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Os Ensinamentos das Testemunhas de Jeová - uma Ameaça ao Tecido Sócio-Familiar

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Os Ensinamentos das Testemunhas de Jeová uma Ameaça ao Tecido Sócio-Familiar?
Copyright © 2000 Adaptado por Cid Miranda
O Início de um Processo de Ruptura do Tecido Familiar
Quando uma pessoa resolve estudar com uma Testemunha de Jeová,
ela aprende, logo no início, que está ganhando uma nova e maravilhosa
família, uma família espiritual. Isso assegura ao membro novato que,
caso sua família o reprove por seguir o movimento, ele não estará
sozinho e contará com essa nova e grande família de milhares de
irmãos e, de presente, ganhará também os melhores e mais leais
amigos que irá conhecer em breve.
Sua família "mundana" (como tratam as Testemunhas os parentes não
TJ), deverá entender que aquela futura Testemunha de Jeová terá
muitos compromissos "teocráticos" e que a mesma convivência com eles
não mais poderá existir, pois eles não fazem parte da "associação cristã,
aprovada por Deus".
Esse rompimento familiar é muito comum em várias religiões e seitas
espalhadas pelo mundo. O processo de ruptura familiar é obviamente
uma das características mais evidentes nas religiões fundamentalistas,
exclusivistas, que alegam ser as verdadeiras continuadoras do
cristianismo.
Ver um querido membro da família afastar-se do convívio e do seio
familiar em direção a um sistema religioso "vitoriano" é uma amarga
experiência.
O Processo de Indução
Incontáveis milhares de indivíduos têm sofrido dores emocionais e
psicológicas infligidas por diversos ensinos da organização das
Testemunhas de Jeová. Vejamos as razões para essa afirmação nos
parágrafos seguintes.
A maioria das pessoas está familiarizada com as Testemunhas de Jeová
apenas pelo fato de serem acordadas nos fins de semana por seus
zelosos recrutadores de prosélitos. Há, porém, ainda muito mais por se
saber.
A Torre de Vigia é um movimento religioso americano do século XX, que
tem afetado de modo adverso as famílias em todo o mundo, pondo em
erosão tanto a coesão como a unidade de uma família, uma vez que um
dos membros seja iniciado na fase de doutrinação advinda do processo
de recrutamento.
A fase de recrutamento acontece por meio de um estudo sistemático das
verdades teológicas subjetivas da organização Torre de Vigia que, com
o tempo, tornam-se a única verdade aceitável.
Nos primeiros estágios desta fase de doutrinação, diz-se ao novo
recruta que ele deve esperar uma certa oposição da família. Vários
textos bíblicos são usados em apoio desse argumento. O que o
"estudante" não imagina é que, neste ponto, os laços familiares já
começaram a ser cortados. Esta programação sutil é feita por meio da
produção de crenças que atuam como filtros mentais, que conduzem a
uma percepção míope, deficiente. Isto se faz por meio de uma
linguagem hipnótica a qual apenas um lingüista experiente poderia
detectar. A programação sutil é feita através de terminologias
(nomenclaturas especiais e clichês) e supergeneralizações com as
quais
se
alimenta
o
incauto
prosélito.
(http://www.geocities.com/Athens/Column/8413/falacias.html)
A dieta de palavras conduz a um modo de pensar radical, que é muito
generalizado e, que, com freqüência, está fora de contexto. Uma vez
colocados os filtros, a pessoa doutrinada olha para si mesma, para a
família e para os outros através de um ponto de vista extremista. Neste
ponto, tudo passa a ser visto como preto ou branco, certo ou errado,
"nós contra eles", "Deus ou Satanás". À essa altura, qualquer
desaprovação da família à Torre de Vigia, é percebida como uma trama
satânica para minar a fé em Deus e em sua "organização visível aqui na
terra".
Isolamento e Alienação
Eventualmente, o novo adepto perde a capacidade de ser objetivo. Não
mais consegue olhar suas ações e comentários no contexto mais amplo
da estrutura social e do tecido familiar. Passa a ficar plenamente
envolvido na agenda da organização. A partir desse ponto, a família
não-Testemunha é vista como "parentes mundanos". Com este rótulo, a
família é desumanizada como pessoas "destinadas à destruição" a
menos que aceitem a doutrina e o modo de vida das Testemunhas de
Jeová, os únicos que praticam "a verdadeira adoração".
A TJ novata é levada a crer que ela é agora parte de uma família
mundial, cujos membros serão os únicos a sobreviver à cataclísmica
destruição da humanidade no Armagedom.
O "estudante" ou a TJ recém-batizada passa então a ser mantida num
estilo de vida regulamentado que não deixa tempo nem motivação para
visitas ou reuniões familiares, e caso estas ocorram, ensina-se ao novo
membro que ele deve aproveitá-las para fins de proselitismo ou para
"dar testemunho informal". Isto, naturalmente, com freqüência, irrita e
ofende os parentes "mundanos" e serve para comprovar à essa nova
Testemunha de Jeová que Satanás realmente cega sua família.
Muitas ex-Testemunhas sofreram dores emocionais e remorsos da culpa
de imaginar que cortaram todos os vínculos familiares a ponto de sequer
comparecerem a funerais ou eventos da família de que teriam
participado antes de se tornarem Testemunhas.
A Solidão da Saída
O verdadeiro problema começa quando acontece algo que faz a TJ
querer deixar a organização, ou quando ela é expulsa. É então que a
própria pessoa descobre que está separada dos antigos amigos e dos
membros da família biológica. Isso se deve às práticas extremistas de
rejeição comuns ao movimento religioso.
Não há modo honroso de deixar a organização das Testemunhas de
Jeová.
Na fase de doutrinação, não se diz ao novo prosélito que recebeu uma
PASSAGEM APENAS DE IDA para um sistema de vida regulamentado,
monitorado.
Muitas ex-Testemunhas relatam dificuldades para reintegrar-se aos examigos, à família e à comunidade. É como se tivessem estado presos
num lapso, ou vácuo de tempo, reféns deste grupo religioso de controle
cerrado.
Nos anos recentes, muitos começaram a descobrir que o que lhes foi
dito pelo Corpo Governante era inconsistente e enganoso, e que vinham
seguindo ordens irrealistas e autoritárias de uma liderança nebulosa
chamada de "A Sociedade" ou "A Organização".
Descobrem também que vinham mantendo suas vidas reguladas até o
ponto de terem de ler matéria impressa com procedimentos destinados a
serem usados nos conflitos familiares. Vamos a dois exemplos rápidos:
1. Um ancião contactou Betel para saber se sua responsabilidade
paterna estava livre de culpa devido à sua filha adolescente rebelde que
não se submetia a suas decisões.
2. Um ancião se reuniu com outros co-anciãos para indagar sobre como
ele deveria tratar seu filho recém-desassociado, conforme as instruções
da Sociedade.
Isto evidencia um sério problema de total dependência a uma estrutura
de autoridade que segue reinando sobre vidas humanas.
Devido a recentes mudanças doutrinais dentro da organização, alguns
começaram a ter dúvidas sobre esse modo de vida regulamentado e
legalista, mas assim mesmo existe um medo de se discutir isso
abertamente, já que isto pode levar a uma investigação e depois à
expulsão com direito a um "Cartão de Desassociação" no qual será
escrito "por apostasia" e que será guardado no Betel e na congregação
do ex-membro.
Alguns optam por sair silenciosamente e não deixam seu endereço
posterior.
Certo ex-ancião calcula que nos últimos 12 anos em que foi
superintendente presidente, cerca de 40% dos membros da
congregação simplesmente desapareceram sem deixar endereço algum
para que não fossem localizados.
Após ficarem no movimento durante décadas, os indivíduos encontramse numa situação de grandes perdas por terem sido apartados durante
anos a fio de suas famílias e antigos amigos que nunca aceitaram sua
abordagem frequentemente extremista das coisas, como Testemunhas
de Jeová. Podem sentir o desejo de reestabelecer os vínculos
familiares, mas alguns sentem-se incapazes de fazê-lo. É possível que
queiram buscar alvos de trabalho e de carreira diferentes dos que
tinham quando Testemunhas, mas observam que estão agora num
mundo altamente tecnológico que os deixou para trás. Assim, alguns
destes que saem se defrontam com um mundo de alta tecnologia que os
ultrapassou.
A dicotomia é que a família não-Testemunha nem sempre rejeita a
Testemunha do mesmo modo que a Testemunha a rejeita por afastar-se
ela mesma da família e dos amigos, pensando estar assim agindo em
benefício espiritual.
Muitos desenvolvem vidas sociais de destaque e proeminência dentro
desta subcultura religiosa e fazem grandes investimentos em seu status
na comunidade das Testemunhas de Jeová "recebendo designações"
("privilégios") como "servos ministeriais", "anciãos", "superintendentes",
etc. Alguns níveis de autoridade eclesiástica conduzem a uma "condição
especial" dentro da organização, condição essa que muitos preferem
manter a ter de discordar de qualquer ensino da Sociedade.
Ter boa instrução secular não é pré-requisito para se alcançar o poder
em qualquer cargo ministerial na organização das Testemunhas de
Jeová. Por conta disso, muitos gostam de usufruir de um poder que
jamais teriam fora da congregação.
Muitos acham difícil sair porque têm filhos adultos e netos com os quais
perderiam contato caso abandonassem a organização.
Se uma Testemunha fôr expulsa ou decidir sair devido a um conflito de
consciência, ela repentinamente perderá tudo no qual investiu todo o
curso de sua vida. Perderá amigos e parentes na organização, a boa
reputação e até mesmo tratos comerciais ou empregos dados por
Testemunhas.
Algumas pessoas que passaram vários anos na organização, viram todo
um histórico de fidelidade e dedicação se pulverizar em menos de cinco
minutos nas mãos de homens que seguiam ordens do conselho
executivo central em Brooklyn que não aceita que seus ensinos sejam
questionados impunemente por um membro de sua organização.
A Sociedade força uma purgação sistemática de indivíduos e
intelectuais que gostam de pensar livremente, mesmo que estes se
mostrem pessoas devotadas, muitas delas tendo gasto a maior parte de
suas vidas em prol dos interesses da "organização de Deus".
O relato de expulsão de Ray Franz, um ex-membro do Corpo
Governante das Testemunhas de Jeová, é a regra ao invés da exceção,
e ilustra bem a arrogância, a intolerância e o espírito beligerante dos
homens no comando central da organização Torre de Vigia, que
alimentam a paranóia contra qualquer questionamento ou crítica de
seus ensinos.
Essa atmosfera que atualmente existe entre as Testemunhas é similar à
era da ditadura militar no Brasil ou à era de McCarthy nos Estados
Unidos quando o medo do comunismo era usado para controlar o
pensamento e o comportamento da população. Muitos se lembrarão de
como carreiras profissionais foram errônea e negligentemente
arruinadas ou destruídas por causa do abuso da autoridade
governamental. O Corpo Governante, ou "a Sociedade" segue os
mesmos moldes inquisitoriais contra os que discordam de qualquer um
de seus ensinos.
Nesse ambiente controlador ninguém está imune à perseguição caso
venha a discordar dos ensinamentos da Sociedade e manifestar isso.
Alguns indivíduos esbarram em questões doutrinais, encaram a
expulsão, e mais tarde descobrem que a Sociedade adotou aqueles
mesmos itens questionados como "verdade atual". Um bom exemplo
disso teve a ver com a doutrina da "separação das ovelhas e dos
cabritos" por meio da pregação de porta em porta. Em se tratando desse
tipo de ocorrência, a única saída para algumas Testemunhas é dizer
que "têm esperado em Jeová e que Ele tem sempre enviado uma 'nova
luz' no devido tempo". Isso acontece em outras religiões como a dos
Mórmons, cujo "Conselho dos Doze Apóstolos" (uma espécie de Corpo
Governante composto por doze homens idosos) comumente recebe
"novas revelações" ou a dos Adventistas que recebem "novas profecias"
como as já famosas de Ellen G. White, uma profetisa.
Questões Sexuais
Muitos se recordarão de vários casamentos que foram destruídos
quando a Sociedade decidiu regulamentar a vida sexual íntima de seus
membros.
Sexo anal e oral - A Sentinela de 1970, (páginas 380 e 381) tratou pela
primeira vez desse tema, dizendo:
"Alguns sustentaram, porém que entre marido e mulher é permissível
absolutamente tudo. No entanto, tal conceito não é apoiado pela Bíblia.
Em Romanos 1:34, 32, onde se fala tanto de homens como de mulheres
que praticavam atos sexuais imorais, inclusive atos lésbicos e
sodômicos, a Bíblia menciona o uso natural da fêmea. Assim se mostra
que entregar-se a tal uso dos órgãos de procriação para satisfazer
algum desejo cobiçoso de excitação sexual não é aprovado por Deus."
Por conta disso, houve grande agitação entre as Testemunhas para
saber quem estava praticando sexo oral ou anal no casamento.
Mais artigos foram publicados nos anos seguintes. Ray Franz, exmembro do Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, em seu livro
Crise de Consciência, na página 51, (em português) diz:
"A decisão do Corpo Governante em 1972 resultou num considerável
número de audiências judicativas à medida em que os anciãos
investigavam os relatórios ou confissões das práticas sexuais
envolvidas. As mulheres sofriam uma vergonha aflitiva em tais
audiências ao responderem às perguntas dos anciãos sobre as
intimidades de suas relações maritais. Muitos casamentos, em que o
cônjuge que não era Testemunha de Jeová, passaram por um período
turbulento, com o cônjuge que não era Testemunha de Jeová
protestando veementemente contra o que ele ou ela considerava uma
invasão imprópria de sua privacidade no leito conjugal. Alguns
casamentos se romperam, resultando em divórcio."
Prejuízo observado no tecido familiar das Testemunhas através do
mundo, veio então uma mudança em A Sentinela de 1 de agosto de
1978, páginas 29-31, onde ainda se lê:
"... Em vista da ausência de claras instruções bíblicas, trata-se de
assuntos pelos quais o casal tem de levar a responsabilidade perante
Deus, e que estas intimidades maritais não são competência dos
anciãos congregacionais, para tentar controlá-las ou promover a
desassociação..."
Mas, como sempre, as mudanças tinham de continuar! Brilhou então
mais uma luz "progressiva" em 1983, em A Sentinela de 15 de
setembro, páginas 30 e 31, na qual a Sociedade VOLTOU aos pontos
básicos de sua posição anterior sobre sexo oral e anal ao declarar que
embora não coubesse aos anciãos policiar os assuntos maritais
privados dos membros de uma congregação, a defesa ou a prática do
que ela determinara como relações sexuais desnaturais, pervertidas,
entre pessoas casadas, não apenas desqualificaria um homem para ser
servo ministerial, ancião, pioneiro ou para qualquer outra posição como
também poderia levar até mesmo a expulsão da congregação.
Artigos desse tipo ainda exercem uma tremenda pressão para muitas
Testemunhas casadas e, em plena entrada de um novo milênio, isso
tudo ainda leva a muitas confissões difíceis de relatos íntimos de casais
TJ, aos seus pastores, os anciãos congregacionais.
Ray Franz dá detalhes no mínimo curiosos sobre o que ocorria no Corpo
Governante na época em que se discutia muito sobre as práticas
sexuais "impróprias". Leiamos alguns pequenos trechos do capítulo 3 de
seu livro Crise de Consciência...
Início da citação do livro de Ray Franz:
Certa mulher disse que tinha falado com um ancião e ele lhe
havia dito para escrever ao Corpo Governante "a fim de obter
uma resposta segura". Assim, ela escreveu dizendo que ela e seu
marido se amavam profundamente e descreveu então "certo tipo
de preliminares sexuais" a que estavam acostumados, dizendo:
"Creio que é um assunto de consciência, mas estou lhes
escrevendo para ter certeza". Encerrou com as seguintes
palavras:
"Estou assustada, sinto-me magoada, e estou mais preocupada
neste momento com o sentimento [do meu marido] com relação à
verdade... Eu sei que vocês me dirão o que devo fazer."
Em outra carta típica, um ancião escreveu dizendo que tinha um
problema que precisava resolver em sua mente e em seu
coração e, para chegar a isto, achou que "era melhor contatar a
'mãe' em busca de conselho". O problema tinha a ver com sua
vida sexual dentro do casamento e disse que ele e sua esposa
estavam confusos quanto a "onde traçar uma linha entre as
preliminares sexuais e o próprio ato sexual". Garantiu à
Sociedade que ele e sua esposa "seguiriam ao pé da letra
qualquer conselho que lhes fosse dado".
Estas cartas ilustram a confiança implícita que estas pessoas
vieram a depositar no Corpo Governante e a crença de que os
homens que formam esse Corpo poderiam dizer-lhes onde 'traçar
os limites', mesmo em aspectos tão íntimos de suas vidas
pessoais, que eles deveriam seguir estritamente à risca, "ao pé
da letra".
Muitas cartas foram expedidas em resposta pela Sociedade. Com
freqüência, esforçavam-se em prover algum esclarecimento
limitado (expressando sem dizer diretamente) quanto a quais
preliminares sexuais estavam dentro dos limites das ações
condenadas, enquanto outras estavam, em razão disso, liberadas.
Carta após carta revelava que as pessoas envolvidas sentiam
claramente a responsabilidade diante de Deus de relatar aos
anciãos qualquer desvio da norma estabelecida pelo Corpo
Governante.
Um homem em um estado do meio-oeste americano, que
confessou ter violado a decisão do Corpo Governante no que se
refere a suas relações maritais com a esposa, foi informado pelos
anciãos que eles estavam escrevendo para Sociedade sobre isto;
ele também escreveu uma carta que seguiu anexa.
Passaram-se oito semanas e finalmente ele escreveu outra vez a
Brooklyn dizendo que a "espera, a ansiedade e a antecipação
estão quase além do que posso agüentar". Disse que tinha sido
removido de todas as designações na congregação, inclusive de
fazer oração nas reuniões, e que, "quase a cada semana, estou
perdendo alguma coisa pela qual tenho me esforçado e orado
durante trinta anos". Ele implorava por uma resposta urgente,
dizendo:
"Preciso muito de algum alívio mental quanto ao conceito que a
organização de Jeová tem de mim."
Alguns dos afetados pela regra da
cujas funções sexuais normais
prejudicadas por uma operação ou
expressavam desalento diante da
organização eram pessoas
haviam sido seriamente
acidente. Algumas destas
situação em que foram
colocadas pela decisão do Corpo Governante.
Uma destas pessoas, a qual havia ficado impotente desta
maneira, havia durante os anos seguintes conseguido realizar sua
função sexual por um dos meios agora condenados pela
organização. Ele disse que, antes da decisão do Corpo
Governante, fora capaz de deixar de sentir-se como um meiohomem porque ainda conseguia satisfazer sua esposa. Agora, ele
escrevia dizendo que não podia ver nenhuma prova bíblica para a
posição adotada na revista A Sentinela, mas que sua esposa se
sentia na obrigação de obedecer e, como ele a amava, acedeu.
Disse que sabia que ele era o mesmo de antes, embora estivesse
emocionalmente se desmoronando, visto temer que seu
casamento fosse ficar seriamente afetado. Implorou que lhe
informassem se não havia uma "brecha" na vontade de Deus que
lhe permitisse o prazer de satisfazer sua esposa.
Todas estas situações exerciam uma enorme tensão sobre a
consciência dos anciãos exortados a tratar com os que violavam a
decisão do Corpo Governante. Na conclusão da carta de um
ancião, ele diz:
"Acho que posso usar somente aquelas leis e princípios da Bíblia
que compreendo com absoluta sinceridade e convicção ao
representar a Jeová e Jesus Cristo e, caso tenha de aplicar estas
leis e princípios ao exercer minha responsabilidade como ancião
na congregação, quero fazê-lo, não porque vim a confiar que esta
seja a organização de Jeová e vou segui-la, seja lá o que for que
ela diga, mas fazê-lo porque creio sinceramente que é
biblicamente aprovado e correto. Quero verdadeiramente
continuar crendo como Paulo admoestou aos Tessalonicenses no
segundo capítulo, versículo 13 [de sua primeira carta], a aceitar a
palavra de Deus, não como de homens, mas pelo que verazmente
é, como a palavra de Deus."
Apesar de eu achar as práticas sexuais envolvidas como sendo
definitivamente contrárias a meus padrões pessoais, posso dizer
honestamente que não fui a favor da decisão de desassociação
tomada pelo Corpo. Mas isso é tudo o que posso dizer. Pois,
quando veio a votação, agi de acordo com a decisão da maioria.
Senti-me consternado quando o Corpo me designou para preparar
a matéria em apoio da decisão. Assim mesmo, aceitei a
designação e a redigi como era desejo do Corpo e em
conformidade com sua decisão. Assim, não posso dizer que agi
de acordo com o mesmo ponto de vista excelente expresso pelo
ancião que acabei de citar. A minha crença na organização como a
única representação de Deus na terra me levou a fazer o que fiz
naquela ocasião sem sentir, particularmente, grandes dores de
consciência.
Fim da citação de Ray Franz.
Destruição dos Vínculos Maritais?
Quando um cônjuge é expulso, a possibilidade de sobrevivência do
casamento é pequena ou quase inexistente.
Embora as pessoas desejem paz em sua unidade familiar, um membro
ativo da organização poderá não ter paz e viver em eterno conflito por
encarar seu cônjuge desassociado/dissociado como perigo ou ameaça
em potencial à sua espiritualidade e relação com Deus.
Soando até como tema de um filme do tipo: "Dormindo com o Inimigo",
podemos dizer que a versão do amor, segundo a Torre de Vigia, é algo
que evapora instantaneamente quando se é expulso...
É Incentivada a Ruptura?
A Sentinela de 15/12/1981, página 25 diz:
"O absoluto perigo à espiritualidade também provê base para a
separação. O crente num lar dividido em sentido religioso deve fazer
todo o possível para aproveitar-se das provisões espirituais de Deus.
Mas, permite-se a separação caso a oposição do cônjuge descrente
realmente impossibilite praticar a adoração pura e deveras puser em
risco a espiritualidade".
O livro "Organizados para Pregar o Reino e Fazer Discípulos", página
172:
"Não há motivos de se escutar o filho ou o cônjuge desassociado, se
este tentar justificar-se ou procurar convencer o fiel do seu modo de
pensar e agir. Tampouco deve dar-se ouvidos às suas objeções quanto
a como o caso foi tratado pela comissão judicativa".
E na página 171 desse mesmo livro, encontramos a instrução:
"Em fidelidade a Deus, nenhum dos da congregação deve cumprimentar
tais pessoas (que saem) ao se encontrar com elas em público, nem
deve acolhê-las no seu lar. Até mesmo parentes consangüíneos, que
moram no mesmo lar com o parente desassociado, por darem mais valor
às relações espirituais do que as carnais, evitam tanto quanto possível o
contato com tal parente desassociado".
Muitas pessoas se sentem amedrontadas diante de tais "conselhos
amorosos". Na verdade, sentem-se intimidadas de modo severo. Muitos
membros que já perderam grande parte de sua fé nos ensinos dos
homens do Corpo Governante, ainda assim podem se manter na
organização pelo resto de seus dias. Adicionalmente, podemos afirmar
que alguns que discordam da organização ainda assim se mantém ali
por causa de alguns tipos comuns de MEDO que são sutilmente
internalizados por meio de publicações estudadas nas reuniões
semanais programadas e controladas pelo Corpo Governante.
Medos
MEDO de se perder a família (TJ) e amigos ao se ver
desassociado/dissociado.
MEDO de ser destruído na Guerra do Armagedom por se estar fora da
"arca de salvação, a organização de Deus".
MEDO de não ser ressuscitado, caso venha a falecer fora da
organização.
MEDO de "faltar chão" ou não haver vida alguma fora da organização.
MEDO de ver a boa reputação destruída por meio de boatos maldosos.
MEDO de perder o emprego ou tratos comerciais essenciais com
Testemunhas de Jeová.
Para tornar ainda maior essa lista, a Sociedade, através de algumas de
suas publicações como a revista A Sentinela e Nosso Ministério do
Reino, recentemente lançou artigos alertando contra os "perigos da
Internet" ao se referir aos "apóstatas" que estão nela. Na verdade,
essas estratégias de controle de informação tendem a mergulhar a
estrutura da psique humana das Testemunhas num conjunto mental de
intolerância e dogmatismo cada vez maior.
No entanto, controles desse tipo talvez sejam uma das razões pelas
quais, em muitos países, cada vez mais pessoas se refreiam de batizarse como Testemunhas de Jeová, pois elas se dão conta de que, ao
assumirem publicamente o compromisso de servir lealmente a Jeová
Deus e à organização Torre de Vigia, no dia do batismo, estarão
também assinando a perda de direitos humanos importantes.
Em conclusão, muitas pessoas casadas, ao se tornarem Testemunhas
de Jeová ou membros de outras organizações religiosas, tiveram de
aprender ou de ensinar a solidão de um lar dividido pela religião, como
ilustra a foto abaixo...
Nota: Citações também tiradas do artigo escrito por Victor Escalante em:
(http://www.stormloader.com/shaun/victor1.htm)
Não deixe de ler essa homepage também:
http://www.geocities.com/Athens/Column/8413/TJ_doutrina.html
Sábado, 17 de Agosto de 2013
Última Atualização: 15 de Fevereiro de 2010
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