CRISTADELFIANISMO - Material Didático - wagnerfd15

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CRISTADELFIANISMO
© Márcio Souza
Acredita na Trindade? – Não, responde o estranho, um tanto religioso.
No tormento eterno? – Não.
Na destruição da Terra? Não.
Em ir para o céu? Não.
No dízimo? Não.
Em ir à guerra? Não, no que toca a nós, não.
Você é Testemunha de Jeová? Não.
Qual a sua religião? Sou cristadelfo.
Inicialmente você poderia concluir que o seu interlocutor fosse uma Testemunhas
de Jeová. Contudo são cristadelfos. Como as demais seitas pseudocristãs, os cristadelfos
afirmam basear suas respostas a tais perguntas estritamente nas Escrituras. Como
veremos na consideração deste artigo, as heresias dos cristadelfos são encontradas em
diversas seitas, entre elas os unitaristas e as Testemunhas de Jeová.
Um Pouco de Sua História
O nome cristadelfo significa irmãos de Cristo, e foi adotado pelo seu fundador, o Dr.
John Thomas, formado em medicina. Em 1832 o Dr. Thomas, em viagem da Inglaterra
para os Estados Unidos, sofreu um naufrágio. Diante dessa situação ele fez um voto de
servir a Deus, se sua vida fosse salva. No cumprimento deste voto, passou a associar com
um movimento chamado Discípulos de Cristo. Esse grupo foi fundado por Thomas
Campbell (1763-1854). Dois anos depois afastou-se desse grupo devido divergências
doutrinárias quanto ao batismo, devotando todo seu tempo para fazer considerações
pessoais sobre o que considerava ser o Cristianismo.
Entre 1844 e 1847 desenvolveu seu corpo doutrinário. Formou dois grupos de
seguidores, um nos Estados Unidos e outro na Grã-Bretanha. Em 1848 seu grupo teve sua
fundação oficializada. Após sua morte, em 1871, um associado íntimo, Robert Roberts,
tomou a liderança até à sua morte em 1898. Em 1890 ocorreu uma polêmica entre Roberts
e J. J. Andrew, em relação a uma questão chamada responsabilidade na responsabilidade. O
cisma produziu dois grupos: aqueles que afirmavam que somente os que estão em Cristo
ressuscitarão, chamados de grupo da emenda; e o outro grupo conhecidos como sem
emenda, o qual dizia que no Juízo Final, tanto justos como ímpios serão ressuscitados, os
primeiros para a vida eterna e os demais para receberem o juízo e serem extinguidos. O
cristadelfianismo tem até hoje estas duas ramificações básicas. Contudo, em 1923, um
proeminente cristadelfo declarou: Há pelo menos doze fraternidades que chamam a si mesmas
de cristadelfos, cada qual recusando associação com as demais onze.
Principais Afirmações Doutrinárias
Deus – distante ou presente?
Os ensinos dos cristadelfos receberam influência dos Discípulos de Cristo, estes não
aceitavam a formação teológica, nem mesmo os seus termos, por exemplo, rejeitavam o
termo Trindade, mas não o conceito implícito. A diferença entre os Discípulos de Cristo, de
Campbell e os Cristadelfos está na rejeição desses últimos, não apenas dos termos que
não se encontram na Bíblia, mas também dos conceitos desses termos.
As afirmações dos cristadelfos são em alguns pontos semelhantes às seitas
unitaristas, em suas afirmações sobre Deus e sua natureza. Tem o conceito de que Deus
seja ultra-transcendental, isto é, não compartilha sua natureza com aqueles que a Bíblia
chama de filhos de Deus.
As Escrituras ensinam que Deus tem um interesse no homem, sua imagem e
semelhança, isto pode ser visto desde a queda. Deus procurou o homem caído (Gn 3.9),
até mesmo aconselha o que pensa em transgredir (Gn 4.6-7). Realmente Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho, para que todo aquele que nele crê não
pereça mas tenha vida eterna (Jo 3.16). Recebemos a natureza divina como herança em
Cristo (2 Pe 1.3-4).
Outra afirmação questionável da seita é quanto a essência de Deus, são unitaristas.
Enquanto os unicistas afirmam que Deus manifestou-se em três modalidades
(primeiramente como Pai, no Antigo Testamento; depois como Filho em carne; e depois
como o Espírito Santo), os unitaristas afirmam que Deus é apenas a pessoa do Pai. O
Filho não existia até que foi gerado no ventre de Maria. Qualquer conceito quanto a
divindade plena de Cristo é negada ou mesmo omitida.
O unitarismo está presente também em outras seitas. Por exemplo nas Testemunhas de
Jeová, pois consideram que Deus o Pai sempre existiu, mas Jesus foi criado, portanto,
teve um princípio de existência. Afirmam ainda que Jesus existia na forma de um anjo,
chamado Miguel, o arcanjo. Depois, sua vida foi transferida ao ventre de Maria e não
como homem, em sua morte deixou de existir. E, concluem, as Testemunhas de Jeová
que Jesus ressuscitou apenas em espírito, seu corpo humano dissolveu em gazes, tendo
apenas uma ressurreição corporal aparente e retornou à sua forma natural, arcanjo
Miguel.
Jesus – tinha natureza pecaminosa?
Alguns têm afirmado que a cristologia dos cristadelfos concorda com o conceito
cristão. Mas isso não ocorre. O livro Princípios Bíblicos afirma sob o tópico A Necessidade
de Salvação de Cristo: Por causa da sua natureza humana, Jesus experimentou pequenas
enfermidades, cansaço, etc. da mesma forma que nós. Depreende-se disto que, se ele não tivesse
morrido na cruz, teria morrido de alguma outra forma, por exemplo, de idade avançada. Em vista
disso, Jesus precisava ser salvo da morte por Deus.[1][1]
Quanto a natureza pessoal de Cristo, afirmam ainda: É evidente que Jesus teve que
fazer um esforço consciente e pessoal para ser justo; de modo algum ele foi forçado no fato dele ser
apenas um fantoche.[2][2] Ele tinha natureza humana, ele compartilhou cada uma das nossas
tendências pecaminosas.[3][3] Era vital que Cristo fosse tentado como nós, para que através da sua
perfeita vitória sobre a tentação, ele pudesse alcançar o perdão para nós. Os desejos errados que são
a base das nossas tentações vêm de dentro de nós, de dentro da natureza humana. Logo, era
necessário que Cristo tivesse uma natureza humana tal que ele pudesse experimentar e vencer estas
tentações. [4][4]
Afirmam que Jesus tinha um conflito pessoal com o pecado: A resposta é que na cruz
Jesus destruiu o poder do pecado nele mesmo, a profecia de Gn 3.15 é, primeiramente, sobre o
conflito entre Jesus e o pecado.[5][5]
Tais afirmações são heresias que têm entrado no universo evangélico. Os
cristadelfos têm mantido estudos ‘bíblicos’ gratuitos que semeiam tais doutrinas. As
Escrituras demonstram amplamente a preexistência de Cristo:
O que declaram as Escrituras a respeito de Cristo?
Não teve princípio, é Deus
No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1). Ele sempre
existiu e estava com Deus, no princípio Ele era, isto é, já estava presente. Não criado ou
feito. Sua eternidade é testemunhada até mesmo pelo Antigo Testamento: E tu, Belém
Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas
origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq 5:2). Disse-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou (Jo 8.58).
Sua Natureza é Divina
Foi chamado no Antigo Testamento de Emanuel, isto é Deus conosco, profetizado em
Is. 7.14 e cumprido em Jesus, conforme lemos em Mt 1.23: Eis que a virgem conceberá e dará
à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus
conosco). Existia primeiramente nos céus: Que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz (Fp 2.7). A Bíblia ensina
enfaticamente Sua encarnação: e o Verbo se fez carne, e habitou entre nós (Jo 1.14). E todo o
espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do
anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está no mundo (1 Jo 4.3).
É inerentemente Santo
O sacrifício de Cristo foi plenamente santo, ele não tinha uma natureza pecaminosa
que era subjugada pelo Espírito. Mas, uma natureza santa dirigida pelo Espírito, nunca
foi tentado pela sua própria natureza. Mas o adversário, o questionou e provou, como as
demais adversidades da vida, externamente (Mt 4.1). A Epístola aos Hebreus tem como
tema central a superioridade da obra de Cristo sobre todos trabalhos efetuados no Templo,
inclusive a administração sacerdotal.
Diferente dos sacerdotes que tinham que oferecer sacrifícios primeiramente pelos seus
pecados e depois pelo povo, Jesus sempre foi separado dos pecadores. Conforme lemos em
Hb 7.22-28: De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. E, na verdade, aqueles [levitas] foram
feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer. Mas este,
porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar
perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque
nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais
sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia
sacrifícios, primeiramente por seu pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez,
oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra
do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
Além disso tem outros conceitos heréticos. Afirmam que o Diabo e os demônios é
apenas uma influência impessoal. Também que o Espírito Santo seja uma força ativa
impessoal e que na morte todos ficam inconscientes. São, portanto, semelhantes em
muitos pontos as Testemunhas de Jeová, aos unitaristas, e aos arianos. Em artigos
futuros abrangeremos tais temas.
Pr. Márcio Souza
[1]
[2]
[3]
[4]
[5]
Arquivo da conta:
wagnerfd15
Outros arquivos desta pasta:

a Igreja Local de Witness Lee.doc (35 KB)
A LEGIÃO DA BOA VONTADE.doc (48 KB)
A QUESTÃO SOBRE O NOME DE JESUS.doc (20 KB)
 Ciência Cristã.doc (37 KB)
 adeptos do nome YEHOSHUA.doc (55 KB)
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Outros arquivos desta conta:
Relatar se os regulamentos foram violados
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