecer com o indivíduo de agora em diante e será motivo de acompanhamento fisioterápico, mas o paciente precisa fazer um acompanhamento médico de sua pressão, ele precisa atacar a causa que o levou ao derrame, pois caso contrário, poderá se repetir. TRATAMENTO FISIOTERÁPICO Tem pessoas que afirmam que o hemiplégico não precisa de fisioterapia, pois conhecem vários pacientes e que muitos não tiveram nenhuma melhora e outros até pioraram. Muito bem, vamos com calma: devido à lesão do cérebro se estabelece no paciente um quadro de espasticidade. Essa espasticidade, associada às liberações de diversos reflexos farão com que o paciente perca o controle de sua coordenação motora. Como a fisioterapia consegue curar isso? Resposta: ela não cura ! Ora, pelo menos na presente data, não existe remédio para reverter a espasticidade, embora se possa diminuí-la por curto espaço de tempo. O que a fisioterapia faz então ? Imagine a situação que você não consegue controlar um lado do corpo (esquece que ele existe): seus músculos atrofiarão, suas articulações enrigecerão, tendões se retrairão, e em pouco tempo você não conseguirá sair mais de uma cadeira de rodas. A fisioterapia atua então: ● alongando musculatura encurtada ● trabalhando sistema respiratório ● estimulando sensibilidade perdida ● inibindo reflexos exacerbados e ativando reações necessárias ● trabalhando coordenação ● estimulando a musculatura do lado afetado para que essa realize as atividades de vida diária (AVD) ● coordenando e equilibrando a atividade dos dois lados do corpo. http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (4 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO Tudo isso é trabalhado, não isoladamente, mas utilizamos um conjunto de manobras seguindo modelos utilizados por pesquisadores onde uma determinada técnica é útil para inibir, alongar, coordenar e tudo mais junto. Normalmente uma técnica dessa exige alguns meses ou anos de estudos e estão agrupados em livros que formam verdadeiras biblias do fisioterapeuta. São exemplos dessas técnicas os métodos Bobath e Kabat. Você trabalha um paciente seguindo determinada técnica e esse paciente recupera parte do controle sobre seu lado lesado, você consegue dar a ele algum movimento independente para que ele realize as AVD´s, evita as retrações (cadeira de rodas), mas a espasticidade está lá, sempre presente, variando de acordo com a posição do corpo, com a sensibilidade do corpo, com o estado de espírito do paciente. QUADRO CLÍNICO FÍSICO DO HEMIPLÉGICO. (alterações posturais em função da espasticidade) a) No braço: - retração e depressão da escápula e do úmero; - contração dos flexores laterais do tronco e do lado afetado; - rotação interna do braço no ombro; - flexão com pronação do cotovelo e do punho; - mão em desvio ulnar; - dedos fletidos e aduzidos; Em alguns casos, porém, encontramos: - rotação externa do braço com: ● ● ● supinação e flexão do cotovelo combinada com.. retração da cintura escapular e.. dedos estendidos e aduzidos junto c/ flexão extrema do punho e cotovelo. b) Na perna: - rotação para trás (bascula anterior) e tração para cima (elevação do quadril) da pelve, no lado afetado; - rotação externa (?) da perna; - extensão do quadril e joelho; http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (5 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO - extensão com inversão do tornozelo; - flexão plantar dos artelhos. ESTÁGIO DE ESPASTICIDADE: Após o acidente vascular cerebral (AVC) e se for diagnosticada a hemiplegia como sequela residual o paciente passará por um processo de recuperação espontânea gradual. Normalmente esse processo se interrompe na segunda fase onde começa a instalação da espasticidade e que é onde, normalmente, o paciente procura o fisioterapeuta. Veja algumas caracteristicas típicas da espasticidade: ● ● ● A espasticidade se desenvolve, geralmente de forma vagorosa e com preferência para os músculos: - flexores do braço; - extensores da perna. Alguns pacientes (geralmente muito graves) desenvolvem uma forte espasticidade muito rápida, isto é, em poucos dias. Uma vez que a espasticidade se desenvolva, há uma resistência crescente a certos movimentos passivos. Grupos musculares mais afetados pela espasticidade: a) No braço: ● ● ● ● ● depressores da cintura escapular e dos braços; fixadores da escápula; flexores laterais do tronco; adutores e retratores do braço, junto do ombro; flexores e pronadores do cotovelo, punho e dedos. b) Na perna: ● ● extensores do quadril, joelho e tornozelo; supinadores do pé. A espasticidade depende da posição dos segmentos:...exemplo: a) Se o pé ficar em flexão plantar: os artelhos podem estar em dorsoflexão, mas se o pé for dorsoflexionado passivamente, os artelhos ficam em flesão plantar e oferecem resistência à dorsoflexão; http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (6 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO b) Alguns pacientes mostram forte espasticidade dos flexores do cotovelo e punho com os dedos estando mais ou menos estendidos. Quando se estende o cotovelo e o punho passivamente no entanto, os dedos se fletem e oferecem resistência à extensão. ...claro que existem exceções a essas regras acima... concluindo... Quando se testa a resistência espástica dos músculos a fim de avaliar a capacidade do paciente se mover, não é suficiente testar as articulações dos membros uma a uma, uma após a outra, sem le var em consideração a posição das articulações proximais e a posição da cabeça durante a realização do teste. (...isso é claro se você optar pelo tratamento seguindo os princípios do método de Bobath... que eu considero o mais coerente - minha opinião, é claro). ÁREA DE PESQUISA: Fórum: O Fórum a seguir foi criado dentro do site da fisioterapia do George e é exclusivo para o assunto de hemiplegia, qualquer dúvida relacionada a algum forum dirija-se à página de foruns do site, cujo link está na página principal. Entrar no fórum sobre Hemiplegia Livros encontrados em editoras nacionais e bibliotecas de fisioterapia: ● Medicina de Reabilitação. Sérgio Lianza. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 1985. ● Estimulação Elétrica Funcional - FES e Reabilitação. Sérgio Lianza. RJ, 1993. ● Programa de Reaprendizagem Motora para o Hemipégico Adulto. Janet H. Carr, R. B. Shepherd Manole, 1988. Hemiplegia no Adulto - Avaliação e Tratamento. Berta Bobath. Manole, SP, !988. Terapêutica por Exercícios, 3a ed. John V. Basmajian. Manole, SP, 1987. Tratato de Fisiologia Médica. Guyton. Ed. Guanabara Koogan. RJ. Neuroanatomia Funcional. Ângelo Machado. Ed. Atheneu.1988. ● ● ● ● Site para duas grandes editoras de fisioterapia: Editora Manole - Página em construção. Email Telefone: 0XX11-283-5866. Editora Atheneu - Página de bibliografia (com preços) em construção. Editora Guanabara Koogan - Não tem página. Telefone: 0XX21-2214076. http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (7 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO Links de Referência: a) Nacionais: ANÁLISE CINEMÁTICA DA MARCHA EM PACIENTES HEMIPARÁTICOS TRATADOS NOS SERVIÇOS ANÁLISE CINEMÁTICA DA MARCHA EM PACIENTES HEMIPARÉTICOS TRATADOS NOS SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA DA UFPB. Jeronimo Farias de Alencar, Luciana Falcão... Acidente Vascular Cerebral - MEDSTUDENTS- Neurology Revisão sobre Acidente Vacular Cerebral(AVC) englobando vários aspectos desde a anatomia até o tratamento.. Uso do Fator Ativador do Plasminogênio Tecidual no Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo Página Principal Conheça a SBC SBC-Funcor Esquina Científica Área Médica Sócios Produtos Cuide Bem do Seu Coração Adote este Coração Uso do Fator Ativador do Plasminogênio Tecidual no Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo. Antonio Claudio do.. Untitled PATOLOGIAS. TRATAMENTOS FISIOTERÁPICOS REALIZADOS NA ACBR. AVALIAÇÃO FÍSICOFUNCIONAL. 1. PATOLOGIAS NEUROLÓGICAS. Ataxias. Distrofia... Saúde e Vida On Line/Correio Eletrônico Correio Eletrônico. Derrame Isquêmico e Hemorrágico 15/05/97. Qual a diferença entre derrame (AVC) Isquêmico e Derrame Hemorrágico?? Exame Neurológico EXAME NEUROLÓGICO. Yara Fragoso. O exame neurológico faz parte do exame clínico de todos os pacientes. Não há justificativa para não se efetuar um. CIRURGIA ESTEREOTÁCTICA PARA PROCESSOS EXPANSIVOS INTRACRANIANOS Arq. Neuropsiquiatr. 1996, 54(1): 64 - 70. CIRURGIA ESTEREOTÁCTICA PARA PROCESSOS EXPANSIVOS INTRACRANIANOS. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. CIRURGIA ESTEREOTÁCTICA PARA PROCESSOS EXPANSIVOS INTRACRANIANOS Arq. Neuropsiquiatr. 1996, 54(1): 64 - 70. CIRURGIA ESTEREOTÁCTICA PARA PROCESSOS EXPANSIVOS INTRACRANIANOS. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. Derrame Cerebral Derrame cerebral é o nome popular de acidente vascular cerebral ou simplesmente AVC. De acordo com estudo epidemeológico realizado nos Estados Unidos da América, n INTRODUÇÃO. De acordo com estudo epidemiológico realizado nos Estados Unidos da América, no ano de 1990, a incidência de casos com traumatismo... Acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda: tromb Acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda: trombolíticos, heparina, ou ambos? OTÁVIO RIZZI COELHO, LUIZ CARLOS... Obstruções Carotídeas As carótidas são as principais artérias que levam o sangue ao cérebro. Quando obstruídas ou estreitadas podem causar isquemia cerebral. http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (8 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO b) Internacionais: Hemiplegia/Hemiparesis INTRODUCTION. NORMAL GAIT. PARKINSON'S DISEASE. HEMIPLEGIA. Movie- hemiplegia. References. FOOTDROP. ANTALGIC GAIT. Hemiplegia/Hemiparesis. Learning... Right Hemiplegia Right Hemiplegia. This article submitted by JB Plemons on 9/20/95. My son was diagnosed with right hemiplegia after a physical therapy evaluation. International Foundation for Alternating Hemiplegia of Childhood The International Foundation for Alternating Hemiplegia of Childhood is a non-profit, volunteer organization dedicated to seeking the cause(s). hemiplegia in baby boy hemiplegia in baby boy. This response submitted by Dr A P van Rooyen on 7/24/96. Author's Email: [email protected]. Dieter and Elke. Index of Scientific Presentations ECR 97 - Monday, March 3, 1997 ECR '97 - Scientific Programme. Index of Scientific Presentations - Monday, March 3, 1997. 08:30-10:00. Room Beethoven. SA 4 Slide-show: 15: Familial Alternating Hemiplegia 15. Familial Alternating Hemiplegia. HMPAO-SPECT perfusion images before and after the episode, T2-MRI and overlay images: cortical and cerebellar... Shoulder, hemiplegia, CVA, shoulder pain, measurement, range of movement, stro Centre for Rehabilitation and Engineering STudies. Stroke Association grant reference number R486/03089. A non-invasive system for the measurement. 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Startle Epilepsy with Infantile Hemiplegia: Report of Two Cases Improved by Surgery. Hirokazu Oguni. Motor unit behavior in hemiplegia Motor unit behavior in hemiplegia. References. Patten C, Zajac FE, Burgar CG, McGill KC. Motor-unit firing patterns in hemiplegia. VA RR&D Career... COMPARISON OF LEFT AND RIGHT HEMIPLEGIA ..............(1998. 9. 15) Left or right? Understanding the difference. Left CVA. Right CVA. Right hemiplegia or http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (9 of 10)2/9/2006 15:11:31 HEMIPLEGIA NO ADULTO hemiparesis. Left hemiplegia or... Fonte: http://www.fisioterapiagewaner.hpg.com.br/ http://jrbazzo.vilabol.uol.com.br/hemiplegia_no_adulto.htm (10 of 10)2/9/2006 15:11:31