7 regras para uma dieta bem sucedida. Antes de tudo é preciso esclarecer o conceito de dieta. As pessoas costumam confundir ou interpretar o significado de forma errada. Dieta nada mais é do que um programa alimentar. Você irá controlar as quantidades, as fonte e os horários de ingestão dos nutrientes. É importante ressaltar também que dieta não é sinônimo de comer para emagrecer. Podemos definir um programa alimentar com o propósito de ganhar peso. Dito isso, vamos às regras: 1. Classifique os alimentos em 2 grupos: “Devo usar” e “Não devo usar”. Em outras palavras, classifique-os de acordo com seu valor nutricional e qualidade e não de acordo com sua preferência. Quando falamos de comida é normal que sempre haja a tendência de escolher alimentos que agradam nosso paladar. Se você está atrás de sabor, já começou errado. A primeira coisa que se deve fazer ao montar uma dieta é determinar quais alimentos irão fazer parte do programa nutricional e quais alimentos não farão parte. Temos que deixar claro para nós mesmos o que é permitido e o que não é. Se pesquisar, você encontrará estratégias de dietas que permitem o uso de qualquer alimento, entretanto, eu particularmente não defendo essa teoria. Não estou afirmando que não dará certo ou que só há um caminho para o sucesso, mas num mundo tão polemico e cheio de diversidade nós temos que escolher uma linha de ação, caso contrário ficaremos loucos. Vou passar a vocês o que, na minha visão, tem maior eficiência e, segundo minha experiência, demonstrou dar excelentes resultados com as pessoas. Prefiro encarar da seguinte forma: Existem alimentos de boa qualidade e alimentos de má qualidade. Os alimentos de boa qualidade basicamente reúnem um bom valor nutricional sem que contenham nutrientes maléficos ou excesso de algum ou mais nutrientes que podem oferecer efeitos indesejados. Exemplo: A famosa batata doce é considerada um alimento de excelente qualidade. Além de ser uma fonte valiosa de carboidrato, macronutriente muito útil para atletas, não apresenta em sua composição nutrientes que poderiam ser maléficos ao corpo. Não há gorduras de má qualidade, não há excesso de sódio e ainda temos importantes vitaminas. Agora vamos exemplificar um alimento de má qualidade. Podemos então analisar o sorvete! E é claro que você irá me dizer: “porra, mas isso é óbvio” Ok! Mas você sabe me dizer exatamente por que o sorvete é de má qualidade? Vamos lá… Este é um alimento que traz uma combinação péssima. Açucar + gordura! O problema dessa combinação é que nosso corpo não se “enjoa” facilmente e você é induzido a comer altas quantidades. Algo muito doce o enjoa rápido, algo muito gorduroso também, mas quando comemos algo que é gorduroso e doce aí conseguimos devorar o alimento e o prato junto! Dependendo do seu objetivo comer quantidades elevadas não é necessariamente ruim, mas comer algo que não presta em grandes quantidades é horrível! Muitos podem argumentar que o açucar do sorvete nos fornece carboidratos que muitas vezes precisamos, outros podem dizer que gorduras são vitais ao nosso organismo. Sim, em partes há razão nisso. Mas somente em partes. A gordura que geralmente está presente no sorvete é ruim, é hidrogenada ou trans e faz mal à saúde. (Sim, existem gorduras de boa qualidade e são de fato importantes para nós, mas infelizmente não é o caso do sorvete). O açucar encontrado no sorvete, é o açucar comum, a sacarose, que é composto de 50% glicose e 50% frutose. A frutose apresenta uma série de malefícios. Cuidado com o termo: Não é porque frutose te lembra frutas que você vai passar a considerar uma banana ou uma laranja um veneno. A quantidade de frutose presente em uma fruta é baixa e a fibra presente na fruta funciona como uma espécie de antídoto. Entretanto, assim mesmo, não devemos exagerar nas frutas. E eu ainda nem citei o problema do açúcar com o efeito insulina! Mais adiante vamos tratar deste ponto. Como vimos, é nítido que existem alimentos nutritivos e saudáveis e outros que podem nos prejudicar. Portanto a regra número 1 ao fazer dieta é que devemos classificar os alimentos em 2 grupos: “Devo usar” e “Não devo usar”. 2. Calorias não são todas iguais. Muitos defendem que para fazer dieta basta contar calorias e pronto! Se quer reduzir gordura corporal basta reduzir a quantidade calorica da sua alimentação e se quer aumentar massa muscular basta incluir calorias extras. Opa! Que beleza! Mas a realidade é outra. Se você quiser resultados medianos ou apenas um progresso modesto essa estratégia de apenas contar calorias pode até funcionar. Porém quando falamos de alta performance e resultados expressivos a coisa não é assim tão simples. Temos que considerar um ponto fundamental quando falamos de nutrição: A influência dos alimentos nos hormônios! Hormônios tem um poder enorme sobre seu corpo, eles determinam inúmeras características e processos metabólicos. Ignorá-los é um grande erro. Dependendo de quais nutrientes ingerimos e de qual estratégia nutricional fazemos, nós iremos estimular para mais ou para menos a secreção de diferentes hormônios no organismo. Já foram feitos estudos científicos que buscavam averiguar se dietas com diferentes balanços de macronutrientes, porém com o mesmo número total de calorias diárias, dariam o mesmo efeito no peso das pessoas. Descobriu-se que mesmo com o número total de calorias sendo idêntico, havia grandes diferenças nos resultados dependendo da distribuição de carboidratos, proteínas e gorduras. Isso quer dizer que, uma pessoa que comer apenas carboidratos irá ter um resultado diferente do que teria se comesse apenas gordura, mesmo que o número total de calorias fosse o mesmo. Os hormônios seriam acionados de forma diferente, o que nos explica, então, a diferença de resultados. Ou seja, se você determinou um número específico de calorias para comer na sua dieta e acha que isso é o suficiente, poderá não ficar tão próximo assim do seu objetivo. Não me entenda mal, o total de calorias consumidas no dia tem sim um poderoso impacto, porém, não podemos nos preoucupar somente com isso. A distribuição dos macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras) é fundamental. 3. Timing na dieta é importante! Deixe-me esclarecer o significado de timing na dieta. Quando falamos desse conceito nos referimos a qual momento você está comendo. Em que horário do seu dia estará fazendo determinada refeição e por qual razão. Antes de definir o seu plano alimentar é preciso avaliar com cuidado como está sua rotina. O que você faz o dia todo? Quais as atividades que pratica? Qual o seu gasto energetico nos diferentes momentos do seu dia? Tudo isso irá determinar o horário de suas refeições. O timing da sua dieta. E é claro, essas refeições serão específicas justamente porque estão num determinado momento do seu dia. Cada momento demanda uma nutrição diferente. Para ficar mais fácil de entender vou exemplificar: Se você perguntar para a maioria das pessoas qual a refeição principal de seu dia, a maioria esmagadora vai dizer: “Ah, é meu almoço” Basicamente elas capricham muito mais em seus pratos nessa refeição. Em seguida se fizermos outra pergunta: “O que você faz depois do almoço?” A resposta mais comum é: “pego no batente, fico sentado na minha mesa no trabalho". Ai está, essa pessoa fica sentada por horas e horas após seu almoço. Agora me diga uma coisa: Tem lógica ela fazer a refeição mais nutritiva de seu dia justamente num horário que antecede um periodo de repouso? Ficar sentado numa cadeira por horas! Claro que não! Porém as pessoas fazem isso por uma questão cultural. Fazem porque todo mundo faz, e nunca perguntam ou questionam a razão disso. Não seria mais óbvio fazer a refeição mais nutritiva justamente num horário que antecede um periodo de atividade física ou de maior gasto energetico? Porque encher sua corrente sanguinea de nutrientes se você não vai precisar deles agora? No nosso corpo o que é considerado excesso acaba virando estoque. E nós só sabemos estocar em forma de gordura. Infelizmente! Pois é! Como viram, o timing é um fator muito importante. 4. Cuidado com os carboidratos Esta é uma regra crucial! Lembra quando mencionei sobre a influência dos nutrientes nos hormônios? Pois é! Este conceito se encaixa aqui perfeitamente. Este guia não está sendo direcionado somente para pessoas que querem reduzir a gordura corporal. Todas as regras estão sendo mencionadas para que você entenda a estrutura de uma dieta e depois, baseado nesse alicerce, é que vai lapidando o plano de acordo com o objetivo específico. Mas para uma melhor didática vou lhe dizer que se o objetivo é emagrecimento, posso afirmar com segurança que o carboidrato será mais “vilão” do que a gordura, caso seja consumido em quantidades inadequadas. Muitos ainda ficam chocados com essa informação. Há décadas vivemos numa sociedade que crucificou a gordura e a classificou como algo terrivelmente nocivo. Essa mesma sociedade tem sua alimentação a base de carboidratos. E adivinhem só, cada vez mais, sobe o número de pessoas obesas entre nós. Isso não é coincidência! O alto consume de carboidratos tem uma relação direta com acúmulo de gordura. Antes de prosseguir faço questão de frisar que “alto consumo” é algo relativo. Depende de algumas variáveis, de forma que, o que é muito para um pode não ser para outro. Mas a realidade é que a maioria das pessoas que cultivam uma bela pança consomem mais carboidratos do que deveriam. Este macronutriente é responsável por ativar a secreção de um hormônio poderoso chamado insulina. A insulina é altamente anabólica, isto é, favorece para a construção de tecidos, uma vez que leva nutrientes para dentro das células. Muitos vão dizer: “opa, você disse anabólico? Então é disso que eu preciso!” Calma meu jovem… Observe com atenção! O conceito de anabolismo é em sua forma mais técnica a transformação de moléculas simples em moléculas mais complexas a fim de armazenar energia. Nesses processos nós podemos então construir tecidos, sejam eles musculares ou adiposos (gordura). Da proxima vez que você gritar a todos que deseja um efeito anabólico, especifique antes que quer anabolismo muscular hehe! A insulina por si só não é bom nem ruim. Não existe um hormônio que seja apenas mocinho ou apenas vilão, por mais que as pessoas tentem classificar tudo entre bem e mal. O que aconte é que a insulina pode desempensar um efeito indesejado caso seja ativada com uma frequência inadequada. O papel deste hormônio é regular os níveis de açucar no sangue. Sempre que estes se elevam a insulina é secretada pelo pancreas para normalizar a glicemia. Ou seja, a forma mais eficiente de ativar insulina é comendo carboidratos. O que acontece quando uma pessoa vive comendo carboidratos ou então os come fora de hora (lembra do timing na dieta), é que a secreção de insulina vai ocorrer diversas vezes ao dia ou vai ocorrer em momentos inapropriados. Dentre os inúmeros efeitos da insulina no corpo, lembrando que alguns deles são extremamente necessários para construir massa muscular, um deles é inibir a queima de gordura e ainda aumentar seu acúmulo. Portanto não podemos ignorar essa realidade. Use carboidratos como uma raposa esperta senão vai acabar virando um porco! A intenção aqui é deixar o conteúdo mais simples e prático, por essa razão, não iremos nos aprofundar tanto, mas para deixar bem claro, pense da seguinte forma: Carboidratos pormovem o aumento de açucar no sangue. Aumento de açucar no sangue promove a secreção de insulina. A insulina impede a queima de gordura, estimulando seu corpo a usar o açucar presente na corrente sanguinea como fonte de energia. Isso é ruim? Não necessáriamente! Se você vai praticar atividade física ou algo que requer esforço físico, faz sentido utilizar este açucar. É daí que você conseguirá mais energia! E este é um caminho inteligente que a insulina encontrou de reduzir os niveis de açucar no sangue (sua função principal). Ela poupa a gordura deixando o açucar livre para ser utilizado. Mas o que acontece quando a pessoa eleva seus níveis de açucar e não pratica nenhuma atividade física? Coisa boa que não é! Nesse caso você terá toda essa energia disponível sem uma finalidade, sem uma razão. Seu corpo então irá, através da insulina, promover a síntese de ácidos graxos (este é um jeito bonitinho de dizer que você vai fabricar banha). De algum jeito a insulina precisa retirar o excesso de açucar do sangue, se ele sera queimado para a produção de energia ou sera estocado em forma de gordura vai depender se você vai ou não praticar alguma atividade de esforço físico neste período. Acho que ficou claro, não é mesmo? É mais inteligente utilizar os carbos em períodos que antecedem esforços físicos, enquanto controla-se a ingestão deste macronutriente nos períodos fisicamente inativos. 5. O período após o treino é a oportunidade mais anabólica do seu dia. Estamos falando aqui de anabolismo muscular! Eu tenho uma pergunta: Qual a função do treinamento com pesos no processo de ganho de massa magra? Muitos diriam: “Tá maluco Will? Que pergunta besta. É claro que o papel do treinamento com pesos é justamente promover o anabolismo muscular” Observando de forma detalhada, na verdade não é exatamente assim. Por mais estranho que possa soar a vocês, o treino é catabólico! Sim, isso mesmo, quando você está na academia treinando musculação, você está na realidade, catabolizando. No treinamento, seu organismo precisa quebrar moléculas mais complexas em moléculas mais simples para obtenção de energia. Este é o significado de catabolismo. A principal função de um treinamento com pesos é criar demanada por nutrientes e então estabelecer um perfil metabólico propício para que depois aconteça o anabolismo muscular. Isso só sera possível com uma alimentação adequada. Repetindo: A principal função de um treinamento com pesos é criar demanada por nutrientes. Grave isso! Quanto mais intenso for o treino maior a demanda que será gerada. E você provavelmente irá me perguntar: “então Will, não basta simplesmente comer os alimentos certos nas quantidades certas, se eu não tiver demanda pra isso?” Exato! Na verdade, se não considerar qual a demanda que o seu organismo cria, você nunca acertará na quantidade. Por isso que dieta não é uma receita de bolo. Cada pessoa tem necessidades diferentes. Um outro ponto a destacar é que quando falamos de anabolismo muscular, nós precisamos realizar mais síntese de proteínas, porém se você simplesmente ingerir um caminhão de carne ou whey sem ter criado demanda o suficiente, não haverá possibilidade do seu corpo absorver tudo. Aquilo que não é absorvido é considerado excesso. E o que é excesso é estocado. E infelizmente o que é estocado vira gordura. Entendeu agora por que é importante treinar intenso e por que vivo batendo nessa tecla? Quanto maior a intensidade do treino, maior a demanda nutricional que será criada, e portanto, maior a capacidade do seu corpo de absorver nutrientes. Dito isso, fica claro que que o período pós treino é de fato o mais anabólico. É justamente quando o organismo está mais necessitado de se nutrir. É nesse momento que você precisa elaborar as refeições ou a refeição mais nutritiva do seu dia. Existe ainda muita polêmica em relação a quanto tempo esta janela metabolica de maior absorção do corpo duraria. Já se defendeu que é até 40 minutos após o treino, 2 horas, 4 horas, enfim, você encontrará diversas respostas. A forma mais inteligente de lidar com isso é não se prender a um tempo específico. Apenas compreenda o conceito! Após o treinamento com pesos de alta intensidade você estará com a melhor oportunidade anabólica do dia, portanto, capriche na alimentação nas próximas horas. Aqui é um bom momento para consumo de carboidratos, visto que seu corpo precisará deles para repor os estoques de glicogênio e oferecer também uma recuperação eficaz. Nem preciso destacar a importância das proteínas nesse momento. São elas que serão sintetizadas para recompor e fabricar mais tecido muscular. Se você treina a noite e não tem muitas horas para ficar acordado no pós treino, deve pensar em uma única refeição mais reforçada. Tudo depende da sua rotina, porém os conceitos chaves é que vão ditar o seu plano. 6. Não esqueça de nutrientes funcionais Existem micronutrientes que desempenham papéis essenciais e indispensáveis à vida humana. Sendo assim, não podemos encarar a dieta olhando apenas para carboidratos, proteínas e gorduras (macronutrientes). Nutrientes funcionais não tem como ação principal ofertar energia ao corpo, mas sim oferecer um ambiente orgânico propício para a manutenção da boa saúde e atuando também na prevenção de doenças. Lembre-se que um organismo que não é saudável não pode permitir um desenvolvimento muscular consistente. Isso quer dizer que para nós, praticantes de musculação, ter a saúde intacta é ainda mais importante. Por exemplo, o licopeno, presente no tomate, auxilia na prevenção de câncer de próstata. O resveratrol encontrado na uva e vinho tinto atua como antioxidante, auxilia na redução do risco de doenças cardiovaculares e na redução de inflamações. Os Sulfetos Alílicos que encontramos no alho e cebola contribuem para um sistema imunológico mais forte, reduzem a pressão arterial e também podem atuar na prevenção de câncer. Vamos citar alguns exemplos de nutrientes funcionais, particularmente benéficos para os praticantes de musculação: Vitamina C – Possui função atioxidante, evitando a destruição celular. Sendo combatente dos radicais livres e estimulando elementos do imunológico, desempenha importante papel para atletas. sistema Lembre que atividades de alta intensidade enfraquecem o sitema imune e imprimem uma sobrecarga impactante no organismo. Se preocupar com isso é uma boa idéia! A vitamina C também vem sendo utilizada há muitos anos por praticantes de musculação e fisiculturistas para obter uma função diurética e um possível controle do cortisol (hormônio catabólico). Embora essas duas últimas ações são controversas, os primeiros benefícios listados aqui já justificam o uso deste nutriente. Esta vitamina é encontrada principalmente em frutas cítricas, mas também em legumes, verduras e até pimenta. Vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B6, B7, B12) – Este complexo de vitaminas apresentam uma série de benefícios e de funções importantes para atletas e praticantes de musculação. Oferta uma melhor adaptação neural (acontece quando aprendemos a recrutar mais fibras musculares), participa de inúmeros processo metabólicos, inclusive na produção de energia. Contribui para a manutenção da saúde do tecido intestinal, favorecendo assim para uma melhor absorção dos nutrientes que ingerimos. Facilita a liberação de glicogêncio hepático permitndo assim mais energia nos treinos. Encontramos vitaminas do complex B em alimentos como vísceras, ovos, cereais integrais, folhas verdes escuras, nozes. Omega 3 – Ácido graxo essencial (não produzido pelo organismo). É uma grande deficiência da população em geral, pois nossa dieta não fornece quantidades suficientes deste nutriente. Impede a coagulação do sangue, o que indiretamente acaba por previnir várias doenças. Contribui para a saúde do coração, sendo um antiarrítmico. Tem um efeito muito benéfico que é sua propriedade anti-inflamatória e também na recuperação das células musculares, e aí podemos destacar a importância para os praticantes de musculação que colocam seus corpos em grande sobrecarga articular e muscular. Como viram a nutrição vai além de pensar em carboidratos, proteinas e gorduras de forma isolada. Precisamos ofertar uma série de nutrientes que também são responsáveis pelo funcionamento de inúmeros processos no organismo. 7. Não permita escapadas! O principal erro de quem pretende seguir um programa alimentar é justamente não seguí-lo. Isso parece muito bobo para listar aqui, no entanto, não poderia deixar de comentar sobre isso. Vejo esse deslize acontecer com 90% das pessoas. Entenda uma coisa: Seu corpo precisa que algo seja repetido inúmeras vezes para começar a produzir resultados. Precisamos de rotina! Se você treinar hoje e só voltar a treinar daqui 2 semanas, seu organismo não vai nem dar bola pra isso e entao não irá se adaptar. O raciocínio dentro desse cenário seria: Para que vou me adaptar a algo que esse camarada faz de vez em nunca? Por outro lado, se você treinar todos os dias, seu corpo se vê obrigado a evoluir, pois o raciocínio deste novo cenário é: Eu preciso me adaptar urgentemente, a coisa tá ficando complicada se eu me manter assim! Com a dieta é a mesma coisa. De nada adianta seguir o melhor planejamento do mundo por 2 ou 3 dias e logo na sequência colocar tudo a perder. Mesmo que você retome o programa posteriormente, irá começar quase do zero e é por isso que existem milhões de pessoas que tentam melhorar seus corpos há anos e nunca saem do mesmo lugar. Já posso ouvir inúmeros argumentos do tipo: “mas Will, uma pequena escapadinha ali ou aqui não vai mudar nada no meu resultado” Esse é justamente o pensamento daquele que fracassa. Essa pessoa não percebe que atos negativos reforçam hábitos negativos. Você nunca dará uma só escapada apenas, sempre se abrirá oportunidades para novos deslizes. Por outro lado quando você vence uma tentação e toma uma atitude positiva em relação a sua dieta, você reforça hábito positivo tornando-se muito mais preparado para seguir em frente firme e forte. O pensamento do vencedor é: “Não permito nada que me desvie do meu propósito” Você já experimentou se manter nas regras por 3 meses sem nenhum deslize? Se a sua resposta é não, lhe apresento aqui a maior razão para asua falta de sucesso. Quanto mais a dieta perdura no tempo, maior a capacidade dela de transformar seu corpo. O primeiro dia não vai te mudar muito, mas o quadragésimo dia fará uma boa diferença (desde que não haja escapadas). Para aqueles que advogam o famoso “dia do lixo” saibam que até mesmo isso deve ser planejado. Se acha que não consegue levar um programa nutricional por muito tempo, então musculação não é para você! Mas permita-me lhe encorajar: Qualquer pessoa tem a capacidade de seguir as regras por tempo ilimitado. O que determina isso é o grau de comprometimento e fé que você deposita na metodologia aplicada. Ninguém irá se sacrificar por algo que não deseja de forma intensa ou então por algo em que não acredita funcionar. Certifique-se que realmente está comprometido. Pergunte a si mesmo: Quanto vai me custar não atingir o meu objetivo? De que forma vou me sentir caso eu fracasse? Como vou encarar a mim mesmo se desistir no meio do caminho? Como seria conquistar o que quero? Depois de responder a essas perguntas, tenho só mais uma a te fazer: Vale a pena? Se responder sim, é sinal claro que sera capaz de fazer qualquer dieta! Eu acredito que você merece mais do que já tem. Se você está lendo esse material é porque de alguma forma está buscando melhorar. Não perca tempo e esforço interrompendo o processo toda hora e aprenda a ser constante. Por experiência própria te digo que é muito gratificante saborear uma conquista e cada vez que você consegue supercar uma etapa tenha certeza que irá muito mais fortalecido para a próxima. Isso explica por que fortes ficam cada vez mais fortes e fracos cada vez mais fracos! Eu poderia ainda citar mais regras, porém creio que essas são as mais importantes. Lembre-se também que organização é fundamental. Decore o seu programa alimentar e saiba exatamente o que você deve comer o dia todo. Se tem uma rotina atarefada e corrida é fundamental que já deixe as refeições prontas de antemão. Se deixar a preparação para a última hora você não comerá o que precisa e sim o que estiver mais fácil de acessar. Sim, fazer dieta é de certa forma um sacrifício. Porém os iniciantes nessa prática normalmente superestimam o nível de dificuldade. Basta insistir no começo que logo tudo vai ficando mais natural e mais fácil. E o melhor de tudo é que vale a pena! Mas como disse anteriormente, só valerá a pena se você realmente estiver comprometido com seu objetivo. Não é simplesmente uma questão de “querer é poder”. Trata-se do QUANTO você quer! Abraços e bons treinos! Will Detilli