7a e IÇ • R. C. Hibbel 7º edição Conversão para SI S. C. Fan Nanyang Technological University Tradução Arlete Simille Marques E n g e n h e i ra Quím ica - U n i versidade Federal do Paraná Revisão técnica Sebastião Simões da Cunha Jr. Instituto de Engenh a ria Mecâ n i ca da U n iversidade Federal de ltaj u bá EDITORA AFILIADA São Paulo Brasil Argentina Colômbia Costa Rica Chile Espanha Guatemala México Peru Porto Rico Venezuela © 2010 Pearson Education do Brasil © 2008 Pearson Education South Asia Pte Ltd. Título original: Mechanics of materiais, seventh edition Tradução autorizada a partir da edição de Cingapura, adaptada da edição original em inglês Mechahics of materiais, 7th edition, de Russell Hibbeler, publicada pela Pearson Education, Inc., sob o selo Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluin,?o fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e trapsfnissã'o de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Pearson Education do Brasil. Diretor editorial: Roger Trimer Gerente editorial: Sabrina Cairo Supervisor de produção editorial: Marcelo Françozo Editora: Gabriela Trevisan Preparação: Renata Gonçalves e Sonia Midori Revisão: Regiane Miyashiro Capa: Alexandre Mieda Editoração eletrônica: ERJ Composição Editorial Dados Internacionais de Catalogação na P ublicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Hibbeler, Russell Charles Resistência dos materiais I Russell Charles Hibbeler ; tradução Arlete Simille Marques ; revisão técnica Sebastião Simões da Cunha Jr.7. ed. - São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2010. Título original: Mechanics of materiais. ISBN 978-85-7605-373-6 1. Estruturas - Análise (Engenharia) 2. Resistência dos materiais I. Título. 09-10017 CDD-620.112 Índice para catálogo sistemático: 1. Resistência dos materiais : Engenharia 620.112 2009 Direitos exclusivos para a língua portuguesa cedidos à Pearson Education do Brasil Ltda., uma empresa do grupo Pearson Education Av. Ermano Marchetti, 1435 CEP: 05038-001 - São Paulo - SP Tel.: (11) 2178-8686 Fax: (11) 2178-8688 e-mail: [email protected] Ao estudante Com a esperança de que esta obra estimule o interesse pela resistência dos materiais e proporcione um guia aceitável para o entendimento da matéria. Sumário 1 1. Tensão 1.1 Introdução . . 3.7 O diagrama tensão-deformação de cisalhamento . ........ . .................................... 1 *3.8 ............... .... Equilíbrio de um corpo deformável ......... 1 1 .3 Tensão 1.4 Tensão normal média em uma barra .................................................... com carga axial 1.5 ...................................... 15 Tensão de cisalhamento média .............. 20 1.6 Tensão admissível 1.7 Projeto de acoplamentos simples 2. 14 ................................... 4. 4.1 4.2 .......... 33 . 2.1 Deformação 2.2 Conceito de deformação 3. ........... .............................. ....................... 47 Propriedades mecânicas dos materiais 57 3.1 O ensaio de tração e compressão . ...... 57 3.2 O diagrama tensão-deformação ........... 58 3.3 Comportamento da tensão-deformação .. de materiais dúcteis e frágeis . .. ............. ...................... 85 ............. 86 ...................... 95 ...... ..... estaticamente indeterminado . ................ 96 Método de análise de força para ...... 100 ..................................... 106 elementos carregados axialmente 4.6 Tensão térmica 4.7 Concentrações de tensão .................... 111 . . ...... . . ....... 114 ..................................... 116 *4.8 Deformação axial inelástica *4.9 Tensão residual 5. Torção 60 76 Deformação elástica de um elemento Elemento com carga axial 5.1 .... 125 Deformação por torção de um eixo circular .......... . . 125 ...... ...................... 126 ...... ...................... . 63 5.2 A fórmula da torção ....... 64 5.3 Transmissão de potência...................... 132 .......................... 73 5.4 Ângulo de torção 3.4 Lei de Hooke 3.5 Energia de deformação 3.6 Coeficiente de Poisson ...... ....................... . Princípio de Saint-Venant 4.4 47 74 85 Princípio da superposição 4.5 . Carga axial 4.3 47 Deformação ........ . ................... submetido a carga axial 32 ...................... Falha de materiais devida à fluência e à fadiga 1.2 . ............ ................. . ................................. 139 VIII 5.5 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Elementos estaticamente indeterminados 7.4 carregados com torque ....................... 150 *5.6 *5.7 Eixos maciços não circulares ................ 155 compostas por vários elementos . . .. .. ... 7.5 Tubos de parede fina com seções 5.8 Concentração de tensão ...................... 165 *5.9 Torção inelástica................................... 167 *5.1O Tensão residual ..................................... 172 *7.6 Fluxo de cisalhamento em elementos 1 81 Centro de cisalhamento para seções transversais abertas.............................. 289 8. 8.1 Flexão 276 de paredes finas ................................... 285 transversais fechadas ........................... 157 6. Fluxo de cisalhamento em estruturas 8.2 Cargas combinadas 300 Vasos de pressão de paredes finas . 300 ... . Estado de tensão causado por cargas combinadas .............................. 304 6.1 Diagramas de força cortante e momento fletor ................................. 181 6.2 Método gráfico para construir 9. diagramas de força cortante e momento fletor 6.3 ..................................................... 9.1 Deformação por flexão de um 6.4 A fórmula da flexão .............................. 203 6.5 Flexão assimétrica ................................ 216 *6.6 Vigas compostas .................................. 224 *6. 7 Vigas de concreto armado ................... 229 *6.8 Vigas curvas.......................................... 231 6. 9 Concentrações de tensão .................... 236 * 6.1O Flexão inelástica ................................... 244 6.11 Tensão residual..................................... 251 Cisalhamento transversal 262 262 7.1 Cisalhamento em elementos retos 7.2 A fórmula do cisalhamento .................. 263 7.3 Tensões de cisalhamento em vigas ...... 264 ...... 321 de tensão 188 elemento reto ...................................... 201 7. Transformação 9.2 Transformação de tensão no plano ...... 321 Equações gerais de transformação de tensão no plano .............................. 324 9.3 Tensões principais e tensão de cisalhamento máxima no plano .......... 327 9.4 Círculo de Mohr- tensão no plano.... 338 9.5 Tensão em eixos provocada por carga axial e torção .............................. 345 9.6 Variações de tensão ao longo de uma viga prismática ........................ 346 9.7 Tensão de cisalhamento máxima absoluta ................................. 351 1 O. Transformação da deformação 10.1 10.2 361 Deformação plana................................ 361 Equações gerais de transformação no plano de deformação...................... 362 SUMÁRIO *10.3 12.9 Círculo de Mohr- plano Vigas e eixos estaticamente indeterminados- método da superposição ........................................ 466 de deformação ..................................... 367 *10.4 IX Deformação por cisalhamento máxima absoluta .................................. 373 10.5 Rosetas de deformação ....................... 376 10.6 Relações entre o material e suas 1 3. Teorias de falhas................................... 387 1 1. Projeto de vigas 401 e eixos 11.1 Base para o projeto de vigas ............... 401 11.2 Projeto de viga prismática ................... 401 *11.3 Vigas totalmente solicitadas ................ 411 *11.4 Projeto de eixos ................................... 413 1 2. 421 12.1 A linha elástica ..................................... 421 12.2 Inclinação e deslocamento por integração ............................................ 423 '12.4 Funções de descontinuidade ............... 435 Inclinação e deslocamento pelo método dos momentos de área .......... 442 12.5 Método da superposição ..................... 452 12.6 Vigas e eixos estaticamente indeterminados .................................... 457 12.7 13.1 Carga crítica .............................. .......... 477 13.2 Coluna ideal com apoios de pinos....... 478 13.3 Colunas com vários tipos de apoio...... 483 *13.4 A fórmula da secante ............ .............. 492 *13.5 Flambagem inelástica .......................... 497 '13.6 . . Projeto de colunas para cargas concêntricas ......................................... 502 *13.7 Projeto de colunas para cargas excêntricas ...................... ......... 510 . 1 4. Métodos de energia 14.1 Trabalho externo e energia Vigas e eixos estaticamente indeterminados- método da integração ...................... ................ 458 . de deformação ..................................... 519 14.2 Energia de deformação elástica para vários tipos de carga.................... 522 14.3 Conservação de energia ...................... 531 14.4 Carga de impacto ................................ 535 *14.5 Princípio do trabalho virtual................. 543 *14.6 Método das forças virtuais aplicado a treliças ....... ........................ 545 . '14.7 Método das forças virtuais aplicado a vigas.................................... 551 *14.8 Teorema de Castigliano ................... ... 558 *14.9 Teorema de Castigliano . aplicado a treliças ................. .... ......... 558 . *12.8 519 Deflexão em vigas e eixos '12.3 477 de colunas propriedades ........................................ 379 *10.7 Flambagem Vigas e eixos estaticamente indeterminados- método dos momentos de área ........................ 461 . *14.10 Teorema de Castigliano aplicado a vigas.................................... 561 X RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS B Apêndices A Propriedades geométricas de uma área 568 Centroide de uma área A.2 Momento de inércia de uma área A.3 Produto de inércia para uma área ....... 572 A.4 Momentos de inércia para uma área em torno de eixos inclinados A.5 ........ ............... 570 574 Círcul o de Mohr para momentos de inércia .............................................. de perfis estrutu rais Inclinações e d eflexões de vigas 582 586 568 A.1 ........................ c P ro p riedades geométricas 576 D Revisão d e fu n d a m e ntos de engen haria 588 Sol u ções parciais e respostas 599 Índ ice remissivo 628 Prefácio O objetivo deste livro é oferecer ao estudante uma apresentação clara e minuciosa da teoria e da apli­ cação dos princípios fundamentais da resistência. dos materiais. O entendimento é baseado na explanação do comportamento físico dos materiais sob carga e na subsequente modelagem desse comportamento para desenvolver a teoria. A ênfase recai sobre a importân­ cia de satisfazer os requisitos de equilíbrio, compatibi­ lidade de deformação e comportamento do material. E l e m e ntos n ovos e a p ri m o ra d o s • • • Material de revisão. Foram acrescentadas no­ vas seções de revisão no final de cada capítulo para atender às solicitações dos estudantes. Es­ sas novas seções foram planejadas para ajudá­ los a relembrar e estudar conceitos fundamen­ tais dos capítulos. Ilustrações. Com base no impressionante re­ torno positivo em relação às ilustrações inseridas na edição anterior, aprimoramos 100 ilustrações adicionais como parte do programa de arte fotorrealista. Problemas. Nesta sétima edição, os proble- mas foram revisados, porém o equilíbrio entre aplicações fáceis, médias e difíceis foi mantido. Cada página do livro passou por uma revisão detalhada executada por três pessoas, além do autor, para verificar a precisão. Co nteú d o O livro está organizado e m 1 4 capítulos. O Capí­ tulo 1 começa com uma revisão dos conceitos impor­ tantes da estática, seguida por uma definição formal de tensão normal e de cisalhamento e por uma discus­ são da tensão normal em eixos com cargas axiais e da tensão de cisalhamento média provocada por cisalha­ mento direto. No Capítulo 2 são definidas as deformações nor­ mal e por cisalhamento, e no Capítulo 3 discutimos algumas das propriedades mecânicas importantes dos materiais. Tratamentos separados para carga axial, torção e flexão são apresentados nos capítulos 4, 5 e 6, respectivamente. Em cada um deles são considera­ dos o comportamento iinear elástico e o comporta­ mento plástico do material. Além disso, também estão incluídos tópicos relacionados com concentrações de tensões e tensão residual. Cisalhamento transversal é abordado no Capítulo 7, juntamente com uma discus­ são de tubos de parede fina, fluxo de cisalhamento e centro de cisalhamento. O Capítulo 8 inclui uma dis­ cussão de vasos de pressão de parede fina e apresenta uma revisão parcial do material abrangido nos capítu­ los anteriores, como o estado de tensão que resulta de cargas combinadas. No Capítulo 9 são apresentados os conceitos de transformação de estados multiaxiais de tensão. De modo semelhante, o Capítulo 10 discute os métodos de transformação de deformação, incluin­ do a aplicação de várias teorias de falha. O Capítulo 1 1 apresenta um meio para fazer um resumo e uma revisão adicionais de material anterior, ao abordar aplicações de projetos de vigas e eixos. O Capítulo 12 examina vários métodos para calcular deflexões de vigas e eixos, além de incluir uma discussão sobre a de­ terminação das reações desses elementos estruturais, se forem estaticamente indeterminados. O Capítulo 13 dá uma discussão de flambagem de colunas e, por fim, no Capítulo 14, são considerados o problema do impacto e a aplicação de vários métodos de energia para calcular deflexões. As seções deste livro que contêm material mais avançado são indicadas por um asterisco sobrescrito (*). Se o tempo disponível permitir, alguns desses tó­ picos poderão ser incluídos no curso. Além do mais, este material oferece uma referência adequada para os princípios básicos, quando forem estudados em ou­ tros cursos, e pode ser usado como base para projetas especiais. XII RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS M étodo a lternativo d e a bordag e m . Al­ guns professores preferem abordar transformações de tensão e deformação primeiro, antes de discutir aplicações específicas de carga axial, torção, flexão e cisalhamento. Um método possível seria discutir pri­ meiro a tensão e sua transformação, capítulos 1 e 9, se­ guidas por deformação e sua transformação, Capítulo 2 e a primeira parte do Capítulo 10. A discussão e os problemas nesses últimos capítulos foram estrutu­ rados de modo a possibilitar essa abordagem. Além disso, os conjuntos de problemas foram subdivididos de modo que esse material possa ser estudado sem conhecimento prévio dos capítulos envolvidos. Então, os capítulos 3 a 8 podem ser estudados sem perda de continuidade. E l e m e ntos d isti ntivos Org a n iza ção e abordagem. O conteúdo de cada capítulo é organizado em seções bem definidas que contêm uma explanação de tópicos específicos, problemas ilustrativos resolvidos e um conjunto de problemas como exercícios para o estudante. Os tópi­ cos em cada seção estão reunidos em subgrupos espe­ cíficos definidos por títulos. A finalidade é apresentar um método estruturado para introduzir cada nova de­ finição ou conceito e tornar o livro conveniente para referência e revisão posteriores. Su mário do capít u l o . Na primeira página de cada capítulo são apresentados os "Objetivos do ca­ pítulo", que dão uma visão geral do material que será estudado. P ro cedimentos para análise. Encontrado após várias seções do livro, esse recurso exclusivo ofe­ rece ao leitor um método lógico e ordenado para se­ guir quando aplicar a teoria. Os problemas dados como exemplo que vêm em seguida são resolvidos segundo o método descrito, de modo a esclarecer sua aplica­ ção numérica. Entretanto, é preciso entender que, uma vez dominados os princípios e adquiridas a confiança e a capacidade de julgamento suficientes, o estudante poderá desenvolver seus próprios procedimentos para resolver problemas. Pontos importantes. Esse recurso proporciona uma revisão ou resumo dos conceitos mais importan­ tes apresentados em uma seção e destaca os pontos mais significativos que devem ser levados em conta na aplicação da teoria para resolver problemas. P rob l emas como exemplos. Todos os pro­ blemas dados como exemplo são apresentados de um modo conciso e em estilo fácil de entender. P roblemas para o estudante resol ver. Vá­ rios problemas neste livro descrevem situações reais encontradas na prática da engenharia. Esperamos que esse realismo estimule o interesse do estudante pela matéria e propicie-lhe um meio para desenvolver sua capacidade de, partindo da descrição física do proble­ ma, reduzi-lo a um modelo ou a uma representação sim­ bólica aos quais possa aplicar os princípios aprendidos. Há, no livro, um equilíbrio aproximado entre proble­ mas que usam unidades SI ou FP S. Além disso, tenta­ mos organizar os conjuntos de problemas e ordená-los segundo o grau crescente de dificuldade. As respostas para todos os problemas, exceto o quarto de cada série são apresentadas na parte final deste livro. Um aste­ risco sobrescrito(*) colocado antes do número de um problema indica que sua resposta não foi apresentada. As respostas são dadas com precisão de três algarismos significativos, ainda que os dados para as propriedades dos materiais possam não ter tal grau de precisão. Em­ bora pareça uma prática pouco recomendável, foi ado­ tada simplesmente por consistência e para permitir ao estudante melhor oportunidade de verificar a validade de sua solução. Um quadrado preto (ícone quadrado) é usado para identificar problemas que requerem aná­ lise numérica ou uma aplicação de computador. Apêndices. Os apêndices do livro oferecem uma fonte de revisão e listas de dados em forma de tabelas. O Apêndice A dá informações sobre o centroide e o momento de inércia de uma área. Os apêndices B e C apresentam tabelas com dados para formas estruturais e a deflexão e inclinações para vários tipos de vigas e ei­ xos. O Apêndice D contém problemas típicos, acompa­ nhados de soluções parciais, que são comumente usados em exames. Esses problemas também podem ser usados para revisão e prática na preparação para os exames. PREFÁCIO Verificação tripla da precisão. A sétima edi­ ção foi submetida à nossa rigorosa revisão, denomi­ nada triple accuracy checking (verificação tripla de precisão) . Além da revisão feita pelo autor de toda a arte gráfica e também de todas as p áginas, o texto foi verificado por: • • • Scott Hendricks, Virginia Polytechnic University Karim Nohra, University of South Florida Kurt Norlin, Laurel Technical Services XIII Recu rsos para os professores • " Manual de soluções (em inglês). Manual de so­ luções preparado pelo autor; também verificado pelo programa triple accuracy checking. Recursos de apresentação. Toda a arte gráfica do texto está disponível em slides em PowerPoint e formato JPEG. Esses arquivos estão disponíveis no endereço www.prenhall.com/hibbeler_br. Se você precisar de um login e uma senha para esse site, favor entrar em contato com seu represen­ tante local da Pearson Education. XIV RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Ag rad ecim entos Ao longo dos anos, este texto foi moldado pelas sugestões e comentários de muitos de meus colegas professores. Seu encorajamento e boa vontade de fa­ zer críticas construtivas são muito apreciados e espero que aceitem este reconhecimento anónimo. Gostaria de acrescentar uma nota de agradecimento aos reviso­ res das várias edições anteriores. B. Aalami, San Francisco State University R. Alvarez, Hofstra University S. Biggers, Clemson University R. Case, Florida Atlantic University R. Cook, University ofWisconsin-Madison J. Easley, University of Kansas I . Elishakoff, Florida Atlantic University A. Gilat, Ohio State University J. Hashemi, Texas Tech University H. Huntley, University of Michigan-Dearborn J. Kayser, Lafayette College P. Kwon, Michigan State University W. Liddel, Auburn University at Montgomery J. Ligon, Michigan Technological University C. Lissenden, Penn State University D. Liu, Michigan State University University of Rhode Island G. May, University of New Mexico D. Oglesby, University of Missouri-Rolla A . Pelegri, Rutgers-The State University ofNew Jersey D. Quesnel, University of Rochester M. P. Rossow, Southern Illinois University­ Edwardsville S. Schiff, Clemson University C. Sulzbach, Colorado School of Mines C. Tsai, Florida Atlantic University K. Walsh, Arizona State University T.W.Wu, The University of Kentucky A. Marcus, Gostaria de agradecer também a todos os meus alunos que usaram as edições anteriores e ofereceram comentários para melhorar seu conteúdo. Por fim, gostaria de agradecer à assistência de mi­ nha esposa, Cornelie (Conny), durante o tempo decor­ rido para preparar o manuscrito para publicação. Gostaria muito de receber quaisquer comentários que vocês queiram fazer ou sugestões que queriam dar referentes ao conteúdo desta edição. Russell Charles Hibbeler [email protected] Tensão O BJ ETIVOS DO CAPÍTULO N este capítulo, faremos u m a revisão dos prin cípios i m portantes da estática e mostraremos como eles são usados para determ i nar a s cargas resu ltantes i nternas em um corpo. Depois, apresentaremos os conceitos de tensão n ormal e tensão de cisa l h a mento e a p l icações específicas da a n á l i se e do proj eto de elementos sujeitos a carga axial ou a cisa l h amento direto. 1 .1 Intro d u çã o A resistência dos materiais é um ramo d a mecânica que estuda as relações entre as cargas externas aplica­ das a um corpo deformável e a intensidade das forças internas que agem no interior do corpo. Esse assunto também envolve o cálculo das deformações do corpo e proporciona o estudo de sua estabilidade quando su­ jeito a forças externas. No projeto de qualquer estrutura ou máquina, em primeiro lugar, é necessário usar os princípios da estática para determinar as forças que agem sobre os vários elementos, bem como no seu interior. O tamanho dos elementos, sua deflexão e estabilidade dependem não só das cargas internas, mas também do tipo de material de que são feitos. Por consequência, a determinação precisa e a compreensão fundamental do comportamento do material serão de vital importância para o desenvolvimento das equações necessárias usadas na resistência dos materiais. Tenha sempre em mente que muitas fórmulas e regras de projeto definidas em códigos de engenharia e utilizadas na prática são baseadas nos fun­ damentos da resistência dos materiais, e, por essa razão, é muito importante entender os princípios dessa matéria. Desenvolvi m e nt o h i stórico. A origem da resistência dos materiais (ou mecânica dos mate­ riais) remonta ao início do século XVII, quando Ga­ lileu realizou experimentos para estudar os efeitos de cargas sobre hastes e vigas feitas de diferentes materiais. Entretanto, para a compreensão adequada desses efeitos, foi necessário fazer descrições expe­ rimentais precisas das propriedades mecânicas dos vários materiais. Os métodos utilizados passaram por uma notável melhoria no início do século XVIII. Nessa época, foram desenvolvidos estudos experi­ mentais e teóricos sobre o assunto, principalmen­ te na França, por cientistas extraordinários, como S aint-Venant, Poisson, Lamé e Navier. Como esses estudos se baseavam em aplicações da mecânica de corpos materiais, foram denominados "resistência dos materiais". Nos dias atuais, contudo, em geral são denominados "mecânica de corpos deformáveis" ou, simplesmente, "mecânica dos materiais" ou, como é mais comum, "resistência dos materiais" . Com o .passar dos anos, depois de muitos dos problemas fundamentais da mecânica dos materiais terem sido resolvidos, tornou-se necessário usar téc­ nicas avançadas da matemática e da computação para resolver problemas mais complexos. Como re­ sultado, esse assunto se expandiu para outras áreas da mecânica avançada, como a teoria da elasticidade e a teoria da plasticidade. A pesquisa nessas áreas é contínua, não apenas para atender à necessidade de resolver problemas avançados de engenharia, mas também para j ustificar a maior utilização e as limitações a que está sujeita a teoria fundamental d a mecânica dos materiais. 1 .2 E q u i l íbrio d e u m corpo d efo rmável Haja vista o importante papel desempenhado pela estática no desenvolvimento e na aplicação da resis­ tência dos materiais, também é muito importante que seus fundamentos sejam bem compreendidos. Por essa razão, revisaremos alguns dos princípios essenciais da estática que serão usados neste livro. Cargas externas. Um corpo pode ser submeti­ do a vários tipos de cargas externas; todavia, qualquer uma delas pode ser classificada como uma força de su­ perfície ou uma força de corpo (Figura 1.1). de Como o nome sugere, forças de supeifície são causadas pelo contato direto de um corpo 2 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS \ Idealização da força concentrad& \�, � t s G ���"""r � i Força de ""-- ... : _superfície .......,.::!S;::.:J -+-r. Idealização da carga linear distribuída i 'Força de corpo Figura 1.1 com a superfície de outro. Em todos os casos, essas forças estão distribuídas pela área de contato entre os corpos. Se essa área for pequena em comparação com a área da superfície total do corpo, então a força de superfície pode ser idealizada como uma única força concentrada, aplicada a um ponto do corpo. Por exemplo, a força do solo sobre as rodas de uma bicicleta pode ser conside­ rada uma força concentrada quando estudamos a carga que age sobre a bicicleta. Se a carga de superfície for apli­ cada ao longo de uma área estreita, ela pode ser idea­ lizada como uma carga distribuída linear, w (s). Neste caso, a carga é medida como se tivesse uma intensidade de força/comprimento ao longo da área, e é representada graficamente por uma série de setas ao longo da linha s. A força resultante FR de w(s) é equivalente à área sob a curva da carga distribuída, e essa resultante age no centroide C ou centro geométrico dessa área. A carga ao longo do comprimento de uma viga é um exemplo típico de aplicação frequente dessa idealização. Força de corpo. Aforça de corpo é desenvolvida quando um corpo exerce uma força sobre outro, sem contato físico direto entre eles. Citamos como exem­ plo os efeitos causados pela gravitação da Terra ou seu campo eletromagnético. Embora as forças de cor­ po afetem cada uma das partículas que compõem o corpo, elas normalmente são representadas por uma única força concentrada que age sobre ele. No caso da gravidade, essa força é denominada peso do corpo e age no centro de gravidade deste. Reações do apoio. As forças de superfície que se desenvolvem nos apoios ou pontos de contato en­ tre corpos são denominadas reações. Para problemas bidimensionais, isto é, corpos sujeitos a sistemas de forças coplanares, os apoios mais comuns são mostra­ dos na Tabela 1.1. Observe cuidadosamente o símbolo usado para representar cada apoio e o tipo de reações que cada um exerce sobre o elemento de contato. Em geral, sempre podemos determinar o tipo de reação do apoio imaginando que o elemento a ele acopla- do está sendo transladado ou está girando em uma determinada direção. Se o apoio impedir a transla­ ção em uma determinada direção, então uma força deve ser desenvolvida no elemento naquela direção. Da mesma forma, se o apoio impedir a rotação, um momento deve ser exercido no elemento. Por exem­ plo, um apoio de rolete só pode impedir translação na direção do contato, perpendicular ou normal à super­ fície. Por consequência, o rolete exerce uma força nor­ mal F sobre o elemento no ponto de contato. Como o elemento pode girar livremente ao redor do rolete, não é possível desenvolver um momento sobre ele. Eq uações de equil íbrio . O equilíbrio de um corpo exige um equilíbrio de forças, para impedir a translação ou um movimento acelerado do corpo ao longo de uma trajetória reta ou curva, e um equilíbrio de momentos, para impedir que o corpo gire. Essas condições podem ser expressas matematicamente pe­ las duas equações vetoriais (1.1) Nessas fórmulas, �F representa a soma de todas as forças que agem sobre o corpo, e �M0 é a soma dos momentos de todas as forças em torno de qualquer ponto O dentro ou fora do corpo. Se estipularmos um sistema de coordenadas x, y, z com origem no ponto O, os vetares força e momento podem ser resolvidos em componentes ao longo dos eixos coordenados, e as duas equações apresentadas podem ser escritas como seis equações em forma escalar, ou seja, �F = O �M = O X X �Fy = O �M = O y �F = O �M = O z (1.2) z Na prática da engenharia, muitas vezes a carga so­ bre um corpo pode ser representada como um siste­ ma de forças coplanares. Se for esse o caso, e se as for­ ças encontrarem-se no plano x-y, então as condições de equilíbrio do corpo podem ser especificadas por apenas três equações de equilíbrio escalares, isto é , �Fx = O �Fy = O �Mo = O (1.3) Neste caso, se o ponto O for a origem das coordenadas, então os momentos estarão sempre dirigidos ao longo do eixo z, perpendicular ao plano que contém as forças. A aplicação correta das equações de equilíbrio exige a especificação completa de todas as forças co- TENSÃO Tip o de acop lamento v � F Uma incógnita: F Cabo Rolete � Apoio liso Reação F Uma incógnita: F A F8 --- Uma incógnita: F nhecidas ou desconhecidas que agem sobre o corpo. A melhor maneira de levar em conta essas forças é dese­ nhar o diagrama de corpo livre do corpo. Certamente, se o diagrama de corpo livre for desenhado de maneira correta, os efeitos de todas as forças e momentos biná­ rios aplicados poderão ser levados em conta quando as equações de equilíbrio forem escritas. Cargas resu lta ntes i nternas. Uma das mais importantes aplicações da estática na análise de pro­ blemas de resistência dos materiais é poder determi­ nar a força e o momento resultantes que agem no in­ terior de um corpo e que são necessários para manter a integridade do corpo quando submetido a cargas externas. Como exemplo, considere o corpo mostrado na Figura 1.2a, mantido em equilíbrio pelas quatro forças externas.* Para obtenção das cargas internas que agem sobre uma região específica no interior de um corpo, é necessário usar o método das seções. O método exige que seja feita uma seção ou "corte" imaginário passando pela região onde as cargas inter­ nas deverão ser determinadas. Então, as duas partes do corpo são separadas e o diagrama de corpo livre de uma das partes é desenhado (Figura 1.2b) . Pode­ mos ver que há, na verdade, uma distribuição de força interna agindo sobre a área "exposta" da seção. Essas forças representam os efeitos do material que está na parte superior do corpo agindo no material adjacente na parte inferior. ' O peso do corpo não é mostrado, já que admitimos que é bem peque­ no e, portanto, desprezível em comparação com as outras cargas. Ti po de acop lamento Reação �--= F. 1k Pino externo � " Pino interno F= Apoio fixo 3 Duas incógnitas: Fn Fy Fx" Fx ��. [r)' Duas incógnitas F,, f';. Mf ' �=:= c=:: _______ Três incógnitas: F,, Fy, M Embora a distribuição exata da carga interna seja desconhecida, podemos usar as equações de equilíbrio força e o momento resultantes da distribuição, FR e MRo' em qualquer ponto especifico O na área secionada (Fi­ gura 1.2c). Observe que FR age no ponto O, embora seu valor calculado não dependa da localização desse pon­ para relacionar as forças externas sobre o corpo com a to. Por outro lado, MR0 depende dessa localização, pois os braços do momento devem se estender de O até a linha de ação de cada força externa no diagrama de cor­ po livre. Mais adiante, mostraremos que, na maioria das vezes, o ponto O escolhido coincide com o centroide da área secionada e, portanto, sempre escolheremos essa localização para O, a menos que digamos o contrário. Além disso, se um elemento for longo e delgado, como no caso de uma haste ou viga, a seção considerada será, de modo geral, perpendicular ao eixo longitudinal do elemento. Esta seção é denominada seção transversal. Três dimensões. Mais adiante, mostraremos como relacionar as cargas resultantes, FR e MRo' com a dis­ tribuição de forças na área secionada e, desse modo, desenvolver equações que possam ser usadas para análise e projeto. Todavia, para isso devemos conside­ rar as componentes de FR e MRO' que agem normal ou perpendicularmente à área secionada e no interior do plano da área (Figura 1 .2d). Há quatro tipos diferentes de cargas resultantes que podem ser definidos: Essa força age perpendicularmen­ te à área e se desenvolve sempre que as cargas exter­ nas tendem a empurrar ou puxar os dois segmentos do corpo. 4 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS ou T. Esse efeito é desenvolvido quando as cargas externas tendem a tor­ cer um segmento do corpo com relação ao outro. I \ seção �F / Fl Momento dt� F4 F3 z (a) '\\\!YI� Momento M. O momento fietor é causado pelas cargas externas que tendem a fietir o corpo em torno de um eixo que se encontra no plano da área. Observe que, neste livro, a representação gráfica de um momento ou torque é apresentada em três dimensões, como um vetor acompanhado pelo sím­ bolo gráfico de uma seta curvada. Pela regra da mão direita, o polegar dá à seta o sentido do vetor e os dedos, ou curvatura da seta, indicam a tendência da rotação ( torção ou flexão ) . Usando um sistema de coordenadas x, y, z , cada uma das cargas descritas pode ser determinada diretamente pelas seis equa­ ções de equilíbrio aplicadas a qualquer segmento d o corpo. sistema de forças coplanares (Figura 1 .3a) , então ha­ Se o corpo for submetido a um verá na seção apenas componentes da força normal, força de cisalhamento e momento fietor (Figura 1 .3b ) Se usarmos os eixos coordenados x, y, z com origem no ponto O, como mostrado no segmento à esquerda, então a solução direta para N pode ser obtida apli­ cando-se 2.F, = O, e V pode ser obtida diretamente de 2.F, = O. Por fim, o momento fietor M0 pode ser deter�inado diretamente pela soma dos momentos em torno do ponto O ( o eixo z ) , 2.M0 = O de modo a eliminar os momentos causados pelas forças desco­ nhecidas N e V. Os seguintes exemplos ilustram esse procedimento numericamente e também servem como revisão de al­ guns dos princípios importantes da estática. . (b) (c) MRo i'if--------�f i · �. N i�l. " 1 1 M \\, i 1. I I Momento fletor Momento de torção T , ' 1 , Força ---!:� rmal - ---:.;,� FR ,p:Y"' .#.,e· II iforça de ci�alhamento I 'V (d) Figma 1.2 A força de cisalhamento encontra-se no plano da área e é desenvolvida quando as cargas externas tendem a provocar o deslizamento de um dos segmentos do corpo sobre o outro. (a) yl Força de visalhamento O" (b) to Figura 1.3 ) •-x N Força Momento fletor . normal TENSÃO "" "� '" _ "' �"'A = , "' """' "' V""' li!� -�'"' "' R®�mms IIVIR®RIF��mms � � " Resistência. dos materiais é um estudo da relação entre as "" '" 0 - �x � " , � 2 cargas externas que agem sobre: um corpo e a intensidade: cargas de superffcie distribufdas ou concentradas ou.como forças de corpo que agem em todo o volu me do corpo. " Cargas distribuídas lineares produzem umà força resultante cujo valor é igual à área s ob o diagrama de carga e cuja localização passa pelo centroide dessa área: das cargas internas no interior do corpo. "Forças externas podem ser aplicadas aum corpo como " Um apoio prod uz um� força emuma dete:rrrrÍt!ada diteção sobre o lilh�mento. a ele acopiado se ele impedir a t�anslà­ çiio do eleménto naquela direção e produz utninomento sobre o elemento se ele impedir a rotação. " As equações de equilíbrio .!F == O e.};M == O devem ser satisfeitas de modo a impedir, respectivamente, a translação com movimento acelerado e a rotação de um. corpo. " Ao aplicarmos as equações de e qu ihbrio, é importante desenhar o diagrama de corpo livre antes, de modo a consi­ . ·.·... , éto do das seções éusado para deter:minar as cargas resultantes i nternas que agem sobre a superf(cie do corpo secionado; Em geral , essas res u ltantes consistem em uma força normal, uma força de ci salha men to, um momento de derar todos OS termos presentes nas equaçõt�S. " o m torção e .. . · um momento fietor. O método das seções é usado para determinar as cargas resultantes internas em um ponto localizado sobre a seção de um corpo. Para obter essas resultantes, a aplicação do método das seções deve obedecer às etapas descritas a seguir. Reação dos apoios segmento do corpo deverá ser considerado. Se esse segmento tiver um apoio ou um acoplamento com outro corpo, será necessário determinar as reações que agem no segmento do corpo escolhido antes de secioná-lo. Desenhe o diagrama de corpo livre para o corpo inteiro e aplique as equações de equilíbrio necessárias para obter essas reações. " Em primeiro lugar, decida qual Diagrama de corpo livre todas as cargas distribuídas externas, momentos, torques e forças que agem sobre o corpo em suas locali­ zações exatas e, então, trace uma seção imaginária que passe pelo corpo no ponto onde as cargas resultantes internas devem ser determinadas. " Normalmente, se o corpo representar um elemento de uma estrutura ou dispositivo mecânico, a seção será perpen­ dicular ao eixo longitudinal do elemento. " Desenhe um diagrama de corpo livre de um dos segmentos "cortados" e indique as resultantes desconhecidas N, V, M e 'f na seção. Essas resultantes geralmente são localizadas no ponto que representa o centro geomét rico ou centroide da área secionada. " Se o elem ento estiver sujeito a um sistema de forças coplanares, somente N, VeM agem no centroide. "Defina os eixos co ordenados x, y, z com origem no centroide e mostre as componentes resultantes que agem ao longo dos eixos. • Mantenha Equações de equilíbrio " Os momentos gerados na s e ção em tomo de cada um dos eixos coordenados onde as resultantes agem devem ser so­ as forças desconhecidas NeVe pe rmite uma solução díreta paraM (e T). " Se a solução das equações de equilíbrio produzir um valor negativo para uma resultante, o sentido direcional admi­ tido para a resultante será oposto ao mostrado no diagrama de corpo livre. mados. Isso elimina 5 6 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS """"' �"'=""'""'==*"�"�=S'i!!�E"" �''Jp�a= �2,F, = !Él�Uf'' , ;���� '"�"' 3 '"� 8 Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em C da viga mostrada na Figura 1.4a. O; · +'�'2,F I y = o, 270 N/m -Ne = O Ne = O Ve - 540 N = O Ve = 540 N -Me - 540 N (2 m) = O Me = -1.080 N·m Resposta Resposta Resposta O sinal negativo indica que Me age na direção oposta à mostrada no diagrama de corpo livre. Tente resolver esse problema usando o segmento AC, obtendo, em primeiro lugar, as reações do apoio em A, que são dadas na Figura 1.4c. OBSERVAÇÃO: (a ) 540 N lSO N/ m r-- 1 -- - I Determine as cargas resultantes internas que agem na seção transversal em C do eixo de máquina mostrado na Figura 1.5a. O eixo está apoiado em mancais em A e B, que exercem somente forças verticais no eixo. SOLUÇÃO (b) Resolveremos esse problema usando o segmento AC do eixo. 50 mm (a) SOLUÇÃO Reações dos apoios. Este problema pode ser resolvido da maneira mais direta considerando o segmento CB da viga, já que, assim, as reações dos apoios em A não têm de ser calculadas. Diagrama de corpo livre. Passar uma seção imaginária pela perpendicular ao eixo longitudinal da viga resulta no diagrama de corpo livre do segmento CB mostrado na Figu­ ra 1.4b. É importante manter a carga distribuída exatamente onde ela se encontra no segmento até que a seção tenha sido feita. Somente depois disso é que essa carga será substituída por uma única força resultante. Observe que a intensidade da carga distribuída em C é determinada por proporção, isto é, pela Figura 1.4a, w/6 m = (270 N/m)/9 m, w = 180 N/m. O valor da resultante da carga distribuída é igual à área sob a curva de carga (triângulo) e age no centroide dessa área. Assim,F = 1/2 (180 N/m)(6 m) = 540 N, que age a 1/3(6 m) = 2 m de C, como mostra a Figura 1.4b. Equações de equilíbrio. Aplicando as equações de equi­ líbrio, temos: (SOO (b) 50 mm TENSÃO 7 SOLUÇÃO Reações dos apoios. A Figura 1.5b mostra um diagrama de corpo livre do eixo inteiro. Visto que apenas o segmento O modo mais direto de resolver este problema é secio­ AC deverá ser considerado, somente a reação em A terá de nar o cabo e a viga em C e, então, considerar todo o seg­ ser determinada. Por quê? mento esquerdo. 1 + "'i,MB = O; -A/0,400 m) + 120 N(O,l25 m) - 225 N(O,lOO m) Diagrama de corpo livre. Veja Figura 1.6b. A Y =O = - 18,75 N Equações de equilíbrio. O sinal negativo para AY indica que AY age no sentido contrário ao mostrado no diagrama de corpo livre. Se passarmos uma seção ima­ ginária perpendicular à linha de centro do eixo em C, obte­ remos o diagrama de corpo livre do segmento AC mostrado na Figura 1.5c. Diagrama de corpo livre. � "'i.F, = O ; +j"'i.F)' = O; Equações de equilíbrio. Resposta Nc = O - 18,75 N - 40 N Vc = O Resposta Vc = -58,8 N L+ "'i.Mc = O;Mc + 40N(0,025m) + 18,75 N(0,250m) = O Resposta Me= -5,69 N·m OBSERVAÇÃO: Os sinais negativos para Vc e Me indicam que elas agem em direções opostas às mostradas no diagrama de corpo livre. Como exercício, calcule a reação em B tente obter os mesmos resultados usando o segmento CBD do eixo. e O guindaste na Figura 1.6a é composto pela viga AB e rol­ danas acopladas, além do cabo e do motor. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em C se o motor estiver levantando a carga W de 2.000 N ( 200 kg) com velocidade constante. Despreze o peso das roldanas e da viga. = 125 + "'i.F = O·' X � +i"'i.F) = o,· ' 2.000 N + Nc= O Nc = -2.000 N -2.000 N - Vc= O Vc = -2.000 N 2.000 N(1,125 m) - 2.000 N(0,125 m) + Me = O Me= -2.000 N·m Resposta OBSERVAÇÃO: Como exercício, tente obter esses mesmos re­ sultados considerando apenas o segmento de viga AC, isto é, retire a roldana em A da viga e mostre as componentes da força de 2.000 N da roldana que agem sobre o segmento AC da viga. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em G da viga de madeira mostrada na Fi­ gura 1.7a. Considere que as articulações em A, B, C, D e E estejam acopladas por pinos. SOLUÇÃO Reações dos apoios. Neste problema, consideraremos o segmento AG para análises. A Figura 1.7b mostra um diagra­ ma de corpo livre da estrutura inteira. Verifique as reações calculadas em E e C. Observe, particularmente, que BC é um elemento de duas forças, pois somente duas forças agem sobre ele. Por essa razão, a reação em C deve ser horizontal, como mostrado. Uma vez que BA e BD também são elementos de duas forças, o diagrama de corpo livre da articulação B é mos­ trado na Figura 1.7c. Novamente, verifique os valores das forças calculadas F BA e F Diagrama de corpo livre. Usando o resultado obtido para F a seção esquerda da viga é mostrada na Figura 1. 7d. Equações de equilíbrio. Aplicando as equações de equi­ líbrio ao segmento AG, temos + "'i.F = O · 7.750 N(-t) + N G= o N G = -6.200 N Resposta +j"'i.F)' = O; -1.500 N + 7.750 N(f) - VG = o VG = 3.150 N Resposta L+"'i.MG = O; M0 - (7.750 N)(f)(1 m) + (1.500 N)(l m) = O M0 = 3.150 N·m Resposta , BA �,)�Nc 2.000 N c /Me V 2.000 N (b) Figura 1.6 Resposta L + "kMc =O; sv· 125 m Resposta ---3to X ' 8 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Como exercício, obtenha esses mesmos resultados usando o segmento GE. (a) (a) Ex= 6.200N (b) 1.500 N 7.750N ,�-.6.200N l ffi /�3t� A --��).!o f--lm-lv:Ma FsA = 7.750N Fsv = 4.650N . (d ) (c) Figura 1.7 ,"'pli���Rik<i 11 .B � Jr� "-'Jt� 8; P-« � = - -� ""�Jt"' çc Y:i'k � """" � j}fifj " � "'iL Figura 1.8 Wsv = (2 kg/m)(0,5 m)(9,81 N/kg) = 9,81 N WAD = (2 kg/m)(1,25 m)(9,81 N/kg) = 24,525 N Essas forças agem no centro de gravidade de cada segmento. Equações de equilíbrio. Aplicando as seis equações esca­ lares de equilíbrio, temos* Resposta �F = o· (F8\. = O Resposta �Fv = O; �F, = O; (F8), - 9,81 N - 24,525 N - 50 N = O (Fs), = 84,3 N Resposta X > Determine as cargas internas resultantes que agem na �(M8)x = O; (MB)x + 70 N·m - 50 N (0,5 m) - 24,525 N (0,5 m) seção transversal em B do cano mostrado na Figura 1.8a. A - 9,81 N (0,25 m) = O massa do cano é 2 kg/m, e ele está sujeito a uma força vertical Resposta (M8}_ = -30,3 N·m de 50 N e a um momento de 70 N·m em sua extremidade A. O tubo está preso a uma parede em C. �(M8)y = 0; (MB)y + 24,525 N (0,625 m) + 50 N (1,25 m) = 0 SOLUÇÃO Resposta (M8)y = -77,8 N·m O problema pode ser resolvido considerando o segmento �(Ms), = O; Resposta (MB) z = 0 AB, que não envolve as reações do apoio em C. Diagrama de corpo livre. Os eixos x, y, z são definidos em B, e o diagrama de corpo livre do segmento AB é mostrado na Figura 1.8b. Consideramos que as componentes da O valor de cada momento em torno de um eixo é igual ao valor de força resultante e do momento na seção agem nas direções cada força vezes a distância perpendicular entre o eixo e a linha de positivas das coordenadas e passam pelo centroide da área ação da força. A direção de cada momento é determinada pela re­ da seção transversal em B. O peso de cada segmento do tubo gra da mão direita, com os momentos positivos (polegar) dirigidos é calculado da seguinte maneira: ao longo dos eixos de coordenadas positivos. * TENSÃO 9 O que os sinais negativos para (Mn)x e (MB) y indicam? Observe que a força normal Nn = (Fn\ = O, ao passo que a força de cisalhamento é Vn = V (0) 2 + (84,3? = 84,3 N. Além disso, o momento de torção é Tn = (MB)y = 77,8 N·m e o momento fietor é Mn = V(30,3? + (O) = 30,3 N ·m. OBSERVAÇÃO: Determine a força normal interna resultante que age na Problema 1.3 seção transversal no ponto A em cada coluna. Em (a), o seg­ mento BC tem massa de 300 kg/m e o segmento CD tem massa *1.4. O dispositivo mostrado na figura sustenta uma força de 400 kg/m. Em (b) , a coluna tem uma massa de 200 kg/m. de 80 N. Determine as cargas internas resultantes que agem sobre a seção no ponto A. 1.1. S kN I I �m 3m S kN B 200 mm N +- 1,2 m 1,2 m SO N A Problema 1.4 Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal no ponto D do elemento AB. 1.5. D ( a) (b) Problema 1.1 Determine o torque resultante interno que age sobre as seções transversais nos pontos C e D do eixo. O eixo está preso em B. 1.2. 300 mm -T150 � �-IJL:.�--���� mm B 70 N·m Problema 1.5 1.6. A viga AB é suportada por um pino em A e por um cabo BC. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal no ponto D. 1.7. Resolva o Problema 1.6 para as cargas internas resul­ tantes que agem no ponto E. 1.3. Determine o torque resultante interno que age nas se­ ções transversais nos pontos B e C. Problema 1.2 1Ü RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS B ' 5.000 N " D 0,6 m " � I �0,8 m--+--- 1,2 m ---J 1,6 m � J. Q ilfJl�G AM que passam pelos pontos D e E. Considere que as reações nos apoios A e B sejam verticais. 6,0 kN/m 4,5 �� � I��, b I : 4 m�,, ,,b-� 1,8 m 1,8 m ,35m 1,35 m E Problemas 1.10/11 Problemas 1.617 *1.12. Determine as cargas internas resultantes que agem *1.8. A lança DF do guindaste giratório e a coluna DE têm peso uniforme de 750 N/m. Se o guincho e a carga pesam sobre: (a) seção e (b) seção b-b. Cada �.eção está locali­ 1.500 N, determine as cargas internas resultantes nas seções zada no centroide, ponto C. transversais que passam nos pontos A, B e C. a-a E Problema 1.12 Problema 1.8 1.13. Determine a resultante das forças internas normal e A força F 400 N age no dente da engrenagem. De­ de cisalhamento no elemento em: (a) seção e (b) seção termine as cargas internas resultantes na raiz do dente, isto é, b-b, sendo que cada uma delas passa pelo ponto A. Consi­ no centroide da seção (ponto A). dere 8 = 60°. A carga de 650 N é aplicada ao longo do eixo do centroide do elemento. F= 1.14. Determine a resultante das forças internas normal e de cisalhamento no elemento na seção b-b, cada uma em função de 8. Represente esses resultados em gráficos para oo ::; 8 ::; 90°. A carga de 650 N é aplicada ao longo do eixo do centroide do elemento. 1.9. = a-a a-a 400N a 4mm a Problema 1.9 1.10. A viga suporta a carga distribuída mostrada. Deter­ mine as cargas internas resultantes na seção transversal que passa pelo ponto C. Considere que as reações nos apoios A e B sejam verticais. A viga suporta a carga distribuída mostrada. Deter­ mine as cargas internas resultantes nas seções transversais 1.11. 650N 650N Problemas 1.13/14 TENSÃO 1.15. A carga de 4.000 N está sendo levantada a uma velo­ cidade constante pelo motor M, que pesa 450 N. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelo ponto B na viga. A viga pesa 600 N/m e está fixada à parede em A. '"1.16. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelos pontos C e D da viga no Problema 1.15. 11 *1.20. A estrutura do poste de energia elétrica suporta os três cabos, e cada um deles exerce uma força de 4 kN nas escoras. Se as escoras estiverem acopladas por pinos em A, B e C, determine as cargas internas resultantes nas seções transversais que passam pelos pontos D, E e F. 0,075 m 4 kN Problema 1.20 1.21. O guindaste de tambores suspende o tambor de 2,5 kN. O pino de ligação está conectado à chapa em A e B. A ação de aperto sobre a borda do tambor é tal que somente 1.17. Determine as cargas internas resultantes que agem na forças horizontais e verticais são exercidas sobre o tambor seção transversal que passa pelo ponto B. em G e H. Determine as cargas internas resultantes na seção transversal que passa pelo ponto I. 900 kN/m 1.22. Determine as cargas internas resultantes nas seções transversais que passam pelos pontos K e J no guindaste de tambores no Problema 1 .21. Pl'oblemas 1.15/16 A 2,5 kN Problema 1.17 1.18. A viga suporta a carga distribuída mostrada. Deter­ mine as cargas internas resultallles que agem na seção trans­ versal que passa pelo ponto C. Considere que as reações nos apoios A e B sejam verticais. 1.19. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelo ponto D no Problema 1 .18. 1,5 kN/m 3m j� 3m - � Problemas 1.18/19 3m � Problemas 1.21/22 1.23. O cano tem massa de 12 kg/m. Se ele estiver fixado à pa­ rede em A, determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal em B. Despreze o peso da chave CD. 12 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS y Pl'Oblema 1.23 A viga mestra AB suporta a carga na asa do avião. As cargas consideradas são a reação da roda de 175 kN em C, o peso de 6 kN do combustível no tanque da asa, com centro de gravidade em D, e o peso de 2 kN da asa, com centro de gravidade em E. Se a viga estiver fixada à fuselagem em A, determine as cargas internas resultantes na viga nesse ponto. Considere que a asa não transfere nenhuma carga à fusela­ gem, exceto pela viga. y X *1.24. Problema 1.25 1.26. O eixo está apoiado em suas extremidades por dois mancais A e B e está sujeito às iorças aplicadas às polias nele fixadas. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelo ponto D. As forças de 400 N agem na direção -z e as forças de 200 N e 80 N agem na direção +y. Os suportes A e B exercem somente as com­ ponentes y e z da força sobre o eixo. z z y X y X Problema 1.26 Problema 1.24 Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelo ponto B do poste de sinali­ zação. O poste está fixado ao solo, e uma pressão uniforme de 50 N/m2 age perpendicularmente à parte frontal da placa de sinalização. 1.25. 1.27. O eixo está apoiado em suas extremidades por dois mancais, A e B, e está sujeito às forças aplicadas às polias nele fixadas. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelo ponto C. As forças de 400 N agem na direção -z e as forças de 200 N e 80 N agem na direção +y. Os apoios A e B exercem somente as componentes y e z da força sobre o eixo. TENSÃO 13 z z y X X 750 N Problema 1.27 Problema 1.30 Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal da estrutura nos pontos F e G. O con­ 1.31. A haste curvada tem raio e está presa à parede em B. tato em E é liso. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelo ponto A, o qual está localizado a um ângulo (} em relação à horizontal. *1.28. r r I 400 N p Problema 1.28 Problema 1.31 A haste do parafuso está sujeita a uma tensão de 400 N. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção *1.32. A haste curvada AD de raio r tem peso por com­ transversal no ponto C. primento w. Se ela estiver no plano horizontal, deter­ mine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa pelo ponto B. Dica: A distância entre o centroide C do segmento AB e o ponto O é CO = 0,9745 r. 1.29. A B B Problema 1.29 O cano tem massa de 12 kg/m e está preso à parede em A. Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal que passa por B. 1.30. Problema 1.32. 14 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 1.33. Um elemento diferencial tomado de uma barra cur­ vada é mostrado na figura. Mostre que dN/d() = V, dV/d() = -N, dM/d() = - Te dT/d() = M. PI·oblema 1.33 1 .3 pequena, agindo sobre a área M a ela associada, é mos­ trada na Figura 1 .10a. Essa força, como todas as outras, terá uma direção única, mas, em nossa discussão, nós a substituiremos por suas três componentes, a saber, �Fx, e �Fz' tangentes e normais à área, respectivamente. �F ' y A medida que a área M tende a zero, o mesmo ocorre com a força �F e suas componentes; porém, em geral, o quociente entre a força e a área tenderá a um limite finito. Esse quociente é denominado tensão e, como j á observamos, descreve a intensidade da força interna so­ bre um plano especifico (área) que passa por um ponto. Tensão normal. A intensidade da força, ou força por unidade de área, que age perpendicularmente à M, é definida como tensão normal, a (sigma). Visto que �Fz é normal à área, então az Te nsão N a Seção 1 .2 dissemos que a força e o momento que agem em um ponto específico da área secionada de um corpo (Figura 1 .9) representam os efeitos re­ sultantes da distribuição de forças que agem sobre a área secionada (Figura 1.10a). Obter essa distribuição da carga interna é de suma importância na resistência dos materiais. Para resolver esse problema, é necessá­ rio estabelecer o conceito de tensão. Considere que a área secionada está subdividida em pequenas áreas, como M sombreada em tom mais escuro na Figura 1 .10a. À medida que reduzimos M a um tamanho cada vez menor, temos de adotar duas premissas em relação às propriedades do material. Consideraremos que o material é contínuo, isto é, pos­ sui continuidade ou distribuição uniforme de matéria sem vazios, em vez de ser composto por um número finito de moléculas ou átomos distintos. Além disso, o material deve ser coeso, o que significa que todas as suas porções estão muito bem interligadas, sem trincas ou separações. Uma força típica finita �F, porém muito Figura 1.9 �Fz . = hm A A AA---> 0 /..l (1.4) Se a força normal ou tensão tracionar o elemento de área M, como mostra a Figura 1 .10a, ela será denominada tensão de tração, ao passo que, se com­ primir o elemento �A, ela será denominada tensão de compressão. Ten são de cisa l hamento . A intensidade da for­ ça, ou força por unidade de área, que age tangente a M, é denominada tensão de cisalhamento, 7 (tau).Aqui es­ tão as componentes da tensão de cisalhamento: 7z x • 7zy . � Fx = hm A A AA---> 0 /..l . �Fy = hm A A AA---> 0 /..l (1.5) Observe que a notação do índice z em az é usa­ da para indicar a direção da reta normal dirigida para fora, que especifica a orientação da área �A (Figura 1 .11). São usados dois índices para as componentes da tensão de cisalhamento, 7ZX e 7Z)'. O eixo z especifica a orientação da área e x e y referem-se às retas que indicam a direção das tensões de cisalhamento. Estad o g e ra l de tensão. Se o corpo for ain­ da mais secionado por planos paralelos ao plano x-z (Figura 1 .10b) e pelo plano y-z (Figura 1 .10c), então podemos "cortar" um elemento cúbico de volume de material que representa o estado de tensão que age em torno do ponto escolhido no corpo (Figura 1.12). Assim, esse estado de tensão é caracterizado por três componentes que agem em cada face do elemento. Essas componentes da tensão descrevem o estado de tensão no ponto somente para o elemento orientado ao longo dos eixos x, y, z. Se o corpo fosse seciona­ do em um cubo que tivesse alguma outra orientação, TENSÃO I z I rz Tz�T y z z X...... -----y Figura 1.11 Figura 1.12 y então o estado de tensão seria definido por um conjun­ to diferente de componentes de tensão. Unidades. No Sistema Internacional de Unida­ des de Medidas, ou Sistema SI, os valores da tensão normal e da tensão de cisalhamento são especificadas nas unidades básicas de newtons por metro quadrado (N/m2). Essa unidade, denominada 1 pascal (1 Pa = 1 N/m2), é muito pequena, e, em trabalhos de engenha­ ria, são usados prefixos como quilo (103), simbolizado por k, mega (106), simbolizado por M, ou giga (109), simbolizado por G, para representar valores de tensão maiores, mais realistas.* ,� Y . X 15 (a) z 1 .4 Te nsão n o rm a l média e m u ma ba rra c o m ca rg a axi a l X /�y • (b) z T.\)' X (c) Figura 1.10 y Frequentemente, elementos estruturais ou mecâni­ cos são compridos e delgados. Além disso, estão sujei­ tos a cargas axiais que normalmente são aplicadas às extremidades do elemento. Pendurais, parafusos e ele­ mentos de treliças são exemplos típicos. Nesta seção, determinaremos a distribuição de tensão média que age na seção transversal de uma barra com carga axial, como aquela cuja forma geral é mostrada na Figura 1 .13a. Esta seção define a área da seção transversal da barra e, como todas as outras seções transversais são iguais, a barra é denominada prismática. Se desprezar­ mos o peso da barra e da seção conforme é indicado, então, para o equilíbrio do segmento inferior (Figura 1 .13b ), a força resultante interna que age na área da seção transversal deve ter valor igual, direção oposta e ser colinear à força externa que age na parte inferior da barra. Premissas. Antes de determinarmos a distribui­ ção da tensão média que age sobre a área da seção transversal da barra, é necessário adotar duas premis­ sas simplificadoras em relação à descrição do material e à aplicação específica da carga. ' Às vezes, a tensão é expressa em unidades de N/mm', em que 1 mm = 10-3 m. Todavia, o SI não permite prefixos no denomina­ dor de uma fração, portanto é melhor usar a unidade equivalente 1 N/mm2 = 1 MN/m' = 1 MPa. 16 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS p p p + p ( a) Região de deformação uniforme da barra Força interna Área da seção transversal Força externa p (b) p (c) p I z y X p (d) É necessário que a barra permaneça reta antes e de­ pois da aplicação da carga; além disso, a seção trans­ versal deve permanecer achatada ou plana durante a deformação, isto é, durante o tempo em que ocorrer a mudança no volume e na forma da barra. Se isso acontecer, as linhas horizontais e verticais da grade aplicada à bana se deformarão unifom?emente quan­ do a barra for submetida à carga (Figura 1.13c). Não consideraremos aqui as regiões da barra próximas às suas extremidades, onde a aplicação das cargas ex­ ternas pode provocar distorções localizadas. Em vez disso, focalizaremos somente a distribuição de tensão no interior da seção média da barra. 2. Para que a barra sofra deformação uniforme é ne­ cessário que P seja aplicada ao longo do eixo do centroide da seção transversal e que o material seja homogéneo e isotrópico. Materiais Jwmogêneos têm as mesmas propriedades físicas e mecânicas em todo o seu volume e materiais isotrópicos têm as mesmas propriedades em todas as direções. Muitos Figura 1.13 materiais de engenharia podem ser considerados homogéneos e isotrópicos por aproximação, como fazemos neste livro. O aço, por exemplo, contém milhares de cristais orientados aleatoriamente em cada milímetro cúbico de seu volume, e, visto que a maioria dos problemas que envolvem esse mate­ rial tem um tamanho físico muito maior do que um único cristal, a premissa adotada em relação à com­ posição desse material é bem realista. Entretanto, devemos mencionar que o aço pode ser transfor­ mado em anisotrópico por laminação a frio (isto é, se for laminado ou forjado em temperaturas sub­ críticas). Materiais anisotrópicos têm proprieda­ des diferentes em direções diferentes e, ainda que seja esse o caso, se a anisotropia for orientada ao longo do eixo da barra, então a barra também se deformará uniformemente quando sujeita a uma carga axial. Por exemplo, a madeira, por causa de seus grãos ou fibras, é um material de engenharia homogéneo e anisotrópico e, como possui uma orientação padronizada de suas fibras, ela se pres­ ta perfeitamente à análise que faremos a seguir. Distri buição da tensão n o rmal m édia. Con­ tanto que a barra esteja submetida a uma deformação uniforme e constante como j á observamos, essa de- . formação é o resultado d e uma tensão normal cons­ tante cr, Figura 1 . 13d. O resultado é que cada área M na seção transversal está submetida a uma força !::..F = crM, e a soma dessas forças que agem em toda a área da seção transversal deve ser equivalente à força resultante interna P na seção. Se fizermos M � dA e, portanto, !::.F . � dF, então, reconhecendo que cr é cons­ tante, tem-se 1. I = (T �I (1.6) onde cr = tensão normal média em qualquer ponto na área da seção transversal P = força normal interna resultante, que é aplicada no centroide da área da seção transversal. P é deter­ minada pelo método das seções e pelas equações de equilíbrio A = área da seção transversal da barra A carga interna P deve passar pelo centróide da se­ ção transversal, visto que a distribuição de tensão uni­ forme produzirá momentos nulos em torno de quais­ quer eixos x e y que passem por esse ponto (Figura 1 .13d). Quando isso ocorre, TENSÃO (MR)x = 2-Mx ; = 1 y(J (MR)y = 2- My ; - 1 X O" O= dA = O= dA = 1 dF 1 dA -1 x dF -0"1 x dA (J y = y = Essas equações são, de fato, verdadeiras, uma vez que, pela definição de centroide, 1y dA O e 1x dA O. (Veja o Apêndice A.) == == Eq ui líbrio. Deve ser evidente que existe somente uma tensão normal em qualquer elemento de volume de material localizado em cada ponto na seção trans­ versal de uma barra com carga axial. Se considerarmos o equilíbrio vertical do elemento (Figura 1 . 14), então, aplicando a equação do equilíbrio de forças: lT( ilA) - lT ' ( IlA) = O (J = (J ' Em outras palavras, as duas componentes da ten­ são normal no elemento devem ter valores iguais, mas direções opostas, o que é denominado tensão uniaxial. A análise anterior aplica-se a elementos suj eitos a tensão ou compressão, como mostra a Figura 1 .15. Por interpretação gráfica, a amplitude da força resultante interna P é equivalente ao volume sob o diagrama de tensão; isto é, P = O"A (volume = altura x base). Além disso, como consequência do equilíbrio de momentos, essa resultante passa pelo centroide desse volume. Embora essa análise tenha sido desenvolvida para barras prismáticas, essa premissa pode ser adaptada um pouco para incluir barras que tenham uma leve conici­ dade. Por exemplo, usando a análise mais exata da teo­ ria ela elasticidade, podemos demonstrar que, no caso de uma barra cónica de seção retangular cujo ângulo entre dois lados adjacentes seja 15°, a tensão normal média calculada por O" = PIA, é somente 2,2% menor que seu valor determinado pela teoria da elasticidade. Tensão normal média análise, a força interna 17 máxima. Em nossa P e a área da seção transversal Figura 1.14 p t tp Tensão J: u t p Compressão Figura 1.15 A eram constantes ao longo do eixo longitudinal da barra e, como resultado, a tensão normal O" = PIA também é constante em todo o comprimento da barra. Entretanto, ocasionalmente, a barra pode estar sujeita a várias cargas externas ao longo de seu eixo ou pode ocorrer uma mudança em sua área da seção transversal. O resultado é que a tensão normal no interior da bar­ ra poderia ser diferente de uma seção para outra e, se quisermos determinar a tensão normal média máxima, torna-se importante determinar o lugar onde a razão PIA é um méLYimo. Para isso, é necessário determinar a força interna P em várias seções ao longo ela barra. Neste caso, pode ser útil mostrar essa variação por meio de um dia­ grama de força axial ou nonnal. Especificamente, esse diagrama é uma representação gráfica da força normal P em relação à posição x ao longo do comprimento da barra. Como convenção de sinais, P será positiva se cau­ sar tração no elemento e negativa se causar compressão. Uma vez conhecida a carga interna em toda a barra, en­ tão a razão PIA máxima pode ser identificada. s edónado, há utna distribuição de fórças que age sobre em equilíbrio. A intensidade dessa força interna em um un.ida:de de área. quando a área tende a zero. Por essa definição, o material no tipo de carga que age sobre o corpo e ela. orientação do elemento J.elxa.,ae ma:rei'laJ homogêneo e isotrópico e é submetida a uma fórça axial que age então o material no interior da barra é submetido somente à tensão no r­ uniforme ou média na área da seção transversal. 18 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A equação a = PIA dá a tensão normal média na área da seção transversal de um elemento quando a seção é submetida a uma força normal resultante interna P. Para elementos com carga axial, a aplicação dessa equ ação exige as etapas descritas a seguir. Carga interna • Secione o elemento perpendicularmente a seu eixo longitudinal no ponto onde a tensão normal deve ser deter­ minada use o diagrama de corpo livre e as equações de equilíbrio de forças necessárias para obter a força axial interna P na seção. e Tensão normal média " Determine a área da seção transversal do elemento na seção analisada e calcule a tensão normal média a = PIA. • Sugerimos que a ação de a seja mostrada sobre um pequeno elemento de volume do material localizado em um ponto na seção onde a tensão é calculada. Para isso, em primeiro lugar, desenhe na face do elemento coinci­ dente com a área secionadaA.Aqui,a age na mesma direção que a força interna P, uma vez que todas as tensões normais na seção transversal agem nessa direção para desenvolverem essa resultante. A tensão normal a que age na face oposta do elemento pode ser desenhada em sua direção adequada. a das seções na Figura 1.16b; o diagrama de força normal que representa esses resultados graficamente é mostrado na Fi­ gura 1.16c. Por inspeção, a maior carga está na região BC, A barra na Figura 1.16a tem largura constante de 35 mm onde 30 kN. Visto que a área da seção transversal da e espessura de 10 mm. Determine a tensão normal média barra PéBcconstante, maior tensão normal média também máxima na barra quando ela é submetida à carga mostrada. ocorre dentro dessaaregião. SOLUÇÃO Tensão normal média. Aplicando a Equação 1.6, temos Carga interna. Por inspeção, as forças internas axiais nas 30(103 )N PBc regiões AB, BC e CD são todas constantes, mas têm valores = = a c B A (0,035 m)(0,010 m) = 85 '7 MPa diferentes. Essas cargas são determinadas usando o método = Resposta 12 kN 12 kN 12 kN A distribuição de tensão que age sobre uma seção transversal arbitrária da barra dentro da região BC é mostrada na Figura 1.16d. Graficamente, o volume (ou "bloco") representado por essa distribuição é equivalente à carga de 30 kN; isto é, 30 kN (85,7 MPa)(35 mm)(10 mm). OBSERVAÇÃO: � (a) �� Psc � 30 kN PAn � l2 kN = 9 kN 9 kN PcD � 22 kN �r-)��-� (b) � 22kN I (c) A luminária de 80 kg é sustentada por duas hastes, AB e BC, como mostra a Figura 1.17a. Se AB tiver diâmetro de 10 mm e BC tiver diâmetro de 8 mm, determine a tensão normal média em cada haste. SOLUÇÃO Carga interna Em primeiro lugar, devemos determinar a força axial em cada haste. A Figura 1.17b mostra um diagra­ ma de corpo livre da luminária. Aplicando as equações de equilíbrio de forças, obtemos + "V F = O · FBC(.:!.) FB A cos 60° = o -+""' + j2:FY = O; F8c(f) + F8A sen 60° - 784,8 N O X ' 5 = Figura 1.16 FBC= 395,2 N, FBA = 632,4 N TENSÃO 19 A peça fundida mostrada na Figura 1.18a é feita de aço, cujo peso específico é 'Yaço = 80 kN/m3• Determine a tensão de compressão média que age nos pontos A e B. z (a) X (a ) 8,05 MPa 0. 8,05 MPa (d) Figura 1.17 Pela terceira lei de Newton, a qual diz que a cada ação cor­ responde uma reação igual em sentido contrário, essas forças submetem as hastes à tensão em todo o seu comprimento. Tensão normal média. Aplicando a Equação 1.6, temos -3-9-5''-2-N-----c:- = 7'86 MPa Resposta (]' lJC = A ac 1r(0,004 m ? Resposta OBSERVAÇÃO: A distribuição de tensão normal média que age sobre uma seção transversal da haste AB é mos­ trada na Figura l. 1 7c, e, em um ponto nessa seção transver­ sal, um elemento de material sofre tensão, como mostra a Figura 1.17d. 64 kN/m2 (c) (b) Figura 1.18 SOLUÇÃO A Figura 1.18b mostra um diagrama de corpo livre do segmento superior da peça fundida onde a seção passa pelos pontos A e B. O peso desse segmento é determinado por Waço = 'YaçoVaço' Assim, a força axial interna P na seção é 2;i.Fz = O; P - Waço = O P - (80 kN/m3)(0,8 m)1r(0,2 m)2 = O P = 8,042 kN Tensão de compressão média. A área da seção transver­ sal na seção é A 1r(0,2 m)2, portanto a tensão de compressão média torna-se Carga interna. = 20 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS (F = _8_:__,0_42_kN_2 1r(0,2 m) = 64,0 kN!m2 = p A Resposta A tensão mostrada no elemento de volume de material na Figura 1.18c é representativa das condições no ponto A ou no ponto B. Observe que essa tensão age para cima na parte inferior ou face sombreada do elemento, já que essa face faz parte da área da superfície inferior da seção cor­ tada e, nessa superfície, a força resultante interna P está em­ purrando para cima. OBSERVAÇÃO: e x. Para resolver este problema, trabalharemos em unidades newtons e milímetros. (1) +j"i,Fy = O'· FAB + FC - 3.000 N = o (2) ),+"i,MA = O; -3.000 N(x) + Fc(200 mm) = O Tensão normal média. Podemos escrever uma terceira equação necessária, a qual exige que a tensão de tração na barra AB e a tensão de compressão em C sejam equivalentes, isto é, cr = 400Fmm2 = 650Fmm2 F = 1,625F Substituindo essa expressão na Equação 1, resolvendo para FAB e, então, resolvendo para Fc, obtemos FAB = 1 . 143 N FC = 1.857 N A posição da carga aplicada é determinada pela Equação 2, Resposta x = 124 mm OBSERVAÇÃO: O < x < 200 mm, como exigido. c O elemento AC mostrado na Figura 1.19a está submetido a uma força vertical de 3 kN. Determine a posição x dessa for­ ça de modo que a tensão de compressão média no apoio liso C seja igual à tensão de tração média na barra AB. A área da se­ ção transversal da barra é 400 mm2 e a área em C é 650 mm2• c AB 1 .5 AB Tensão d e cisa l h a m ento média ( a) A A tensão d e cisalhamento foi definida na Seção 1 .3 como a componente da tensão que age no plano da área secionada. Para mostrar como essa tensão pode desenvol­ ver-se, consideraremos o efeito da aplicação de uma força F à barra na Figura 1 .20a. Se considerarmos apoios rígidos e F suficientemente grande, o material da barra irá defor­ mar-se e falhar ao longo dos planos identificados por AB e CD. Um diagrama de corpo livre do segmento central não apoiado da barra (Figura 1 .20b) indica que a força de cisalhamento V = F/2 deve ser aplicada a cada seção para manter o segmento em equihbrio. A tensão de cisalha­ mento média distribuída sobre cada área secionada que desenvolve essa força de cisalhamento é definida por (1.7) (b) Figura 1.19 SOLUÇÃO Carga interna. As forças em A e C podem ser relaciona­ das considerando-se o diagrama de corpo livre para o ele­ mento AC (Figura 1.19b ). Há três incógnitas, a saber, FAB' Fc Nessa expressão, rméct = tensão de cisalhamento média na seção, que consideramos ser a mesma em cada ponto localizado na seção V = força de cisalhamento interna resultante na se­ ção determinada pelas equações de equilíbrio A = área na seção TENSÃO (a) ( a) F 21 F Tméd v (b) v (b) (c) F Figura 1.20 A ação da distribuição da tensão de cisalhamento média sobre as seções é mostrada na Figura 1 .20c. Ob­ serve que rméd está na mesma direção de V, uma vez que a tensão de cisalhamento deve criar forças associa­ das e que todas elas contribuem para a força resultante interna V na seção analisada. O caso de carregamento discutido na Figura 1 .20 é um exemplo de cisalhamento simples ou direto, visto que o cisalhamento é causado pela ação direta da carga aplica­ da F. Esse tipo de cisalhamento ocorre frequentemente em vários tipos de acoplamentos simples que utilizam pa­ rafusos, pinos, material de solda etc. Todavia, em todos es­ ses casos, a aplicação da Equação 1.7 é apenas uma apro­ ximação. Uma investigação mais exata da distribuição da tensão de cisalhamento na seção crítica revela, muitas vezes, que ocorrem tensões de cisalhamento no material muito maiores do que as previstas por essa equação. Em­ bora isso possa acontecer, a aplicação da Equação 1 .7 é, de modo geral, aceitável para muitos problemas de en­ genharia envolvendo projeto e análise. Por exemplo, as normas de engenharia permitem sua utilização para o cálculo das dimensões de elementos de fixação como parafusos e para obtenção da resistência de fixação de juntas sujeitas a cargas de cisalhamento. A propósito, dois tipos de cisalhamento que ocorrem frequentemente na prática merecem tratamento separado. � As j untas de aço e mad�tra mostradas nas Figuras 1 .2 1 a e 1 .21c, res­ p� cttvamente, são exemplo s de acoplam entos de �tsalhamento simples normalmente denomin ados ]Untas sobrepostas. Nesse caso, conside raremos que o � elem�ntos são finos e que a porca na Figura 1.21a . nao esta mUito apertada , o que nos permite des­ prezar o atrito entre os element os. Se fizermos um cort e entre os elemento s, obteremo s os diagrama s Cisa hament o s i m p l es . F (c) F (d) Figura 1.21 de corpo livre mostrados nas Figuras 1 .21b e 1 .21d. Sendo os elementos finos, podemos desprezar o mo­ mento criado pela força F. Por consequência, para equilíbrio, a área da seção transversal do parafuso na Figura 1 .21b e a superfície de fixação entre os ele­ mentos na Figura 1.21d estão sujeitas somente a uma única força de cisalhamento simples V = F. Essa for­ ça é usada na Equação 1 .7 para determinar a tensão de cisalhamento média que age na seção mais clara da Figura 1 .21d. Cisa l h a m ento d u p l o . Quando a junta é cons­ truída como mostra a Figura 1 .22a ou 1.22c, duas super­ fícies de cisalhamento devem ser consideradas. Esses tipos de acoplamentos são normalmente denominados juntas de dupla superposição. Se fizermos um corte en­ tre cada um dos elementos, os diagramas de corpo li­ vre do elemento central serão como os mostrados nas 22 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS z Plano da seção 2 (a) (b) F Cisalhamento puro X (a) (b) Figura 1.23 momento F 2 r---1 ��ea � força braço distância 'SMx = O ; (d) (c) Figura 1.22 Figuras 1 .22b e 1.22d. Temos aqui uma condição de ci­ salhamento duplo. Por consequência, V = F/2 age so­ bre cada área secionada, e esse cisalhamento deve ser considerado quando aplicarmos rméct = VIA . Eq u i l íbrio. Considere um elemento de volume de material tomado em um ponto localizado na superfície de qualquer área secionada na qual age uma tensão de cisalhamento média (Figura 1 .23a). Se considerarmos o equilíbrio de forças na direção y, então força li tensão área n rzy ( � x � y ) - r�y � x � y = O r zy = r�y De modo semelhante, o equilíbrio de forças na di­ reção z dá como resultado ryz = r'yz . Por fim, considerando os momentos em torno do eixo x, t -rzy ( � x � y ) �z + ryz ( � x �z) � y = O de modo que rzy = r' zy = r'yz = ryz = r Em outras palavras, o equilíbrio de forças e mo­ mentos exige que a tensão de cisalhamento que age sobre a face superior do elemento sej a acompanha­ da por tensões de cisalhamento que agem sobre as três outras faces (Figura 1 .23b ). Nesse caso, todas as quatro tensões de cisalllamento devem ter valores iguais e serem direcionadas no mesmo sentido ou em sentido oposto uma das outras nas bordas opos­ tas do elemento. Isso é denominado propriedade complementar do cisalhamento e, sob as condições mostradas na Figura 1 .23, o material está submetido a cisalhamento puro. Embora aqui tenhamos considerado um caso de ci­ salhamento simples provocado pela ação direta de uma carga, em capítulos posteriores mostraremos que a ten­ são de cisalhamento também pode surgir indiretamen­ te devido à ação de outros tipos de carga. ' I. 1 I ,'�' \S� duas peçasflnps ou pequenas.forem mterconectadas, as C�rgíls aplicadas>podempro"\IQC?J; o,.cisal�amento do,111a� ..te�iatJ<Oll1 f1exãq despre;zív�l.Càsqisso ocorta� � adequad<?•. .e� g�ral" que: a . mut.Us.e ci<:l,Projetç:rfon�idere,qlJ,e Upla 7; ., tf��âQ dt:,qisallurmento,ntédia age s obrt}a área da SeÇã()tra,q.sv��saL • . . · . ···•· •.· •.•. . . ••· .. . • , ' e��rn�s 11\í'i e�RcrnAJ�rnms · • · . · ��te���tos defix�ç�o co�o, p�egos e:,paratu.sos fr�ql.lent��el},�e e:stãq $UJeitQs· a Earga� de .cis��el,lt()•;\ iJltenpÍ�oq�e. iJassa pêiM �i a��· .�qtlíaforÇa de <:isàlhaniento · sobr� q· ele,llle�fo d� fixação é mai?r ao Io�go sul'17r(fcie� W:t�rco�e�tad�s. q desenh� ád�quad? de um dia�rama.de corpo livre de um ségmenrodo eléínentó de .tixação.n'bs perm:ítirá ohter a ihtettskfade e 'à �iréção dessa força. � � · . . . ·· dé� •. . . · • . . ·. ... · . . .· f! 1 , • TENSÃO 23 VIA é u tiliz ad a para calcular somente a tensão de cisalhamento média no material, e sua aplica­ A e quação 7méd ção deve obedecer às etapas descrit as a seguir. == Cisalh amento intern o • • Secione o elemento no ponto onde a tensão de cisalhamento média deve ser determinada. Faça o diagrama de corpo livre adequado e calcule a força de cisalhamento interna V que age na seção que é necessária para manter a peça em equilíbrio. Tensão de cisalhamento média ermine a área secionada A e calcule a tensão de cisalhamento média 7méd = VIA. " Sugerimos que 7méd seja mostrada sobre um pequeno elemento de volume do material localizado em um ponto da seção onde a tensão é determinada. Para tanto, em primeiro lugar, represente 7méd na face do elemento coin­ cidente com a área secionada A. Essa tensão de cisalhamento age na mesma direção de V. Então, as tensões • D et de cisalhamento que agem sobre os três planos adjacentes podem ser desenhadas em suas direções adequadas, conforme o esquema mostrado na Figura 1.23. S*ie5Nfll1Gm � . � (!) Oc0< "'� SOLUÇÃO Parte (a) A barra mostrada na Figura 1.24a tem área de seção Carga interna. A barra é secionada (Figura 1.24b ), e a car­ transversal quadrada com 40 mm de profundidade e lar­ ga interna resultante consiste somente em uma força axial gura. Se uma força axial de 800 N for aplicada ao longo do para a qual P = 800 N. eixo que passa pelo centroide da área da seção transversal Tensão média. A tensão normal média é determinada da barra, determine a tensão normal média e a tensão de pela Equação 1.6. cisalhamento média que agem no material ao longo do (a) plano de seção a-a e do (b) plano de seção b-b. 800 N P u = A = Resposta (0-,0-4_m_)_(0-,0-4-m-) = 500 kPa 800 ( a) P = 800 N SOO N (b) (c) �> 375 kPa x' ( d) Figura 1.24 ( e) 24 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Não existe nenhuma tensão de cisalhamento na seção, visto que a força de cisalhamento na seção é zero. =O Resposta 7méd A distribuição da tensão normal média na seção transversal é mostrada na Figura 1.24c. OBSERVAÇÃO: Parte (b) Carga interna. Se a barra for secionada ao longo de b-b , o diagrama de corpo livre do segmento esquerdo é mostrado na Figura 1.24d. Neste caso, a força normal (N) e a força de cisalhamento (V) agem na área secionada. A utilização dos eixos x, y resulta + "i,F = O· -800 N + N sen 60° + V cos 60° = O + j!Fy = o'· V sen 60° - N cos 60° = O ou, mais diretamente, utilizando os eixos x ' , y ' , +'-,."i,F,. = O; N - 800 N cos 30° = O +/'" Fy' = o·' V - 800 N sen 30° = O Resolvendo qualquer conjunto de equações, N = 692,8 N V = 400 N Tensões médias. Neste caso, a área secionada tem espessura e profundidade de 40 mm e 40 mm/sen 60° = 46,19 respec­ tivamente (Figura 1.24a). Portanto, a tensão normal média é X � S kN > (b) (a) V = 2,5 kN 63,7 MPa "-r 5 kN � Força da haste sobre a escora mm, u 692,8 N _ = 375 kPa =N = _ _ _ _ A ( 0,04 m )_(0'-,0-4-61_9 m_) - (d) (c) Resposta e a tensão de cisalhamento média é Tméd = V 400 N A = (0,04 m)(0,04619 m) = 217 kPa OBSERVAÇÃO: Figura 1.24e. Resposta S kN A distribuição das tensões é mostrada na (e) Figura 1.25 Tensão de cisalhamento média. Para a haste, V 5.000 N A = 7T (0,005 m) = 63,7 MPa A escora de madeira mostrada na Figura 1.25a está sus­ pensa por uma haste de aço de 10 mm de diâmetro que está presa na parede. Considerando que a escora suporta uma carga vertical de 5 kN, calcule a tensão de cisalhamento mé­ dia na haste na parede e ao longo dos dois planos sombrea­ dos da escora, um dos quais é indicado como abcd. Tméd = SOLUÇÃO OBSERVAÇÃO: A distribuição da tensão de cisalhamento média no segmento secionado de haste e escora é mostrada nas figuras 1.25d e 1.25e, respectivamente. Além disso, essas figuras mostram um elemento de volume típico do material tomado em um ponto localizado na superfície de cada seção. Observe cuidadosamente como a tensão de cisalhamento deve agir em cada face sombreada desses elementos e, então, nas faces adjacentes dos elementos. Como mostra o diagrama de corpo livre na Figura 1 .25b, a haste resiste à força de ci­ salhamento de 5 kN no local em que está presa à pare­ de. A Figura 1.25c mostra um diagrama de corpo livre do segmento secionado da escora que está em contato com a haste. Aqui, a força de cisalhamento que age ao longo de cada plano sombreado é 2,5 kN. Cisalhamento interno. 2 Para a escora, 2.500 N V= Tméd = A (0,04 m)(0,02 m) - 3 ' 12 MPa Resposta Resposta TENSÃO O elemento inclinado na Figura 1.26a está submetido a uma força de compressão de 3.000 N. Determine a tensão de compressão média ao longo das áreas de contato lisas definidas por AB e BC e a tensão de cisalhamento média ao longo do plano horizontal definido por EDB. 25 + �p = O·' FAB - 3. 000 N(t)= o FAB = 1. 800 N +j'i.F = O'· FBC - 3.000 N(�)= o FBC = 2.400N Além disso, pelo diagrama de corpo livre do segmento superior do elemento inferior (Figura 1.26c), a força de cisa­ lhamento que age no plano horizontal secionado EDB é � X )' V = 1.800N As tensões de compressão médias ao longo dos planos horizontal e vertical do elemento inclinado são Tensão média. 1.800N (25 mm)(40 mm) = l,80N/mm 2.400N (50mm)(40mm) = l,ZON/mm Resposta 2 2 Resposta Essas distribuições de tensão são mostradas na Figura 1.26d. A tensão de cisalhamento média que age no plano hori­ zontal definido por EDB é Tméd (a) N 1.800 N - 0,60 N/mm = (75 mm )(40 mm) _ 2 Resposta A distribuição dessa tensão na área secionada em ques­ tão é mostrada na Figura 1.26e. .800 N (c) 1.34. A coluna está sujeita a uma força axial de 8 kN aplicada no centroide da área da seção transversal. Deter­ mine a tensão normal média que age na seção Mostre como fica essa distribuição de tensão sobre a seção trans­ versal da área. a-a. (b) 8 kN a (d) Figura 1.26 SOLU ÇÃO �ar�as internas. O diagrama de corpo livre do elemento l�clmado é mostrado na Figura 1.26b. As forças de compres­ sao que agem nas áreas de contato são Problema 1.34 26 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O arganéu da âncora suporta uma força de cabo de 3 kN. Se o pino tiver diâmetro de 6 mm, determine a tensão média de cisalhamento no pino. 1.35. 500 N � � T 6 mm 200 N t Problema 1.37 1.38. O pequeno bloco tem espessura de 5 mm. Se a dis­ tribuição de tensão no apoio desenvolvida pela carga variar Problema 1.35 como mostra a figura, determine a força F aplicada ao bloco e a distância d até o ponto onde ela é aplicada. ''1.36. Durante uma corrida, o pé de um homem com mas­ sa 75 kg é submetido momentaneamente a uma força equi­ valente a 5 vezes o seu peso. Determine a tensão normal média desenvolvida na tíbia T da perna desse homem na seção média A seção transversal pode ser considerada circular, com diâmetro externo de 45 mm e diâmetro inter­ no de 25 mm. Considere que a fíbula F não está suportando nenhuma carga. 3 kN a-a. 40 MPa Pmblema 1.38 A alavanca está presa ao eixo fixo por um pino cônico AB, cujo diâmetro médio é 6 mm. Se um binário for aplicado à alavanca, determine a tensão de cisalhamento média no pino entre ele e a alavanca. 1.39. 12 mm 75 gN Problema 1.36 O mancai de encosto está sujeito às cargas mostradas. Determine a tensão normal média desenvolvida nas seções transversais que passam pelos pontos B, C D. Faça um ras­ cunho dos resultados sobre um elemento de volume infinite­ simal localizado em cada seção. 1.37. e 250 mm 20 N � 250 mm Problema 1.39 20 N TENSÃO O bloco de concreto tem as dimensões mostradas na figura. Se o material falhar quando a tensão normal média atingir 0,840 MPa, determine a maior carga vertical P aplica­ da no centro que ele pode suportar. 1.41. O bloco de concreto tem as dimensões mostradas na figura. Se ele for submetido a uma força P = 4 kN aplicada em seu centro, determine a tensão normal média no mate­ rial. Mostre o resultado sobre um elemento de volume infi­ nitesimal do material. '1.40. 27 O eixo está sujeito à força axial de 30 kN. Se ele passar pelo orifício de 53 mm de diâmetro no apoio fixo A, deter­ mine a tensão no mancal que age sobre o colar C. Determine também a tensão de cisalhamento média que age ao longo da superfície interna do colar no ponto onde ele está acopla­ do ao eixo de 52 mm de diâmetro. 1.45. 40 mm Problema 1.45 Os dois elementos de aço estão interligados por uma solda de topo angulada de 60°. Determine a tensão de ci­ salhamento média e a tensão normal média suportada no plano da solda. 1.46. A luminária de 250 N é sustentada por três hastes de aço interligadas por um anel em A. Determine qual das has­ tes está submetida à maior tensão normal média e calcule seu valor. Considere () = 30°. O diâmetro de cada haste é dado na figura. 1.42. Resolva o Problema 1.42 para () = 45°. � �('----.-+d-'-''·-------'� 8 25 mm Problemas 1.40/41 8 kN kN I 60° 30 mm Problema 1.46 O gancho é usado para sustentar o tubo de tal modo que a força no parafuso vertical é 775 N. Determine a tensão '"1.44. A luminária de 250 N é sustentada por três hastes normal média desenvolvida no parafuso BC se ele tiver diâ­ de aço interligadas por um anel em A. Determine o ângulo metro de 8 mm. Considere que A seja um pino. de orientação () de AC de modo que a tensão normal média na haste AC seja duas vezes a tensão normal média na haste 775 N AD. Qual é a intensidade da tensão em cada haste? O diâ­ metro de cada haste é dado na figura. 1.43. 1.47. 40 mm 30 mm Problema 1.47 A prancha de madeira está sujeita a uma força de tração de 425 N. Determine a tensão de cisalhamento média *1.48. Problemas 1.42/43/44 28 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS e a tensão normal média desenvolvidas nas fibras da madeira *1.52. A junta está submetida a uma força axial de 5 kN. orientadas ao longo da seção a-a a 15° em relação ao eixo Determine a tensão normal média que age nas seções AB e BC. Considere que o elemento é liso e tem 50 mm de da prancha. espessura. a 425 N � a Problema 1.48 A junta de topo quadrada aberta é usada para trans­ mitir uma força de 250 N de uma placa a outra. Determi­ ne as componentes da tensão de cisalhamento média e da tensão normal média que essa carga cria na face da solda, seção AB. 1.49. 5 kN Problema 1.52 1.53. O garfo está sujeito a força e a um binário. Determi­ ne a tensão de cisalhamento média no parafuso que age nas seções transversais que passam por A e B. O parafuso tem 6 mm de diâmetro. Dica: O binário sofre a resistência de um conjunto de forças desenvolvidas na haste do parafuso. Problema 1.49 1.50. O corpo de prova falhou no ensaio de tração a um ângulo de 52° sob uma carga axial de 100 kN. Se o diâmetro do corpo de prova for 12 mm, determine a tensão de cisalha­ mento média e a tensão normal média que agem na área do plano de falha inclinado. Determine também qual a tensão normal média em atuação sobre a seção transversal quando ocorreu a falha. Problema 1.53 1.54. Os dois elementos usados na construção da fuselagem de um avião estão interligados por uma solda em boca-de­ -peixe a 30°. Determine a tensão de cisalhamento média e a 1.51. Um corpo de prova sob tração com área de seção transversal A é submetido a uma força axial P . Determine a tensão normal média no plano de cada solda. Considere que tensão de cisalhamento média máxima no corpo de prova e cada plano inclinado suporta uma força horizontal de 2 kN. indique a orientação (} de uma seção na qual ela ocorre. Problema 1.50 37,5 mm p 4 kN Problema 1.51 4 kN Problema 1.54 TENSÃO 1.55. Os grampos na fileira AB contida no grampeador es­ tão colados de modo que a tensão de cisalhamento máxima que a cola pode suportar é (Jmáx = 84 kPa. Determine a força mínima F que deve ser aplicada ao êmbolo para extrair um grampo da fileira por cisalhamento e ?ermi�r que ele saia sem deformação pela fenda em C. As d1mensoes externas do grampo são mostradas na figura, e a espessura é 1,25 mm. Considere que todas as outras partes são rígidas e despreze o atrito. 01 1mA�========�c=======��� 07 p F 7.s f0n 1,12,5 mm I 29 , 5P Problemas 1.58/59 O tampão é utilizado para vedar a extremidade do tubo cilíndrico que está sujeito a uma pressão interna p = 650 Pa. Determine a tensão de cisalhamento média que a cola exerce sobre os lados do tubo necessária para manter o tampão no lugar. *1.60. 0 1mm l Problema 1.55 Os diâmetros das hastes AB e BC são 4 mm e 6 mm, respectivamente. Se for aplicada uma carga de 8 kN ao anel em B, determine a tensão normal média em cada haste se (} = 60°. 4 '1.56. Os diâmetros das hastes AB e BC são 4 mm e 6 mm, Problema 1.60 respectivamente. Se a carga vertical de 8 kN for aplicada ao anel em B, determine o ângulo (} da haste BC de modo que 1.61. O alicate de pressão é usado para dobrar a extremi­ a tensão normal média em cada haste seja equivalente. Qual dade do arame E. Se uma força de 100 N for aplicada nas é essa tensão? hastes do alicate, determine a tensão de cisalhamento média no pino em A. O pino está sujeito a cisalhamento duplo e tem diâmetro de 5 mm. Somente uma força vertical é exer­ cida no arame. 1.57. Resolva o Problema 1. 6 1 para o pino B, o qual está sujeito a cisalhamento duplo e tem 5 mm de diâmetro. 1.62. lOO N B S kN Problemas 1.56/57 1.58, Cada uma das barras da treliça tem área de seção transversal de 780 m m2• Determine a tensão normal média em cada elemento resultante da aplicação da carga P = 40 kN. Indique se a tensão é de tração ou de compressão. Cada uma das barras da treliça tem área de seção transversal de 780 m m2• Se a tensão normal média máxima em qualquer barra não pode ultrapassar 140 MPa, determi­ ne o valor máximo P das cargas que podem ser aplicadas à treliça. 1.59. lOO N Problemas 1.6l/62 1.63. A lâmpada de engate do vagão ferroviário é sustenta­ da pelo pino de 3 mm de diâmetro em A. Se a lâmpada pesar 20 N e o peso do braço extensor AB for 8 N/m, determine a tensão de cisalhamento média no pino necessária para sus­ tentar a lâmpada. Dica: A força de cisalhamento no pino é causada pelo binário exigido para o equilíbrio em A. 30 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS �+------ 900 mm ------� na barra como mostra a figura, escreva um código compu­ tacional que possa ser usado para determinar a tensão nor­ mal média em qualquer localização especificada Mostre uma aplicação do programa usando2os valores L1 1,2 m, d 1.2 875mm ,L2 0,6 m,d2 1,8 m, 1 2kN,A1 P12 0,-1,56 m,P 625 mm • kN,A 2 x. 32 mm = Problema 1.63 estrutura de dois elementos está sujeita a um car­ regamento distribuído mostrado. Determine a tensão nor­ mal média e a tensão de cisalhamento média que agem nas seções seção transversal CE tem 35 emm. Considere 8 kN/m.quadrada do elemento = = = = = = = *1.64. A a-a b-b. A w = Problema 1.66 A viga é apoiada por um pino em A e um elo curto BC. Se P 15 kN, determine a tensão de cisalhamento mé­ dia desenvolvida nos pinos em A, B e C. Todos os pinos estão sujeitos a cisalhamento duplo, como mostra a figura, e cada um tem diâmetro de 18 mm. *1.68. vigao valor é apoiadaporumpinoemA máximo P das cargas queeumelocurtoBC. a viga suportará Determine se a tensão de cisalhamento média em cada pino não puder ul­ trapassar 80 MPa. Todos os pinos sofrem cisalhamento duplo, como mostra a figura, e cada um tem diâmetro de 18 mm. 1.67. = A 4P w Problema 1.64 O elemento A da junta escalonada de madeira usada na treliça está submetido a uma força de compressão de 5 kN. Determine tensão normal age na haste pendurai C coma diâmetro de 10 média mm e que no elemento B comdo espessura de 30 mm. 1.65. 4P �B A Problemas 1.67/68 1.69. estrutura está sujeita a carga de 1 kN. Determine a tensão de cisalhamento média no parafuso em A em fun­ ção da barra e. Represente essa função em gráfico paradoO ângulo e 90° e indique os valores de e para os quais essa tensão é mínima. O parafuso tem diâmetro de 6 mm e está sujeito a cisalhamento simples. A :::; :::; A f 0,15 m ----+�- 0,45 m Problema 1.65 111.66. Considere o problema geral de uma barra composta por m segmentos, cada um deles com área de seção trans­ versal constante A, e comprimento Lm. Se houver cargas n 1 kN Problema 1.69 TENSÃO O guindaste giratório está preso por um pino em A e deslocar-se orta umda montacargas sup ao longo fiange inferiordedacorrente viga, 0,3que m :Spode x :S 3,6 m. Se a capacidade do guindaste 7,5 kN, determinede acarga tensãonominal normalmáxima média máxima na barrafor BC de 18 mm de diâmetro e a tensão de cisalhamento média máxima no pino de 16 mm de diâmetro em B. 1.70. 31 A área da seção transversal da barra é 400(10-6) m2 • Se ela estiver sujeitade aseuumacomprimento carga axiale distribuída memente ao longo a duas cargasunifor­ con­ centradas como mostra a figura, determine a tensão normal média na barra em função de x para O < x :S 0,5 m. 1.74. A área da seção transversal da barra é 400(10-6) m2 • Se ela estiver sujeita a uma carga axial distribuída unifor­ memente ao longo de seu comprimento e a duas cargas con­ centradas como mostra a figura, determine a tensão normal média na barra em função de x para 0,5 m < x :S 1,25 m. 1.73. ( S kN/m 6kN w= - - -- - - '4- - - - - -:-r o 75 m----[1 0,5 m ----j1� 3 kN , Problemas 1.73/74 A coluna é feita de concreto de densidade 2,30 Mg/m3 esuaestáextremidade sujeita a umasuperior força B.deDetermine compressãoa tensão axial denormal 15 kNmé­ em dia na coluna em função da distância medida em relação à base. Observação: por causa da deformação localizada nas extremidades, o resultado servirá apenas para determinar a tensão normal média em uma seção removida das extremi­ dades da coluna. 1.75. f----- 3 m -------1 Problema 1.70 A batTa tem área de seção transversal A e está submeti­ da à carga axial P. Detetmine a tensão normal média e a tensão média que agem na seção sombreada que está de cisalhamento orientada a um ângulo relaçãoemàfunção horizontal. em gráfico a variação dessas8 emtensões de 8 (ORepresente :S 8 :S 90°). 1.71. z I 15kN z Problema 1.71 A lança tem peso uniforme de 3 kN e é alçada até a posição desejada por meio do cabo BC. Se o cabo tiver diâme­ tro de 15 mm, construa um gráfico da tensão normal média no cabo em função da posição da larH(a 8 para oo :S 8 :S 90°. '1 .72. y X Problema 1.75 '1.76. A estrutura de dois elementos está sujeita à carga distribuída mostrada. Determine a maior intensidade da carga uniforme que pode ser aplicada à estrutura sem que a tensão normal média ou a tensão de cisalhamento média na seção b-b ultrapasse 15 MPa e 16 MPa, respectiva­ mente. O elemento CB tem seção transversal quadrada de 30 mm de lado. w u Problema 1.72 = r = 32 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS B 1.79. A barra uniforme com área da seção transversal A e massa por unidade de comprimento m está apoiada por um pino em seu centro. Se ela girar no plano horizontal a uma velocidade angular constante determine a tensão normal média na barra em função de x. w, Problema 1.79 Problema 1. 76 O pedestal suporta uma carga P em seu centro. Se a den­ sidade de massa do material for determine a dimensão radial em função dez de modo que a tensão normal média no pedes­ tal permaneça constante. seção transversal é circular. 1.77. p, r A p Problema 1.77 O raio do pedestal é definido por (O,Se-0•08Y') m, onde é dado em metros. Se o material tiver densidade de 2,5 Mg/m3, determine a tensão normal média no apoio. 1.78. r = y 1 .6 Tensão a d m i ssível Um engenheiro responsável pelo projeto de um elemento estrutural ou mecânico deve restringir a ten­ são atuante no material a um nível seguro. Além disso, uma estrutura ou máquina em uso contínuo deve ser analisada periodicamente para que se verifique quais cargas adicionais seus elementos ou partes podem su­ portar. Portanto, vale repetir, é necessário fazer os cál­ culos usando-se uma tensão segura ou admissível. Para se garantir a segurança, é preciso escolher uma tensão admissível que restrinja a carga aplicada a um valor menor do que a carga que o elemento pode suportar totalmente. Há várias razões para isso. Por exemplo, a carga para a qual o elemento é projetado pode ser diferente das cargas realmente aplicadas. As dimensões estipuladas no projeto de uma estrutura ou máquina podem não ser exatas, na realidade, por causa de erros de fabricação ou cometidos na montagem de seus componentes. É possível ocorrer problemas com vibrações, impactos ou cargas acidentais desconheci­ das, que não tenham sido contemplados no projeto. Corrosão atmosférica, deterioração ou desgaste pro­ vocado por exposição a intempéries tendem a deterio­ rar os materiais em serviço. Por fim, as propriedades mecânicas de alguns materiais como madeira, concre­ to ou compósitos reforçados com fibras podem apre­ sentar alta variabilidade. Um método para especificação da carga admissível para o projeto ou análise de um elemento é o uso de um número denominado fator de segurança. O fator de segurança (FS) é a razão entre a carga de ruptura, Frup, e a carga admissível, Fadm Neste contexto, Fruf é determinada por ensaios experimentais do materia , e o fator de segurança é selecionado com base na ex­ periência. Assim, podemos confiar que as incertezas mencionadas foram consideradas e que o fator de se­ gurança será válido para a utilização do elemento em condições semelhantes de carga e geometria. Em lin­ guagem matemática, • Problema 1.78 · TENSÃO p p a a 33 Tensão normal uniforme f O'adm �i�liiiil A = -­ (a ) p <Tactm (b) Figura 1.27 FS = 1 .7 Frup F adm (1.8) Se a carga aplicada ao elemento estiver linearmente relacionada com a tensão desenvolvida no interior do elemento, como no caso da utilização de = PIA e méd = VIA, então podemos expressar o fator de segua- rança como a razao entre a tensa o de ruptura a-rup ( ou ) e a tensão admissível (Jadm (ou 'Tadm) ;* isto é, 'T rup r - _ FS = crrup cradm (1.9) P rojeto d e acoplamentos simples Adotando-se premissas simplificadoras e m relação ao comportamento do material, as equações a- = PIA e r . = VIA geralmente podem ser usadas para projetar med um acoplamento simples ou um el emento mecamco. Em particular, se um elemento estiver submetido a uma força normal em uma seção, a área de seção exigi­ da é determinada por A A = -p cractm ou FS = 'Trup 'Tadm (1.10) Em qualquer dessas equações o fator de seguran­ ça escolhido é maior que 1 , para evitar o potencial de falha. Valores específicos dependem dos tipos de ma­ teriais usados e da finalidade pretendida da estrutura ou máquina. Por exemplo, o FS utilizado no projeto dos componentes de um avião ou de veículos espaciais pode estar próximo de 1, de modo a reduzir o peso do veículo. Por outro lado, no caso de uma usina nuclear, o fator de segurança para alguns de seus componen­ tes pode chegar a 3, visto que podem existir incertezas no carregamento ou no comportamento do material. Todavia, em geral, os fatores de segurança e, portanto, as cargas ou tensões admissíveis para elementos es­ truturais e mecânicos estão bem padronizados, j á que as incertezas envolvidas em seu projeto foram razoa­ velmente avaliadas. Seus valores, os quais podem ser encontrados em normas de projeto e manuais de enge­ nharia, pretendem manter um equilíbrio entre garantir a segurança pública e ambiental e oferecer soluções de projeto econômicas e razoáveis. •· Em alguns casos, como em colunas, a carga aplicada não está li­ nearmente relacionada com a tensão e, portanto, somente a Equação 1.8 pode ser usada para determinar o fator de seguran­ ça. Ver Capítulo 13. • (1.11) Por outro lado, se a seção estiver sujeita a uma for­ ça de cisalhamento, então a área de seção exigida é A= v 'T adm (1.12) Como discutido na Seção 1.6, a tensão admissível usada em cada uma dessas equações é determinada pela aplicação de um fator de segurança a uma tensão normal ou de cisalhamento especificada ou pela ob­ tenção dessas tensões diretamente de uma norma de projeto adequada. Agora, discutiremos quatro tipos comuns de pro­ blemas em cuj o projeto as equações citadas podem ser usadas. Área da seção tra n sversal de um elemento de tração. A área da seção transversal de um ele­ mento prismático submetido a uma força de tração pode ser determinada desde que a força tenha uma linha de ação que passe pelo centroide da seção transversal. Por exemplo, considere a "barra com olhal" mostrada na Fi­ gura 1 .27a. Na seção intermediária a-a, a distribuição de tensão é uniforme na seção transversal e a área som­ breada A é determinada, como mostra a Figura 1.27b. Área da seção transversal de u m acopla­ m ento su bmetid o a cisalha mento. Muitas vezes, parafusos ou pinos são usados para interligar chapas, pranchas ou vários elementos. Como exemplo, 34 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Tadm V=P A= p -- Tactm p ( c) (b) (a) Figura 1.28 considere a junta sobreposta mostrada na Figura 1 .28a. Se o parafuso estiver solto ou se a força de aperto do parafuso for desconhecida, é seguro supor que qualquer força de atrito entre as chapas é desprezível. O resultado é o diagrama de corpo livre para uma seção que pas­ sa entre as chapas e pelo parafuso mostrado na Figura 1 .28b. O parafuso está sujeito a uma força de cisalha­ mento interna resultante V = P em sua seção transver­ sal. Considerando-se que a tensão de cisalhamento que provoca essa força está uniformemente distribuída na seção transversal, a área da seção transversal do parafu­ so, A , é determinada como mostra a Figura 1 .28c. Área exigida para resistir ao a poio. A ten­ são normal produzida pela compressão de uma super­ fície contra outra é denominada tensão de apoio. Se essa tensão se tornar suficientemente grande, poderá esmagar ou deformar localmente uma ou ambas as superfícies. Por consequência, para evitar falha, é ne­ cessário determinar a área de apoio adequada para o material usando uma tensão de apoio admissível. Por exemplo, a área A da chapa da base da coluna B mostrada na Figura 1 .29 é determinada pela tensão de apoio admissível do concreto obtida por A = Pl(a') adm ' É claro que, por essa fórmula, consideramos que a ten­ são de apoio admissível para o concreto é menor do que a admissível para o material da chapa de base da coluna e, além disso, que a tensão de apoio é unifor­ memente distribuída entre a chapa e o concreto, como mostra a figura. Área exi gida para resistir a cisa l hamento provocado por carga axial. Em alguns casos, hastes ou outros elementos serão apoiados de tal modo que pode ser desenvolvida uma tensão de cisalhamen­ to no elemento, ainda que ele esteja submetido a uma carga axial. Um exemplo dessa situação seria uma haste de aço cuja extremidade esteja engastada em concreto e carregada como mostra a Figura 1.30a. O diagrama de corpo livre da haste (Figura 1 .30b) mostra que uma tensão de cisalhamento age na área de contato da haste com o concreto. Essa área é (1rd)l, onde d é diâmetro da haste e l é o comprimento do engaste. Seria difícil deter­ minar a distribuição real da tensão de cisalhamento ao longo da haste, mas, se considerarmos que ela é unifor­ me, poderemos usar A = Vlradm para calcular l, desde que d e T adm sejam conhecidos (Figura 1 .30b). �! p ( a) (aa)adm Distribuição uniforme! da tensão normal Tensão de cisalhamento uniforme p (b) Figma 1.29 Figma 1.30 TENSÃO s ua a ss a as pretendida. Há a u a p sp a representam apenas algumas · · · 35 a . prójeto de um elementopar a re i tência é b eado na seleção de um tensão admissível que aplicada real tensão a influenciar de capazes nhecidos desco fatores muitos carga ça n r eg om ta:tc áum elemento. Portanto, çlependendo da tiliz ção retendid do elemento, a lic - e umfatordé segurança àr se > Ql;>ter a c arga admissível que o elemento pode u ort r. das muitas aplicações das fórmulas para tens ão .t os: quatrocasos ilustrados nesta seção e na análise de engenharia. Entretanto, empr projeto no utilizadas média cisalhamento de tensão 1,10r1Ilal média e distribuição de ten ão é rt""' �'"'"'" equações forem aplicadas, é importante ter em mente que con id eramos que uniformem ente distribufda ou nderada " na seção. "po p as s · pa s e s a para resolver preciso, em média problemas, a tensão de cisalhamento a tensão normal média ae seção Quandolugar,usamos c a feita vez Uma o elemento agirá. seção, a críti tensão a qual na cuidadosamente considerar primeiro deve ser projetado para que a área da seção seja suficiente para resistir à tensão que age sobre ela. determinação dessa área envolve as etapas a seguir. passando pela área e desenhe um diagrama de corpo livre de um segmento do elemento. Então, Secione o elementointerna a força resultante na seção é determinada pelas equações de equiHbrio. a tensão admissível seja conhecida ou possa ser determinada, a área exigida necessária para sustentar Contanto seção é calculada por A = Pkradm ou A = VITadm' a carga naque é A Carga interna • Área exigida • AB = TVadBm = 90 6,6710kN3 kPa 74'11 10-6 mz 2 d = 1T ( B J dB = 9 ,7 mm 4 representem valores essespara um ta­ escolher diâme­ teremos osde menores os pinos, admissíveis trosEmbora fabricado ou esteja disponível. Escolhere­ seja que manho mos um tamanho maior do que o exigido, com aproximação ele 1 mm. = X em B pinos vistas interligados dois elementos apresenta também por 3 1a, que a Figura 1.estão comoOsmostra admis­ de cima dos acoplamentos em A e B. Se a tensão for T d = 90 MPa e=a sível de cisalhamento para osparapinosa haste "cs for ( ) adm tração admissível tensão 115 MPa,de determine, ele 1 mm,CBoumenor com aproximação neces­ B e o diâmetro ele haste pinos Aa ecarga. diâmetroparaelossuportar sélrios SOLUÇÃO de duas forças,como um elemento quelivreCBdoé elemento Reconhecendo Resposta juntamente AB corpo de diagrama Resposta 31b. 1.força na Figura mostrado em Aose célBlculos calculadas as reaçõcs a que observe e verifique exercício, Como Diâmetro da haste. O diâmetro exigido para a haste em resultante em A deve ser usada para o projeto elo pino A, vis­ seção média é, portanto, sua to que essa é força ele cisalhamento à qual o pino resiste. 6,67kN Pela Figura 1.31a e diagramas de corpo li v re da porção secionada de cada pino em contato 103 kPa 115 com o demento (Figura l.3lc), vemos que o pino A está submetido a cisalhamcnto dnplo, ao passo que o pino cst;í sujeito a eisalhamento simples. Portanto, X t é a Diâmetro dc>s pinos. X AB 13 1T( d412) kPa 56 10-6 = 6,3 mm _----_ -.. k_ N_ d11 = 3 1' X 111 2 dnc = escolheremos 8,59 mm d8c = 9 mm Resposta 36 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A 6,67kN 6kN 5,68 kN 2 kN t �v_: u _L � � -� 5 , 32 � --:--- 2m -�� Í'é- ----�=='---���� �--i!d; •i'',;;z. !;}-� - - -----­ 4 -------4- �------ Pino �3 (b) kN em A Pino em B (c) Figura 1.31 SOLUÇÃO Força de cisalhamento interna. A Figura 1.32b mostra O braço de controle está submetido ao carregamento um diagrama de corpo livre do braço. Para equilíbrio, temos mostrado na Figura 1.32a. Determine, com aproximação de 5 mm, o diâmetro exigido para o pino de aço em C se a tensão 1 + 2: M = 0 F s(0,2 m) = ; A 15 kN(0,075 m) c de cisalhamento admissível para o aço for Tadm = 55 MPa. Ob­ serve, na figura, que o pino está sujeito a cisalhamento duplo. -25 kN m (0,125 m) = o FAB = 15 kN A B 200mm � - - - ., ) k' - �J_---.;� 5m � 2SkN ' I "' (a ) 7 ( 300mm 15 kN 50 mm' / m 30,41kN ' Figura 1.32 �""''" 15,m205 kN Pino e C (b) (c) TENSÃO O; -15 kN - c, + 25 kN(�) = o Cx 5kN cy - 15 kN - 25 kNm = o j 2-Fy = O; Cy 30kN o pino em C resiste à força resultante em C. Portanto, �(5 kN)2 - (30 kN)2 30,41 kN Fc Como o pino está sujeito a cisalhamento duplo, a força de cisalhamento de 15,205 kN age sobre sua área da seção entre o braço e cada orelha de apoio do pino transversal (Figura 1. 32c). Área exigida. Temos v 15,205 kN = 276,45 10-6 m2 A = -55 103 kN/m2 17 (1r = 276,45 mm2 d=18,8mm Use um pino que tenha um diâmetro d 20mm Resposta � 2-Fx = = + = = = Tadm 37 = X X De modo que A = 17( �2 ) 0,3333(10-2) m2 d 0,0206 m 20,6 mm Resposta Espessura do disco. Como mostra o diagrama de corpo livre da seção central do disco (Figura 1. 33b), o material na área secionada deve resistir à tensão de cisalhamento para impedir passe peloéorifício. Se considerarmos que essa que tensãoo disco de cisalhamento distribuída uniformemen­ te pela área secionada, então, sendo V 20 kN, temos = = = = Uma vez que a área secionada A 217(0,02 m)(t), a espessu­ ra exigida para o disco é 3 ) m2 = 4,55(10-3 ) m 4,55 mm t 0,5714(10Resposta 217(0,02 m ) = = = = A haste suspensa está apoiada em sua extremidade por um disco circular fixo acoplado como mostra a Figura 33a. Se a haste passar por um orifício de 40 mm de diâmetro, 1.determine o diâmetro mínimo exigido para a haste e a espessura mínim a do disco necessária para suportar a carga de 20 kN. A tensão normal admissível para a haste é = 60 MPa e a tensão admissível de cisalhamento para o dis�o é ractm = 35 MPa. u d Uma carga axial sobre o eixo mostrado na Figura 1.34a sofre a resistência do colar em C, que está acoplado ao eixo e localiza­ do no lado direito do mancai em B. Determine o maior valor de P para as duas forças axiais em E e F de modo que a tensão no colar não ultrapasse uma tensão de apoio admissível em C de ( ) = 75 MPa e que a tensão normal média no eixo não exced�aa"tensão de tração admissível (u,)adm = 55 MPa. u d SOLUÇÃO Diâmetro de haste. Por inspeção, a força axial na haste é 20 kN. Portanto, a área da seção transversal exigida para a haste é (a) (b) Tadm A 20kN (a ) t 20kN (b) Figura 1.33 Carga axial l�l ( c) Posição 3P �:€� c (d) Figura 1.34 38 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS SOLUÇÃO Para resolver o problema, determinaremos P para cada condição de falha possível. Então, escolheremos o menor valor. Por quê? Tensão normal. Usando o método das seções, a carga axial noga interior regiãonoFEdo eixodaé 2P,região ao passo axial, 3P,daocorre interior EC (Fiqueguraa maior 1.34b).car­A variação da carga interna é claramente mostrada no diagrama de força normal (Figura 1.34c). Como a área da seção transver­ sal é constante em todo o eixo, a região EC estará sujeita à ten­ são normal média máxima. Aplicando a Equação 1. 1 1, temos p 55(106) N/m2 = 1T(0,30p3 m? P 51,8 kN Tensão de apoio. Como mostra o diagrama de corpo livre na Figura 1.34d, o colar em C deve resistir à carga de 3P que age sobre urna área de apoio de [1T(0,04 m)2 - 1r(0,03 m)2] = 2,199(10-3)m2• Assim, p · 75(106) N/m2 = -----3P = -2,199(10-3) m2 P=55,0 kN Por comparação, a maior carga que pode ser aplicada ao eixo é P 51,8 kN, pois qualquer carga maior do que essa resultará em tensão maior do que a tensão normal admissível no eixo. CTadm A = Ab = A CTadm ' = Figura 1.35 P(1,25 m) - FAc(2 m) (1) = 0; s(2 m) - P(0,75 m) (2) Agora, determinaremos cada valor de P que crie a tensão admissível na haste, no bloco e nos pinos, respectivamente. Haste AC. A haste exige = 340(106) N/m2 [1r(O,Ol m)2] = 106,8 Usando a Equação 1, (2m) 171 kN p = (106,81,kN) 25m Bloco B. Nesse caso, FB = 35(106) N/m2 [1.800 mm2 (10-6) m2/mm2] 63 kN Usando a Equação 2, m) 168 kN p (63 kN)(2 0,75m Para esses pinos, Pino ou = 450(106) N/m2 ['1T(0,009 m)2] = 114,5 kN Pela Equação 1, p = 114,1,52kN5m(2 m) 183 kN Por comparação, quando P alcança seu menor (168 kN), desenvolve a tensão normal admissível no blocovalorde alumínio. Por consequência, Resposta P 168kN 1 + 2: Ms 1 + 2: MA = = O; = F O O FAc = (craç)ndm(AAc) kN = = (ual) adm A8 A barra rígida mostrada na Figura 1.35a é sustentada poralumínio uma hastecomdeárea aço AC de 20 transversal mm de diâmetro de seção de 1.800e ummm2•blocoOs depinos de 18 mm de diâmetro em e C estão submetidos a cisalhamento simples. Se as tensões de ruptura do aço e do alu­ mínio forem = 680 MPa e = 70 MPa, respec­ tivamente, e a tensão de ruptura por cisalhamento para cada pino for 900 MPa, determine a maior carga P que pode ser aplicada à barra.Aplique um fator de segurança 2. AB A (cr.ç)rup (cr.1 )rup rrup = PS = SOLUÇÃO = = = A C. V = FAc = Tadm A = Pelas equações 1.9 e 1. 10, as tensões admissíveis são ( ) = = 6802MPa 340 MPa 70 MPa 35 MPa 2 � 900MPa 2 = 450MPa " ," ; Í O diagrama de corpo livre para a barra é mostrado na Figura :�R(illBUi��s;s:� 1. 35b. Há três incógnitas. Neste caso, aplicaremos as equa­ O elemento está sujeito a uma força de compres­ e F8 em termos *1.80. ções de equilíbrio de modo a expressar são de 4 kN. Se edetermine, forem feitos de madeira edetiverem da carga aplicada P. Temos mm de espessura, com aproximação 5 mm,10a (u,,o) rup F S (u,J) rup = (u,, ) adm = F S u,," adm Tadm = F S = = = = �x "' ��c � � " = A B B 0 " s, "'""' " "' "" "' - = "'" � %<&"'!li TENSÃO 39 200 N 4 kN O tamanho a do cordão de solda é determinado pelo cálculo da tensão de cisalhamento média ao longo do plano sombreado, que tem a menor seção transversal. Determine o menor tamanho a das duas soldas se a força aplicada à chapa for P = 100 kN. Aétensão= de100cisalhamento admissível para o material da solda Tadm MPa. Problema 1.83 *1.84. Problema 1.80 A junta está presa por dois parafusos. Determine o diâmetro exigido para os parafusos se a tensão de ruptura cisalhamento para para os parafusos for r,uFSr ==3502,5.MPa. Use por um fator de segurança cisalhamento 1.81. 80 kN 3 0mm� �r3omm O tamanho do cordão de solda é a = 8 mm Conside­ rando que a junta falhe por cisalhamento em ambos os lados do bloco ao longo do plano sombreado, que é a menor seção transversal, determine a maior força P que pode ser aplicada à chapa. tensão de cisalhamento admissível para o mate­ rial da solda é Tadm = 100 MPa. Problema 1.84 1.85. . A 40 40 kN Problema 1.81 1.82. As hastes AB e CD são feitas de aço cuja tensão de ruptura por tração é a,ur = 510 MPa. Usando um fator de se­ gurança FS = I ,7.5 para tração, determine o menor diâmetro das hastes de modo que elas possamporsuportar mostrada. Considere que a viga está acoplada pinos aemcarga Ae C. 8 r' 'D 6 kN 1.86. O parafuso de olhal é usado para sustentar a carga de 25 kN. Determine seu diâmetro d com aproximação de múl­ tiplos de 5 mm e a espessura exigida h com aproximação de múltiplos de 5 mm do suporte de modo que a arruela não pe­ netre ou cisalhe A tensão normal admissível para o parafuso é aactom suporte. = 150 MPa e a tensão de cisalhamento admissível para o material do suporte é radm = 35 MPa. Problema 1.82 uma chaveta eixo eteumaao cabo, força vertical aplicada perpendicularmen determine a sível para a chaveta f rd se a MPa.de cisalhamento admis­ 1.83. Problema 1.85 A manivela está presa ao eixo A por de de 200 N for dimensão o 25 Tadm mm. Se tensão = 35 de for fixo Problema 1.86 40 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A estrutura está sujeita a carga de 8 kN. Determine o diâmetro exigido para os pinos em A e B se a tensão de cisalhamento admissível para o material for r dm = 42 MPa. O pino A está sujeito a cisalhamento duplo, a� passo que o pino B está sujeito a cisalhamento simples. 1.87. 8 kN 1,5 m �- + 1 5m- A lança é suportada pelo cabo do guincho com diâmetro de 6 mm com tensão normal admissível <Tadm = 168 MPa. De­ termine a maior carga que pode ser suportada sem provocar a ruptura do cabo quando () = 30° e cp = 45°. Despreze o tamanho do guincho. 1.91. A lança é suportada pelo cabo do guincho cuja ten­ são normal admissível é <Tadm = 168 MPa. Se a lança tiver de levantar lentamente uma carga de 25 kN, de () = zoo até () = 50°, determine o menor diâmetro do cabo com aproxi­ mação de múltiplos de 5 mm. O comprimento da lança AB é 6 m. Despreze o tamanho do guincho. Considere d = 3,6 m. 1.90. B - 1,5 m Problema 1.87 -1 *1.88. Os dois cabos de aço AB e AC são usados para suportar a carga. Se ambos tiverem uma tensão de tração admissível <Tadm = 200 MPa, determine o diâmetro exigido para cada cabo se a carga aplicada for P = 5 kN. Problemas 1.90/91 A estrutura está sujeita ao carregamento distribuído de 2 kN/m. Determine o diâmetro exigido para os pinos em A e B se a tensão de cisalhamento admissível para o material for radm = 100 MPa.Ambos os pinos estão sujeitos a cisalha­ mento duplo. *1.92. p Problema 1.88 Os dois cabos de aço AB e AC são usados para su­ portar a carga. Se ambos tiverem uma tensão de tração admissível <Tadm = 180 MPa, e se o cabo AB tiver diâmetro de 6 mm e o cabo AC tiver diâmetro de 4 mm, determine a maior força P que pode ser aplicada à corrente antes que um dos cabos falhe. 1.89. Problema 1.92 Determine as menores dimensões do eixo circular e da tampa circular se a carga que devem suportar é P = 150 kN. A tensão de tração, a tensão de apoio e a tensão de cisa­ lhamento admissíveis são (<T) adm = 175 MPa, (<T) adm = 275 MPa e <Tadm = 115 MPa. 1.93. p Problema 1.89 TENSÃO rk P= O conjunto consiste em três discos A, B e C usados para suportar de 140o diâmetro kN. Determine o menor diâ­ metro d1 do discoa carga superior, d2 do espaço entre os apoios e o diâmetro d3 do orifício no disco inferior. A tensão de apoio admissível para o material é (a d ) = 350 MPa e a tensão de cisalhamento admissível é •: lz5 MPa. 150 kN 1.97. d� 1--' - - l l d2 = 30 mm 1-=--- d, � 41 ] t r-- ractm 140 kN t Cr . . Problema 1.93 ·. i· 8 · . ·· · dl � 11� d3 .•. . . · · � .. ��+ 20 mm �. -�- dz �--- lO mm 1.97 Se a tensão de apoio admissível para o material sob os L98. As tiras A e B devem ser coladas com a utilização das apoi os em Adeeapoio B forqu(a�d) d� 2,8 MPa, determine os tamanhos das chapas r das A' e B' exigidos para suportar a duas tiras C e D. Determine a espessura exigida t para C e carga. Considere dimensão das chapas deverá ter D de modo que todas as tiras falhem simultaneamente. A aproximação de lOP =mm.7,5AskN.A reações nos apoios são verticais. largura das tiras A e B é 1,5 vez a das tiras e D . 1.95. Se a tensão de apoio admissível para o material sob os 30 mm 30 mm a carga MPa, determinetransversais em A e B forser(aap)íld��da 2,8à viga. apoios 't +-i As seções quedaspode máxima 40 N '--....c _..;;_ ...;J:� B � � de apoio A' e B' são 50 mm 50 mm chapas quadradas e 100 mm 100 mm, respectivamente. 1.98 15 kN 1.99. Se a tensão de apoio admissível para o material sob os apoios em A e B for (a' )"qd�� = 2,8 MPa, determine os ta­ 10 kN lO kN lO kN manhos das chapas de apoi� adradas A' e B' exigidos para suportar a carga. A dimensão das chapas deve ter aproxi­ 2,5 m � l ,5 m- 1,5 m_,. mação de múltiplos de 10 mm. As reações nos apoios são verticais. Considere P = 7,5 kN. 1.94. Problema = C D P = A X X I Problema p - p A Problemas 1.94/95 B a área da seção transversal exigida para o elementoDetermine e os diâmetros exigidos para os pinos em A e B sede acisaltensão normal admissível for aadm = 21 MPa e a tensão hamento for 28 MPa. ' 1.96. \----� 4,5 m-----+-� BC radm = c Problema 1.99 '1.100. Se a tensão de apoio admissível para o material sob osmáxima apoios emqueApode e B ser for apl(a,,i)cada adm = 2,8 MPa, determine a carga à viga. As seções transversais quadradas das chapas de apoio A' e B' são 50 mm 50 mm e 100 mm 100 mm, respectivamente. P 7,5kN X X 1 ,2 m Problema 1.96 p lO kN/m ""��---.-r��� 1---·�-� 4,5 m Problema 1.100 2,25 m 42 RESISTÉ'.NCIA DOS MATERIAIS O conjunto de pendurai é usado para suportar um carregamento distribuído w = 12 kN/m. Determine a tensão de cisalhamento média no parafuso de 10 mm de diâmetro em A e a tensão de tração média na haste AB, com diâmetro de 12 mm Se a tensão de escoamento por cisalhamento para o pa­ rafuso for T0 = 175 MPa e a tensão de escoamento por tração para a haste for ue = 266 MPa, determine o fator de segurança em relação ao escoamento em cada caso. 1.101. . dimensões w e t tais que a área bruta da área da seção trans­ versal seja wt = 1.250 mm2 e a carga P seja máxima. Qual é essa carga máxima? Considere que o orifício na barra tem o mesmo diâmetro do pino. p Problemas 1.103/104 A viga composta de madeira está interligada por um parafuso em B. Considerando que os acoplamentos em A, B, C e D exerçam somente forças verticais na viga, determine o diâmetro exigido para o parafuso em B e o diâmetro externo exigido para as respectivas arruelas se a tensão de tração admis­ sível para o parafuso for (u)actm = 150 MPa e a tensão de apoio admissível para a madeira for (u)actm = 28 MPa. Considere que o orifício das arruelas tem o mesmo diâmetro do parafuso. 1.105. 1----- 1,2 m ---->-��- 0,6 m ----1 Determine a intensidade w da carga distribuída má­ xima que pode ser suportada pelo conjunto de pendurai de modo a não ultrapassar uma tensão de cisalhamento admis­ sível de ractm = 95 MPa nos parafusos de 10 mm de diâmetro em A e B e uma tensão de tração admissível de uactm = 155 MPa na haste AB de 12 mm de diâmetro. 2 kN 3 kN Problema 1.101 1.102. Problema 1.105 1.106. A barra é mantida em equilíbrio por pinos em A e B. Observe que o apoio em A tem uma única orelha, o que envolve cisalhamento simples no pino, e o apoio B tem ore­ lha dupla, o que envolve cisalhamento duplo. A tensão de cisalhamento admissível para ambos os pinos é ractm = 150 MPa. Se uma carga uniformemente distribuída w = 8 kN/m for colocada sobre a barra, determine sua posição admissível mínima x em relação a B. Cada um dos pinos A e B tem diâ­ metro de 8 mm Despreze qualquer força axial na barra. 1.107. A barra é mantida em equilíbrio pelos apoios de pino em A e B. Observe que o apoio em A tem uma única orelha, o que envolve cisalhamento simples no pino, e o apoio B tem orelha dupla, o que envolve cisalhamento duplo. A tensão de cisalhamento admiSSÍVel para ambos OS pinos é Tadm = 125 MPa. Se x = 1 m, determine a carga distribuída máxima w que a barra suportará. Cada um dos pinos A e B tem diâme­ tro de 8 mm. Despreze qualquer força axial na barra. . I----- 1,2 m ----..11--- 0,6 m ---j Problema 1.102 1.103. A barra é suportada pelo pino. Se a tensão de tração admissível para a barra for (u)actm = 150 MPa e a tensão de cisalhamento admissível para o pino for ractm = 85 MPa, de­ termine o diâmetro do pino para o qual a carga P será máxi­ ma. Qual é essa carga máxima? Considere que o orifício na barra tem o mesmo diâmetro d do pino. Considere também t = 6 mm e w = 50 mm. *1.104. A barra está acoplada ao suporte por um pino de diâmetro d = 25 mm Se a tensão de tração admissível para a barra for (u)actm = 140 MPa e a tensão de apoio admissível entre o pino e a barra for (uJactm = 210 MPa, determine as . Problemas 1.106/107 TENSÃO 43 A barra é mantida em equilíbrio pelos apoios de que o apoio em A tem uma úni­ em ino A e B. Observe cisalham ento simples no pino, e o que envolve �a orelha, o orelha volve cisalhamento �upl�. � e que o dupla, apoio B tem . el para ambos os pmos e adm1ss1v ento cisalham de A tensão 125 MPa. S e x = 1 m e w = 12 kN/m, determine o me0'�; diâmetro exigido para os pinos A e B. Despreze qualquer força axial na barra. '1.108. T == a carga é distribuída nas partes superior e inferior do pino como mostra o diagrama de corpo livre. Determine a carga máxima P que o acoplamento pode suportar se a tensão de cisalhamento admissível para o material for '�'actm = 56 MPa e o diâmetro do pino for 12,5 mm. Determine também as intensidades das cargas IV1 e w2• p Problema 1.108 2 O pino está submetido a cisalhamento duplo, visto que é usado para interligar os três elos. Devido ao desgaste, a carga é distribuída nas partes superior e inferior do pino como mostra o diagrama de corpo livre. Determine o diâ­ metro d do pino se a tensão de cisalhamento admissível for 49 kN. Determine também as '�'adm = 70 MPa e a carga P intensidades das cargas IV1 e IV2• 1.109. = Problema 1.110 A chaveta é usada para manter as duas hastes juntas. Determine a menor espessura t da chaveta e o menor diâme­ tro d das hastes. Todas as partes são feitas de aço com tensão de ruptura por tração = 500 MPa e tensão de ruptura por cisalhamento 375 MPa. Use um fator de segurança (FS)1 = 2,50 em tração e (FS), = 1,75 em cisalhamento. 1.111. p urup '�'rup = p p 2 2 Problema 1. 109 1.110. O pino está submetido cisalhamento duplo, visto que é usado para interligar os três elos. Devido ao desgaste, a Problema 1.111 44 RESISTtoNCIA DOS MATERIAIS �������m �� ��]1,�11WI"� "� � "" "' $ :; � � ., _;� : � : "'= -� );/ '" G d � A X " ti � � "� "' "" � " � - � � As carga internas em um corpo consis­ � Momento de torção T tem em uma força normal, uma força de cisalhamento, um momento fletor e um momento de torção. Elas represen­ tam as resultantes de uma distribuição de tensão normal e de tensão de cisa­ "i.Fx = O "i.Fy = O !,Fz = O "i.Mx = O "i.My = O "i.Mz = O lhamento que agem na seção transver­ sal. Para obter essas resultantes, use o método das seções e as equações de equilíbrio. Se uma barra for feita de um material isotrópico homogêneo e submetida a uma série de cargas axiais externas que passam pelo centroide da seção trans­ versal, então uma distribuição de tensão normal uniforme agirá sobre a seção transversal. Essa tensão normal média pode ser determinada por u = PIA, onde P é a carga axial interna na seção. (T Força de císalhamento Momento fletor p = A A tensão de cisalhamento média pode ser determinada por rméd = VIA, onde V é a força de cisalhamento resultante na área da seção transversal A. Essa fórmula é frequentemente usada para determinar a tensão de cisalhamento média em elementos de fixação ou em peças usadas para acoplamentos. O projeto de qualquer acoplamento simples exige que a tensão média ao longo de qualquer seção transversal não ultrapasse um fator de segurança ou um valor admissível de uadm ou '�"adm' Esses valores são apresentados em normas ou padrões e são considerados seguros com base em testes experi­ mentais ou por experiência. , � � Tméd = FS = O'rup O'adm v A = 'Trup 7adm TENSÃO 45 o parafuso longo passa pela chapa de 30 mm de es­ 1.115. O punção circular B exerce uma força de 2 kN na a força na haste do parafuso �or 8 k�, determine parte superior da chapa A. Determine a tensão de cisalha­ Se a. ; ssu p� haste, a tensao de cisal.hamento mento média na chapa provocada por essa carga. a tensão normal média nacilíndrica da chapa defimda pelas área da o me'dia ao long 2 kN lhamento me'dIa' na cacisa de tensão a e a-a corte de r has ��ça do parafuso ao longo da área cilíndrica definida pelas tinhas de corte b-b. +1 112 · 1 b j b 8 kN 18 mm P1·oblema 1.115 Problema 1.112 A sapata de apoio consiste em um bloco de alumínio de 150 mm por 150 mm que suporta uma carga de compres­ são de 6 kN. Determine a tensão normal média e a tensão de cisalhamento média que agem no plano que passa pela seção a-a. Mostre os resultados em um elemento de volume inri nitesimal localizado no plano. t. ll3. O cabo tem peso específico y (peso/volume) e área de seção transversal A. Se a flecha s for pequena, de modo que o comprimento do cabo seja aproximadamente L e seu peso possa ser distribuído uniformemente ao longo do eixo horizontal, determine a tensão normal média no cabo em seu ponto mais baixo C. *1.116. a Problema 1.116 1.117. A viga AB é suportada por um pino em A e também por um cabo BC. Um cabo separado CG é usado para manter a estrutura na posição vertical. Se AB pesar 2 kN/m e o peso da coluna FC for 3 kN/m, determine as cargas internas resultantes que agem nas seções transversais localizadas nos pontos D e E. Despreze a espessura da viga e da coluna nos cálculos. a Problema 1.113 Determine as cargas internas resultantes que agem nas seções transversais que passam pelos pontos D e E da estrutura. 1.114. I I G 1--- 0,9 m -+-�- 1,5 m Problema 1.114 1--�-� 3,6 -�- m ---Problema 1.117 46 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS O tubo de concreto de 3 Mg está suspenso por três 1.119. O acoplamento de gancho e haste está sujeito a uma cabos. Se os diâmetros de BD e CD forem 10 mm e AD ti­ força de tração de 5 kN. Determine a tensão normal média ver diâmetro de 7 mm, determine a tensão normal média em em cada haste e a tensão de cisalhamento média no pino A entre os elementos. cada cabo. 1.118. S kN 40 mm S kN Problema 1.119 Problema 1.118 ef r maça OBJ ETJVOS DO CAP ÍTULO é especificada pelo conceito da deformação normal e por ci sa­ Em engenharia, a deformação de u m corpo e mostraremos como e las podem ser determ inadas l ha mento. Neste capítulo, definiremos essas q uantidades para vários ti pos de probl emas . 2.1 D efo rmaçã o Sempre que uma força é aplicada a u m corpo, esta tende a mudar a forma e o tamanho dele. Essas mu­ danças são denominadas deformações e podem ser altamente visíveis ou praticamente imperceptíveis se não forem utilizados equipamentos que façam medi­ ções p recisas. Por exemplo, uma tira de borracha so­ frerá uma grande deformação quando esticada. Por outro lado, os elementos estruturais de um edifício sofrem apenas leves deformações quando há muitas pessoas anelando dentro dele. Também pode ocorrer deformação em um corpo quando há mudança de temperatura. Um exemplo típico é a expansão ou contração térmica de um telhado causada pelas con­ dições atmosféricas. De modo geral, a deformação de um corpo não será uniforme em lodo o seu volume e, p ortanto, a mudança na geometria de cada segmento de reta no interior do corpo pode variar ao longo de seu comprimento. Por exemplo, uma parte da reta pode se alongar, ao passo que outra porção pode se contrair. Se considerarmos segmentos de reta cada vez mais curtos, eles ficarão aproximadarnente mais retos após a deformação e, port anto, para um estudo mais uniforme das mudan­ ças provocadas por deformação, consideraremos que as reta s são m uito cu rtas e localizadas na vizinhança de um ponto. Com isso, p e rce be mos que a quantidade da em qualquer s e g m e n to de reta localiza­ do t:m um ponto distinto do corpo será diferente da obser·vada em outro ponto. Além disso, essas também da orient aç ão do segem questão. Por exemplo, um se alongar se estiver orientado em uma a o passo q ue pode contrair-se, caso orientado em outra 2.2 Con ceito d e defo rm a çã o Para descrever a deformação por meio de mu­ danças no comprimento de segmentos de reta e nos ângulos entre eles, desenvolveremos o conceito de deformação. De fato, as medições de deformação são experimentais e, uma vez obtidas, podem ser relacio­ nadas com as cargas aplicadas, ou tensões, que agem no interior do corpo, o que mostraremos a seguir. Defo rmação n o rm a l . O alongamento ou con­ tração de um segmento de reta por unidade de com­ primento é denominado deformação normal. Para desenvolver uma definição formal da deformação normal, considere a reta AB, contida no interior do corpo não deformado mostrado na Figura 2.1a. Essa reta se encontra ao longo do eixo n e tem um compri­ mento original b.s. Após a deformação, os pontos A e B são deslocados para A ' e B ' , e a reta torna-se uma curva de comprimento b.s' (Figura 2.1b ) . Portanto, a mudança no comprimento da reta é b.s' - b.s. Se defi­ nirmos a deformação normal média usando o símbolo Eméct( epsílon), então Eméd = b.s' - b.s b.s (2.1) À medida que escolhemos o ponto B cada vez mais próximo do ponto A, o comprimento da reta fica cada vez menor, de modo tal que b.s � O. Desta maneira, B ' aproxima-se d e A ' , d e forma que b.s' � O . Por conse­ quência, no limite, a deformação normal no ponto A e na direção de n é E b.s' - b.s = B --> A lim ao longo de n b.s (2.2) 48 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Defo rmaçã o por cisalh a mento. A mudança que ocorre no ângulo entre dois segmentos de reta que originalmente eram perpendiculares um ao outro é de­ nominada deformação por cisalhamento. Esse ângulo é representado por y (gama) e medido em radianos (rad). Para mostrar como isso se desenvolve, consi­ dere os segmentos de reta AB e AC que se originam no mesmo ponto A de um corpo e estão direcionados ao longo dos eixos perpendiculares n e t (Figura 2.2a). Após deformação, as extremidades das retas são des­ locadas, e as próprias retas transformam-se em curvas, de modo tal que o ângulo entre elas em A é {}' (Fi­ gura 2.2b) . Por consequência, definimos a deformação por cisalhamento no ponto A associada aos eixos n e t como Corpo não deformado (a ) 1T rIm e' 'Ynt = - 2 B --> A ao longo de n C -> A ao longo de t (2.4) Observe que, se 8' for menor do que 1rl2, a defor­ mação por cisalhamento é positiva, ao passo que se {}' for maior do que 1rl2, então a deformação por cisalha­ mento é negativa. Corpo deformado (b) Figma 2.1 Se a deformação normal for conhecida, podemos usar essa equação para obter o comprimento final aproximado de um segmento curto de reta na direção de n após a deformação. Temos (2.3) Por consequência, quando E é positivo, a reta inicial se alongará, ao passo que, se E for negativo, a reta se contrairá. Corpo não deformado (a ) c U n idades. Observe que a deformação normal é uma quantidade adimensional, visto que é uma razão entre dois comprimentos. Apesar disso, é prática comum expressá-la em termos de uma razão entre unidades de comprimento. Se usarmos o Sistema Internacional de Unidades de Medida (SI), as unidades básicas serão me­ tros/metro (mim). Na prática, na maioria das aplicações de engenharia, E será muito pequena, portanto as me­ didas de deformação serão expressas em micrômetros por metro (p,mim), onde 1 p,m = 10-6 m. Às vezes, em trabalho experimental, a deformação é expressa como porcentagem, por exemplo, 0,001 mim = 0,1 % . Uma de­ formação normal de 480(10- 6) pode ser expressa como 480 p,mim, ou 0,0480% , e também podemos indicar essa resposta simplesmente como 480 /L (480 "micros"). ( c r c s c (I v Corpo deformado (b) Figura 2.2 11 d p c DEFORMAÇÃO 49 os ângulos de cada lado. Assim, pela Equação 2.3, !::.s ' (1 + E)!::.s em relação às retas LU, .:ly e .:lz, os com­ primentos aproximados dos lados do paralelepípedo são z = (1 + E)Llx e os ângulos aproximados entre os lados, mais uma vez definidos originalmente pelos lados Llx, .:ly e Llz, são X 2 - Yxy 7T' ( a) Corpo não deformado (b) (1 + Ey)dy Elemento deformado (c) Figura 2.3 Componentes cartesianas da d eformação. Usando as definições anteriores de deformação normal e deformação por cisalhamento, mostraremos agora como elas podem ser usadas para descrever a defor­ mação do corpo (Figura 2.3a). Para isso, imagine que o corpo está subdividido em pequenos elementos como o mos�rado �a Figura 2.3b. Esse elemento é retangular, suas d1mensoes, quando não deformado, são LU, .:ly e 6z e ele está localizado na vizinhança de um ponto no corpo (Figura 2.3a). Considerando que as dimensões do elemento são muito pequenas, sua forma, quando d�formado, será a de um paralelepípedo (Figura 2.3c), VIst o que segmentos de reta muito pequenos perma­ nec erão aproximadamente retas após a deformação do co�po. Para chegar a isso, temos de considerar, em . pnmeuo lugar, como a deformação normal muda os compn. mentos dos lados do elemento retangular e em ' segUI'da, como a deformação por cisalhamento muda 2 - Yyz 7T' 2 - Yxz 7T' Observe, em particular, que as deformações nor­ mais causam uma mudança no volume do elemento retangular, ao passo que deformações por cisalhamen­ to provocam uma mudança em sua forma. É claro que ambos os efeitos ocorrem simultaneamente durante a deformação. Então, resumindo, o estado de deformação em um ponto de um corpo exige a especificação de três de­ formações normais, EX, Ey e EZ , e três deformações por cisalhamento, yxy, yyz e yxz . Essas deformações descrevem completamente a deformação de um elemento de volume retangular do material localizado no pon­ to e orientado de modo que seus lados são original­ mente paralelos aos eixos x, y, z. Uma vez definidas essas deformações em todos os p ontos no corpo, a forma deformada do corpo poderá ser descrita. De­ vemos acrescentar, ainda, que, conhecido o estado de deformação em um ponto, definido por suas seis com­ ponentes, é possível determinar as componentes da deformação em um elemento orientado no ponto em qualquer outra direção. Discutiremos essa questão no Capítulo 10. Análise de pequenas deformações. A maio­ ria dos projetas de engenharia envolve aplicações para as quais são permitidas somente pequenas deforma­ ções. Por exemplo, quase todas as estruturas e máqui­ nas parecem ser rígidas, e as deformações que ocorrem durante a utilização dificilmente são percebidas. Além disso, ainda que a deflexão de um elemento como uma chapa fina ou haste delgada seja aparentemente gran­ de, o material de que ele é feito poderá estar submeti­ do somente a deformações muito pequenas. Portanto, neste livro, consideraremos que as deformações que ocorrem no interior de um corpo são quase infinitesi­ mais, de modo que as deformações normais que ocor­ rem dentro do material são muito pequenas em com­ paração com a unidade (ou seja, comparadas a 1), isto é, E << 1 . Esta premissa, baseada na intensidade da de­ formação, tem ampla aplicação prática na engenharia e, em geral, é denominada análise de pequenas defor­ mações. Como exemplo, ela permite as aproximações sen e = e, cos e = 1 e tg e = e, contanto que e seja muito pequeno. 50 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS X !i%!RY"" �"" � ""'�w::;{ *";;, � if!b:':J;;>'I" � :fi""- = "'"'�ff>-� - M ;;"""' ��'!% = """'0 � � -"' ""� """ 80 � �, """ = , �� �- "" � � "'� -=- " �� � � �� "' s"'=� Cargas provocarão deformações em todos os corpos materiais e, como t�âíxltado , os pOntos no corpo.sofrerão d�slocamentos ou mudanças de posição. . pequeno sçgme1:1to di;\teta no corpo, ao " Deformação normal.é uma medida do alongament o ou contração de passo que deformação par cisathamentÇJ é u�a medida da mud an ça que ocorre 110. ânguloentre dois segn1�nt os de reta pequenos originalmente perpendiculares wna.ó outro. . . • • O estado de deformação em um ponto é caracterizado p or seis componentes da deformaç�o�três d eform 1,1 ções nor· mais, ex, eY, e, e três deformações por cisalhamento, 'Yxy' 'Yyz e 'Y.,�· Essas conwone,ntes dependem da ori�utação dos segmentos de reta e de sua lo calização no corpo. . . . . .. .. •.. . • D eformação é a quantidade geométrica medida por técnicas exp erimentai Uma :vez obtida pode-se determinar a tensão no corpo pelas r elaçõe entre as propriedades do material. • A maioria do materiais de engenharia sofre pequenas deformações e, portanto, uma defornüj.ção normal e << 1. Essa premissa da " análise de pequenas deformações''permite a simpll.ficaç o dos cálculos da deformação normal, já que é p o sível fazer aproximações de prime ira ordem em relação ao seu t aman ho " " "' o; � " " « <» f "" , " «, « "" " "' "F • "" Uli:l . . s s :t= m��m�s 1 1\11 111�RW��mms "' . ·.·. .s . · ·. . · .... . .., . ã s . c ""' . . Portanto, o deslocamento da extremidade da haste é L1 = 0,20239 m - 0,2 m = 0,00239 m = 2,39 mm L A haste delgada mostrada na Figura 2.4 é submetida a um aumento de temperatura ao longo de seu eixo, o que Resposta cria uma deformação normal na haste de ez 40(10-3)z 112, onde z é dado em metros. Determine (a ) o deslocamento da Parte (b). A deformação normal média na haste é determi­ extremidade B da haste devido ao aumento de temperatura nada pela Equação 2.1, a qual considera que a haste ou "seg­ mento de reta" tem um comprimento original de 200 mm e uma e (b) a deformação normal média na haste. mudança no comprimento de 2,39 mm Por consequência, 8 = . Eméd = L1s' - Lls , us = 2,39 mm = 0,0119 mm/mm 20O mm Resposta Figura 2.4 SOLUÇÃO Parte (a). Visto que a deformação normal é dada em cada ponto ao longo da haste, um segmento diferencial dz, locali­ zado na posição z (Figura 2.4) terá um comprimento defor­ mado que pode ser determinado pela Equação 2.3; isto é, Uma força que a tua na empunhadura do cabo da alavan­ ca mostrada na Figura 2.5a provoca uma rotação no cabo da alavanca de 8 0,002 rad em sentido horário. Determine a deformação normal média desenvolvida no cabo BC. = .i (I· 1----- 1 m ----!I---JH i \t _ c �� -�ar--�������-=!<IJ A soma total desses segmentos ao longo do eixo dá como resultado o comprimento deformada da haste, isto é, 0,2 m z' = ro [1 J + 40(10-3)z112] dz = z + 40(10-3)(� r/2) 18,2 m = 0,20239 m (a) Figura 2.5 B T .til O,S m DEFORMAÇÃO Visto que 'Yx figura. Assim,y 1.---- 1 m-----1 c 'Yxy = = -l( tg Trl2 - 51 O', então 'Yxy é o ângulo mostrado na 3 mm 250 mm - 2 mm ) = 0,0121 rad Resposta y (b) Figura 2.5 (cont.) SOLUÇÃO Visto que O = 0,002 rad é um ângulo pequeno, o alonga­ mento do cabo CB (Figura 2.5b) é BB ' 0(0,5 m) (0,002 rad)(0,5 m) 0,001 m. Portanto, a deformação normal mé­ dia no cabo é 0,001 m = 0 ,001 m/m BB' = Resposta Eméd = 1m CB = = = B --j_b_ T r------------------�7J::n I I I 250 mm / 3 mm 1 ) L I I �"��-]/ ;1 I r------ 300 mm -------1 C ____________ A / I _; _____ �. ' . .�� ,, � ___ X (a) � h2 mm T 1 3 mm I/ r� 250 mm I A chapa é deformada até a forma representada pelas li­ nhas tracejadas mostradas na Figura 2.6a. Se, nessa forma deformada, as retas horizontais na chapa permanecerem horizontais e seus comprimentos não mudarem, determine (a) a deformação normal ao longo do lado AB e (b) a de­ formação por cisalhamento média da chapa em relação aos eixos x e y. SOLUÇÃO A reta AB, coincidente com o eixo y, torna-se a reta após a deformação, como mostra a Figura 2.6b. O comprimento desta reta é Parte (a). AB ' AB' = Y(250 - 2) 2 + (3) 2 = 248,018 mm Portanto, a deformação normal média para AB é ( � As ) méd = " = AB' - AB AB 248,018 mm - 250 mm _ -_ 250 mm -7,93(10-3) mm/mm A (b) y ,_,li-J t� B / f- 3 mrn --------------- l� 250 mm - I 1 1 --�� ---x I � L- � A 7 .. . ------ ,';fi � C (c) Figura 2.6 Resposta O sinal negativo indica que a deformação causa uma con tração de AB. A chapa mostrada na Figura 2.7a é fixa ao longo de AB Parte (b). Como observamos na Figura 2.6c, o ângulo BAC e presa por guias horizontais rígidas nas partes superior e entre os lados da chapa, em relação aos eixos x, y, que antes inferior, AD e B C. Se o lado direito da chapa, CD, sofrer era 90°, muda para O' devido ao deslocamento de B para B ' . um deslocamento horizontal uniforme de 2 mm, determine 52 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS y X 'Yx y 7T =2 - 1,58404 rad -0,0132 rad Resposta = De acordo com a convenção de sinais, um sinal negativo indica que o ângulo e' é maior que 90°. OBSERVAÇÃO: Se os eixos x e y fossem horizontal e verti­ cal no ponto E, não haveria nenhuma deformação normal na direção y e uma deformação normal na direção x. Os eixos continuariam perpendiculares um ao outro e, portanto, devi­ do à deformação, 'Yxy = O no ponto E. JlU��m�qm��s � �v=;;� "' � """"' Si!!'"' ''\, � " ;;; �" ;;/'- : � "" � "' % X , � "'= ��� -d � O diâmetro de um balão de borracha cheio de ar é 150 mm. Se a pressão do ar em seu interior for aumentada até o diâmetro atingir 175 mm, determine a deformação nor­ mal média na borracha. 2.2. O comprimento de uma fita elástica delgada não esti­ (b) cada é 375 mm. Se a fita for esticada ao redor de um cano de Figura 2.7 diâmetro externo 125 mm, determine a deformação normal (a) a deformação normal média ao longo da diagonal AC média na fita. e (b) a deformação por cisalhamento em E em relação aos 2.3. A barra rígida é sustentada por um pino em A e pelos eixos x, y. cabos BD e CE. Se a carga P aplicada à viga provocar um des­ locamento de 10 para baixo na extremidade C, determine a SOLUÇÃO deformação normal desenvolvida nos cabos CE e BD. Parte (a). Quando a chapa é deformada, a diagonal AC torna-se AC' (Figura 2.7b ). Os comprimentos das diagonais AC e AC' podem ser determinados pelo teorema de Pitá­ goras. Temos 2.1. mm V(O,l50? + (0,150) 2 = 0,21213 m AC' = V(0,150) 2 + (0,152? = 0,21355 m AC = Portanto, a deformação normal média ao longo da dia­ gonal é _ ( EAc ) méd - AC' - AC AC _ - 0,21355 m - 0,21213 m 0,21213 m Pmblema 2.3 O diâmetro da parte central do balão de borracha é 100 mm. Se a pressão do ar em seu interior provocar o aumento do diâmetro do balão até d = 125 mm, determine a Parte (b). Para obter a deformação por cisalhamento em deformação normal média na borracha. E em relação aos eixos x e y, em primeiro lugar, é necessário determinar o ângulo ()', que especifica o ângulo entre esses eixos após a deformação (Figura 2.7b ). Temos = (r[_) tg 2 0,00669 mm/mm Resposta *2.4. d= 76 mm 75 mm e' = 90,759° 1�o (90,759°) 1,58404 rad = = = Aplicando a Equação 2.4, a deformação por cisalha­ mento em E é, portanto, 11 Problema 2.4 (' DEFORMAÇÃO pino em A e pelos A viga rígida é sustentada pora um . vtga a 1' d ' for des1 ocada 10 tca ap P carga · Se a e a deformaçao normal cabos BD e CE · desenvo1Vl-· determin xo mm para bal ' D. e B CE os cab da nos 2.6. A viga rígida é sustentada por um pino. e� A e p�los admt�stvel maxtma cabos BD e CE. Se a deformação normaldetermme o deslocamrnlmm, em cada cabo for E = O 002 P. da carga mo mento vertical máxi 2.5. - máx ' 53 r e-( f�::.=. ' �""!""-� p �r _j 300 mm Problemas 2.8/9 2.10. O cabo AB não está esticado quando (} = 45o . Se uma carga vertical for aplicada à barra AC e provocar a mudança do ângulo para (} = 47°, determine a deformação normal no Problemas 2.5/6 cabo. 2.7. Os dois cabos estão interligados em A . Se a força P 2.11. Se a carga aplicada à barra AC provocar o deslo­ provocar um deslocamento horizontal de 2 mm no ponto camento do ponto A para a esquerda de uma quantidade A, determine a deformação normal desenvolvida em 11L, determine a deformação normal no cabo AB. Origi­ cada cabo. nalmente, (} = 45 o . em Problemas 2.10/11 Problema 2.7 '2.12. A forma original de uma peça de plástico é retan­ a ião con­ gular. Determine a deformação por cisalhamento l'xy nos CBD um cabo fl í el AB. Se cantos A e B se o plástico se distorcer como mostram as linhas tracejadas. 2.13. A forma original de uma peça de plástico é retangu­ cabo não est á esticado. lar. Determine a deformação por cisalhamento y nos can­ controle par a u m avião consiste tos D e C se o plástico se distorcer como mostraci as linhas CBD um cabo tlexível AB. Se uma tracejadas. ex.tremidade D do elemento provocar 2.14. A forma original de uma peça de plástico é retangu­ lt'ft>rnrHu·lln normal no cabo de mm/mm, deterIar. Determine a deformação normal média que ocorre ao dc:Sit)carnellto do D. Em sua original , o longo das diagonais AC e DB. de controle para um e v ex v c 54 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O quadrado deforma-se até chegar à posição mostra­ da pelas linhas tracejadas. Determine a deformação normal média ao longo de cada diagonal, AB e CD. O lado D' B' permanece horizontal. 2.18. 3 mm Problemas 2.12/13/14 Originalmente, o cabo de ancoragem AB de uma es­ trutura de edifício não está esticado. Devido a um terremoto, as duas colunas da estrutura inclinam-se até um ângulo () zo. Determine a deformação normal aproximada do cabo quan­ do a estrutura estiver nessa posição. Considere que as colunas são rígidas e giram ao redor de seus apoios inferiores. 2.15. = Problema 2.18 O quadrado deforma-se até chegar à posição mos­ trada pelas linhas tracejadas. Determine a deformação por cisalhamento em cada um de seus cantos, A, B, C e D. O lado D' B' permanece horizontal. 2.19. JJ, Problema 2.15 *2.16. Os cantos da chapa quadrada sofrem os deslocamen­ tos indicados. Determine a deformação por cisalhamento ao longo das bordas da chapa em A e B. 2.17. Os cantos da chapa quadrada sofrem os deslocamen­ tos indicados. Determine as deformações normais médias ao longo do lado AB e das diagonais AC e DB. y Problema 2.19 O bloco é deformado até chegar à posição mostrada pelas linhas tracejadas. Determine a deformação normal mé­ dia ao longo da reta AB. *2.20. 7,5 mm Problemas 2.16/17 3 mm \1 -----------, B Problema 2.20 DEFORMAÇÃO 55 longo do eixo x é jadas. Determine a deformação normal média ao longo da Um cabo fino que se encontruma ao de seus pontos sofre diagonal D B e do lado AD. cada que modo tal de o d f0 rmad 2 ao longo do eixo. Se k for cons­ kx � o ament desloc u� tante, qual é a deformação normal em qualquer ponto P ao longo do cabo? 2 •21. == Problema 2.21 chapa retangular é submetida à deformação mos­ trada pela linha tracejada. Determine a deformação por ci­ salhamento média 'Yxy da chapa. 2.22. A y X Problemas 2.25/26 O material é distorcido até a posição tracejada, como mostra a figura. Determine (a) as deformações normais mé­ dias ex e eY e a deformação por cisalhamento 'Yxy em A e (b) a deformação normal média ao longo da reta BE. *2.28. O material é distorcido até a posição, como mostra a figura. Determine a deformação normal média que ocorre ao longo das diagonais AD e CF. 2.27. b y c r· L � 25 mm Problema 2.22 chapa retangular é submetida à deformação mos­ trada pelas linhas tracejadas. Determine a deformação por cisalhamento média 'Y,y da chapa. '2.24. A chapa retangular é submetida à deformação mos­ trada pelas linhas tracejadas. Determine as deformações normais médias ao longo da diagonal AC e do lado AB. 2.23. A mm 100 mm A f--- 80 mm ----..j F ---"-- X Problemas 2.27/28 2.29. O bloco é deformado até a posição mostrada pelas linhas tracejadas. Determine a deformação por cisalhamento nos cantos C e D. \-- - 1,\J_�_SS."'_m_cc:::! J y 15 mm a retangular. Determine a a se os canD forem submetidos a d{'slocamcntos CJUe provoquem da bmTacha mos t rada linhas tracejadas. 2.26. forma da peça de borracha é retangular e ela submetida mostrada linhas traced a peça de bo rra c h é por cisalhamento m é di 1 0\J, 1 I_ If-- 100 mm --1ID Problema 2.29 X 56 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS comprimento original da barra é 30 mm quando uma deformação normal E 0,0002x ao longo de seu compri­ está reta. Se ela for submetida a uma deformação cisa­ mento, determina mudança no comprimento do cabo. Dica: lhamento definida por 'Yxy = 0,02x, onde x é dado empormilíme­ Para a curva,y =f(x), ds = Vl + (dy/dx)2 • dx. tros, determine o deslocamento Lly na extremidade de sua foi distorcida até anaforma naborda qualinferior. não ocorrebarra alongamento da barra direçãomostrada, x. 2.30. O = y A y= I y 0,02x2 Problema 2.33 fibra AB tem comprimento L e orientação O. Se suas extremidades A e B sofrerem deslocamentos muito pe­ 2.31. raio original do tubo curvado é 0,6 m. Se ele sofrer respectivamente, determine a deformação uA e aquecimento não uniforme que provoque uma deformação quenos normal ao longo de seu comprimento E= 0,05 cosO, determi­ normal na fibra quando ela estiver na posição A 1B 1• ne o aumento no comprimento do tubo. *2.32. Resolva o Problema 2.31 considerando E = 0,08 senO. Problema 2.30 2.34. A O v8, y X Problema 2.34 2.35. Se a deformação normal for definida em relação ao comprimento final, isto é, €1I1 p->p'(JlS1i.J.-SI JlS) = Problemas 2.31/32 rlDl A 2.33. Um cabo fino é enrolado ao longo da superfície cuja em vez de em relação ao comprimento original, Equação 2.2, forma é y 0,02x2, onde x e y são dados em mm. posição mostre diferença entre essas deformações original da extremidade B é x = 250 mm. Se o cabo sofrer da comoqueumatermo de segunda ordem, a saber, €1é-representa­ <, = €1 <· = A Pro r1e a es ecâ n icas dos materia is OBJ ETIVOS DO CAP ÍTU LO básicos de tensão e deformação , mostraremos , neste capítulo, como a Agora que já discutimos os conceitos deformaçã o por meio de métodos experim ent a i s capazes de determ i n a r tens ão pode ser relacionada com a para um m ateria l específico. O comportame nto descrito por esse diagra m a 0 d iagra m a tensão-defo rmação lizados n a engen haria. Di scuti remos, ta m bém, p ropriedades me­ será d iscutido para materia i s comumente uti lvimento da resistênci a dos materi a is. cân ica s e outros ensaios rel acionados com o desenvo 3.1 O ensa i o d e tração e d0 com p ressão A resistência de um material depende de sua ca­ pacidade ele suportar uma carga sem deformação ex­ cessiva ou ruptura. Essa propriedade é inerente ao próprio material e eleve ser determinada por métodos experimentais. Um elos testes mais importantes nesses casos é o ensaio ele tração ou compressão. Embora seja possível determinar muitas propriedades mecâni­ cas importantes ele um material por esse teste, ele é usado primariamente para determinar a relação entre a tensão normal média e a deformação normal média cm m uit os materiais usados na engenharia, como me­ tais, <:erâmicas, polímeros e compósitos. Para executar o ensaio ele tração ou compressão, prepara-se um corpo ele prova elo material com forma c larnanho " padronizados". Antes do teste, duas pe­ quenas marcas são identificadas ao longo do compri­ rncnto elo corpo ele prova. Essas marcas são localizadas longe de ambaH as extremidades do corpo ele prova, porque a d i s tri b ui çã o de te n s ã o nas extremidades é um t a n t o c01nplexa devido au aperto nos acoplamen­ tos on d e a carga é a p l ic ad a . Em seguida, são medidos tran sversa l inici a l d o corpo de prova, a !Í n::a da e o de referência, L0, quc é a distância e n t re as d u as marcas. Por utilizado IlO ensaio de o corpo de prova geral 13 mm e comprimento de 3 . 1 ). Para aplicar-se de u m metal em sem provoca r flexão no corpo ele prot:'ítre'mlthld<:s normalmente são en<:aixaclas em de A le nt a e co n s t ant e , até como para alongar o é proj e t a da para m a n ter esse a longamento = 13 mm Figura 3.1 travessa ----'•.-,w'--��---=.-" superior móvel corpo de prova para ensaio de tração mostrador de carga Figura 3.2 Dados ela carga aplicada P são lidos no mostrador da máquina ou em um mostrador digital e registrados em intervalos frequentes. O alongamento 8 = L - Lo entre as marcas n o corpo de prova também pode ser medido por meio de um calibre ou por um dispositivo mecânico ou ótico denominado extensômetro. Então, esse valor de 8 (delta) é usado para calcular a defor­ mação normal média no corpo de prova. Entretanto, às vezes, essa medida não é tomada, j á que também é possível ler a deformação diretamente por meio ele um extensômetro de resistência elétrica, mostrado na Figura 3.3. A operação desse equipamento baseia-se 58 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Extensômetro de resistência elétrica Figura 3.3 na variação da resistência elétrica em um arame muito fino ou lâmina delgada de metal sob deformação. Em essência, o extensómetro é colado ao corpo de prova em uma direção específica. Se o adesivo for muito for­ te em comparação com o extensómetro, este passará, então, a ser parte integrante do corpo de prova. Assim, quando o corpo de prova for solicitado na direção do extensómetro, o arame e o corpo de prova sofrerão a mesma deformação. Pela medição da resistência elétri­ ca do arame, o extensómetro pode ser calibrado para ler valores de deformação normal diretamente. 3.2 O d i a g ra m a tensã o­ d efo r m a çã o Pelos dados obtidos em um ensaio de tração ou compressão, é possível calcular vários valores da ten­ são e da deformação correspondentes no corpo de prova e, então, construir um gráfico com esses resulta­ dos. A curva resultante é denominada diagrama ten­ são-deformação e, normalmente, ela pode ser descrita de duas maneiras. Diagrama tensão-deformação convencional. Utilizando os dados registrados, podemos determinar a tensão nominal, ou tensão de engenharia, dividindo a carga aplicada P pela área original da seção transver­ sal do corpo de prova, A 0• Esse cálculo considera que a tensão é constante na seção transversal e em toda a região entre os pontos de calibragem. Temos Se os valores correspondentes de a e E forem mar­ cados em um gráfico no qual a ordenada é a tensão e a abscissa é a deformação, a curva resultante é deno­ minada diagrama tensão-deformação convencional. Esse diagrama é muito importante na engenharia por­ que proporciona os meios para se obterem dados so­ bre a resistência à tração (ou compressão) de um ma­ terial sem considerar o tamanho ou a forma física do material, isto é, sua geometria. Entretanto, tenha sem­ pre em mente que dois diagramas tensão-deformação para um determinado material nunca serão exatamen­ te iguais, já que os resultados dependem de variáveis como a composição e as imperfeições microscópicas do material, seu modo de fabricação e a taxa de carga e temperatura utilizadas durante o teste. Agora, discutiremos as características da curva ten­ são-deformação convencional referente ao aço, um material comumente utilizado para fabricação de ele­ mentos estruturais e mecânicos. A Figura 3.4 mostra o diagrama tensão-deformação característico para um corpo de prova de aço obtido pelo método descrito. Por essa curva, podemos identificar quatro modos di­ ferentes de comportamento do material, dependendo do grau de deformação nele induzido. elástico. Ocorre o comportamen­ to elástico do material quando as deformações no cor­ po de prova estão dentro da primeira região mostrada na Figura 3.4. Podemos ver que a curva é na verdade uma linha reta em grande parte dessa região, de mod; que a tensão é proporcional à deformação. Em outras palavras, o material é linearmente elástico. O limite superior da tensão para essa relação linear é denomi­ nado limite de proporcionalidade, a1 • Se a tensão ul­ trapassar ligeiramente o limite de pr�porcionalidade, o material ainda pode responder de maneira elástica; todavia, a reta tende a encurvar-se e achatar-se como ' cr cr[ � tensão de ruptura real ------�-- --�· ---------------- -- ll l d li fi / s d p c 1: d a (' Jl ll li (' I q 1'1 li (í ll (3.1) 11 l' l ('l Da mesma maneira, a deformação nominal, ou de­ formação de engenharia, é determinada diretamente pela leitura da deformação no extensómetro, ou divi­ dindo a variação, 8, no comprimento de referência do corpo de prova pelo comprimento de referência ori­ ginal do corpo de prova, L0• Aqui, consideramos que a deformação é constante em toda a região entre os pontos de calibragem. Assim, (3.2) . r tr 1 <. tamento elástico Diagramas de tensão-deformação convecional e real para um material dúctil ( aço)(não está em escala) Figura 3.4 ll PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS mostra a figura . Isso continua até a tensão atingir o Ao atingir esse ponto, se a car­ lim ite de elasticidade. á à sua ga for removida, o corpo de prova ainda voltar forma original. No entanto, no caso do aço, o limite de elasticidade raramente é determinado, visto que está muito próximo do limite de proporcionalidade, por­ tanto é muito difícil detectá-lo. Um pequeno aumento na tensão de elastici dade resultará no colapso limite do acima com que ele se deforme permanen­ fará e l materia do tamento é denominado esco­ compor Esse ente. tem amento e é indicado pela segunda região da curva. A tensão que causa escoamen to é denomin ada ten­ são de escoamento ou ponto de escoamen to, cr , e a deform ação que ocorre é denominada deform�ção plástica. Embora a Figura 3 .4 não mostre, o ponto de escoamento para aços com baixo teor de carbono ou laminados a quente é frequentemente distinguido por dois valores. O ponto de escoamento superior ocorre antes e é seguido por uma redução repentina na capa­ cidade ele suportar carga até um ponto de escoamen­ to inferior. Entretanto, uma vez alcançado o ponto de escoamento, o corpo de prova continuará a alon­ gar-se (deformar-se) sem qualquer aumento na carga, como mostra a Figura 3 .4. Observe que a figura não está em escala; se estivesse, as deformações induzidas pelo escoamento seriam 10 a 40 vezes maiores do que as procluziclas até o limite ele elasticidade. Quando o material está nesse estado, costuma ser denominado perfeitamente plástico. por Quando o escoacnlo t iver terminado, pode-se aplicar uma carga adi­ n: Clonai ao corpo de prova, o que resulta em uma curva que cresce continuamente, mas torna-se mais achatada até atingir uma tensão máxima denominada limite de resistência, cr,. O crescimento da curva dessa manei­ �·a é � : nominado endurecimento por deformação e é tdcnttflcado na terceira região da Figura 3.4. Durante todo o e n s ai e> � nq �1anto o corpo se alonga, sua seção transversal chm mut. Essa redução na área é razoavel­ mente uniforme por todo o comprimento de referência do corpo de � n; va, até mesmo a deformação que ao lumte de resistência. No limite de re s i s t ê nci a , a área da seção t ransversal cmneça a diminuir em uma r e g i ão localizatÜl do corpo de " em vez de em tod o o seu compri­ . fenorncno causado por planos deslizan- do e as deformações causadas por tensão de cisalhaComo tende a for- nu interior ou ' que (í corpo d e prova se nessa cada trans­ Visto que a área d a está continuamente, 59 Estricção (a ) Falha de um material dúctil (b) Figura 3.5 a área menor só pode suportar uma carga sempre de­ crescente. Por consequência, o diagrama tensão-de­ formação tende a curvar-se para baixo até o corpo de prova quebrar, quando atinge a tensão de ruptura, a (Figura 3 .5b) . Essa região da curva provocada pela ;�� tricção é indicada na quarta região da Figura 3.4. Diagrama tensão-defo rmação real . Em vez de sempre usar a área da seção transversal e o com­ primento originais do corpo de prova para calcular a tensão e a deformação (de engenharia), poderíamos utilizar a área da seção transversal e o comprimento reais do corpo de prova no instante em que a carga é medida. Os valores da tensão e da deformação calcu­ lados por essas medições são denominados tensão real e deformação real, e a representação gráfica de seus valores é denominada diagrama tensão-deformação real. O gráfico desse diagrama tem a forma mostra­ da pela curva superior na Figura 3 .4. Observe que os diagramas cr-E convencional e real são praticamente coincidentes quando a deformação é pequena. As di­ ferenças entre os diagramas começam a aparecer na faixa do endurecimento por deformação, quando a amplitude da deformação se torna mais significativa. Em particular,há uma grande divergência na região de estricção. Nessa região, o diagrama cr-E convencional mostra que, na verdade, o corpo de prova suporta uma carga decrescente, já que A0 é constante quando calcu­ l �mos a tensão de engenharia, cr = P/A0• Contudo, pelo dtagran:a ::-E �e �l, a área real A no interior da região de estncçao dtmmm. sempre até a ruptura a por' rup' t� n to, na verd ad e, o material suporta tensão crescente, vtsto que a = PIA . Embora os diagramas tensão-deformação conven­ . cional e real sejam diferentes, a maioria dos projetas . de eng� nhan� fica dentro da faixa elástica, pois, em ge­ r a� , a dtstorçao do material não é severa dentro dessa fmxa. Contanto que o material seJ· a "rígido" , c'Omo a . . . 0:�10na dos metms, a deformação até o limite de elas­ ttctdade permanecerá pequena, e o erro associado à 60 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS crs=435400 = 324� 300 ((cree)i)s == 248 262'--cr = 240 7!-'=::: 2oo cr (MPa) �--- l7 CTJ CFtp /Lf /-- ii __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ / / e;:;::: . :=;c;:2' /= /:;=:;:;::;�c.:_l _ 1· I / '�� � � -� � -�� � _ 10< I v_ t[_ 1.,1-.L e= (0,o030050 0,10 \""' 0,20 0,30 E ) 00,,004 40 ___J_+--_j__----:-�---L--::-':;:----'----;-; :J____ E (mm/mm) _ ' 0,00 I Etp = O '003 0,002 0,()QJ 2 "! = 0,380 Diagrama tensão-deformação para aço doce Figura 3.6 u E utilização de valores de engenharia de e é muito pequeno (aproximadamente 0,1 % ) , em comparação com seus valores reais. Essa é uma das principais ra­ zões para a utilização dos diagramas tensão--deforma­ ção convencionais. Os conceitos discutidos até aqui podem ser resumi­ dos na Figura 3.6, a qual mostra um diagrama tensão-­ deformação convencional para um corpo de prova real feito de aço doce. Para destacar os detalhes, a região elástica da curva é mostrada em cor clara em uma es­ cala de deformação exagerada, também em cor clara. Acompanhando o comportamento, vemos que o limite de proporcionalidade é atingido em 241 MP�, onde lp O '0012 mm/mm. Em seguida, ocorre um h262 MPa e, enmite superior de escoamento tão, repentinamente, um limite inferior de escoamento 248 MPa. O final do escoamento ocorre a u�a deformação e 0,030 mm/mm, que é 25 vezes maiOr do que a deformação no limite de proporcionalidade. Na continuação, o corpo de prova sofre endurecimento por deformação até atingir o limite de resistência 434 MPa e, então, começa a sofrer estricção até ocorrer 324 MPa. Por comparação, a deformação na falha, falha, 0,380 mm/mm é 317 vezes maior que E= (Be)i = E= (ue)s = u1 = E1 = 3.3 u1P = E, = E1P ! Comporta m e nto d a tensão­ d eformaçã o d e materi a i s dúcteis e frágeis O s materiais podem ser classificados como dúcteis ou frágeis, dependendo de suas características de ten- são-deformação. Agora, cada um será estudado sepa­ radamente. M ateriais d úctei.s. Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes de sofrer ruptura é denominado material dúctil. O aço doce, como já discutimos, é um exemplo típico. Os engenhei­ ros costumam escolher materiais dúcteis para o proje­ to uma vez que esses materiais são capazes de absor­ ver choque ou energia e, se ficarem sobrecarregados, exibirão, em geral, grande deformação antes de falhar. Um modo de especificar a ductilidade de um ma­ terial é calcular o percentual de alongamento ou a redução percentual da área no instante da ruptura. A porcentagem de alongamento é a deformação de rup­ tura do corpo de prova expressa como porcentagem. Assim, se o comprimento de referência original do corpo de prova for L0 e seu comprimento na ruptura for Lru ' então p Porcentagem de alongamento = 0 ( 100% ) L p- L ru Lo (3.3) E1= Como vimos na Figura 3.6, visto que 0,380, esse valor seria 38% para um corpo de prova de aço doce. A porcentagem de redução da área é outro modo de especificar a ductilidade e é definida dentro da re­ gião de estricção da seguinte maneira: Porcentagem de redução da área = Ao A-o Af ( 100 % ) (3.4) PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS 6 1 Nessa expressão, A0 é a área da seção transversal área na ruptura. O original do corpo de prova e A1 é a . aço doce tem um valor típico de 60% ênio e zinco, molibd latão, como ais, materi s Outro defor­ tensãode ísticas caracter exibir m pode tamb ém por passam isso, e, aço do às antes semelh dúctil mação por comportamento de tensão-deformação elástica, escoamento a tensão constante, endurecimento por deformação e, por fim, estricção até ruptura. Entre­ tanto, na maioria dos metais não ocorrerá escoamento constant e além da faixa elástica. Um metal que apre­ senta tal comportamento é o alumínio. Frequentemen­ te, esse metal não tem um ponto de escoamento bem definido e, por consequência, é prática padrão definir um limite de escoamento para o alumínio por meio de um procedimento gráfico denominado método da rleformação residual. Em geral escolhe-se uma defor­ mação de 0,2% (0,002 mm/mm) e, tomando como ori­ gem esse ponto no eixo E, traça-se uma paralela à parte inicial em linha reta do diagrama tensão-deformação. O ponto em que essa reta intercepta a curva determina o limite de escoamento. Um exemplo da construção desse gráfico para determinar o limite de escoamento para uma liga de alumínio é mostrado na Figura 3.7. Pelo gn1fico, o limite de escoamento é (J'te = 352 MPa. Tenha sempre em mente que o limite de escoamen­ to não é uma propriedade física do material, visto que é uma tensão que causa uma deformação específica permanente no material. Todavia, neste livro, consi­ deraremos que limite de escoamento, ponto de escoa­ mento, limite de elasticidade e limite de proporcionali­ dade coincidem, a menos que seja afirmado o contrário. Uma exceção seria a borracha natural que, na verdade, não tem sequer um limite de proporcionalidade, já que a tensão c a deformação não são relacionadas linear­ mente (Figura 3.8). Ao contrário, esse material, que é conhecido como u m polímero exibe comportamento A madeira é um material que, em geral, é modera­ damente dúctil e, por isso, costuma ser projetada para reagir somente a carregamentos elásticos. As caracte­ rísticas de resistência da madeira variam muito de uma espécie para outra e, para cada uma dessas espécies, dependem do teor de umidade, da idade, do tamanho e do arranjo dos nós na madeira j á cortada. Como a ma­ deira é um material fibroso, suas características de tra­ ção e compressão serão muito diferentes quando ela for carregada paralela ou perpendicularmente a seu grão. A madeira racha quando carregada em tração perpendicular a seu grão e, por consequência, quase sempre se entende que, em elementos estruturais de madeira, as cargas de tração serão aplicadas paralela­ mente ao grão. M ateriais frágeis. Materiais que exibem pouco ou nenhum escoamento antes da falha são denomina­ dos materiais frágeis. O ferro fundido cinzento é um exemplo, pois tem um diagrama tensão-deformação sob tração, como o mostrado pela porção AB da cur­ va na Figura 3.9. Neste caso, a ruptura em (J' = 152 MPa ocorreu, inicialmente, uma imperfeição �� trinca microscópica, então propagou-se rapidamente pelo corpo de prova causando a ruptura completa. O resul­ tado desse tipo de ruptura é que a tensão de ruptura sob tração para materiais frágeis não é bem definida, visto que o surgimento de trincas iniciais em um corpo de prova é bastante aleatório. Por essa razão, em vez da tensão de ruptura propriamente dita, registra-se a tensão de ruptura média observada em um conjunto de ensaios de tração. A Figura 3.10a mostra um corpo de prova que sofreu uma falha típica. Em comparação com seu comportamento sob tra­ ção, os materiais frágeis, como o ferro fundido cinzento, exibem uma resistência muito mais alta à compressão axial, como fica claro na porção AC da curva na Figura 3.9. Neste caso, quaisquer trincas ou imperfeições no elástico não linear. a (MPa) 400 cr 15 (MPa) lO ��,+��"'-,-��"""�-��-L-� O,Ol O aet,ommçílo residual) 5" e (mmjmm) Limite de elleottmento para uma líga de alumfnio 3.7 "-----;!;----';----L..__---.�----1.-- E (mm/mm) 2 4 6 8 10 Diagrama cr-E para borracha natural Figura 3.8 62 RESISTI':NCIA DOS MATERIAIS L u (MPa) 6 o ,_ os _o� ,o___T -__ 7 20 , B ur = 152 - o� ,o4 - o,o3 - o,o2 - o,o1 A , ___+_ �_ _r__ __ __ __ 0,01 -200 Ruptura de um material frágil por tração ( a) E Cmm1mm) (i n g [] /, -400 -600 -800 p< Compressão provoca protub erância lateral no material (b) -1000 c Diagrama u-E para ferro fundido cinzento Ol y, er Figura 3.10 Figura 3.9 d;l corpo de prova tendem a fechar-se e, à medida que a carga aumenta, o material em geral abaula-se ou toma a forma de um barril (Figura 3.10b). O concreto, assim como o ferro fundido cinzento, é classificado como um material frágil e também tem bai­ xa capacidade de resistência à tração. As características de seu diagrama tensão-deformação dependem prima­ riamente da mistura do concreto (água, areia, brita e ci­ mento) e do tempo e temperatura de cura. Um exemplo típico de um diagrama tensão-deformação "completo" para o concreto é dado na Figura 3.11. Observamos nes­ se gráfico que a máxima resistência à compressão do concreto é quase 12,5 vezes maior do que sua resistên- cia à tração, (a"Jmáx = 34,5 MPa, em comparação com (a)máx = 2,76 MPa. Por essa razão, o concreto é quase sempre reforçado com barras ou hastes de aço quando projetado para suportar cargas de tração. Em geral, pode-se dizer que a maioria dos materiais exibe comportamentos dúcteis e frágeis. Por exemplo, o aço tem comportamento frágil quando seu teor de carbono é alto, e dúctil quando o teor de carbono é re­ duzido. Além do mais, em baixas temperaturas, os ma­ teriais tornam-se mais duros e mais frágeis, ao passo que, quando a temperatura sobe, eles ficam mais ma­ cios e mais dúcteis. Esse efeito é mostrado na Figura 3.12 para um plástico metacrilato. ro () sa h M te1 Nc de lid< po > 111<1 u (MPa) ta, ace 60 out 50 Sell 40 é LI ! 30 des -20 20 ter ' -30 u ( c)máx = 34,5 -40 10 tncc l h u (MPa) (u,)máx = 2,76 10 -o,oo2s-o,o02o-o,oo1s-o,oo1o-o,ooos � · -o,oo3o --�---.-----�---.----.----,---,�----� E CmmImm) o 0,0005 -10 , "_, 0"' '" )-l' /�p ,,,_,�,,,,. . I /'"' �.d"""-----�--1 ,------ Diagrama u-E para mistura de concreto típica Figura 3.11 no r livn mat ria i� l1W J I �C.---L___l___j____J___L___j__ E (mm/mm) 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 Diagrama u-E para um plástico metacrilato Figura 3.12 se m mat1 disse PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS 3.4 Le i d e H o o ke u anterior, o diagrama Corno observamos na seção . . . . dos matenms de entensao-deformação para a mmona . tensao e deforgenhana eXl'be uma relação lznear entre maçao dentro da região elástica. Por consequencm, um · aumento na tensão provoca um aumento proporcwna1 to na deformação. Esse fato foi �escober. por Ro�ert Hooke, em 1676, para molas, e e con�ec1do como lel de Hooke e pode ser expresso matematicamente como � � .· A • � (MPa) 1.200 1 .000 900 800 600 500 Nesta expressão, E representa a constante de pro­ porcionalidade, denominada módulo de elasticidade ou módulo de Young, nome que se deve a Thomas Young, que publicou uma explicação sobre o módulo em 1807. Na realidade, a Equação 3.5 representa a equação da porção inicial em linha reta d? dia�rama te�são-:-cte­ formação até o limite de proporcwnahdade.Alem d1sso, 0 módulo de elasticidade representa a inclinação des­ sa reta. Visto que a deformação é adimensional, pela Equação 3.5 E terá unidades de tensão como Pascal, MPa ou GPa. Como exemplo, considere o diagrama tensão-deformação para o aço mostrado na Figura 3.6. Nesse diagrama ' (j'/p = 240 MPa e E1p = 0,0012 mm/mm, de modo que 200 240 GPa 0,0012 mm/mm = 200 GPa Como mostra a Figura 3.13, o limite de proporciona­ lidade para um tipo particular de aço depende da com­ posição de sua liga. Todavia, a maioria dos aços, desde o mais mole aço laminado até o mais duro aço-ferramen­ ta, tem o mesmo módulo de elasticidade, geralmente aceito como Eaço = 200 GPa. Valores comuns de E para outros materiais de engenharia são encontrados em normas de engenharia e manuais de referência. Apre­ sen tamos alguns valores representativos no final deste livro. Devemos observar que o módulo de elasticidade é uma propriedade mecânica que indica a rigidez de um material. Materiais muito rígidos, como o aço, têm gran­ des valores de E (E = 200 GPa), ao passo que mate­ o riais esponjosos, co�o a borracha vulcanizada, podem ter valores mais baixos (Eh = 0,70 MPa). orr O módulo de elasticidade é uma das propriedades mecânicas mais importantes utilizadas no desenvolvi­ mento de equações apresentadas neste livro. Porém, é sempre bom lembrar que E só pode ser usado se um material tiver comportamento linear elástico . Além disso, se a tensão no material for maior que o limite _ 700 400 E1P aço de mola (1% carb ono) 1.100 (3.5) E = (j'lp = 63 aço duro (0,6% carb ono ) tratado a quente aço para máquina carbono) aço estrutural (0,2% carb ono) aço mole (0,1% carbono) (0,6% 300 -�-- 100 _ L___j_ __l__ _j__-'----'-- E 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 (mm/mm: Figura 3.13 de proporcionalidade, o diagrama tensão-deformação deixa de ser uma linha reta, e a Equação 3.5 deixa de ser válida. Endurecimento por d eformação. Se um cor­ po de prova de material dúctil, como o aço, for carregado na região plástica e, então, descarregado, a deformação elástica é recuperada à medida que o material volta a seu estado de equilíbrio. Entretanto, a deformação plás­ tica permanece, e o resultado é que o material fica su­ jeito a uma deformação permanente. Por exemplo, um cabo que é encurvado (plasticamente) retomará ( elasti­ camente) um pouco da forma original quando a carga for retirada, mas não retornará totalmente à sua posi­ ção original. Esse comportamento pode ser ilustrado no diagrama tensão-deformação mostrado na Figura 3.14a. Nesse diagrama, em primeiro lugar, o corpo de prova é carregado além de seu ponto de escoamento A, até o ponto A ' . Uma vez que é preciso vencer forças interatômicas para alongar o corpo de prova elastica­ mente, então essas mesmas forças reunirão os átomos novamente quando a carga for removida (Figura 3.14a). Por consequência, o módulo de elasticidade, E, é o mes­ mo, e, portanto, a inclinação da reta O'A' é igual à incli­ nação da reta OA. Se a carga for reaplicada, os átomos no material se­ rão deslocados novmnente até ocorrer escoamento à tensão A' ou próximo dela, e o diagrama tensão-defor­ mação continuará na mesma trajetória de antes (Figura 3.14b). Contudo, cabe observar que esse novo diagrama tensão-deformação, definido por O'A'B, agora tem um ponto de escoamento mais alto, (A'), uma consequência do endurecimento por deformação. Em outras palavras, o material tem, agora, uma região elástica maior; contudo, tem menos ductilidade e uma região plástica menor do que tinha quando em seu estado original. 64 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS região plástica região elástica Figura 3.15 o�----'--,o""',-----'-- " permane�te elástica Ideformaçao I recuperaçao I (a ) _ região elástica região plástica ���o B histerese mecânica O (b) O' Figura 3.14 Na verdade, certa quantidade de calor ou energia pode ser perdida à medida que o corpo de prova é des­ carregado desde A' e novamente carregado até essa mesma tensão. O resultado é que as trajetórias A' a 0' e 0' a A ' apresentarão leves curvaturas durante uma medição cuidadosa do ciclo de carregamento, mostra­ das pelas linhas tracejadas na Figura 3.14b. A área in­ terna entre essas curvas representa energia perdida e é denominada histerese mecânica. Ela se torna uma consideração importante na seleção de materiais que servirão como amortecedores para elementos estrutu­ rais ou equipamentos mecânicos vibratórios, embora seus efeitos não sejam considerados neste livro. 3.5 E n e rg ia d e d efo rmaçã o Quando um material é deformado por uma carga externa, tende a armazenar energia internamente em todo o seu volume. Como essa energia está relaciona­ da com as deformações no material, ela é denominada energia de deformação. Por exemplo, quando um corpo de prova de ensaio de tração é submetido a uma carga axial, um elemento de volume do material é submetido a uma tensão uniaxial, como mostra a Figura 3.15. Essa tensão desenvolve uma força !:::..F = a!:::..A = a(!:::.x . l:::.y. ) nas faces superior e inferior do elemento após ele ter sofrido um deslocamento vertical E l:::..z . Por definição, trabalho é determinado pelo produto entre a força e o deslocamento na direção da força. Visto que a for­ ça aumenta uniformemente de zero até seu valor final 8F quando é obtido o deslocamento E !:::..z , o trabalho realizado pela força sobre o elemento é igual ao valor médio da força (!:::..F/2) vezes o deslocamento E !:::..z . Esse "trabalho externo" é equivalente ao "trabalho interno" ou energia de deformação armazenada no elemento, se considerarmos que nenhuma energia é perdida sob a forma de calor. Por consequência, a energia de de­ formação !:::.. U é !:::.. U = (1!2!:::..F) E !:::.. z = (1/2a !:::..x !:::.y. ) E !:::..z .Visto que o volume do elemento é !:::.. V = !:::..x !:::.y. l:::..z , então !:::.. U = 1!2aE!:::.. V. Às vezes, é conveniente formular a energia de defor­ mação por unidade de volume de material, denominada densidade de energia de deformação, a qual pode ser expressa por u = !:::.. U -- !:::. V = 1 - aE 2 (3.6) Se o comportamento do material for linear elástico, então a lei de Hooke se aplica, a = EE e, portanto, podemos expressar a densidade de energia de defor­ mação em termos da tensão uniaxial como (3.7) M ó d u l o de res i l i ê n cia. Em particular, quan­ do a tensão a atinge o limite de proporcionalidade, a densidade de energia de deformação, como calculada pela Equação 3.6 ou 3.7, é denominada módulo de resiliência, isto é, (3.8) L s PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Observe, na região elástica do diagrama tensão-de­ formação (Figura 3.16a) , que u, é equivalente à área sob o di�grama. Em termos físi­ triangular sombreada cos, a resiliência de um m_atenal representa sua capa­ cidade de absorver energia sem sofrer qualquer dano permanente. Mód u lo d e t e n a ci d a d e . Outra importante de tenaci­ o é módulo material um de ade propried área a inteira representa quantidade Essa . ) dade (u Figura 16b ) , ( 3. formação tensão-de agrama i d o sob portanto indica a densidade de energia de deforma­ ção do material um pouco antes da ruptura. Essa propriedade é importante no projeto de elementos estruturais que possam ser sobrecarregados aciden­ talmente. Materiais com alto módulo de tenacidade sofrerão grande distorção devido à sobrecarga; con­ t udo, podem ser preferíveis aos que têm baixo valor de módulo de tenacidade, j á que os que têm u1 baixo podem sofrer ruptura repentina sem dar nenhum si­ nal dessa ruptura iminente. Ligas de metais podem rnudar sua resiliência e tenacidade. Por exemplo, os d iagramas tensão-deformação na Figura 3.17 mos­ t ram como os graus de resiliência e tenacidade de um aço podem mudar quando o teor de carbono n a liga é alle rado. u, "-----;:EL--------- E pl Módulo de resiliência u, (a ) L------L- E Módulo de tenacidade u1 (b) Figma 3.16 é importante na engenharia porque proporciona um meio para ob­ à tração çm à cómpressão dt; um material sem éonsiderar o tamanho ou a forma onvencional calculadas pela área da seção transversal e comprimento de referência ori- gi da re ão elástica. Essa propriedade elastiCidade, E. ,;ó ;lin'lit!td,e P'lO ' J'JOI'cicmarlid'àde, o limite de elastieidade, · a de escoamento ponneiode es<�óâmento e sofrem ruptura repentina. êfl1to 1mais alto para um material. O t�tír�•cla; O módulo de elasticidade Essa energia por unidade de proporcionalidade, é módulo de tenacidade . 65 66 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS limite de escoamento. Para uma deformação residual de 0,2 %, partimos da deformação de 0,2% ou 0,0020 mm/mm e traçamos, no gráfico, uma reta paralela a OA (tracejada) o que tem a resistência mais alta até interceptar a curva u-e em A ' . O limite de escoamento é aço estrutural carb ono) aproximadamente que tem a maior tenacidade Resposta u1, 469MPa aço mole carbono) o mais dúctil limite de resistência. Essa tensão é definida pelo pico do gráfico ponto B na Figura 3. 1 8. Resposta 745,2 MPa Figura 3.17 Tensão de ruptura. Quando o corpo de prova é deforma­ do até seu máximo de e = 0,23 mm/mm, ocorre ruptura no ponto Por isso, "'P Resposta (J' = 621 MPa Um ensaio de tração para um aço-liga resultou no dia­ grama tensão-deformação mostrado na Figura 3. 1 8. Calcu­ le o módulo de elasticidade e o limite de escoamento com base em uma deformação residual de 0,2 %. Identifique no gráfico o limite de resistência e a tensão de ruptura. ift�m1'21lllü�"a.� SOLUÇÃO O diagrama tensão-deformação para uma liga de alu­ mínio utilizada na fabricação de peças de aeronaves é mos­ Módulo de elasticidade. Devemos calcular a inclinação trado na Figura 3.19. Se um corpo de prova desse material da porção inicial em linha reta do gráfico. Pela curva e escala for à tensão de tração de 600 MP a, determine a ampliadas, essa reta se estende do ponto O até um ponto es­ submetidopermanente no corpo de prova quando a carga timado A, cujas coordenadas aproximadas são (0,0016 mm/ deformação é retirada. Calcule também o módulo de resiliência antes e mm, 345 MPa). depois da aplicação da carga. Portanto, SOLUÇÃO 345 MPa E = = 215 GPa Resposta Deformação permanente. Quando o corpo de prova é 0,0016 submetido à carga, endurece por deformação até alcançar o ponto B no diagrama (Figura 3. 19). Nesse ponto, a Observe que a equação da reta OA é, portanto, u = 215(1Q3)e. deformação é aproximadamente 0,023 mm/mm. Quando a f (0,6% carbono) aço duro - - · , CHI /J( (0,2% = (0,1% u-€, L----- E (J' r I' c = C. rttp � """'"""�� "'= �!!'"'" #' � " "' 0"' 0 "" � "' " mm/mm u-€ u(MPa) 800 B � = 745,2----1-------=·· · 700 100 o Ec:l �· · 200 Emp 0,23 �-L�L-_L�L--L�--L�--L�-�� E(mm/mm) I o,ooos I o.oo16 I o,ooz4 = 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,24 0,0004 0,0012 Q2Sl20 0,2% Figura 3.18 OE PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS ortamento do material segue a reta a retilaradaà reta, o comp cargparale OA. Visto que ambas as retas têm a mes­ o C podeé osermódulo determi­de no pont mação ação a defor clinação, inanalit ma OA reta da ícamente. A inclin asticidade, isto é, elnada MPa E 0,0450 06mm/mm = 75,0 GPa triângulo CBD, temos que 450 MPa E 0,006 mm/mm = 75 'O GPa Essa deformação representa a quantidade de deformação elástica recuperada. Assim, a deformação permanente, E 0c, é E0c = 0,023 mm/mm - 0,008 mm/mm 0,0150 mm/mm Resposta OBSERVAÇÃO: Se a distância origiual entre as marcas de refe­ prova era 50 mm, após a remoção da carga essa distflncicorpo a seráde50 mm + (0,0150)(50 mm) = 50,75 mm Módulo de resiliência. Aplicando a Equação 3. 8 , temos·' 1 = l utpEtp = (450 MPa)(0,006 mm/mm) ( ) 21 1,35 MJ/m3 Resposta é BC, = ( u,.) fim = 2, utp Etp 67 1 21 (600MPa)(0,008mm/mm) Resposta = 2,40 MJjm3 OBSERVAÇÃO: Por comparação, o endurecimento por defor­ mação nocontudo, materialobserve provocouqueumo módulo aumentodenotenacidade módulo depara re­ siliência; oOABF, material diminuiu, queaacurva área CBF. sob a curva original, é maior que a visto área sob = Pelo = = rência no . u, ;nído = A Figura 3.20a mostra uma haste de alumínio com área de seção transversal circular e sujeita a uma carregamento axial de 10 kN. Se uma porção do diagrama tensão-defor­ mação para o material for a mostrada na Figura 3.20b, deter­ mine o valor aproximado do alongamento da haste quando a cargapermanente é aplicada. Sedaahaste? carga Considere for removida, qual é o alonga­ E 1 = 70 GPa. mento " SOLUÇÃO Para a análise, desprezaremos as deformações localizadas no ponto de aplicação da carga e no local em que a área da se­ ção transversal da haste muda repentinamente. (Esses efei­ tos serão discutidos 4. 1 e 4.em7.)toda A tensão a deformação normalnassãoseções uniformes a seçãonormal médiae de cada segmento. Para estudar a deformação da haste, devemos obter a de­ formação propriamente dita. Para isso, em primeiro lugar, calculamos a tensão e, em seguida, usamos o diagrama ten- lO kN <r kN (MPa ) (a) 750 (MPa) u 8 56,6 60 50 u,. 40 {f, F = 30 20 paralelo � -: ---'------'-----'--- • --:0;:-:,0�4f-----0::-':-: 0 :---;-; 0 0�2;,o6 •fEBC 1() . (mm/m m) · I -- EOG--• Ercc = = Figura 3.20 onde I J 1 N·rn. 0,0450 o,o8 0,000808 (b) o, 1o o, 12 (mm/mm) 68 RESISTtoNCIA DOS MATERIAIS obter a édeformação. A tensão normal nosão-deformação interior de cadaparasegmento 10(103 ) N = 31 83 MPa p uA S = - = A 7r(O,Ol m )2 ' P 10(103 ) N = 56 59 MPa 7T(0,0075 m )2 use = - = A 3.1. Um cilindro de concreto com 150 mm de diâmetro 300 mm de comprimento de referência é testado sob com­e Os resultados doàensaio são apresentados na tabe pressão.carga como em relação contração. Desenhe o diagramala tensão-deformação usando escalas de 10 mm = 2 MPa e 10 mm = 0,1(10-3) mm/mm. Use o diagrama para determi­ nar o módulo de elasticidade aproximado. ' Carga (kN) Pelo diagrama tensão-deformação, o material na região AB é deformado elasticamente, visto que u, = 40 MPa 31,83 MPa. Usando a lei de Hooke, 31,83(106) Pa = 0,0004547 mmjmm uA S = As = E 70( 10 ) Pa E 9 ai O material no interior da região BC é deformado plastica­ mente, visto que = 40 MPa < 56,59 MPa. Pelo gráfico, para use = 56,59 MPa, Ese = 0,045 mm/mm O valor aproximado do alongamento da haste é, portanto, 8 = "i.EL = 0,0004547(600 mm) + 0,045(400 mm) = 18,3mm Resposta Quando a carga de 10 kN for removida, o segmento AB da haste retornará a seu comprimento original. Por quê? Por outro lado, o material no segmento BC se recuperará elasticamente ao longo daEreta FG (Figura 3.20b). Uma vez que a inclinação de FG é a recuperação da deformação elástica é 56,5 9(106) Pa = 0,000808 mm/mm use = = E 70(10 ) Pa Então, a defcnmaç.ão plástica remanescente no segmento BC é E0a = 0,0450 - 0,000808 = 0,0442 mm/mm Portanto, quandoé a carga é removida, o alongamento perma­ nente da haste u, Problema 3.1 em umsãoensaio para umOs dados materialobtidos cerâmico dadosdenatensão-deformação tabela. A curva é linear entre a origem e o primeiro ponto. Represente o dia­ grama em gráfico e determine o módulo de elasticidade e o módulo de resiliência. 3.2. u = P/A e = ô/L (MPa) (mm/mm) 0,0 232,4 318,5 345,8 360,5 373,8 ai' Erec - ai 9 8' = E0aLnc = 0,0442(400 mm) = 17,7 mm Resposta 0,0000 0,0150 0,0300 0,0500 0,0650 0,0850 0,1000 0,1125 0,1250 0,1550 0,1750 0,1875 0,0 25,0 47,5 82,5 102,5 127,5 150,0 172,5 192,5 232,5 250,0 265,0 > Contração (mm) 0,0000 0,0006 0,0010 0,0014 0,0018 0,0022 Pl'oblema 3.2 Os dados obtidos em um ensaio de tensão-deformação para um são dados tabela. A curva é li­ near entrematerial a origemcerâmico e o primeiro ponto.naRepresente o diagra­ ma em gráfico e determine o valor aproximado do módulo de tenacidade. A tensão de ruptura é u, 373,8 MPa. 3.3. = u = P/A € = ô /L (mm/mm) (MPa) 0,0 232,4 318,5 345,8 360,5 373,8 0,0000 0,0006 0,0010 0,0014 0,0018 0,0022 Pl'oblema 3.3 ll a c li PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS diâmetrciao original de aço com corpommdedeprova foi subde referên mento compri i' j3 m:e 50ensaio de tração. Os dados resultantes ums na tabela. Construa o grafico do d1.�gramsãoa ntado ção e determme apresãoe-defo . os valores aproximados tensmódulo dermaelastici ento, do de escoam da otensão dade,tensã es­ Use ra. de ruptu da e ncia resistê de ede 10 mm 209 MPa e 10 mm 0,05 mm/muma limit m. De­ cala e novamente a região elástica usando a mesma escala senh mas use uma escala de deformação de 10 mm = tensão,/mm mm . • 4 u e t'd 1 o 'a me , de comprimento referência. Se o corpo de prova for sub­ metido a carga dede tração até 500 MPa, determine o valor aproximado da recuperação e do aumento no com­ primento de referência após oelástica descarregamento. do = a 500 0,00 1 400 Carga (kN) Alongamento (mm) 0,0000 0,0125 0,0375 0,0625 0,0875 0,1250 0,2000 0,5000 t,OOOO 2,5000 7,0000 10,0000 11,5000 (MPa) 600 = de 0,0 7,5 23,0 40,0 55,0 59,0 59,0 60,0 83,0 100,0 107,5 97,5 92,5 69 300 / 1/ 200 100 1// I' Oo o �� I�!--'' ./'/ [/" �""' 1\ CcC c" 0,04 0,08 0,12 0,16 0,20 0,24 0,28 0,0005 0,001 0,00 15 0.002 0,0025 0,003 0,0035 E"(rnmlmm) Problema 3.6 A figura apresenta o diagrama tensão-deformação para um aço-liga com 12 de diâmetro original e 50 mm Problema 3.4 de comprimento de referência. Determine os valores aproxi­ do módulo de resiliência e do módulo de tenacidade figura apresenta o diagrama tensão-deformação mados para o material. aço-li ga coma 1250mm deDetermine diâmetro osoriginal e apro­ com­ de referênci mm. valores do móduldeo deprova elasticidade para o material, a carga que causa (MPa) que o corpo de prova suportará.escoamento e a carga 3.7. mm 3.5. A para um pri mento x i mados aplicada ao corpo rmíxima a 600 500 O' (MPa) (í(J() 500 400 300 �!' 200 �� / , C ' ' -� \ .' ·c. ir O o�/0,04 100 ,/ �'"" r-ç,--�-- - 0,08 0,12 0,16 0,20 0,24 0,28 O 0,0005 0,00 I 0,00 15 0,002 0,(Xl25 0,003 0.0035 Problema 3.7 E"(rnmlmm) figura apresen ta oinediagrama tensão-deformação de uma barra de aço. Determ os valores aproximados do mó­ dulo de elastic idade, l i mi t e de propor cionali dade limite de resistên cia módul e o de resiliên cia. Se a barra for �ubmetida a uma carga de tração de 450 MPa, determine o valor da recupe da deformação elástica e da deformação per­ manentração e na barra quando descarregada. '3.8. A 70 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS u (MPa) p u (MPa) 550 500 450 400 350 l c/( ,_,-•.,r c· /" 200 150 100 50 o / o / li f-c "" c.- \, 28 ll / / ,/ 0,10 I -�� 7T / ' 21 14 300 250 35 / o 7 " o ·' 0,008 o' . ' · , I ''os '· li o 11 (! p 0,016 0,024 0,032 0,040 0,048 E (mmjmm) ii • rr lt Problema 3.11 0,00 1 0 0,20 0,0020 E (mmjmm) 0,30 '3.12. A figura mostra o diagrama tensão-deformação para fibra de vidro.fabricada Se uma barra de 50material mm defordiâmetro comprimento com esse submetidae 2amumade carga de tração axial de 60 kN, determine seu alongamento. 0,0030 u(Pa) Problema 3.8 A figura mostra o diagrama cr-E para as fibras elásti­ cas que compõem a pele e os músculos dos seres humanos. Determine o módulo de elasticidade das fibras e estime os módulos de tenacidade e de resiliência. 3.9. L----- <" (mm/mm) A mudança no peso de um avião é determinada pela leitura de um extensômetro A montado no suporte de alumí­ nio da roda do avião. Antes de o avião ser carregado, a leitura do extensômetro no suporte é E = 0,00100 mm/mm, ao passo que, após o carregamento, é E = 0,00243 mm/mm. Determi­ ne a mudança na força que age2 sobre o suporte se a área da seção transversal dele for 2.200 mm2• Ea1 = 70 GPa. Problema 3.12 3.13. J. l pr< f<li l i pt 11<1 l'iiiJ IC Problema 3.9 Uma barra de açoA-36 tem comprimento de 1.250 mm e área da seção transversal de 430 mm2• Determine o comprimen­ to da barra se ela for submetida a uma tração axial de 25 kN. O material tem comportamento elástico linear. 3.11. O diagrama tensão-deformação para o polietileno que é utilizado para revestir cabos coaxiais é determinado por um ensaiodecom provaPcom comprimento de referência 250 um mm.corpo Se umadecarga aplicada ao corpo de prova desenvolver uma deformação E 0,024 mm/mm,de determine o valor aproximado do comprimento do corpo prova medido entre os pontos de referência quando a car­ gaelasticamente. é removida. Considere que o corpo de prova se recupere 3.10. = Problema 3.13 3.14. Um corpo de prova com comprimento original de 300 nun tem diâmetro original de 12 mm e é submetido a uma força de 2,5 kN. Quando a força é aumentada para 9 kN, o corpoo de prova sofre um alongamento de 22,5 mm. Determine módulo elástico. de elasticidade para o material se ele permanecer 1 a J J r PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS 71 = 130 MPa, determine o diâmetro exigido para cada é feitoar nuclearsupor reator ral dee1um ento estrutu mligaelem 1ver e t' d t o cabo. disso,daqualcarga? é o novo comprimento do cabo AB ement esse Se . io zircôn de macargc aXl'al de 20 kN determme a area da seçao- transver- após aAlém u aplicação Considere que o comprimento uma · 'da Use um fator de segurança 3 em relaçao ao escoa- não alongado de AB seja 750 mm. E = 200 GPa. 1 m de se eleEzrtiVer tomm? otoelemen sobre Qualoéeaseucarga o.iment ment � := 00 5 0, for amen along compr400 MPa. O material tem comportamento elastlco. GPa, o poste é sustentado por um pino em C e por um . araSe o diâmetro do uma A-36.se deforma de aço ele em ABe quanto ancorag de e aranfor1 5 mm, quando determin força horizontal de 15 kN agir sobre o poste. :U.5 de . a -I �� IJ'' IJ' adm U • • _ ' . aço . = 'J 16 c • • me Problema 3.18 3.19. A figura mostra o diagrama tensão-deformação para duas barras de poliestireno. Se a área da seção transversal da barra AB for 950 mm2 e a de BC for 2.500 mm\ determine a maior força P que pode ser suportada antes que qualquer elementos sofra ruptura. Considere que não ocorre ne­ dos nhuma fiambagem. P1·oblema 3.16 cloreto detensão-de­ polivinil provoca aadição reduçãodedeplastificadores sua rigidez. Osaodiagramas formação apresentados a seguir mostram tal efeito para três tipos desse material. Especifique o tipo que deve ser usado na fabricação de umaquehasteterácomde 125suportar, mm denocomprimento de diâmetro mínimo, umae carga axial de 100 kN e alongar, no máximo, 6 mm. 3.,17. T A 50 mm tr (MPa) 105 r u (MPa) -,-----,---. ---- p 175 105 70 /) (plastificado 12 T -----------------------�- --- .1 " I I I I 140 �,ão plastifi ·ado copolímero flexível r,m I I I compressão :I I I I I I I I I 35 -n ,";"----_j__ _ ____L____L__ E (mm/mm) p O LJI.____J_____j_____L__--'--_l_- E (mm/mm) o� o� �o o� o p 0,10 0,20 0,30 P1·oblema 3.19 *3.20. A figura mostra o diagrama tensão-deformação de duas barras de poliestireno. Determine a área da seção trans­ versal de cada barra de modo que elas sofram ruptura simul­ 3·18. Os cabos de aço AB e AC sustentam a massa de tânea quando a carga P = 15 kN é aplicada. Considere que kg. Se a tensão axial admissível para os cabos for não ocorra nenhuma fiambagem. Problema 3.17 ZOO 72 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 3.22. A figura apresenta o diagrama tensão-deformação para uma resina de poliéster. Se a viga rígida for suportada por uma barraAB e um poste CD, ambos feitos desse material, determine a maior carga P que pode ser aplicada à viga antes da ruptura. O diâmetro da barra é 12 e o diâmetro do poste é 40 mm, mm. J. til !li ra l'll 0,. (' :I ( L' u(MPa) 175 " ,: I I I 140 compressão 105 70 u (MPa) 100 95 1-----, 35 Oo LL-----'--'-- 0,20 0,40 0,60 0,80 E(mm/mm) 80 compressão 70 Problema 3.20 60 A figura apresenta o diagrama tensão-deformação para uma resina de poliéster. Se a viga rígida for suportada por uma barra AB e um poste CD, ambos feitos desse mate­ rial, e for submetida à carga P = 80 kN, determine o ângulo de inclinação da viga quando a carga for aplicada. diâme­ tro da barra é 40 mm, e o diâmetro do poste é 80 mm. 50 3.21. C( 40 SL' li I O "---'----'--'-'---'-- 0,01 0,02 0,03 0,04 E (mm/mm) A viga é sustentada por um pino em C e por um cabo Se o cabo tiver diâmetro de de ancoragem AB de açoeleA-36. estica quando um carregamento mm, determine= 1,quanto 5distribuído 5 kN/m agir sobre o tubo. material per­ w manece elástico. *3.24. A viga é sustentada por um pino em e por um cabo de ancoragem AB de aço A-36. Se o cabo tiver diâmetro de o carregamento w se a extremidade B for mm, determine 5deslocada 18 mm para baixo. 3.23. O C se PI III de ll' I'( u (MPa) l' ll 100 95 1-------, compressão 70 60 50 l':._____j___l-_J.L_-LJ_ 0,01 II I pi Problema 3.22 80 :IS 0,02 0,03 0,04 Problema 3.21 E (mm/mm) Problemas 3.23/24 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS vez res deo tração os indicado são instalad zes' para s vetros tenha aemtraçao- um es.parafus garantiremque Se uma doporca do paor, omodoconexõ uando utilizad qapertad cabeças seis que tal a deis eram de 3 mm, forem esmaindicad gadas ate ras origina altudeixa de 1,5 o.mm2d'em cadaa árean�deh�contato ndoine uma wgram ste do parafus a dotensao determ cabe-ça, del na figura. mostrado e matenal 'o1·1nação 3 " .25 • • À , d e torqUtme ra fuso ro r ' o,"3 ' , _ m rn, '----'---- 0,0015 0,3 e(mm/mm) Problema 3.25 Coeficie nte d e P o isso n Quando submetido a uma força de tração axial, um corpo deformável não apenas se alonga, mas também se contrai lateralmente. Por exemplo, se esticarmos uma tira de borracha, podemos notar que a espessura, assim como a largura ela tira diminuem. Da mesma for­ ma, uma força de compressão que age sobre um corpo provoca contração na direção da força e, no entanto, seus lados se expandem lateralmente. Esses dois casos são ilustrados na Figura 3.21 para uma barra com com­ primento e raio originais r e L, respectivamente. Quando a carga P é aplicada à barra, provoca uma mudança o no comprimento e o' no raio da barra. As deformações na direção longitudinal ou axial e na di­ reção lateral ou radial são, respectivamente, EJong = o L EJat v = --- e (3.9) EJong Essa expressão tem sinal negativo porque o alon­ gamento longitudinal (deformação positiva) provoca contração lateral (deformação negativa) e vice-versa. Observe que essa deformação lateral é a mesma em a-(MPa) 3.6 e o' são proporcionais. Essa constante é denominada coeficiente de Poisson, v (nu), e seu valor numérico é único para um determinado material homogêneo e iso­ trópico. Em termos matemáticos, O tensa o- 73 EJat o' =­ r No início do século XIX, o cientista francês S. D. Poisson percebeu que, dentro da faixa elástica, a razão entre essas deformações é uma constante, visto que o todas as direções laterais (ou radiais). Além do mais, ela é causada somente pela força axial ou longitudinal; isto é, nenhuma força ou tensão age em uma direção lateral de modo a deformar o material nessa direção. O coeficiente de Poisson é adimensional e, para a maioria dos sólidos não-porosos, seu valor encontra­ se, em geral, entre 1/4 e 1/3. Valores típicos de v para al­ guns materiais comuns são apresentados no final deste livro. Um material ideal que não apresente nenhum movimento lateral quando é alongado ou comprimi­ do terá v = O. Na Seção 10.6 mostraremos que o valor máximo possível para o coeficiente de Poisson é 0,5. Portanto, O ::; v ::; 0,5. Uma barra de aço A-36 tem as dimensões mostradas na Figura 3.22. Se uma força axial P 80 kN for aplica­ da à barra, determine a mudança em seu comprimento e a mudança nas dimensões da área de sua seção transversal após a aplicação da carga. material comporta-se elasti­ camente. = O SOLUÇÃO A tensão normal na barra é 80(103) N p =-= (0,1 m ) (O,OS m) 16,0(106) Pa Pela tabela apresentada no final deste livro, para o aço A-36, E 200 GPa e, portanto, a deformação na direção é a aço Figura 3.21 = z A --:--:----,--------,- = z 74 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS "' y P = 80 kN ticil lüü mm Figura 3.22 valo lQ,_ )' rn a l fi n a lk ( -X (a) z dt<l[' ll i é l do 1 p l' l < y 'Yxy 2 O alongamento axial da barra é, portanto, Resposta , ondeasvdeformações aço = 0,32, dado encontrado em tabe­ laPelanoEquação final deste3.9livro, ele contração em ambas as direções e são x y Assim, as mudanças nas dimensões da seção transversal são = -[25, 6 (10-6)](0, 1 m ) = -2,56 p,m Resposta = = -[25, 6 (10-6)](0,05 m ) -1,28 p,m Resposta = 8x 8Y 3.7 L Ex , L EY Y = O d i a g ra m a tensão­ d efo rmaçã o d e dsa l h a mento N a Seção 1.5 mostramos que, quando u m elemento do material é submetido a cisalhamento puro, o equi­ líbrio exige que tensões de cisalhamento iguais sejam desenvolvidas nas quatro faces do elemento. Essas ten­ sões devem dirigir-se ou afastar-se de cantos diagonal­ mente opostos do elemento (Figura 3 .23a). Além disso, se o material for homogéneo e isotrópico, essa tensão de cisalhamento distorcerá o elemento uniformemen­ te (Figura 3.23b) . Como mencionamos na Seção 2.2, a deformação por cisalhamento yxy mede a distorção angular do elemento em relação aos lados que se encontravam, originalmente, ao longo dos eixos x e y. O comportamento de um material submetido a cisalhamento puro pode ser estudado em laboratório por meio de corpos de prova na forma de tubos finos submetidos a carga de torção. Se o torque aplicado e pod <;o e !!_ - 'Yxy 2 t; d \ 11 (b) Figura 3.23 os ângulos de torção resultantes forem medidos, então, pelos métodos que explicaremos no Capítulo 5, os da­ dos podem ser usados para determinar a tensão de cisa­ lhamento e a deformação por cisalhamento e para cons­ truir um diagrama tensão-deformação de cisalhamento. Um exemplo desse diagrama para um material dúctil é mostrado na Figura 3.24. Como ocorre no ensaio de tração, esse material, quando submetido a cisalhamen­ to, exibe comportamento linear elástico e terá um limite de proporcionalidade definido rlp' Também ocorrerá en­ durecimento por deformação até que a tensão de cisa­ lhamento máxima 7111 seja atingida. Por fim, o material começará a perder sua resistência ao cisalhamento até atingir um ponto no qual sofrerá ruptura, rrup' A maioria dos materiais de engenharia, como o que acabamos de descrever, apresentará comportamento elástico linear e, portanto, a lei de Hooke para cisalha­ mento pode ser expressa por (3.10) Tm 'Trup T[p G --� � i I 'Ylp 'Ym Figura 3.24 'Yrup (' i i sal h d t' I l kl 1 1/(l do 1 suh v 11 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS . módulo de elas. N essa expressão, G é denominado , de ng1dez. Seu lo modu ou •Jade tlO cisalham ento • :tu tu · ser medido como a me1.maça- o d a ret a no p ode s r-y, isto é, G = r1/y1P . Va1ores t1p1co para d Hwr�1 m no ntados aprese são comuns de engenharia da de medi des unida deste livro. Observe que as é I' ue visto psi), ou E (Pa � de G se rão as mesmas de . l. nswna ad1me dade quanti - " " ""' em radianos, uma Na Seção 10.6 mostraremos que as três constantes nadas do materi al, E, v e G, na realidade, estão relacio equação > • (3.11) Contanto que E e G sejam conhecidos, o valor de v pode� ser de erm in do por essa equação, em vez de medi­ t a experimentais. Por exemplo, no caso do aço A-36, 200 GPa e Gaço = 76 GPa; portanto, pela Equa3 . 1 1 , l'a�o = 0 3 2 , . corpo de prova de liga de titânio é-testado em torção, 5a mostra diagramadetensão deformação de ci­ salhamento3.. 2Determi ne oo módulo cisalhamento G, o limite proporcionalidade e o limite de resistência ao cisalhamento. Determi também a máxima disbloco tânciadesse d de deslocamento ho­ superi rizontal ne part e o r de um material, mostra­ 3.uma25b,força se eledesecisalhamento comportar elasticamente quandode Qual é o valor net:essiírin causar esse deslocamento? c a Um de do 1m da Figura �uhmetido a 'V V. para 75 SOLUÇÃO Módulo de cisalhamento. Esse valor representa a incli­ nação da porção em linha reta OA do diagrama Assim, r-y. As co­ ordenadas do ponto A são (0,008 rad, 360 MPa). 360 MPa G = 0,008 rad = 45(103 ) MPa Resposta A equação da reta OA é, portanto, r= 45(103)y, que é a lei de Hooke para cisalhamento. Limite de proporcionalidade. Por inspeção, o gráfico dei­ xa de ser linear no ponto A. Assim, r1P = 360MPa Resposta limite de resistência. Esse valor representa a cisalhamento máxima, ponto B. Pelo gráfico, tensão de r = 504MPa Resposta 11! Deslocamento elástico máximo e força de c:isalhamento. Visto que a máxima deformação elástica por cisalhamento é 0,008 rad, um valor muito pequeno, o deslocamento horizon­ tal da parte superior do bloco na Figura 3.25b será: tan(O ,008 rad) "'0,008 rad = 50 dmm Resposta d = 0,4 mm A tensão de cisalhamento média correspondente no bloco é r1P = 360 MPa. Assim, a força de cisalhamento V necessária para provocar o deslocamento é v � 360 MPa = (75 mm)(100 mm) V=2700kN Resposta -- rméd = ; corpo de prova de alumínio, mostrado na Figura 3.cia26,Um tem diâmetro d0 = 25 mm e comprimento de referên­ L0 = 250 mm. Se uma força de 165 kN provocar um alongame ntoo de 1,20 mm no comprimento de referência, determi ne módulo de elasticidade. Determine também qual é a contraç ão do diâmetr a no cor­ po de prova. Considere G = o26queGPaa força e =provoc 440 MPa (a) v al SOLUÇÃO e u • poMódulo de éelasticidade. A tensão normal média no cor­ 165(103) N = 336,1 MPa = (1r/4)(0,02S m)2 de prova u P A 76 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A contração do diâmetro é, portanto, 165 kN = 0,0416 mm 8 ' = (0,00166)(25 mm) *3 . 8 do Figura 3.26 e a deformação normal média é = u Eal = --;- = u a u e 336,1(106) Pa 0,00480 = 70,0 GPa Resposta Em primeiro lugar, determina­ remos o coeficiente de Poisson para o material, usando a Equação 3.11. Contração do diâmetro. E 2(1 + v) 70,0 GPa 26 GPa = 2(1 + v) v = 0,347 G = à fl u ê n ci a e à fad i g a Flu ê n cia. 1,20 mm = 0,00480 mmjmm L 250 mm Como < = 440 MPa, o material comporta-se elas­ ticamente. O módulo de elasticidade é = Fa l h a d e materia is d evida Até aqui, as propriedades mecânicas de u m mate­ rial foram discutidas somente para uma carga estática ou aplicada lentamente à temperatura constante. En­ tretanto, em alguns casos, pode acontecer de um ele­ mento estrutural ser usado em um ambiente no qual tenha de suportar carregamentos por longos períodos a temperaturas elevadas ou, em outros casos, o carre­ gamento pode ser repetitivo ou cíclico. Não considera­ remos esses efeitos neste livro, embora mencionemos brevemente como determinar a resistência de um ma­ terial para essas condições, j á que eles recebem trata­ mento especial no projeto de máquinas e estruturas. 165 kN E Visto que Ecompr = 0,00480 mm/mm, então, pela Equação 3.9, Ela! v = --Elong 0,347 = 0,00480 mmjmm Elat = -0,00166 mmjmm Resposta Quando um material tem de suportar uma carga por muito tempo, pode continuar a defor­ mar-se até sofrer uma ruptura repentina ou ter sua utilidade prejudicada. Essa deformação permanen­ te dependente do tempo é conhecida como fluência. Normalmente, a fluência é considerada quando metais e materiais cerâmicos são usados em elementos estru­ turais ou peças mecânicas sujeitos a altas temperatu­ ras. Todavia, para alguns materiais, como polímeros e compósitos - entre eles, madeira ou concreto -, a temperatura não é um fator importante; mesmo assim, pode ocorrer fluência estritamente devido à aplicação de carga por longo tempo. Como exemplo típico, con­ sidere o fato de uma tira de borracha não retornar à sua forma original após ser liberada de uma posição esticada na qual foi mantida durante um período mui­ to longo. Portanto, de modo geral, ambas, tensão e/ou temperatura, desempenham um papel significativo na taxa de fluência. Para finalidades práticas, quando a fluência se tor­ na importante, o projeto geralmente considera um material adequado para resistir a uma deformação por fluência específica durante um período determinado. Nesse caso, uma importante propriedade mecânica usada no projeto de elementos estruturais sujeitos à fluência é o limite de fluência. Esse valor representa a tensão inicial mais alta que o material pode suportar durante um tempo específico sem provocar uma deter­ minada quantidade de deformação por fluência. Como o limite de fluência varia com a temperatura, o projeto deverá especificar os valores para temperatura, dura- p:il t i I I' fl u < lJI de pr le i pc liI I 111: li'/ /JI, l'X I'X ) ', l lil dt ('( (\{ F P' li ('( I' PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS d o ca rregamento • de A cm ção por fiuen Por exemplo, uma deforma do para o aço emprega em % por ano foi sugerida e deformação admissível por flu- e tubulações e de 0,25 % por ano para reves­ de chumbo para cabos. vários métodos para determinar um limite de admissível para um deter minad o mater ial. ve o teste simul tâneo Um dos mais simpl es envol eratu ra const ante, temp à prova de s corpo de vários uma tensão axial a tido subme é deles um mas cada rio para se ecessá � ? temp � d ão mediç A diferente. a defo�maou ivel admiss açao deform uma produz ir permite a prova de corpo cada para ruptura de ao relação em tensão da gráfico um de ção constru os executad são testes esses ente, Normalm t e mpo. durante 1 .000 horas, no máximo. A Figura 3.27 mos­ t ra u m exemplo elos resultados para aço inoxidável ft temperatur a ele 650°C e fluência de deformaçã o ele 1 % . Como podemos observar, esse ma­ tem limite de escoamento de 276 MPa à tem­ peratura ambiente (0,2% de deformação residual) e uma resistência à fluência em 1 .000 horas de aproxi­ m ad a m ent e cr1 = 1 38 MPa. Em geral, a resistência à fluência diminuirá para temperaturas mais altas ou para tensões aplicadas mais altas·. Para períodos mais longos, é preciso fazer extrapolações nas curvas, o que costuma exigir certa t�xpcriência com o comportamento ela fluência e al­ gum conhecimento suplementar das propriedades de fluência do ma teria l a ser utilizado. Contudo, uma vez determinada a resistência à fluência elo material, apli­ ca��.;c um fator de segurança para obter-se uma tensão udrnissi'vcl adeq uada para o projeto. n'"' ""u:''"" Quando um metal é submetido a ciclos re­ de tensih> ou deformação, sua estrutura pode romper-se, o q ue, por rim, resulta em ruptura. Esse comportamento é denominado .fadiga e, normalmente, por grande porcentagem de falhas em bielas e virabrequins de motores, pás de turbinas a va­ por ou a gás, aeoplamentos ou apoios para pontes, ro­ das e eixos de vagões ferroviários, entre outras peças sujeitas a carregamento cíclico. Em todos esses casos, a ruptura ocorrerá a uma tensão menor que a tensão de escoamento do material. Aparentemente, a natureza dessa falha resulta do fato de haver regiões microscópicas, geralmente na superfície de um elemento, onde a tensão localizada se torna muito maior do que a tensão média que age na seção transversal como um todo. Como essa ten­ são mais alta é cíclica, leva à formação de minúsculas trincas. A ocorrência dessas trincas provoca aumento adicional da tensão em suas extremidades ou bor­ das, o que, por sua vez, provoca aumento adicional da extensão das trincas no material com a contínua aplicação da tensão cíclica. A certa altura, a área da seção transversal do elemento reduz-se a um ponto no qual não se pode mais suportar a carga, e o resul­ tado é a ocorrência de ruptura repentina. O material, ainda que considerado dúctil, comporta-se como se fosse frágil. Para especificar uma resistência segura para um material metálico sob carga repetida, é necessário determinar um limite abaixo do qual nenhuma evi­ dência de falha possa ser detectada após a aplica­ ção de uma carga durante um número específico de ciclos. Essa tensão-limite é denominada limite de fadiga. Usando uma máquina de ensaio adequada para tal finalidade, vários corpos de prova são sub­ metidos a uma tensão cíclica específica até falharem. Os resultados são marcados em um gráfico no qual a tensão S (ou a) é a ordenada e o número de ciclos até a falha, N, é a abscissa. Esse gráfico é denomi­ nado diagrama S-N ou diagrama tensão-ciclo e, n a maioria das vezes, o s valores de N são marcados e m uma escala logarítmica, j á que, e m geral, são muito grandes. 100 () ·��-·'"-�·"-'----L---L__j__ 2(]{) 400 77 60() 800 1000 I( h) 'J'"'w' """'' cr-I para aço inoxidável a 650"C e deformação por fluência de 1% Figura 3.27 78 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Exemplos de diagramas S-N para dois materiais comuns de engenharia são mostrados na Figura 3 .28. O limite de fadiga é a tensão à qual o gráfico S-N se torna horizontal ou assintótico. Como podemos observar, ele tem um valor bem definido ( S11) aço = 186 MPa para o aço. Entretanto, para o alumínio, o limite de fadiga não é bem definido e, por isso, é nor­ malmente especificado como a tensão ( S11) .1 = 1 3 1 MPa para u m limite d e 500 milhões d e ciclos. Valo­ res típicos de limites de fadiga para vários materiais de engenharia geralmente são encontrados em ma­ nuais. Uma vez obtido um determinado valor, consi­ dera-se que a vida útil em relação à fadiga é infinita para qualquer tensão abaixo desse valor, e, portanto, o número de ciclos até a falha não é mais levado em consideração . S(MPa) 300 ( alumínio (Sres) aço = 1 86 (Sres)al = 1 3 1 .U !J d c ft fui l de r aço . ... de 1 C(lc' i 100 O ':-:----'----:'::---:-':-:---c::-:'-::---:'-:o..,.-- N ( 1 06) 0,1 10 100 500 1 .000 Diagrama S-N para ligas de aço e alumínio (o eixo N tem escala logarítmica) FigUl'a 3.28 a , , c .. Coeficiente de Poísson, v, é uma medida da deformação later l de um material homog�neo e isotrópi o em relação nmà delas for um à ua deformação longitudinal. De modo g e ral , essas deformações têm sinais op ostos isto .é, alongamento a outra será uma contração, • O diagrama tensão-def ormação de cisalhamento é um gráfico da tensão .de dsalhamento em relação à dt;.�formação por cisalhamento. Se o material for homogêneo e isotrópico e também linear elá tico a. inclinação da curva dentro da região elástica é denominada módulo de rigidez ou módulo de ci alhamento G. • Existe uma relação matemática entre G, E e v. • Fluência é a deformação de um material relacionada ao tempo no qual a tensão e/ou temperatura desempenham um importante papel. Elementos estruturais são projetados para.resistir aos efeitos da fluência com base em seu limite de fluê cia, que é à ten ão inicial mais alta queum material pode suportar durante um período específico em provocar uma deformação por fluência também e pecífica " Fadiga ocorre em metais quando a tensão ou deformação é cíclica. Provoca a ocorrência de ruptura frágil. Elemen­ to estruturais são projetados para resistir à fadiga assegurando que a tensão no elemento não ultrapasse seu: limite valor é determinado em um diagrama S-N como a máxima tensão à qual o de resistência ou limite de fadiga. elemento pode resistir quando submetido a um número determinado de ciclos de carregamento. s ,s , s n s s s se . s COI I Esse y n --------------- ----� �- -------------------- A haste plástica de acrílico tem 200 mm de compri­ mento e 15 mm de diâmetro. Se uma carga axial de 300 N for aplicada a ela, determine a mudança em seu comprimento e em seu diâmetro. EP = 2,70 GPa, = 0,4. 3.26. -+- c ·· · vP mm lOO mm · ·· : � 300 N 1 r----- 300 N ':----'---'--'----'-----'-'----0.--'---·-·-.c.' . : r------ 200 -tl ------1 125 mm ------\ X Problema 3.27 Um bloco cilíndrico curto de bronze C86.100, com original de 38 mm e comprimento de 75 mm, é co·· diâmetro 3.27. O bloco é feito de titânio Ti-6A1-4V. É submetido a em uma máquina de compressão e comprimido até locado uma compressão de 1,5 mm ao longo do eixo y, e sua forma atingir o comprimento de 74,5 mm. Determine o novo diâ­ sofre uma inclinação de () = 89,7°. Determine E , Ey e Exy metro do bloco. Problema 3.26 *3.28. :r • ,. PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS do diagrama tensão­ figura mostra a porção elásticade prova do �ual ela corpo . o aço-lig um para � ��formaçãotinha diâmetro ongm mm 13 compnmento de al a foi obtid ao corpo aplica carga a o ferência de 50 mm. Quandé 12?9265 mm. Ddaeterm . o d me tro diâme o de prova for 50 kN, coeficiente de Poisson para o matenal. 29. A . 10,1004 ---LV"- 79 T(MPa) 'Y � e re "" 350 - '--+P · .,------1 I __,__ p�---�1!1' �,� �1 - y(rad) _ a(MPa) 400 Problema 3.31 1---(----; .,-O,-:L00- :-:2:- - _ _ i.é.__ As sapatas do freio do pneu de uma bicicleta são fei­ tas de borracha. Se uma força de atrito de 50 N for aplicada de cada lado dos pneus, determine a deformação por cisalha­ mento média na borracha. As dimensões da seção transver­ sal de cada sapata são 20 mm e 50 mm. Gb = 0,20 MPa. *3.32. - -- E (mm/mm) Problema 3.29 A figura mostra a porção elástica do diagrama ten­ siío-deformação para um aço-liga. O corpo de prova do qual ela foi obtida tinha diâmetro original de 13 mm e compri­ mento de referência de 50 mm. Se uma carga P = 20 kN for aplicada ao corpo de prova, determine seu diâmetro e comprimento de referência. Considere = 0,4. 3.30. v a(MPa) 400 Problema 3.32 1 ------;( _ _ _ _ ·----=o ,:'-: oo""' z 3.31. A (U, E(mm/mm) 3.33. O tampão tem diâmetro de 30 mm e ajusta-se ao in­ terior de uma luva rígida com diâmetro interno de 32 mm. Ambos, tampão e luva, têm 50 mm de comprimento. Deter­ mine a pressão axial p que deve ser aplicada à parte superior do tampão para que ele entre em contato com as laterais da luva. Determine também a que distância o tampão deve ser comprimido para baixo para que isso aconteça. O material do tampão tem E = 5 MPa e = 0,45. v Problema 3.30 figura mostra o diagrama tensão-deformação de para um aço-liga. Se um parafuso de 6 mm de feit. o desse material for utilizado em uma so­ determine o módulo de elasticidade E e ajunta força para provocar o escoamento do material. ConsidereP Problema 3.33 80 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS O bloco de borracha é submetido a um alongamento de 0,75 mm ao longo do eixo x, e suas faces verticais sofrem uma inclinação de modo que () = 89,3°. Determine as defor­ mações Ex, EY e Yxy ' Considere vb =0,5. 3.34. -:-----------...-.:.:.� ...:;,-:.- ---- _,ti !------ 100 mm ------j ��-�----------- l I I I X Problema 3.34 resistência de um material é o ensaio de tração. Os resultados obtidos com a um orpo de prova de tamanho conhecido são represent ados em um gráfi o no qual a tensão normal é m ar a da no eixo vertical a deformação normal é marca da no eixo horizontal. s ã s Um do testes mais imp ortante para a aplicaç o de uma força de tração a c engenharia exi­ portam ento inicial linear elástico, pelo qual a tensão é pr opor­ cional à deformação, definida pela lei de Hooke, u = Ee. Nest a expressão, E, denominado módulo de el as ticid ade, é a inclinação dessa re t a no diagrama tensão-deformação. c c e Muitos materiais de bem com u = Ee material dúctil Quando o material sofre tensão além escoamento, ocorre de­ formação permanente. O aço, p arti­ cularmente, tem uma região de es­ coamento na qual o material exibe um a ument o na deform aç ã o, mas nenhum aumento na tensão. A re­ gião de en dure cime nto por deforma­ do ponto de tensão de ruptura limite de resistência tensão de ruptura ção provoca escoamento adicional do material com um aument o correspon­ de resis tên­ cia, uma região localizada no corpo de prova começa a sofrer uma constriçã o , denominada estricção. É nesse local onde, finalmente, ocorre a ruptura. dente na tensão. No limite região escoa­ elástica mento tamento elástico por deformação comportamento plástico Materiais dúcteis, como a maioria s metais, exibem comportamento elástico e plástico. A madeira é mo­ do deradamente dúctil. Geralmente, a ductilidade é e sp e cificada pelo alonga­ mento permanente até a falha ou pela redução permanente na área da seção transversal. E endurecimento Porcentagem de alongamento = Lt - L0 L (100%) o Porcentagem de redução de área = A o Ao - At (100% ) PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS pouco ou da falha . antes scoamento e vidro são exemplos disso, o concreto é frági l 81 (T Material frágil de escoamento de um mapode ser elevado por endure­ por deformação, o que se aplicação de uma carga o suficiente para provocar um aumento n a tensão de modo a causar esçoamcnto c, em seguida, liberando A maior tensão produzida ttu·m•�g" o novo ponto de escoamento o material. (T região região elástica plástica /Descarga O' I deformação I recuperação/ permanente elástica (T Ut u, �-----L---- Ep[ Módulo de resiliência E Módulo de tenacidade p 82 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Diagramas de tensão de cisalhamento em relação à deformação por cisalha­ mento também podem ser estabele­ cidos para um material. Dentro da região elástica, = Gy, onde G é o módulo de cisalhamento, determina­ r G do pela inclinação da reta dentro da 2(1 + v) c�1 rg: l' j {i , t E = região elástica. O valor de G também p ode ser obtido pela relação que exis­ te entre G, E e .u x. cabe (o r T '------ ')' v. Quando materiais estão em serviço por longos períodos, torna-se impor­ tante considerar a fluência e a fadiga. Fluência é a taxa de deformação em relação ao tempo que ocorre a alta tensão e/ou alta temperatura. O pro­ jeto de estruturas deve exigir que a tensão no material não ultrapasse uma tensão predeterminada denomi­ nada limite de fluência. Pode ocorrer fadiga quando o material é submeti­ do a um grande número de ciclos de carregamento. Esse efeito provoca a formação de microtrincas, o que leva a uma falha frágil. Para evitar fadiga, a tensão no material não deve ultrapas· sar um limite de fadiga específico. z��®ilu���sJ��.�I!i;; �ls�iiL:· -?X« .:. ·� . �='Jf � "' � y? "" "";;x 8 jY;::: c 3.35. =� = ""'� m "' =B � �-""' y� "" � ;:: ><'< ""i\,;?"" "' '-'« """' "' ""' �"'""'""" - "'� * �;;; "' C0="" = � 0 �, : �= = = - = - " = " . � ;; A figura mostra a porção elástica do diagrama ten­ são-deformação para uma liga de alumínio. O _ - ·· . ;c = _ . . n, = cr � . � � "' •. m.� G,1 para o alumínio. 0,00614 (MPa) 3.37. 500 . ;c = c&� •• 0 '<L�= lo1 ra d a O (mm/mm) Problema 3.36 cabeçote H está acoplado ao cilindro de um compres­ sor por seis parafusos de aço. Se a força de aperto de cada pa­ rafuso for 4 kN, determine a deformação normal nos parafusos. 5 de diâmetro. Se ue = 280 MPa e E,ço Cada um deles tem "----'-- E (mm/mm) 0,00614 mm 200 GPa, qual é a deformação em cada parafuso quando a porca é desatarraxada, aliviando, assim, a força de aperto? = Problema 3.35 *3.36. y; � (MPa) "'----'-- E cr "" "' 500 50 mm e 12,5 mm de diâmetro. Quando a carga aplicada for 45 kN, o novo diâmetro do corpo de prova será 12,48375 mm. va usado para o ensaio tem comprimento de referência de Calcule o módulo de cisalhamento " "' corpo de pro­ ""-� $ �� "' .U9. �'" " ' l '.\.40 . de Jli A figura mostra a porção elástica do diagrama ten­ são-deformação para uma liga de alumínio. O tlt· ) ( corpo de pro­ tema va usado para o ensaio tem comprimento de referência de 50 mm e 12,5 mm de diâmetro. Quando a carga aplicada é 50 kN, determine o novo diâmetro do corpo de prova. O módulo de cisalhamento é G,1 = 28 GPa. lll lll i J \j !l ii l l · Problema 3.37 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS sustentado por um pino em C e um 0 tub o rígid o é Se o diâmetro do cabo gem AB de aço , ca bo d e anCora esticado quando uma e ele quanto o 5 mm, determine . matena1 permanece O tubo. o sobre age 1 P A-36. for carga _ - • . 5 kN clástíco. 83 8 mm de diâmetro é feito de uma liga diâmetro interno de 12 mm e diâmetro externo de 20 mm. 3.41. O p arafuso de de alumínio e está instalado em uma luva de magnésio com Se os comprimentos originais do parafuso e da luva forem 80 mm e 50 mm, respectivamente, determine as defor­ mações na luva e no parafuso se a porca do parafuso for apertada de tal modo que a tensão no parafuso seja de 8 kN. Considere que o material em A é rígido. Ea1 70 GPa, Emg = 45 GPa. = 30 mm Problema 3.41 Problema 3.38 3.39. I O tubo rígido é sustentado por um pino em cabo de ancoragem AB de aço C e um A-36. Se o diâmetro do cabo for 5 m m , determine a carga P se a extremidade B for deslo­ cada 2,5 mm para a direita. 3.42. Um corpo de prova de aço com diâmetro original de 12,5 mm e comprimento de referência de 50 mm foi subme­ tido a um ensaio de tração. Os dados resultantes do teste são apresentados na tabela. Construa o diagrama tensão-defor­ mação e determine os valores aproximados do módulo de elasticidade, limite de resistência e tensão de ruptura. Use uma escala de 20 mm = 50 MPa e 20 mm = 0,05 mm/mm. Desenhe novamente a região elástica linear usando a mesma escala de tensão, mas uma escala de deformação de 0,001 mm/mm. 20 mm = Carga (kN) Alongamento (mm) o 11,1 31,9 37,8 40,9 43,6 53,4 62,3 64,5 62,3 58,8 ls. - ; "' a Problema 3.39 50 ' d 49 315 0,40 0,0025 0,0175 0,0600 0,1020 0,1650 0,2490 1 ,0160 3,0480 6,3500 8,8900 11,9380 Problema 3.42 '3.40. Ao ser submetido a um ensaio de tração, um corpo de prova de liga de cobre com comprimento de referência de mm sofre uma deformação de mm/mm quando a lcnsã 0 e e O MPa. Se ue = MPa quando Ee = mm/mm , determine a distância entre os pontos de referência quando a carga é alivia da. o 3.43. Um corpo de prova de aço com diâmetro original de 12,5 mm e comprimento de referência de 50 mm foi submeti­ do a um ensaio de tração. Usando os dados apresentados na tabela, construa o diagrama tensão-deformação e determine o valor aproximado do módulo de tenacidade. Use uma esca­ la de 20 mm = 50 MPa e 20 mm = 0,05 mm/mm. 84 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Carga (kN) Alongamento (mm) o 11,1 31,9 37,8 40,9 43,6 53,4 62,3 64,5 62,3 58,8 o 0,0175 0,0600 0,1020 0,1650 0,2490 1,0160 3,0480 6,3500 8,8900 11,9380 Problema 3.43 100 *3.44. Uma haste de latão de mm de diâmetro tem mó. GPa. Se a haste tiver m de dulo de elasticidade E1., = 8 3 kN comprimento e for submetida a uma carga axial de determine seu alongamento. Qual será o alongamento se diâmetro for mm? 6 2 � OB Problema 3.44 No · rne r U lll C( ) f i ( 4. 1 1\ d t: /(' lP H,' i i ( vw I r i ca t i po lll i i l t' c Sl' O I Jlllf('i ki d e until I (', se c s t :í r do s u dr ii lt i n d ir;1 de. D1 sob n · Obs v r IIH' d i t; dad 1·s l or n a r V i� nl n·1 Carg a axial ULO OBJET IVOS DO CA PÍT o lvemos o método para determinar a tensão normal e m e l ementos carregados axial­ Capítu l o 1 , desenv o , discutire m os com o determinar a deformação desses e l ementos e d esenvolveremos mente. Neste capítul determi nar as reações nos apoios q uando tais reações n ã o puderem ser determinadas um m éto do para ções de eq u i l íbrio . Tam bém discutiremos u ma a n á l ise dos efeitos da tensão térmica, estri tam ente pelas equa es i n e lásticas e tensão resid ual . conce ntraç ões de tensão, deformaçõ 4.1 Princípi o d e S a i nt-Ve n a nt Nos capítulos anteriores, desenvolvemos o conceito de tensão como um meio para medir a distribuição de força no interior de um corpo e o conceito de deforma­ ção como um meio para medir a deformação geomé­ trica de um corpo. Também mostramos que a relação matemática entre tensão e deformação depende do tipo de material do qual o corpo é feito. Em particular, se o material se comportar de maneira linear elástica, a lei de Hooke será aplicável e haverá uma relação pro­ porcional entre tensão e deformação. Com essa ideia em mente, considere o modo como uma barra retangular se deforma elasticamente quan­ do submetida a uma força P aplicada ao longo do eixo de seu centroide (Figura 4.1a). Nesta figura, a barra está presa a um apoio em uma de suas extremidades, e a força é aplicada em um furo na outra extremida­ de. Devido ao carregamento, a barra deforma-se como indicam as distorções das linhas da grade desenhada sobre a barra, que antes eram horizontais e verticais. Observe a deformação localizada que ocorre em cada extremidade. Esse efeito tende a diminuir conforme as medições são feitas cada vez mais distante das extremi­ dades. Além disso, as deformações vão se nivelando e tornam-se uniformes em toda a seção média da barra. Visto que a deformação está relacionada com a ten­ são no interior da barra, podemos afirmar que a tensão será distribuída mais uniformemente por toda a área da s� ção transversal se um corte for feito em uma seção distante do ponto onde a carga externa é aplicada. Por exemplo, considere um perfil da variação da distribuide tensão que age nas seções a-a, b-b e e-c, cada uma mostrada na Figura 4.lb. Comparando as curvas, a t ensão quase alcança um valor uniform na seção e-c, e que está suficientemente afastada da extremidade. Em outras palavras, a seção e-c está longe o suficiente do p ont? de aplicação de P , de tal modo que a deformação localizada provocada por P seja desprezí vel. A distância mínima em relação à extremidade da barra onde isso ocorre pode ser determinada por meio de uma análise matemática baseada na teoria da elasticidade. Todavia, como regra geral, que também se aplica a muitos outros casos de carregamento e geometria de elementos estruturais, podemos considerar que essa dis­ tância é, no mínimo, igual à maior dimensão da seção transversal carregada. Em consequência, no caso da bar­ ra na Figura 4.lb, a seção e-c deve estar localizada a uma distância no mínimo igual à largura (e não à espessura) da barra.* Essa regra se baseia na observação experimen­ tal do comportamento do material, e somente em casos especiais, como o que acabamos de discutir, ela foi vali­ dada matematicamente. Entretanto, devemos observar que essa regra não se aplica a todos os tipos de elemen­ tos e casos de carregamento. Por exemplo, elementos es­ truturais de paredes finas submetidos a carregamentos que provocam grandes deflexões podem criar tensões e deformações localizadas que têm influência a uma dis­ tância considerável do ponto de aplicação da carga. Observe, na Figura 4.1a, como o apoio impede a redução da largura da barra, o que deveria ocorrer devido ao alongamento lateral da barra - uma con­ sequência do "efeito de Poisson", discutido na Seção 3.6. Contudo, por esse mesmo argumento, poderíamos demonstrar que a distribuição de tensão no apoio tam­ bém se nivelará e se tornará uniforme em toda a seção transversal a uma curta distância do apoio; e mais, a amplitude da força resultante criada por essa distribui­ ção de tensão deve ser também igual a P. O fato de a tensão e a deformação comportarem-se dessa maneira é denominado princípio de Saint-Venant, visto que foi observado pela primeira vez pelo cientista francês Barré de Saint-Venant, em 1855. Em essência, esse prirlcípio afirma que a tensão e a deformação pro­ duzidas em pontos de um corpo suficientemente distantes ' Quando a seção e-c está localizada dessa maneira, a teoria da elasticidade prevê que a tensão máxima será crmáx = 1,02 crméd' 86 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS p lin Carregamento distorce as linhas localizadas cxl da< a b c Linhas localizadas longe da carga e do apoio permanecem retas Carregamento distorce as linhas localizadas perto do apoio p � Ii usa o seção a-a (a ) seção b-b (b) Figma 4.1 da região da aplicação da carga serão iguais à tensão e à deformação produzidas por quaisquer carregamentos aplicados que tenham a mesma resultante estaticamente equivalente e sejam aplicados ao corpo dentro da mes­ ma região. Por exemplo, se duas forças P/2 aplicadas si­ metricamente agirem sobre a barra (Figura 4.1c), a dis­ tribuição de tensão na seção e-c, que é suficientemente afastada dos efeitos localizados dessas cargas, será uni­ forme e, portanto, equivalente a uméct = PIA como antes. Então, resumindo, não temos mais de considerar as distribuições de tensão um tanto complexas que podem realmente se desenvolver nos pontos de aplicação de car­ ga ou em apoios, quando estudarmos a distribuição de tensão em um corpo em seções suficientemente afastadas dos pontos de aplicação de carga. O princípio de Saint­ -Venant afirma que os efeitos localizados causados por qualquer carga que age sobre um corpo serão dissipados ou atenuados em regiões suficientemente afastadas do ponto de aplicação da carga. Além do mais, a distribui­ ção de tensão resultante nessas regiões será a mesma que a causada por qualquer outra carga estaticamente equiva­ lente aplicada ao corpo dentro da mesma área localizada. 4.2 D efo rmaçã o e lástica d e u m e l e m e nto s u bmetido a carga axial Usando a lei d e Hooke e a s definições de tensão e deformação, desenvolveremos, agora, uma equação l=====�x�----�tr�d�x�------� -- :---1 I � I - - que pode ser usada para determinar a deformação elástica de um elemento submetido a cargas axiais. Para generalizar o desenvolvimento, considere a barra mostrada na Figura 4.2a, cuja área de seção transver­ sal varia gradativamente ao longo de seu comprimento L. A barra está sujeita a cargas concentradas em suas extremidades e a uma carga externa variável distribuí­ da ao longo de seu comprimento. Essa carga distribuída poderia, por exemplo, representar o peso de uma barra vertical ou forças de atrito que agem sobre a superfície da barra. Aqui, queremos determinar o deslocamen­ to relativo 8 (delta) de uma das extremidades da bar­ ra em relação à outra extremidade, causada por esse carregamento. Na análise a seguir, desprezaremos as deformações localizadas que ocorrem em pontos de carregamento concentrado e nos locais em que a seção transversal muda repentinamente. Como observamos na Seção 4.1, esses efeitos ocorrem no interior de pe­ quenas regiões do comprimento da barra e, portanto, terão somente um leve efeito sobre o resultado final. Na maioria dos casos, a barra se deformará uniforme­ mente, de modo que a tensão normal será uniformemen­ te distribuída na seção transversal. Usando o método das seções, isolamos um elemento diferencial da barra de comprimento dx e área de seção transversal A(x) em uma posição arbitrária x. O diagra­ ma de corpo livre desse elemento é mostrado na Figu­ ra 4.2b. A força axial interna resultante é representada por P(x), j á que o carregamento externo fará com que ela varie ao longo do comprimento da barra. Essa carga, P(x), deformará o elemento até a forma indicada pela -� I I �----- L -------4� (a) seção e-c (c) seção e-c 8 Figma 4.2 P(x) �da P(x) dx-tl.� (b) tc g r da c ondl I ;I Ca r� hll ll versa mod( exter gma !ante que a , . .,. CARGA AXIAL . ha t 1 aceJ' ada e, tm portanto, o deslocamento de uma das . ento em re1 açao a outra extrenuelem do des ida m c xtre e a defonnaçao no e1emento sao dade será d. A tensão . (J' = _ , _ P( x) A (x ) E = e _ do dx assem Contanto que essas quantidades não ultrap oná-las mos relaci pode e, lidad ciona o limite de propor . e, usando a lei de Hooke, tsto ' (J' ( ) , a s 1a a e D - : .s e D IS i· e , I. ) l· o o l· L· a e a Para o comprimento total da barra, L , devemos in­ tegrar essa expressão para determinar o deslocamento da extremidade exigido. Isso nos dá 0 ond e o P(x) L A (x) E = [ LP(x) dx }0 A(x)E (4.1) = deslocamento de um ponto na barra relativo = distância original entre os pontos a um outro ponto = = força axial interna na seção, localizada a dis­ tância x de uma extremidade área da seção transversal da barra, expressa em função de x módulo de elasticidade para o material Carga constante e área de seção tra n sversal . Em muitos casos, a barra terá uma área de seção trans­ versal constante, A; e o material será homogéneo, de modo que E é constante. Além do mais, se uma força externa constante for aplicada a cada extremidade (Fi­ gura 4.3), então a força interna P também será cons­ tante cm todo o comprimento da barra. O resultado é que a Equação 4.1 pode ser integrada e nos dará = a, �X i> � � � E]] Figura 4.3 Para aplicar a Equação 4.3, temos de desenvolver uma convenção de sinal para a força axial interna e o deslocamento de uma extremi­ dade da barra em relação à outra extremidade. Para tanto, consideraremos que ambos, força e deslocamen­ to, são positivos se provocarem tração e alongamento, respectivamente (Figura 4.4); ao contrário, força e des­ locamento negativos causarão compressão e contra­ ção, respectivamente. Por exemplo, considere a barra mostrada na Fi­ gura 4.5a. As forças axiais internas,"P" , são determi­ nadas pelo método das seções para cada segmento (Figura 4.5b) . Elas são PAB = +5 kN, PBc = - 3 kN, Pcn = - 7 kN. Essa variação na carga axial é mostra­ da no diagrama de força normal para a barra (Figura 4.5c) . Aplicando a Equação 4.3 para obter o desloca­ mento da extremidade A em relação à extremidade D , temos �ôA;n = "" AE= PL (5 kN)LA B AE + ( (-7 kN)Lcv -3 kN)LBc + ---AE E, 1----�H �� +8 (4.2) E L (4.3) Convenção de sinais. ; ·. Se a barra for submetida a várias forças axiais dife­ rentes, ou se a área da seção transversal ou o módulo de elasticidade mudar repentinamente de uma região da barra para outra, a equação acima poderá ser apli­ cada a cada segmento da barra onde todas essas quan­ tidades são constantes. Então, o deslocamento de uma extremidade da barra em relação à outra é determina­ do pela adição algébrica dos deslocamentos das extre­ midades de cada segmento. Para esse caso geral, = EE P(x) do =E dx A(x) P(x) dx do = A(x)E 87 [3-+ P �8 +x - +IIIP C] H +8 Figura 4.4 +Pl!o - +x AE 88 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ( a) A pCD = P (kN) 5 7 kN ---����d<Cil--- 7 kN A B 3 -7 - D ( c) (b) Figura 4.5 Se substituirmos os outros dados e a resposta cal­ culada for positiva, significará que a extremidade A se afasta da extremidade D ( a barra alonga-se) , ao passo que um resultado negativo indicaria que a ex­ tremidade A se aproxima da extremidade D ( a barra fica mais curta) . A notação de índice duplo é usada *' para indicar esse deslocamento relativo, (8AID); entre­ tanto, se o deslocamento tiver de ser determinado em relação a um ponto fixo, então será usado um único índice. Por exemplo, se D estiver l ocalizado em um apoio fixo, o deslocamento calculado será denotado simplesmente como 8A ' em�m®!li tMm®R�m��mms "" ""'� �= '" " Op,.irzctpio:deSaint-::Venantafirma que ambas,deformação e tensão localizadas que ocorrem noi!lteriordas regipes dé ��� ;:;, = '"' =s "' flplica�ão .de ca�ga ounos apoiQs, teudem a "rúvelar-se" a uma distância suficientemente afastàda dessas regiões, :,"O d�slQcaiileuto c;le um elemento ç.arregado aJCifÜmente é determinado pela relação entre a carga aplicada e a tensão 1;>pr meio. c1a f6rmul,a u = i � :Pela rela9ão entre o cleslocamento e a deformação por meiocla expressão e = dô!dx, Por . . , miando-se alei de ooke, u = Ee, dando como resultado.a Eql.lação 4.l. .. • . ,essas .duas equações Sã(} c�momadas, � •tJ'tuaxeique a lei de Hoolce éusad rio desenvolvimen.tG da equação do deslocam�l1t(),é im�?rta11te q1lé as cargas não provoquem escoamento do material.e que o materiál seja homogêneo e se comporte de maneira linear elástica. 1 · ·. � . fA H Equação 4.1 (ou a Equação 4.2).A aplicação exige a s etapas descritas a seguir. O desl oc amento relativo entre dois pontos A e B em um elemento carregado axialmente p ode ser determinado aplicando -se a Força interna • Use o método das seções para determinar a forç a axial interna P no elemento. função de x, isto é, P(x). " Se essa força variar ao longo do comprimento do elemento, deve-se fazer um corte em um local " Se várias arbitrário a dis­ forças externas constantes agirem sobre o elemento, então, em cada segmento do elemento se deve tância x de uma extremidade do elemento e a força deve ser repre sentada em força de tração interna épositiva e umaforça de compressão interna é negativa. Por conve­ d eterminar a força interna entre quaisquer duas forças externas. " Para qualquer segmento, uma niência, os resultados do carregamento interno podem ser mostrados graficamente em um diagrama de força normal. Deslocamento " Quando a área da seção transversal, o módulo de elasticidade ou o carregamento interno mudar repentinamente, a g Quando se substituem dados nas equações 4.1 a 4.3, não se deve esquecer de atribuir o sinal adequado a P. Car­ regamentos de tração são positivos, e c arre gamentos de compressão são negativos. Além disso, usa-se um con­ " Se a área • g da seção transversal do elemento varia ao lon o de seu eixo, essa área deve ser expressa em função de sua posição, x, isto é, A(x). Equação 4.2 deverá ser aplicada a cada se mento para o qual essas quantidades sejam constantes. junto de unidades consistente. Para qualquer segmento, se o resultado calculado for uma quantid ade numérica positiva, indica alongamento; se for negativa, mdica uma contração. CARGA AXIAL 89 75 kN � 75 kN 75 kN 5 -�p (kN) o �--'74 1,0 lÃB = 75 kN 1,75 P8c = 35 kN 2,25 -45 x (m) Pcn = (b) (a) 35 (c) Figma 4.6 barra de aço A-36 mostrada na Figura 4.6a é compos­ ta por dois segmentos,AB e BD, com áreas de seção trans­ versal A,w = 600 mm2 e A8n 1.200 mm2 , respectivamente. Determine o deslocamento vertical da extremidade A e o deslocamento de B em relação a C. A = SOLUÇÃO Devido à aplicação das cargas externas, as forças axiais internas nas regiões AB, BC e CD serão todas diferentes. Essas forças são obtidas pela aplicação do método das seções e da equação do equilíbrio da força vertical, como mostra a Figura 4.6b. A Figura 4.6c mostra a representação gráfica dessa variação. Deslocamento. Pelos dados apresentados na tabela ao final deste livro, Eaço = 210(103) MPa. Pela convenção de si­ nais, as forças de tração internas são positivas, e as forças de compressão são negativas; portanto, o deslocamento vertical de A em relação ao apoio fixo D é [+75 kN](1 m)(106) I)A = L PL AE [600 mm2 (210)(103 ) kN/m2 ] m)(106) + [+35 kN](0,75 [1.200 mm2 (210)(103 ) kN/m2 ] kN](0,5 m)(106) + [1.200[-45 mm2 (210)(103 ) kN/m2 ] = +0,61 mm Resposta Uma vez que o resultado é positivo, a alonga-se, porta nto o deslocamento em A é para cima.barra Aplicando a Equação 4.2 entre os pontos B e C, obtemos Força interna. _ /)B IC = pBCLBC Anc B [+35 kN](0,75 m)(106) [1.200 mm2 (210)(103 ) kN/m2 ] + 0,104 mm Resposta Nesse alo nga. caso, B afasta-se de C' visto que o segmento se = O conjunto mostrado na Figura 4.7a é composto por um tubo de alumínio AB com área de seção transversal de 400 mm2• Uma barra de aço com 10 mm de diâmetro está acoplada a um colar rígido e passa pelo tubo. Se uma carga de tração de 80 kN for aplicada à barra, determi­ ne o deslocamento da extremidade C da barra. Considere Eaço 200 GPa, Ea1 = 70 GPa. = SOLUÇÃO Força interna. O diagrama de corpo livre do tubo e da barra (Figura 4. 7b) mostra que a barra está sujeita a uma tração de 80 kN e o tubo, a uma compressão de 80 kN. Deslocamento. Em primeiro lugar, determinaremos o deslocamento da extremidade C em relação à extremidade B. Trabalhando com as unidades newtons e metros, temos oc;n AE PL = �� = = --" _c_-:__:__--_ _:_ w( 0,0-05 m ? [200 ( 1 09 )_N/_m�2] [+80(103 ) N](0,6 m) +0,003056 m PAB = 80 kN 80 kN P8c = 80 kN -> , 80 kN (b) Figma 4.7 90 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 90kN 200mm AI � li 200mm90kN}-4OOmml � � I 300mm f60kN Ql 30kNf F 1� Cd (a) u • •••. ·. . .u ·.• . • J PAc = (b) Figura 4.8 O sinal positivo indica que a extremidade C se desloca para a direita em relação à extremidade B , j á que a barra se alonga. O deslocamento da extremidade B em relação à extre­ midade fixa A é PL ôB - AE - - Nesta expressão, o sinal negativo indica que o tubo fica mais direita em relação a A. Visto que ambos o s deslocamentos são para a direita, o deslocamento resultante de A é, portanto, (�) ôc = 88 op Psv = (c) (d) Poste BD: [-30 ( 1 03 ) N] (0,300 m) � 9 2 2 ?T(0,020 m) [70(10 ) Njm ] 6 = -102( 10- ) m = 0,102 mm Por cálculo proporcional do triângulo sombreado, o deslo­ camento do ponto �"' "" � � "' ��eNJem� "' " ;s: �.� "' ' Um elemento ( ) F é, portanto, ô p = 0,102 mm + (0,1 84 mm) + ôc;s = 0,001143 m + 0,003056 m Resposta A, B e F na viga. locamentos da linha central nos pontos C em relação à extremidade = 0,00420 m = 4,20 mm ---? ----I B F A Figura 4.8d mostra um diagrama que ilustra os des­ = -0,001143 m = 0,001143 m ---? fixa i � 0,102mm,1-A-- 600 mm----1 !---400 mm O,l02�m 84mm 60kN 30kN (�·0,o,2l86mm [-80 ( 10 3) N] ( 0,4 m) ---;:;------:c-::'---=-::---=---=------=2 [400 mm ( 10-6 ) m2/mm2] [70 ( 109 ) Njm2] curto e, por isso, B desloca-se para a 30kN 60kN 400 mm 600 mm D 1 = 0,225 mm t lu Resposta = ài« x/' é feito de um material com peso específico E. Se esse elemento tiver a forma 'Y e módulo de elasticidade de um Uma viga rígida AB está apoiada nos dois postes curtos mostrados na Figura 4.8a. AC é feito de aço e tem diâmetro de 20 mm, e BD é feito de alumínio e tem diâmetro de 40 mm. Determine o deslocamento do ponto F em AB se uma cone com as dimensões mostradas na Figura 4.9a, de· termine até que distância sua extremidade se deslocará sob a força da gravidade, quando suspenso na posição vertical. y OB� carga vertical de 90 kN for aplicada nesse ponto. Considere Eaço = 200 GPa, Ea1 = 70 GPa . I ra r loc;1 SOLUÇÃO Força interna. As forças de compressão que agem na par­ do elemento AB (Figura 4.8b ). Essas forças são iguais às for­ ças internas em cada poste (Figura 4.8c). Deslocamento. cada poste é I y te superior de cada poste são determinadas pelo equilíbrio P(y) L O deslocamento da parte superior de Poste AC: X I ice 4. 1 . lié lic lll c l i d ete 3 [ - 60 ( 10 ) N] (0,300 m) � 6 = -286(10- ) m = 0,286 mm ----'---- ht- l i c lJ c ( X (a) Figma 4.9 (b) CARGA AXIAL SOLUÇÃO • • A força axial interna varia ao longo do eleForça •mterna· um segmento peso W(y) de . a que ela depende do _ mento, J" (Figura 4.9b) . Por seçao qualquer de o do eIem ento abaix devemos usar deslocamento, o calcular 'ncia ' para . , . conseque . dtstancta sua uma a de localizada seção Na - 0 4· 1 · a E quaça . _ , em funçao de de­ cone e do x raw o inferior ' . ext renll'dade . , nal, tsto e , orcw prop lo cálcu por termi nado y o volume de u m cone c o m raio da b a s e x e 91 y altura yé Problema 4.1 4.2. A coluna de aço A-36 é usada para suportar as cargas si­ métricas dos dois pisos de um edifício. Determine o deslocamen­ to vertical de sua extremidade, Visto que + t �Fy = W = yV, a força interna na seção torna-se P ( y ) - ')'1TrÔ y3 3L2 Deslocamento. A = 310 kN 4.3. A coluna de aço A-36 é usada para suportar as car­ gas simétricas dos dois pisos de um edifício. D etermine as _ O; A, se P1 = 200 kN, P2 e a coluna tiver área de seção transversal de 14.625 mm2• P1 P A 3 se se mover mm para baixo e B se mover e cargas 2 2,25 mm para baixo quando as cargas forem aplicadas. área da seção transversal também é coluna tem área de seção transversal de 14.625 mm2• A função da posição y (Figura 4.9b ). Temos A aplicação da Equação 4.1 entre os limites y = O e 0 = = ( LP ( y ) dy lo A ( y )E L y dy � 3 1 = y L dá = fL [ (y1TrÔ/3L2 ) i] dy lo [(1TrÕ/L2 )y2j E Resposta OBSERVAÇÃO: Uma verificação parcial desse resultado mos­ trará que as unidades dos termos, quando canceladas, dão o des­ locamento em unidades de comprimento, como esperado. Problemas 4.2/3 *4.4. O eixo de cobre está sujeito às cargas axiais mostradas na figura. Determine o deslocameuto da extremidade relação à extremidade forem Ecobre 4.1. O navio é impulsionado na água pelo eixo de uma hé­ lice de aço com 8 m de comprimento medido desde a hélice até o mancai de encosto D no motor. Se o eixo tiver diâ­ metro externo de 400 mm e espessur a de parede de 50 mm, de termine a quantidad e de contração axial do eixo quando a hélice exercer uma força de 5 kN sobre o eixo. Os apoios em B e C são mancais de deslizamento. d = AB = 20 mm, 126 GPa. d A em D se os diâmetros de cada segmento se = 25 mm e d cv = 12 mm. Considere A-36 Problema 4.4 4.5. A haste de aço A-36 está sujeita ao carregamento mos­ trado. Se a área de seção transversal da haste for 60 mm2, 92 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS B e A. Despreze o tamanho B, C e D. A carga é sustentada pelos quatro cabos de aço ino­ determine o deslocamento de '4.8. dos acoplamentos em xidável 304 conectados aos elementos rígidos AB e DC. De­ termine o deslocamento vertical da carga de 2,5 kN se os ele­ mentos estiverem na horizontal quando a carga for aplicad a. Cada cabo tem área de seção transversal de 16 mm2• 4.9. A carga é sustentada pelos quatro cabos de aço inoxidá­ vel 304 conectados aos elementos rígidos AB e DC. Determi­ ne o ângulo de inclinação de cada elemento após a aplicação 4. 1 to da .'10 de tra illl da carga de 2,5 kN. A posição original dos elementos era hori­ E zontal e cada cabo tem área de seção transversal de 1 6 mm2• F .! "' .·.> •.• , , ., 1 1 ·< • ._ ' > "' ' '· ' · , . , , . ., , : :. .: : ·"'· '' ' '· ' I l 0,9 m r D 8 kN l__ A Problema 4.5 o, m CB de aço A-36 e uma haste BA de alumínio 6061-T6, cada uma com diâmetro de 25 mm Determine as cargas aplicadas P1 e P2 se A se deslocar 2 mm para a direita e B se deslocar 0,5 mm para a esquerda quan­ 4.6. H O conjunto é composto por uma haste 0,3 m . do as cargas forem aplicadas. O comprimento de cada segmento B e C e considere que elas são rígidas. c I i--- 0,9 m 4.1' (O ( B das 0,3 m 2 5 kN Problemas 4.8/9 quando não alongado é mostrado na figura. Despreze o tama­ nho das conexões em 0,6 m---1 1,5 m :HJ'i 12 I q ua 4.10. A barra tem área de seção transversal de 1.800 mm2 e E = 250 GPa. Determine o deslocamento da extremidade A da barra quando submetida ao carregamento distribuído. t---- x ---1 ��----1 Problema 4.6 4.7. O eixo AC de aço A-36 com 15 mm de diâmetro é susten­ B. Se for submetido a w= 500x113 Njm tado por um colar rígido fixado ao eixo uma carga axial de 80 kN em sua extremidade, determine a dis­ 4.11. tribuição de pressão uniforme p no colar exigida para o equilí­ -6A1-4V) e uma barra rígida brio. Calcule também o alongamento nos segmentos BC e BA. O conjunto é composto por três hastes de titânio (Ti­ AC. A área da seção transversal de cada haste é dada na figura. Se uma força de 30 kN for aplicada ao anel F, determine o deslocamento horizontal do ponto F. '4.12. O conjunto é composto por três hastes de titânio -6A1-4V) e uma barra rígida (Tí­ AC. A área da seção transversal de cada haste é dada na figura. Se uma força de 30 kN for apli­ cada ao anel F, determine o ângulo de inclinação da barra AC 1,2 m C 1t" Acv = 600 mm2 �D E 80 kN Problema 4.7 lr's 1,8 m A T 0,6 m Í F !t0 , 3 m 'ô 30 kN 0,3 m A EF = 1.200 mm j_ 1 Problemas 4.11112 4. 15. hmr. na lí: de te CARGA AXIAL por molas é compossuporte para tubos· apoiado - ongma · · 1, nao es t-ao a1ongapos1çao na que, uas molas · · d ave ' 1 de aço mox1 h astes tres kN/m, 60 k ez rigid cm e 1ame e d 5 EF d' tro mm etro d1am 1_1 com CD, 04 AB que o e ele flmdo tubo o Se GH. rígida viga 3 de iz mm e uma ine o kN, desloca 4 determ de peso um em t· tiver ta . transpo tubo quando estive te. do ao supor acopla r mento do "-13· U m to por d das e te' m e - = A " A 93 *4.16. O sistema articulado é composto por três elementos de aço A-36 conectados por pinos, cada um com área de seção transversal de 500 mm2. Se uma força vertical P 250 kN for aplicada à extremidade B do elemento AB, determine o deslo­ camento vertical do ponto B. 4.17. O sistema articulado é composto por três elementos de aço A-36 conectados por pinos, cada um com área de seção transversal de 500 mm2 . Determine o valor da força p necessária para deslocar o ponto B a uma distância de 2,5 mm para baixo. = 0,2S m 0,2S m Problema 4.13 Um suporte para tubos apoiado por molas é compos­ por duas molas que, na posição original, não estão alonga­ das têm rigidez k = 60 kN/m, três hastes de aço inoxidável 304,AB e CD, com diâmetro de 5 mm e EF com diâmetro de 12 mm, e uma viga rígida GH. Se o tubo for deslocado 82 mm quando estiver cheio de fluido, determine o peso do fluido. 4.14. to e p Problemas 4.16/4.17 m 0,2S m 0,2Sm 4.15. O Problema 4.14 1114.18. Considere o problema geral de uma barra compos­ ta por m segmentos, cada um com área de seção transversal constante A111 e comprimento L"'. Se houver n cargas sobre a barra como mostra a figura, escreva um código computacio­ nal que possa ser usado para determinar o deslocamento da barra em qualquer local específico x . Mostre uma aplicação do código usando os valores L1 = 1,2 m, d1 = 0,6 m, P1 2 kN, A1 1.875 mm2 , L2 = 0,6 m, d2 = 1,8 m, P2 = -1,5 kN, A2 625 mm2• = = = conjunto é composto por três hastes de titânio e uma barra rígida AC. A área da seção transversal de cada haste é dada na figura. Se uma força vertical P = 20 kN for aplicada ao anel F, determine o deslocamento vertical do ponto F. E,i = 350 GPa. Anc = 4S mm2 2 m ABA = 60 mm2 2 m f. ---...J c A ��---,- f--0,5 lP = 20kN ,,\!F Problema 4.15 Problema 4.18 4.19. A barra rígida é sustentada pela haste CE acoplada por pino, com área de seção transversal de 14 mm2 feita de alumínio 6061-T6. Determine a deflexão vertical da barra em D quando a carga distribuída for aplicada. e 94 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS nar resistência ao atrito uniformemente distribuída ao longo do comprimento do poste e variar linearmente de w = O em y "" O a w = 3 kN/m em y = 2 m, determine a força F em sua parte inferior necessária para haver equilíbrio. Calcule também qual é o deslocamento da parte superior do poste, A, em relação à sua parte inferior, B. Despreze o peso do poste. 4.2 7 UI da p d a dt ai! 20 kN *4.20. A viga rígida está apoiada em suas extremidades por dois tirantes de aço A-36. Se a tensão admissível para o aço for uadm = 115 MPa, a carga w = 50 kN/m e x = 1,2 m, deter­ mine o diâmetro de cada haste de modo que a viga permane­ ça na posição horizontal quando carregada. 4.21. A viga rígida está apoiada em suas extremidades por dois tirantes de aço A-36. Os diâmetros das hastes são dAB = 12 mm e dcv = 7,5 mm. Se a tensão admissível para Problema 4.23 o aço for uactm = 115 MPa, determine a intensidade da carga distribuída w e seu comprimento x sobre a viga para que esta *4.24. A haste tem uma leve conicidade e comprimento L. permaneça na posição horizontal quando carregada. Está suspensa a partir do teto e suporta uma carga P em sua extremidade. Mostre que o deslocamento de sua extremida­ de em razão dessa carga é 8 = PLI('ITEr2r1). Despreze o peso B do material. O módulo de elasticidade é E. 4.25. Resolva o Problema 4.24 incluindo P e o peso do ma­ terial e também considerando que o peso específico da haste é y (peso por unidade de volume). Al Dr TC � _j 4.ZX. do st "'­ . HI k i 4. 21). dli('( p i r :'i 1 ;llé li d a 1'.1 ,.j!;;-I.__. --1--'--..l._J._ � -"--� :-= 2,4 m - - Problemas 4.20/21 O poste é feito de abeto Douglas e tem diâmetro de 60 mm. Se estiver sujeito a uma carga de 20 kN e o solo pro­ porcionar resistência ao atrito w = 4 kN/m uniformemente distribuída ao longo de seus lados, determine a força F na par­ te inferior do poste necessária para haver equilíbrio. Calcule também qual é o deslocamento da parte superior do poste, A, em relação à sua parte inferior, B. Despreze o peso do poste. 4.22. 20 kN Pmblemas 4.24/25 Dois lados opostos de uma esfera de raio r0 foram cortados para fabricar o suporte apresentado na figura. Se a altura original do suporte for r/2 determine até que distân­ cia ele se encurta quando suporta uma carga P. O módulo de elasticidade é E. 4.26. , p Problema 4.22 4.23. O poste é feito de abeto Douglas e tem diâmetro de 60 mm. Se estiver sujeito a uma carga 20 kN e o solo proporcio- Problema 4.26 4.JO. pcl;1 o lli<Í d l' l t: l q ll i l l l CARGA AXIAL 95 dades foram truncadas é usa- 4 . 3 Prin c íp i o da s u pe rposiçã o ma bola cujas extremi P. Se o mo' du1o d e e1 ashciapmo de carga . ortar a sup . o d ecresc1 , .mo em sua E' determme para material for O princípio d a superposição é frequentemente usa­ a carga é aplicada. altura q uando U · · · O p Problema 4.27 Determine o alongamento da tira de alumínio quan­ 30 kN. E.1 = 70 GPa. do submetida a uma força axial de 4.28. �����: 15 mm 50 mm +==-� �250 mm+·---800 mm----+ � � 30 kN Problema 4.28 peça fundida é feita de um material com peso espe­ dfico e módulo de elasticidade E. Se ela tiver a forma da pirilmide cujas dimensões são mostradas na figura, determine até que distância sua extremidade será deslocada pela ação da gravidade quando estiver suspensa na posição vertical. 4.29. A y Problema 4.29 O raio do pedestal apresentado na figura é definido pela função r = 2/(2 + y112) m, onde y é dado em metros. Se o módulo de elasticidade para o material for E = 100 MPa, determine o deslocamento da parte superior do pedestal quando ele suportar a carga de 5 kN. 4.30. r= (2 2 1/2) +y r Problema 4.30 do para determinar a tensão ou o deslocamento em um ponto de um elemento quando este estiver sujeito a um carregamento complicado. Subdividindo o carre­ gamento em componentes, o princípio da supelposi­ ção afirma que a tensão ou o deslocamento resultante no ponto pode ser determinado se antes se determinar a tensão ou o deslocamento causado por cada com­ ponente da carga agindo separadamente sobre o ele­ mento. Então, a tensão ou deslocamento resultante é determinado pela soma algébrica das contribuições causadas por cada uma das componentes das cargas. Para aplicar o princípio da superposição, as duas condições a seguir devem ser válidas. 1. A carga deve estar relacionada lineannente com Por exemplo, as equações O' = PIA e 8 = PLIAE envolvem uma relação linear entre P e O' ou 8. a tensão ou o deslocamento a ser detenninado. 2. A carga não deve provocar mudanças signifi­ cativas na geometria ou configuração original Se ocorrerem mudanças significa­ tivas, a direção e a localização das forças apli­ cadas e seus momentos mudarão e, por conse­ quência, a aplicação das equações de equilíbrio darão resultados diferentes. Como exemplo, considere a haste delgada mostrada na Figu­ ra 4.10a, sujeita à carga P . Na Figura 4.10b, P é substituída por duas de suas componentes, P = P 1 + P 2 • Se P provocar uma grande deflexão na haste, como mostra a figura, o momento da carga em torno de seu apoio, Pd, não será igual à soma dos momentos das componentes das car­ gas, Pd i= PA + P2d2, porque d 1 i= d2 i= d. do elemento. A maioria das equações envolvendo carga, tensão e deslocamento desenvolvidas neste livro representa relações lineares entre estas grandezas. Além disso, os elementos ou corpos considerados serão tais que o carregamento produzirá deformações tão pequenas que a mudança na posição e na direção do carrega­ mento será insignificante e poderá ser desprezada. Entretanto, uma exceção a essa regra será discutida no Capítulo 13. Essa exceção é uma coluna que su­ porta uma carga axial equivalente à carga crítica ou de flambagem. Mostraremos que, mesmo quando essa carga sofre apenas um ligeiro aumento, provoca gran­ de deflexão lateral na coluna, ainda que o material permaneça no regime linear elástico. Essas deflexões, associadas às componentes de qualquer carga axial, não podem ser superpostas. 96 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 1----- dz -------1 (b) (a) Figura 4.10 4.4 Elemento com carga axial estaticamente indeterminado Quando uma barra está presa somente em uma ex­ tremidade e é submetida a uma força axial, a equação de equilíbrio da força aplicada ao longo do eixo da barra é suficiente para determinar a reação no supor­ te fixo. Um problema como esse, no qual as reações podem ser determinadas estritamente pelas equações de equilíbrio, é denominado estaticamente determina­ do. Entretanto, se a barra estiver presa em ambas as extremidades, como na Figura 4.11a, então aparecem duas reações axiais desconhecidas (Figura 4.11 b), e a equação de equilíbrio de força torna-se + j �F = O; Neste caso, a barra é denominada estaticamente in­ determinada, visto que a(s) equação(ões) de equilíbrio não é( são) suficiente( s) para determinar as reações. Para estabelecer uma equação adicional necessária para a solução, temos de considerar a geometria da de­ formação. Especificamente, uma equação que indique as condições para o deslocamento é denominada con­ dição de compatibilidade ou condição cinemática. Uma condição de compatibilidade adequada exigiria que o deslocamento relativo de uma extremidade da barra em relação ao da outra extremidade fosse igual a zero, visto que os apoios das extremidades são fixos. Por consequência, podemos escrever Considerando que AE é constante, podemos resol­ ver essas duas equações para as reações, o que dá e Ambos os resultados são positivos, portanto, as reações estão mostradas corretamente no diagrama de corpo livre. A rt Lt L i[ -� c p B (a) FALAc AE F-B=--L_:::cB = O AE = !•.a d a , l klcJ tr rll<t I () 1 < 1 1 11 SOLL f)AIB = 0 Essa equação pode ser expressa em termos das cargas aplicadas por meio de uma relação cm·ga-des­ locamento que depende do comportamento do ma­ terial. Por exemplo, se ocorrer comportamento linear elástico, 8 = PL/AE pode ser usada. Percebendo-se que a força interna no segmento AC é + FA , e que no segmento CB a força interna é - F8 (Figura 4.11c), a equação de compatibilidade pode ser escrita como ;\ de > r Equili (l·i1:u r cic r r l c C Oi l l < i l Íll d t• i c c q u < � �· () \ " Cornp F8 Fs (b) (c) Figura 4.11 lll c n l c . CARGA AXIAL 97 qne l:iajàuma relaçã5� lin�ar�ntr� o s:arregame:çtto � a provoque mudanças signifie�ti.v�s·na g�(;l.ll).� l!'i� . priginal do elemento. é estaticmnente indeterminado �e as eqJúl,ÇÕes cJe equilíbrio não aticamente indeterminados, as forças desconhecidas são determinadas satisfazendo os requisitos o ai e Em problemas est de equilíbrio, c mp t bilidad e força-deslocamento para o elemento. Eq uilíbrio Desenhe um di agrama de corpo livre do elemento para identificar todas as forças qu e agem sobre ele. problema pode ser classificado como estaticamente indeterminado se o número de reações desconhecid as no diagrama de corpo livre for maior do que o número de equações de equilíbrio disponíveis, • Escreva a equações de equilíbrio para o elemento. • .. O Comp atibilidade ara escrever as equações de compatibilidade, considere desenhar um diagrama de deslocamento para investigar o modo como o elemento se alongará ou contrairá quando submetido a cargas externas. • Expresse as condições de comp atibilidade em termos dos deslocamentos causados pelas forças. • Use uma relação carga-des locamento tal como 8 = PL!AE p ara relacionar os deslocament os desconhecidos com as reações desconhecidas. • Resolva as equações de equilíbrio e compatibilidade p ara as forças reativas desconhecidas. Se qualquer dessas forças tiver um valor numérico negativo, isso indica que ela age no sentido oposto ao indicado no diagrama de cmpo livre. • P e*el'!ll emm ��.5 , Esse deslocamento pode ser expresso em termos das rea­ ções desconhecidas pela relação carga-deslocamento, Equa­ ção 4.2, aplicada aos segmentos AC e CE (Figura 4.12c ). Tra­ A haste de aço mostrada na Figura 4.12a tem diâmetro balhando com as unidades newtons e metros, temos de 5 mm e está presa à parede fixa em A. Antes de ser carre­ gada, há uma folga de 1 mm entre a parede em B' e a haste. Determine as reações em A e B' se a haste for submetida a urna força axial P = 20 kN como mostra a figura. Despreze FA(0,4 m) o ta manho do colar em C. Considere E = 200 GPa. O '001 m = 1r(0,0025 m)=::9 ) Njm2] 2 [200(10 SOLUÇÃO Fs(0,8 m) Equilíbrio. Como mostrado no diagrama de corpo livre (Figura 4.12b ), consideraremos que a força P é grande o sufi­ ou ciente para fazer com que a extremidade B da haste entre em �ontato com parede em B'. O problema é estaticamente FA (0,4 m) - F8 (0,8 m) = 3927 0 N · m (2) mdcterminado visto que há duas incógnitas e apenas uma equação de equilíbrio. A resolução das equações 1 e 2 nos dá O equilíbrio da haste exige Resposta FA = 16,6 kN FB = 3,39 kN Visto que a resposta para F8 é positiva, a extremidade B :±; 'ZF . = O · (1) realmente entrará em contato com a parede, como conside­ Com patibilidade. A carga faz com que o ponto B movi­ ramos desde o início. �ente-se até o ponto B' sem mais nenhum deslocamento adi­ OBSERVAÇÃO: Se F8 fosse uma quantidade negativa, o Cional. Portanto, a condição de compatibilidade para a haste é problema seria estaticamente determinado, de modo que F 8 = O e FA = 20 kN. 881A = 0,001 m " "' "' �"' ="'JP aço a X ' ------=- ---'---:---; --;;- , 98 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ( a) (c) (b) Figura 4.12 Resolvendo as equações 1 e 2 simultaneamente, temos 30 kN F;at 15 kN O poste de alumínio mostrado na Figura 4.13a é reforça­ do com um núcleo de latão. Se esse conjunto suportar uma Visto que os resultados são positivos, a tensão será, carga de compressão axial resultante P 45 kN, aplicada na realmente, de compressão. tampa rígida, determine a tensão normal média no alumínio e Portanto, a tensão normal média no alumínio e no latão é no latão. Considere Ea1 70(103) MPa e 1 t 105(103) MPa. 30 kN 5,09 MPa SOLUÇÃO 1T[(0,05 m)2 - (0,025 m)2 ] Resposta Equilíbrio. O diagrama de corpo livre do poste é mostra­ do na Figura 4.13b. Aqui, a força axial resultante na base é 15 kN 7,64 MPa representada pelas componentes desconhecidas suportadas 1r[ (0,025 m)2 ] Resposta pelo alumínio, Fal ' e pelo latão, F1•1• O problema é estatica­ mente indeterminado. Por quê? As distribuições de tensão são mostradas na Figura 4.13c. O equilíbrio da força vertical exige = Ea = = = F"1 = = = lat = a: Cor h mi re l a po d a eq (1) Compatibilidade. A tampa rígida na parte superior do poste obriga que o deslocamento de ambos, alumínio e la­ As três barras de aço A-36 mostradas na Figura 4.14a tão, seja o mesmo. Portanto, estão conectadas por pinos a um elemento rígido. Se a car­ ga aplicada ao elemento for 15 kN, determine a força de­ 8al 8lal senvolvida em cada barra. Cada uma das barras e EF tem área de seção transversal de 25 mm2, e a barra CD tem Pelas relações carga-deslocamento, área de seção transversal de 15 mm2 • = AB FatL = AFtatL AalEal latElat Aal)(Eal) Fat = Flat(A lat Elat ( I :i SOLU ÇÃO m)2 - (0,025 m)2 ] ][ 70(1W MPa l Fal = Flat [1T[(0,057T(0,025 m) 2 105(10)3 MPa (2) Equilíbrio. O diagrama de corpo livre do elemento rígido é mostrado na Figura 4.14b. Esse problema é estaticamente indeterminado visto que há três incógnitas e somente duas equações de equilíbrio disponíveis. Essas equações são +t2:F = o· 1+ 2:Mc =O; -JS1(0,4 m) + 15 kN(0,2 m) + Fe(0,4 m) =O 50 mm y ' t:Tiat = -- t ,.l Fla t Fa l � (b) Figura 4.13 (2) (1) 7,64 MPa O"a! (a) l'<' l a (c) = 5,09 MPa l O 111111 CARGA AXIAL 99 A F D B. �• c ro,2 m� 0,2 m I I. ú E � Q m . 0,4 m ==f I 15 kN 15 kN (a) J d 0,4 m --;j ::��E A 0,4 m 8c A' (c) (b) Figura 4.14 A carga aplicada fará com que a reta horizontal ACE mostrada na Figura 4.14c desloque-se até a reta inclinada A'C' E'. Os deslocamentos dos pontos A, C e E O parafuso de liga de alumínio 2014-T6 mostrado na Figura podem ser relacionados por triângulos proporcionais. Assim, 4.15a é apertado de modo a comprimir um tubo cilíndrico de liga a equação ele compatibilidade para esses deslocamentos é demagnésioAm 1004-T61. O tubo tem raio externo de lO mm, e consideramos que o raio interno do tubo e o raio do parafuso são úc - oE ambos 5 mm. As arruelas nas partes superior e inferior do tubo 0,4 m são consideradas rígidas e têm espessura desprezível. Inicialmen­ te, a porca é apertada levemente à mão; depois, é apertada mais meia-volta com uma chave de porca. Se o parafuso tiver 20 roscas por polegada, determine a tensão no parafuso. Pela relação carga-deslocamento (Equação 4.2), temos Compatibilidad e. SOLUÇÃO Equilíbrio. Consideramos que o diagrama de corpo livre de uma seção do parafuso e do tubo (Figura 4.15b) está cor­ reto para relacionar a força no parafuso, ��· com a força no Fc = 0,3FA + 0,3FE (3) tubo, F,. O equilíbrio exige A resolução simultânea das equações 1 a 3 resulta Fp - F = O (1) +t iFy = O'· O problema é estaticamente indeterminado visto que Resposta FA = 9,52 kN há duas incógnitas nesta equação. FC = 3,46 kN Resposta Compatibilidade. Quando a porca é apertada contra o para­ fuso, o tubo encurta o,, e o parafuso alonga-se oP (Figura 4.15c). FE = 2,02 kN Resposta Visto que a porca ainda é apertada mais meia-volta, ela avança uma distância de 1/2(20/20 mm) = 5 mm ao longo do parafuso. Assim, a compatibilidade desses deslocamentos exige t lO Considerando o módulo de elasticidade EA m = 45 GPa, E"1 = 75 GPa e aplicando a equação 4.2, temos (+t) m 8 (a) (b) Figura 4.15 Posição (c) 1 0,5 mm Posição inicial F;(60 mm) 2 ?T[ (10 mm) - (5 mm)2 ][45(103 ) MPa] FP (60 mm) -'-::= 0,5 mm 7r[(5 mm)2 ][75(10 3 ) MPa] 5F, = 125?T(1,125) - 9FP A resolução simultânea das equações 1 e 2 dá �� = F, = 31.556 N = 31,56 kN - - -=--- - (2) 1 00 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Portanto, as tensões no parafuso e no tubo são 31.556 N 2 N/ = j!p_ = AP 1r(5 mm)2 = 401,8 mm = 401,8 MPa 31.556 N = f; = 133, 9 N/mm2 2 A1 [ (10 mm) (5 mm)2 ] 9 Resposta = 133, MPa Essas tensões são menores do que a tensão de escoa­ mento informada para cada material, (aJar 414 MPa e (ae)mg 152 MPa (ver o final do livro) e, portanto, essa análise "elástica" é válida. crb = cri 1r - = Pelo diagrama de corpo livre da barra (Figura 4.1lb) a reação em A pode ser agora determinada pela equação de equilíbrio, , c + i L:Fy = O; Visto que L cs = L - LAC' então = 4.5 Método d e a n á l ise d e fo rça p a ra e l e m e ntos ca rre g a d os axi a l m ente Também é possível resolver problemas estaticamente indeterminados escrevendo a equação de compatibilidade levando em consideração a superposição das forças que agem no diagrama de corpo livre. Este método de solução é conhecido como método de análise deflexibilidade ou deforça. Para demonstrar a aplicação desse método, con­ sidere, mais uma vez, a barra na Figura 4.1la. Para escre­ ver a equação de compatibilidade necessária, em primeiro lugar, escolheremos qualquer um dos apoios como "re­ dundante" e anularemos temporariamente o efeito que ele causa na barra. Neste contexto, a palavra redundante indica que o apoio não é necessário para manter a barra em equihbrio estável e, portanto, quando ele é retirado, a barra toma-se estaticamente determinada. No caso em questão, escolheremos o apoio em B como redundante. Então, pelo princípio da superposição, a barra na Figu­ ra 4.16a é equivalente à barra submetida somente à carga externa P (Figura 4.16b) mais a barra submetida somente à carga redundante desconhecida F8 (Figura 4.16c). Se a carga P provocar um deslocamento 8P para baixo em B, a reação F8 deve provocar um desloca­ mento equivalente 88 para cima na extremidade B, de modo que não ocorra nenhum deslocamento em B quando as duas cargas forem superpostas. Assim, Esses resultados são os mesmos que os obtidos na Seção 4.4, exceto pelo fato de que, aqui, aplicamos pri­ meiro a condição de compatibilidade e depois a condi­ ção de equilíbrio para obter a solução. Observe tam­ bém que o princípio da superposição pode ser usado aqui pois o deslocamento e a carga estão relacionados linearmente (8 = PLIAE); portanto, entende-se que o material se comporta de maneira linear elástica. cj� A L Sem deslocamento em B (a) B •jj A Deslocamento em B quando a força redundante em B é removida p (b) + Esta equação representa a equação de compatibili­ dade para deslocamentos no ponto B, na qual conside­ ramos que deslocamentos para baixo são positivos. Aplicando a relação carga-deslocamento a cada caso, temos 8p PLACIAE e 88 = FBLIAE. Por consequência, = A Deslocamento em B quando somente a força redundante em B é aplicada (c) Figura 4.16 Fs ll l l I IO de li' ' ;\ ser L' a SOLU Comp t'Oil/0 CARGA AXIAL 1 Ü1 ., Escolha um dos apoios como redundante e escreva a equação de compatibilidade. Para tanto, igualamos o des­ locamento conhecido no apoio redundante, o qual é normalmente zero, ao deslocamento no apoio causado so­ mente pelas cargas externas que agem sobre o elemento mais (vetorialmente) o deslocamento no apoio causado somente pela reação redundante que age sobre o elemento. ., Expresse a carga externa e deslocamentos redundantes em termos dos carregamentos usando uma relação car­ ga-deslocamento tal como a = PL/AE. ., Uma vez estabelecida, a equação de compatibilidade pode ser, então, resolvida para a amplitude da força redundante. Equilíbrio um diagrama de corpo livre e escreva as equações de equilíbrio adequadas para o elemento usando o resultado calculado para o redundante. Resolva essas equações para as outras reações. • Desenhe A haste de aço A-36 mostrada na Figura 4.17a tem diâ­ metro de 5 mm. Ela está presa à parede fixa em A e, antes de ser carregada, há uma folga de 1 mm entre a parede em B ' e a haste. Determine as reações em A e B'. SOLUÇÃO Aqui, consideraremos o apoio em B' como redundante. Pelo princípio da superposição (Figura 4. 17b), temos Compatibilidade. (±.) Ü,Ü01 m = 8p - 88 As deftexões ap e aB são determinadas pela Equação 4.2. Substituindo na equação 1, obtemos 0,001 = 0,002037 m - 0,3056(10- 6 )F8 F8 = 3,39(103 ) N = 3,39 kN Resposta m Pelo diagrama de corpo livre (Figura 4.17c), (1) :4 2:F,= O ; - FA +20 kN- 3,39 kN= o FA = 16,6 kN Equilíbrio. Resposta A A coluna é construída de concreto de alta resistência e seis hastes de reforço de aço A-36. Se ela for submetida a uma força axial de 150 kN, determine a tensão normal média no concreto e em cada haste. Cada uma tem diâmetro de 20 mm. *4.32. A coluna é construída de concreto de alta resistência e seis hastes de reforço de aço A-36. Se for submetida a uma força axial de 150 kN, determine o diâmetro exigido para cada haste, de modo que 1/4 da carga seja suportada pelo concreto e 3/4, pelo aço. A lOO mm � 4.31. · 150 kN 20 kN +-I )ojJ FA (b) (c) . Figura 4.17 1-+-'- 3 39 kN Problemas 4.31132 1 02 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 25kN O tubo de aço A-36 tem núcleo de alumínio 6.061-T6 e está sujeito a uma força de tração de 200 kN. Determine a tensão normal média no alumínio e no aço devido a essa carga. O tubo tem diâmetro externo de 80 mm e diâmetro interno de 70 mm 4.33. 1-----400 mm----4 200kN ������������������� ---+- 200 kN Problema 4.33 A coluna de concreto é reforçada com quatro hastes de aço, cada uma com diâmetro de 18 mm. Determine a ten­ são no concreto e no aço se a coluna for submetida a uma carga axial de 800 kN. Eaço = 200 GPa, E = 25 GPa. 4.35. A coluna é de concreto de alta resistência e reforçada com quatro hastes de aço A-36. Se for submetida a uma for­ ça axial de 800 kN, determine o diâmetro exigido para cada haste de modo que 1/4 da carga seja suportada pelo aço e 3/4, pelo concreto. Eaço = 200 GPa e Ec = 25 GPa. 4.34. c 800kN B �B � 75mm ' T�12mm . 4.42. moto Ali é portn Cada Problemas 4.37/38 A carga de 7,5 kN deve ser suportada pelos dois ca­ bos verticais de aço para os quais cre = 500 MPa. Se os com­ primentos originais dos cabos AB e AC forem 1.250 mm e 1.252,5 mm respectivamente, determine a força desenvolvida em cada cabo depois da suspensão da carga. Cada cabo tem área de seção transversal de 12,5 mm2• *4.40. A carga de 4 kN deve ser suportada pelos dois ca­ bos verticais de aço para os quais cre = 560 MPa. Se os com­ primentos originais dos cabos AB e AC forem 1.250 mm e 1.252,5 respectivamente, determine a área da seção transver­ sal de AB para que a carga seja compartilhada igualmente entre os dois cabos. O cabo AC tem área de seção transversal de 13 mm2• 4.39. 1.252,5 mm 4.43. llflla I 11 0 de cstúo ('Oill p l u vn I n p l ic; Problemas 4.34/35 O tubo de aço A-36 tem raio externo de 20 mm e Problemas 4.39/40 raio interno de 15 mm. Se ele se ajustar exatamente entre as paredes fixas antes de ser carregado, determine a reação nas 4.41. O apoio é composto por um poste sólido de latão ver­ melho C83400 embutido em um tubo de aço inoxidável 304. paredes quando for submetido à carga mostrada. Antes da aplicação da carga, a folga entre essas duas partes é 1 mm. Dadas as dimensões mostradas na figura, determine B a maior carga axial que pode ser aplicada à tampa rígida A c A sem provocar o escoamento de qualquer um dos materiais. � *4.36. f-- 300 mm SkN700 mm --- (libra versa I de se' na 111 ; corpo Problema 4.36 O poste A de aço inoxidável304 tem diâmetro d = 50 mm e está embutido em um tubo B de latão vermelho C83400. Ambos estão apoiados sobre a superfície rígida. Se for apli­ cada uma força de 25 kN à tampa rígida, determine a tensão normal média desenvolvida no poste e no tubo. 4.38. O poste A de aço inoxidável 304 está embutido em um tubo B de latão vermelho C83400. Ambos estão apoia­ dos sobre a superfície rígida. Se for aplicada uma força de 25 kN à tampa rígida, determine o diâmetro d exigido para o poste de aço para que a carga seja compartilhada igualmente entre o poste e o tubo. '4.44. r dor( 4.37. Problema 4.41 CARGA AXIAL 1 03 A-36 são usados para suportar o 4.45. carregamento distribuído é sustentado pelas três 0�·8,25cabokNs de( aço 325 kg). comprimento • original de barras de suspensão. AB e EF são feitas de alumínio e CD e a força su- é feita de aço. Se cada barra tiver área de seção transversal mm e o de A B e 800,2 mm. D:etermm suspenso por eles. de 450 mm2, determine a intensidade máxima w do carre­ or cada cabo quando o motor gamento distribuído de modo a não ultrapassar uma tensão ca:o tem área de seção transversal de 6,25 mm2• admissível de (aadm)aço = 180 MPa no aço e (aadm)a1 = 94 MPa no alumínio. Eaço = 200 GPa, E.1 = 70 GPa. d L42• D motor e AB é SOO O · O "" 1 I , f--1,5 m 1,5 m---j -+---- Problema 4.45 Problema 4.42 4A3 . O parafuso AB tem diâmetro de 20 mm e passa por uma luva com diâmetro interno de 40 mm e diâmetro exter­ no de 50 mm. O parafuso e a luva são feitos de aço A-36 e estão presos aos apoios rígidos como mostra a figura. Se o comprimento do parafuso for 220 mm e o comprimento da l u va for 200 mm, determine a tração no parafuso quando for aplicada uma força de 50 kN aos apoios. )-zoomm--j �220mm---! O elo rígido é sustentado por um pino em A, um cabo de aço BC com comprimento de 200 mm quando não alongado com área de seção transversal de 22,5 mm2 e um bloco curto de alumínio com 50 mm de comprimento quan­ do não carregado com área de seção transversal de 40 mm2• Se o elo for submetido à carga vertical mostrada, determine a tensão normal média no cabo e no bloco. Eaço = 200 GPa, E.1 = 70 GPa. 4.47. O elo rígido é sustentado por um pino em A, um cabo de aço BC com comprimento de 200 mm quando não alon­ gado com área de seção transversal de 22,5 mm2 e um bloco curto de alumínio com 50 mm de comprimento quando não carregado com área de seção transversal de 40 mm2• Se o elo for submetido à carga vertical mostrada na figura, determine a rotação do elo em torno do pino A. Dê a resposta em radia­ nos. Eaço = 200 GPa, E.1 = 70 GPa. 4.46. Problema 4.43 O corpo de prova representa um sistema de matriz reforçada por filamentos feito de plástico (matriz) e vidro (fibra). Se houver n fibras, cada uma com área de seção trans­ versal A1 e módulo E!' embutidas em uma matriz com área de s ção transversal A e módulo E determine a tensão na matriz e em cada fib�a quando a f;�ça P for imposta ao corpo de prova. '4.44. e p Problemas 4.46/47 p Problema 4.44 *4.48. Cada um dos três cabos de aço A-36 tem diâmetro de 2 mm e comprimentos LAc = 1,60 m e LA8 = LAD = 2,00 m quando não carregados. Determine a força em cada cabo de­ pois que a massa de 150 kg é suspensa pelo anel em A. 4.49. Cada um dos três cabos AB e AD de aço A-36 tem diâme­ tro de 2 mm e comprimentos LAc = 1,60 m e LAB = LAD = 2,00 m quando não carregados. Determine o diâmetro exigido para o cabo AC de modo que cada cabo seja submetido à mesma for­ ça provocada pela massa de 150 kg suspensa pelo anel em A. 1 04 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS '4,5( B po r ' l' 1111 b;JIT lO mm to d; 20 mm 4. 5 7 por II I I II que . ,; fll l' p Problemas 4.48/49 Problema 4.53 As três barras de suspensão são feitas do mesmo ma­ 4.54. O parafuso de aço com 10 mm de diâmetro está embuti­ terial e têm áreas de seção transversal iguais, A. Determine a do em uma luva de bronze. O diâmetro externo dessa luva é 20 tensão normal média em cada barra se a viga rígida ACE for mm e seu diâmetro interno é 10 mm. Se a tensão de escoamen­ submetida à força P. to para o aço for (ae)aço = 640 MPa e para o bronze (ae\., 520 MPa, determine o valor da maior carga elástica P que pode ser aplicada ao conjunto. Eaço = 200 GPa, Ebr = 100 GPa. 4.50. = p lO mm 4.5H. < ll ll'l dll V('I�.; l i 20 mm fi . (' ;í <�plica Problema 4.50 O conjunto é composto por um parafuso de aço A-36 e um tubo de latão vermelho C83400. Se a porca for apertada contra o tubo de modo que L = 75 mm, e quando girada um pouco mais, avance 0,02 mm no parafuso, determine a força no parafuso e no tubo. O parafuso tem diâmetro de 7 mm, e o tubo tem área de seção transversal de 100 mm2• *4.52. O conjunto é composto por um parafuso de açoA-36 e um tubo de latão vermelho C83400. A porca foi apertada con­ tra o tubo de modo que L = 75 mm. Determine a quantidade máxima de avanço adicional da porca no parafuso para que o material não sofra escoamento. O parafuso tem diâmetro de 7 mm, e o tubo tem área de seção transversal de 100 mm2• p 4.51. Problema 4.54 4.55. O elemento rígido é mantido na posição mostrada na figura por três tirantes de aço A-36. Cada tirante tem com· primento de 0,75 m quando não alongado e área de seção transversal de 125 mm2• Determine as forças nos tirantes se for dada uma volta completa em um parafuso tensor na has· te EF. O avanço da rosca é 1,5 mm. Despreze o tamanho do parafuso tensor e considere-o rígido. Observação: O avan· ço provocaria na haste, quando não carregada, um encur­ tamento de 1,5 mm quando o parafuso tensor girasse uma revolução completa. po' do rn;JI para 0,75 m Problemas 4.51/52 O parafuso de aço com 10 mm de diâmetro está em­ butido em uma luva de bronze. O diâmetro externo dessa luva é 20 mm e seu diâmetro interno é 10 mm. Se o parafuso for submetido a uma força de compressão P = 20 kN, deter­ mine a tensão normal média no aço e no bronze. Eaço = 200 GPa, Ebr = 100 GPa. 4.53. IIi<! I \' l i l ra 11w< lll(>d u / . \ '�=' rB l111A 4.51), E Jil 1 -.j f-- 0 ,5 m- �0,5 m C 0,75 m ,.� c.ofm lll '4,611. ( lll<� l n i ; l i iiWc ílH'> d u / 1 p o\I L: . dctc1 Problema 4.55 novo p1 CARGA AXlAL um pino em A e é sustentada b rra está presaio,por uma com diâmetro de 25 mm cada alumín a:tes de GPa. Considerando que a 70 = 1 E e icidad a elast móduIo d e · 1, determme o des1ocamenvertlca lmente inicia ida barra e, n,g dade B quando for aplicada uma força de 10 kN. extremi está pres � �or um pino em A �Aé sustentada 4,57• A barra w, cada uma com d1ametro de 2 5 de alumm tes por d ua 8 has · ade E 1 = 7O GP a. Cons1' derando · elast1c1d a . de ulo . a força mm e n1ód verbcal, determme te inicialmen e a rígid é ra bar ue a �1 cada haste quando for aplicada uma força de 10 kN. 1 05 p A h · · • e l-- o,6 m Problemas 4.59/60 suporte é mantido preso à parede por três parafusos de aço A-36 em B, C e D. Cada parafuso tem diâmetro de 12,5 mm e comprimento de 50 mm quando não alongado. Se uma força de 4 kN for aplicada ao suporte como mostra a figura, determine a força desenvolvida em cada parafuso. Para o cálculo, considere que os parafusos não sofrem cisalhamento; ao contrário, a for­ ça vertical de 4 kN é suportada pela saliência em A. Considere também que a parede e o suporte são rígidos. O detalhe mostra a deformação muito ampliada dos parafusos. 4.6L O D Problemas 4.56/57 4.58. O conjunto é composto por dois postes do material 1 com módulo de elasticidade E1 e cada um com área de seção trans­ versal A e um poste do material2 com módulo de elasticidade E? área de seção transversal A2• Se uma carga central P for aplicada à tampa rígida, determine a força em cada material. c 1 p ta l­ Ie s­ lo l­ r· ta Problema 4.61 suporte é mantido preso à parede por três parafusos de aço A-36 em B, C e D. Cada parafuso tem diâmetro de 12,5 mm e comprimento de 50 mm quando não alongado. Se uma força de 4 kN for aplicada ao suporte como mostra a figu­ ra, determine até que distância a parte superior do suporte afasta-se da parede no parafuso D. Para o cálculo, considere que os parafusos não sofrem cisalhamento; ao contrário, a força vertical de 4 kN é suportada pela saliência em A. Consi­ dere também que a parede e o suporte são rígidos. O detalhe mostra a deformação muito ampliada dos parafusos. 4.62. O s ÍO Problema 4.58 conjunto é composto por dois postes AB e CD do material 1 com módulo de elasticidade E1 e área de seção transversal A1 cada e um poste central EF do material 2 com módulo de elasticidade E2 e área de seção transversal A2 • Se os postes AB e CD tiverem de ser substituídos por postes do material 2, determine a área da seção transversal exigida para esses novos postes de modo que ambos os conjuntos sofram o mesmo grau de deformação quando carregados. '4.60. O conjunto é composto por dois postes AB e CD do material 1 com módulo de elasticidade E1 e área de seção lr�nsversal A1 cada e um poste EF do material 2 com modulo de elasticidade E e áreacentral A . Se de seção poste EF tiver de ser substituído por um transversal do mat �rial poste t, d etermine a áre a da seção exigida esse transversal para novo poste de modo que ambos os conjuntos sofram o mes­ mo grau de deformação quando carregados. 4.59. O 0 Pl'Oblema 4.62 A barra rígida é apoiada pelos dois postes curtos de pi­ nho branco e uma mola. Se o comprimento dos postes quan­ do não carregados for 1 m e a área de seção transversal for 600 mm2 e a mola tiver rigidez k = 2 MN/m e comprimento 1,02 m quando não deformada, determine a força em cada poste após a aplicação da carga à barra. 4.63. 1 06 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS barra rígida é apoiada pelos dois postes curtos *4.68. A barra rígida suporta um carregamento distribuído de pinho branco e uma mola. Se o comprimento dos postes uniforme de 90 kN/m. Determine a força em cada cabo se cada quando não carregados for 1 m e a área de seção transversal um tiver área de seção transversal de 36 mm2 e E = 200 GPa. for 600 mm2 e a mola tiver rigidez k = 2 MN/m e comprimen­ to de 1,02 m quando não deformada, determine o desloca­ mento vertical de A e B após a aplicação da carga à barra. '4.64. A 50 kN/m �, A lm C O ll Jll lli se r I[C C Problemas 4.63/64 4.65. A roda está sujeita à força de 18 kN transmitida pelo Problema 4.68 eixo. Determine a força em cada um dos três raios. Considere que o aro é rígido, que os raios são feitos do mesmo material 4.69. A posição original da barra rígida é horizontal e ela é sustentada por dois cabos com área de seção transversal de e que cada um tem a mesma área de seção transversal. 36 mm2 cada e E = 200 GPa. Determine a leve rotação da B barra quando uma a carga uniforme é aplicada. fl/1'1 Fqt S l' l' fll' l i!III, n·�t qtl\ Problema 4.65 O poste é feito de alumínio 6061-T6 e tem 50 mm de diâmetro . Está preso aos suportes A e B e em seu centro C há uma mola espiral acoplada ao colar rígido. Se a mola não estiver comprimida na posição original, determine as reações Problema 4.69 em A e B quando a força P = 40 kN é aplicada ao colar. 4.67. O poste é feito de alumínio 6061-T6 e tem diâmetro de 50 mm. Está preso aos suportes A e B e em seu centro C há 4 . 6 Te nsão térmica uma mola espiral acoplada ao colar rígido. Se a mola não es­ tiver comprimida na posição inicial, determine a compressão Uma mudança na temperatura pode provocar al­ na mola quando a carga P = 50 kN for aplicada ao colar. terações nas dimensões de um material. Se a tempe­ 4.66. k = 200 MN/m ratura aumenta, o material, em geral, expande-se; se a temperatura diminui, o material contrai. A relação entre a expansão ou contração do material e o aumen­ to ou redução da temperatura normalmente é linear. Se for esse o caso e se o material for homogêneo e isotrópico, estudos experimentais demonstraram que a deformação de um elemento de comprimento L pode ser calculada pela fórmula (4.4) Problemas 4.66/67 CARGA AXIAL �lente "" m a propriedade do material denominada coefict linear de expansão télmica. As unidades medem deformação por grau de temperatura [lfOC [Celsius] ou 1f0K [Kelvin] no .si]. Valores típicos são apresentados no final do hvro. atura do elemento À T == variação na temper elemento do l inici � L == comprimento do elemento nto compnme variação no Se a mudança na temperatura ocorrer em todo o rio m rimento do elemento, isto é, !::.. T = !::.. T(x), ou se 8 � p udar ao longo do comprimento, a Equação 4.4 aplica­ que tenha comprimento dx. Nes­ se para cada segmento ento do elemento é comprim no a mudanç a aso, te c fh = 1La !::.. T dx + t �Fy = O '· O problema é estaticamente indeterminado, uma vez que essa força não pode ser determinada por equilíbrio. Compatibilidade. Visto que o = O, o deslocamento tér­ mico or que ocorreria em A (Figura 4.18c) é contrabalançado pela força F que seria exigida para levar a barra oF de volta à sua posição original. A condição de compatibilidade em A torna-se AIB ( + t) A aplicação das relações térmicas e de carga-desloca­ mento resulta: FL O = a!':!.TL - ­ AL Assim, pelos dados apresentados no final do livro, (4.5) A mudança no comprimento de um elemento estatica­ 1 07 F = a!':!.TAE = [12(10-6)rC](60°C - 30°C)(O,Ol0 m)2 [200(106) kPa] = 7,2 kN Equação 4.4 ou 4.5, visto que o elemento está livre para O valor de F indica claramente que mudanças na tem­ se expandir ou contrair quando sofrer mudança na tem­ peratura. Contudo, quando o elemento é estaticamente peratura podem provocar grandes forças de reação em ele­ indeterminado, esses deslocamentos térmicos podem ser mentos estaticamente indeterminados. Visto que F também representa a força axial interna no restringidos pelos apoios, o que produz tensões ténnicas interior da barra, a tensão de compressão normal média é, que devem ser consideradas no projeto. portanto, O cálculo dessas tensões térmicas pode ser feito pe­ mente determinado pode ser calculada diretamente pela los métodos descritos nas seções anteriores. Os exem­ plos apresentados a seguir ilustram algumas aplicações. u = _!!_ A = 7 '2 X 10-3 2MN (0,01 m) = 72 MPa Resposta A barra de açoA-36 mostrada na Figura 4.18 está restringi­ da para caber exatamente entre os dois suportes fixos quando 1'1 30aC. Se a temperatura aumentar até T2 = 60°C, determi­ ne a tensão tétmica normal média desenvolvida na barra. = Um tubo de alumínio 2014-T6 com área de seção trans­ versal de 600 mm2 é utilizado como luva para um parafuso de aço A-36 com área de seção transversal de 400 mm2 (Fi­ SOLUÇÃO gura 4.19a). Quando a temperatura é T1 = 15°C, a porca Equilíbrio. O diagrama de corpo livre da barra é mostrado mantém o conjunto em uma posição precisa, de tal modo na Figura 4.18b. Visto que não há nenhuma carga externa, a que a força axial no parafuso é desprezível. Se a tempera­ força em A é igual, mas oposta, à força que age em B; isto é, tura aumentar para T2 = 80°C, determine a tensão normal média no parafuso e na luva. lO mm H F .1 l ]}o mm 150 mm F (a) (b) Figura 4.18 ( c) ( a) (b) Figura 4.19 (8r)F (c ) Posição final 1 08 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS SOLUÇÃO Equilíbrio. A Figura 4.19b mostra o diagrama de corpo livre para um segmento secionado do conjunto. As forças FP e F1 são produzidas desde que o coeficiente de expansão térmica da luva seja mais alto do que o do parafuso. Por essa razão, a luva se expandirá mais do que o parafuso quando a temperatura aumentar. O problema é estaticamente indeter­ minado, pois essas forças não podem ser determinadas por equilíbrio. Entretanto, exige-se que +t �Fy = O '· FP = FI (1) Compatibilidade. O aumento de temperatura provoca a expansão (8) T na luva e (8) T no parafuso (Figura 4.19c). En­ tretanto, as forças redundantes Fb e F, alongam o parafuso e encurtam a luva. Como consequência, a extremidade do conjunto atinge uma posição final, que não é a mesma que a posição inicial. Consequentemente, a condição de compati­ bilidade torna-se (+i) Aplicando as equações 4.2 e 4.4 e usando as proprieda­ des mecânicas apresentadas no final do livro, temos [12(1o--6 )r C](80°C - 15°C)( 0,150 m) Fb(0,150 m) + ------�--��--��--�--� 2 ( 400 mm )(10-6 m2/mm2 )[200(109 ) N/m2] = [23(10-6)rC](80°C - 15°C)(0,150 m) Fs (0,150 m) Usando a equação 1 e resolvendo, obtemos FI = Fp = 20,26 kN A tensão normal média no parafuso e luva é, portanto, 20,26 kN aP = Resposta 400 mm2 (10-6 m2/mm2 ) = 50'6 MPa 20'26 kN a1 = 600 mm2 (10-6 m2/mm2 ) = 33 '8 MPa Resposta Visto que nessa análise consideramos com­ portamento linear elástico para o material, as tensões calcula­ das devem ser verificadas para garantir que não ultrapassem os limites de proporcionalidade para o material. OBSERVAÇÃO: ! .Ll l l Ll LLl l r- 300 mm+300 mm--hso kN/m ��s��u® �.u �- "�%'?"4 _ «� "' - � � �--= - � � = �= ""' '0 A bana rígida mostrada na Figura 4.20a está presa à parte superior dos três postes feitos de aço A-36 e alumínio 2014-T6 Cada um dos postes tem comprimento de 250 mm quand; não há nenhuma carga aplicada à barra e a temperatura é T1 = 20°C. Determine a força suportada por cada poste se a barra for submetida a um carregamento distribuído uniforme. mente de 150 kN/m e a temperatura aumentar até T2 = 80°C. SOLUÇÃO Equilíbrio. O diagrama de corpo livre da barra é mostrado na Figura 4.20b. O equihbrio de momentos em torno do centro da bana exige que as forças nos postes de aço sejam iguais. A soma das forças no diagrama de corpo livre dá como resultado 2Faço + Fa1 - 90(1Q3) N = O + t �Fy = O; (1 ) Compatibilidade. Por causa da carga, geometria e sime­ tria do material, a parte superior de cada poste sofre o mes­ mo deslocamento. Em consequência, (+i) 8aço = 8ai (2) A posição final da parte superior de cada poste é igual ao deslocamento causado pelo aumento da temperatura mais o deslocamento causado pela força de compressão axial interna (Figura 4.20c). Assim, para um poste de aço e para o poste de alumínio, temos (+ J ) 8aço = -( 8aço)T + ( 8aço)F (+ J ) 8ar = -( 8.r ) r + ( 8.r ) F Aplicando a equação 2, temos - ( 8,çJT + (8,ç)F = - (8al) T + (8al)F Usando as equações 4.2 e 4.4 e as propriedades dos ma­ teriais apresentadas no final do livro, obtemos - [12(10-6)tCJ(80°C - 20°C)(0,250 m) Faço (0,250 m) + ----'--=- ----::----:-7T(0,020 m) 2[200 109 ) N/m2] = -[23(10-6)tCJ(80°C - 20°C)(0,250 m) Far (0,250 m) + -----�---��--� 7T(0,03 m) 2[73,1(109 ) Njm2] Faço = 1,216Far - 165,9(103 ) (3) Sl' l pa i ,d u 4.7 ([ do on; !L' i ! lll' ljll< 4.7 1 di! ' li' \' ( l �·;í o d;1 I sol> lat i . 90 kN HlL-�-�--�!!;F��!W�l'�J Aço Alumínio Aço 60 mm ro r lu� 250 mm ( a) 4.7 : l' ll i l (b) Figura 4.20 (c) dett a l t· r CARGA AXIAL ' istência, todos os dados numé a cons . . Aricos para mante r em soCelsms graus e metros s, newton ,t,oram sos exp res , d es 1 e 3 a equaço das nea ultâ sim F.1 = 123 kN Resposta ""' - 1 6,4 kN vo para Faço indic� que essa força age no 0 valor negati 4.20b. Em outras contrário ao mostrado na Figura tração, e o poste de sob estão aço de es os post . ssão pre com sob está Aluminio 2014-T6 Bronze C86100 - A chave elétrica fecha quando as hastes de ligação a translação e a rotação CD AB se aquecem, o que provoca em F. A posição contato o fechar até BDE rígido do braço 20°C. Se AB for é temperatura a e vertical é BDE de al rigin o feíta de bronze C86100 e CD, de alumínio 6061-T6, determi­ ne espaço s exigido entre os contatos para a chave fechar quando a temperatura alcançar l10°C. e 0 Aço inoxidável 304 D -·"m"'"'· 4.70. A 1 09 Pmblema 4.72 4.73. Uma placa de concreto de alta resistência utilizada em uma pista de rolamento tem 6 m de comprimento quando sua temperatura é 10°C. Se houver uma folga de 3 mm em um de seus lados antes de tocar seu apoio fixo, determine a tempe­ ratura exigida para fechar a folga. Qual é a tensão de com­ pressão no concreto se a temperatura aumentar até 60°C? 4.74. Um tubo de vapor com 1,8 m de comprimento é feito de aço com ue = 280 MPa e está ligado diretamente a duas turbinas A e B, como mostra a figura. O diâmetro externo do tubo é 100 mm e a espessura da parede é 6 mm. A ligação foi feita a T1 = 20°C. Considerando que os pontos de aco­ plamento elas turbinas são rígidos, determine a força que o tubo exerce sobre elas quando o vapor e, portanto, o tubo, atingem uma temperatura ele T2 = 135°C. 4.75. Um tubo de vapor com 1,8 m de comprimento é feito de aço com ue = 280 MPa e está ligado diretamente a duas turbinas A e B, como mostra a figura. O diâmetro externo do tubo é 100 mm e a espessura da parede é 6 mm. A ligação foi feita a T1 20°C. Considerando que a rigidez dos pontos de acoplamento das turbinas é k = 16 MN/mm, determine a força que o tubo exerce sobre as turbinas quando o vapor e, portan­ to, o tubo, atingem uma temperatura de T2 = 135°C. = Pl'oblema 4.70 Uma trena de aço é usada por um supervisor para me­ dir o comprimento de uma reta. A seção transversal da trena é retangular, com 1,25 mm de espessura por 5 mm de largura, e o comprimento é 30 m quando T1 = 20°C e a carga de tra­ _ na trena é 100 N. Determine o comprimento verdadeiro çao da reta medida se a leitura da trena for 139 m quando usada sob tração de 175 N a T2 = 40°C. O piso onde a trena é utili­ zada é plano. aaço = 17(10-6)/°C' Eaço = 200 GPa. 4.71. Pl'oblema 4.71 Pl'oblemas 4.74175 *4.76. Os trilhos de aço A-36 de uma ferrovia têm 12 m de comprimento e foram assentados com uma pequena folga entre eles para permitir dilatação térmica. Determine a folga 8 exigida para que os trilhos apenas encostem um no outro quando a temperatura aumentar de T1 = -3ooc para T2 = 30°C. Considerando essa folga, qual seria a força axial nos trilhos se a temperatura atingisse T3 = 40°C? A área de se­ ção transversal de cada trilho é 3.200 mm2 • li! !jJ . ··:: 12 m Os diâmetros e materiais de fabricação do conjunto Pl'oblema 4.76 são indicados na figura. Se o conjunto estiver bem ajustado entre seus apoios fixos quando a temperatura é T1 = 20°C, 4.77. Os dois segmentos de haste circular, um de alumínio e determine a tensão normal média em cada material quando o outro de cobre, estão presos às paredes rígidas de tal modo que há uma folga ele 0,2 mm entre eles quando T1 = 15 oC. a temperatura atingir T2 40°C. '4.72. = 1 1Ü RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Qual é a maior temperatura T2 exigida para apenas fechar a 24(10-6)/°C, folga? Cada haste tem diâmetro de 30 mm, 17(10-6)/°C, E E., 70 GPa, 126 GPa. Determi­ ne a tensão normal média em cada haste se T2 95ac. 4.78. Os dois segmentos de haste circular, um de alumínio e o outro de cobre, estão presos às paredes rígidas de modo tal que há uma folga de 0,2 mm entre eles quando T1 = 15°C. Cada haste tem diâmetro de 30 mm, = 24(10-6)fCC, E., = 70 GPa, a, bre = 17(10-6WC, E 126 GPa. Determine a tensão nor­ mala média em cada haste se T2 150°C. Calcule também o novo comprimento do segmento de aluminio. a,abre = = ,abr = c ,abre = a., = = a., = O tubo de aço A-36 está acoplado aos colares em A e B. Quando a temperatura é 15°C, não há nenhuma carga axial no tubo. Se o gás quente que passa pelo tubo provocar uma elevação de 11T (20 + 30x)°C na temperatura do tubo, onde x é dado em metros, determine a tensão normal média no tubo. O diâmetro interno é 50 mm, e a espessura da parede é 4 mm. 4.83. O tubo de bronze 86100 tem raio interno de 12,5 mm e es. pessura de parede de 5 mm. Se o gás que passa por ele mudar a temperatura do tubo unifmmemente de TA 60aC em A para T8 15°C em B, determine a força axial que ele exerce sobre as paredes. O tubo foi instalado entre as paredes quando T = l5°C. 4.82. 4 = = = iA Problemas 4.77178 2,4 m Bi Problemas 4.82/83 Duas barras feitas de materiais diferentes são acopladas e instaladas entre duas paredes quando a temperatura é T1 *4.84. O bloco rígido pesa 400 kN e será suportado pelos 150°C. Determine a força exercida nos apoios (rígidos) quando postes A e B, feitos de aço A-36, e pelo poste C, feito de latão a temperatura for T2 = 20°C. As propriedades dos materiais e vermelho C83400. Se todos os postes tiverem o mesmo com­ as áreas de seção transversal de cada barra são dadas na figura. primento original antes de serem carregados, determine a ten­ são normal média desenvolvida em cada um deles, quando o poste C for aquecido de modo que sua temperatura aumente l0°C. Cada poste tem área de seção transversal de 5.000 mm2• 4.79. = lei po s ií < de nh llll ,ol do 11 1 < //li () I t ri I de da de p t• lot Sl' ('( li l 'X l f'l( ) /III Pmblema 4.79 A haste central CD do conjunto é aquecida de T1 30°C até T2 = 180°C por resistência elétrica. Na tempera­ tura mais baixa, a folga entre C e a barra rígida é 0,7 mm. De­ termine a força nas hastes AB e EF provocadas pelo aumento na temperatura. As hastesAB e EFsão feitas de aço e cada uma tem área de seção transversal de 125 mm2• CD é feita de alumi­ nio e tem área de seção transversal de 375 mm2• E 200 GPa, E., 70 GPa, 12(10-6)/°C e 23(10-6)fCC. 4.81. A haste central CD do conjunto é aquecida de T1 30°C até T2 180°C por resistência elétrica. As duas hastes AB e EF situadas nas extremidades também são aquecidas de T1= 30°C até T2 soac. Na temperatura mais baixa, T1, a folga entre C e a barra rígida é 0,7 mm. Determine a força nas hastes AB e EFprovocada pelo aumento na temperatu­ ra. As hastes AB e EF são feitas de aço e cada uma tem área de seção transversal de 125 mm2 • CD é feita de alumínio e tem área de seção transversal de 375 mm2 • E 200 GPa, E81 = 70 GPa, = 12(10-6)/aC e = 23(10-6WC. dl' *4.80. = aaço = = a., = aç = o = = Pt·oblema 4.84 A barra tem área de seção transversal A , comprimento L, módulo de elasticidade E e coeficiente de expansão térmí· ca A temperatura da barra muda uniformemente ao longo de seu comprimento de TA em A para T8 em B de modo que, em qualquerpontox ao longo da barra, T = TA + x(T8 - TA )!L. Determine a força que a barra exerce nas paredes rígidas. Ini· cialmente, não há nenhuma força axial na barra. 4.85. a. = aaço a., 0,7 mm aço = Problema 4.85 A haste é feita de aço A-36 e tem diâmetro de 6 mm. Se as molas forem comprimidas 12 mm quando a tempera­ tura da haste é T = l0°C, determine a força na haste quando sua temperatura for T = 75°C. 4.86. k= Problemas 4.80/81 200 Njm Problema 4.86 o \ <;a < CARGA AXIAL 4.7 Co ncentra ções d e tensã o Seção 4.1, mostramos que, quando uma força axial um elemento, ela cria uma distribuição de ap lic ad a a complexa dentro de uma região localizada do de aplicação da carga. Essas distribuições de ten­ $!O típ icas são mostradas na Figura 4.1. As distribuições sob um carretensão complexas não surgem somente entrado; também aparecem em seções nas 1w1u.._,,,.. conc seção transversal do elemento muda. Por da a áre quais a ere a barra na Figura 4.21a, que está sub­ consid lo, exem p axial P. Aqui, podemos ver que as li­ força uma a a metid antes, eram horizontais e verticais, quais, as , grade da nhas um padrão irregular em torno formam e deflexão em sofr da barra. A tensão normal centro no zado locali o furo d máxima na barra ocorre na seção a-a que passa pela me­ nor área de seção transversal da mesma. Contanto que o material se comporte de maneira linear elástica, a dis­ tribuição de tensão que age sobre essa seção pode ser determinada por análise matemática, usando-se a teoria da elasticidade ou por meios experimentais, medindo a d eformação normal na seção a-a e calculando a tensão pela lei de Hooke, cr = EE. Independentemente do mé­ todo usado, a forma geral da distribuição de tensão será como a mostrada na Figura 4.2lb. De maneira semelhante se a seção transversal sofrer redução com a utilização, po; exemplo, de filetes de rebaixo, como na Figura 4.22a, então, novamente, a tensão normal máxima na barra ocorrerá na menor �rea d: seção transversal, seção a-a, e a distribuição de tensa o sera como a mostrada na Figura 4.22b. Em ambos os casos, o equilíbrio da força exige que o valor da f�rça :esultante desenvolvida pela distribui­ � de tensao seJa igual a P. Em outras palavras, çao v a a Não distorcida p -[ �Umáx ( a) Distribuição de tensão real (b) r-[ lf Distribuição de tensão média (c) Figura 4.21 P = lcr dA 111 (4.6) Como afirmamos na Seção 1 .4, essa integral é uma representação gráfica do volume sob cada um dos dia­ gramas de distribuição de tensão mostrados na Figura 4.21b ou 4.22b. Além do mais, o equilíbrio de momen­ . to exige que cada distribuição de tensão seja simétrica por toda a seção transversal, de modo que p deve pas­ sar pelo centroide de cada volume. Ent�etanto, �a prát�ca da engenharia, a distribuição de tensao real nao precisa ser determinada. Em vez disso' basta saber qual é a tensão máxima nessas seções e então o element? é projetado para resistir a essa tensão uand; . a carga axml P for aplicada. Em casos nos quais a área da s�ção transversal de um elemento muda, como os já discu­ tidos, podem-se determinar valores específicos da tensão n�rmal máxima na seção crítica por métodos experimen­ tais ou por técnicas matemáticas avançadas que utilizam a teoria da elasticidade. Os resultados dessas investigações normalmente são apresentados em gráficos com a utiliza­ ção de umfator de concentração de tensão K. Definimos K como a razão entre a tensão máxima e a tensão média que agem sobre a menor seção transversal·' isto é' � K= CTmáx (4.7) CTméd Contanto que K seja conhecido e a tensão normal média tenha sido calculada por crmed , = PIA ' onde A "" e a menor area de seção transversal (figuras 4.21c e 4.22c), então, pela Equação 4.7, a tensão máxima n a seção transversal é cr = K(PIA). _, p ._) i ; , , .• I máx a l i , !\i ,l a Não distorcida ____; lfmáx p-['--__)sg p-� Uméd Distorcida (a ) Distribuição de tensão real (b) Distribuição de tensão média (c) Figura 4.22 ..-...P . �p 112 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ( a) (d) ( c) (b) Figura 4.23 Em geral, valores específicos de K são apresenta­ dos em gráficos em manuais relacionados à análise de tensão, como os exemplos dados nas figuras 4.24 e 4.25, respectivamente.* Em particular, observe que K é independente das propriedades do material da barra; mais exatamente, ele depende somente da geometria da barra e do tipo de descontinuidade. À medida que o tamanho r da descontinuidade diminui, a concentração de tensão aumenta. Por exemplo, quando há uma mu­ dança na seção transversal de uma barra, determina-se teoricamente que um canto vivo (Figura 4.23a) pro­ duz um fator de concentração de tensão maior que 3. Em outras palavras, a tensão normal máxima será três vezes maior do que a tensão normal média na menor seção transversal. Todavia, pode-se reduzir o fator para, digamos, 1,5, introduzindo-se um filete de rebaixo (Figura 4.23b ). Uma redução adicional pode ser obtida por meio de pequenas ranhuras ou furos na zona de transição (figu­ ras 4.23c e 4.23d). Em todos esses casos, a configuração do elemento ajuda a reduzir a rigidez do material em torno dos cantos, de modo que a deformação, e também a tensão, sejam distribuídas mais uniformemente por toda a barra. Os fatores de concentração de tensão dados nas figu­ ras 4.24 e 4.25 foram determinados com base em um car­ regamento estático, considerando que a tensão no ma­ terial não ultrapassa o limite de proporcionalidade. Se o material for muito frágil, o limite de proporcionalidade pode ser igual à tensão de ruptura e, portanto, para esse material, a falha começará no ponto de concentração de tensão quando o limite de proporcionalidade for atingi­ do. Em essência, uma trinca começará a formar-se nesse ponto e uma concentração de tensão mais alta se desen­ volverá na ponta dessa trinca. Por sua vez, isso provoca a propagação da trinca pela seção transversal, resultando em fratura repentina. Por essa razão, é muito importante que se usem fatores de concentração de tensão em pro­ jetos nos quais são utilizados materiais frágeis. Por outro lado, se o material for dúctil e estiver submetido a uma carga estática, os projetistas normalmente desprezam a utilização de fatores de concentração de tensão, visto que nenhuma tensão que ultrapasse o limite de propor­ cionalidade resultará em uma trinca. Ao contrário, o ma­ terial terá resistência de reserva devido a escoamento e endurecimento por deformação. Na próxima seção, dis­ cutiremos os efeitos causados por esse fenômeno. ·• Veja Lipson, C e Juvinall, R. C, Handbook ofstress and strength, Macmillan, 1963. Concentrações de tensão também são responsáveis por muitas falhas de elementos estruturais ou mecâni­ cos sujeitos a carregamentos de fadiga. Nesses casos, uma concentração de tensão provocará trincas no material se a tensão ultrapassar o limite de tolerância do material seja ele dúctil ou frágil. Aqui, o material localizado n � ponta da trinca permanece em estado frágil, e, portanto, a trinca continua a crescer, levando a uma fratura progres­ siva. Consequentemente, engenheiros envolvidos nos projetos desses elementos devem sempre procurar mo. dos de limitar o dano que pode ser causado por fadiga. J( d l ll í p p.:� _p 3,0 2,8 2,6 1\i 71 \t 2,4 rt,, --3,11 O'méd -ht I \ ti 2,2 _1:!1_ = 40 _L! I _l .-, � l i 2,0 lil i I \• ll _1:!1_= .\ 3,oL J _1:!1_ = 2 ()_ 1,8 1\ \\ \ L q"+-_1:!1_ = 1 ,5 ' r 1,6 I\ I -t t_!:!i_= 1 1 1,4 . I t I 1,2 t 1 r I I I I 1,0 o 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 mhh� h �,..� ,., i • �� I I __ , _ r h cdn1 p p�$ p t 3,0 . 2,8 J( 2r ··- 2,6 O'méd = (w - 2r)t ., 2,4 O c;í l Vc I '<l i ;\ d p l i 2,2 2,0 ( .01 1 1 1 , , . 11'< 1 Figura 4.24 3,2 sou o 0,1 0,2 r w 0,3 Figura 4.25 0,4 0,5 CARGA AXIAL 1 13 ocotr.em em séçães onde a áreadà s�ção transversal.nruda tepentjvàmente, Qt1aU:to tn(\is maior a concentração de tensão. IJ:nálise, basta determinar a tensão máxima que age sobre a menor árl}a de seção .tran:;; versal: Para um fator de conc;entração de. tensão, K, que foi determinado por t11eios experimentais e tí função do corpo de prova. oncentração de tensão em um corpo de prova dúctil submetido a um.carregamento estático não tsídtentoa no projeto. Todavia, se o material for frágil ou estiver sujeito a carregamentos ele fadiga, as dé tensão se tornarão impol'tantes. · · · A tira de aço mostrada na Figura 4.27 está sujeita a uma As dimensões da barra de aço são mostradas na Figura u = 115 MPa, determine el carga axial de 80 kN. Determine a tensão normal máxima for issív adm ad ão m tens a 426. Se . pode desenvolvida na tira e o deslocamento de uma de suas ex­ suportar barra a que P axial força r maio a tremidades em relação à outra. A tensão de escoamento do p aço é ue = 700 MPa e Eaço = 200 GPa. t 10 mm� 80 kN 1 ! -� -l·. A 40 mm B I fi�, �00 mm I 20 mm I ?lb D C ----.f' ,IS.._ -I ---- ·--;, 800 mm ��-300 mm-1 ��' �� . • ----r-\� 80 kN ----"" 10 mm 7" Figura 4.27 SOLUÇÃO tp Por inspeção, a tensão normal máxima ocorre na menor seção transversal, onde o filete de rebaixo começa em B ou C. O fator de concentração de ten­ são é determinado pela Figura 4.23. Exige-se que Tensão normal max1ma. Figura 4.26 SOLUÇÃO Como há um filete de rebaixo, o fator de concentração de tensão pode ser determinado pelo gráfico na Figura 4.24. O cálculo elos parâmetros geométricos necessários dá !__ = 10 mm = O ' 50 n 20 mm w = 40 mm = 2 20 mm h 6 mm w 40 mm r h = 20 mm = 0 '3 ' h = 20 mm = 2 Assim, K = 1,6. A tensão máxima é, portanto, [ J 80(103) K Ap = 1,6 (O 02 m)(O 01 m) = 640 MPa ' ' Resposta Observe que o material permanece elástico, visto que Portanto, elo gráfico 640 MPa < ue = 700 MPa. k = 1,4 Deslocamento. Aqui, desprezaremos as deformações lo­ O cálculo da tensão normal média na menor seção trans­ calizadas ao redor da carga aplicada e na mudança repentina versal dá na seção transversal no filete de rebaixo (princípio de Saint­ Venant). Temos p 2 (20 mm)(10 mm) = O,OOSP N/mm 80(103) N(0,3 m) PL = 2 = / A 0 D 2.: AE (0,04 m)(0,01 m)[200(109 ) N/m2] A aplicação da Equação 4.7 com uadm = umax produz 80(103) N (0,8 m ) adm = [( méd + (0,02 m)(O,Ol m)[200(109) N/m2] 115N/mm2 = 1,4(0,0005P) P = 16,43(103) N uA/D = 2,20 mm Resposta = 16,43 KN Resposta , (T (T umáx = { { } } 1 14 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS . : �1 : p t (J * . . . (J (a) (b) Figura 4.28 *4. 8 Defo r m a çã o axi a l i n e lástica Até aqui, consideramos somente carregamentos que provocam o comportamento elástico do material do elemento. Entretanto, às vezes, acontece de um elemento ser projetado de modo que o carregamento provoca o escoamento do material e, com isso, sua de­ formação permanente. Esses elementos costumam ser feitos de um metal de alta ductilidade, como aço reco­ zido de baixo teor de carbono, cujo diagrama tensão­ -deformação é semelhante ao da Figura 3.6 e pode ser modelado como mostra a Figura 4.28b. Um material que exiba esse comportamento é denominado elástico peifeitamente plástico ou elastoplástico. Para ilustrar fisicamente como tal material se com­ porta, considere a barra na Figura 4.28a, que está sujeita à carga axial P . Se a carga provocar o desenvolvimento de uma tensão elástica u = u1 na barra, então, aplicando a Equação 4.6, o equilíbrio exige P = 1u1dA = u1A. Além disso, a tensão u1 provoca uma deformação E1 na barra, como indica o diagrama tensão-deformação (Figura 4.28b ). Se, agora, P for aumentada para Pp , de tal modo que provoque escoamento do material, isto é, u = ue então, novamente, Pp = 1uedA = ueA. A carga Pp é denominada carga plástica, uma vez que representa a carga máxima que pode ser suportada por um material elastoplástico. Para o caso em questão, as deformações não são definidas de maneira única. Ao contrário, no instante em que ue é atingida, em primeiro lugar, a barra é submetida à deformação por escoamento Ee (Figura 4.28b) e, em seguida, a barra continuará a escoar (ou alongar-se) de modo que serão geradas as deformações t (J p a a t IJj E E e N a árc E () CO!l l l E2, E3 etc. Visto que nosso "modelo" do material exibe comportamento de material perfeitamente plástico esse alongamento continuará indefinidamente, mesm� sem nenhum aumento na carga. Contudo, na verdade após um pouco de escoamento, o material começará � endurecer por deformação, de modo que a resistência extra que ele obtenha impedirá qualquer deformação adicional. O resultado é que qualquer projeto baseado nesse comportamento será seguro, pois o endurecimen­ to por deformação proporciona ao material um poten­ cial para suportar uma carga adicional, se necessário. Agora, considere o caso de uma barra que tenha um furo, como mostra a Figura 4.29a. À medida que o valor de P aumenta, ocorre uma concentração de tensão no material próximo ao furo, ao longo da seção a-a. Nesse ponto, a tensão alcançará um valor máximo umáx = u1 e sofrerá uma deformação elástica correspondente E 1 (Fi­ gura 4.29b ). As tensões e deformações correspondentes em outros pontos ao longo da seção transversal serão menores, como indica a distribuição de tensão mostra· da na Figura 4.29c. Como esperado, o equilíbrio exige P = 1udA. Em outras palavras, P é geometricamente equivalente ao "volume" contido no interior da distri­ buição de tensão. Se, agora, aumentarmos a carga para P', de modo que umáx = u o material começará a es­ coar para fora do furo, até que a condição de equilíbrio P' = 1uAdA seja satisfeita (Figura 4.29d). Como a figu­ ra mostra, isso produz uma distribuição de tensão cujo "volume" é geometricamente maior que o mostrado na Figura 4.29c. Um aumento adicional na carga provocará, a certa altura, o escoamento de toda a seção transversal, até que nenhuma carga maior possa ser sustentada pela d ns l l i)( 1 5 kN qu;Ht d • do n :H l tii i iSVt fc i l ; l l l l < ddcm li li e' �· l "---�--�-------- p (a) I h l c /ll (JI IJj IJe harn c p()( (b) Figura 4.29 !Je � I [-�--�·-··-· I � IJ, !Je � p P' Pp (c) (d) (e) Í t i'i p !:<� ncho l 0.0 1 Í'>'>o CARGA AXIAL barra . E sSa r ' a pela cond1çao pode ser calculad Figura 4.29e carga plástica P é mostrada na' íb . pp de eqml1 no = fAO"e dA = (}"e A mento e A é Nessa expressão, O", é a tensão de escoa na seção barra da ersal. . ' a de seção transv .a-a. are 1 amente numenc ustram 1 O s exemplos a segmr tipos de prooutros a conceitos se aplicam . co rno. esses 1 mento comporta apresenta quando o matena el as toplá stico. Dois cabos de aço são usados para suspender o peso de do cabo AB, 15 kN ( 1,5 kg) (Figura 4.30a). O comprimento do AC, quan­ nto cabo comprime o e m, 5 é alongado, não o quand de seção do mio alongado, é 5,0075 m. Se cada cabo tiver área o per­ elástico ser considerad puder aço o e mm2 transversal de 30 u-E 0b, Figura 3 4. na gráfico o mostra como plástico, mente feita determine a força em cada cabo e o respectivo alongamento. ""' (J" (MPa) 350 1---.-- L:..____l_______ E 0,0017 ( a) (mm/mm) 1 15 que é menor que a deformação elástica máxima, 0,0017 (Figura 4.30b ). A tensão no cabo AB quando isso acontece pode ser determinada pela Figura 4.30b por cálculo propor­ cional; isto é, 0,0015 0,0015 350 MPa uAB uAB = 308,82 MPa E = , Assim, a força no cabo é FA8 �� (308,82 N/mm2)(30 mm2) = 9.264,6 N = 9,26 kN Visto que o peso a ser suportado é 15 kN, podemos concluir que ambos os cabos devem ser usados para suporte. Uma vez sustentado o peso, a tensão nos cabos depende da deformação correspondente. Há três possibilidades, a sa­ ber: as deformações em ambos os cabos são elásticas, o cabo AB é deformado plasticamente enquanto o cabo AC é de­ formado elasticamente, ou ambos os cabos são deformados plasticamente. Começaremos considerando que ambos os cabos permanecem elásticos. O exame do diagrama de corpo livre do peso suspenso (Figura 4.30c) indica que o problema é estaticamente indeterminado. A equação de equilíbrio é TAB + ��c + 15 kN = O + t�Fy = O·' (1) Visto que AC é 0,0075 m mais comprido do que AB, en­ tão, pela Figura 4.30d, a compatibilidade do deslocamento das extremidades B e C exige que (2) 8A8 0,0075 m + 8Ac O módulo de elasticidade (Figura 4.30b) é E,ço 350 MPa/0,0017 205,9(103) MPa. Uma vez que essa é uma análise linear elástica, a relação carga-deslocamento é 8 = PLIAE e, portanto, TAB (5 m) = 0 0075 m 30(10-6)[205,9(106) kPa] ' c (�5�,0_07_5_m�) + --T�A� 30(10-6 )[205,9(106) kPa] (3) 5TAB 46,3275 + 5,0075TAC Resolvendo as equações 1 e 3, temos TAB 12,135 kN TAC 2,865 kN = = = = (b) A 5 m 5,0075 m Posição inicial (c) __ = = (d) Figura 4.30 = A tensão no cabo AB é, portanto, 12,135(103) N 404 5 MPa Por insp eçao, - o cabo AB começa a suportar o peso quando o UAB = 30 mm ganch ' Ievantado. Entretanto, se esse cabo alongar mais do q ue ?,01 a carga será sustentada por ambos os cabos. Para Essa tensão é maior do que a tensão elástica máxima admis­ q ue ISSO ocorra, a defor sível (u, 350 MPa) e, portanto, o cabo AB sofre deforma­ mação no cabo AB deve ser ção plástica e suporta sua carga máxima de 0,0075 m 0'0015 AB TAB 350 MPa (30 mm2) 10,5 kN Resposta 5m SOLUÇÃO 0 e 2 m, = ' = E = = = = 116 RESISTtoNCIA DOS MATERIAIS Pela equação 1, TAB = 4,5 kN Resposta pela Figura 4.23 e que é exclusivo para a geometria da barra em questão. Aqui, 4 mm r = 0 '125 h (40 mm - 8 mm) Observe que o cabo AC permanece elástico, visto que a ten­ são no cabo é uAc = 4,5(103)N/30 mm3 = 150 MPa < 350 40 mm w ------ = 1,25 MP a. A deformação elástica correspondente é determinada h (40 mm - 8 mm) por cálculo proporcional (Figura 4.30b); isto é, A carga máxima, sem provocar escoamento, ocorre quando 0,0017 u . = u . A tensão normal média é ume = PIA. Usando a 150 MPa 350 MPa Eq;';_ação'4.7, temos EAC = 0,000729 'd Assim, o alongamento de AC é 8Ac = (0,000729)(5,0075) = 0,00365 m Resposta [ �( m)] 250(106) Pa = 1,75 (0,002 0,032 Resposta P0 = 9,14 kN Então, aplicando a equação 2, o alongamento de AB é Resposta 0A B = 0,0075 + 0,00365 = 0,01115 m Essa carga foi calculada usando a menor seção transversal. A distribuição de tensão resultante é mostrada na Figura 4.31b. Para equilíbrio, o "volume" contido no interior dessa distri­ buição deve ser igual a 9,14 kN. Parte (b). A carga máxima sustentada pela barra provoca A barra na Figura 4.31a é feita de aço e consideramos o escoamento de todo o material na menor seção transversal. que seja elástica perfeitamente plástica, com u, =250 Mpa. Portanto, à medida que P aumenta até a carga plástica P , Determine (a) o valor máximo da carga P que pode ser provoca uma mudança gradativa na distribuição de tensã6 aplicada sem provocar o escoamento do aço e (b) o valor do estado elástico mostrado na Figura 4.3lb para o estado máximo de P que a barra pode suportar. Faça um rascunho plástico mostrado na Figura 4.31c. Exige-se que da distribuição de tensão na seção crítica para cada caso. PP A PP 250(106) Pa = (0,002 m)(0,032 m) .,.__ Resposta P = 16,0 kN P p Nessa expressão, P é igual ao "volume" contido na distribui­ ção de tensão que, nesse caso, é PP = u,A. P (a) fi fl dcnl pom a rc< n:c t l j poSS I j:í q u nula� l' Í ( I S, I l a ] II I scrú , lN!IIi as 1'01 ('{), ( do l'li I'; l'Ol l S I 1 l n o. d · fh!Si('r ('il l').'. < l d ( ·, li passo SOilll'l pcrpo ds d i s l l o. pc r () l'iiiJl(' l (b) Figma 4.31 SOLUÇÃO Parte (a). Quando o material se comporta elasticamente, te­ mos de usar um fator de concentração de tensão determinado *4. 9 Te nsão resid u a l Se u m elemento, ou u m grupo de elementos, car­ regado axialmente formar um sistema estaticamente indeterminado capaz de suportar cargas de tração, bem como de compressão, então, carregamentos externos excessivos que provocam escoamento no material cria­ rão tensões residuais nos elementos quando as cargas forem removidas. A razão para isso tem a ver com a recuperação elástica do material que ocorre duran te 0 descarregamento. Por exemplo, considere um elemento prismático feito de um material elastoplástico que te· nha o diagrama tensão-deformação OAB como mostra a Figura 4.32. Se uma carga axial produzir uma ten são 1\ I l'nr i n'l' da ( e· ra iO CARGA AXIAL A c A o O' l D ' / i Eo• B i B ,, C P = 60 kN 1---3-+--- 00 mm---1 (a ) Ec 1 17 _, '1 (b) u(MPa) Figma 4.32 no material e uma deformação plástica correspon- quando a carga for removida, o material res­ ente e seguirá a reta CD de modo elasticam ponde rá da deformação plástica. Uma pouco um erar a recup zero no ponto O' só será tensão até total ã o raç e p u rec possível se o elemento for estaticamente determinado, já que as reações dos apoios para o elemento devem ser nulas quando a carga for removida. Nessas circunstâno elemento será deformado permanentemente, de modo que a deformação permanente no elemento será e0, Todavia, se o elemento for estaticamente inde­ tt'rminado, a remoção da carga externa fará com que as forças dos apoios respondam à recuperação elástica CD. Como essas forças impedirão a total recuperação do elemento, induzirão nele tensões residuais. Para resolver um problema desse tipo, podemos considerar um ciclo completo de carregamento e, en­ tão, descarregamento do elemento como sendo a super­ posiçüo el e uma carga positiva (carregamento) a uma carga negativa (descarregamento) . O carregamento, O a C, resulta em uma distribuição ele tensão plástica, ao pass o que o descarregamento, ao longo ele CD, resulta somente em uma distribuição de tensão elástica. A su­ perposiçã o exige que as cargas se cancelem; contudo, as distribuições de tensão não se cancelarão e, portan­ to, permane cerão tensões residua is. O exemplo a seguir ilustra esses conceitos numeri­ camen te. ec, E (mm/mm) (c) Figma 4.33 ambos os segmentos AC e CB permanecem elásticos,AC é plás­ tico enquanto CB é elástico, ou ambos,AC e CB, são plásticos.' Uma análise elástica, semelhante à discutida na Seção 4.4, produzirá FA = 45 kN e F8 = 15 kN nos apoios. Entretanto, isso resulta em uma tensão de 45 kN uAC = 1T(0,005 m) = 573 MPa (compressão) > u = 420 MPa 2 e no segmento AC, e 15 kN = 191 MPa (tração) 1r(0,005 m) no segmento CB. Visto que o material no segmento AC es­ coará, consideraremos que AC se torna plástico, enquanto CB permanece elástico. Para esse caso, a máxima força desenvolvida possível em AC é (FA)e = u A = 420(103) kN/m2 [1r(0,005 m)2] = 33,0 kN e, pelo equilíbrio da haste (Figura 4.33b) ': haste mostrada na Figura 4.33a tem raio de 5 mm e FB = 60 kN - 33,0 kN = 27,0 kN feita de um material elástico perfeitamente plástico para q ual a-e = 420 MPa, E = 70 GPa (Figura 4.33c). Se uma A tensão em cada segmento da haste é, portanto, P = 60 kN for aplicada à haste e, então, retirada, de­ termme a tensão residual na haste e o deslocamento per­ uAC = u = 420 MPa (compressão) man ente do colar em c. 27 O kN 344 MPa ( traçao) < 420 MPa ( OK) uc8 = 1T(0,005 m) SOLUÇÃO uc8 = 2 e , 0 . e O . ção, a haste da haste é mostrado na Figura 4.33b. �r mspe é estaticamente indeterminada. A aplica­ diagrama de corpo livre Çílo ela carga P provocará uma de três possibilidades, a saber: ' 2 = _ ' A possibilidade de CB se tornar plástica antes de A C não ocorrerá porque, quando o ponto C se deformar, a deformação em AC (visto que é mais curta) sempre será maior que a deformação em CB. 118 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Finalmente, Tensão residual. Para obter a tensão residual, também é necessário saber qual é a deformação em cada segmento resultante do carregamento. Visto que CB responde elasticamente, oc = E 'AcLAc = -0,006555 (100 mm) = 0,656 mm +8c F8Lc8 = -= AE Assim, Resposta (27,0 kN)(0,300 m) ?T(0,005 m? [70(106) kNjm2] = 0'001474 m � m +O 04913 = 0,001474 EcB = 0,300 m = Lc8 ,O Além disso, visto que 8c é desconhecido, a deformação em AC é 0,001474 m = _0 01474 ' 0,100 m Determine a tensão normal máxima desenvolvida na barra quando submetida a uma carga P = 8 kN. 4.87. *4.88. Se a tensão normal admissível para a barra for uadm = 120 MPa, determine a força axial máxima P que pode ser aplicada à barra. Portanto, quando P é aplicada, o comportamento tensão-de­ formação para o material no segmento CB passa de O para p p A' (Figura 4.33c), e o comportamento tensão-deformação para o material no segmento AC passa de O para B'. Se a carga P for aplicada na direção oposta, em outras palavras, a carga é removida; ocorre, então, uma resposta elástica e é Problemas 4.87/88 preciso aplicar uma força contrária FA = 45 kN e uma for­ ça contrária F8 = 15 kN a cada segmento, respectivamente. 4.89. A barra de aço tem as dimensões mostradas na figu­ Como calculamos antes, essas forças produzem tensões ra. Determine a força axial máxima P que pode ser aplicada uAc = 573 MPa (tração) e uc8 = 191 MPa (compressão); de modo a não ultrapassar uma tensão de tração admissível como resultado, a tensão residual em cada elemento é O"adm = 150 MPa. + (uAC)r = -420 MPa 573 MPa = 153 MP a Resposta Resposta (ucs)r = 344 MPa - 191 MPa = 153 MPa p Essa tensão de tração é a mesma para ambos os segmentos, o que era esperado. Observe também que o comportamento tensão-deformação para o segmento AC passa de B' para D' 24 mm na Figura 4.33c, ao passo que o comportamento tensão-defor­ mação para o material no segmento CB passa de A ' para C'. Pl'oblema 4.89 Deslocamento permanente. Pela Figura 4.33c, a defor­ 4.90. Determine a força axial máxima P que pode ser apli· mação residual em CB é cada à barra. A barra é feita de aço e tem tensão admissível O"adm = 147 MPa. 153(106) Pa = = 0,002185 E 1CB = E 70(109 ) Pa 4.91. Determine a tensão normal máxima desenvolvida na barra quando sujeita a uma carga P = 8 kN. de modo que o deslocamento permanente de C é (T oc = E ' csL c8 = 0,002185 (300 mm) = 0,656 mm +- Resposta Também podemos obter esse resultado determinando a deformação residual E ' Ac em AC (Figura 4.33c ). Visto que a reta B' D' tem inclinação E, então OEAC = ou = � E ( 420 + 153) 106 Pa 70(10 ) Pa 9 = 0,008185 Portanto, E 'Ac = EAc + OEAc = -0,01474 + 0,008185 = -0,006555 p p 15 mm Pl'oblemas 4.90/91 Determine a tensão normal máxima desenvolvidaJiíi barra quando sujeita a uma carga P = 8 kN. *4.92. ·t'>cl , \ li d \' k lt dplll I' CARGA AXIAL 1 19 *4.96. O peso de 1.500 kN ( 150 t) é assentado lentamente no topo de um poste feito de alumínio 2014-T6 com núcleo de aço A-36. Se ambos os materiais puderem ser considera­ dos elásticos perfeitamente plásticos, determine a tensão em cada um deles. = - Problema 4.92 distribuição de tensão resultante aoessalongo1' stnda'b seção . na figura. por d mçao, a para barra é mostradaado da força axial resultante P 0 valor aproxim é o fator de concentração qual disso, Além à barra. ria? met geo essa tensão para , 49,.,. A d.,1,,nnnt�;; % Alumínio s o mm 25 mm Aço Problema 4.96 A haste do parafuso de aço com 10 mm de diâmetro está embutida em uma luva de bronze. O diâmetro externo dessa luva é 20 mm. Se a tensão de escoamento for (CTe)aço 640 MPa para o aço e (CTe)b, 520 para o bronze, determine o valor da maior carga elástica P que pode ser aplicada ao conjunto. Eaço 200 GPa, Ebr 100 GPa. 4.97. = = = Problema 4.93 p distribuição de tensão resultante ao longo da seção A B para a barra é mostrada na figura. Por essa distribuição, determine o valor aproximado da força axial resultante P "plicada à barra. Além disso, qual é o fator de concentração d1; tensão para essa geometria? lO mm 4JJ4. = A lO mm 20 mm p p Problema 4.97 Problema 4.94 chapa de aço A-36 tem espessura de 12 mm. Se filetes de rebaixo em B e C' e CTadm 150 MPa ' deter, mme a carga axial máxima P que ela pode suportar. Calcule alongamento da chapa desprezando o efeito dos filetes. 4.95. A = 0 �c � ---==D J-I +,;,200;�;;;;! mm � 800 mm 7 30 mm �� ·· Aj ' I � 120 mm r = 30 mm Problema 4.95 _1 60 mm 4.98. O peso é suspenso por cabos de aço e alumínio, cada um com o mesmo comprimento inicial de 3 m e área de seção transversal de 4 mm2 • Se considerarmos que os materiais são elásticos perfeitamente plásticos com (CTe)aço = 120 Mpa e (CTe)a1 70 MPa, determine a força em cada cabo se o peso for (a) 600 N e (b) 720 N. Ea1 70 GPa, Eaço 200 GPa. = = = Fat Alumínio Faço Aço p Problema 4.98 1 20 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 4.102. A barra rígida é sustentada por um pino em A e d oi 4.99. A barra tem área de seção transversal de 625 mm2• Se uma força P 225 kN for aplicada em B e, então, removida, de­ cabos de aço, cada um com diâmetro de 4 mm. Se a tensãos termine a tensão residual nas seções AB e BC. ue 210 MPa. de escoamento para os cabos for ue 530 MPa e Eaço == 200 GPa, determine (a) a intensidade da carga distribuída qu pode ser colocada sobre a viga de modo a provocar um iní­e cio de escoamento somente em um dos cabos e (b) a menor A intensidade da carga distribuída que provoque o escoamento de ambos os cabos. Para o cálculo, considere que o aço é elás­ tico perfeitamente plástico. = = = w B 4. J()5 ;\-Jú trans Vl' L..; a 11· q w cabw t'O pc ,; dcs come c Problema 4.99 A barra tem área de seção transversal de 300 mm2 e é feita de um material cujo diagrama tensão-deformação pode ser aproximado pelos dois segmentos de reta mostra­ dos na figura. Determine o alongamento da barra resultante do carregamento aplicado. *4.100. Pl'Oblema 4.102 A viga rígida é suportada pelos três postes A, B e C de comprimentos iguais. Os postes A e C têm diâmetro de 75 mm e são feitos de alumínio, para o qual E.1 70 GPa e (u) .1 20 MPa. O poste B tem diâmetro de 20 mm e é fei­ to de latão, para o qual E1a1 100 GPa e (u)1•1 590 MPa. Determine o menor valor de P de modo que (a) somente hastes A e C sofram escoamento e (b) todos os postes sofram escoamento. 4.103. = � 280 1------� 140 = = p = 4. 10ú. :,n do l i l' l l l i d p r i n lt'r as p LL----------'--E(mm/mm) 0,001 0,021 Problema 4.100 ai A barra rígida é sustentada por um pino em A e dois cabos de aço, cada um com diâmetro de 4 mm. Se a tensão f--- 2 m+ 2 m+2 m+2 m--j de escoamento para os cabos for ue = 530 MPa e Eaço 200 Problema 4.103 GPa, determine a intensidade da carga distribuída w que pode ser colocada sobre a viga e provocará um início de es­ *4.104. A viga rígida é suportada pelos três postes A, B e C coamento somente no cabo EB. Qual é o deslocamento do de comprimentos iguais. Os postes A e C têm diâmetro de ponto G para esse caso? Para o cálculo, considere que o aço 60 mm e são feitos de alumínio, para o qual E.1 = 70 GPa e é elástico perfeitamente plástico. (ue).1 20 MPa. O poste B é feito de latão, para o q?al E1., = lOO GPa e (uJ 1., = 590 MPa. Se P = 130kN,determJOC o maior diâmetro do poste B, de modo que todos os postes sofram escoamento ao mesmo tempo. 4.101. = = p C) u a 1 ponl lrihu se lo der p O de ur n A ai f--- 2 m+ 2 m-f--- 2 m+ 2 m--j Problema 4.101 c Çfio i1 Problema 4.104 CARGA AXIAL 1 21 três cabos de aço 4.107. Resolva o Problema 4.106 se o diagrama tensão-de­ viga rígida é sustentadade por A área da seção formação for definido por = cE3'2. m. 1,2 mento compri com Um cada a da seçao trans­ area e mm2, 10 é tr::�Jnsve rs;t�t de AB e EF distribuída carga maior a Determine 2• mm d e CD é 4 ada pela viga antes que qualque r dos suport ser que pode e e 1 aço o ' t' que 'd erarmos cons Se r. escoa a ece ' stanc , 1a a1as . cabos com , 1 que d viga ate me determ o, erfeitamente plásticexatamente antes de todos os cabos baixo Je slocada apara ar. esco começarem A (]' _ , G' · . . , I- PI"Oblema 4.107 A barra com diâmetro de 50 mm está presa em suas extremidades e suporta a carga axial P. Se o material for elástico perfeitamente plástico como mostra o diagrama ten­ são-deformação, determine a menor carga P necessária para provocar o escoamento do segmento AC. Se essa carga for li­ berada, determine o deslocamento permanente do ponto C. 4.109. Determine o alongamento da barra no Problema 4.108 quando são removidos tanto a carga P quanto os apoios. *4.108. A Problema 4.105 diagrama tensão-deformação de um material pode descrito pela curva (]' = Determine a deflexão 8 da ex­ tremidade de uma haste feita desse material se ela tiver com­ primento L, área de seção transversal A e peso específico y. 4.106. O ser ce112 • G' u (MPa) 140 / I ._/-'------ E (mm/mm) 0,001 Problemas 4.108/109 Problema 4.106 carregamento é plic do em sobre um corp o, tende a criar uma dis­ ão de tensão no interior do corpo que uniformemente distribuída em do ponto de aplicação. Isso ominado princípio Saint- a a lf.f;•.\Jtl<ltltclo um a mais afastadas de um Venant. amento relativo na extremidade de elemento carregado em rela­ à outra extremidade é determinado por axialmente 8 = [LP(x) dx Jo AE p � --�d=x�------�- 1 --------�lr-�=====�x�-: 1 I - - - - 1 22 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Se uma série de forças rodais externas cons­ tantes for aplicada a um elemento e AE tam­ bém for constante para o elemento, então AE Para aplicação, é necessário usar uma con­ venção de sinais para a carga interna P e ter certeza de que o material não escoará, mas permanecerá linear elástico. 8 _ � PL I r P4 L� ----------------------� .1 . I �----------L ------------�� 1 \� I P1----1 P2 - 4. - P3 ll' !11 III "" c' I lu (' ( l l' Superposição de carga e deslocamento é pos­ sível desde que o material permaneça linear elástico e não ocorra nenhuma mudança sig­ nificativa na geometria. Ju As reações em uma barra estaticamente inde­ terminada podem ser determinadas tanto por equilíbrio quanto por condições de compa­ tibilidade que especifiquem o deslocamento nos apoios. Esses deslocamentos são relacio­ nados com as cargas por meio elas relações 8 carga-deslocamento, isto é, = PLIAE. 4. 1 Cí\' Uma mudança na temperatura pode provo­ car uma mudança no comprimento ele um elemento feito de um material homogêneo isotrópico correspondente a 8 = a8TL Se o elemento estiver confinado, essa expansão produzirá tensão térmica no elemento. Furos e transições acentuadas em uma seção transversal criarão concentrações ele tensão. Para projeto, obtemos o fator de concentra­ ção de tensão K em um gráfico, o qual foi determinado por estudos experimentais. En­ tão, esse valor é multiplicado pela tensão mé­ dia para obter-se a tensão máxima na seção transversal. O"máx = Kuméd Se o carregamento em uma barra provocar escoamento elo material, então a distribuição ele tensão produzida poderá ser determinada pela distribuição ele deformação e pelo dia­ grama tensão-deformação. Para materiais perfeitamente plásticos, o escoamento fará com que a distribuição de tensão na seção transversal de um furo ou transição se nivele e se torne uniforme. '4, ('; i i qll: I I I II I' lo �� l�l · · l - \ 1 I Pp p �-----+- Se um elemento estiver restringido e um car­ regamento externo provocar escoamento, quando a carga for liberada, provocará uma tensão residual no material. CARGA AXIAL mm de diâmetro a uma rebite de aço com 6 entre duas chapas de tal preso está C de 800° mm de cumpri­ 50 tem ele , ratura tempe a que, ness 1,25 kN entre as de erto a de força uma � ce exer força da mado aproxi Determine o valor esfriar até soe. Paradeoaperto cálcu­ , . chapas quando o rebite t�s que as cabeças do rebite" e as chapas são rígidas. 14(10-6)/ C, E. = 200 GPa. O também é uma estimativa conservadora da resposta real? Um e = a nço f��!i 1Ulli11UV 1 23 4.113. A força P é aplicada à barra, a qual é composta por um material elástico perfeitamente plástico. Construa um gráfico para mostrar como a força varia em cada seção AB e BC (ordenadas) à medida que P (abscissa) aumenta. A barra tem áreas de seção transversal de 625 mm2 na região AB e 2.500 mm2 na região BC e ae = 210 MPa. aço Problema 4.113 A haste de alumínio 2014-T6 tem diâmetro de 12 mm e está levemente conectada aos apoios rígidos em A e B quan­ do T1 = 25°C. Se a temperatura baixar para T2 = 2o c e força axial P = 80 N for aplicada ao colar rígido, como uma ser pode que apli­ P ·U t i. Determine a força axial máxima mostra a figura, determine as reações em A e B. é l = 150 MP a. admissíve a tensão A aço. adm cada à c hapa de 4.114. Pt·oblema 4.110 - o B A Problema 4.114 A haste de alumínio 2014-T6 tem diâmetro de 12 mm e está levemente conectada aos apoios rígidos em A e B quan­ do T1 = 40°C. Determine a força P que deve ser aplicada ao colar de modo que, quando T = 0°C, a reação em B seja nula. 4.115. p B A Problema 4.111 '4.112. O elo rígido é sustentado por um pino em A e dois de aço A-36, cada um com comprimento de 300 mm quando não alongados e área de seção transversal de 7,8 mnl1• Determine a força desenvolvida nos cabos quando o elo suportar a carga vertical de 1,75 kN. cabos T c + 1\l:\I«B� 125 mm � lOO mm 150 mm --j 1 ,75 kN Problema 4.112 Problema 4.115 A coluna de aço A-36 tem área de seção transversal de 11.250 mm2 e está engastada em concreto de alta resistên­ cia, como mostra a figura. Se uma força axial de 300 kN for aplicada à coluna, determine a tensão de compressão média no concreto e no aço. Até que distância a coluna se encurta? Seu comprimento original é 2,4 m. *4.116. �5 mm 300 kN 1 l 2,4 m Problema 4.116 1 24 I RESIST�NCI.l\ DOS Ml\TERI.l\15 A coluna de açoA-36 está engastada em concreto de alta resistência, como mostra a figura. Se uma força axial de 300 kN for aplicada à coluna, determine a área exigida para o aço de modo que a força seja compartilhada igualmente en­ tre o aço e o concreto. Até que distância a coluna se encurta? Seu comprimento original é 2,4 m. 4.117. 300 kN mm m Problema 4.117 conjunto é formado por uma barra de alumínio ABC com 30 mm de diâmetro com um colar fixo em B e uma haste de aço CD com 10 mm de diâmetro. Determine o deslocamento do ponto D quando o conjunto for carregado como mostra a figura. Despreze o tamanho do colar em B e o acoplamento em C. Eaço 200 GPa, E.1 70 GPa. 4.118. O = = =t '9mm 30o1mm 4 kN c D _l 700 mm 20 kN Problema 4.118 A junta é composta por três chapas de aço A-36 interligadas nas costuras. Determine o deslocamento da ex­ tremidade A em relação à extremidade B quando a junta for submetida às cargas axiais mostradas. Cada chapa tem espessura de 5 mm. 4.119. 46 kN �,.._-(::_-""--'"---.----:o Problema 4.119 oe N u: u Mo elo rE su ç anz res1 5. I II C l < l l'l xos ;ll'( cu I CSI I ). I lon COI l e i! f<ll. lon l icl dis hg d;l( .\ I se COI ' roi, c f for p i <I I ot Úll ; Tor ção ULO OBJETIVOS DO CA PÍT Neste capítu lo, discutiremos os efeitos da a p l i ca çã o d e u m carrega mento de torção a um elemento longo reta, como um eixo ou tubo. I n ic i a lmente, considera remos q u e o elemento tem seção transversal circu l a r. Mostraremos como determ i n a r a distri b u i çã o da tensão no i nterior do elemento e o â n g u l o de torção q u a n0 materi a l se comporta de m a n e i ra l i n e a r elástica e, a i nd a , q u a ndo é i nelástico. Tam bém d iscuti remos a estaticamente i n d eterm i n ados, a lém de tópicos especia is , e ntre eles e l e mentos com anál i se de eixos e tubos tran sversais não circul a res. Por fi m , d a remos atenção especia l às concentrações de tensão e à tensão d e torção . residua l causa da por ca rrega mentos 5.1 Deformaç ão p o r t o rção d e u m eixo ci rcu l a r a torcer um ele­ O efeito do longitudinal. eixo seu de torno em mento de ei­ projetas em primária preocupação uma é torque xos ou eixos de acionamento utilizados em veículos e estruturas diversas. Podemos ilustrar fisicamente o que acontece quando um torque é aplicado a um eixo cir­ cular considerando que este seja feito de um material com alto grau de deformação, como a borracha (Figura 5.l a). Quando o torque é aplicado, os círculos e as retas longitudinais da grade, marcados originalmente no eixo, tendem a se distorcer segundo o padrão mostrado na Figura 5.lb. Examinando a figura, vemos que a torção faz que os círculos continuem como círculos e cada linha longitudinal da grade se deforme na forma de uma héque intercepta os círculos em ângulos iguais. Além disso, as seções transversais nas extremidades do eixo con l.inuam planas, e as linhas radiais nessas extremi­ dades continuam retas durante a deformação (Figura 5.l.b). Por essas observações, podemos considerar que, se o ângul o de rotação for pequeno, o comprimento e o . Torque é um momento que tende ra10 do eixo permanecerão inalterados. Se o eixo estiver preso em uma de suas extremidades for aplicado um torque à sua outra extremidade, o plano sombre ado na Figura 5.2 será distorcido até uma for�a oblíqua , como mostra a figura. Aqui, uma linha tadtal localizada na seção transversal a uma distância x da extremidade fixa do eixo girará de um ângulo cp(x � ulo ang o/(x), definido dessa maneira, é denominado angulo de torção, depende da posição x e variará ao longo do eixo · como mostra a figura. Para entender como essa distorção deforma o materi al , Iso · 1aremos agora um pequeno elemento lo. . • A · radtal ca hzado a' dIs A da lmha ' t anc1a p (ro) central . do . F ( igur a 5.3). Devido à deformação observada na ' Ftgu ra 5.2, as faces anterior e posterior do elemento ? ). Antes da deformação ( a) Círculos continuam circulares Linhas longitudinais ficam torcidas Linhas radiais continuam retas Depois da deformação (b) Figura 5.1 sofrerão uma rotação - a face posterior, de c/J(x), e a face anterior, de cfJ(x) + b.cp. O resultado é que, em razão da diferença entre essas rotações, b.cp, o ele­ mento é submetido a uma deformação por cisalha­ mento. Para calcular essa deformação, observe que, antes da deformação, o ângulo entre as bordas AB e AC é 9 0° ; todavia, após a deformação, as bordas do elemento se tornam AD e AC e o ângulo entre elas é 8 ' . Pela definição de deformação por cisalhamento (Equação 2.4), temos 1 26 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS d< ci 1T 'Y = - - lim e' 2 C -> A ao longo de CA B A ao longo de BA ---> !I ri, nl !h í lo y (\ III : 11 : A tensão de cisalhamento para o material aumenta linearmente com p, isto é, y = (p/c)Ym áx· IIII 11 ; I dt' Figma 5.4 O Esse ângulo, ')', é indicado no elemento e pode ser relacionado com o comprimento �x do elemento e com a diferença no ângulo de rotação, �</J, entre as fa­ ces sombreadas. Se �x --7 dx e �<P --7 dcp, temos ângulo de torção <jJ(x) aumenta à medida que x aumenta. Figura 5.2 Portanto, dcp y = p­ dx (5 .1) Visto que dx e dcp são os mesmos para todos os elementos localizados em pontos da seção transver­ sal em x, então dcp!dx é constante nesta seção, e a Equação 5.1 indica que o valor da deformação por cisalhamento para qualquer um desses elementos va­ ria somente com sua distância radial p em relação à linha central do eixo. Em outras palavras, a deforma­ ção por cisalhamento no interior do eixo varia linear­ mente ao longo de qualquer linha radial, de zero na linha central do eixo até um valor máximo 'Ymáx em seu contorno externo (Figura 5 .4). Visto que dcp/dx y/p = 'Ymá/c, então, Deformação por cisalhamento do elemento == (5.2) y Os resultados obtidos aqui também são válidos para tubos circulares. Dependem somente das premissas adotadas em relação às deformações já mencionadas. X 5.2 Figura 5.3 (I Jll l BD = p d</J = dx y c / po A fó rm u l a d a to rção Quando um torque externo é aplicado a u m eixo, ele cria um torque interno correspondente no interi� r do eixo. Nesta seção, desenvolveremos uma equ a çao que relaciona esse torque interno com a distribuição (' J S : lo; 11 < 1 { Is. (j l l l l t' ll !<>1 1 t'S'i; l i< l i TORÇÃO , ersal de um d e cisalhamento na seção transv ular. . . . ou tu bo circ l for hnear elast1co, entao a le1 de a ateri o m ncta, uma vase aplica, r = Gy, e, por cons eque amento, como cisalh linear na deformação por o uma em variaçã resulta na seção anterior, pondente ao o corres na tensão de cisalh ament sal. de qualquer linha radial na seção transver a ocorre deforcom assim como . . (,,..ons·ectuentemente, por cisalhamento para um �1xo ma�1ço, . r vae1xo longltudmal a de zero na linha central do ície externa. Essa vasuperf um valor máximo rmáx na faces anteriores nas é mostrada na Figura 5.5, os em uma localizad ados de vários elementos selecion raio externo no c. Pela e p radial intermediária de lei pela ou Hooke propo rcionalidade de t�iângulos, ('r Gy) e pela Equaçao 5.2 [y = (p/c) ymáJ, podemos _ A (5.4) ' Visto que rmá)c é constante, (5.5) A integral nessa equação depende somente da geo­ metria do eixo. Ela representa o momento polar de inércia da área da seção transversal do eixo calculada em torno da linha central longitudinal do eixo. Esse valor será representado pelo símbolo J e, portanto, a Equação 5.5 pode ser escrita de uma forma mais com­ pacta, a saber, escrever (5.3 ) Essa equação expressa a distribuição da tensão de cisalhamento em função da posição radial p do elemen­ to; em outras palavras, define a distribuição da tensão na seção transversal em termos da geometria do eixo. lJsando essa equação, aplicaremos agora a condição que exige que o torque produzido pela distribuição de tensão por toda a seção transversal seja equivalente ao Iorque interno resultante T na seção, o que mantém o eixo em equilíbrio (Figura 5.5). Especificamente, euda elemento de área dA, localizado em p, está su­ jeito a uma força dF = r dA. O torque produzido por essa força é dT = p( r dA). Portanto, para toda a seção transversal, temos 1 27 rmáx = J Te (5.6) onde rmáx = a tensão de cisalhamento máxima no eixo, que ocorre na superfície externa T = torque interno resultante que age na seção transversal. Seu valor é determinado pelo mé­ todo das seções e pela equação de equilíbrio de momento aplicada ao redor da linha central longitudinal do eixo J = momento polar de inércia da área da seção transversal c = raio externo do eixo Pelas equações 5.3 e 5.6, a tensão de cisalhamento na distância intermediária p pode ser determinada por uma equação semelhante: Tp (5.7) r =J Qualquer uma das duas equações citadas é frequen­ temente denominada fórmula da torção. Lembre-se de que ela só é usada se o eixo for circular e o material for homogêneo e comportar-se de uma maneira linear elástica, visto que a dedução da fórmula se baseia no fato de a tensão de cisalhamento ser proporcional à deformação por cisalhamento. A tensão de cisalhamento varia linearmente ao longo de cada linha radial da seção transversal. Figura 5.5 Eixo m aciço. Se o eixo tiver uma seção transver­ sal circular maciça, o momento polar de inércia J pode ser determinado por meio de um elemento de área na forma de um anel diferencial, de espessura dp e circun­ ferência 21Tp (Figura 5.6). Para esse anel, dA = 21Tp dp, portanto, J = 1 p2 dA = 1> ( 27Tp dp) = 27T 1 p3 dp c = 27T (�) 1 : p4 1 28 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS T Figma 5.6 Falha de um eixo de madeira por torção. É interessante observar que, em razão dessa distribui­ ção axial da tensão de cisalhamento, eixos feitos de ma­ deira tendem a rachar ao longo do plano axial quando sujeitos a um torque excessivo (Figura 5.8). Isso aconte­ ce porque a madeira é um material anisotrópico. A re­ sistência ao cisalhamento desse material, paralela a seus grãos ou fibras, direcionada ao longo da linha central do eixo, é muito menor do que a resistência perpendicular às fibras, direcionada no plano da seção transversal. Figura 5.8 (5.8) Observe que J é uma propriedade geométrica da área circular e é sempre positivo. As unidades de me­ dida comuns para J são mm4 ou pol4• Já demonstramos que a tensão de cisalhamento va­ ria linearmente ao longo de cada linha radial da seção transversal do eixo. Todavia, se isolarmos um elemen­ to de volume do material na seção transversal, então, devido à propriedade complementar do cisalhamento, tensões de cisalhamento iguais também devem agir sobre quatro de suas faces adjacentes, como mostra a Figura 5.7a. Por consequência, o forque interno T não somente desenvolve uma distribuição linear da tensão Eixo tubular. Se um eixo tiver uma seção transver­ sal tubular, com raio interno c; e raio externo C0, então, pela Equação 5.8, podemos determinar seu momento po­ lar de inércia subtraindo J para um eixo de raio c; daquele determinado para um eixo de raio C0• O resultado é de cisalhamento ao longo de cada linha radial no pla­ no da área de seção transversal, como também uma distribuição de tensão de cisalhamento associada é de­ senvolvida ao longo de um plano axial T (Figura 5.7b). J = 7T (c4 2 o - c1) 1 Como ocorre no eixo maciço, a tensão de cisalhamen­ to distribuída pela área da seção transversal do tubo va­ ria linearmente ao longo de qualquer linha radial (Figura 5.9a). Além do mais, a tensão de cisalhamento varia ao longo de um plano axial dessa mesma maneira (Figura 5.9b ). A Figura 5.9a mostra exemplos da tensão de cisa­ lhamento agindo sobre elementos de volume típicos. Tensão d e torção m áxima absol uta. (a) Tensão de cisalhamento varia linearmente ao longo de cada linha radial da seção transversal. (b) Figura 5.7 (5.9) Em qualquer seção transversal do eixo, a tensão máxima de cisalhamento ocorre na superfície externa. Contu· do, se o eixo for submetido a uma série de torques ex· ternos, ou se o raio (momento polar de inércia) mudar, a tensão de torção máxima no interior do eixo poderá ser diferente de uma seção para outra. Se quisermos determinar a tensão de torção máxima absoluta, tor· na-se, então, importante determinar a localização na qual a razão Tc/J é máxima. A esse respeito, pode ser útil mostrar a variação do torque interno T em cada seção ao longo d a linha central do eixo por meio de um diagrama de forque. Especificamente, esse diagra· ma é uma representação gráfica do torque interno T em relação à sua posição x ao longo do comprimento do eixo. Como convenção de sinal, T será positivo se, pela regra da mão direita, o polegar se dirigir para fora do eixo quando os dedos se curvarem na direção da torção causada pelo torque (Figura 5 .5) . Uma vez de· terminado o torque interno em todo o eixo, podem os identificar a razão máxima Tc/J. TORÇÃO T 1 29 A tensão de cisalhamento varia linearmente ao longo de cada linha radial da seção transversal. (b) ( a) Figura 5.9 eiJro com seção transw;rsál ci�cular'.� S\lbhJ.étido a um torqne, a . séÇã9 Jransversal nmrm,1mtce as linbas radiais giram.l��� ��9'/'�ç� \l�í.t; defotmação por cisalhamento n . <r�i11terior dó ·""'"'"'""" ao longo de qualqttt:{t;li@:a.radi�I;��zero nalfnha centraldo eixo a um �áximo �J � � ;i�:: :;ltrzeamwnte, �e, ,Zfiti(;l):eOa:9.��..elástico, •tens�b� 4e�cisalh�ff!ettto 1hlh� Hocike,·para. umi1l�te · ao a C(')ntral Q·� o até ú� valor te de proporeio� · settc<>nt,Clrllt.o externo:Essa tensão'de cisalliamento m.áximànilo eleveultrapassar Ó r o ri c linha radial d9 eb:o ta�béii1 vari(l · · colJ1portam�nto · mill, dâ proprie,da<:le ·éotnple11n:etttar do cisallia1Ilento, a distribu�ção datensão de cisa111�ehto fulear no mte� seção transversal tanibéll1é distribuída ao longo d��I11plano axial adjac�nte dÓ eixo. dá torção é baseada no requisitQ de que o t()rque resultante .na seção trà11sversal seja igl!a� 11,o torque distribuição fuleardatensão �e,çisalliame11to e1ll torno da linha centrall<:mgitudinal do eixo.É lJJ;Jc(Js­ ou tubo tenha seçiio transversal circular e que seja feito de material homogêneo de comportamento A fórmula da torção pode ser aplicada conforme o procedhnento descrito a seguir. Carregamento intern o. • Secione o eixo perpendicularmente à sua linha central no ponto onde a tensão de cisalhamento deve ser determina­ da e use os diagramas de corpo livre e as equações de equilíbrio necessárias para obter o torque interno na seção. ,,, Propriedade da seção. • Calcule o momento polar de inércia da área de seção transversal. Para uma seção maciça de raio c,J = 1TC4/2, e, para um tubo de raio externo c e raio interno c. , 1 = 1r ( c 4- d ) /2. o Tensão de cisalhamento. , o t a distância radial p, medida do centro da seção transversal até o ponto onde a tensão de cisalhameuto deve ser determinada. Então, aplique a fórmula da torção r = Tp/1 on, se quiser determinar a tensão de cisalhamento máxima, use rmáx = Tc/1. Quando substituir os dados, não se esqueça de usar um conjunto consistente de unidades. A tensão de cisalliamento age na seção transversal em uma direção que é sempre perpendicular a p. A força que ? la cria deve contribuir com um torqne em torno da linba central do eixo orientado na mesma direção que o torque m terno resultante T que age na seção. Uma vez estabelecida essa direção, pode-se isolar um elemento de volume localizado no ponto onde r é determinada e, assim, pode-se mostrar a direção na qual r age nas três faces restantes do elemento. �0''-'""'"'u«mc 1 30 RESISTI':NCIA DOS MATERIAIS pressar 7 f(p) . Usando semelhança de triângulos (Figura 5.10b), temos = A distribuição de tensão em um eixo maciço foi repre­ sentada em gráfico ao longo de três linhas radiais arbitrá­ rias, como mostra a Figura 5.10a. Determine o torque inter­ no resultante na seção. !_ = 56 N/mm2 P SO mm 7 = 1,12pN/mm2 Essa tensão age em todas as porções do elemento do anel di. ferencial que tem área dA = 2np dp. Visto que a força criada por 7 é dF 7 dA, o torque é = d T = pdF = p( 1rdA) 50 p(l , 1 2p)Z1rpdp = 2,241Tp3dp = ( ) 150 = 11,0 Para a área inteira na qual 7 age, exige-se T (a) = fo 3 2,24 1Tp dp = 11,0 kN·m = 1 4 2,24 1T 4p O 0 l l !l X 10 6 N·mm Resposta eixo maciço de raio é submetido a um torque T (Fi· gura 5.11a). Determine a fração de T à qual resiste o mate­ rial contido no interior da região externa do eixo, que tem raio interno c/2 e raio externo c. c OBSI ii iljll t'l \0, I t'\111 (' ; d t ; a ulil I ! 1 1 1 1\ (b) SOLUÇÃO I O Figura 5.10 () III l i l i (' momento polar de inércia para a área da seção transversal é '>; d ila (a) (b) Figura 5.11 Aplicando a fórmula da torção com 7máx = 56 MPa 56 N/mm2 (Figura 5.10a), temos = T(50 T = ll,O kN · m SOLUÇÃO 1 1 ) mm A tensão no eixo varia linearmente, tal que 7 = (pie)7máx (Equa· ção 5.3). Portanto, o torque dT' no anel (área) localizado no interior da região sombreada mais clara (Figura S.llb) é dT' p(7 dA) p(p/c) 7má/21Tp dp) Para toda a área sombreada mais clara, o torque é SOLUÇÃO = Resposta O mesmo resultado pode ser obtido determinando-se o tor­ que produzido pela distribuição de tensão ao redor da linha central ( centroide) do eixo. Em primeiro lugar, temos de ex- = T' = _ - 21TT áx m --- C 21T7m áx 1cp dp c/2 1 4c 4 c/2 1 �� - p C 3 sou, TorqL n u l a;. () TORÇÃO 1 31 4.250 kN·mm 15?T ' C3 TI - --7 32 max (1) - 1.250 kN·mm em termos do torque apliser expresso torque TI podeprimeu . a formula da torça o para lugar, o em , T u sando a tensão máxima no eixo. Temos , ,!;,IMrmnu • 'Tmáx _ Te = Te =] (?T/2)c4 (a) 4.250 kN · mm ou 'Tmáx = 1T2T3 C Substituindo essa expressão na Equação 1, obtemos Resposta T 116S T I - - X (b) Aqui, a região sombreada mais clara resiste a aproximadamente 94% do torque, e o "núcleo" interno do = O a p = c/2, resiste aos restantes 6% de T (ou 1116). O n;sultaclo é que o material localizado na região externa do eixo é altamente efetivo na resistência ao torque, o que justifica a utilização de eixos tubulares como um meio eficiente para transmitir torque e, com isso, economizar material. OBSERVAÇÃO: O eixo mostrado na Figura 5.12a está apoiado em dois mancais e sujeito a três torques. Determine a tensão de ci­ salhamento desenvolvida nos pontos A e B localizados na seção a-a do eixo (Figura 5.12c). MPa y X (c ) Figura 5.12 Tensão de dsalhamento. tra em p = c = 75 mm, SOLUÇÃO � 0,377 MPa Visto que o ponto A se encon­ Te 1250 kN·mm X 75 mm Torque interno. As reações dos mancais sobre o eixo são z nulas contanto que o peso do eixo seja desprezado. Além dis­ TA = J = 4,97 X 107 mm4 = 1 '89 N/mm = 1,89 MPa Resposta so, os torques aplicados satisfazem o equilíbrio de momento torno da linha central do eixo. Da mesma forma, para o ponto B, em p =15 mm, temos . O torque interno na seção a-a será determinado pelo dtagrama de corpo livre do segmento esquerdo (Figura Tp = 1.250kN·mm X 15 mm = 0,377 MPa Resposta 78 = 5 .l2b) Temos J 4,97 X 107 mm4 em . 'i.M = O· 4.250 kN,·mm - 3.000 kN·mm Pr�p riedade da seção. o etxo é T = O T = 1.250 kN·mm OBSERVAÇÃO: As direções dessas tensões em cada elemen­ O momento polar de inércia para to em A e B (Figura 5.12c) são estabelecidas pela clireção do torque interno resultante T, mostrado na Figura 5.12b. Ob­ serve cuidadosamente como a tensão de cisalhamento age nos planos de cada um desses elementos. J = '!!_ ( 75 mm)4 = 4' 97 X 107 mm4 2 1 32 i�ti���� s.� !70 "* � = RESIST�NCIA DOS MATERIAIS " �"" "' "" 0 � Tensão de c:isalhamento. Para qualquer ponto localiza do na superfície externa do tubo, p = C0 = 0,05 m, temos ""3: 00 "' "' � " � O tubo mostrado na Figura 5.13a tem diâmetro interno de 80 mm e diâmetro externo de 100 mm Se sua extremidade Tc0 40 N m (0,05 m) = O 345 MPa r = - = ' for apertada contra o apoio em A usando-se uma chave em B, Resposta o J 5,80(10-6 ) m4 determine a tensão de cisalhamento desenvolvida no material nas paredes interna e externa ao longo da porção central do tubo quando são aplicadas forças de 80 N à chave. E para qualquer ponto localizado na superfície interna, p c; = 0,04 m, de modo que · . � �boomm 80 N Tci 40 N · m (0,04 m) = 0 276 MPa ' J 5,80(10-6 ) m4 r· = - = ' \ 80 N X 5.3 Tra nsm issão d e potê ncia Eixos e tubos de seções transversais circulares são frequentemente usados para transmitir potência desen­ volvida por uma máquina. Quando usados para essa finalidade, estão sujeitos a torques que dependem da potência gerada pela máquina e da velocidade angular do eixo. Potência é definida como o trabalho realizado por unidade de tempo. O trabalho transmitido por u m eixo rotativo é igual ao produto entre o torque aplicado e o ângulo de rotação. Portanto, se durante um instante dt um torque aplicado T provocar a rotação de no eixo, então a potência instantânea será Figma 5.13 SOLUÇÃO Torque interno. Toma-se uma seção em uma localização intermediária C ao longo da linha central do tubo (Figura 5.13b). A única incógnita na seção é o torque interno T. O equilíbrio de força e o equilíbrio de momento em torno dos eixos x e z são satisfeitos. Exige-se 2,MY = O; 80 N (0,3 m) + 80 N (0,2 m) T = O T = 40 N m Propriedade da seção. O momento polar de inércia para a área da seção transversal do tubo é - · T de P= dt Visto que a velocidade angular do eixo w também podemos expressar a potência como i n fo quê1 r ios (I I Resposta OBSERVAÇÃO: Para mostrar como essas tensões agem nos pontos representativos D e E na área da seção transversal, em primeiro lugar, observamos a seção transversal da parte anterior do segmento CA do tubo (Figura 5.13a). Nessa se­ ção (Figura 5.13c), o torque interno resultante é igual, mas oposto, ao mostrado na Figura 5.13b. As tensões de cisalha­ mento em D e E contribuem para esse torque e, portanto, agem nas faces sombreadas dos elementos nas direções mos­ tradas. Como consequência, observe como as componentes da tensão de cisalhamento agem nas outras três faces. Além disso, visto que a face superior de D e a face interna de E es­ tão em regiões livres de tensão tomadas nas paredes externa e interna do tubo, não pode existir nenhuma tensão de cisa­ lhamento nessas faces ou nas outras faces correspondentes dos elementos. ( a) l' lll é fll = díJ!dt, (5.10) No SI (Sistema Internacional de Unidades de Me· dida), a potência é expressa em watts quando o torque P'FOJ p nhcc ll' t' l ll da r c , 111 a l c d i ll l l' da to se j a I f' l O j l' I' a se d e o ra i ( J ( 1: J de p o: t'.\ ('0/1! nllnr ( lhado 1 piado. � l i III dt· cis; d <lllll' l ro ToRçÃo tons-metro íl me�1'10 em new por segundo (rad/s) (1 N · m) e w é expressa (1 W = 1 N · m/s). se trata de máqu inas rotativas, costuma-se ·equência de rotação de um eixo, f Fre-. ""'"'"nmu a ft 1 ou Cla medida do número d,e revo uçoes mt�mt:m e� ssa do e e expre em h ertz 0 eixo faz por segun 1 ciclo = 2 1r rad, então que Visto ). ciclo/s 1 a potência torna-se e a Equação 5.10 para (5.11) Quando a potência transmiti­ um eixo e sua frequência de rotação são co­ eixo pode ser de­ nhí�Ct<m :s, o torque desenvolvido no T = P/2 7Tf Se é, isto 5.11, pela Equação vel, radm' para o admissí ento a tensão de cisalham determinar as podemos conhecidos, forem A'-'"'"c"''" da seção transversal do eixo pela fórmula torção, contanto que o comportamento do material linear elástico. Especificamente, o parâmetro de ou parâmetro geométrico J/c torna-se do eixo. J T c Tadm (5.12) eixo maciço, J = ( /2) c\ portanto, pode­ determinar, por substituição, um valor único para do eixo. Se o eixo for tubular, de modo que ('rr/2)(c"4 - ci4), o projeto permite uma ampla faixa Para um 1r 1 33 SOLUÇÃO O torque no eixo é determinado pela Equação 5.10, isto é, Tw. Expressando P em newtons-metro por segundo e w em radianos/segundo, temos P= ( )( ) P= 3.750 N rnls · rad 1 min = 18,33 rad/s w = 175 .rev 27T1 rev 60 s mm Assim, P= Tw; 3.750 N · rnls = T(18,33) rad/s T = 204,6 N · m Aplicando a Equação 5.12, obtemos T c 2 c 1 1 3 2(204,6 N m)(l.OOOmm/m) 113 l _I!_ = c= 2 7TTactm j 7T (100 N mm ) c = 10,92 mm ( ) [ J · · Visto que 2c = 21,84 mm, selecione um eixo com diâmetro d = 22 mm Resposta c de possibilidades para a solução. Isso porque se pode escolher um valor arbitrário para c ou c.' e, então, calcular o outro raio pela Equação 5.Ú. IX&UVIR!rl1 1�i1:; �'t!0 'k=si% Um eixo tubular com diâmetro interno de 30 mm e diâ­ metro externo de 42 mm será usado para transmitir 90 kW de potência. Determine a frequência de rotação do eixo de modo que a tensão de cisalhamento não ultrapasse 50 MPa. eixo maciço de aço AB mostrado na Figura 5.14 será para transmitir 3.750 W do motor M ao qual está aco­ SOLUÇÃO Se o eixo girar a w = 175 rpm e o aço tiver uma tensão O torque máximo que pode ser aplicado ao eixo é determi­ cisalhamen , . to admissível radm = 100 MPa ' determine o dil nado pela fórmula da torção. "me extgtdo para o eixo com precisão de mm. Te Tmáx = J T(0,021 m) 50(106 ) N/m2 = (7T/2)[(0,021 m) 4 - (0,015 m) 4] T = 538 N · m Um ll�ado i& ro - -,------:­ Aplicando a Equação 5.11, a frequência de rotação é = 27TfJ 90(103) N m/s = 27T.f(538 N m) .f = 26,6 Hz p · Figura 5.14 · Resposta 1 34 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O eixo maciço de 30 mm de diâmetro é usado para transmitir os torques aplicados às engrenagens. Determine a tensão de cisalhamento máxima absoluta no eixo. 5.1. Um eixo é feito de uma liga de aço com tensão de ci­ = salhamento admissível radm 84 MPa. Se o diâmetro do eixo 300 N·m 500 N·m for 37,5 mm, determine o torque máximo T que pode ser transmitido. Qual seria o torque máximo T' se fosse feito um A furo de 25 mm de diâmetro no eixo? Faça um rascunho da distribuição da tensão de cisalhamento ao longo de uma li­ nha radial em cada caso. 5.5. pn X Í II do Problema 5.1 O eixo maciço de raio r está sujeito a um torque T. De­ termine o raio r' do núcleo interno do eixo que resista à me­ tade do torque aplicado (T/2). Resolva o problema de duas maneiras: (a) usando a fórmula da torção e (b) determinan­ do a resultante da distribuição da tensão de cisalhamento. 5.3. O eixo maciço de raio r está sujeito a um torque T. De­ termine o raio r' do núcleo interno do eixo que resista a 1/4 do torque aplicado (T/4). Resolva o problema de duas maneiras: (a) usando a fórmula da torção e (b) determinando a resultan­ te da distribuição da tensão de cisalhamento. Problema 5.5 5.2. T O eixo maciço de 32 mm de diâmetro é usado para transmitir os torques aplicados às engrenagens. Se o eixo es­ tiver apoiado em mancais lisos em A e B , que não resistem a torque, determine a tensão de cisalhamento desenvolvida no eixo nos pontos C e D. Indique a tensão de cisalhamento nos elementos de volume localizados nesses pontos. 5.7. O eixo tem diâmetro externo de 32 mm e diâmetro interno de 25 mm. Se for submetido aos torques aplicados mostrados na figura, determine a tensão de cisalhamento máxima absoluta desenvolvida no eixo. Os mancais lisos em A e B não resistem a torque. *5.8. O eixo tem diâmetro externo de 32 mm e diâmetro interno de 25 mm. Se for submetido aos torques aplicados mostrados na figura, faça o gráfico da distribuição da tensão de cisalhamento que age ao longo de uma linha radial que se encontra no interior da região EA do eixo. Os mancais lisos em A e B não resistem a torque. 5.6. d hlrí !>l XI � d o, d< , l'\ l l' . O tubo é submetido a um torque de 750 N m. Deter­ mine a parcela desse torque à qual a seção sombreada cinza resiste. Resolva o problema de duas maneiras: (a) usando a fórmula da torção e (b) determinando a resultante da distri­ buição da tensão de cisalhamento. min<' ; 1 · r 5.9. O conjunto é composto por duas seções de tubo de aço galvanizado interligadas por uma redução em B. o tubo m; . rno nor tem diâmetro externo de 18,75 mm e diâmetro mte 17 mm, enquanto o tubo maior tem diâmetro externo de 25m: e diâmetro interno de 21,5 mm. Se o tubo estiver finnemen Problemas 5.6/7/8 Pl'Oblema 5.4 de di �t·n a !í. l J . Problemas 5.2/3 *5.4. 5. 1 0. pcqu Kr TORÇÃO 1 35 eixo maciço está preso ao suporte em C e sujeito aos carregamentos de torção mostrados. Determine a tensão de cisalhamento nos pontos A e B e faça um rascunho da tensão de cisalhamento nos elementos de volume localiza­ dos nesses pontos. *5.12. O c 35 mm 75 P1·oblema 5.12 5.13. Um tubo de aço com diâmetro externo de 62,5 mm é para transmitir 3 kW quando gira a 27 rev/minuto. De­ usado 75 N termine, com aproximação de múltiplos de 5 o diâmetro Problema 5.9 interno d do tubo se a tensão de cisalhamento admissível for Tadm = 70 MPa. !.10. O elo funciona como parte do controle do elevador de um avião. Se o tubo de alumínio conectado tiver 25 diâmetro interno e parede de 5 de espessura, determine a tensão de cisalhamento máxima no tubo quando a força de (,()() N for aplicada aos cabos. Além disso, trace um rascunho da distribuição da tensão de cisalhamento na seção transversal. mm, mm mm 62,5 Problema 5.13 5.14. O eixo maciço de alumínio tem diâmetro de 50 e tensão de cisalhamento admissível r"d = 6 MPa. Determine o maior torque T1 que pode ser aplicad� ao eixo se ele também estiver sujeito a outros carregamentos de torção. Exige-se que T1 aja na direção mostrada. Determine também a tensão de ci­ salhamento máxima no interior das regiões CD e DE. 5.15. O eixo maciço de alumínio tem diâmetro de 50 mm. Determine a tensão de cisalhamento máxima absoluta no eixo e trace um rascunho da distribuição da tensão de cisa­ lhamento ao longo da linha radial do eixo onde a tensão de cisalhamento é máxima. Considere T1 = 20 N · m. mm Problema 5.10 5.11. O eixo é composto por três tubos concêntricos, to­ dos do mesmo material, e cada um com os raios internos externos mostrados na figura. Se for aplicado um torque T 800 N m ao disco rígido preso à sua extremidade, deter­ mine a tensão de cisalhamento máxima no eixo. e · E r; = 20 mm r0 = 25 mm r; = 26 mm ro = 30 mm r; = 32 mm r0 = 38 mm Problema 5.11 68 N·m Problemas 5.14/15 1 36 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O motor transmite um torque de 50 N m ao eixo AB. Esse torque é transmitido ao eixo CD pelas engrenagens em E e F. Determine o torque de equilíbrio T' no eixo CD e a tensão de cisalhamento máxima em cada eixo. Os mancais B, C e D permitem a livre rotação dos eixos. 5.17. Se o torque aplicado ao eixo CD for T' = 75 N m, de­ termine a tensão de cisalhamento máxima absoluta em cada eixo. Os mancais B, C e D permitem a livre rotação dos eixos, e o motor impede a rotação dos eixos. · *5.16. · mostrados na figura. Determine as tensões de cisalhamen. to máxima e mínima no eixo e especifique suas localizações' medidas em relação à extremidade fixa. 5.22. O eixo maciço é submetido aos carregamentos de tor­ ção distribuídos e concentrados mostrados na figura. De ter­ mine o diâmetro d exigido para o eixo se a tensão de cisalha­ mento admissível para o material for r = 175 MPa. actm Problemas 5.20/21/22 Os eixos de aço estão interligados por um filete de solda como mostra a figura. Determine a tensão de cisalha­ mento média na solda ao longo da seção a-a se o torque apli­ cado aos eixos for T = 60 N m. Observação: A seção crítica onde a solda falha encontra-se ao longo da seção a-a. 5.23. Problemas. 5.16/17 O tubo de cobre tem diâmetro externo de 62,5 mm e diâmetro interno de 57,5 mm. Se estiver firmemente preso à parede em C e for submetido a um torque uniformemente distribuído, como mostra a figura, determine a tensão de ci­ salhamento desenvolvida nos pontos A e B. Esses pontos se encontram na superfície externa do tubo. Faça um rascunho da tensão de cisalhamento sobre os elementos de volume lo­ calizados em A e B. 5.19. O tubo de cobre tem diâmetro externo de 62,5 mm e diâmetro interno de 57,5 mm. Se estiver firmemente preso à parede em C e for submetido ao torque uniformemente distribuído ao longo de todo o seu comprimento, determine a tensão de cisalhamento máxima absoluta no tubo. Discuta a validade desse resultado. 5.18. · � 100mm �25mm y 1 oomm C 60N·m · T= fifi a Problema 5.23 *5.24. A haste tem diâmetro de 12 mm e peso de 80 N/m. Determine a tensão de torção máxima provocada na haste pelo seu peso em uma seção localizada em A. 5.25. Resolva o Problema 5.24 para a tensão de torção má· xima em B. Problemas 5.18/19 O eixo maciço com 60 mm de diâmetro está sujei­ to aos carregamentos de torção distribuídos e concentrados mostrados na figura. Determine a tensão de cisalhamento nos pontos A e B e trace um rascunho da tensão de cisalha­ mento nos elementos de volume localizados nesses pontos. 5.21. O eixo maciço com 60 mm de diâmetro está sujeito aos carregamentos de torção distribuídos e concentrados S,, *5.20. Problemas 5.24/25 TORÇÃO geral de um eixo circular Considere o problema por m segmentos, cada um com raio Se h�u�er eixo como mostra a figura, escreva um . rcodtgo w rq ue s no a tenpara determma usado ser possa que al . 1 . C<)tnp n t, cion po es 1çao que� p�ciqua em a maxtm ento ham � de cisal do codtgo ao longo do eixo. Mostre uma aphcaçao SOnm1,L2 = 1 ,2 m, c2 = 25 mm, os valores L1 = 0,,6 m,c1 T O, d1 m, 1.200 N . 2 -900 N · m, d2 = 1,5 m. · C111 • ' - , a x = . 1 37 5.29. O eixo tem diâmetro de 80 mm e, devido ao atrito na superfície no interior do furo, está sujeito a um torque variável descrito pela função t = (25xe'2) N mim, onde x é dado em metros. Determine o torque mínimo T necessário para vencer o atnto e fazer o eixo girar. Determine também a tensão máxima absoluta no eixo. · . o = = (25x e-'2) N·m/m Problema 5.26 O poste de madeira, o qual está enterrado no solo até seu comprimento, é submetido a um momento dt: torção de 50 N m que o faz girar a uma velocidade angu­ lar constante. Esse momento enfrenta a resistência de uma tlistrilmiç·ão linear de Iorque desenvolvida pelo atrito com o Problema 5.29 solo, que varia de zero no solo a t0 N mim na base do poste. Determ i ne o valor de equilíbrio para t0 e, então, calcule a 5.30. O eixo maciço tem conicidade linear de rA em uma ex­ tensão de cisalhamento nos pontos A e B que se encontram tremidade e r8 na outra extremidade. Deduza uma equação na superfície externa do poste. que dê a tensão de cisalhamento máxima no eixo em uma localização x ao longo da linha central do eixo. 5.27. a metade de X · · m Problema 5.27 Uma mola cilíndrica é composta por um anel de bor­ a um anel e eixo rígidos. Mantendo o anel fixo e um torque T ao eixo, determine a tensão de cisalhamen t o máxima na bor racha. '5.28. rach a preso aplicand o PI"Oblema 5.28 Problema 5.30 Ao perfurar um poço à velocidade angular constante, a extremidade inferior do tubo de perfuração encontra uma resistência à torção TA . Além disso, o solo ao longo das la­ terais do tubo cria um torque de atrito distribuído ao longo do comprimento do tubo, que varia uniformemente de zero na superfície B a tA em A. Determine o torque mínimo T8 que deve ser transmitido pela unidade de acionamento para se vencerem os torques de resistência e calcule a tensão de cisalhamento máxima no tubo. O tubo tem raio externo ra e raio interno rr 5.31. 1 38 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O eixo de transmissão de um tratar é feito de um tubo de aço com tensão de cisalhamento admissível T d = 42 MPa Se o diâmetro externo for 75 mm e o motor tran��itir 145 kW ao eixo quando estiver girando a 1.250 rev/minuto, deter­ mine a espessura mínima exigida para a parede do eixo. 5.37. O moto-redutor de 2,5 kW pode girar a 330 rev/minu­ to. Se o diâmetro do eixo for 20 mm, determine a tensão de cisalhamento máxima que será desenvolvida no eixo. 5.38. O moto-redutor de 2,5 kW pode girar a 330 rev/rni­ nuto. Se a tensão de cisalhamento admissível para o eixo for Tactm = 56 MPa, determine, com aproximação de múltiplos de 5 mm, o menor diâmetro do eixo que pode ser usado, *5.36. JL JlL 'lJl� ,ji�ü A' .� .�.·� TA l t' i l l ql pi i ri O eixo de transmissão AB de um automóvel é feito de aço com tensão de cisalhamento admissível Tactm = 56 MPa. Se o diâmetro externo do eixo for 62,5 mm e o motor transmitir 165 kW ao eixo quando estiver girando a 1.140 rev/minuto, determine a espessura mínima exigida para a parede do eixo. 5.33. O projeto prevê que o eixo de transmissão AB de um automóvel será um tubo de parede fina. O motor transmite 125 kW quando o eixo está girando a 1.500 rev/minuto. De­ termine a espessura mínima da parede do eixo se o diâmetro externo for 62,5 mm. A tensão de cisalhamento admissível do material é Tactm = 50 MPa. *5.32. Problemas 5.37/38 O eixo maciço de aço AC tem diâmetro de 25 mm está apoiado nos mancais lisos em D e E. O eixo está aco­ 5.39. O motor de engrenagens pode desenvolver 100 W quan­ do gira a 300 rev/minuto. Se o eixo tiver diâmetro de 12 mm, determine a tensão de cisalhamento máxima que será desen­ volvida no eixo. 5.35. O motor de engrenagens pode desenvolver 100 W quando gira a 80 rev/minuto. Se a tensão de cisalhamento admissível para o eixo for Tadm = 28 MPa, determine, com aproximação de múltiplos de 5 mm, o menor diâmetro do eixo que pode ser usado. 5.34. SA2 ,: l ll ;t Problema 5.31 Problemas 5.32/33 <)( e plado a um motor em C, que transmite 3 kW de potência ao eixo quando está girando a 50 rev/s. Se as engrenagens A e B absorverem 1 kW e 2 kW, respectivamente, determine a tensão de cisalhamento máxima desenvolvida no eixo no interior das regiões AB e BC. O eixo é livre para girar em seus mancais de apoio D e E. 2 kW 5.4.1 C O II ' l i do ( pt ' 111 ú l dl' ( 3 kW Um navio tem um eixo de transmissão da hélice que gira a 1.500 rev/minuto quando está desenvolvendo 1.500 kW. Se o eixo tiver 2,4 m de comprimento e 100 mm de diâmetro, determine a tensão de cisalhamento máxima no eixo causa· da por torção. 5.41. O motor A desenvolve potência de 300 W e gira a ��­ lia acoplada a 90 rev/minuto. Determine os diâmetros extgt· dos para os eixos de aço nas polias em A e B se a tensão de cisalhamento admissível for Tactm = 85 MPa. Problema 5.39 *5.40. Problemas 5.34/35 s .. TORÇÃO Problema 5.41 motor transmite 400 kW ao eixo de aço AB, o qual 50 mm e diâmetro in­ tubular e tem diâmetro externo de�elocidade angula.r c,om menor a Determine mm. 46 de tc.rno de cisalhamento admissivel a qual ele pode girar se =a tensão 175 MPa. para o material for T o adm é importante quando analisamos as reações em eixos estaticamente indeterminados. Nesta seção, desenvolveremos uma fórmula para determinar o ângulo de torção cp (fi) de uma extremi­ dade de um eixo em relação à sua outra extremidade. Consideraremos que o eixo tem seção transversal cir­ cular que pode variar gradativamente ao longo de seu comprimento (Figura 5.15a) e que o material é homo­ gêneo e se comporta de maneira linear elástica quan­ do o torque é aplicado. Como ocorreu no caso de uma barra carregada axialmente, desprezaremos as defor­ mações localizadas que ocorrem nos pontos de aplica­ ção dos torques e em locais onde a seção transversal muda abruptamente. Pelo princípio de Saint-Venant, esses efeitos ocorrem no interior de pequenas regiões do comprimento do eixo e, em geral, provocam apenas um leve efeito no resultado final. Usando o método das seções, isolamos do eixo um disco diferencial de espessura dx localizado na posição x (Figura 5.15b) . O torque interno resultante é repre­ sentado por T(x), visto que o carregamento externo I z Problema 5.42 motor transmite 40 kW quando está girando a taxa constante de 1.350 rpm em A. Esse carregamento é transmi­ tido ao eixo de aço BC do ventilador pelo sistema de correia polia mostrado na figura. Determine, com aproximação de múltiplos de 5 mm, o menor diâmetro desse eixo se a tensão de cisalhamento admissível para o aço for T = 84 MPa. 5.43. O adm i X B 200 mm ( a) lOO mmi A Problema 5.43 5.4 Âng u l o d e to rção Às vezes, o projeto de um eixo depende de restri­ à quantidade de rotação ou torção que pode ocor­ rer quando o eixo é submetido a um torque. Além do . mats, saber calcular o ângulo de torção para um eixo 1 39 (b) Figura 5.15 1 40 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS pode acarretar variação no torque interno ao longo da linha central do eixo. A ação de T(x) provocará uma tor­ ção no disco, de tal modo que a rotação relativa de uma de suas faces em relação à outra será dcf> (Figura 5.15b) . O resultado é que um elemento de material localizado em um raio arbitrário p no interior do disco sofrerá uma deformação por cisalhamento 'Y · Os valores de 'Y e dcp são relacionados pela Equação 5.1, a saber, dcp = 'Y dx p (5.13) Visto que a lei de Hooke ( r G'}') se aplica e que a tensão de cisalhamento pode ser expressa em termos do torque aplicado pela fórmula da torção r = T(x)p/J(x), então 'Y = T(x)p/J(x)G. Substituindo essa expressão na Equação 5.13, o ângulo de torção para o disco é dcp = T(x) dx J(x)G Integrando em todo o comprimento L do eixo, ob­ temos o ângulo de torção para o eixo inteiro, a saber, c/> = ( LT(x) dx lo J(x)G (5.14) Nessa expressão, cf> = ângulo de torção de uma extremidade do eixo em relação à outra extremidade, medi­ do em radianos T(x) = torque interno na posição arbitrária x, de­ terminado pelo método das seções e pela equação de equilíbrio de momento aplica­ da em torno da linha central do eixo J(x) = momento polar de inércia do eixo expre sso em função da posição x G = módulo de elasticidade ao cisalhamento do . 1 matena Torq ue e área d e seção tra n sversa l co n s. tantes. Na prática da engenharia, normalmen te, 0 material é homogêneo, de modo que G é constan te Além disso, a área da seção transversal do eixo e o tor� que aplicado são constantes ao longo do comprimento do eixo (Figura 5.16). Se for esse o caso, o torque inter. no T(x) = T, o momento polar de inércia J(x) 1 e a Equação 5.14 podem ser integrados, o que resulta "" � � ( 5.1 5) As semelhanças entre estas duas equações e as equa­ ções para uma barra carregada axialmente (8 = JP(x)dx! A(x)E e 8 = PLIAE) devem ser notadas. Podemos usar a Equação 5.15 para determinar 0 módulo de elasticidade ao cisalhamento G do mate­ rial. Para tal, colocamos um corpo de prova de com­ primento e diâmetro conhecidos em uma máquina de ensaio de torção como a mostrada na Figura 5.17. En­ tão, o torque aplicado T e o ângulo de torção cp são medidos entre um comprimento de referência L. Pela Equação 5.15, G = TL/Jcp. Em geral, para se obter um valor mais confiável de G, realizam-se diversos desses ensaios e utiliza-se o valor médio. Se o eixo for submetido a vários torques diferentes ou se a área da seção transversal ou o módulo de cisa­ lhamento mudar abruptamente de uma região do eixo para a seguinte, a Equação 5.15 poderá ser aplicada a cada segmento do eixo onde essas quantidades são todas constantes. Então, o ângulo de torção de uma ex· l ll ' l l pela lll l'fl Cor I fl, (!<Iii I d:tdc q t r:d li I !Iii ''ii() ( dt fi i!{<',( os I '; 11:1 1 . da t'�f ;i Mostrador de carga Seletor de faixa de carga Registro da deformação por torque \l' l l � ex d 'I Í d n Í ll l c ll cada 'ir(,'OC l or q u IIII! /r[( r larnht () ( ' Í \ t r/• Unidade móvel sobre trilhos Figura 5.16 Figura 5.17 ToRÇÃO ) , ( r [(+ ( '\0 X +</>(x) . .. �> Se substituirmos os outros dados e encontrarmos uma resposta positiva, significa que a extremidade A girará na direção indicada pelos dedos da mão direita quando o polegar estiver direcionado para fora do eixo (Figura 5.19a). A notação de índice duplo é usada para indicar esse ângulo de torção relativo (cpAID); entretanto, se o ân­ gulo de torção tiver de ser determinado em relação a um ponto fixo, será usado apenas um índice. Por exemplo, se D estiver localizado em um apoio fixo, então o ângulo de torção calculado será representado por cpA • - Convenção de smal pos1t1vo para Te q,. Figura 5.18 tremidade do eixo em relação à outra é determinado soma vetorial dos ângulos de torção de cada seg­ mento. Para esse caso, cp = TL 2:.­ JG +x (a) (5.16) 5.16, temos de desenvolver uma convenção de sinal Convenção de sina l . Para aplicar a Equação para o torque interno e para o ângulo de torção de uma extremidade do eixo em relação à outra extremi­ dade. Para tal, usaremos a regra da mão direita, pela qual o torque e o ângulo serão positivos desde que o polegar esteja direcionado para fora do eixo quando os dedos o envolverem para dar a tendência da rota(Figura 5.18). Para ilustrar a utilização dessa convenção de si­ nal, considere o eixo mostrado na Figura 5.19a, que está submetido a quatro torques. O ângulo de torção da extremidade A em relação à extremidade D deve ser determinado. Para este problema, devemos con­ siderar três segmentos do eixo, visto que o torque interno muda em B e C. Os torques internos para cada segmento são determinados pelo método das seções (Figura 5.19b ). Pela regra da mão direita, com torq ues positivos direcionados para longe da extre­ midade secionada do eixo' temos TAB = + 80 N · m ' Tlic = -70 N · m e TCD = - 10 N · m. Esses resultados também são mostrados no diagrama de torque para o eixo (Figur a 5.19c) . Pela Equação 5.16, temos cpA m _ + (+80 N · m) LAB ( -70 N · m) L sc + JG JG ( - 10 N · m) L cD JG 1 41 SO N·m lO N · m TcD = lO N·m (b) T (N·m) 80 (c) Figura 5.19 1 42 y /ii( RESIST�NCIA DOS MATERIAIS � �Gi>�ffi(l§)S IM�mRm��mms - 1lJ 0 "" "' " O âpgulo de torção é determin&do pela rela,ç�o entre o torque aplicado e a ten�.ão de.cisalhamet�J9 d!ldlof,��!}).fó:tn:J.ula da torção r = Tp/1, e pela relação entre.a .rot ção relativa e a deformação por cisalhamen��. dad�p�l�equação d<P y dx/p, Por .fifn, essas equações são combinadas pela lei de Hooke, r = Gy; oqu� dá comp rest.tltâdo a Bqu�ção 5.14. •. Visto que a leide Hool}e � usada no desenvolvin:�ento da fórmula para o ângulo de Jorção,é imJlortante que os tor· ques aplicados nãoprovoquem escoamento do material e que o materialsej!lp�mogêneo e �e·. co111p(;)r�� de maneira .linear elástica. , a ."" O ângulo de torção de uma extremidade de um eixo ou tubo em relação à outra extremidade pode ser determina­ do pela aplicação das equações 5.14 a 5.16. Torque interno . torque interno é determinado em um ponto sobre a linha central do eixo pelo método das seções e pela equação de equilíbrio de momento aplicada ao longo da linha central do eixo. • Se o torque variar ao longo do comprimento do eixo, deve-se fazer um corte ( seção) na posição arbitrária x ao longo do eixo, e o torque é representado como função de isto é, T(x). • Se vários torques externos constantes agirem sobre o eixo entre suas extremidades, deve-se determinar, então, o torque interno em cada segmento do eixo, entre quaisquer dois torques externos. Os resultados podem ser represen­ tados como um diagrama de torque. • O x, Ângulo de torção. Quando a área da seção transversal circular variar ao longo da linha central do eixo, o momento polar de inércia deve ser expresso em função de sua posição ao longo do eixo, J(x) . • Se o momento polar de inércia ou o torque interno mudarem repentinamente entre as extremidades do eixo, então <P = (T(x)IJ(x) G) dx ou <P = TUJG deve ser aplicada a cada segmento para o qual!, G e Tsão contínuos ou constantes. • Ao determinar o torque interno em cada segmento, não se esqueça de utilizar uma convenção de sinal consistente, tal como a que discutimos na Figura 5.18.Além disso, não se esqueça de usar um conjunto consistente de unidades quando substituir dados numéricos nas equações. • x , e�EIMmlll (l§)Jt�� ' Esses resultados também são mostrados no diagrama de tor­ que (Figura 5.20c). As engrenagens acopladas à extremidade fixa do eixo Ângulo de torção. O momento polar de inércia para o de aço estão sujeitas aos torques mostrados na Figura 5.20a. eixo é Se o módulo de elasticidade ao cisalhamento for 80 GPa e o eixo tiver diâmetro de 14 mm, determine o deslocamento do dente P da engrenagem A. O eixo gira livremente den­ tro do mancai em B. Aplicando a Equação 5.16 a cada segmento e fazendo a soma algébrica dos resultados, temos SOLUÇÃO Torque interno. Examinando a figura, vemos que os tor­ (+150 N · m)(0,4 m) TL ques nos segmentos AC, CD e DE são diferentes, porém tPA = 2,: JG = 3,77( 10-9 ) m4 [80(109 ) N/m2] constantes em cada segmento. A Figura 5.20b mostra diagra­ mas de corpo livre de segmentos adequados do eixo junta­ (-130 N · m)(0,3 m) + --:___ --- 4--,- [80(10 _:__:_-::-___;_--;; _ mente com os torques internos calculados. Pela regra da mão 9 ) -9 ) N/m2�)] 3,77(10---,m direita e pela convenção de sinal estabelecida, a qual afirma que a direção de um torque positivo se afasta da extremida­ de secionada do eixo, temos (-170 N · m)(0,5 m) d + 3,77(109) m4 [80(109) N/m2 )] = - 0 '212 ra TA = + 150 N m T = -130 N m T = -170 N m � · . = . � _ c · cD · DE · ToRÇÃO 1 43 Visto que a resposta é negativa, pela regra da mão direita, o polegar está orientado na direção da extremidade E do eixo e, portanto, a engrenagem A girará conforme mostra a Figu­ ra 5.20d. O deslocamento do dente P na engrenagem A é SP = cpAr = (0,212 rad)(100 mm) = 21,2 mm Resposta Lembre-se de que essa análise só é válida se a tensão de cisalhamento não ultrapassar o limite de pro­ porcionalidade do material. OBSERVAÇÃO: '" � o;; Tcv = 130 N·m � =" = = "' d�BME!m� �IS.�� :" � '"' R Os dois eixos maciços de aço mostrados na Figura 5.21a estão interligados por meio das engrenagens engrenadas. Determine o ângulo de torção da extremidade A do eixo AB quando é aplicado o torque T = 45 N · m. Considere G = 80 GPa. O eixo AB é livre para girar dentro dos man­ cais E e F, enquanto o eixo DC é fixo em D. Cada eixo tem diâmetro de 20 mm. TvE = 170 N·m (a) (b) T (N·m) 150 1 I 4 -- 0 ,� 0 ,� o r-----4� �7 -130 , 2 x ( m) �1� __ __ __ -17Ó 1 (c) SOLUÇÃO As figuras 5.21b e 5.21c mostram diagra­ mas de corpo livre para cada eixo. A soma dos momentos ao longo da linha central x do eixo AB produz a reação tan­ gencial entre as engrenagens F = 45 N · m/0,15 m = 300 N. Então, somando-se os momentos em torno da linha central x do eixo DC, essa força cria um torque (Tv)x = 300 N (0,075 m) = 22,5 N · m no eixo DC. Torque interno. +x Figul'a 5.20 1 44 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Para resolver o problema, em primeiro lugar, calcularemos a rotação da engrenagem C devido ao torque de 22,5 N m no eixo DC (Figura 5.21b). Esse ângulo de torção é ( +22,5 N · m)(1,5 m) TLnc = <Pc = -JG (1T/2)(0,010 m)4[80(109 ) N/m2] = +0'0269 rad Ângulo de torção. Visto que as engrenagens na extremidade do eixo estão engrenadas, a rotação <Pc da engrenagem C provoca a rota­ ção cp8 da engrenagem B (Figura 5.21c), onde cp8 (0,15 m) = (0,0269 rad)(0,075 m) cp8 = 0,0134 rad Agora, determinaremos o ângulo de torção da extremidade A em relação à extremidade B do eixo AB causada pelo tor­ que de 45 N · m (Figura 5.21c). Temos '+'A(B .i. - TABLAB ­ JG !W(jl nlli l< N · Âng J P' dn pt \t'p, ! l l c t � 600 1mm � (a) c A150mm k!ll(l 150mm � lOO N TAzi : ,•' (b) Portanto, a rotação da extremidade A é determinada pela soma de <P8 e <PAIB' visto que ambos os ângulos estão na mesma direção (Figura 5.21c). Temos <PA = </J8 + <PAIB = 0,0134 rad + 0,0716 rad = +0,0850 rad 1 Resposta () lll: J i n !�Ido d IOI ( j l l\ 900 mm li���ebll1li1 s.� J?' 0 "" 0 O poste maciço de ferro fundido com 50 mm de diâ­ metro mostrado na Figura 5.22a está enterrado no solo até 600 mm de seu comprimento total. Se for aplicado um tor­ que em sua parte superior com uma chave de torque rígida, determine a tensão de cisalhamento máxima no poste e o ângulo de torção na parte superior. Considere que o torque estaria prestes a girar o poste e que o solo exerce uma resis­ tência uniforme à torção t N mm/mm ao longo dos 600 mm de comprimento que estão enterrados. G = 40(103) MPa. · SOLUÇÃO O torque interno no segmento AB do poste é constante. Pelo diagrama de corpo livre (Figura 5.22b), temos "i,M, = O; TAs = 100 N(300 mm) = 30 X 103 N · mm O valor da distribuição uniforme do torque ao longo do seg­ mento BC que está enterrado pode ser determinada pelo equilíbrio do poste inteiro (Figura 5.22c).Aqui, "i,Mz = O 100 N(300 mm) - t(600 mm) = O t = SO N · m Torque interno. '" u��c ~ SO! l J ( Torq u o cor po ld Ângul• :ro l (c) pit'\\ii podl' \i ll:t! 1 1 \ ; r t = 50 N·mmjmm (d) Figura 5.22 Por consequência, pelo diagrama de corpo livre de uma ção do poste localizada na posição x no interior da região BC (Figura 5.22d), temos se­ T8c - SOx = O T8c = SOx A maior tensão de ci­ salhamento ocorre na região AB, visto que o torque é maior Tensão de cisalhamento máxima. I '.\ ToRÇÃo 1 45 lugar e ] é constante para o poste. Aplicando a fór­ da torção, temos !.AJ{_ 30 X 103 N · mm (25 mm) = 1,22 N ;mm2 (1T/2)(25 mm)4 J _ = Resposta "' n u lo de torção. A g s uo po . t e O ângulo de torção na parte superior em relação à. parte inferior determinado pode ser ' prestes a gtrar. Ambos os esta mas fixa, é ela que do p os te, já AB e BC sofrem torção e, portanto, nesse caso, f LBc TBC temos TAB LAB o + .JG ( a) dx JG (30 X 103 N·mm)(900 mm) 6 JG 27 X 10 N·mm2 + y + f 600 Jo 50x dx JG 50[(600)2 /2] N·mm2 2 --;:;- = 0,00147 rad 30 X --:106 - N·mm ----::3 4 (11'/2)(25 mm) 40(10 ) N·mm2 JG ---=-=-- - JG -- Resposta li�IMIIi!il !M�CiJ 0 � (b) " � eixo cônico mostrado na Figura 5.23a é feito de um com módulo de cisalhamento G. Determine o ân­ de torção de sua extremidade B quando submetido ao O material ltJrq ue. SOLUÇÃO Examinando a figura ou o diagrama de corpo livre da seç�io localizada na posição arbitrária x (Figu­ ra 5.23b) , o Iorque interno é T. Angulo de torção. Aqui, o momento polar de inércia va­ ria ao longo da linha central do eixo e, portanto, devemos pressá-lo em termos da coordenada x. O raio c do eixo emex­x ser determinado em termos de x por cálculo proporcio­ nal usando a inclinação da reta AB na Figura 5.23c. Temos forque interno, L IC e· em x, Aplica ndo ] ( X) ( c2 -c1c = c2 - x L X [ ( c2 - c1 )]4 = z c2 11' ) X a Equação 5.14, temos -L -- (c) Figura 5.23 Executando-se a integração por meio de uma tabela de integrais, o resultado torna-se 1 46 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Rearranjando os termos, obtemos O eixo de aço A-36 é composto pelos tubos AB e CD e uma seção maciça BC. Está apoiado em mancais lisos que permitem que ele gire livremente. Se as engrenagens, pre. Resposta sas às extremidades do eixo, forem submetidas a torques de 85 N m, determine o ângulo de torção da engrenagem A em relação à engrenagem D. Os tubos têm diâmetro ex ter. Para fazer uma verificação parcial deste resultado, observe no de 30 mm e diâmetro interno de 20 mm. A seção maciça que, quando então, tem diâmetro de 40 mm. 5.47. · c 1 = c 2 = c, TL JG que é a Equação 5.15. 5,50 H<) L I klr As hélices de um navio estão acopladas a um eixo ma­ ciço de açoA-36 com 60 m de comprimento, diâmetro externo de 340 mm e diâmetro interno de 260 mm Se a potência de saída for 4,5 MW quando o eixo gira a 20 rad/s, determine a tensão de torção máxima no eixo e seu ângulo de torção. 5.45. Um eixo é submetido a um torque T. Compare a efeti­ Problema 5.47 vidade da utilização do tubo mostrado na figura com a de uma seção maciça de raio Para isso, calcule o aumento percentual '5.48. O eixo de aço A-36 é composto pelos tubos AB e CD na tensão de torção e no ângulo de torção por unidade de com­ e uma seção maciça BC. Está apoiado em mancais lisos que primento para o tubo em comparação com o da seção maciça. permitem que ele gire livremente. Se as engrenagens, presas às extremidades do eixo, forem submetidas a torques de 85 N m, determine o ângulo de torção da extremidade B da seção maciça em relação à extremidade C. Os tubos têm diâmetro externo de 30 mm e diâmetro interno de 20 mm. A seção maciça tem diâmetro de 40 mm. *5.44. . c. · �.5 1 . do i l ( l! n I rc r Problema 5.45 O eixo de transmissão tubular para a hélice de um ae­ rodeslizador tem 6 m de comprimento. Se o motor transmitir 4 MW de potência ao eixo quando as hélices giram a 25 rad/s, determine o diâmetro interno exigido para o eixo, conside­ rando que o diâmetro externo seja 250 mm. Qual é o ângulo de torção do eixo quando ele está em operação? Considere 90 MPa e G 75 GPa. Tadm 5.46. = = Problema 5.48 O eixo da hélice do hidrofólio é de aço A-36 e tent 30 m de comprimento. Está acoplado a um motor diesel em linha, o qual transmite uma potência máxima de 2.000 kWr·e provoca rotação de 1.700 rpm no eixo. Se o diâmetro exte no do eixo for 200 mm e a espessura da parede for 10 �:·8 determine a tensão de cisalhamento máxima desenvolVI no eixo. Determine também o ângulo de torção no eL�o potência total. 5.49. Problema 5.46 ToRÇÃO 1 47 F Problema 5.49 engrenagens acopladas As extremidades estriadas e aos torques mostrados. Problema 5.52 sujeitas ;� ;i o de aço A-36deestão em C relação m engrenage da torção 0 ângulo 5.53. A turbina desenvolve 150 kW de potência, que é engrenagem D. O eixo tem diâmetro de 40 mm. transmitida às engrenagens de tal modo que C recebe 70% e D recebe 30%. Se a rotação do eixo de aço A-36 de 100 mm 300 N· m 500 N ·m de diâmetro for w = SOO rev/minuto, determine a tensão de cisalhamento máxima absoluta no eixo e o ângulo de torção da extremidade E do eixo em relação a B. O mancai em E permite que o eixo gire livremente em torno de seu eixo. 11 !10 x Problema 5.50 eixo de aço A-36 de 20 mm de diâmetro é submeti­ torques mostrados. Determine o ângulo de torção da extremidade B. !1.51. O do aos � 30 · I 80 �m � �O mm 20 N ", � � 800 mm m Problema 5.53 A turbina desenvolve 150 kW de potência, que é transmitida às engrenagens de tal modo que C e D recebem quantidades iguais. Se a rotação do eixo de aço A-36 de 100 mm de diâmetro for w = 500 rev/minuto, determine a tensão de cisalhamento máxima absoluta no eixo e a rotação da ex­ tremidade B do eixo em relação a E. O mancai em C permite que o eixo gire livremente em torno de seu eixo. 5.54. Problema 5.51 O parafu de aço A-36 com 8 mm de diâmetro está par� fusado firmesomente em A. Determine as forças l:Ol1J Ugadas F que devemaoserbloco aplicadas à chave de torque de modo que a tensão de cisalhamento máxima no parafuso seja IR MPa . Calcule também o deslocamento correspondente cada força F n ano para causar essa tensao. Consideque a chave deecess torque seja rígida. , . _ . Problema 5.54 1 48 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS 5.55. O motor transmite 33 kW ao eixo de aço inoxidá­ vel 304 quando gira a 20 Hz. O eixo é apoiado em mancais lisos em A e B, que permitem a livre rotação do eixo. As engrenagens C e D presas ao eixo absorvem 20 kW e 12 kW, respectivamente. Determine o diâmetro do eixo com apro­ ximação de mm se a tensão de cisalhamento admissível for 56 MPa e o ângulo de torção admissível de C em Tactm relação a D for 0,20°. *5.56. O motor transmite 33 kW ao eixo de aço inoxidável 304 quando gira a 20 Hz. O eixo tem diâmetro de 37,5 mm e está apoiado em mancais lisos em A e B, que permitem a livre rotação do eixo. As engrenagens C e D presas ao eixo absorvem 20 kW e 12 kW, respectivamente. Determine a ten­ são máxima absoluta no eixo e o ângulo de torção da engre­ nagem C em relação à engrenagem D. :;.62. i,' t:"ti ,·c n l r C !í = Considere o problema geral de um eixo circular com. posto por m segmentos, cada qual com raio cm e módulo de cisalhamento G " . Se houver n torques no eixo, como mostra a figura, escrev� um código computacional que possa ser usa. do para determinar o ângulo de torção de sua extremidade A. Mostre uma aplicação do código usando os valores L1 O,S m, = 0,02 m, G1 = 30 GPa, L2 1,5 m, c2 0,05 m, G2 = 15 GPa, T1 = -450 N m, d1 0,25 m, T2 600 N m, d2 0,8 m. Problemas 5.58/59 *5.60. == c1 Problemas 5.55/56 · = = = = · = �. I.J. l i <' I I I Í l'lll'OI �ulo a dt· I O I ' ' l P< ' I dt'Vt' ! I ilho. J l l' I I I Í I l'lll I t' l íl O motor produz um torque T 20 N m na engrena­ gem A. Se a engrenagem C travar repentinamente e parar de girar, mas B puder girar livremente, determine o ângulo de torção de F em relação a E e de F em relação a D do eixo de aço L2 cujo diâmetro interno é 30 mm e diâmetro externo é 50 mm. Calcule também a tensão de cisalhamento máxima absoluta no eixo. O eixo está apoiado em mancais em G e H. 5.57. = · Problema 5.60 5.61. Os eixos de 30 mm de diâmetro são feitos de aço-l'cr· ramenta L2 e estão apoiados em mancais que permitem aos eixos girarem livremente. Se o motor em A desenvolver um torque T 45 N m no eixo AB, enquanto a turbina em E tl fixa e não pode girar, determine a quantidade de rotação das engrenagens B e C. = · I I I II .<nt:ulo (' ( Problema 5.57 5.58. Os dois eixos são feitos de aço A-36. Cada um tem diâmetro de 25 mm e ambos estão apoiados em mancais em A, B e C que permitem livre rotação. Se o apoio em D for fixo, determine o ângulo de torção da extremidade B quando os torques são aplicados ao conjunto como mostra a figura. 5.59. Os dois eixos são feitos de aço A-36. Cada um tem diâmetro de 25 mm e ambos estão apoiados em mancais em A, B e C que permitem livre rotação. Se o apoio em D for fixo, determine o ângulo de torção da extremidade A quando os torques são aplicados ao conjunto como mostra a figura. Problema 5.61 TORÇÃO 1 49 5.65. O dispositivo serve como uma mola de torção com­ pacta. É feito de aço A-36 e composto por um eixo interno maciço CB embutido em um tubo AB e acoplado a esse tubo por um anel rígido em B. Podemos considerar que o anel em A também é rígido e está preso de modo que não pode girar. Se um torque T = 0,25 N · m for aplicado ao eixo, determine o ângulo de torção na extremidade C e a tensão de cisalha­ mento máxima no tubo e eixo. 5.66. O dispositivo serve como uma mola de torção com­ pacta. É feito de aço A-36 e composto por um eixo interno O,S m maciço CB embutido em um tubo AB e acoplado a esse tubo 0,6 m�A por um anel rígido em B. Podemos considerar que o anel em A também é rígido e está preso de modo que não pode girar. Se a tensão de cisalhamento admissível para o material for P1·oblema 5.62 Tadm = 84 MPa e o ângulo de torção em C estiver limitado a Quando um poço é perfurado, considera-se que a ex­ cf>adm = 3°, determine o torque máximo T que pode ser apli­ que se aprofunda no solo cado na extremidade C. rr.:mttlaot c do tubo da perfuratriz Além disso, o atrito do TA. torção à resistência litncontra uma uma distribuição linear cria tubo do laterais das longo !IOIO ao torque por unidade de comprimento que varia de zero na B a t0 em A. Determine o torque necessário TB que pela unidade de acionamento para girar o fornecido deve ser tubo. Calcule também o ângulo de torção relativo de uma ex­ trernid ;:tclc elo tubo em relação à outra extremidade no instan­ cm que o tubo está prestes a girar. O tubo tem raio externo raio interno rr O módulo de cisalhamento é G. zs � ' - \ �.. �•M'"''" Problemas 5.65/66 5.67. O eixo tem raio c e está sujeito a um torque por uni­ dade de comprimento t0 distribuído uniformemente por todo o comprimento L do eixo. Se ele estiver preso em sua ex­ tremidade distante A, determine o ângulo de torção cf> na extremidade B. O módulo de cisalhamento é G. Problema 5.63 conjunto é feito de aço A-36 e é composto por uma maciça de 15 mm de diâmetro conectada ao interior um tu bo por meio de um disco rígido em B. Determine o de torçiio em A. O tubo tem diâmetro externo de 30 mm espessura de parede de 3 mm. O c Problema 5.67 *5.68. O parafuso de aço A-36 é apertado dentro de um furo ele modo que o torque de reação na haste AB pode ser expresso pela equação t = (kx2) N mim, onde x é dado em metros. Se um torque T 50 N · m for aplicado à cabeça do parafuso, determine a constante k e a quantidade de torção nos 50 mm de comprimento da haste. Considere que a haste tem um raio constante de 4 mm. 5.69. Resolva o Problema 5.68 se o torque distribuído for t (kx213) N mim. · = Problema 5.64 = · 1 50 R ESISTtNCIA DOS MATERIAIS racha é G. Dica: Como mostrado na figura, a deform ação d elemento no raio r pode ser determinada por rd() = dry. Us� essa expressão juntamente com T= T/(27rr2h) do Problema 5.28 para obter o resultado. t'fl ( f ( 'pll I , (I' i L', I (;10 ! = 50 N·m Problemas 5.68/69 O contorno da superfície do eixo é definido pela equa­ ção y = e'", onde a é uma constante. Se o eixo for submetido a um torque T em suas extremidades, determine o ângulo de torção na extremidade A em relação à extremidade B. O módulo de cisalhamento é G. 5.70. 5 .5 B com torq u e Problema 5.70 5.71. O eixo de aço A-36 tem diâmetro de 50 mm e está sujeito aos carregamentos distribuídos e concentrados mos­ trados. Determine a tensão de cisalhamento máxima absolu­ ta no eixo e construa um gráfico para o ângulo de torção do eixo em radianos em relação a x. A 0,5 m ' 11 - . - 0,5 m Problema 5.71 � B Uma mola cilíndrica é composta por um anel de bor­ racha preso a um anel e eixo rígidos. Se o anel for mantido fixo e um torque T for aplicado ao eixo rígido, determine o ângulo de torção do eixo. O módulo de cisalhamento da bor*5,72. E l e mentos estati ca m ente i n d eterm i n a d os ca r regados T �/� Problema 5.72 Um eixo carregado com torque pode ser classifi­ cado como estaticamente indeterminado se a equ ação de equilíbrio de momento aplicada em torno da linha central do eixo não for adequada para determinar os torques desconhecidos que agem no eixo. Um exem­ plo dessa situação é mostrado na Figura 5.24a. Como mostra o diagrama de corpo livre (Figura 5.24b), os torques de reação nos apoios A e B são desconhecidos. Exige-se que OI III<' Ii L I O li /, /1( dos Pa l'<ll Fx T - TA - TE = O Visto que há somente uma equação de equil íbrio relevante, porém duas incógnitas, esse problema é es ta· ticamente indeterminado. Para obter uma solução, utili· zaremos o método de análise discutido na Seção 4.4. A condição de compatibilidade necessária, ou a condição cinemática, exige que o ângulo de torção de uma extremidade do eixo em relação à outra ex· tremidade seja igual a zero, visto que os apoios nas extremidades são fixos. Portanto, cpAIB = 0 Para escrever essa equação em termos dos torques desconhecidos, consideraremos que o material se co�· porta de maneira linear elástica, de modo que a rel aç.a o • dc1 He� III <; () l' Í ; TORÇÃO 151 por cp = TLIJG. . Carga e deslocamento é expressa no AC mterno torque o que sabemos . segmento e torque o TB CB mterno ' segmento que no de em ques­ compatibilida de quação (Fi g:ra 5.24c) , a � nta como tão po de ser esc ent re . 0 Com +T e - Aqui, consideramos que JG é constante. Resolvendo as duas equações para as reações e os per ce b endo que L = LAc + Lnc' obtem e Observe que cada um desses torques de reação au­ me nta ou diminui linearmente com a localização LAc ou LBc do torque aplicado. (c) Figura 5.24 Os torques desconhecidos em eixos estaticamente indeterminados são determinados por meio do cumprimento requisitos de equilíbrio, compa tibilida de e relação torque-deslocamento para o eixo. um diagrama de corpo livre do eixo para identificar todos os torques que agem sobre ele. Então, escreva as de equilíbrio de momento em torno da linha central do eixo. Plira escre ver a equação de compatibilidade, investigue o modo como o eixo sofrerá torção quando submetido às externas e considere como os apoios restringem o eixo quando ele sofre a torção. l"'.v:nr�>cc<> a condição de compatibilidade em t ermos dos deslocamentos rotacionais causados pelos torques de reação , use uma relação torque-deslocamento, como <{> = TL/JG, para relacionar os torques desconhecidos com os desconhecidos. as equações de equihbrio e compatibilidade para os torques de reação desconhecidos. Se qualquer dos valores nu­ for negativo, isso indica que o torque age no sentido oposto ao da direção indicada no diagrama de corpo livre. -T8 + 800 N · m 500 N · m TA = O (1) eixo maciço de aço mostrado na Figura 5.25a tem de 20 mm. Se for submetido aos dois torques, de­ Compatibilidade. Visto que as extremidades do eixo são as reações nos apoios fixos A e B. fixas, o ângulo de torção de uma extremidade do eixo em relação à outra deve ser zero. Por consequência, a equação SOLUÇÃO de compatibilidade pode ser escrita como Examina o diagrama de corpo livre (Figura cpA/8 = 0 percebemos quendoo problema estaticam é indeterm ente i­ que há somente uma equação de equihbrio disponível, Essa condição pode ser expressa em termos dos torques des­ que os valores de T e conhecidos pela relação carga-deslocamento, cp = TLIJG. A T8 são desconhecidos. Exige-se O - 1 52 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS m�e�ml!i� StR 2" " "" ����'"'VW'>fí: TIS :��E:VVz'W';qg<»K12G A C'/ 0! O eixo mostrado na Figura 5.26a é composto por um tubo de aço unido a um núcleo de latão. Se um torque de T = 250 N m for aplicado em sua extremidade, faça uma representação gráfica da distribuição da tensão de cisalha. mento ao longo da linha radial de sua área de seção trans. versai. Considere Gaço 80 GPa, G1,r = 36 GPa. A pi · B = ( a) I ·:ssc� lll'llh X da l i n 20 mm A T = 250 N·m (b) l i ! Uto ele cs !'ara IH'SS(I X (c) (b) 250 N·m 20,60 MPa Figura 5.25 0,1286( 10-3) rad Aqui, há três regiões do eixo nas quais o torque interno é cons­ tante, BC, CD e DA. Nos diagramas de corpo livre na Figura 5.25c, mostramos os torques internos que agem em segmentos do eixo por meio de cortes em cada uma dessas regiões. Pela convenção de sinal estabelecida na Seção 5.4, temos -T8(0,2 m) JG + (TA + 500 N m)(1,5 m) · JG + TA(0,3 m) JG =O (' i i ( Js rcs Distribuição da tensão de cisalhamento (c) Ohsn' Distribuição da deformção por cisalhamento (d ) l r·rLtcc 11 1 úd u lr que o vis;t l h a ou SOLUÇÃO 1,8TA - 0,2T8 = -750 Resolvendo as equações 1 e 2, obtemos Equilíbrio. A Figura 5.26b apresenta um diagrama de po livre do eixo. A reação na parede é representada pelas quantidades desconhecidas de torque às quais resistem aço, Taço' e o latão, T1 . O equilíbrio exige Resposta lt' l l l'máx Figura 5.26 (2) r I OBSER co r· 0 ,t - Taço - Tlnt + 250 N m = O · ( l) O sinal negativo indica que TA age na direção oposta da mos­ Compatibilidade. Exige-se que o ângulo de torção na.eX· trada na Figura 5.25b. tremidade A seja o mesmo para o aço e para o latão, V1510 que eles estão unidos. Assim, lllt' 11 t o . Ma is p a r; l e i de 1 11111 rnaç;io ToRÇÃO . nd o a relação carga-deslocamento, f/1 = TL/JG, temos Aphca 1 53 5.73. O eixo de aço A-36 tem diâmetro de 50 mm e está preso nas extremidades A e B. Se for submetido ao momen­ to, determine a tensão de cisalhamento máxima nas regiões AC e CB do eixo. 1!at L (2) 33,33Tiat Resolvendo as equações 1 e 2, obtemos Taço = 242,72 N m T1., = 7,28 N m Esses torques agem em todo o comprimento do .ei�o, visto que pontos. intermed1ános ao longo nc nhum torque externo age em da linha central do eixo. A tensão de c1salhamento no nuc, 1eo de latão varia de zero em seu centro a máxima na interface onde ele está em contato com o tubo de aço. Pela fórmula da torção, 7,28 N mm · (103) mm/m 10 mm (7T/2)(10 mm)4 4,63 N/mm2 = 4,63 MPa Para o aço, a tensão de cisalhamento mínima também ocorre nessa interface Taça = · · · · = (r,";<)mfn c Pt•oblema 5.73 O tubo de bronze C86100 tem diâmetro externo de 37,5 mm e espessura de 0,3 mm. A conexão C está sendo apertada com uma chave de torque. Se o torque desenvolvi­ do em A for 16 N m, determine o valor F das forças conju­ gadas. O tubo está engastado na extremidade B. 5.75. O tubo de bronze C86100 tem diâmetro externo de 37,5 mm e espessura de 0,3 mm. A conexão em C está sendo apertada com urna chave de torque. Se for aplicada uma força F = 100 N, determine a tensão de cisalhamento máxima no tubo. 5.74. · 242,72 N mm 103 mm/m 10 mm (7T/2)[(20 mm)4 - (10 mm)4 ] = 10,30 N/mm2 = 10,30 MPa · = · · )''Ir'· >-,.-,. a tensão de cisalhamento máxima ocorre na superfície externa, 242,72 N mm 103 mm/ m 20 mm (7T/2)[(20 mm)4 - (10 mm)4 ] 20,60 N/mm2 = 20,60 MPa Os resultados são apresentados no gráfico da Figura 5.26c. Observe a descontinuidade da tensão de cisalhamento na in­ tcr[ace latão-aço. Isso era esperado, já que os materiais têm módulos de rigidez diferentes; isto é, o aço é mais rígido do que latão ( Ga G1at) e, portanto, suporta mais tensão de t:!salhamento naçointerfac e. OBSERVAÇÃO: Embora, neste caso, a tensão de cisalha­ lll ento seja descontínua , a deformaç ão por cisalhamento não Mais exatamente, a deformação por cisalhamento é a mes­ m� para ambos, latão e aço, o que pode ser demonstrado pela lcJ de Hooke, y r/G. Na interface (Figura 5.26d), a defor­ por cisalhamento é (raço)IThix = · = • o > · · '· B .., Problemas 5.74/75 ,. 'J; O eixo de aço é composto por dois segmentos: AC, com diâmetro de 12 mm e CB, com diâmetro de 25 mm. Se estiver preso em suas extremidades A e B e for submetido a um torque de 750 N m, determine a tensão de cisalhamento máxima no eixo. Gaço = 75 GPa. *5.76. · A = Problema 5.76 1 54 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS *5.80. Os dois eixos de 1 m de comprimento são feitos de 5.77. O eixo é feito de aço-ferramenta L2, tem diâmetro de 40 mm e está preso em suas extremidades A e B. Se for sub­ alumínio 2014-T6. Cada eixo tem diâmetro de 30 mm e os metido ao conjugado, determine a tensão de cisalhamento dois estão acoplados pelas engrenagens presas a uma das extremidades de cada um deles. As outras extremidades de máxima nas regiões AC e CB. cada um dos eixos estão engastadas em apoios fixos em A e B. Além disso, os eixos estão apoiados em mancais em c e D, que permitem que eles girem livremente ao longo de suas linhas centrais. Se um torque de 900 N m for aplicado à engrenagem que está mais acima, como mostra a figura determine a tensão de cisalhamento máxima em cada eixo 2kN · ' 600m� Problema l l/1Í I.H 'SJiq t' 5.77 O eixo composto tem uma seção média que inclui o eixo maciço de 20 mm de diâmetro e um tubo soldado a flan­ ges rígidas em A e B. Despreze a espessura das flanges e determine o ângulo de torção da extremidade C do eixo em relação à extremidade D . O eixo é submetido a um torque de 800 N m. O material é aço A-36. 5.78. · Problema 5.80 5.81. Os dois eixos são feitos de aço A-36. Cada eixo tem diâmetro de 25 mm e dois estão acoplados pelas engre· nagens presas a uma das extremidades de cada um deles. As outras extremidades de cada um dos eixos estão en gastada em apoios fixos em A e B. Além disso, os eixos estão apoia· dos em mancais em C e D, que permitem que eles girem li· vremente ao longo de suas linhas centrais. Se for aplicado um torque de 500 N m à engrenagem em E, como mostra a figura, determine as reações em A e B. 5.82. Determine a rotação da engrenagem em E no Pro· blema 5.81. os s Problema · 5.78 O eixo é composto por uma seção maciça de aço AB e uma porção tubular feita de aço com núcleo de latão. Se o eixo estiver preso a um apoio rígido A e for aplicado um tor­ que T 50 N m a ele em C, determine o ângulo de torção que ocorre em C e calcule a tensão de cisalhamento máxima e a deformação por cisalhamento máxima no latão e no aço. Considere Gaço 80 GPa, G1., 40 GPa. 5.79. = F� "'�\ 50 mm lOOmm �' · = = 5.81182 O eixo de aço A-36 é composto por dois segmentont·: AC, com diâmetro de 10 mm e CB, com diâmetro de 20 mfor Se o eixo estiver engastado em suas extremidades A e B e submetido a um torque distribuído uniforme de 300 N mimto ao longo do segmento CB, determine a tensão de cisalhamen máxima absoluta no eixo. s 5.83. c Problema · 5.79 nos ; 5.H6. 111 1 1 1 , 111\' 1 1 1 Y ----% .. l,S m �� Problemas 20mm � 75 m O �· m B. !íl':.lHllS.'l ti ver TORÇÃO 1 55 B A Problema 5.87 Problema 5.83 o eixo cônico está confinado pelos apoios fixos em A *5 . 6 Se for aplicado um torque T em seu ponto médio, determine as reações nos apoios. •5 .84. B. c Problema 5.84 Uma porção do eixo de aço A-36 é submetida a um carregamento de torção distribuído linearmente. Se o eixo tiver as dimensões mostradas na figura, determine as reações nos apoios fixos A e C. O segmento AB tem diâmetro de 30 mm, e o segmento BC tem diâmetro de 15 mm. 5.86, Determine a rotação da junção B e a tensão de cisalha­ mento máxima absoluta no eixo do Problema 5.85. 5.85. Problemas 5.85/86 O eixo de raio c é submetido a um torque distribuído medido como torque/com do eixo. Determine as reações nos apoios fixos A eprimento B. S.87, t, Eixos maciços n ã o circ u l a res Na Seção 5.1, demonstramos que, quando um tor­ que é aplicado a um eixo de seção transversal circu­ lar - isto é, um eixo simétrico em relação à sua linha central - as deformações por cisalhamento variam linearmente de zero na linha central a máxima na su­ perfície externa. Além disso, devido à uniformidade da deformação por cisalhamento em todos os pontos de mesmo raio, a seção transversal não se deforma; mais exatamente, ela permanece plana após a torção do eixo. Todavia, eixos cujas seções transversais não são circulares não são simétricos em relação às respectivas linhas centrais e, como a tensão de cisalhamento é dis­ tribuída de um modo muito complexo nas seções trans­ versais, elas ficarão abauladas ou entortarão quando o eixo sofrer torção. Evidência disso pode ser observada no modo como as linhas de grade se deformam em um eixo de seção transversal quadrada quando ele sofre esforço de torção (Figura 5.27). Uma consequência dessa deformação é que a análise da torção de eixos não circulares se torna consideravelmente complicada e não será estudada neste livro. Entretanto, por análise matemática baseada na te­ oria da elasticidade, é possível determinar a distribui­ ção da tensão de cisalhamento no interior de um eixo de seção transversal quadrada. Exemplos da variação da tensão de cisalhamento ao longo de duas linhas ra­ diais do eixo são mostrados na Figura 5.28a. Como a variação dessas distribuições de tensão de cisalhamen­ to é complexa, as deformações por cisalhamento que elas criam entortarão a seção transversal como mostra a Figura 5.28b. Observe que os pontos nos cantos do eixo estão submetidos a tensão de cisalhamento nula e, portanto, também a uma deformação por cisalha­ mento nula. A razão para isso pode ser mostrada con­ siderando-se um elemento de material localizado em um desses pontos (Figura 5.28c). Seria de esperar que a face superior desse elemento estivesse submetida a uma tensão de cisalhamento para auxiliar na resistência 1 56 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS ao torque aplicado T. Porém, isso não ocorre, já que as tensões de cisalhamento r e r ' , que agem na sup e1jície externa do eixo, devem ser nulas, o que, por sua vez implica que as componentes da tensão de cisalham en� to correspondentes r e r' na face superior também de­ vem ser iguais a zero. Os resultados da análise para seções transversais quadradas, juntamente com outros resultados da teo. ria da elasticidade para eixos com seções transversais triangulares e elípticas são apresentados na Tab ela 5. 1 . Em todos os casos, a tensão de cisalhamento máxima ocorre em um ponto na borda da seção transversal mais próxima da linha central do eixo. Na Tabela 5. 1, esses pontos são indicados como "pontos" em negrito e bem visíveis nas seções transversais. A tabela também dá fórmulas para o ângulo de torção de cada eixo. Se estendermos esses resultados para um eixo de seção transversal arbitrária, também poderemos demonstrar que um eixo com seção transversal circular é o mais eficiente, pois está submetido a uma tensão de cisalha­ mento máxima menor, bem como a um ângulo de tor­ ção menor do que um eixo correspondente com seção transversal não circular e submetido ao mesmo torque. Não deformado Figura 5.27 SOLUC l'or ins ( fil ll SVl l as f(m Tn m h é 1 Forma da seção transversal Tmáx Quadrada P or C O I I torsao. Triângulo equilátero Distribuição da tensão de cisalhamento ao longo de duas linhas radiais (a) 47 Tmáx Área de seção transversal deformada t r gm , dc v ;\ Elipse 2T \ 7Tab2 T (a2 + b2) TL 7Ta3b3G "��lljNJ�Íil® t;::;U !3 �"*� !!0= - "'"'�=� "' � � O eixo de alumínio 6061-T6 mostrado na Figura 5.29 t� Ol área de seção transversal na forma de um triângulo eqUtlá: tero. Determine o maior torque T que pode ser aplicado � extremidade do eixo se a tensão de cisalhamento admissÍstlY�· for r 56 MPa e o ângulo de torção na extremidade e ver r�:rtrito a c/J " 0,02 rad. Qual é a intensidade do torquluear que pode ser aplÍcado a um eixo de seção transversal circ feito com a mesma quantidade de material? G.1 26 GPa. "' d Figura 5.28 éo 46 TL a (b) (c) 20 T 7 ll l ll q u a 1 ('()lll p r i l = d ��� = = l · n t ü o, a ToRçÃo 1 57 Comparando esse resultado (33,10 N · m) com o obtido na primeira parte da solução (24,12 N · m), ve­ mos que um eixo de seção transversal circular pode supor­ tar 37% mais torque do que um eixo com seção transversal triangular. OBSERVAÇÃO: T 1,2 m 6oo *5 . 7 Tu bos d e p a rede fin a com seções tra n sversais fech adas Figura 5.29 soLUçAo Por i nspeção, o torque interno resultante em qualquer seção al ao longo da linha central do eixo também é T. Pe­ nsvers tra las fórmulas para r e c/J dadas na Tabela 5.1, exige-se que 20T 56 N/mm2 = 20T 3 Tadrn ; 3 (40 mm) a T = 179,2(103) N · mm = 1.779,2 N · m máx == Também, <fladm = � ; O '02 rad a 46TL ai = 46T (1,42m)(10)3 3 mm/m (40 mm) [26(10 ) N/mm2] T = 24,12(103) N · mm = 24,12 N · m Resposta Por comparação, o torque é limitado devido ao ângulo de torção. Seção transversal circular. Se quisermos utilizar a mes­ ma quantidade de alumínio para fabricar um eixo do mesmo comprimento com seção transversal circular, em primeiro lu­ gar,devemos calcular o raio da seção transversal. Temos Acírculo = Atriângulo ; � 1TC2 = ( 40 mm)(40 sen 60°)" c = 14,850 mm Então, as limitações de tensão e ângulo de torção exigem T(14,850 mm) (17'/2)(14,850 mm)4 T = 288,06(103) N · mm = 288,06 N · m 56 N/mm2 = á- <flaúm"" J� ai ; T(1,2 m)(103) mm/m (17'/2)(14,85 mm)4[26(1Q3) N /mm2 T = 33,10(103) N · mm = 33,10 N · 0,02 rad = m Resposta Novamente, o ângulo de torção limita o torque aplicado. Tubos de parede fina de forma não circular são usados frequentemente para construir estruturas leves como as utilizadas em aviões. Em algumas aplicações, elas podem ser submetidas a um carregamento de tor­ ção. Nesta seção, analisaremos os efeitos da aplicação de um torque a um tubo de parede fina de seção trans­ versal fechada, isto é, um tubo sem qualquer fratura ou fenda ao longo de seu comprimento. Um tubo desse tipo, com área de seção transversal constante, porém arbitrária, é mostrado na Figura 5.30a. Para a análise, consideraremos que as paredes têm espessura variável t. Como elas são finas, poderemos obter uma solução aproximada para a tensão de cisalhamento consideran­ do que essa tensão é uniformemente distribuída pela espessura do tubo. Em outras palavras, poderemos de­ terminar a tensão de cisalhamento média no tubo em qualquer ponto dado. Antes, porém, discutiremos al­ guns conceitos preliminares relacionados com a ação da tensão de cisalhamento sobre a seção transversal. Fl uxo de cisa l hame nto. As figuras 5.30a e 5.30b mostram um pequeno elemento do tubo de comprimen­ to finito s e largura diferencial dx. Em uma extremidade, o elemento tem espessura tA e na outra extremidade, a espessura é tE . Devido ao torque aplicado T, uma ten­ são de cisalhamento é desenvolvida na face frontal do elemento. Especificamente, na extremidade A, a tensão de cisalhamento é tA , e na extremidade B, é t8 • Essas ten­ sões podem ser relacionadas observando-se que tensões de cisalhamento equivalentes tA e t8 também devem agir sobre as laterais longitudinais do elemento, sombreadas na Figura 5.30b. Visto que essas laterais têm espessu­ ras constantes, tA e tE , as forças que agem sobre elas são dFA = rA(tA dx) e dFE = TE(tE dx). O equilíbrio de força exige que essas forças sejam de igual valor, mas em dire­ ções opostas, de modo que Esse importante resultado afirma que o produto entre a tensão de cisalhamento longitudinal média e a espessura do tubo é a mesma em cada ponto na área de seção transversal do tubo. Esse produto é denomi- 1 58 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS i n t< t r iú n a l' I� ( a) ( c) (b) N r, Borda livre de tensão (superior) de tensão (inferior) (d) (e) Figura 5.30 nado fluxo de cisalhamento: q, e, em termos gerais, podemos expressá-lo como I q = rméi (5.17) Uma vez que q é constante na seção transversal, a maior tensão de cisalhamento média ocorrerá no local em que a espessura do tubo for a menor. Se um elemento diferencial com espessura t, compri­ mento ds e largura dx for isolado do tubo (Figura 5 .30c), vemos que a área colorida sobre a qual a tensão de ci­ salhamento média age é dA = t ds. Por consequência, dF = Tméd t ds = q ds ou q = dF!ds. Em outras palavras, o fluxo de cisalhamento, que é constante na área da seção transversal, mede a força por unidade de comprimento ao longo da área de seção transversal do tubo. É importante observar que as componentes da tensão de cisalhamento mostradas na Figura 5.30c são as úni­ cas que agem no tubo. Componentes que agem na outra direção, como mostra a Figura 5.30d, não podem existir. Isso porque as faces superior e inferior do elemento se encontram nas paredes interna e externa do tubo, e essas bordas devem estar livres de tensão. Em vez disso, como ' A terminologia "fluxo" é usada, pois q é análogo à água que flui por um canal aberto de seção transversal retangular com profun­ didade constante e largura variável w. Embora a velocidade da água v em cada ponto ao longo do canal seja diferente (como rméd) , o fluxo q = vw será constante. já observamos, o torque aplicado faz com que o fluxo de cisalhamento e a tensão média estejam sempre direciona· dos tangencia/mente à parede do tubo, de modo que con­ tribuem para o torque resultante T. Tensão d e cisa l h a mento média. A tensão de cisalhamento média, Tméct' que age sobre a área som­ breada dA = t ds do elemento diferencial, mostrado na Figura 5.30c, pode ser relacionada com o torque T considerando-se o torque produzido pela tensão de ci­ salhamento em tomo de um ponto selecionado O no interior do limite do tubo (Figura 5 .30e). Como m os­ trado, a tensão de cisalhamento desenvolve uma força dF = Tméd dA = Tméd (t ds) sobre o elemento. Essa força age tangencialmente à linha central da parede do tubo e, visto que o braço de momento é h, o torque é dT = h (DF) = h (Tméd t ds) Para a seção transversal inteira, exige-se f T = h méct t ds r Aqui, a "integral de linha" indica que a integração é executada ao redor de toda a borda da área. Visto que o fluxo de cisalhamento q = rméct t é constante, esses ter· mos que estão juntos saem da integral, de modo que f T = Tméd t h ds (';I tnlt· l i \lll ii / , o ilf l)',ll SOU J Ten sã !uho t' ToRÇÃo simplifica ão gr�fi a a a calcular � p� � pode-se fazer uma medw, pelo a md1cada are a que varmos obser . Ult e gr a1 se , . . tnãngulo 1 na Figura 5.30e, e dAm = ( l/2) h ds. Assnn, T = 27'méd t dAm = 27'méd tAm Resolvendo para rméct ' temos T 1'méd = 2tA 111 1 59 Visto que q = rméct t, podemos determinar o fluxo de cisalhamento em toda a seção transversal pela equação � (5.19) O ângulo de torção de um parede fina de comprimento L pode ser de­ tubo de terminado pelos métodos de energia, e o desenvolvi­ mento da equação necessária é apresentado como um problema mais adiante no texto.* Se o material se com­ portar de modo linear elástico e G for o módulo de cisalhamento, então esse ângulo cf>, dado em radianos, pode ser expresso como Âng u l o d e torçã o . (5.18) Nessa expressão, média que age sobre rméd = tens ão de cisalhamento a espessura do tub o T torque interno resultante na seção transver­ sal, determinado pelo método das seções e equações de equilíbrio t = espessura do tubo no local onde Tméd deve ser determinada A m área média contida no contorno da linha central da espessura do tubo. Am aparece sombreada na Figura 5.30f. = = 4> = ft ____!!:__ ds 4A;;p (5.20) Nessa expressão, a integração deve ser executada em todo o contorno da área de seção transversal do tubo. q é o produto entre a espessura do tubo e a t ens ão de dsalhamento média. Esse valor é cons­ os pontos ao longo da seção.transversal do tu b o. O re sult a do é que a maior te s ão de cisalhamento \,;l�•'llll<uu,<Ou•u n transversal ocorre no local onde a espessura do tubo é a menor. cisalhamento e a tensão de cisalhamento média agem tangencialmente à parede do tubo em todos os em uma direção tal que contribuem para o torque resultante. Tme'd = T = T -21Ttr�, 2tA111 -- Resposta Calcule a tensão de cisalhamento média em um tubo de pa­ fina com seção transversal circular de raio médio r ' e espes­ Podemos verificar a validade desse resultado pela aplicação submetido a um torque T (Figura 5.31a). Calcul� também da fórmula da torção. Neste caso, pela Equação 5.9, temos o ângulo de torção relativo se o tubo tiver comprimento L. rede sura t, SOLUÇÃO Distribuição da tensão de cisalhamento real (fórmula da torção) '----v----' Tmáx Tméd A área média para o Aplicando a Equação 5.18 temos Tensão de cisalhamento média. tubo é A111 = 1rr2,. Distribuição da tensão de cisalhamento média (aproximação para parede fina) (a) (b) Figura 5.31 ' Veja o Problema 14.19. 1 60 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS J Visto que de modo que 'TT = - (r4 - r I1 ) 2 O e rm = r = r. t = r - r.1, I = !!_ (2r�,) (2rm)t 2 o 1 o = 21Tr�,t L��5 � L t:J 40mm mm c (a) 60 N·m 35 N·m ii Resposta A que está de acordo com o resultado anterior. A distribuição da tensão de cisalhamento média que age em toda a seção transversal do tubo é mostrada na Figura 5.31b. A figura também mostra a distribuição da tensão de cisalhamento que age em uma linha radial calculada pela fórmula da torção. Observe como cada r age em uma dire­ ção tal que contribui para o torque resultante T na seção. À medida que a espessura do tubo diminui, a tensão de cisalha­ mento em todo o tubo torna-se mais uniforme. Ângulo de torção. Aplicando a Equação 5.2 0, temos ·ct Á-. 'I' __'!l:__ = 2 4AmG f ds = t TL 4( 'TTr2m) 2Gt 60 N·m (b) f ds . o '·""'· 60 N·m (c) 1 ,75 MPa A A integral representa o comprimento em torno da linha cen­ tral, que é 2m·11 • Substituindo, o resultado final é (d) !i<Jd:i> íll t'dia de Kl { !i c; SOUJ1 Te nsã que 111 \';d j ; ;l( d l t' d S ( (e) Figura 5.32 Resposta Aplicando a Equação 5.18 para o ponto A, tA = 5 mm, de Mostre que obtemos o mesmo resultado se usarmos a Equa­ modo que ção 5.15. T 35 N · m = 1 '75 MPa = rA = 2tA 111 2(0,005 m)(0,00200 m2 ) -- Resposta O tubo é feito de bronze C86100 e tem seção transversal E, para o ponto B, t8 = 3 mm, portanto, retangular, como mostrado na Figura 5.32a. Se for subme­ tido aos dois torques, determine a tensão de cisalhamento 35 N · m rs = ____!__ = média no tubo nos pontos A e B. Determine também o ân­ 2tAm 2(0,003 m)(0,00200 m2 ) gulo de torção da extremidade C. O tubo é fixo em E. SOLUÇÃO Se tomarmos as seções do tubo nos pontos A e B, o diagrama de corpo livre resultante é o mostrado na Figura 5.32b. O torque interno é 35 N · m. Como mostra a Figura 5.32d, a área A111 é Am = (0,035 m)(0,057 m) = 0,00200 m2 Tensão de c::isalhamento média. = 2,92 MPa Esses resultados são mostrados em elementos de mcnt�U!·· ve riallocalizados nos pontos A e B (Figura 5.32e. ). Ob5ser32bCf l3 dadosamente como o torque de 35 N m na Figura essas tensões nas faces sombreadas de cada elemento. s fi· Ângulo de torção. Pelos diagramas de corpo livre na guras 5.32b e 5.32c, os torques internos nas regiões DE:o dli são 35 N · m e 60 N · m, respectivamente. Pela convença · Resposta · l i i Jil ToRÇÃo 161 na Seção 5.4, esses torques são ambos positivos. Aplicando a Equação 5.18, a Equação 5.20 torna-se _I_ 85 N · m (103) mm/m me 2 tAm 2(10 mm)(2.50 mm2) 1 '7 N/mm2 0 7 'd = = s s = Re po ta Visto que t é constante exceto nos cantos, a tensão de cisalha­ mento média é a mesma em todos os pontos da seção trans­ versal. A Figura 5.33c mostra essa tensão agindo sobre um elemento localizado no ponto A na Figura 5.33c. Observe que T age para cima na face sombreada, visto que ela con­ tribui para o torque interno resultante T na seção. Ângulo de torção. O ângulo de torção provocado por T é determinado pela Equação 5.20; isto é, méd Resposta Um tubo quadrado de alumínio tem as dimensões mos­ na tradas Figura 5.33a. Determine a tensão de cisalhamento média no tubo no ponto A se ele for submetido a um torque 85 N m. Calcule também o ângulo de torção devido a carregamento. Considere Ga1 26 GPa. q, TL = 4A2 G m = · = = f ds = t 85 N . m(1Q3 mm /m)(1,5 m)(103 mm/m) 4(2.500 mm2)2[26(103) N /mm2] 0,196(10- 4) mm- 1 f f ds (10mm) ds Nesta expressão, a integral representa o comprimento em tomo da linha central do contorno do tubo (Figura 5.33b). Ttnllíio de c:isalhamento média. Por inspeção, o tor­ Assim, quc interno resultante na seção transversal onde está lo­ calizado o ponto A é T 85 N m. Pela Figura 5.33b, a cfJ 0,196(10-4) mm- 1 [4(50 mm)] 3,92(10-3) rad área sombreada A1 1 , é SOLUÇÃO · = A111 = = = (50 mm)(50 mm) = 2.500 mm2 Resposta Um tubo fino é composto por três chapas de açoA-36 de 5 mm de espessura, de tal modo que sua seção transversal é triangular, como mostra a Figura 5.34a. Determine o torque máximo T ao qual ele pode ser submetido se a tensão de ci­ salhamento admissível for r 90 MPa e a torção no tubo estiver restrita a não mais d� 0que qJ 2(10-3) rad. d lO = = SOLUÇÃO A área A1 1 aparece sombreada na Figura 5.34b e é mm A 111 = 21 (200 mm)(200 mm sen 60°) 17,32(103 ) mm2 (10-6 m2/mm2 ) = 17,32(10-3 ) m2 (a) = w SOmm Am A 1,7 MPa (b) = (c) Figura 5.33 A maior tensão de cisalhamento média ocorre em pontos onde a espessura do tubo é a menor, ou seja, ao longo das laterais, e não nos cantos. Aplicando a Equação 5.18, com t 0,005 m, obtemos T T Tméd-- 2tA 111 .' 90(lO ) N/m - 2(0,005 m)( 17,32(10-3 ) m2 ) T = 15,6 kN · m 6 z _ 1 62 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O eixo é feito de latão vermelho C83400 e tem se transversal elíptica. Se for submetido ao carregamentoç��, torção mostrado, determine a tensão de cisalhamento má ma no interior das regiões AC e BC e o ângulo de torçã� da extremidade B em relação à extremidade A. 5.90. Resolva o Problema 5.89 para a tensão de cisa mento máxima no interior das regiões AC e BC e âng ulolh;. torção cp da extremidade B em relação à C. 5.89. 200mm . \ ·•· �) 200mm . � ·.... � .e �'(200� ' mm .• e (a) 50N·m <2m · �200mm_j c X 1,5 my/ 5.')"\. ( acÍol nwl ido dídor. � l hililll'll c isai P' B (b) Figura 5.34 Problemas 5.89/90 f ds Também pela Equação 5.20, temos cp __I!:_ f 4A;11G t T(3 m) ds O '002 rad = 4(17,32(10-3 ) m)2 [75(109 ) Njm2] (0,005 m) = 300,0 = T fds A integral representa a soma das dimensões ao longo dos três lados do contorno da linha central. Assim, 300,0 = T[3(0,20 m)]T = 500 N m Resposta Por comparação, a aplicação do torque é restrita devido ao ângulo de torção. 5.91. O eixo de aço tem 300 mm de comprimento e é pam· fusado em uma parede com uma chave de torque. Determine as maiores forças conjugadas F que podem ser aplicadas ao eixo sem provocar o escoamento do aço. Te = 56 MPa. *5.92. O eixo de aço tem 300 mm de comprimento e é para· fusado em uma parede com uma chave de torque. Determine a máxima tensão de cisalhamento no eixo e o deslocamento que cada força conjugada sofre se o valor das forças conju· gadas for F = 150 N. Gaço = 75 GPa. 5.')5. ) ( lll lll (' · % lt!R®BI!UiENli�S . .i! � : . i ! t' III Íd<i .HI�HI tÍ • �� Compare os valores da tensão de cisalhamento elás­ tica máxima e do ângulo de torção desenvolvidos em eixos de aço inoxidável 304 com seções transversais circular e qua­ drada. Cada eixo tem a mesma área de seção transversal de 5.600 mm2, comprimento de 900 mm e está submetido a um torque de 500 N m. *5.88. F · I Problemas 5.91/92 A ,,/ r-- a � Problema 5.88 eixo é feito de plástico e tem seção transversal eldv.íp· tica. Se for submetido ao carregamento de torção mostra�c determine a tensão de cisalhamento no ponto A e mostht+l· tensão de cisalhamento em um elemento de volume loca do nesse ponto. Determine também o ângulo de torção 1/1 113 extremidade B . G = 15 GPa. 5.93. O p TORÇÃO 1 63 A m� l,S my/ mm B Problema 5.96 Uma escora de alumínio 2014-T6 está presa entre as duas paredes em A e B. Se tiver seção transversal quadrada de 50 mm por 50 mm e for submetida ao carregamento de Problema 5.93 torção mostrado, determine as reações nos apoios fixos. De­ termine também o ângulo de torção em C. 0 eixo quadrado é usado na extremidade de um cabo do para registrar a rotação cabo em um me­ d e acionamento A as dimensões mostradas na figura e for sub­ d idor. S e tiver cisa­ tensão determine a de m, N 8 de torque metido a um lhamento no eixo no ponto A. Faça umderascunho da tensão um elemento volume localizada . · �c d e cisalhament o sobre nesse ponto. ;tK � � . · �B .. � 5.97. <600mm · '>�60N· 600mm'>m��ON·m� ) 600mm � 'v Problema 5.97 O tubo de aço inoxidável 304 tem espessura de 10 mm. Se a tensão de cisalhamento admissível for ractm = 80 MPa, determine o torque máximo T que ele pode transmitir. Cal­ cule também o ângulo de torção de uma extremidade do tubo em relação à outra se o tubo tiver 4 m de comprimento. Despreze as concentrações de tensão nos cantos. As dimen­ sões médias são mostradas na figura. 5.99. O tubo de aço inoxidável 304 tem espessura de 10 mm Se o torque aplicado for T = 50 N · m, determine a tensão de cisalhamento média no tubo. Despreze as concentrações de tensão nos cantos. As dimensões médias são mostradas na figura. 5.98. Problema 5.94 O cabo de latão tem seção transversal triangular de em um lado. Se a tensão de escoamento para o latão for 205 MPa, determine o torque máximo T ao qual o cabo pode ser submetido de modo a não sofrer escoamento. Se esse torque for aplicado a um segmento de 4 m de com­ primento, determine o maior ângulo de torção de uma ex­ tremidade do cabo em relação à outra extremidade que não causará dano permanente ao cabo. G1at = 37 GPa. mm 5.95. r,. = . T T . i r....J .. i I. . � T Problema 5.95 Problemas 5.98/99 Pretende-se fabricar uma barra circular para resistir a todavia, durante o processo de fabricação' a barra fil'OU el'1Pftca, sendo que uma dimensão ficou menor que a outra por um fat or k, como mostra a figura. Determine o fator k que causará aumento da tensão de cisalhamento máxima. Determine a espessura constante do tubo retangu­ lar se a tensão de cisalhamento média não pode ultrapassar 84 MPa quando um torque T = 2,5 kN m for aplicado ao tubo. Despreze as concentrações de tensão nos cantos. As di­ mensões médias do tubo são mostradas na figura. '.5.96, Iorque; *5.100. · 1 64 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS *5.104. O tubo de aço tem seção transversal elíptica co 5.101. Determine o torque T que pode ser aplicado ao tubo retangular se a tensão de cisalhamento média não pode ul­ as dimensões médias mostradas na figura e espessura conrns trapassar 84 MPa. Despreze as concentrações de tensão nos tante t = 5 mm. Se a tensão de cisalhamento admissív cantos. As dimensões médias do tubo são mostradas na figu­ for Tadm = 56 MPa e o tubo tiver de resistir a um torqueei ra e o tubo tem espessura de 3 mm. T = 375 N m, determine a dimensão b. A área média Para a elipse é A 111 = 1Tb(0,5b ). · :;J 07 . d i III Se• Il't1Stl<1 li. i n d j()l Problema 5.104 Problemas 5.100/101 Um tubo com as dimensões mostradas na figura é submetido a um torque T = 50 N · m. Desprezando as con­ centrações de tensão em seus cantos, determine a tensão de cisalhamento média no tubo nos pontos A e B. Mostre a ten­ são de cisalhamento nos elementos de volume localizados nesses pontos. 5.102. Problema 5.102 O tubo é feito de plástico, tem 5 mm de espessura as dimensões médias são mostradas na figura. Determine a tensão de cisalhamento média nos pontos A e B se o tubo for submetido a um torque T = 500 N · m. Mostre a tensão de cisalhamento em elementos de volume localizados nesses pontos. Despreze as concentrações de tensão nos cantos. 5.105. e �mm � O p<Hrt'll f.\tT II I I 20 Problema 5.105 tubo é feito de plástico, tem 5 mm de espessura, e as dimensões médias mostradas na figura. Determine a 5.106. O tubo de aço tem seção transversal elíptica deandi·te tensão de cisalhamento média nos pontos A e B se ele for mensões médias mostradas na figura e espessura const submetido ao torque T = 5 N · m. Mostre a tensão de cisalha­ t = 5 mm. Se a tensão de cisalhamento admissível for Tadm =tor·56 mento nos elementos de volume localizados nesses pontos. MPa, determine a dimensão b necessária para resistir ao que mostrado. A área média para a elipse é A"' = 7rb(0,5b) 5.103. ·:;. JHI!. tubo ,: !UUlJ, I IIIÍrtr O 111dicad !li O\('"'' . \!l n·, 75 N·m Problema 5.103 Problema 5.106 TORÇÃO 1 65 o é feito de aço de alta resistência, tem pelas linhas tracejadas para a posição da seção mostrada na tubo simétricmostrada s na figura e 5 mm de espessu­ figura. O tubo tem 2,5 mm de espessura. édias m t::> Aln,en:So T = 40 .N · m, determine a torque um a metido . desenvolvida Se ' sub ' nos pontos A e med1a mento !---- 45 mm ---j de cisalha s de voluelemento em nto cisalhame de . ·· .· ensão t ' . B. lndtque ' pontos. ses nes os '' m , zad locali 0 rOf 30ri [� ( a 5.8 Problema 5.107 Devido a um erro de fabricação, o círculo interno do excêntrico em relação ao círculo externo. Qual é a porcentagem de redução da resistência à torção quando a líXCent ricidade e for igual a 114 da diferença entre os raios? *5,108. tubo é Problema 5.110 Co n ce nt ração d e tensão A fórmula da torção, rmáx = Tc!J, pode ser aplica­ da a regiões de um eixo que tenham seção transversal circular constante ou ligeiramente cônica. Quando sur­ gem mudanças repentinas na seção transversal, a dis­ tribuição da tensão de cisalhamento e da deformação por cisalhamento no eixo tornam-se complexas e só podem ser obtidas por meios experimentais ou, possi­ velmente, por análise matemática baseada na teoria da elasticidade. Três descontinuidades comuns em seções transversais que ocorrem na prática são mostradas na Figura 5.35. Elas aparecem em acoplamentos, que são utilizados para interligar dois eixos colineares (Figura 5.35a) , em rasgos de chaveta, usados para conectar en­ grenagens ou polias a um eixo (Figura 5.35b) , e filetes de redução, utilizados para fabricar um único eixo colinear de dois eixos com diâmetros diferentes (Figura 5.35c) . Problema 5.108 Para uma tensão de cisalhamento média dada, deter­ fator de elevação da capacidade de resistência ao tor­ se as seções semicirculares forem invertidas das posições lneltca•das pelas linhas tracejadas para as posições da seção mostrada na figura. O tubo tem 2,5 mm de espessura. U09. mine o f--- 45 íf-( G mm ( a) �---1 30 mm �--��------------- !.�lO. Para uma dada tensão de cisalhamento máxima deter­ que se mine 0 Problema 5.109 fator de elevação da capacidade de resistência 'ao tor­ a seção semicircular for invertida da posição indicada t� 12,5 m o ( c) Figura 5.35 1 66 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2,0 1,9 1,8 1,7 1,6 K 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0 0,00 } [ Dl ]&«, 0,/� l I ( 'f \ 0,05 �4 � 0,10 d 0,15 ta D/d 2,5 2,0 I \ i primeiro lugar, temos de determinar a razão geométrj. ca Dld para definir a curva adequada e, então, um a ve calculada a abscissa r!d, o valor de K é determinad o a z longo da ordenada. Em seguida, a tensão de cis alha� menta máxima é determinada pela equação 0,20 I I I I 1,67 1,25 1,11 (5.21) ,, E-E . 0,25 . 0,30 Figura 5.36 Em cada caso, a tensão de cisalhamento max1ma ocorrerá no ponto (em negrito) indicado na seção transversal. Para que o engenheiro não precise executar uma análise complexa da tensão em uma descontinuidade do eixo, a tensão de cisalhamento máxima pode ser determinada para uma geometria específica com a utilização de umfator de concentração de tensão por torção, K. Como vimos no caso de elementos carrega­ dos axialmente (Seção 4.7), K é normalmente obtido de um gráfico. Um exemplo para o filete de rebaixo é mostrado na Figura 5.36. Para usar esse gráfico, em Aqui, a fórmula da torção é aplicada ao menor dos dois eixos interligados, visto que Tmáx ocorre na ba se do filete (Figura 5 .35c). Podemos observar pelo gráfico que um aumento no raio r do filete provoca um decréscimo em K. Por con. sequência, a tensão de cisalhamento máxima no eixo pode ser reduzida aumentando o raio do filete. Além disso, se o diâmetro do eixo maior for reduzido, a razão Dld será menor, assim como o valor de K e, portan to' T . será mais baixa. max Como no caso de elementos carregados axialmentc, os fatores de concentração de tensão por torção sempre devem ser utilizados no projeto de eixos feitos de mate­ riaisfrágeis ou que serão submetidos a carregamentos de fadiga ou de torção cíclica. Essas condições dão origem à formação de trincas na concentração de tensão, o que muitas vezes pode resultar na falha repentina do eixo. Entenda também que, se um grande carregamento ele torção estático for aplicado a um eixo feito de um mate· rial dúctil, deformações inelásticas podem-se desenvol­ ver no interior do eixo. Como resultado do escoamento, a distribuição de tensão se tornará mais uniformemente distribuída em todo o eixo, de modo que a tensão máxi· ma resultante não será limitada na concentração de tcn· são. Esse fenômeno será discutido na próxima seção. Concentrações de tensão em eixos ocorrem em pontos de mudança repentina na área da seção transverllal, tal como acqplamentos, rasgos de chaveta e filetes de rebaixo. Quanto mais .s.evera a mudança,maior a concentração de tensão. " Para projeto ou análise, não é necessário conhecer a exata distribuição da tensão de cisalhamento na seçã() transver· sal. Em vez disso, é possível obter tensão de císalhamento máxima poro a utilização do fat{)rde con(:entração de. tensão, K, determinado por meios experimentais e função somente da geometria do eixo. " Em geral,a concentração de tensão em um eixo dúctil submetido a torque estático não terá de ser considerada no projeto; todavia, se o materialforfrágil ou sujeito carregamentos de fadiga, s concentrações de tensão tornam-se importantes. • a a a nas extremidades engastadas dos eixos de menor diâmetro. o torque interno pode ser determinado naquele lugar pelo método das seções (Figura 5.37b). O eixo em degrau mostrado na Figura 5.37a está apoia­ do nos mancais em A e B. Determine a tensão máxima no Tensão de cisalhamento máxima. O fator de concentra· eixo resultante dos torques aplicados. O filete na junção de ção de tensão pode ser determinado pela Figura 5.36. pela geometria do eixo, temos cada eixo tem raio r 6 mm. t\ \\Íil A plic: OBS E I :; a o d1 ' ' " " "' I H ,� .. r; prlii l i .9 !\ < d ;p; < I ( ra d o = SOLUÇÃO Torque interno. Examinando a figura, vemos que o equi­ líbrio de momento em torno da linha central do eixo é satis­ feito. Uma vez que a tensão de cisalhamento máxima ocorre D - d r d = 2(40 mm) 2(20 mm) 6 mm 2 ( 20 mm) = 2 = O' 1 5 l lli l fl l ( TORÇÃO 1 67 'Ymáx Distribuição linear da deformação por cisalhamento (a) (b) T = 30 N·m dp (b) (c) Figura 5.38 Distribuição da Distribuição da de cisalhamento tensão de cisalhamento tensão real causada pela prevista pela fórmula da concentração de tensão torção (c) Figura 5.37 obtemos o valor de K 1,3. Aplicando a Equação 5.21, temos = Te K1 ; 7'máx = 1,3 [ 30 N2 m0,020 (0,020 m) m) · ( / )( 7f 4 J = 3,10 MPa Resposta Por evidências experimentais, a distribui­ tensão real ao longo de uma linha radial da seção transversal na seção crítica é semelhante à mostrada na Figu­ ra 5.37c. Compare com a distribuição de tensão linear obtida fórmula da torção. OBSERVAÇÃO: de *5 . 9 To� rção i n e l ásti ca As equações de tensão e deformação desenvolvi­ até aqui só são válidas se o esforço de torção apli­ fizer o material se comportar de maneira linear · se os carregamentos de torçao elástica 11odavta, forem excessi vos, o materia l pode escoar e, por consequência, de fazer uma "análise plástica" para determi­ a distribuição da tensão de cisalhamento e o de torção. Para fazer essa análise, é necessário "'umnor . ,. as condiç ões de deformação e equilíbrio para · Mostramos na Seção 5.1 que as deformações por cisalhamento que se desenvolvem no m aterial devem variar linearmente de zero no centro do eixo ao valor máximo em seu contorno externo (Figura 5.38a). Essa conclusão foi baseada inteiramente em considerações geométricas, e não no comportamento do material. Além disso, o torque resultante na seção deve ser equi­ valente ao torque provocado por toda a distribuição da tensão de cisalhamento na seção transversal analisada. Essa condição pode ser expressa matematicamente, considerando-se a ação da tensão de cisalhamento r sobre um elemento de área dA localizado à distância do p do centro do eixo (Figura 5.38b ). A força produzi­ da por essa tensão é dF = r dA, e o torque produzido é dT = p dF = pr dA. Para o eixo inteiro, exige-se (5.22) Se a área dA sobre a qual r age puder ser definida como um anel diferencial com área dA = 2np d p (Figura 5.38c), então a Equação 5.22 poderá ser escrita como (5.23) Essas condições de geometria e carregamento se­ rão usadas agora para determinar a distribuição da tensão de cisalhamento em u m eixo quando este for submetido a três tipos de tm·que. Se o torque produ­ zir uma deformação por cisalhamento elástica máxima 'Ye no contorno externo do eixo, então a distrib uição da tensão de cisalhamento ao longo da linha radial do eixo será semelhante à mostrada na Figura 5.39b. Para determinar a distribuição da tensão de cisalhamento, Torq u e elástico m áxi mo. 1 68 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS r T T ·· � ( a) (a ) Anel Plástico To n d cm e I' O CSL Iii 'i ' Núcleo elástico Distribuição da tensão de cisalhamento (c) Distribuição da deformação por cisalhamento (b) Figura 5.39 e ou 7T Te c3 (5.24) 2 É claro que esse mesmo resultado pode ser obtido de uma maneira mais direta, usando-se a fórmula da torção, Te = Tec/[(7r/2)c4] .Além do mais, o ângulo de torção pode ser determinado pela Equação 5.13, a saber, = dcp = Y x d p ddc1 da I L Distribuição da deformação por cisalhamento (b) ( 'om Distribuição da tensão de cisalhamento (c) l o rq t Figum 5.40 devemos usar a lei de Hooke ou determinar os valo­ res correspondentes da tensão de cisalhamento pelo diagrama T-y do material (Figura 5.39a). Por exemplo, uma deformação por cisalhamento y produz a tensão de cisalhamento T em p = c. Da mesma maneira, em p = p l ' a deformaÇão por cisalhamento é y1 = (p/c) Ye· Pelo diagrama T-y, y1 produz T1 • Quando essas ten­ sões e outras semelhantes são representadas grafica­ mente em p = c, p = p1 etc., o resultado esperado é a distribuição de tensão de cisalhamento linear dada na Figura 5.39c. Visto que essa distribuição da tensão de cisalhamento pode ser descrita matematicamente como T = Te (p/c), o torque elástico máximo pode ser determinado pela Equação 5.23; isto é, Te Cll/1/j (5.25) Como observamos na Seção 5.4, essa equação resulta em cp = TUJG quando o eixo é submetido a um torque constante e tem uma área de seção transversal constante. Agora, vamos con­ siderar que o material no eixo exibe comportamento elástico perfeitamente plástico. Como mostra a Figura 5.40a, isso é caracterizado por um diagrama da tensão de deformação por cisalhamento pelo qual o material sofre uma quantidade crescente de deformação por cisalhamento quando a tensão de cisalhamento no ma­ terial atinge o ponto de escoamento, Te. Assim, à me­ dida que o torque aplicado aumentar de intensidade após ultrapassar Te, começará a provocar escoamen to. Em primeiro lugar, no contorno externo do eiXO, p = c e então, à medida que a deformação por cisalha· menta máxima aumenta até, digamos, y ' , o escoamen­ to do contorno progredirá para dentro na direção do centro do eixo (Figura 5.40b). Como mostra a figura, isso produz um núcleo elástico no qual, por cálculo proporcional, o raio externo do núcleo é Pe = ('Y/'Y')c. Além disso, a porção externa do eixo forma um anel plástico, visto que as deformações por cisalhamei:to "! são maiores do que yY no interior dessa região. A d1s trt· buição da tensão de cisalhamento correspondente ao longo de uma linha radial do eixo é mostrada na Figur� 5.40c. Ela foi determinada tomando-se pontos sucesst· vos na distribuição da deformação por cisalhamen�o e determinando-se o valor correspondente da tensao de cisalhamento pelo diagrama T-y. Por exemplo, elll ' P = c ' y dá T ' e em p = p , ye também dá Te etc . e e Uma vez que agora podemos determinar T codmo função de p, podemos aplicar a Equação 5.23 para e_ terminar o torque. Como fórmula geral para o coln portamento elástico-plástico do material, tem os Torq u e e lástico-p lástico . . (', Fqua ­ . :.. . TORÇÃO 2'll' rrl dp lo r•(Te Pe lo ) }!_ p2 dp + 2rr 21TTe 1c -TePe 3 Te Pe 2'll' �'!!_ Te lor Pe 1T Pe 4 3 p dp + + 21T 1cTeP2 dp Pe p2 dp (C 3 Pe 3 - (5.26) ) entos a?ic.ionais em T ten­ forq u e plásti c � . Au� , a reduzir o raw do nucleo elast1co nw de todo o material, isto é, omme esc: P ate provocar e � O (Figu5.40c). Então, o material do eixo é submetido a um �;omportamento perfeitamen:e plástico , e a .distribuição da tensão de cisalhamento e constante (Figura 5.40c). r = re, podemos aplicar a Equação 5.23 para o torque plástico que representa o maior rminar te de possível que o eixo suportará. (5.27) Comparando com o torque elástico máximo T_, t:Olmcato 5.24, podemos ver que Em outras palavras, o torque plástico é 33% maior que o torque elástico máximo. O ângulo de torção p para a distribuição da tensão de cisalhamento na Figura 5.40c não pode ser definido exclusivamente. Isso porque r = re não corresponde a nenhum valor único de deformação por cisalhamento r � re· O resultado é que, uma vez aplicado T , o eixo continuará a deformar-se ou torcer-se sem nenhum au­ mento correspondente na tensão de cisalhamento. Em geral, a maioria dos ma­ teriais de engenharia terá um diagrama da tensão de deformação por cisalhamento como mostra a Figura 5.41a. Por consequência, se T aumentar de modo que a deformação por cisalhamento máxima no eixo se torne r = r, (Figura 5.41b), então, por cálculo proporcional, -v e ocorre em pe = (reIr )c. Da mesma maneira, as de' formações por cisalhamento em p = p1 e p = p2, podem ser determinadas por cálculo proporcional, isto é, r1 = (p/c)'Y" e r2 = (p/c)r, . Se os valores corresponden­ tes de ri ' re, r2 e r, forem lidos no diagrama r-r e, en­ tão, representados em gráfico, obtemos a distribuição da tensão de cisalhamento que age na linha radial na seção transversal (Figura 5.41c). O torque produzido por essa distribuição de tensão é denominado Iorque máximo, Tmáx ' Torq u e máxi mo. u T Tll j-------� c Distribuição da deformação por cisalhamento máxima (b) ( a) Distribuição da tensão de cisalhamento máxima (c) 1 69 Figura 5.41 ( d) 1 70 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS O valor de Tmáx pode ser determinado por integração "gráfica" da Equação 5.23. Para tanto, a área da seção transversal do eixo é subdividida em um número finito de anéis, como o que aparece sombreado na Figura 5.41d. A área desse anel, yA = 2np !:::.p. , é multiplicada pela tensão de cisalhamento T que age sobre ele, de modo que a força !:::.F . = T !:::.A pode ser determinada. Então, o torque criado . = p(T !:::.A) . A soma de to. por essa força é !:::.. T = p !:::.F dos os torques na seção transversal inteira, determinados desse modo, dá o torque máximo, Tmáx; isto é, a Equação 5.23 torna-se Tmáx 2'11'2,Tp2!:::.p. . Por outro lado, se a dis­ tribuição de tensão puder ser expressa como uma função analítica, T = f(p) , como nos casos do torque elástico e do torque plástico, então a integração da Equação 5 .23 poderá ser executada diretamente. = SOLL TorqL lharnt �;lo, l t " A distribuiçãoda deformação por cisalhamento em uma linha radial de um eixo é baseada em considerações geomé ­ tricas e constatou-se que ela permanece sempre linear. A distribuição da tensão de· cisalhamento, todavia, depende do torque aplicado e,portanto, deve ser determinada pelo cpmportamento do material ou pelo diagrama da tensão de deformação por cisalhamento. " Uma vez determinada a distribuição da tensão de cisalhamento para o elxo, ela produz um torque emtorno da linha central do eixo que é equivalente ao torque resultante que age na seção transversal. " Comportamento perfeitamente plástico consi dera que a distribuição datensão de cisalhamento seja constqnte e que o eixo continuará a torcer sem nenhum aumento no valor do torque. Esse torque é denominado torque plástico. i\ ' de d e i d;\S que pode ser aplicado ao eixo sem provocar o escoamento do material e ( b) oaotorque máximo ousertorque plástico por pode ser aplicado eixo. Qual deve a deformação eixo tubular na Figura 5 .42a é feito de uma liga de cisalhamento mínima no raio externo para desenvolver alumínio que se supõe tenha um diagrama elástico-plástico torque totalmente plástico? r-y, como mostra a figura. Determine (a) o torque máximo que O fl(l ,ao oh Tor q u to p a r; l'q ua�· I �. um Pn rt l l'� dadt· d Oeforr !OI II H ' 20 MPa J li i i ii i C I lllm. l r; � lllt' I I I O 30 mm pi;Í' i[ ÍC; I IIÍ11ad;1 r (MPa) Distribuição de tensão de deformação por cisalhamento elástica 0,172 ( 10-3) rad 0,286 ( 10-3) y (rad) Distribuição da deformação por cisalhamento elástica (b) ( a) 20 MPa l l n1 llH'IJ I ( ) I íco Jlil l ii 0,477 ( 10-3) rad 0,286 ( 10-3) rad Distribuição da tensão de cisalhamento plástica Distribuição da tensão de deformação (c) por cisalhamento plástica inicial Figura 5.42 1\ 1r ToRÇÃO S OLUÇÃO Torque elástico máximo. Exige-se que a tensão de cisa­ 20 MPa. Pela fórmula da tor­ seja externa fibra na to lhamen os tem o, çã Te (0,05 m) 20 (106 ) N/m2 = ( 'lT/2)[(0,05 m) 4 - (0,03 m)4] Te = (MPa) 75 0,0016 _ _ _ _ _ 0,008 'Ye = 0,0016 rad (b) , Resposta Para esse tubo, TP representa um aumento de 20% na capaci­ dade de torque em comparação com o torque elástico Te. Deformação por c:isalhamento do raio externo. O tubo torna-se totalmente plástico quando a deformação por cisa­ lhamento na parede interna se torna 0,286(10-3) rad, como mostra a Figura 5.42c. Visto que a deformação por cisalha­ mento permanece linear na seção transversal, a deformação plástica nas fibras externas do tubo na Figura 5.42c é deter­ minada por cálculo proporcional: /'o 50 mm 30 mm 'Yo = 0,477(10-3 ) rad (rad) Distribuição da deformação por cisalhamento 10,05m 1 3 IOOSm [20(106) Njm2] 2 dp = 125,66(106)-p 3 �mm mm = 4,10 kN m · 'Y (a) · p _[___ "-----'----- Resposta 3,42 kN m As distribuições da tensão de cisalhamento e da tensão ção por cisalhamento para esse caso são mostra­ deforma de das na Figura 5.42b. Os valores na parede interna do tubo são obtidos por cálculo proporcional. Torque plástico. A distribuição da tensão de cisalhamen­ to para esse caso é mostrada na Figura 5.42c. A aplicação da Equação 5.23 exige r = re · Assim Tp = 21T r 171 Resposta T0 = 75 MPa Distribuição da tensão de cisalhamento (c) Figura 5.43 L; ÇP = y p (1,5 m) O'6 = 'Ymáx (0,02 m) 'Ymáx = 0,008 rad A distribuição da tensão de deformação por cisalha­ mento, que sempre varia linearmente, é mostrada na Figura 5.43b. Observe que ocorre escoamento do material, já que 'Ymáx > 'Ye = 0,0016 rad na Figura 5.43a. O raio do núcleo elástico, p0, pode ser obtido por cálculo proporcional. Pela Um eixo maciço circular tem raio de 20 mm e compri­ Figura 5.43b, mento de 1,5 m. A Figura 5.43a mostra um diagrama r-y elástico-plástico do material. Determine o torque necessá­ � = 0,02 m rio para torcer o eixo de çfJ = 0,6 rad. 0,0016 0,008 Pe = 0,004 m = 4 mm SOLU ÇÃO Para resolver o problema, em primeiro lugar, obteremos a dis­ Tendo como base a distribuição da deformação por ci­ tribuição da deformação por cisalhamento. Uma vez conheci­ da essa distribuição, o torque aplicado pode ser determinado. salhamento, a Figura 5.43c mostra a distribuição da tensão cisalhamento, que é representada no gráfico sobre um A máxima deformação por cisalhamento ocorre na su­ de segmento da linha radial. Agora, o torque pode ser obti­ perfície do eixo, p = c. Visto que o ângulo de torção é çfJ = 0,6 do pela Equação 5.26. Substituindo os valores numéricos rad para todo o comprimento de 1,5 m do eixo, então, usando obtemos a Equação 5.25 para o comprimento total, temos 1 72 RESISTéNCIA DOS MATERIAIS 7TTe (4c3 Pe3 ) T=6 7T[75(106) N/m2] [4(0,02 m) 3 - (0,004 m) 3] 6 Resposta 1,25 kN · m - = = *5 . 1 O Te nsão resi d ua l Quando um eixo é submetido a deformações por ci­ salhamento plásticas provocadas por torção, a remoção do torque acarretará a permanência de parte da tensão de cisalhamento no eixo. Essa tensão é denominada ten­ são residual, e sua distribuição pode ser calculada pelos princípios de superposição e recuperação elástica. A recuperação elástica foi discutida na Seção 3.4 e refere-se ao fato de que, sempre que um material é de­ formado plasticamente, parte da deformação no mate­ rial é recuperada quando a carga é retirada. Por exemplo, se um material for deformado até 1\, mostrada como o ponto C na curva r-y na Figura 5.44, a retirada da car­ ga provocará uma tensão de cisalhamento inversa, de modo que o comportamento do material acompanhará o segmento de reta CD, criando uma certa quantidade de recuperação elástica da deformação por cisalhamen­ to y1• Essa reta é paralela à porção inicial em linha reta AB do diagrama r-y e, assim, ambas as retas terão a mesma inclinação G, como indicado na figura. Para ilustrar como a distribuição de tensão residual pode ser determinada em um eixo, em primeiro lugar, Torque plástico aplicado que causa deformações plásticas por cisalhamento em todo o eixo ( a) consideraremos que o eixo está submetido a um tor­ que plástico TP . Como explicamos na Seção 5 .9, T cria uma distribuição de tensão de cisalhamento mostrad a na Figura 5.45a. Consideraremos que essa distribuição é consequência da deformação do material y1 no con . torno externo do eixo, Figura 5.44. Considerarem os também que '}'1 é grande o suficiente para admitirmos que o raio do núcleo elástico aproxima-se de zero, isto é, y1 > > 'Ye · Se TP for removido, o material tende a re. cuperar-se elasticamente, acompanhando a reta CD. Visto que ocorre comportamento elástico, podemos sobrepor à distribuição de tensão na Figura 5.45a um a distribuição linear de tensão causada pela aplicação do T Comportamento elás tico plástico do m aterial l cj / •....: ·· c ··.:... •.••.. •·s•·• · ..••. .. . . � \ A rec peração \_: elástica --------��----�Y�e--------�===t�==�r�----- r máxima é 2ye - Ter------' Torque plástico inverso que provoca deformações elásticas por cisaJhamento em todo o eixo (b) Comportamento elástico do material D Figura 5.44 Distribuição de tensão de cisalhamento residual no eixo (c) (' r h li I' I + Torque elástico plástico aplicado -­ fi ('I Tmáx - Te Torque elástico --plástico inverso (d) Figura 5.45 Distribuição de tensão de cisalhamento residual no eixo ToRçÃo 173 torque plástico TP na direção oposta (Figura 5.45b). Aqui, a tensão de cisalhamento máxima Tr , calculada p or essa distribuição de tensão, é denominada módulo de ruptura por torção e é determinada pela fórmula da torção,* que dá T (MPa) Pela Equação 5.27, Tr = [(2/3) 7TTe c3]c (7T/2)c4 Observe que, nesse caso, a aplicação inversa de Tp usando a distribuição linear da tensão de cisalhamento na Figura 5.45b é possível, visto que a recuperação máxima para a deformação por cisalhamento elástica é 2Te, como observamos na Figura 5.44. Isso corres­ ponde a uma tensão de cisalhamento máxima aplicada de 2Te, que é maior do que a tensão de cisalhamento máxima de 4!3Te calculada antes. Por consequência, a superposição de distribuições de tensão que envolva a aplicação e, então, a remoção de torque plástico resul­ ta na distribuição de tensão de cisalhamento residual no eixo como mostra a Figura 5.45c. Devemos notar, por esse diagrama, que a tensão de cisalhamento no centro do eixo, Te, deve ser, na realidade, nula, visto que o material ao longo da linha central do eixo não sofre deformação. O motivo de ela não ser nula é que con­ sideramos anteriormente que todo o material do eixo sofreu deformação após atingir o ponto de escoamen­ to para podermos determinar o torque plástico (Figu­ ra 5.45a). Em situações reais, temos de considerar um torque elástico-plástico na modelagem do comporta­ mento do material, o que resulta na superposição da distribuição de tensão mostrada na Figura 5.45d. ( a) 84 MPa (b) Torque plástico aplicado (c) 'Tr 104,52 MPa = Torque plástico inverso ( d) 20,52 MPa E *BM�Um !S.�n " Distribuição da tensão de cisalhamento residual Figura 5.46 Um tubo é feito de uma liga de latão e tem 1,5 m de comprimento e área da seção transversal mostrada na Figu­ ra 5.46a. diagrama T-y elástico-plástico do material tam­ SOLUÇÃO �ém é mostrado na Figura 5.46a. Determine o torque plás­ plástico. torque plástico deformará o tubo são a distribuição da tensão de cisalhamento Torque de tal modo que todo o material sofre escoamento. Por con­ rticoesidualQuais e a torção permanente remanescente no tubo se for removido logo após o tubo se tornar totalmente plásti� sequência, a distribuição de tensão será a mostrada na Figura 5.46b. Aplicando a Equação 5.23, temos = 42 GPa. 0" � O TP. O T TP co? G A fórmula da torção só é válida quando o material se comporta de maneira elástica linear; todavia, o módulo de ruptura tem esse nome porque presume que o material se comporte elasticamente e, e ntão, sofr e ruptura repentina no limite de proporcionalidade. = 27T 3 (84 N/mm2 )[(50 mm)3 -(25mm)3] 19,24(106 ) N . mm = Resposta 1 74 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS exato jáemteráquecomeçado o tubo senotorna totalmente No instante plástico, o escoamento raio interno, isto é,torção em c,que = 25ocorre mm, Ypode e = 0,002 rad (Figura 5. 4 6a). O ângulo de ser determinado pela Equação 5.25 que, para o tubo inteiro, se torna L (0,002)(1,5 m)(103 mm/m) = O,120 rad � -= cjJ = (25 mm) p e c, P é removido ou, na verdade, reaplicado na di­ reçãoQuando oposta,Tentão a distribuição da tensão de cisalhamento linear "fictícia" mostrada na Figura 5.46c deve ser sobrepos­ ta à mostrada na Figura 5.46b. Na Figura 5.46c, a tensão de cisalhamento máxima ou o módulo de ruptura é calculado pela fórmula da torção 19,24(10)6 N · mm - (50 mm) (?T/2)[(50 mm)4 - (25 mm)4] 104,52 N mm2 104,52 MPa Além disso, na parede interna do tubo, a tensão de cisalha­ mento é ( 25mm ) Ti = (104, 5 2 MPa) -- = 52,26 MPa 50 mm Pela Figura 5.46a, G= T/Ye = 84 N/mm2/(0,002 rad) = 42(103) MPa, de modo que, quando T é removido, o ângulo de torção correspondente c/J' é TL cf/ = -P- = P JG 19,24(10)6 N mm (1,5)(103 mm/m) O eixo é usado para transmitir 660 W ao girar a 450 rpm. Determine a tensão de cisalhamento máxi Os segmentos são interligados por um filete demsaolndao eixo. de raio 1,875 mm. *5.112. 25mm y = s. Problema 5.112 O eixo está preso à parede em A e é submetido aos torques mostrados na figura. Determine a tensão de cisalha­ mento máxima no eixo. Um filete de solda de raio 4,5 é usado para interligar os eixos em 5.113. B. mm Jll i l i = o l CO A 5. 1 de ele COI 111 <1 ·s. p llll' tcn c l ;í · Problema 5.113 O eixo aumentado foi projetado para girar a 720 rpm enquanto transmite 30 kW de potência. Isso é possível? = 0,0747 radJ A tensão de cisalhamento admissível é Tadm = 12 MPa. O eixo aumentado foi projetado para girar a 540 Portanto, a distribuição da tensão de cisalhamento resi­ 5.115. rpm. Se o raio do filete de solda que interliga os eixos for dual resultante é mostrada na Figura 5. 4 6d. A rotação per­ r = 7,20 mm e a tensão de cisalhamento admissível para o manente do tubo após a remoção de TP é material for Tadm = 55 MPa, determine a potência máxima 1+ cjJ = 0, 1 20 - 0,0747 = 0,0453 rad � Resposta que o eixo pode transmitir. 5.114. Ou {' 5. L lll C III Í I 1101' 5. 1 2 A tensão de cisalhamento admissível para o aço usada forem interligados no eixo é Tadm = 8 MPa. Se os elementos por um filete de solda de raio r = 4 mm, determine o torque máximo T que pode ser aplicado. de 5.111. t rn a t , o ra 5. 12. Problemas 5.114/115 Problema 5.111 5. 1 *5.116. A tensão de cisalhamento admissível para o aço n tos usado na fabricação do eixo é Ta = 8 MPa. Se os eleme r = 2,25 forem interligados por um filetedm de solda de raio mm, determine o torque máximo T que pode ser aplicado. lliC I J urn 1 esc o e le r lll i d ; cisai ToRçÃo 175 30 mm 30 mm Pt·oblema 5.116 5.117. Um eixo maciço é submetido ao torque T, que pro­ voca 0 escoamento do material. Se o material for elástico­ plástico, mostre que o torque pode ser expresso em3termos do ângulo de torção cjJ do eixo como T = 4/3 7;,(1 - c/J /4c/J3) , onde Te e c/Je são o torque e o ângulo de torção quando o material começa a escoar. 5.118. Um eixo maciço com diâmetro de 50 mm é feito de material elástico-plástico com tensão de escoamento r = ll2 MPa e módulo de cisalhamento G = 84 GPa. Deterro"ine o torque exigido para desenvolver um núcleo elástico no eixo com diâmetro de 25 mm. Calcule também o torque plástico. 5.119. Determine o torque necessário para torcer um cabo de aço curto de 3 mm de diâmetro por várias revoluções se ele for feito de um aço que se presume ser elástico-plástico com tensão de escoamento re = 80 MPa. Considere que o material se torna totalmente plástico. '5.120. Um eixo maciço tem diâmetro de 40 mm e compri­ mento de 1 m e é feito de um material elástico-plástico com tensão de escoamento re = 100 MPa. Determine o torque elástico máximo Te e o ângulo de torção correspondente. Qual é o ângulo de torção se o torque for aumentado para T = 1,2T.? G = 80 GPa. 5.121. O eixo é submetido a um torque T que produz escoa­ mento na superfície do segmento de maior diâmetro. Deter­ mine o raio do núcleo elástico produzido no segmento de me­ nor diâmetro. Despreze a concentração de tensão no filete. Problema 5.123 O tubo de 2 m de comprimento é feito de um material elástico-plástico como mostra a figura. Deter­ mine o torque aplicado T que submete o material da bor­ da externa do tubo a uma deformação por cisalhamento de = 0,008 rad. Qual seria o ângulo de torção permanente '}' do tubo quando o torque for removido? Faça um rascunho da distribuição da tensão residual no tubo. *5.124. máx r VIU (MPa) 240 . .. · · _ 0,003 y (rad) Problema 5.124 T 5.125. O tubo tem comprimento de 2 m e é feito de um material elástico-plástico material como mostra a figura. Determine o torque necessário só para tornar o material to­ talmente plástico. Qual é o ângulo ele torção permanente do tubo quando esse torque é removido? 60 mm Problema 5.121 Uma barra com seção transversal circular de 75 mm de diâmetro é submetida a um tm·que de 12,5 kN · m. Se o mat�rial for elástico-plástico, com r. = 112 MPa, determine o raiO do núcleo elástico. 5.123. Um eixo tubular tem diâmetro interno de 20 diâ­ metro externo de 40 mm e comprimento de 1 m. É feito de um material elástico perfeitamente plástico com tensão de escoamento re = 100 MPa. Determine o torque máximo que el� pode transmitir. Qual é o ângulo de torção de uma extre­ U:Idade em relação à outra extremidade se a deformação por Cisalhamento na superfície interna do tubo estiver prestes a escoar? G = 80 GPa. 5.122. mm, r 350 (MPa) tl 0,007 Problema 5.125 y (rad) 1 76 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS O eixo é feito de umé mostrado materialnaendurecido por defor­o mação cujo diagrama figura. Determine torque T que deve ser aplicado ao eixo de modo a criar um núcleo elástico no eixo com raio = 12,5 mm. 5.126. 5. 1 (MPa) 125 1------ T r-y Pc ter r ai• r= icn 50 Problema 5.128 O eixo é composto por duas seções rigidamente acopladas. Se o material for elástico perfeitamente plástico como mostra a figura, determine o maior torque T que pode ser aplicado ao eixo. Além disso, desenhe a distribuiç tensão de cisalhamento na linha radial para cada seção.ãoDes­da preze o efeito da concentração de tensão. 15 5.129. (MPa) 105 f------ T "-._·· //··1· · 70 � /.f' •.. _ _ ___,____...._ ._ 0,005 0,01 'Y (rad) Problema 5.126 O tubo de 2 m de comprimento é feito de um ma­ terial elástico perfeitamente plástico como mostra a figura. Determine o torque aplicado T que submete o material da borda externa do tubo à deformação por cisalhamento = 0,006 rad. Qual será o ângulo de torção permanente do tubo quando esse torque for removido? Faça um rascu­ nho da distribuição de tensão residual no tubo. 5.127. T 70 yrnáx v1 (MPa) - 0,002 '5. 1. Se ' - y por (rad) de V< 1;iío Problema 5.129 O eixo é feito de um material elástico perfeitamente plástico como mostra a figura. Faça um gráfico da distribui­ ção da tensão de cisalhamento que age ao longo de uma li­ nha radial se o eixo for submetido a um torque T = 2 kN o Qual distribuição da tensão residual no eixo quando torqueseráforaremovido? 5.130. · T 210 0 (( d n y (rad) 20 Problema 5.127 O diagrama tensão-deformação por cisalhamento para um eixo maciço de 50 mm de diâmetro pode ser apro­ ximado como mostra a figura. Determine o torque exigido máximaqualdeserá 125 para provocar MPa no eixo. Seumao eixotensão tiverde3 mcisalhamento de comprimento, o ângulo de torção correspondente? *5.128. s d (MPa) 0,003 m. T 150 tzJ· c ll (MPa) 0,001875 Problema 5.130 y (rad) !V é I' ToRÇÃO ?e. 37,5 mm de diâmetro é feito deu� ma­ Umstico-eixoplastlco mostra a figura. Determme o como elá a! '·0 de seu núcleo elastlco · se e1e for submeti'do a um torque · · . d · der 300 N m. Se o eiXO tiver 250 mm e compnmento, ne ângulo de torção. 5.131. 177 ' tert rat T "" term i 0 r T (MPa) uy( 0,005 ud) Problema 5.132 O eixo é feito de um material elástico perfeitamente a figura. Determine o torque que o eixo plástico como mostra se o ângulo de torção admissível for 0,375 rad. transmitir pode ângulotemde torção permanente, uma vez Determine torque. Oo eixo removido otambém 2 m de comprimento. 5.133. (MPa) T "VI0,006 r 'Y (rad) (MPa)·u 150 v/ 0,001875 Problema 5.131 ao eixo que tem raio de 100 mm é aplicado Um torque a uma1 relação tensão-deformação obedecer o material por cisalhamento de r = 20y !3 MPa, determine o torque que deve ser aplicado ao eixo de modo que a máxima deforma­ ção por cisalhamento se torne 0,005 rad. '5.132. r . Se Torque provoca torção a à em .sal circular, de modo que to no eixo é proporcional 'Y Problema 5.133 cisalhamen­ a um eixo com seção transver­ deformação por sua distância radial do centro do eL'<o. Contanto que o material seja homogêneo e lei Hooke se aplique, a tensão de cisalhamento é deter­ pela fórmula da torção, r = projeto de um Tp J - eixo exige a determinação de um parâ­ geométrico, J C = u T 'radm vezes, a potência gerada por um eixo rotativo .mfor mada, caso em q e o torque é determinado por ""' T w. T T (rad) 1 78 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS o ângulo de torção de um eixo circular é determinado por <P _ {L T(x) dx lo JG Se o torque e JG forem constantes, então <P = TL 22 JG Para aplicação e para termos certeza de que o material não escoará, mas permanecerá linear elástico, é necessá­ rio usar uma convenção de sinal para o torque interno. Se o eixo for estaticamente indeterminado, então os torques de reação são determinados por equilíbrio, compatibilidade de torção e relação torque-torção, tal como cp = TLIJG. I 5. pl tk III Eixos maciços não circulares tendem a entortar para fora do plano quando submetidos a um torque. Há fórmulas disponíveis para determinar a tensão de cisalhamento elástica e a torção para esses casos. 5. 1 II I I <I ( A tensão de cisalhamento em tu bos é determinada con­ l'l' l siderando-se o fluxo de cisalhamento no tubo. Conside­ ra-se que a tensão de cisalhamento em cada espessura t do tubo seja constante. Seu valor é determinado por 'Tméd = T 2tA m '5. 1 Jli Í I Ocorrem concentrações de tensão em eixos quando a seção transversal muda repentinamente. A tensão de ci­ salhamento máxima é determinada com a utilização de um fator de concentração de tensão K que, por sua vez, é determinado por meios experimentais e representado em forma gráfica. Uma vez obtido o fator, P" t I'C [ ! li III TORÇÃO ��Se ultrapassar proporlimite too,qe eãoaplicadoist fizeruição material será não tensão de ástic �X. el radial em relação à linha nciatorque cional distâ relacionado à distribuição estará o disso, Em diagrama tensão deri cisalhamento-defor­ teãonsãoporpelo . maç cisalhamento r 0 u nt à ad rib T o o 1 79 central do eixo. vez de e equilíb o que de­ m torque plásticoelástica eixo to provocará no reação s al, poi tensão de desenvolvimento o materiame cisalh nto residual no eixo. for submetido a u Se um do, o rque removi é o que causará de r e es­ fina de raiomáximédio de parede Considerequeumatubo ma no tubo cisalhamento tensão de aproxima pessurao a Mostre da tensão de cisalha­ torque aplicado Tse devid mento média calculada pela Equação 5.18 quando rlt 5.134. t. um -7 oo, O tubo de uma perfuratriz de poço de petróleo é fei­ de aço e tem diâmetro externo de 112 mm e espessura de tomm. o tubo estiver girando a 650 rev/minuto enquanto 6 Sepotência recebe de um motor de 12 kW, determine a tensão de cisalhamento máxima no tubo. 5.138. O eixo cônico é feito de liga de alumínio 2014-T6 e seu raio pode ser descrito pela função r 0,02( 1 + ) m, onde é dado em metros. Determine o ângulo de torção de sua extremi­ dade A se ele for submetido a um torque de 450 N m. 5.137. = x312 x · Problema 5.134 O eixo de aço inoxidável 304 tem 3 m de compri­ mento e diâmetro externo de 60 mm. Quando está girando a 60 rad/s, transmite 30 kW de potência do motor E para o gerador G. Determine a menor espessura do eixo se a tensão o eixo esti­ vercisalhamento restrito a umaadmissível torção nãoformai;r =do150queMP0,0a8erad. 5.135. de rd Problema 5.138 O motor do helicóptero transmite 660 kW ao eixo do rotor AB quando a hélice está girando a 1.500 rev/minuto. Determine, comABaproximação decisalhamento múltiplos deadmissível 5 mm, o diâ­ metro do eixo se a tensão de for Problema 5.135 56 MPa e as vibrações limitarem o ângulo de torção '5.136. O eixo maciço de aço inoxidável304 tem 3m de com­ do eixo a 0,05 rad. O eixo tem 0,6 m de comprimento e é feito prim ento diâmetro de 50 mm. Ele deve transmitir 40 kW de de aço-ferramenta L2. potê ncia do motor E para o gerador Determine a menor velo cidad eixo pode ter se estiver restrito a uma torçãoe angular não maiorquedoo que 1,5 °. 5.139. Tadm = e G. Problema 5.136 Problema 5.139 1 80 RESIST�NCii\ DOS MATERIAIS *5.140. O motor do helicóptero transmite 660 kW ao eixo do rotor AB quando a hélice está girando a 1.500 rev/minuto. Determine, com aproximação de múltiplos de 5 mm, o diâ­ metro do eixo AB se a tensão de cisalhamento admissível for e as vibrações limitarem o ângulo de torção do eixo75a 0,MPa 03 rad. O eixo tem 0,6 m de comprimento e é feito de aço-ferramenta L2. radm = O tubo circular de aço A-36 é submetido que de 10 kN m. Determine a tensão de cisalhamea untom 60 e calcule o ângulo de torção do médio seraio ele tiver 4 m de comprimento estiver presousando em sua midade mais distante. Resolva oe problema as ções 5.7, 5. 1 5, 5.1 8 e 5.20. 5.142. · p = tor­ mm no tub o extre­ e qu a. ( 'v c c fi c tr Problema 5.142 O tubo de alumínio tem 5 mm de espessura e sões da seção transversal externa mostradas na figura. termine a máxima tensão de cisalhamento média no tubo. Problema 5.140 Se o tubo tiver comprimento de 5 m, determine o ângulo torção. G31 28 GPa. 5.141. O material de fabricação de cada um dos três eixos a módulo de cisalhamento G. tem tensão dequalescoamento Determine das geometrias resistirá ao maior torque sem escoamento. Qual porcentagem desse torque pode ser suportada pelos outros dois eixos? Considere que cada eixo é feito com a mesma quantidade de material e tem a mesma área de seção transversal A. 5.143. c dimen­ f( De­ de = r OD Problema 5.141 <I ( S ii ' i' cl ·' C) 150 mm p< II I III 100 mm dl de Problema 5.143 IH ce Jl ! co pi: as a i de SC J l'O pu lar S <Í I 111 ; l' :; ·, ,\' <I s ol ,,)-._ Flexão OBJ ETIVOS DO CAPÍTU LO mecâ n i cos usados em projetas de e n g e n h a ri a . N este Vig as e eixos são i m portantes e l em entos estrutu ra is e capítulo, determ i n a remos a tensão provocada nesses e l e m e ntos por conta da flexão . O capítu l o começa com uma discussão sobre como construi r os d i a g ramas de força cortante e momento fletor para uma viga ou eixo. Assi m como os d i a g ra mas d e força n o rm a l e de torq u e , os d i a g ramas de força cortante e momento fletor proporcionam u m m e i o úti l pa ra d eterm i n a r a m a i o r força de cisa l ha m e nto e o ma ior momento em u m elemento e especificam o n d e esses máxi m os ocorre m . U m a vez determ i n ado o momento i nterno em uma seção, a tensão de flexão pode ser ca l c u l a d a . Em pri m e i ro lugar, considera remos e lementos retos, com seção transversal simétrica e feitos de materi a i s homogêneos l i n ea res elásticos. Em seg u i d a , d iscutiremos casos especiais que envolvem flexão assi m étrica e elementos feitos de materiais com pósitos. Tam bém considera ­ remo s elementos c u rvos, concentrações de tensã o , flexão i n e lástica e tensões resid u a i s . 6.1 Diagra m a s de fo rça co rta nte e m o m e nto fletor Elementos delgados que suportam carregamentos aplicados perpendicularmente a seu eixo longitudinal são denominados vigas. Em geral, vigas são barras lon­ gas e retas com área de seção transversal constante e classificadas conforme o modo como são apoiadas. Por exemplo, uma viga simplesmente apoiada é suportada por um apoio fixo em uma extremidade e um apoio móvel (ou rolete) na outra extremidade (Figura 6.1), uma viga em balanço é engastada em uma extremida­ de e livre na outra, e uma viga apoiada com extremida­ de em balanço é uma viga na qual uma ou ambas as ex­ tremidades ultrapassam livremente os apoios. As vigas certamente podem ser consideradas entre os mais im­ p ortantes de todos os elementos estruturais. Citamos como exemplo elementos utilizados para suportar o piso de um edifício, a plataforma de uma ponte ou a asa de um avião. Além disso, o eixo de um automóvel, a lança de um guindaste e até mesmo muitos dos ossos do corpo humano agem como vigas. Por conta dos carregamentos aplicados, as vigas de­ senvolvem uma força de cisalhamento interna (força cortante) e momento fletor que, em geral, variam de p onto p ara ponto ao longo do eixo da viga. Para proje­ tar uma viga corretamente, em primeiro lugar, é neces­ . sá:t� determinar a força de cisalhamento e o momento maXlmos que agem na viga. Um modo de fazer isso é expressar V e M em função de uma posição arbitrária x ao longo do eixo da viga. Então, essas funções de ci­ salh amento e momento podem ser representadas em Viga simplesmente apoiada Viga em balanço Viga apoiada com uma extremidade em balanço Figura 6.1 gráficos denominados diagramas de força cortante e momento fletor. Os valores máximos tanto de V quan­ to de M podem ser obtidos desses gráficos. Além disso, uma vez que fornecem informações detalhadas sobre a variação do cisalhamento e do momento ao longo do eixo da viga, os diagramas de força cortante e momen­ to fletor são frequentemente usados pelos engenheiros para decidir onde colocar materiais de reforço no inte­ rior da viga ou como calcular as dimensões da viga em vários pontos ao longo de seu comprimento. Na Seção 1.2, utilizamos o método das seções para determinar o carregamento interno de um elemento em um ponto específico. Todavia, se tivermos de de­ terminar V e M internos em função de x ao longo de uma viga, então será necessário localizar a seção ou corte imaginário a uma distância arbitrária x da extre­ midade da viga e formular V e M em termos de x. Nesse 1 82 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS sentido, a escolha da origem e da direção positiva para qualquer distância x selecionada é arbitrária. Entre­ tanto, na maioria das vezes, a origem é localizada na extremidade esquerda da viga e a direção positiva é da esquerda para a direita. Em geral, as funções de cisalhamento interno e mo­ mento fletor obtidas em função de x serão descontínuas, ou seja, suas inclinações serão descontínuas em pontos nos quais uma carga distribuída muda ou onde são apli­ cadas forças concentradas ou conjugados. Por essa razão, as funções de cisalhamento e momento fletor devem ser determinadas para cada região da viga localizada entre quaisquer duas descontinuidades de carregamento. Por exemplo, as coordenadas x1, x2 e x3 terão de ser usadas para descrever a variação de V e M em todo o compri­ mento da viga na Figura 6.2 . Essas coordenadas serão válidas somente dentro das regiões de A a B para xl' de B a C para x2 e de C a D para e x3• Antes de apresentar um método para determinar o cisalhamen­ to e o momento em função de x e, então, construir um gráfico dessas funções (diagramas de força cortante e momento fletor), é necessário estabelecer uma con­ venção de sinal de modo a definir força cortante in­ terna e momento fletor como "positivos" e "negativos". Embora a escolha de uma convenção de sinal seja ar­ bitrária, aqui adotaremos a convenção frequentemente utilizada na prática da engenharia e mostrada na Figura 6.3 . As direções positivas são as seguintes: a carga dis­ tribuída age para baixo na viga; a força cortante interna Convenção de sinal para vigas. Figura 6.2 rffilTTm w (x) Carga distribuída positiva v v + t Cisalhamento interno positivo M M Momento interno positivo Convenção de sinal para a viga Figura 6.3 provoca uma rotação em sentido horário no segmento da viga sobre o qual age; e o momento interno causa compressão nas fibras superiores do segmento de forma que a flexão deste faz com que ele retenha água. Carre­ gamentos opostos a esses são considerados negativos. " Vigas são elementos longos e r etas que s:uportam cargas perpendiculàreã' a s eu eix:cdongitudin:al. Elas são classifiCá­ das de acordo com o modo como são apoiadas, por exemplo, sil:uplesmente apoiaQ!lS, em Jjalt�nç0 ou apoiadas com uma extremidade em balanço. . . . • Para projetar a dequadament uma viga , é importante conht:C!'lr . a. �ariação do cis��á:tl?:eríto .e do mofllento f!etor �9 � l ongo de seu eixo, de modo a determin:ar os pontos onc1e esse&,yal0res são máximo�· • .. • Cofll a d �termin:ação de umaconve çã o de :>in:alp ra isalh�eJil to e.�omento os , <J cis�lhatne1ltp e. () �o� Y: !i � � � �i 8 P mento naviga podem ser determinados em fun �tão dt: sua posição f,e esses vafol'es podem serrepresentados em gráficos denominados diagramas de força cortante e momento fl�t<}f. .. . · . . . . ·. · v l' · · Os diagramas de força cortante e momento fletor para uma viga podem ser construídos por meio dos procedimen­ tos descritos a seguir. Reações nos apoios " Determin:e todas as forças de reação e momentos conjugados que agem na viga e decomponha todas as forças componentes que agem perpendicular e paralelamente ao eixo da viga. d;i Especifique coordenadas separadas x com origem na extremidade esquerda da viga e que se estendam até as regiões da viga entre forças concentradas e/ou momentos, ou até onde não existir nenhuma descontinuidade do carrega­ mento distribu ído. 01 Funções de cisalhamento e momento " () em IC FLEXÃO seu s s s soma a s das s o m um 1 83 ã eixo em cada di t ância x e faça o diagra a de corpo livre de dos seg­ • Secione a viga perpendicularmente a esqueça e que as ações de V M devem er mostradas no sentido positivo, d e acordo com a convenç o Não mentos. de inal dada na Figura 6.3. forças perpendiculares ao eixo da viga. • o ci al h m ento é obtido pela p ela om do momento em t rno da extremidade ecionad do segmento. • o momento é obtido ss a . s am a a s x). ei passo u momento fletor diretamente abaixo a Diagramas de força cortante e momento fletor s a a de momento fletor (M versus • Construa o diagrama de força cortante (V versus x) e o di agr nu mérico das funções que descrevem V e M forem positivos, serão m rc do acima do xo x, ao negativos serão marcados abaixo do ixo • Em geral, é conveniente mostrar o diagram de força cortante e i de corpo livre da v ga se . as Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fietor para a viga mostrada na Figura 6.4a. SOLUÇÃO Reações nos apoios. As reações nos apoios foram deter­ minadas como mostra a Figura 6.4d. funções de c::i salhamento e momento fletor. A viga foi secionada a uma distância arbitrária x do apoio A, estenden­ do-se pelo interior da região AB; o diagrama de corpo livre do segmento esquerdo é mostrado na Figura 6.4b. As ações das incógnitas V e são indicadas no sentido positivo na face direita do segmento de acordo com a convenção de sinal pré­ estabelecida. A aplicação das equações de equilíbrio produz V = -p2 + i 2:Fy = O; (1) M t L :4rr 2 ' p 2 do diagr ma p A A Se os valores q e valores Bl �2 L ( a) p �'4- --�-- --'-�-''-'--"" - ��J! \)M v (b) (c) p (2) 2 Um diagrama de corpo livre para um segmento esquerdo da v p viga que se estende até a distância no interior da região BC 1-------; z mostrado na Figura 6.4c. Como sempre, as ações de V e �------�- x são mostradas no sentido positivo. Por consequência, P ..._ + i 2:Fy = o·' -p2 - P - V = O p (3) v = -2 1+ 2:1\1 = 0; M + P(x �) - f x = O (d) p (4) M = (L x) 2 Figura 6.4 representação dasdiagrama equaçõesde1 eforça 3, e ocortante diagramaé uma de momento fietor gráfica é uma representação gráfica das equações 2 e 4 (Figura 6.4d). Represente graficamente os diagramas de força cortan­ OBSERVAÇÃO: Essas equações podem ser verificadas em te e momento fletor para a viga mostrada na Figura 6. 5 a. parte, observando-se que dV!dx = e dM!dx = Vem cada SOLUÇÃO caso. desenvolvidas na próxima seção Reações nos apoios. As reações nos apoios foram deter­ como(Essas equaçõerelações s 6.1 e 6.serão 2.) minadas na Figura 6.5d. 1+ 2:M = O; p M = -x x é M _ _ _ _ � X O -w Mo 1 84 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS (a) A Mo M0 �\)M (b) v T o T M �)M 0 v T Mo Diagramas de força cortante e momento fletor. Quan. do as funções acima são representadas em gráfico, obtemos os diagramas de força cortante e momento fietor mostrados na Figura 6.5d. OBSERVAÇÃO: O cisalhamento é constante comprimento da viga, isto é, não é afetado peloemmotomedonto conjugado no centro da viga. Exatamente corno uma força criaqueumagesalto no diagrama de força cortante (Exemplo 6.1), um momento conjugado cria um salto no diagrama de momento fietor. Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fietor para a viga mostrada na Figura 6.6a. SOLUÇÃO ladas na Figura 6.6c. Reações nos apoios. (c) -�·1 v I M �-+-L-0 -. � .. J X As reações nos apoios foram calcu­ ------ L------1 ( a) ---'- X (d) Figura 6.5 Funções de cisalhamento e momento fletor. Esse problema é semelhante ao exemplo anterior, no qual duas coordenadas x devem ser usadas para expressar o cisalha­ mento e o momento em todo o comprimento da viga. Para o segmento no interior da região AB (Figura 6.5b), temos + t 2-Fy = o '· M V = -yo 1+ 2-M = O; Mo M = --x L Para o segmento no interior da região BC (Figura 6.5c), + f 2-Fy = O·' M V = --o L 1+2- M = O; Mo M = M0 - yx ( i) M = Mo 1 - r:fl wL , v lll : li !JJ�>�L w M M wL2 1'---k--;-· f_----- -:-T-j -8 �--�--- -----_,-X wL 2 = �x 2 (c) Figura 6.6 ...._ FLEXÃO Funções de cisalhamento e momento fletor. Um diagra­ ma de corpo livre do segmento esquerdo da viga é mostrado na Figura 6.6b. O carregamento distribuído neste segmen­ por sua força resultante somente depois to é representado é isolado como um diagrama de corpodalivre. que segmentosegmento for­ x, o valor comprimento quenteo é wx. Essatem Visresto ulta no área age da força centroide çacompreende o carregamento distribuído, à distância x/2queda dadez direita. A aplicação das duas equações de equi­ extíbrioremiprodu l wL 2 wx v = o V = w (� - x ) (1) 0 L+� M = O Funções de cisalhamento e momento fletor. Um diagra­ ma de corpo livre de um segmento da viga de comprimento x Figura 6.7c. Observe que a intensidade da carga é mostradonanaseção triangular é determinada por cálculo proporcional, isto é, w!x = wiL ou w = w0x/L. Como a intensidade da carga carregamento é deter­ é conhecida, minada pela aárearesultante sob o didoagrama (Figura 6.distribuído 7c). Assim, w L l_(WoX ) _ + i 'ZF = O· x V=O 2 2 L V = Wo (L2 - xz ) (1) 2L y _ 0 ' IVo ; (2) Esses resultados para V e podem ser verificados observan­ do que dV!dx = -w. De fato,Messa expressão está correta, já que positiva age para baixo. Observe também que dM/dx = V. Diagramas cortante e momento fletor. Os diagramas dedeforçaforçacortante e momento fietor mostrados na Figura 6.6c são obtidos pela representação gráfica das equa­ 1 e 2. O ponto de cisalhamento zero pode ser determi­ ções nado pela Equação 1: V = w (� - x ) = O L X=2 OBSERVAÇÃO: Pelo diagrama de momento fietor esse valor de representa o ponto na viga onde ocorre o momento má­ xiPelamo,Equação já que, pela Equação 6.2, a inclinação V = O = dM/dx. 2, temos ( a) w x IV�L -- - - - c t- .. ( WoX ) x 2 L 1 � t -- -- -- ! ��x--_.jX�l v w03L;' . -- .. ... .. - ·.. . .... ··. . ·.. wox 1=y 't ) I \ M (c) !liJrrTT I (,f,4� llUj IVo •" L Z. B�iiiWHlllll��i�� WoL 3- �, graficamente os diagramas de força cortan­ te eRepresente momento fietor para a viga mostrada na Figura 6.7a. "' ':> SOLUÇÃO -=� ��""" � é substituída por A carga distribuídadeterminadas forç a resultante, e as reações foram como mostra a Figura 6.7b. su a w�L "� Reações nos apoios. 1 85 v 1f---r ----":-- M wof, ' 3 X --------------�------� x (d) Figura 6.7 1 86 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS w0I} w0L 1 ( WoX )x ( 1 ) M = O -3 -2 ( x) + -2 L 3' (2) Esses equaçõesresultados 6. 1 e 6.2podem , isto é, ser verificados pela aplicação das 1 + 2:M = O; d dx 2 + -x V Wo w = -- = -- (O 2L kN/m WoX 2x) = L OK 9 �<-��1m� 2 m� 30kN lSm 42kN I ���---- gráficos das equações 1 e 2 são mostrados na Figura 6.7d. Diagramas de força cortante e momento fletor. (a) Os --------4 (b) Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fletor para a viga mostrada na Figura 6.8a. SOLUÇÃO A carga distribuída é dividida em dois carregamentos, sendo um triangular e outro retangular são substituídos por suas forças e, então, essesAscarregamentos resultantes. reações foram determinadas como mostra o diagrama de corpo livre da viga (Figura 6.8b). Funções de cisalhamento e momento fletor. Um dia­ grama de corpo livre do segmento esquerdo é mostrado na Figura 6.8c. Como fizemos para a reação nos apoios, o car­ regamento trapezoidal é substituído por uma distribuição retangular e outra triangular. Observe que a intensidade da carga triangular na seção é determinada por cálculo pro­ porcional.distribuído A força resultante cada carre­as gamento tambémesãoa localização mostradas.deAplicando equações de equilíbrio, temos 1 + I 2:Fy = O 30 kN -(2 kN/m)x - -(4 kN/m) (--) x - V = O 18 m 2 Reações nos apoios. ; X -30 kN -x(2 kN/m)x (i) + � (4 kN/m) Ctm) x (�) + 1+2:M = O ; (1) 6kN/m 2 �42kN 30kN� V(kN) l---9,-73_5_m--.-,� -----+--x(m) Ml(:� m) Mmh� �� -m42 � ! (d) Figura 6.8 J \ x�) A Equação 2 pode ser verificada observando-se que dM!dx isto é, Equação 1. Além disso, w = -dV!dx =O 2 + 2/9x.kN/tn, e = O equação está de acordo, visto que, quando x = , w 2 quando x = 18m, w = 6 kN/m (Figura 6.8a). Diagramas de força cortante e momento fletor. Equações são representadas em gráfico na Figuraquando (2) Visto que 1oe 2ponto momento dM!dx = V = O, então,depela Equaçãomáximo 1, ocorre M = = V, Essa As 6.8d. 15kN V = O = 30 - 2x - -x92 Escolhendo a raiz positiva, x = 9,735 m Assim, pela Equação 2, (9,735)3 Mmáx = 30(9,735) - (9,7 35) 2 27 = 163 kN·m ::/� 5,75kN '"" Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fletor para a viga mostrada na Figura 6.9a. / " SOLUÇÃO minadas e são mostradasAsnoreações diagramanosdeapoios corpoforam livre dadeter­ viga (Figura 6.9d). Funções de cisalhamento e momento fletor. Visto que uma descontinuidade na carga distribuída e também uma carga centrose dadescreverem viga, duas asregiões vem serconcentrada consideradasno para funçõesde dex de­ci­ salhamento e momento para a viga inteira. O :S x1 < 5 m (Figura 6.9b): + t 'i,F = o· 5,75 kN - V = O V = 5,75 kN (1) Reações nos apoios. há ' y 1 87 (a) �,: l� �.� !:B�B ��Il 0 !!= "' : ;; = S7 FLEXÃO 5,75 kN 15 kN 5(x2 - 5) (b) (c) 5,7V(5kNkN) 5,75 1-------l--..,-x(m) = O; -80kN · m - 5,75kN x1 M = O M = (5,75x1 SO) kN· m (2) 5 m < x2 10m (Figura 6. 9 c): + t 'i,F = o· 5,75kN - 15kN - 5 kN/m(x2 - 5 m) - V = O V = (15,75 - 5x2) kN (3) (d) 15 kN(x2 - 5 m) L + 'i, M = O; -80 kN m - 5,75 kN x2 Figura 6.9 ( 1 e 2 dão V= 5,75 kN eM= 80 kN quando x1 = O, equações 5 kN/m(x2 - 5 m) x2 -2 5 m ) M = O quando as Equações 3 e 4 dão V = -34,25 kN· m;e = 10 m, x 2 M = O. Esses valores estão de acordo com as reações nos apoios mostradas no diagrama de corpo livre (Figura 6.9d). = ( -2,5x22 + 15,75x2 92,5) kN m (4) Diagramas de força cortante e momento fletor. As Equa­ Esse s resu ltados podem ser verificados, observan­ em parte, ções 1 a 4 são apresentadas nos gráficos da Figura 6.9d. do-se que, aplicando = -dV/dx e V = dM/dx. Além disso, L+ 'i,M M(kN·m) 108,75 -34,25 80 1------'--x(m) + + ::S y ' + · + + + M w · as 1 88 6.2 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS M étodo g ráfico p a ra construi r d i a g ramas d e força corta nte e mome nto fletor Quando uma viga está sujeita a vários carregamen­ tos diferentes, determinar V e M em função de x e re­ presentar essas equações em gráfico pode ser bastante tedioso. Nesta seção, discutiremos um método mais simples para construir os diagramas de força cortante e momento fletor - um método baseado em duas re­ lações diferenciais que existem entre carga distribuída, cisalhamento e momento. Com a fi­ nalidade de generalizar, considere a viga mostrada na Figura 6.10a, que está sujeita a um carregamento arbitrário. Um diagrama de corpo livre para um pe­ queno segmento �x da viga é mostrado na Figura 6.10b. Visto que esse segmento foi escolhido em uma posição x onde não há nenhuma força concentrada nem momento conjugado, os resultados que serão obtidos não se aplicarão a esses pontos de carrega­ mento concentrado. R e g i õ e s d e ca rga d istri b u íd a . Observe que todos os carregamentos mostrados n o segmento agem em suas direções positivas, de acordo com a convenção de sinal estabelecida (Figura 6.3 ). Além disso, ambos, cisalhamento e momento intern os resultantes, que agem na face direita do segmento, de­ vem sofrer uma pequena mudança finita para manter o segmento em equilíbrio. A carga distribuída foi subs­ tituída por uma força resultante w (x)� que age a uma distância fracionária k( �x) da extremidade direita' onde O < k < 1 [por exemplo, se w(x) for uniforme' k = 1/2]. Aplicando as duas equações de equilíbrio ao seg­ mento, temos + i 2- Fy = O·' V - w (x) �x - (V + �V) = O �V = - w(x) �x 1 + 2- M0 = O ; - V �x - M + w(x) �x[k(�x)] + ( M + � M ) � M = V �x - w(x) k(�x) 2 Dividindo por �x e calculando o limite quando �x --7 O, essas duas equações tornam-se dV - = -w(x) dx inclinação do diagrama de força cortante em cada ponto ( a) w (x) r _ I I I I I I I I I I I 1--- k(llx) r)MHM 1 I o (6. 1) -intensidade da carga distribuída em cada ponto (6. 2) inclinação do diagrama cisalhamento de momento em cada = (força cortante) ponto em cada ponto 1 v = dM =V dx w(x)llx == o , "' V + ll V Llx Diagrama de corpo livre do segmento Llx N A Área da seção transversal do segmento (b) Figura 6.10 Essas duas equações proporcionam um meio con­ veniente para se obter rapidamente os diagramas de força cortante e momento fletor para uma viga. A Equação 6.1 afirma que, em um ponto, a inclin ação do diagrama de força cortante é igual à intensidade negativa do carregamento distribuído. Por exemplo, considere a viga na Figura 6.11a. O carregamento dis­ tribuído é positivo e aumenta de zero até w8• Portanto, o diagrama de força cortante será uma curva com in­ clinação negativa, que decresce de zero até -w8 • Incli­ nações específicas wA = O, - w c, -wn e - w8 são mos­ tradas na Figura 6.11b. Demaneirasemelhante,aEquação6.2afirmaque,em um ponto, a inclinação do diagrama de momento é igua l aocisalhamento (força cortante) . Observe que o diagra­ ma de força cortante na Figura 6.11b começa em + V:,, FLEXÃO D.M = J V(x)dx Mudança no -área sob o diagrama momento - de força cortante 1 89 (6.4) _ (a) A Equação 6.3 afirma que a mudança na força cor­ tante entre os pontos C e D é igual à área (negativa) sob a curva de carga distribuída entre esses dois pon­ . tos (Figura 6.11d). De maneira semelhante, pela Equa­ ção 6.4, a mudança no momento entre C e D (Figura 6.11f) é igual à área sob o diagrama de força cortante dentro da região entre C a D. Como dissemos antes, essas duas equações não se aplicam a pontos onde age uma força concentrada ou um binário. (b) (c) Regiões de força e mome nto concentra­ dos. Um diagrama de corpo livre de um pequeno f-------�L-x segmento da viga na Figura 6.10a tomado sob uma das forças é mostrado na Figura 6.12a. Aqui, podemos ver que o equilíbrio de forças exige - VB + i L.Fy = o·' (6.5) Assim, quando F age para baixo na viga, D. V é nega­ tivo, de modo que a força cortante "saltará" para bai­ xo. De maneira semelhante, se F agirpara cima, o salto ( D. V) será para cima. D.V (d) v = --F Pela Figura 6.12b, o equilíbrio de momento exige que a mudança no momento seja (e) .\i' +�Mo = o·' I M + D.M - M0 - V D.x - M = O Fazendo D.x ---1 O, obtemos M (f) V - F - (V + D. V) = O 11M c D (6.6) ', \ I X Figura 6.11 decresce até zero e, então, torna-se negativo e decresce até - V8• Então, o diagrama de momento terá uma incli­ nação inicial de + VA , que decresce até zero e, em seguida, torna-se negativa e decresce até -V8• Inclinações especí­ ficas VA , Vc, VD, O e -V8 são mostradas na Figura 6.11c. As equações 6.1 e 6.2 também podem ser reescritas na forma dV = -w(x) dx e dM = V dx. Observando q�e w(x) dx e V dx representam áreas diferenciais sob o dtagrama de carga distribuída e força cortante, respecti­ va�ente, podemos integrar essas áreas entre quaisquer dms pontos C e D na viga (Figura 6.11d), e escrever D.V = - Jw(x)dx Mudança na força cortante = -área sob a carga distribuída (6.3) Nesse caso, se M0 for aplicado em sentido horário, D.M é positivo, de modo que o diagrama de momento "saltará" para cima. De manei ra semelhante, quando M0 for aplicado em sentido anti-horário, o salto (D.M) será para baixo. A Tabela 6.1 ilustra a aplicação das equações 6.1, 6.2, 6.5 e 6.6 a alguns casos comuns de carregamento. Nenhum desses resultados deve ser memorizado; mais exatamente, cada um deles deve ser cuidadosamente estudado de modo que fique perfeitamente claro como os diagramas de força cortante e momento ftetor po­ dem ser construídos com base no conhecimento da inclinação nos diagramas de carga e força cortante, respectivamente. Valeria muito a pena dedicar tempo e esforço para testar o seu grau de entendimento des­ ses conceitos analisando as colunas de diagramas de força cortante e momento apresentados na Tabela 6.1 e tentando reconstruir esses diagramas com base no conhecimento do carregamento. 1 90 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS +LlM F v 1.---1- J +11M v 101 r-- Ax --i V + IlV ( a) Figura 6.12 MI t Mz ( r--1 ----,-t'---l --- f--, ') MI("tr---, r�t Carregamento I p VI Vz '----, v M(tt VI v ..___.._ __,____ '____,__ !----' f)' Diagrama de dV força cortante dx w=O = -w Força P para baixo faz V saltar para b aixo de V1 para Vz . v v Nenhuma mudança na força cortante, já que a inclinação w = O. Ml Diagrama d e dM momento dx = V ------ Inclinação constante muda de V1 para V2• M Inclinação positiva constante. M0 em sentido anti-horário faz saltar para baixo. 1--- Vz Inclinação negativa constante. Inclinação negativa que aumenta de -w1 a -w2• -wz ·- Inclinação negativa que decresce de -wl a-w2• Inclinação positiva que decresce de V1 para Vz. Ml ------- Inclinação positiva que decresce de V1 para Vz. Ml 1)-- __ __ __ __ __ __ __ __ __ Inclinação positiva que decresce de V1 para Vz. FLEXÃO s s , Reações nos apoio s as reações nos apoios e decomponha as forças que agem na viga viga. 1 91 o proce dimento descríto a seguir proporciona um método para construir os diagramas de força cortante e mo­ para uma viga com base na relações entre carga di tribuída cisalhamento e momento, ento m ., Determine paralelas ao eixo d a n s rpen i ulares em comp one te p e dc e valores conhecidos da u da viga. em ue i a in si (negati­ s que os t um ponto, od Se tiv rm s de det rminar um valor numérico do cisalhamento em emos utílizar indica a a equação equilíbrio de força, ou ll V = - Jw(x) en re dois pon­ ag ama de a a entre os dois pontos. tos ais r igual área Vist que (x) deve ser i tegrad para obter llV, então, se w(x) for uma curva de grau n, V(x) será uma grau por exemplo, se w(x) for uniforme, V(x) será l inear. Diagrama de momento os eix s e e ons rua um gráfico com os valores conhecidos do momento nas v ga. VDefina is to que dM!dx = a do diagrama de momento em qualquer ponto é igual ao cisalhamento no ponto. portanto, esse seria um ponto de momento máximo ou No ponto onde o isalhamento é nulo, dM!dx = tiv rmos de determinar um v alor momento no ponto, podemos usar o método elas seções a equa­ ois ontos çãouais uequilíbrio ele momento, ou usar = JV(x) que indica que a qVisto er igual área o a ra cortante entre os dois pontos. qu ser integrada para obter então, se V(x) for uma curva ele grau n, será uma curva de grau n 1; por xemplo, se V(x) for linear, M(x) será parabólica . Diag rama de força cortante s força cortante nas duas extremidades • Defina os eixos V e x e construa um gráfico com os q alq r ponto é gu l à ten dade to que dV/dx = -w, a inclinação do diagrama de força cortante va) do carregamento distribuído no ponto. Ob erve w é p i iva quando age para baixo. • Vi e • o e • qu dx, que o o M • • • Se c e ele x V, à é q e V(x) deve e + (negativa) sob o di c r c a n w • • à que é n + 1; o método das seções p e de rg que mudança no cisalhamento t curva de t extremidades da i inclinação mínimo. O e, numérico do sob llM di g ma de força mudança no momento entre d dx, M(x) llM, e�e:�mu���IZ" �:: " si):;;� "' ::::"'fjj �"'"" f!iiíiP �:P"S:-s, ""� "' =� :;c p "0'0 Represente graficamente os diagramas ele força cortan­ te e momento fletor para a viga na Figura 6.13a. '=""" e SOLUÇÃO apoios. As reações são mostradas no diagra­ maReações de corponoslivre (Figura 6. 13b). Diagrama de força cortante. De acordo com a conven­ ção ele sinal (Figura 6. 3 ), em x = O, V = + P e em = L, V = + P. Esses pontos estão representados na Figura 6. 1 3b. Vistoforçaquecortante w = O (Figura 6. 1 3a), a inclinação do diagrama será zero (dV!dx = -w = O) em todos os de e, portanto, pontos das extremidades. uma linha reta horizontal liga os pontos Diag rama de momento. Em x = O, M = - PL e em L, M = O (Figura 6. 1 3d). O diagrama de força cortante indica que o cisalhamento é positivo constante e, portanto, a inclinação do diagrama ele momento será positiva constante, dM!dx = V = + P em todos os pontos. Por consequência, os pontos extremidades ligados por uma linha reta com inclinaçãonaspositiva, como são mostra a Figura 6.13d. p x x = t v -PL (c) I X M I�" (d) Figura 6.13 X p 1 92 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fietor para a viga mostrada na Figura 6. 14a. (1\ l 1 1 1 1 ! UJ q :t----- L ------1 Mo woL2 2 �----- L ------1 (b) v waL v (b) Inclinação negativa e constante = -w0 L------�� x I._' r ----1n - X - (d) Figura 6.14 SOLUÇÃO M (c) M Mo ( c) -- -- x Reações nos apoios. A reação no apoio fixo é mostrada no diagrama de corpo livre (Figura 6. 14b). Diagrama de força cortante. O cisalhamento ou a for­ ça cortante V = O em cada extremidade é representado em primeiro lugar (Figura 6. 14c). Visto que não existe nenhuma carga distribuída na viga, o diagrama de força cortante terá inclinação nula em todos os pontos. Portanto, uma linha reta horizontal liga os pontos nas extremidades, o que indica que o cisalhamento é nulo em toda a viga. Diagrama de momento. O momento M0 nos pontos das extremidades da viga é representado em primeiro lugar (Fi­ gura 6. 14d). Pelo diagrama de força cortante, a=inclinação do diagrama de momento será nula, visto que V O. Portanto, uma linha reta horizontal liga os pontos nas extremidades como mostra a figura. �------�� x woL2 2 Inclinação positiva decrescente (d) Figma 6.15 Diagrama de força cortante. O cisalhamento em cada ponto da extremidade é representado em primeiro lugar (Fi­ gura 6.15c). A carga distribuída na viga é positiva constante e, portanto, a inclinação do diagrama de força cortante será e negativa (dV/dx w ) Isso significa uma linha constante reta com inclinação negativa que liga os pontos nas extre­ midades. Diagrama de momento. O momento em cada ponto da extremidade é representado em primeiro lugar (Figura 6.15d). O diagrama de força cortante indica que V é positi­ va e decresce de w0L a zero e, portanto, o diagrama de mo­e mento deve começar com uma inclinação positiva de w0L decrescer até zero. que o dediagrama deto força cortante é umaEspecificamente, reta inclinada, ovisto diagrama momen mostra a será figura.parabólico, com inclinação decrescente, como = - 0 . Represente graficamente os diagramas de força cortan­ Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fietor para a viga mostrada na Figura 6.16a. te e momento fietor para a viga mostrada na Figura 6. 1 5a. SOLUÇÃO SOLUÇÃO Reações nos apoios. As reações no apoio fixo foram cal­ culadas e são mostradas no diagrama de corpo livre (Figura Reações nos apoios. As reações no apoio fixo são mos­ 6. 16b). tradas no diagrama de corpo livre (Figura 6. 15b). FLEXÃO 2kN/m Wo t--�4���- ,5 2 v Inclinação negativa decrescente ,,!•.�· •"l ;; Tq� 2kN/m m------>1 (a) woL 1 93 1,51--kN - 4,5 m 3kN1 V(kN) 1,5 2,6 m (m ------ -- (b) (c) Inclinação = O Inclinação negativa crescente M ' \. '--------'t:--'----- x ) Inclinação positiva decrescente (d) Figura 6.16 O cisalhamento em cada ponto da extremidade é representado em primeiro lugar (Figura 6.16c). A carga distribuída na viga é positiva, porém decrescente. Portanto, a inclinação do diagrama de força cor­ tante será negativa decrescente. Em x = O, a inclinação come­ ça em -w0 e vai até zero emx = L. Visto que o carregamento é linear, o diagrama de força cortante é uma parábola com inclinação negativa decrescente. Diagrama de momento. O momento em cada extremi­ dade é representado em primeiro lugar (Figura 6.16d). Pelo diagrama de força cortante, V é positiva, mas decresce de W0L/2 em x = O até zero em x = L. A curva do diagrama de momento que apresenta esse comportamento de inclinação é uma função cúbica de x, como mostra a figura. Diagrama de força cortante. M (kN m) \ O -2 -3 (c) Inclinação = 16 Inclinação positiva decrescente · i ./ ·/ ./ .. // Iodbllição . 2 � ' \ -3 '\<' Inclinação . ,/ Inclinação = 1 , 5 Inclinação = / negativa \�ecrescente \ (d) E*EIXI!Ji!G(i!Jj �.n n �� " "" te � 0 �"' /d/20 Represente graficamente os diagramas de força cortan­ e momento fietor para a viga na Figura 6.17a. SOLUÇÃO (e ) As reações foram determinadas e são mostradas no diagrama de corpo livre (Figura 6.17b). em primeiro lugar (Figura 6.17c). Pelo comportamento da Diagrama de força cortante. Os pontos nas extremida­ carga distribuída, a inclinação do diagrama de força cortante des = O, V = + 1,5 e x = 4,5, V = -3, são representados variará de zero em x = O a -2 em x = 4,5. O resultado é que Reações nos apoios. x Figura 6.17 1 94 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 8kN 8kN diagrama de força cortante é uma parábola com a forma mostrada na figura. o ponto de cisalhamento nulo pode ser determinado pelo método das seções para um segmento da viga de compri­ mento x (Figura 6.17e). Exige-se que V = O, de modo que 0 +/2:Fy = O; x )] x = O; 1,5 kN - .!.2 [2 kN/m ( 4,5m (a) x = 2,6 m Os pontos nas extremidades xroDiagrama =lugar O, M(Figura = dO eexm6.17d). =omento. 4,5, M = O, são representados em primei­ Pelo comportamento do diagrama de força cortante, a inclinação do diagrama de momento come­ çará em +1,5 e, então, torna-se positiva decrescente até che­ gar a zero em 2,6 m. Em seguida, torna-se negativa crescente e alcança -3 em x = 4,5 m. Aqui, o diagrama de momento é uma função cúbica de x. Por quê? OBSERVAÇÃO: O momento máximo ocorre em x = 2,6, visto que dM/dx = V= O nesse ponto. Pelo diagrama de cor­ po livre na Figura 6.17e, temos ( L+IM = O; -1,5 kN(2,6 m) + H2 kN/m(�:�:)}2,6 m)( 2·�m ) + M = O M = 2,6 kN m · � i�mtirtoc�"�'-n=a� : � - j""" � 11,2tkN 4,A8������ kN V(kN) c) 4,8 I -3,2 1 n ( m ) -m11,I 2 M(kN·m) 28,8 �2,4 x(m) (b) (d) . D L ti a X �------�- "' " ,$L Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fietor para a viga mostrada na Figura 6.18a. Figura SOLUÇÃO As reações são indicadas no diagra­ ma de corpo livre (Figura 6.18b). Diagrama de força cortante. Em x = O, VA = +4,8 kN e em x = 10, VD = -11,2 kN (Figura 6.18c). Em pontos inter­ mediários entre cada força, a inclinação do diagrama de força cortante será zero. Por quê? Por consequência, o cisalhamen­ to conserva seu valor de +4,8 até o ponto B. Em B, o cisalha­ mento é descontínuo, visto que há uma força concentrada de 8 kN naquele lugar. O valor do cisalhamento imediatamente à direita de B pode ser determinado fazendo-se um corte na viga nesse ponto (Figura 6.18e), onde, para equilíbrio, V = -3,2 kN. Use o método das seções e mostre que o dia­ grama "salta" novamente em C, como mostra a figura e, em seguida, fecha no valor de - 11,2 kN em D. Devemos observar que,com base na Equação 6.5 ,Ll. V= -F, o diagrama de força cortante também pode ser construído "se­ guindo a carga" no diagrama de corpo livre. Começando em A, a força de 4,8 kN age para cima, portanto VA = +4,8 kN. Não há nenhuma carga distribuída agindo entre A e B, assim, o ci­ salhamento permanece constante (dV/dx = 0). Em B, a força Reações nos apoios. 6.18 de 8 kN age para baixo, então o cisalhamento salta 8 kN para baixo, de +4,8 kN para -3,2 kN. Novamente, o cisalhamento é constante de B a C (nenhuma carga distribuída); então, em C, desce mais 8 kN, até -11,2 kN. Por fim, sem nenhuma carga distribuída entre C e D, termina em -11,2 kN. Diagrama de momento. O momento em cada extre­ midade da viga é zero (Figura 6.18d). A inclinação do diagrama de momento de A a B é constante em +4,8. Por quê? O valor do momento em B pode ser determinado usando a estática (Figura 6.18c) ou pela determinação da área sob o diagrama de força cortante entre A e B, isto é, Ll.M AB = (4,8 kN)(6 m) = 28,8 kN m. Visto que MA == O, então Ms = MA + Ll.MAB = O + 28,8 kN m = 28,8 kN m . Partindo do ponto B, a inclinação do diagrama de momen to é -3,2 até alcançar o ponto C. Novamente, o valor do mo­ mento pode ser obtido pela estática ou pela determinação da área sob o diagrama de força cortante de B a C, isto é, Ll.28,8 MsckN= (m-3,2- 6,4kN)(2 m) = -6,4 kN m, de modo que Me == kN m = 22,4 kN m. Continuando dessa maneira, verifique que o fechamento ocorre em D. · · · · · · · FLEXÃO 1 95 Diagrama de momento. Os momentos nas extremidades MA = O e Mv = O são representados em primeiro lugar (Figu­ ra 6.19d). Estude o diagrama e observe como as inclinações e, portanto, as várias curvas, são definidas pelo diagrama de força cortante usando dM!dx V. Verifique os valores nu­ méricos para os picos pelo método das seções e pela estática soLUÇÃO ou pelo cálculo das áreas adequadas sob o diagrama de for­ ça cortante para determinar a mudança no momento entre apoios. O diagrama de corpo livre com as Reações nos dois pontos. Em particular, o ponto de momento nulo pode calculadas é mostrado na apoios Figura 6.19b. nos ções rea ser determinado definindo-se M em função de x, onde, por Diagrama de força cortante. Como sempre, começamos conveniência, estende-se do ponto B e entra na região BC das forças cortantes nas extremidades VA (Figura 6.19e ).xPor pe la representação consequência, "' +4,40 kN, e Vv O (Figura 6.19c). O diagrama de força cortante terá inclinação nula de A a B. Então, saltará para 1 + L- M = O; baixo 8 kN até -3,60 kN. Em seguida, a inclinação é negativa cente. A força cortante em C pode ser determinada pela -4,40 kN(4 m + x) + 8 kN(x) + cres área sob o diagrama de carga, Vc = Vn + ó.V8c -3,60 kN - (1/2)(6 m)(2 kN/m) = -9,60 kN. Então, o diagrama salta 17,6 kN para cima até 8 kN. Por fim, de C a D, a inclinação do diagrama de força cortante será constante, porém negativa, até o cisalhamento atingir zero em D. Represente graficamente os diagramas de força cor­ apo�ada com uma tante e momento fletor para a vigana Figura 6.19a. mostrada balanço em de ida rem ext = = = 8kN 8kN ! 4,40 kN V(kN) (c44) 0 1 kN/m 17,6 kN 2kN/m -3,60 -9,60 x(m) M(kN·m)17,6, clínação= -3,60 I-__,n=c�li4n:,.,àção4.,_0 _\,_. x (m) 3 ,94 InI clinação=f.- --1\9,6-0�16I Inclinação= 8 �n /,/" (d) . i/--. � · = ( - 1� x3 - 3,60x + ) 17,6 kN · m = O x = 3,94 m 'I l. M Revendo esses diagramas, observamos que, em razão do processo de integração para a região AB, a car­ ga é nula, a força cortante é constante e o momento é linear; para a região BC, a carga é linear, a força cortante é para­ bólica e o momento é cúbico; e, para a região CD, a carga é constante, a força cortante é linear e o momento é parabóli­ co. Recomendamos que os exemplos 6.1 a 6.6 também sejam resolvidos por esse método. OBSERVAÇÃO: Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para o eixo. Os mancais em A e B exercem somente reações verticais no eixo. 6.1. B \\\ --+--+-i ' (e ) Figura 6.19 24kN Problema 6.1 6.2. Um dispositivo é usado para suportar uma carga. Se a força aplicada ao cabo for 250 N, determine as tensões T1 e T2 em cada extremidade da corrente e, então, represente gra­ ficamente os diagramas de força cortante e momento para o braço ABC. 1 96 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS A !l--250N300mm B mm75 Problema 6.5 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para o eixo. Os mancais em A e B exercem somente reações verticais sobre o eixo. Expresse também a força cortante e o momento no eixo em função de x dentro da região 125 mm < x < 725 mm. 6.6. T2 l.SOON Problema 6.2 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para o eixo. Os mancais em A e D exercem somente reações verticais sobre o eixo. A carga é aplicada às polias em B, C e E. 6.3. Problema 6.6 400N 550N 175N 75mm 6.7. Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fletor para o eixo e determine a força cortante e o momento em todo o eixo em função de x. Os mancais em A e B exercem somente reações verticais sobre o eixo. Problema 6.3 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga. *6.4. Problema 6.7 Represente graficamente os diagramas de força cortan­ te e momento fletor para o tubo. A extremidade rosqueada está sujeita a uma força horizontal de 5 kN. Dica: As reações no pino C devem ser substituídas por cargas equivalentes no ponto B no eixo do tubo. *6.8. 5 Problema 6.4 1----- 400 mm Um suporte de concreto armado é usado para apoiar as longarinas da plataforma de uma ponte. Represente gra­ Problema 6.8 ficamente os diagramas de força cortante e momento para o a cor­ suporte quando submetido à carga das longarinas mostradas 6.9. Represente graficamente os diagramas de forç00 kN 1 tante de e momento fletor para a viga. Dica: A carga na figura. Considere que as colunas em A e B exercem so­ C dever ser substituída por cargas equivalentes no ponto no mente reações verticais no suporte. eixo da viga. 6.5. -------1 FLEXÃO Problema 6.13 Problema 6.9 O guindaste de motores é usado para suportar o mo­ tor que pesa 6 kN. Represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fletor da lança ABC quando ela está na posição horizontal mostrada. 6.10. 1,r2 m A 1 97 r--o,9 6.14. Considere o problema geral de uma viga simples­ mente apoiada submetida a n cargas concentradas. Escreva um código computacional que possa ser usado para deter­ minar a força cortante interna e o momento em qualquer localização específica x ao longo da viga e construa os dia­ gramas de força cortante e momento fietor para a viga. Mos­ tre uma aplicação do código usando os valores P1 = 2,5 kN, d1 = 1,5 m, P2 = 4 kN, d2 = 4,5 m, L1 = 3 m, L = 4,5 m. l���� Problema 6.10 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga composta. Ela é suporta­ da por uma chapa lisa em A, que desliza no interior de uma ranhura e, por isso, não pode suportar uma força vertical, embora possa suportar momento e carga axial. 6.11. �---- L ------� Problema 6.14 6.15. A viga está sujeita ao momento uniformemente distri­ buído m (momento/comprimento). Represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fietor para a viga. Problema 6.15 '6.12. Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga composta interligada por um pino em B. 30kN Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para a viga. *6.16. Problema 6.11 40kN lOkN/m Problema 6.16 Um homem de massa 75 kg está sentado no meio de um barco com largura uniforme e peso de 50 N/m. Determi­ Problema 6.12 ne 0 momento fietor máximo exercido sobre o barco. Consi­ dere que a água exerce uma carga distribuída uniforme para 6.13. Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga. cima na parte inferior do barco. 6.17. 1 98 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 2,5 k:N/m Problema 6.21 Problema 6.17 6.22. Represente graficamente os diagramas de força cor­ Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para a viga composta. Os três seg­ tante e momento fietor para a viga. Ela é suportada por uma mentos estão interligados por pinos em B e E. chapa lisa em A que desliza no interior de uma ranhura e, por isso, não pode suportar uma força vertical, embora possa suportar momento e carga axial. 6.18. Problema 6.22 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para a viga. 6.23. Problema 6.18 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para a viga. 6.19. 30kN/m 30kN/m 03 kNal !30kN/m I Fl JlU!i �1,5 m+1,5 m-t-1,5 m��. · Problema 6.23 *6.24. A viga está parafusada ou presa por pino em A e re­ pousa sobre um coxim em B que exerce uma carga unifor­ memente distribuída na viga ao longo de seu 0,6 m de com­ primento. Represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fietor para a viga se ela suportar uma carga uniforme de 30 kN/m. P1·oblema 6.19 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para a viga e determine a força cortante e o momento em toda a viga em função de x. '6.20. Problema 6.24 6.25. Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para a viga. Os dois segmentos estão interligados em B. Problema 6.20 6.21. Represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fletor para a viga e determine a for­ ça cortante e o momento na viga em função de x, onde 1,2 m < x < 3 m. Problema 6.25 1 98 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Problema 6.21 Problema 6.17 6.22. Represente graficamente os diagramas de força cor­ Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga composta. Os três seg­ tante e momento fletor para a viga. Ela é suportada por uma mentos estão interligados por pinos em B e E. chapa lisa em A que desliza no interior de uma ranhura e, por isso, não pode suportar uma força vertical, embora possa suportar momento e carga axial. 6.18. Jb··· . A � 2m Bf.Jil l !].h ! ]rF UJ 2m D IJ , m L2m --I 3 kN ! 0,8 kN/m 3 kN Problema 6.22 6.23. Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga. Problema 6.18 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga. 6.19. 30kN/m 03 kN(ij j30kN/m I�Jà , JUJJ:t �l,S m+l,S m�l,S m�· · Problema 6.23 A viga está parafusada ou presa por pino em A e re­ pousa sobre um coxim em B que exerce uma carga unifor­ memente distribuída na viga ao longo de seu 0,6 m de com­ primento. Represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fletor para a viga se ela suportar uma carga uniforme de 30 kN/m. *6.24. Pl'Oblema 6.19 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga e determine a força cortante e o momento em toda a viga em função de x. *6.20. Problema 6.24 Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga. Os dois segmentos estão interligados em B. 6.25. Problema 6.20 Represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fletor para a viga e determine a for­ ça cortante e o momento na viga em função de x, onde 1,2 m < x < 3 m. 6.21. Problema 6.25 FLEXÃO 1 99 Considere o problema geral de uma viga em balanço 6.29. Represente graficamente os diagramas de força cor­ submetida a n cargas concentradas e a uma carga distribuída tante e momento fletor para a viga. constante w. Escreva um código computacional que possa ser usado para determinar a força cortante interna e o mo­ mento em qualquer localização específica x ao longo da viga e construa os diagramas de força cortante e momento fletor para a viga. Mostre uma aplicação do código usando os va­ lores P1 = 4 kN, d1 = 2 m, w = 800 N/m, a1 = 2 m, a2 = 4 m, L = 4 m. 6.26. Problema 6.29 6.30. Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para a viga. A 3 ----�--- 2L Problema 6.26 ______ __ � Problema 6.30 Determine a distância de colocação a do suporte de A viga T está sujeita ao carregamento mostrado. Re­ rolete de modo que o maior valor absoluto do momento seja 6.31. graficamente os diagramas de força cortante e mo­ um mínimo. Represente graficamente os diagramas de força presente mento fletor. cortante e momento fletor para essa condição. 6.27. lOkN Problema 6.27 Problema 6.31 Represente graficamente os diagramas de força cor­ O esqui suporta o peso de 900 N ( 90 kg) do ho­ tante e momento fletor para a barra. Somente reações verti­ *6.32. mem. Se a carga da neve em sua superfície inferior for tra­ cais ocorrem em suas extremidades A e B. pezoidal, como mostra a figura, determine a intensidade w e, então, represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fletor para o esqui. '6.28. = 900N A 360N 720N l l2mm Smm Jsomm 12mm 40mm 1------1 T Problema 6.28 lV IV --1----- 1 m-------4Problema 6.32 200 RESISTÉ':NCIA DOS MATERIAIS Represente graficamente os diagramas de força cor­ gramas de força cortante e momento fietor se ela suportar a carga distribuída mostrada na figura. tante e momento fietor para a viga. 6.33. w � 2/3 Problema 6.33 L -----+--- 1/3 L Problema 6.37 � c Represente graficamente os diagramas de força cor­ 6.38. Represente graficamente os diagramas de força cor­ tante e momento fietor para a viga de madeira e determine tante e momento fietor para a viga. a força cortante e o momento fietor em todo o comprimento da viga em função de x. 6.34. 18 kN/m B Problema 6.38 ffiillll[N/m Represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fletor para a viga e determine a for­ 6.35. O pino liso está apoiado em duas chapas A e B e su­ ça cortante e o momento em função de x. jeito a uma carga de compressão de 0,4 kN/m provocada pela barra C. Determine a intensidade da carga distribuída w0 das chapas agindo sobre o pino e represente graficamente os dia­ gramas de força cortante e momento fietor para o pino. 200 N/m Problema 6.34 6.39. . &:· � - 3m .I I B 3m Problema 6.39 � *6.40. Determine a distância de colocação a do suporte de rolete de modo que o maior valor absoluto do momento seja um mínimo. Represente graficamente os diagramas de força *6,36. Represente graficamente os diagramas de força cor­ cortante e momento fietor para essa condição. tante e momento fietor para a viga. Problema 6.35 p Problema 6.36 p Problema 6.40 A viga composta consiste em dois segmentos interli­ 6.41. Represente graficamente os diagramas de força cor­ gados por um pino em B. Represente graficamente os dia- tante e momento fietor para a viga. 6.37. FLEXÃO 8 kN/m Problema 6.41 longitudinais se tornam curvas e as linhas transversais verticais continuam retas, porém sofrem rotação. O comportamento de qualquer barra deformável sujeita a um momento fietor provoca o alongamento do material na parte inferior da barra e a compressão do material na porção superior da barra. Por conse­ quência, entre essas duas regiões deve existir uma superfície, denominada supe1jície neutra, na qual não ocorrerá mudança nos comprimentos das fibras longi­ tudinais do material (Figura 6.20). 6.42. O caminhão será usado para transportar a coluna de concreto. Se ela tiver um peso uniforme de w (força/com­ primento), determine a colocação dos apoios a distâncias a iguais em relação às extremidades, de modo que o momen­ to fletor absoluto máximo na coluna seja o menor possível. Além disso, represente graficamente os diagramas de força cortante e momento fietor para a coluna. Eixo de Eixo longitudinal Figura 6.20 Problema 6.42 6.3 Deformação por flexão d e u m e l e m e nto reto Nesta seção, discutiremos as deformações que ocorrem quando uma viga prismática reta, feita de um material homogêneo, é submetida à flexão. A discus­ são ficará limitada a vigas com área de seção transver­ sal simétrica em relação a um eixo e a um momento fletor aplicado em torno de uma linha central perpen­ dicular a esse eixo de simetria, como mostrado na Fi­ gura 6.20. O comportamento de elementos com seções transversais assimétricas ou feitos de vários materiais diferentes é baseado em observações semelhantes e será discutido separadamente em seções posteriores deste capítulo. Se usarmos um material de alta capacidade de de­ formação, como a borracha, poderemos ilustrar fisica­ mente o que acontece quando um elemento prismáti­ co reto é submetido a um momento fietor. Considere, por exemplo, a barra reta (não deformada) na Figura 6.21a, que tem seção transversal quadrada e marcada por uma grade de linhas longitudinais e transversais. Quando um momento fietor é aplicado, as linhas da grade tendem a se distorcer segundo o padrão mostra­ do na Figura 6.2lb. Aqui, podemos ver que as linhas 201 Antes da deformação (a) M Linhas horizontais tornam-se curvas Após a deformação (b) Figura 6.21 202 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS y y (a) (b) Figul'a 6.22 Com base nessas observações, adotaremos as três premissas seguintes em relação ao modo como a tensão deforma o material. A primeira é que o eixo longitudi­ nal x, que se encontra no interior da superfície neutra (Figura 6.22a), não sofre qualquer mudança no compri­ mento. Mais exatamente, o momento tenderá a defor­ mar a viga de modo que essa linha toma-se uma curva localizada no plano de simetria x-y (Figura 6.22b ). A segunda é que todas as seções transversais da viga per.. manecem planas e perpendiculares ao eixo longitudinal durante a deformação. A terceira é que qualquer defor­ mação da seção transversal dentro de seu próprio plano, como observamos na Figura 6.2lb, será desprezada. Em particular, o eixo z, que se encontra no plano da seção transversal e em torno do qual a seção transversal gira, é denominado eixo neutro (Figura 6.22b ) Sua localização será determinada na próxima seção. Para mostrar como essa distorção deformará o material, isolaremos um segmento da viga localizado à distância x ao longo do comprimento da viga com espessura �x antes da deformação (Figura 6.22a). A Figura 6.23 mostra uma vista lateral desse elemento tomado da viga antes e após a deformação. Observe que qualquer segmento de reta �x, localizado na su­ perfície neutra, não muda de comprimento, ao passo que qualquer segmento de reta �s, localizado à distân. cia arbitrária y acima da superfície neutra, se contrairá e se tornará �s' após a deformação. Por definição, a deformação normal ao longo de �s é determinada pela Equação 2.2, a saber, �s' - �s Ãs---> 0 �s E = lo1m Agora, representaremos essa deformação em ter­ mos da localização y do segmento e do raio de curva­ tura p do eixo longitudinal do elemento. Antes da de­ formação, �s = �x (Figura 6.23a). Após a deformação, � tem raio de curvatura p com centro de curvatura no ponto O' (Figura 6.23b ). Visto que M define o ân­ gulo entre os lados da seção transversal do elemento, �x = �s = p�e. Da mesma maneira, o comprimento deformado de �s torna-se �s' = (p -y)MJ. Substituin­ do na equação acima, obtemos (p - y)M1 - p�e Ã0---> 0 p�e . E = hm ------- ou y p E = -- (6.7) FLEXÃO E= - Eixo longitudinal 203 (?) Emáx Distribuição da deformação normal Elemento antes da deformação ( a) Figura 6.24 O' Eixo longitudinal Figura 6.25 Elemento após a deformação (b) Figura 6.23 Esse importante resultado indica que a deforma­ ção normal longitudinal de qualquer elemento no inte­ rior de uma viga depende de sua localização y na seção transversal e do raio de curvatura do eixo longitudinal da viga no ponto. Em outras palavras, para qualquer seção transversal específica, a deformação normal l�ngitudinal variará linearmente com y em relação ao e1xo neutro. Ocorrerá uma contração (-E) nas fibras localizadas acima do eixo neutro (+y), ao passo que ocorrerá um alongamento (+E) nas fibras localizadas abaixo do eixo ( -y). Essa variação da deformação na seção transversal é mostrada na Figura 6.24. Aqui, a deformação máxima ocorre na fibra mais externa lo­ calizada a distância c do eixo neutro. Usando a E�ua­ ção 6.7 e visto que Ema,x = c/p, então' por divisão ' E Emáx -yjp cjp De modo que (6.8) X Essa deformação normal depende somente das pre­ missas adotadas em relação à deformação. Contanto que somente um momento seja aplicado à viga, é razo­ ável adotar uma premissa adicional, ou seja, que esse momento provoca uma tensão normal somente na dire­ ção longitudinal, ou direção x. Todas as outras compo­ nentes de tensão normal e tensão de cisalhamento são nulas, visto que a superfície da viga está livre de qual­ quer outra carga. É esse estado de tensão uniaxial que faz o material ter a componente da deformação nor­ mal longitudinal Ex, (<Tx = EE), definida pela Equação 6.8. Além do mais, pelo coeficiente de Poisson, também devem existir componentes de deformação associadas EY = -vEx e Ez = vEx, que deformam o plano da área da seção transversal, embora, aqui, tenhamos desprezado essas deformações. Todavia, essas deformações farão com que as dimensões da seção transversal fiquem me­ nores abaixo do eixo neutro e maiores acima do eixo neutro. Por exemplo, se a viga tiver seção transversal quadrada, ela se deformará na verdade como mostra a Figura 6.25. - 6.4 A fór m u l a da flexão Nesta seção, desenvolveremos uma equação que relaciona a distribuição de tensão longitudinal em uma viga e o momento fletor interno resultante que age na seção transversal da viga. Para isto, partiremos da premissa de que o material se comporta de uma maneira linear elástica, de modo que a lei de Hooke se aplica, isto é, <T = EE. Então, uma variação linear da deformação nomwl (Figura 6.26a) deve ser a consequência de uma 204 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS y Variação da deformação normal (vista lateral) Variação da tensão de flexão (vista lateral) (a) (b) Variação da tensão de flexão (c) Figura 6.26 variação linear da tensão nonnal (Figura 6.26b ). Logo, assim como a variação da deformação normal, cr variará de zero no eixo neutro do elemento até um valor máximo, crmáx, à distância c mais afastada do eixo neutro. Pela proporcionalidade de triângulos (Figura 6.26b) ou pela lei de Hooke, cr = EE, e, pela Equação 6.8, podemos escrever (6.9) Essa equação representa a distribuição de tensão na área da seção transversal. Aqui, a convenção de sinal defi­ nida é significativa. Para M positivo, que age na direção +z, valores positivos de y dão valores negativos para cr, isto é, uma tensão de compressão, visto que age na direção x ne­ gativa. De maneira semelhante, valores negativos de y da­ rão valores positivos ou de tração para cr. Se um elemento de volume de material for selecionado em um ponto espe­ cífico na seção transversal, somente essas tensões normais de tração ou de compressão agirão sobre ele. Por exemplo, o elemento localizado em +y é mostrado na Figura 6.26c. Podemos localizar a posição do eixo neutro na se­ ção transversal satisfazendo a condição de que a for­ ça resultante produzida pela distribuição de tensão na área da seção transversal deve ser nula. Observando que a força dF = crdA age sobre o elemento arbitrário dA na Figura 6.26c, exige-se O= 1 dF = ler dA { = -amáx y dA C }A Visto que crmá/c não é igual a zero, então (6.10) Em outras palavras, o momento de primeira ordem da área da seção transversal do elemento em torno do eixo neutro deve ser nulo. Essa condição só pode ser satisfeita se o eixo neutro também for o eixo do cen­ troide horizontal para a seção transversal analisada. ' Por consequência, uma vez determinado o centroide para a área da seção transversal do elemento, a locali­ zação do eixo é conhecida. Podemos determinar a tensão na viga pelo fato de que o momento interno resultante M deve ser igual ao momento produzido pela distribuição de tensão em torno do eixo neutro. O momento de dF na Figura 6.26c em torno do eixo neutro é dM = y dF. Esse mo­ mento é positivo, visto que, pela regra da mão direita, o polegar está direcionado ao longo do eixo z positivo quando os dedos são curvados no sentido da rotação causada por dM. Uma vez que dF = crdA, pela Equa­ ção 6.9, temos, para toda a seção transversal, ou 1 cr M = max i dA c A , (6.11) ' Lembre-se de que a localização y para o centroide da área da seção transversal é definida pela equação y = Jy dAIJdA. Se Jy dA = O, então, y = O e, portanto, o centroide encontra-se no eixo de referência (neutro) . Veja o Apêndice A. FLEXÃO 205 Nessa expressão, a integral representa o momento de inércia da área da seção transversal, calculada em torno do eixo neutro. Esse valor é representado pela letra I. Por consequência, a Equação 6.11 pode ser re­ solvida para crmáx e escrita em sua forma geral como � � (6.12) Nessa expressão, crmáx = tensão normal máxima no elemento, que ocorre em um ponto na área da seção trans­ versal mais afastado do eixo neutro M = momento interno resultante, determinado pelo método das seções e pelas equações de equilíbrio e calculado em torno do eixo neutro da seção transversal I = momento de inércia da área da seção trans­ versal calculada em torno do eixo neutro c = distância perpendicular do eixo neutro a um ponto mais afastado do eixo neutro, onde (Tmáx age. Visto que crmá/c = - crly (Equação 6.9), a tensão normal em uma distância intermediária y pode ser determinada por uma equação semelhante à Equação 6.12. Temos (6.13) Observe que o sinal negativo é necessário, já que está de acordo com os eixos x, y e z definidos. Pela re­ gra da mão direita, M é positivo ao longo do eixo +z, y é positivo para cima e, portanto, cr deve ser negativa (compressão), uma vez que age na direção negativa de x (Figura 6.26c). Qualquer das duas equações (6.12 e 6.13) é denomi­ nada fónnula da flexão. Essa fórmula é usada para determinar a tensão normal em um elemento reto, com seção transversal simétrica em relação a um eixo, e momento aplicado perpendicularmente a esse eixo. Embora tenhamos considerado que o elemento seja pris­ mático, na maioria dos projetas de engenharia também podemos usar a fórmula da flexão para determinar a ten­ são normal em elementos que tenham ligeira conicidade. Por exemplo, por análise matemática baseada na teoria da elasticidade, um elemento com seção transversal re­ tangular e comprimento com 15° de conicidade terá uma tensão normal máxima real aproximadamente 5,4% me­ nor que a calculada pela fórmula da flexão. A lsecao transv�rsal de umavigaretapermanece.plana quando a viga se deforma por flexão. Isso provoca uma tensão tração de um lado da viga e uma tensão de compressão do outro lado. O eixo neutro é submetido à tensão nula. conta da deformação, a deformação longitudinal varia linearmente de zero no eixo neutro a máxima nas fibras ex­ Contanto que o materialseja homogêneo e a lei de Hooke se aplique, a tensão também varia linearmente na seção transversal. Quando o material é linear elástico, o eixo neutro passa pelo centraide da área da seção trànsversal Bss a conclusãÇJ se baseia.no fato de que a força nm:maf.r�sultatite que age na seção transversal deve ser nula. fórmula da flexão baseict�se no fato de que o momento result ante na seção transversal é igual ao momento produ­ zido pela distribuição linear da tensão normal em torno do eixo neutro. , Para aplicar a fórmula da flexão, sugerimos o seguinte procedimento. Momento interno '" Tome uma seção do elemento no ponto onde a flexão ou tensão normal deve ser det erminada e obtenha o momento interno M na seção. O eixo do centroide ou eixo neutro para a seção transversal tem de ser conhecido, visto que M deve ser calculado em torno desse eixo. • Se a tensão de flexão máxima absoluta tiver de ser determinada, represente graficamente o diagrama de momento fletor para determinar o momento máximo na viga. Prop riedade da seç ão • Determine o momento de inércia da área da seção transversal em torno do eixo neutro. Os métodos usados para esse cálculo são discutidos no Apêndice A, e a tabela que apresenta os valores de I para várias formas comuns é dada no final deste livro. •• 206 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Tensão normal y, me i perpendicularmente o eixo E p ecifiqu e o ponto onde a tensão normal deve ser use crmáx = Me/I. termin . Então, aplique equ ç o cr = - My!I. Porém, se qui er calcular não se esqueça de verificar e de medida o co i tent o momento em torno do eixo • A tensão direç o tal que a força que ela cria no ponto c o tri i e r que a mesma direção do momento interno M (Figur 6.26c) . Desse mo o po emo representar iç o ten o que sobre transversal ou isolar um elemento de volume do material e usá-lo fazer uma representação ráfic tensão normal que no ponto. • "" a distância d da ada a aã Ao substituir os dados, age uma ã n ut o está n bu ã de sã age toda a seção g a da s - "' �q�e��u� �.n � " "' - a a neutro, até s a tensão de flexão máxima, s as unidades sã ns s es em n bu para a d d s de­ . , age "" ""'� A viga tem seção transversal retangular e está sujeita à distribuição de tensão mostrada na Figura 6.27a. Determine o momento interno M na seção provocado pela distribuição de tensão (a) pela fórmula da flexão e (b) pela determinação da resultante da distribuição de tensão pelos princípios básicos. a distri­ para A força criada por essa tensão é dF = crdA e, portanto, para a seção transversal inteira, ) (20 N/mm2 )] (60 mm) dy FR = J cr dA = J-6+600mmmm [(-=L 60 mm A = (-10 N/mm2 )/ SOLUÇÃO 1 +60 mm -60 mm =O O momento resultante da distribuição de tensão em torno A fórmula da flexão é CT = Me/I. Pela Figura 6.27a, c = 60 mm e cr = 20 MPa. O eixo neutro é definido do eixo neutro (eixo z) deve ser igual a M. Visto que o valor como a reta NA, porque a tensão é nula ao longo dessa reta. do momento de dF em torno desse eixo é dM = y dF, e dM é Visto que a seção transversal tem forma retangular, o momen­ sempre positivo (Figura 6.27b ) , então, para a área inteira, to de inércia para a área em torno de NA é determinado pela fórmula para um retângulo dada no final deste livro; isto é, M = J y dF = J +60 mm y -y- (20 N/mm2 ) (60 mm) dy Parte (a). máx máx [e A = Portanto, [( )l] [�= -60 mm ° Njmm2 3 60 mm ] ) = 288(104) N · mm = 2,88 kN · m M(60 mm) 864(104 ) mm4 Resposta Esse resultado também pode ser determinado sem a ne­ cessidade da integração. A força resultante para cada uma das duas distribuições de tensão triangulares na Figura 6.27c M = 288(104) N · mm-= 2,88 kN m Resposta é graficamente equivalente ao volume contido no interior de cada distribuição de tensão. Assim, cada volume é Parte (b). Em primeiro lugar, mostraremos que a força re­ sultante da distribuição de tensão é nula. Como mostrado na Figura 6.27b, a tensão que age sobre um elemento arbitrário F = -21 (60 mm)(20 N/mm2 )(60 mm) = 36(103) N = 36 kN dA = (60 mm) dy, localizada à distância y do eixo neutro, é Essas forças, que formam um conjugado, agem na mesma c2o N/mm2 ) cr = -=L direção das tensões no interior de cada distribuição (Figu­ 60 mm ra 6.27c). Além do mais, agem passando pelo centroide de · ( ) !I '(J \f 20 MPa , , N A 20 MPa (c) Figura 6.27 FLEXÃO 207 isto é, 113 (60 mm) = 20 mm em relação à parte tro usando o teorema dos eixos paralelos. (Veja EquaçãoA.5 no cada volume,parte inferior da viga. Por consequência, a dis­ Apêndice A.) Como optamos por trabalhar em metros, temos r e à superio 80 mm, como mostrado. O momento do é elas e entr cia tân I = 2. (1 + Ad2 ) portanto, é, do uga nj co =2 M 36 kN (80 ) = 2.880 kN · mm = 2,88 kN m Resposta 1 (0,25 m)(0,020 m)3 + (0,25 m)(0,020 m)(0,160 m)2 1 + 1 2 (0,020 m)(0,300 m)3 = 301,3(10-6) m4 = · mm A viga simplesmente apoiada na Figura 6.28a tem a área de seção transversal mostrada na Figura 6.28b. De­ termine a tensão de flexão máxima absoluta na viga e represente a distribuição de tensão na seção transversal nessa localização. = [ [� J ] Aplicando a fórmula da flexão, para 170 mm, a tensão de flexão máxima absoluta é 22,5 kN m(0,170 m) Umáx = 301,3(10_6 ) m4 = 12,7 MPa Tensão de flexão. c · Resposta SOLU ÇÃO A Figura 6.28d mostra vistas bidimensionais e tridimen­ sionais da distribuição de tensão. Observe como a tensão em Momento interno máximo. O momento interno máximo ponto na seção transversal desenvolve uma força que cada M = 22,5 kN m, ocorre no centro, como mostra o dia­ viga, na grama de momento fletor (Figura 6.28c). Veja o Exemplo 6.3. contribui para o momento dM em torno do eixo neutro de tal modo que tenha a mesma direção que M. Especificamen­ Propriedade da seção. Por razões de simetria, o centroide te, no ponto B, y = 150 mm e, portanto, C e, portanto, o eixo neutro, passa a meia altura da viga (Figura 6.28b). A área é subdividida nas três partes mostradas, e o mo­ 22,5 kN · m(0,150 m) ys mento de inércia de cada parte é calculado em torno do eixo neu- us = M�-; u = 301,3(10-6 ) m4 = 11 '2 MPa · 8 B - 1+--- 3m 6 m ----1 1+----- m 20 l_L_ l;Oimm 20mm 150mm �-r- 1 250mm I N 20 : (a) L__ :r m -------1 -, ,---- ' . c _l_ = A 12,7 MPa D ( d) (b) ) _ _ "]1= A tensão normal que age sobre os elementos do material localizados nos pontos B e D é mostrada na Figura 6.28e. _ _ _ � 3 6 ���-------------�� x (m ) (c) B Figura 6.28 � 12,7 M l1,2 MPa 11,2 MPa D (e) 12,7 MPa 22,5 kN·m 208 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Propriedade da seção. O momento de inércia em torno do eixo neutro é determinado pelo teorema dos eixos parale­ A viga mostrada na Figura 6.29a tem área de seção trans­ los aplicado a cada uma das três partes compostas da área da versal em forma de um canal (Figura 6.29b ). Determine a seção transversal. Trabalhando em metros, temos tensão de flexão máxima que ocorre na viga na seção a-a. I = _!_12 (0,250 m)(0,020 m)3 + SOLUÇÃO Momento interno. Aqui, as reações no apoio da viga não + ( 0,250 m) ( 0,020 m) ( 0,05909 m - 0,010 m? precisam ser determinadas. Em vez disso, pelo método das seções, podemos usar o segmento à esquerda da seção a-a (Figura 6.29c). Em particular, observe que força axial inter­ + 2 1 (0,015 m)(0,200 m)3 + na resultante N passa pelo centroide da seção transversal. Entenda, também, que o momento interno resultante deve ser calculado em torno do eixo neutro da viga na seção a-a. + (0,015 m)(0,200 m)(0,100 m - 0,05909 m? ] Para determinar a localização do eixo neutro, a área da se­ ção transversal é subdividida em três partes compostas, como mostra a Figura 6.29b. Visto que o eixo neutro passa pelo cen­ = 42,26(10-6) m4 troide, então, pela Equação A.2 do Apêndice A, temos Tensão de flexão máxima. A tensão de flexão máxima -y = 2: yA = ocorre nos pontos mais afastados do eixo neutro, ou seja, na 2:A parte inferior da viga, c = 0,200 m - 0,05909 m = 0,1409 m. 2[0,100 m](0,200 m)(0,015 m) + [0,010 m](0,02 m)(0,250 m) Assim, 2(0,200 m)(0,015 m) + 0,020 m(0,250 m) 4,859 kN · m(0,1409 m) = 16 2 MPa Me = 0,05909 m = 59,09 ,. = ' max I = 42,26(10-6 ) m4 Essa dimensão é mostrada na Figura 6.29c. Resposta Aplicando a equação do equilíbrio de momento em tor­ Mostre que a tensão de flexão no topo da viga é = 6,79 MPa. no do eixo neutro, temos OBSERVAÇÃO: A força normal N = 1 kN e a força de cisa­ L+�MNA = O; 2,4 kN(2 m) + 1,0 kN(0,05909 m) - M = O lhamento V = 2,4 kN também contribuirão com uma tensão M = 4,859 kN m adicional na seção transversal. A superposição de todos es­ ses efeitos será discutida mais adiante, em outro capítulo. [ ] [� mm u u ' · O elemento com seção transversal retangular (Figura 6.30a) foi projetado para resistir a um momento de 40 N m. Para aumentar sua resistência e rigidez, foi proposta a adi­ ção de duas pequenas nervuras em sua parte inferior (Figu­ ra 6.30b). Determine a tensão normal máxima no elemento para ambos os casos. · SOLUÇÃO O eixo neutro está claramente no centro da seção transversal (Figura 6.30a),portanto, y = c = 15 mm = 0,015 m. Assim, Sem nervuras. (b) 2.4 kN �----- 2 m------� (c) Figura 6.29 Logo, a tensão normal máxima é ( 40 N · m)(0,015 m) Me fimáx = J = 0,135(10-6 ) m = 4,44 MPaResposta 4 FLEXÃO 209 Portanto, a tensão normal máxima é a mx á 40 N m(0,01908 m) 0,1642(10-6) m4 = 4,65 MPa · Me = - = I R esposta Esse resultado surpreendente indica que o acréscimo de nervuras à seção transversal aumentará a ten­ são normal em vez de diminuí-la; por essa razão, elas devem ser omitidas. OBSERVAÇÃO: ( a) 30 Um elemento com as dimensões mostradas na figura deverá ser usado para resistir a um momento fletor interno M = 2 kN m. Determine a tensão máxima no elemento se o momento for aplicado (a) em torno do eixo z e (b) em torno do eixo y. Trace um rascunho da distribuição de tensão para cada caso. 6.43. · (b) Figura 6.30 Pela Figura 6.30b, segmentando a área no retângulo grande principal e nos dois retângulos (nervuras) na parte inferior, a localização de y do centroide e do eixo neutro é determinada da seguinte maneira: Com nervuras. y z y = 2:A [0,015 m] (0,030 m)(0,060 m) + 2[0,0325 m] (0,005 m)(0,010 m) (0,03 m)(0,060 m) + 2(0,005 m)(0,010 m) 0,01592 m = X 2:-A Esse valor não representa c. O valor de c é Problema 6.43 A haste de aço com diâmetro de 20 mm está sujeita a um momento interno M = 300 N m. Determine a tensão criada nos pontos A e B. Além disso, trace um rascunho de c = 0,035 m - 0,01592 m = 0,01908 m uma vista tridimensional da distribuição de tensão que age Pelo teorema dos eixos paralelos, o momento de inércia na seção transversal. em torno do eixo neutro é I= u2 (0,060 m)(0,030 m)3 + · + (0,060 m)(0,030 m)(0,01592 m - 0,015 m) 2 ] [ 1 +2 12 (0,010 m)(0,005 m)3 + + *6,44. (0,010 m) (0,005 m)(0,0325 m - 0,01592 m) 2 M = 300 N·m J 10 mm Problema 6.44 A viga está sujeita a um momento M. Determine a porcentagem desse momento à qual resistem as tensões que agem nas pranchas superior e inferior A e B da viga. 6.45. 21 Ü RESISTtNCIA DOS MATERIAIS y Determine o momento M que deve ser aplicado à viga de modo a criar uma tensão de compressão no ponto D = 30 MP a. Além disso, trace um rascunho da distribuição de tensão que age na seção transversal e calcule a tensão máxima desenvolvida na viga. 6.46. uv 25 z Problema 6.49 Foram apresentadas duas alternativas para o projeto de uma viga. Determine qual delas suportará um momento de M = 150 kN m com a menor quantidade de tensão de flexão. Qual é essa tensão? Com que porcentagem ela é mais efetiva? 6.50. · Problemas 6.45/46 6.47. A peça de mármore, que podemos considerar como um material linear elástico frágil, tem peso específico de 24 kN/m3 e espessura de 20 Calcule a tensão de flexão máxima na peça se ela estiver apoiada (a) em seu lado e 1,5 (b) em suas bordas. Se a tensão de ruptura for MPa, explique as consequências de apoiar a peça em cada uma das posições. '6.48. A peça de mármore, que podemos considerar como um material linear elástico frágil, tem peso específico de 24 kN/m3• Se for apoiada nas bordas como mostrado em (b ), determine a espessura mínima que ela deve ter para não quebrar. A tensão de ruptura é 1,5 MPa. 1----200 mm-----J __L mm. 1------'-'-�� u,P = u = "'P J"1' 3 .---��� 15 mm (b) m �== 0 mm 3 r 1--------"'"'-�� (a) 30 mm Problema 6.50 6.51. A peça de máquina feita de alumínio está sujeita a um momento M 75 N m. Determine a tensão de flexão criada nos pontos B e C da seção transversal. Trace um rascunho dos resultados sobre um elemento de volume localizado em cada um desses pontos. "6.52. A peça de máquina feita de alumínio está sujeita a um momento M = 75 N m. Determine as tensões de flexão máximas tanto de tração quanto de compressão na peça. = · · Problemas 6.47/48 6.49. A viga tem a seção transversal mostrada na figura. Se for feita de aço com tensão admissível = 170 MPa, de­ termine o maior momento interno ao qu"al' ela pode resistir se o momento for aplicado (a) em tomo do eixo z e (b) em tomo do eixo y. u ct Problemas 6.51/52 FLEXÃO 21 1 A viga é composta por quatro peças de madeira cola­ o mostra a figura. Se o momento que age na seção com s da transversal for M = 450 N · m, determine a força resultante que a tensão de flexão produz na peça superior A e na peça lateral B. 6.53. B 15 M = 450 N · m Problemas 6.56/57 A alavanca de controle é usada em um cortador de grama de empurrar. Determine a tensão de flexão máxima na seção da alavanca se uma força de 100 N for aplicada ao cabo. A alavanca é suportada por um pino em A e um cabo em B. A seção é quadrada, 6 mm por 6 mm. 6.58. a-a 15 mm a-a lOO N Pl'Oblema 6.53 A área da seção transversal da escora de alumí­ nio tem forma de cruz. Se ela for submetida ao momento M 8 kN · m, determine a tensão de flexão que age nos pon­ tos A e B e mostre os resultados em elementos de volume localizados nesses pontos. 6.55. A área da seção transversal da escora de alumínio tem forma de cruz. Se ela for submetida ao momento M 8 kN · m, determine a tensão de flexão máxima na viga e faça o rascu­ nho de uma vista tridimensional da distribuição de tensão que age em toda a seção transversal. 6.54. = = Problema 6.58 6.59. Determine a maior tensão de flexão desenvolvida no elemento se ele for submetido a um momento fletor interno M = 40 kN · m. 20 mm � I � 50 mm �m = S kN·m lO mm lo 180 mm 1 A viga é composta por três tábuas de madeira prega­ das como mostra a figura. Se o momento que age na seção transversal for M = 1,5 kN · m, determine a tensão de flexão Problema 6.59 máxima na viga. Faça um rascunho de uma vista tridimensio­ nal da distribuição de tensão que age na seção transversal. *6.60. A peça fundida cônica suporta a carga mostrada. De­ 6.57, Determine a força resultante que as tensões de flexão termine a tensão de flexão nos pontos A e B. A seção trans­ produzem na tábua superior A da viga se M = 1,5 kN · m. versal na seção é dada na figura. Problemas 6.54/55 '6.56. a-a mm 212 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 125 375 mm 750N 750N A 25mm 6 . 75mm l . . . . 25mm ��OOm� -��mccm-1-<--t t 1 --- lj_ ' í-r- lO mm 180mm J 10mm Fz ç B · ;" Problema 6.71 *6,72. Determine a tensão de flexão máxima absoluta no eixo de 30 mm de diâmetro que está sujeito às forças con­ centradas. Os mancais de luva em A e B suportam somente Problema 6.60 forças verticais. 6.61. Se o eixo no Problema 6.1 tiver diâmetro de 100 mm, 6.73. Determine o menor diâmetro admissível do eixo que determine a tensão de flexão máxima absoluta no eixo. está sujeito às forças concentradas. Os mancais de luva em A e B suportam somente forças verticais, e a tensão de flexão 6.62. Se o eixo no Problema 6.3 tiver um diâmetro de 40 mm, admissível é uadm = 160 MPa. determine a tensão de flexão máxima absoluta no eixo. 6.63. Se o eixo no Problema 6.6 tiver um diâmetro de 50 mm, B A determine a tensão de flexão máxima absoluta no eixo. *6.64. Se o tubo no Problema 6.8 tiver diâmetro externo de 30 mm e espessura de 10 mm, determine a tensão de flexão máxima absoluta no eixo. m6.65. Se a viga ACB no Problema 6.9 tiver seção transversal quadrada de 150 mm por 150 mm, determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga. Problemas 6.72173 6.66. Se a lança do guindaste ABC no Problema 6.10 tiver seção transversal retangular com base de 60 mm, determine, 6.74. Determine a tensão de flexão máxima absoluta no com aproximação de múltiplos de 5 mm, a altura h exigida se eixo de 40 mm de diâmetro que está sujeito às forças con­ a tensão de flexão admissível for uadm 170 MPa. centradas. Os mancais de luva em A e B suportam somente forças verticais. 6.67. Se a lança do guindaste ABC no Problema 6.10 tiver seção transversal retangular com base de 50 mm e altura Determine o menor diâmetro admissível para o eixo de 75 mm, determine a tensão de flexão máxima absoluta 6.75. que está sujeito às forças concentradas. Os mancais de luva na lança. em A e B suportam somente forças verticais, e a tensão de flexão admissível é uadm 150 MPa. *6.68. Determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga no Problema 6.24.A seção transversal é retangular com base de 75 mm e altura de 100 mm. 6.69. Determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga no Problema 6.25. Cada segmento tem seção transversal retangular com base de 100 mm e altura 200 mm. 6.70. Determine a tensão de flexão máxima absoluta no pino de 20 mm de diâmetro no Problema 6.35. 6.71. O elemento tem seção transversal com as dimensões mostradas na figura. Determine o maior momento interno M que pode ser aplicado sem ultrapassar as tensões de tração e compressão admissíveis de (u,)adm = 150 MPa e (u) adm = 100 -------... MPa, respectivamente. / 600N - 0,8 m � 1,2 m ---l-0,6 = A 300mm 2kN = 450mm 375mm Problemas 6.74175 400N FLEXÃO 213 '6.76. A travessa ou longarina de suporte principal da carro­ ceda do caminhão está sujeita à carga distribuída uniforme. Determine a tensão de flexão nos pontos A e B. 25kN/m 20mm 150mm 300 �,l B 20mm Problema 6.76 Et 750N750N Problema 6.79 Se a viga tiver seção transversal quadrada de 225 mm em cada lado, determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga. *6.80. Uma porção do fêmur pode ser modelada como um tubo com diâmetro interno de 9,5 mm e diâmetro externo de 32 mm. Determine a força estática elástica máxima P que pode ser aplicada ao centro do osso sem causar fratura. Con­ Problema 6.80 sidere que as extremidades do osso estão apoiadas em role­ tes. O diagrama E para a massa do osso é mostrado na 6.81. A viga está sujeita à carga P em seu centro. Determi­ figura e é o mesmo para tração e para compressão. ne a distância a dos apoios de modo que a tensão de flexão máxima absoluta na viga seja a maior possíveL Qual é essa tensão? p (MPa) 6.77. u - 16,10 r------� 8,75 u f---(---; "" 0,02 0,05 E (mm/mm) �----=--L:----':-::-- Problema 6.77 � ' H" p ! 1 D� �-a _j La � � L/2 ��--+��- L/2 � �--------�---- -- � P1·oblema 6.81 Se a viga no Problema 6.20 tiver seção transversal re­ 6.82. Se a viga no Problema 6.23 tiver a seção transversal tangular com largura de 200 mm e altura de 400 mm, deter­ mostrada na figura, determine a tensão de flexão máxima ab­ mine a tensão de flexão máxima absoluta na viga. soluta na viga. 6.78. 1.200mm. 1 1 400mm l Problema 6.78 6mm 168mm l 12 mm 1·100mm'l p:=�Si: ��. t Problema 6.82 Se o eixo tiver diâmetro de 37,5 mm, determine a ten­ 6.83. O pino é usado para interligar os três elos. Devido ao desgaste, a carga é distribuída na parte superior e inferior do são de flexão máxima absoluta no eixo. 6.79. • 214 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS pino, como mostra o diagrama de corpo livre. Se o diâmetro do pino for 10 mm, determine a tensão de flexão máxima na área da seção transversal na seção central a-a. Para resolver 0 problema, em primeiro lugar, é necessário determinar as intensidades das cargas W1 e W2• t 4 kN + H7,5 mm-l 400 N l-o,s 400 N Pl'oblemas 6.86/87 *6.88. A viga de aço tem a área de seção transversal mos­ trada na figura. Determine a maior intensidade da carga dis­ tribuída w0 que ela pode suportar de modo que a tensão de flexão máxima na viga não ultrapasse a = 150 MPa. 6.89. A viga de aço tem a área de seção transversal mostra­ da na figura. Se w0 = 10 kN/m, determine a tensão de flexão máxima na viga. máx a t 2 kN 2 kN Pl'oblema 6.83 1---- 4 m ----+---- 4 m Um eixo é feito de um polúnero com seção transversal 200 mm elíptica. Se ele resistir a um momento interno M = 50 N · m, H j_ determine a tensão de flexão máxima desenvolvida no material 8 mm 20 (a) pela fórmula da flexão, onde Iz = 1/4 (0,08 m)(0,04 m)3, e (b) por integração. Trace o rascunho de uma vista tridimen­ T sional da distribuição de tensão que age na área da seção transversal. Pl'oblemas 6.88/89 6.85. Resolva o Problema 6.84 se o momento M = 50 N m for aplicado em torno do eixo y em vez de em torno do eixo 6.90. A viga tem a seção transversal retangular mostrada na figura. Determine a maior carga P que pode ser suportada x. Aqui, I>' = 114 (0,04 m) (0,08 m)3• em suas extremidades em balanço de modo que a tensão de flexão na viga não ultrapasse a = 10 MPa. 6.91. A viga tem a seção transversal retangular mostrada na figura. Se P = 1,5 kN, determine a tensão de flexão máxi­ ma na viga. Faça um rascunho da distribuição de tensão qve age na seção transversal. *6.84. ---->� -I1 � :: 7T · 7T máx p p 11 50 mm 1=r1oO mm Pl'oblemas 6.84/85 A viga simplesmente apoiada é composta por quatro hastes de 16 mm de diâmetro, agrupadas como mostra a fi­ gura. Determine a tensão de flexão máxima na viga devida à carga mostrada. 6.87. Resolva o Problema 6.86 se o conjunto girar 45° e for assentado nos apoios. 6.86. Pl'oblemas 6.90/91 A viga está sujeita ao carregamento mostrado na fi­ gura. Se a dimensão de sua seção transversal a = 180 mm, determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga. 6.93. A viga está sujeita ao carregamento mostrado na fi­ gura. Determine a dimensão a exigida para sua seção trans­ versal se a tensão de flexão admissível para o material for a = 150 MPa. *6.92. máx FLEXÃO rJ <:: ·0,6 m Problemas 6.92/93 21 5 25kN a Problemas 6.96/97 6.94. A longarina ABD da asa de um avião leve é feita de 6.98. A viga de madeira está sujeita à carga uniforme alumínio 2014 T6 e tem área de seção transversal de 1.000 mmZ, w = 3 kN/m. Se a tensão de flexão admissível para o material profundidade de 80 mm e momento de inércia . em torno �e for uactm = 10 MPa, determine a dimensão b exigida para sua seu eixo neutro de 1,662(106) mm4• Determme a tensao seção transversal. Considere que o suporte em A é um pino de flexão máxima absoluta na longarina se a carga for a e em B é um rolete. mostrada na figura. Considere que A, B e C são pinos. O acoplamento é feito ao longo do eixo longitudinal central da longarina. ti;[ll,Sb _.j bI� 15 kN/m 0,65 mi TI _L \ D � 1m--�----2m � Problema 6.98 6.99. A viga de madeira tem seção transversal retangular na proporção mostrada na figura. Determine a dimensão b exigida se a tensão de flexão admissível for uactm = 10 MPa. Problema 6.94 O barco pesa 11,5 kN e tem centro de gravidade em Se estiver apoiado no reboque no contato liso A e pre­ so por um pino em B, determine a tensão de flexão máxi­ ma absoluta desenvolvida na escora principal do reboque. Considere que a escora é uma viga:caixão com as dimensões mostradas na figura e presa por um pino em C. 6.95. G. 37,5 mm Problema 6.99 A viga é feita de um material com módulo de elasti­ cidade sob compressão diferente do módulo de elasticidade sob tração. Determine a localização c do eixo neutro e de­ duza uma expressão para a tensão de tração máxima na viga cujas dimensões são mostradas na figura se ela estiver sujeita ao momento fletor M. 6.101. A viga tem seção transversal retangular e está sujei­ ta ao momento fletor M. Se o material de fabricação da viga tiver módulos de elasticidade diferentes para tração e com­ pressão, como mostrado na figura, determine a localização c do eixo neutro e a tensão de compressão máxima na viga. *6.100. (T Problema 6.95 '6.96, A viga suporta a carga de 25 kN. Determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga se os lados de sua seção transversal triangular forem a = 150 mm. 6.97, A viga suporta a carga de 25 kN. Determine o tama­ nho a exigido para os lados de sua seção transversal triangu­ lar se a tensão de flexão admissível for uactm = 126 MPa. Problemas 6.100/101 216 6.5 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Flexão a ss i m étrica y Quando desenvolvemos a fórmula da flexão, impu­ semos a condição de que a área da seção transversal fosse simétrica em torno de um eixo perpendicular ao eixo neutro e também que o momento interno resultan­ te M agisse ao longo do eixo neutro. É isso o que ocorre nas seções em T ou em U, mostradas na Figura 6.31. Po­ rém, essas condições são desnecessárias, e, nesta seção, mostraremos que a fórmula da flexão também pode ser aplicada tanto a uma viga com área de seção transversal de qualquer formato, como a uma viga com momento interno resultante que aja em qualquer direção. Eixo de simetria neutro y Eixo de simetria Momento a p licado ao l o n g o do eixo prin­ ci paI. Considere que a seção transversal da viga tem a forma assimétrica mostrada na Figura 6.32a. Como na Seção 6.4, o sistema de coordenadas x, y, z orienta­ do para a direita é definido de modo tal que a origem esteja localizada no centroide C da seção transversal e o momento interno resultante M aja ao longo do eixo +z. A distribuição de tensão que age sobre toda a área da seção transversal deve ter força resultante nula, momento interno resultante em torno do eixo y nulo e momento interno resultante em torno do eixo z igual a M.* Estas três condições podem ser expressas mate­ maticamente considerando-se a força que age sobre o elemento diferencial dA localizado em (O, y, z) (Figura 6.32a). Essa força é dF = udA e, portanto, temos O= -1 u dA 1 zu dA O= M= 1 -yu dA z Figura 6.31 y (6.14) (a ) (6.15) y (6.16) Como mostrado na Seção 6.4, a Equação 6.14 é satisfeita desde que o eixo z passe pelo centroide da área da seção transversal. Além disso, visto que o eixo z representa o eixo neutro para a seção transversal, a deformação normal variará de zero no eixo neutro a máxima em um ponto y localizado à maior distância y = c do eixo neutro (Figura 6.32b ). Contanto que o material se comporte de maneira linear elástica, a dis­ tribuição de tensão normal na área da seção transversal * A condição de que os momentos em torno do eixo y sejam nulos não foi considerada na Seção 6.4, visto que a distribuição da ten­ são de flexão era simétrica em relação ao eixo y e tal distribuição de tensão produz automaticamente momento nulo em torno do eixo y . Veja a Figura 6.26c. Distribuição de deformação normal (vista lateral) (b) Distribuição da tensão de flexão (vista lateral) (c) Figura 6.32 FLEXÃO y y z X y y z X (b) (a) 217 (c) (d) Figura 6.33 tamb ém será linear, de modo que cr = - (y/c) crm:íx (Figura 6.32c ). Quando essa equação é substituída na Equação 6.16 e integrada, resulta na fórmula da flexão O' máx = Me/I. Quando substituída na Equação 6.15, obtemos O= que exige - cr á mx C 1 yz dA A Essa integral é denominada produto de inércia para a área. Como indicado no Apêndice A, ela real­ mente será nula desde que os eixos y e z sejam esco­ lhidos como os eixos principais de inércia para a área. Para uma área de forma qualquer, a orientação dos eixos principais pode ser determinada pelas equações de transformação de inércia ou pelo círculo de Mohr de inércia, como mostrado no Apêndice A, Seções A.4 e A.S. Entretanto, se a área tiver um eixo de simetria, é fácil definir os eixos principais visto que eles sempre estarão orientados ao longo do eixo de simetria e per­ pendiculares a ele. Então, resumindo, as equações 6.14 a 6.16 sempre serão satisfeitas independentemente da direção do momento aplicado M. Por exemplo, considere os ele­ mentos mostrados na Figura 6.33. Em cada um desses casos, y e z definem os eixos principais de inércia para a seção transversal cuja origem está localizada no centroide da área. Nas figuras 6.33a e 6.33b, os eixos principais são localizados por simetria, e nas figuras 6.33c e 6.33d, a orientação dos eixos é determinada pelo s métodos apresentados no Apêndice A. Visto que M é aplicado em torno de um dos eixos principais (eixo z), a distribuição de tensão é determinada pela fórmula da flexão, cr = M/Iz, e é mostrada na figura para cada caso. Momento a p l ica do a rbitrariam ente. Às vezes, um elemento pode ser carregado de tal modo que o momento interno resultante não aja em torno de um dos eixos principais da seção transversal. Quan­ do isso ocorre, em primeiro lugar, o momento deve ser decomposto em componentes dirigidas ao longo dos eixos principais. Então, a fórmula da flexão pode ser usada para determinar a tensão normal provocada por cada componente do momento. Por fim, usando o prin­ cípio da superposição, a tensão normal resultante no ponto pode ser determinada. Para tal, considere que a viga tenha seção trans­ versal retangular e está sujeita ao momento M (Fi­ gura 6.34a). Aqui, M forma um ângulo () com o eixo principal z. Consideraremos que () é positivo quando estiver direcionado do eixo + z para o eixo + y, como mostra a figura. Decompondo M em componentes ao longo dos eixos z e y, temos Mz = M cos () e MY = M sen (), respectivamente. Cada uma dessas componentes é mostrada separadamente na seção transversal nas figuras 6.34b e 6.34c. As distribuições de tensão nor­ mal que produzem M e suas componentes Mz e MY são mostradas nas figuras 6.34d, 6.34e e 6.34f, respectiva­ mente. Aqui, consideramos que (cr)máx > (cr')máx ' Por inspeção, as tensões de tração e compressão máximas [(uJmáx + (u'Jm:íJ ocorrem em dois cantos opostos da seção transversal (Figura 6.34d). Aplicando a fórmula da flexão a cada componente do momento nas figuras 6.34b e 6.34c, podemos ex­ pressar a tensão normal resultante em qualquer ponto na seção transversal (Figura 6.34d), em termos gerais, como (6.17) 218 RESISTi!:NCIA DOS MATERIAIS y y + X Z � Mz = M cos (J (a ) : X (b) (c) y + (d) (e) (f) Figura 6.34 onde u = tensão normal no ponto. = coordenadas do ponto medidas em relação y, z aos eixos x, y, z com origem no centroide da área da seção transversal e formando um sistema de coordenadas orientado para a direita. O eixo x é direcionado para fora da seção transversal, e os eixos y e z representam, respectivamente, os eixos principais dos momentos de inércia míni­ mo e máximo para a área. MY, Mz = componentes do momento interno resultante direcionadas ao longo dos eixos principais y e z·. São positivos se direcio­ nados ao longo dos eixos +y e +z; caso contrário, são negativos. Ou, em outras palavras, My = M sen e e Mz = M cos e, onde e é positivo se medido do eixo + z na direção do eixo +y. IY, Iz = momentos principais de inércia calculados em torno dos eixos y e z, respectivamente. Veja o Apêndice A. Como observamos antes, é muito importante que os eixos x, y, z formem um sistema orientado para a di- reita e que sejam designados os sinais algébricos ade­ quados às componentes do momento e às coordenadas quando aplicamos essa equação. A tensão resultante será de tração se ela for positiva e de compressão se ela for negativa. O ângulo a do eixo neutro na Figura 6.34d pode ser determinado pela Equação 6.17 com u = O, visto que, por definição, ne­ nhuma tensão normal age no eixo neutro. Temos Orientação do eixo n eutro . y= Mylz z MzIy Visto que Mz = M cos e e My = M sen 8, então, (6. 18) Essa é a equação da reta que define o eixo neu­ tro para a seção transversal. Uma vez que a inclinaçã o dessa reta é tg a = ylz, então, tg a = Iz -tg e ly (6. 19) FLEXAO Aqui, podemos ver que, para flexão assimétrica, o ngu â lo 8, que define a direção do momento M (Figura 6.34a) , não é igual a a, o ângulo que define a inclinação do eixo neutro (Figura 6.34d), a menos que Iz = IY . Ao contrário, se, como na Figura 6.34a, o eixo y for esco­ lhido como o eixo principal para o momento de inércia 219 mínimo e o eixo z for escolhido como o eixo princi­ pal para o momento de inércia máximo, de modo que < I , então, pela Equação 6.19, podemos concluir z que o ângulo a, positivo quando medido do eixo + z em direção ao eixo + y, estará entre a linha de ação de M e o eixo y, isto é, 8 s a s 90°. I Y ser aplicada quando a flexãoocorrer em torno de eixos que represéntem os (3ix os,prin fórmula da flexão de inércia para a seção transversal. Esses eixos têm ()rigem no centroíde e estão orientados ao lorigo de um de s imetria, caso ele exista, e perpendicularmente a ele. momento for aplicado em torno de algúmebm arbitrário, então deve ser decomposto emcomponéntes ao longo éadà um dos .eixós principais, e a tensão em um ponto é determinada por superposição da tensão provocada por cada uma das componentes dos momentos. · Assim, Tensão de flexão. A seção transversal retangular mostrada na Figura 6.35a está sujeita a um momento fletor M = 12 kN · m. Determi­ ne a tensão normal desenvolvida em cada canto da seção e especifique a orientação do eixo neutro. 7,20(103) N m(0,2 m) · --�----�--�- + 1,067(10-3) m4 SOLUÇÃO Componentes do momento interno. Por inspeção, ve­ mos que os eixos y e z representam os eixos principais de inércia, uma vez que são eixos de simetria para a seção transversal. Como exigido, definimos o eixo z como o eixo principal para momento de inércia máximo. O momento é decomposto em suas componentes y e z, onde 4 My = --(12 kN · m) = -9, 60 kN · m 5 3 Mz = - (12 kN · m) = 7 , 20 kN m 5 Propriedades da seção. Os momentos de inércia em tor­ no dos eixos y e z são uc = · � 1� (0,2 m)(0,4 m)3 Iy = 1 (0,4 m)(0,2 m)3 = 0,2667(10-3) m4 lz = = -9,60(103) N m( -0,1 m) = 2,25 MPa 0,2667 (10 3) m4 · + 7,20(103) N · m(0,2 m) 1,067(10-3) m4 --------���-- + + -9,60(103) N m(0,1 m) 0,2667(10-3) m4 · = 7,20(103) N m( -0,2 m) 1,067(10-3) m4 -9,60(103) N · m(0,1 m) + 0,2667(10-3) m4 -4 '95 MPa R espos ta -2 '25 MPa Resposta · ----------�--�-- + = 1,067(10-3) m4 A 4,95 MPa M = 12 kN·m 0,1 y N y (a) (b) Figura 6.35 R esposta (c) _j M = 12 kN·m �4 220 RESISTÉ':NCIA DOS MATERIAIS Propriedades da seção. Com referência à Figura 6.36b e trabalhando em metros, temos -9,60(103) N m( -0,1 m) = 4 ' 95 MPa + 0,2667(10-3) m4 · _ Resposta z= _ - � zA = �A [0,05 m](0,100 m)(0,04 m) + [0,115 m](0,03 m)(0,200 m) (0,100 m)(0,04 m) + (0,03 m)(0,200 m) A distribuição da tensão normal resultante foi traçada usan­ do esses valores (Figura 6.35b ). Visto que a superposição se = 0,0890 m aplica, a distribuição de tensão é linear, como mostrado. Orientação do eixo neutro. A localização z do eixo neu­ tro (NA) (Figura 6.35b) pode ser determinada por cálculo Pelo teorema dos eixos paralelos apresentado no Apêndice A, I = I + Ad2 e, assim, os momentos principais de inércia proporcional. Ao longo da borda BC, exige-se são: 2,25 MPa 4,95 MPa 1 1 lz = 12 (0,100 m)(0,04 m)3 + 12 (0,03 m)(0,200 m)3 = (0,2 m - z) z 0,450 - 2,25z = 4,95z z = 0,0625 m Da mesma maneira, essa é também a distância de D ao eixo neutro na Figura 6.35b. Também podemos determinar a orientação de NA pela Equação 6.19, que é usada para especificar o ângulo a que o eixo faz com o eixo z ou eixo principal máximo. De acordo com a convenção de sinal que adotamos, e deve ser medido do eixo + z em direção ao eixo + y . Por comparação, na Figu­ ra 6.35c, e = -tg-1 413 = -53,1 o (ou e = + 306,9°). Assim, lz tg () Iy 1,067(10-3) m4 tg a' = 0,2667(10-3) m4 tg (-53 ' 1 °) = -79,4° tg Q' = Iy = - u2 (0,04 m) (0,100 m)3 + + (0,100 m)(0,04 m)(0,0890 m - 0,05 m) 2 [ + 112 (0,200 m)(0,03 m)3 + ] + (0,200 m)(0,03 m)(O,l15 m - 0,0890 m) 2 ] Resposta Q' As componentes do momento são mostradas na Figura 6.36c. Por inspeção, a maior tensão Esse resultado é mostrado na Figura 6.35c. Usando o valor de tração ocorre no ponto B, visto que, por superposição, am­ de z calculado acima, verifique, usando a geometria da seção bas as componentes do momento criam uma tensão de tra­ transversal, que obtemos a mesma resposta. ção naquele lugar. De maneira semelhante, a maior tensão de compressão ocorre no ponto C. Assim, ,Jf�m� llfl�� rs. n �: / =-"" �x "' - = a=�""0 �"' '"h'"'"'" MzY = � ;; \% "s.- Uma viga em T está sujeita a um momento fietor de 15 kN m, como mostra a Figura 6.36a. Determine a tensão normal máxima na viga e a orientação do eixo neutro. · Myz u = -�+ �Iy Iz 7,50 kN m( -0,100 m) 12,99 kN · m(0,0410 m) us = 20,53(10-6 ) m4 + 13,92(10-6) m4 = 74,8 MPa 7,50 kN · m(0,020 m) 12,99 kN m( -0,0890 m) + uc = 13,92(10-6 ) m4 20,53(10-6 ) m4 Resposta = -90,3 MPa · · SOLUÇÃO Os eixos y e z são eixos principais de inércia. Por quê? Pela Figura 6.36a, ambas as componentes do momento são positivas. Temos Componentes do momento interno. (15 kN m) cos 30° = 12,99 kN m Mz = (15 kN m) sen 30° = 7,50 kN m MY = Tensão de flexão máxima. · · · · Por comparação, a maior tensão normal é, portanto, de com­ pressão, e ocorre no ponto C. Orientação do eixo neutro. Quando aplicamos a Equa­ ção 6.19, é importante ter certeza de que os ângulos e O a FLEXÃO 221 z 0,02m ,\ 0,02 m 0,080m (, 0,080m z r-- 0,03m O,lOOm L (a) O,lOO m SO kN m B r -__ . � ,__ _, z J (c) � \12,99 kN·m 0,0890m .. -- (d) Figura 6.36 a Resposta O eixo neutro é mostrado na Figura 6.36d. Como esperado, ele se encontra entre o eixo y e a linha de ação de M. � "' "'"" = (b) y foram definidos corretamente. Como já dissemos, y deve representar o eixo para o momento principal de inércia mí­ nimo e z deve representar o eixo para o momento princi­ pal de inércia máximo. Aqui, esses eixos estão posicionados adequadamente, visto que Iy < Iz . Usando essa configuração' O e são positivos quando medidos do eixo + z em direção ao eixo +y. Por consequência, pela Figura 6.36a, (} = +60°. Assim, E�El\l16U.fl� l>.�m z y z -'------+-H--....-,tJ u -f- · A seção em Z mostrada na Figura 6.37a está sujeita ao momento fletor M = 20 kN m. Usando os métodos apresentados no Apêndice A (veja Exemplo A.4 ou A.5), os eixos principais y e z estão orientados como mostra a figura, de tal modo que representam os momentos prin­ cipais de inércia mínimo e máximo, IY = 0,960(10-3)m4 e Iz = 7,54(10-3)m4, respectivamente. Determine a tensão normal no ponto P e a orientação do eixo neutro. SOLUÇÃO Para usar a Equação 6.19, é importante que o eixo z seja o eixo principal para o momento de inércia máximo, o que ele é, porque a maior parte da área está em uma posição mais afastada desse eixo. Componentes do momento interno. Pela Figura 6.37a, M = 20 Y Mz = 20 kN m sen 57,1 kN · m cos 57,1 · 16,79 kN · m o = 10,86 kN · m o = Tensão de flexão. Em primeiro lugar, devem ser deter­ minadas as coordenadas y e z do ponto P. Observe que as coordenadas y ' e z ' de P são ( -0,2 m, 0,35 m). Usando os triângulos colorido e sombreado da construção mostrada na Figura 6.37b, temos yP = - 0,35 sen 32,9° - 0,2 cos 32,9° = -0,3580 m Zp = 0,35 cos 32,9° - 0,2 sen 32,9° = 0,1852 m RESISTÉÕNCIA DOS MATERIAIS 222 z ' Problemas 6.102/103 N *6.104. A viga tem seção transversal retangular. Se estiver sujeita a um momento fletor M = 3.500 N · m direcionado como mostra a figura, determine a tensão de flexão máxima na viga e a orientação do eixo neutro. Figura 6.37 z Aplicando a Equação 6.17, temos = 3.500 N·m (10,86 kN m)( -0,3580 m) � � 7,54(10-3) m4 · ------ -- --- = 3,76 MPa m) (16,79 k N · m)(0,1852 � � 0,960(10-3) m4 +� ----- -- A viga em T está sujeita a um momento fletor 15 k N m direcionado, como mostra a figura. Determine O ângulo () = 57,1 o é mostra- a tensão de flexão máxima na viga e a orientação do eixo neu­ tro. A localização y do centroide, C, deve ser determinada. Resposta Orientação do eixo neutro. [ 7,54(10-3)-3)m4m4 do na Figura 6.37a. Assim, tg a = 0,960(10 a = 85,3° Problema 6.104 J tg 57'1 6.105. M= · y o Resposta O eixo neutro está localizado como mostra a Figura 6.37b. 6.102. A viga-cmxao está sujeita a um momento fletor M = 25 kN · m direcionado, como mostra a figura. Determi­ H 50 mm ne a tensão de flexão máxima na viga e a orientação do eixo Problema 6.105 neutro. 6.103. Determine o valor máximo do momento fletor M 6.106. Se o momento interno resultante que age na seçã o de modo que a tensão de flexão no elemento não ultrapasse transversal da escora de alumínio tiver valor M = 520 N m 100 MPa. e for direcionado como mostra a figura, determine a tensão · FLEXÃO 223 y do centroide C de flexão nos pontos A e B. A localização ser determinada. deve escora da transversal seção da área da Especifique, também, a orientação do eixo neutro. 6.107. O momento interno resultante que age na seção M = 520 N · m e transversal da escora de alumínio tem valor Determine a tensão figura. a mostra como cionado está dire C localização A centroide do y escora. na máxima o flexã de da área da seção transversal da escora deve ser determinada. Especifique, também, a orientação do eixo neutro. y X 150 N y 150 N Problema 6.109 6.110. A tábua é usada como uma trave de assoalho sim­ plesmente apoiada. Se um momento ftetor M = 1 ,2 kN . m for aplicado a 3 o em relação ao eixo z, determine a tensão desenvolvida na tábua no canto A. Compare essa tensão com a desenvolvida pelo mesmo momento aplicado ao longo do eixo z (O = 0°). Qual é o ângulo para o eixo neutro quando O = 3°? Comentário: Normalmente, as tábuas do assoalho seriam pregadas à parte superior da viga de modo que e = oo Problemas 6.106/107 e a alta tensão devida a um mau alinhamento eventual não ocorreria. '6.108. O eixo de 30 mm de diâmetro está sujeito às car­ gas vertical e horizontal de duas polias como mostra a figura. O eixo está apoiado em dois mancais em A e B, que não oferecem nenhuma resistência à carga axial. Além do mais, podemos considerar que o acoplamento ao motor em C não oferece nenhum apoio ao eixo. Determine a tensão de flexão máxima desenvolvida no eixo. X y X 150 N Problema 6.110 150 N Problema 6.108 6.109. O eixo está sujeito às cargas vertical e horizon­ tal de duas polias, como mostra a figura, e está apoiado em. dois mancais em A e B, que não oferecem nenhuma �es�stência à carga axial. Além do mais, podemos consier ar que acoplamento ao motor em C não oferece ne­ nh�m apoio ao eixo. Determine o diâmetro d exigido para erxo se a tensão de flexão admissível para o material for uadm = 180 MPa. 0 Considere o caso geral de uma viga prismática sujei­ ta às componentes de momento ftetor M,. e Mz, como mos­ tra a figura, quando os eixos x, y, z passam pelo centroide da seção transversal. Se o material for linear elástico, a ten­ são normal na viga é uma função linear da posição tal que u = a + by + cz. Usando as condições de equilíbrio O = IAu dA, MY = IAz a dA, Mz = IA -ya dA, determine as cons­ tantes a, b e c e mostre que a tensão normal pode ser de­ terminada pela equação a = [-(MzIy + MyIyz)y + (MyIz + MzIYZ )z]I(IyIz - Iyz2) , onde os momentos e produtos de inércia são definidos no Apêndice A. 6.111. 224 RESISTÍ:NCIA DOS MATERIAIS inércia I = 0,060(10-3)m4 e Iz = 0,471(10-3)m4, calculados em torno d6s eixos principais de inércia y e z, respectivamente. Se a seção for submetida a um momento interno M = 250 N . m direcionado na horizontal, como mostra a figura, determ ine a tensão produzida no ponto B. Resolva o problema usando a Equação 6.17. X Problema 6.111 O eixo de aço de 65 mm de diâmetro está sujeito a duas cargas que agem nas direções mostradas na figura. Se os mancais em A e B não exercerem uma força axial sobre o eixo, determine a tensão de flexão máxima absoluta desen­ volvida no eixo. *6.112. Para a seção, Ii = 31,7(10-6)m4, 12, = 114(10-6)m4, 15,1(10-6)m4• Usando as técnicas apresentadas no Apêndice A, a área da seção transversal do elemento tem momentos principais de inércia IY = 29,0(10-6)m4 e I, = 117(10-6)m\ calculados em torno dos eixos principais de inércia y e z, respectivamente. Se a seção for submetida a um momento M = 2.500 N · m direcionado como mostra a Problema 6.112 figura, determine a tensão produzida no ponto A, usando a 6.113. O eixo de aço está sujeito às duas cargas que agem Equação 6.17. nas direções mostradas na figura. Se os mancais em A e B 6.118. Resolva o Problema 6.117 usando a equação desen­ não exercerem uma força axial sobre o eixo, determine o di­ volvida no Problema 6.111. âmetro exigido para o eixo, se a tensão de flexão admissível for cradm = 180 MPa. Iy'z' = Problemas 6.114/115/116 6.117. .3··0·..o··� kN ·. 1,25m . · j .. ylmy 1,25m . . B / Problema 6.113 6.114. Usando as técnicas descritas no Apêndice A, Exem­ Problemas 6.117/118 plo A.5 ou A.6, a seção em Z tem momentos principais de inércia IY = 0,060(10-3)m4 e I, = 0,471(10-3)m4, calculados em torno dos eixos principais de inércia y e z, respectiva­ *6.6 Vigas compostas mente. Se a seção for submetida a um momento interno M = 250 N · m direcionado na horizontal, como mostra a Vigas construídas com dois ou mais materiais di­ figura, determine a tensão produzida no ponto A . Resolva o ferentes são denominadas vigas compostas. Citamos problema usando a Equação 6.17. como exemplos as de madeira com tiras de aço nas 6.115. Resolva o Problema 6.114 usando a equação desen­ partes superior e inferior (Figura 6.38a) ou as mais co­ volvida no Problema 6.111. muns, vigas de concreto reforçadas com hastes de aço (Figura 6.38b ). Os engenheiros projetam essas vigas de *6.116. Usando as técnicas descritas no Apêndice A, Exem­ propósito, para desenvolver um meio mais eficiente de plo A.S ou A.6, a seção em Z tem momentos principais de FLEXÃO suportar cargas aplicadas. Por exemplo, na Seção 3.3 foi dem onstrado que o concreto é excelente para resistir à tensão de compressão, mas muito ruim para resistir à tensão de tração. Por consequência, as hastes de refor­ ço de aço mostradas na Figura 6.38b foram colocadas na zona de tensão da seção transversal da viga para que elas resistam às tensões de tração resultantes do mom ento M. Visto que a fórmula da flexão foi desenvolvida para vigas de material homogéneo, ela não pode ser aplica­ da diretamente para determinar a tensão normal em uma viga composta. Entretanto, nesta seção, desenvol­ veremos um método para modificar ou "transformar" a seção transversal da viga em uma seção feita de um único material. Feito isso, a fórmula da flexão poderá ser usada para a análise de tensão. Para explicar como aplicar o método da seção trans­ formada, considere a viga composta feita de dois ma­ teriais, 1 e 2, com áreas de seção transversal mostradas na Figura 6.39a. Se um momento fletor for aplicado a essa viga, então, como ocorre com uma viga de mate­ rial homogéneo, a área total da seção transversal per­ manecerá plana após a flexão e, por consequência, as deformações normais variarão linearmente de zero no eixo neutro a máxima no material mais afastado desse eixo (Figura 6.39b ). Contanto que o material apresente comportamento linear elástico, a lei de Hooke se apli­ ca e, em qualquer ponto no material l, a tensão normal é determinada por cr = E1 E. De maneira semelhante, para o material 2, a distribuição de tensão é determi­ nada por cr = E2E. É óbvio que, se o material l for mais rígido que o material 2, por exemplo, aço e borracha, a maior parte da carga será suportada pelo material l, visto que E1 > E2• Considerando que seja esse o caso, a distribuição de tensão será semelhante à mostrada na Figura 6.39c ou 6.39d. Em particular, observe o sal­ to na tensão que ocorre na junção entre os materiais. Nesse local, a deformação é a mesma, porém, visto que os módulos de elasticidade ou rigidez para os materiais mudam repentinamente, a tensão também muda. A lo­ calização do eixo neutro e a determinação da tensão máxima na viga, usando essa distribuição de tensão, pode ser baseada em um procedimento de tentativa e erro. Isso requer satisfazer as seguintes condições: a distribuição de tensão produz uma força resultante nula na seção transversal e o momento da distribuição de tensão em torno do eixo neutro deve ser igual a M . Contudo, u m modo mais simples d e cumprir essas duas condições é transformar a viga em outra, feita de um único material. Por exemplo, se considerarmos que a viga é feita inteiramente do material 2, menos rígido, então a seção transversal seria semelhante à mostrada na Figura 6.39e. Nesse caso, a altura h da viga perma­ nece a mesma, já que a distribuição de tensão de defor­ mação mostrada na Figura 6.39b deve ser preservada. 225 (a) (b) Figura 6.38 Todavia, a porção superior da viga tem de ser alargada, de modo a poder suportar uma carga equivalente à su­ portada pelo material l, mais rígido, na Figura 6.39d. A largura necessária pode ser determinada considerando a força dF que age em uma área dA = dz dy da viga na Figura 6.39a. Essa força é dF = cr dA = (E1E) dz dy. Por outro lado, se a largura de um elemento corres­ pondente de altura dy na Figura 6.39e for n dz, então dF' = cr'dA' = (E2E)n dz dy. Igualando essas duas forças de modo a produzirem o mesmo momento em torno do eixo z, temos ou (6.20) Esse número adimensional n é denominado fator de transformação. Esse fator indica que a seção trans­ versal com largura b na viga original (Figura 6.39a) deve ser aumentada na largura para b2 = nb na região onde o material l está sendo transformado no material 2 226 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS y X ( a) � bj Variação da tensão de flexão (d ) JL---J1 f-b Variação da tensão de flexão (vista lateral) (c) Variação da deformação normal (vista lateral) (b) X Viga transformada para o material@ (e) X = n'b Viga transformada para o material(D (f) Variação da tensão de flexão para a viga transformada para o material@ ( g) Variação da tensão de flexão para a viga transformada para o material(!) (h ) Figura 6.39 (Figura 6.39e). De um modo semelhante, se o material 2, menos rígido, for transformado no material 1 , mais rígido, a seção transversal será semelhante à mostrada na Figura 6.39f. Aqui, a largura do material 2 foi muda­ da para b1 = n' b, onde n' = E/E1• Observe que, nesse caso, o fator de transformação n ' deve ser menor do que um, visto que E 1 > E2 • Em outras palavras, preci­ samos uma quantidade menor do material mais rígido para suportar um determinado momento. Assim que a viga tenha sido transformada em ou­ tra feita de um único material, a distribuição de tensão normal na seção transversal transformada será linear, como mostra a Figura 6.39g ou 6.39h. Por consequên­ cia, o centroide (eixo neutro) e o momento de inércia para a área transformada podem ser determinados, e a fórmula da flexão pode ser aplicada do modo usual para determinar a tensão em cada ponto na viga trans­ formada. Entenda que a tensão na viga transformada é equivalente à tensão no mesmo material da viga ver­ dadeira. Porém, para o material transformado, a tensão determinada na seção transformada tem de ser multi­ plicada pelo fator de transformação n (ou n '), já que a área do material transformado, dA' = n dz dy, é n ve­ zes a área do material verdadeiro dA = dz dy. Isto é, dF = cr dA = cr'dA' cr dz dy = cr'n dz dy cr = ncr' (6.21) Os exemplos 6.21 e 6.22 ilustram numericamente a aplicação do método da seção transformada. FLEXÃO 227 materi ais diferentes, de modo a suportar uma carga com efi<.:iência � A aplicação da o lllaterial seja homogêneo e, p ortanto a s eção transversal <ia viga deve s er.transfo npada quis��os usar essa fórmula para calcular a tensão de flexão. . .t:x•·�� a[efr:tlftS.tOJ't/itlÇil!o �J,tma�azão entre os módulos dos diferentes materiais que comp õ em a viga.Usado como cqnve:rt�e .as dimensões da seção transversal da viga composta em: uma viga feita de um essa vigatenha a m esma resistência que a viga composta. Assim, o material rígido será ru••�o.t>a.•, de sulbstitutd o porum niateriaimenos' rígjdo e vice-versa. vez determinada .a. tensão na seçã9 transformada, ela deve ser multiplicada pelo fator de transformação para corrtliQS'{(l��.sé:ii\.1 �·-,···- ,._ , . . . mpdo tt1:1e a tensão na viga verdadeira. �� "' E><E I'li�U® l>.2y1 �0 = � Uma viga composta é feita de madeira e reforçada com uma tira de aço localizada em sua parte interior. Ela tem a área de seção transversal mostrada na Figura 6.40a. Se for submetida a um momento fletor M = 2 kN m, determine a tensão normal nos pontos B e C. Considere Eaço = 200 GPa. Emad = 12 GPa. · de aço. Visto que o aço tem rigidez maior do que a madeira (Eaço > Emad), a largura da madeira deve ser reduzida a uma largura equivalente para o aço. Por consequência, deve ser menor do que um. Para que isso ocorra, = EmaiEaço' de modo que baço = nbmad = 12 GPa (150 mm) = 9 mm 200 GPa 11 n A seção transformada é mostrada na Figura 6.40b. A localização do centroide (eixo neutro), calculada em Propriedades da seção. Embora a escolha seja arbitrária, relação aqui, transformaremos a seção em outra feita inteiramente da seção,a éum eixo de referência localizado na parte inferior SOLUÇÃO B 2 kN m A y · �r2kNm 0,210 MPa 3,50 MPa 7,78 MPa (d) 7,78 MPa (c) Figma 6.40 � ��" 228 y = = RESISTtNCIA DOS MATERIAIS 2:-A 2:A [0,01 m](0,02 m)(O,l50 m) + [0,095 m](0,009 m)(O,l50 m) 0,02 m(O,l50 m) + 0,009 m(O,l50 m) y -- = 0,03638 m [ Portanto, o momento de inércia em torno do eixo neutro é 1 !NA = 12 (0,150 m)(0,02 m)3 + · + (0,150 m)(0,02 m)(0,03638 m - 0,01 m) 2 u ] + 2 (0,009 m)(0,150 m)3 + + (0,009 m)(0,150 m)(0,095 m - 0,03638 m) 2 = 9,358(10-6 ) m4 z 18mm lOOmm t-H��1�F==:;�{---JILL_Y A -i f-- N ] (b) Figura 6.41 momento fletor máximo que a viga pode suportar com e Aplicando a fórmula da flexão, a tensão sem o reforço de madeira. Eaço = 200 GPa, Emad = 12 GPa. normal em B' e C é O momento de inércia da viga de aço é Iz = 7,93 106 mm\ e sua área de seção transversal é 5.493,75 mm2• 2 kN m(0,170 m - 0,03638 m) uB' = = 28 '6 MPa SOLUÇÃO 9,358(10-6 ) m4 2 kN m(0,03638 m) Sem a tábua. Neste caso, o eixo neutro coincide com o uc = = 7 '78 MPa Resposta eixo z. A aplicação direta da fórmula da flexão para a viga de 9,358(10-6) m4 aço dá como resultado A distribuição da tensão normal na seção transformada Me (toda de aço) é mostrada na Figura 6.40c. ( uadm )aço = I A tensão normal na madeira, localizada em B na Figura 168 N/mm2 = M(105 mm) 6.40a, é determinada pela Equação 6.21; isto é, 7,93(106) mm4 M = 12,688 kN· m Resposta 12 GPa Tensão normal. A= · x · z O"B = nO"B' = (28, 56 MPa ) = 1,71 MPa 200 GPa Visto que agora temos uma viga composta, devemos transformar a seção em um único material. Será mais fácil transformar a madeira em uma quantidade equi­ Usando esses conceitos, mostre que a tensão normal no valente de aço. Para tal, n = Emad/Eaço Assim, a largura de aço e na madeira no ponto onde elas estão em contato é uma quantidade equivalente de aço é uaço = 3,50 MPa e umact = 0,210 MPa, respectivamente. A distribuição de tensão normal na viga verdadeira é mostra­ 12(103) MPa (300 mm) - 18 mm da na Figura 6.40d. b aço- nbmad 200(103 ) MPa Resposta Com a tábua. . _ _ _ A seção transformada é mostrada na Figura 6.41b. O eixo neutro encontra-se em Para reforçar uma viga de aço, uma tábua de carvalho foi colocada entre seus flanges, como mostra a Figura 6.41a. Se a tensão normal admissível para o aço for ( uadm)aço = 168 MP a e para a madeira for (uactm)mact = 21 MPa, determine o _ �)iA �A [0)(5.493,75 mm2) + [55 mm)(100 mm)(18 mm) 5.493,75 mm2 + 100(18) mm 2 = 13,57 mm y = - = FLEXÃO E 0 229 momento de inércia em torno do eixo neutro é 1 = [7,93 (106) mm2 + 5.493,75 mm2 (13,57 mm?J + [__!__12 (18 mm)(100 mm)3 + + (18 mm)(100 mm)3(55 mm - 13,57 mm) 2 ] (a) A tensão normal máxima no aço ocorrerá na parte infe­ 105 mm 13,57 mm 118,57 mm. O momento máximo baseado na tensão admis­ o aço é rior da viga (Figura 6.41b) . Aqui, c = sível para = + Me (uadm ) aço = I 168 N/mm2 M (118,57 mm) 13,53 X 106 mm4 M = 19,17 kN · m Considera-se concreto fraturado nessa região. A tensão normal máxima na madeira ocorre na parte su­ perior da viga (Figura 6.41b). Aqui, c' 105 mm 13,57 91,43 mm. Visto que u = nu o momento máximo baseado na tensão admissível para a madeira é = mm = mad [ M'c' (uactm )mad = n 1- M (b) - aço' ] 21 N/mm2 = 12(103) MPa M'(91,436mm) 4 200(103) MPa 13,53 X 10 mm M' = 51,79 kN·m Por comparação, o momento máximo é limitado pela tensão admissível no aço. Portanto, Resposta M = 19,17 kN · m OBSERVAÇÃO: Usando a tábua como reforço, conseguimos 48% de capacidade adicional para o momento da viga. *6 .7 Vi gas d e concreto a rm a d o Todas a s vigas sujeitas a flexão pura devem resistir a tensões de tração e compressão. Porém, o concreto é muito suscetível a fratura quando está sob tração, portanto, por si só, não seria adequado para resistir a um momento fletor.* Para contornar essa deficiência, os engenheiros colocam hastes de reforço de aço no interior das vigas de concreto no local onde o concreto A inspeção de seu diagrama tensão-deformação particular na Figura 3.11 revela que o concreto pode ser 12,5 vezes mais resis­ tente sob compressão do que sob tração. ( c) Figura 6.42 está sob tração (Figura 6.42a). Para maior efetividade, essas hastes são localizadas o mais longe possível do eixo neutro da viga, de modo que o momento criado pelas forças desenvolvidas nas hastes seja maior em torno do eixo neutro. Por outro lado, também é neces­ sário cobrir as hastes com concreto para protegê-las da corrosão ou da perda de resistência se ocorrer um in­ cêndio. Em situações reais de projeto com concreto ar­ mado, a capacidade do concreto de suportar qualquer carga de tração é desprezada, visto que a possível fra­ tura do concreto é imprevisível. O resultado é que se considera que a distribuição da tensão normal que age na área da seção transversal de uma viga de concreto armado é semelhante à mostrada na Figura 6.42b. A análise da tensão requer localizar o eixo neutro e determinar a tensão máxima no aço e no concreto. Para tal em primeiro lugar, a área de aço A é transformada em uma área equivalente de concreto usando o fator de transformação n = E /E . Essa razão, que dá n > 1, , aço aço cone 230 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS é escolhida, porque é preciso uma quantidade "maior" de concreto para substituir o aço. A área transformada é nAaço, e a seção transformada é semelhante à mostrada na Figura 6.42c. Aqui, d representa a distância entre a parte superior da viga até o aço (transformado), b é a largura da viga e h ' é a distância ainda desconhecida entre a parte superior da viga e o eixo neutro. Podemos obter h' usando o fato de que o centroide C da área da seção transversal da seção transformada se encontra no eixo neutro (Figura 6.42c). Portanto, com referência ao eixo neutro, o momento das duas áreas, �yA, deve ser nulo, visto que y = �yAf4.A = O. Assim, bh' (�) - nAaço (d - 300 mm (h') !i_ - 7.856 mm2(400 mm h') = O 2 h'2 + 52,37h' - 20.949,33 = o Resolvendo para a raiz positiva, h' = mm Usando esse valor para h', o momento de inércia da seção 120,90 [_!_ transformada, calculado em torno do eixo neutro, é I = 12 ( 300 mm)(120,90 mm) 3 + 300 mm(120,90 mm) h') = O ( 120·�mm r ] + 7.856mm 2 ( 400mm - 120,9 mm)2 Uma vez obtida h ' por essa equação quadrática, a solução prossegue da maneira usual para obter a ten­ são na viga. = 788,67 X 106 mm Aplicando a fórmula da flexão à seção transformada, a tensão normal máxima no concreto é Tensão normal. (<TconJmáx 788,67 X 106 mm4 A viga de concreto armado tem a área de seção transver­ sal mostrada na Figura 6.43a. Se for submetida a um momen­ = 9,20 M to fietor M = 60 kN m, determine a tensão normal em cada Resposta uma das hastes de reforço de aço e a tensão normal máxima A tensão normal à qual a tira "de concreto" resiste e que é no concreto. Considere E = 200 GPa e Econe = 25 GPa. substituída pelo aço é = 60 kN · m (1.000 mm/m)(120,90 mm)(l.OOO N/kN) · aço SOLUÇÃO 60 kN · m (1.000 mm/m)(l.OOO N /kN)(400 m - 120,90 mm) Visto que a viga é feita de concreto, na análise que faremos a lT�onc = 788,67 X 106 mm4 seguir desprezaremos sua resistência à tensão de tração. = 21,23 MPa Propriedades da seção. A área total de aço, Aaço 2[7r(12,5 mm)2] = 982 mm2 será transformada em uma área A tensão normal em cada uma das duas hastes de reforço é, equivalente de concreto (Figura 6.43b). Aqui, portanto, ( 200(103 ) MPa 21 '23 MPa = 169 84 MPa u = nu'c 200(103) MPa (982 mmz ) = 7.856 mm2 one = a A ' = nAa = ço 25(103) MPa ço 25(103) MPa = ) ' Resposta Exige-se que o centroide se encontre no eixo neutro. Assim, A distribuição da tensão normal é mostrada graficamente na Figura 6.43c. �yA O ou = , N Barras de 25 mm de diâmetro ( a) 50 mm t c j 400 mm ���� = 7.856 mm2 (b) Figura 6.43 169,84 MPa 169,84 MPa (c) FLEXÃO *6.8 Vigas cu rvas A fórmula da flexão aplica-se a um elemento pris­ átic m o reta, já que demonstramos que, para um ele­ mento reto a deformação normal varia linearmente em relação ao eixo neutro. Entretanto, se o elemento for curvo, essa premissa torna-se inexata e, portanto, temos de desenvolver outra equação que descreva a distribuição de tensão. Nesta seção, consideraremos a análise de uma viga curva, isto é, um elemento que tem um eixo curvo e está sujeito a flexão. Como exemplos típicos, citamos ganchos e elos de corrente. Em todos os casos, os elementos não são delgados; mais exata­ mente, têm uma curva acentuada, e as dimensões de suas seções transversais são grandes, em comparação com o raio de curvatura. A análise a ser considerada supõe que a área da seção transversal é constante e tem um eixo de sime­ tria perpendicular à direção do momento aplicado M (Figura 6.44a). Além disso, o material é homogé­ neo e isotrópico e comporta-se de maneira linear elástica quando a carga é aplicada. Como no caso de urna viga reta, também admitiremos que as seções transversais do elemento permanecem planas após a aplicação do momento. Além do mais, qualquer dis­ torção da seção transversal dentro de seu próprio plano será desprezada. Para realizar a análise, três raios, que se estendem do centro de curvatura O' do elemento, são identifi­ cados na Figura 6.44a. São os seguintes: r, que indica a localização conhecida do centroide para a área da seção transversal; R, que indica a localização ainda não especificada do eixo neutro, e r, que indica a lo­ calização de um ponto arbitrário ou elemento de área dA na seção transversal. Observe que o eixo neutro se encontra no interior da seção transversal, visto que o momento M cria compressão nas fibras superiores da viga e tração nas fibras inferiores, e, por definição, o eixo neutro é uma reta onde a tração e a deforma­ ção são nulos. Se isolarmos um segmento diferencial da viga (Fi­ gura 6.44b), a tensão tende a deformar o material de tal modo que cada seção transversal sofrerá uma rota­ ção de um ângulo [5()/2. A deformação normal E na tira de material localizada em r agora será determinada. Essa tira tem comprimento original r d() (Figura 6.44b ). Contudo, devido às rotações M/2, a mudança total no comprimento da tira é oe(R - r). Por consequência, E= 8e(R - r) r de 231 Definindo k = o()/de, que é constante para qualquer elemento particular, temos ( ) R-r E = k -r Diferentemente do caso das vigas retas, podemos ver, aqui, que a deformação normal é uma função não­ linear de r; na verdade, ela varia de maneira hiperbó­ lica. Isso ocorre ainda que a seção transversal da viga permaneça plana após a deformação. Visto que o mo­ mento provoca comportamento elástico no material, a lei de Hooke se aplica e, portanto, a tensão em função da posição é ( ) R-r cr = Ek -r (6.22) Essa variação também é hiperbólica e, uma vez que agora já foi definida, podemos determinar a localiza­ ção do eixo neutro e relacionar a distribuição de ten­ são ao momento interno resultante M. Para obter a localização R do eixo neutro, exige­ se que a força interna resultante provocada pela dis­ tribuição de tensão que age na seção transversal seja nula; isto é, 1 cr dA = O 1 Ek( R ; r ) dA = O {}A dAr - }A{ dA = O Visto que Ek e R são constantes, temos R Resolvendo para R, obtemos R= { A dA }A r (6.23) Nessa expressão, R = localização do eixo neutro, determinada em re­ lação ao centro de curvatura O' do elemento A = área da seção transversal do elemento r = posição arbitrária do elemento de área dA na seção transversal, determinada em relação ao centro de curvatura O' do elemento A integral na Equação 6.23 pode ser calculada para várias geometrias de seção transversal. A Tabela 6.2 apresenta os resultados para algumas seções transver­ sais comuns. 232 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Centroide N M y dA r O' R ( a) M ISO -(R - r) M 2 Variação da tensão de flexão (vista lateral) (c) (b) N O' ( e) ( d) Figura 6.44 FLEXÃO M = EkA(r - R) Resolvendo para Ek na Equação 6.22, substituindo na equação acima e resolvendo para u, temos j dA Área For ma A 233 r (]" = ----,---- M(R - r) Ar(r - R) (6.24) u = tensão normal no elemento Nessa expressão, (rz - rl) 2 b r� I I 'Tf'C2 7rab b 'z (rz - rl) (ln � ) M = momento interno, determinado pelo método -b z'Tr (r - �) 27rb a- (r- � r2 - a2 ) Para relacionar a distribuição de tensão com o mo­ mento fletor resultante, exige-se que o momento inter­ no resultante seja igual ao momento da distribuição de tensão calculado em torno do eixo neutro. Pela Figura 6.44a, a tensão u que age sobre um elemento de área dA localizado a uma distância y do eixo neutro cria uma força dF = u dA no elemento e um momento em torno do eixo neutro dM = y (u dA) . Esse momento é positivo, visto que, pela regra da mão direita, ele está direcionado na mesma direção de M. Para a seção transversal inteira, exige-se M = fyu dA. Uma vez que y = R - r, e u é definida pela Equa­ ção 6.22, temos M= 1 (R - r)Ek(R ; r ) dA Expandindo essa expressão, e entendendo que Ek e R são constantes, obtemos A primeira integral é equivalente a A/R como de­ terminado pela Equação 6.23, e a segunda integral é simplesmente a área de seção transversal A. Perceben­ do que a localização do centroide da seção transver­ sal é determinada por r = Jr dA/A, a terceira integral pode ser substituída por rA. Assim, podemos escrever das seções e equações de equilíbrio e calcu­ lado em torno do eixo neutro para a seção transversal. Esse momento é positivo se ten­ der a aumentar o raio de curvatura do ele­ mento, isto é, se tender a recuperar a forma reta do elemento A = área da seção transversal do elemento R = distância medida do centro de curvatura até o eixo neutro, determinada pela Equação 6.23 r = distância medida do centro de curvatura até o centroide da área da seção transversal r = distância medida do centro de curvatura até o ponto onde a tensão u deve ser determinada Pela Figura 6.44a, y = R - r ou r = R - y. Além disso, a distância constante e normalmente muito pequena é e = r - R. Quando esses resultados são substituídos na Equação 6.24, podemos escrever também (]" = ----,-----,Ae(R - y ) My (6.25) Essas duas últimas equações representam duas for­ mas da chamada fórmula da viga curva, que, como a fórmula da flexão, pode ser usada para determinar a distribuição de tensão normal em elementos curvos. Essa distribuição de tensão, como dissemos antes, é hi­ perbólica; um exemplo é mostrado nas Figuras 6.44c e 6.44d. Visto que a tensão age na direção da circunfe­ rência da viga, às vezes ela é denominada tensão cir­ cunferencial. Todavia, devemos perceber que, devido à curvatura da viga, a tensão circunferencial criará uma componente correspondente de tensão radial, assim denominada porque essa componente age na direção radial. Para mostrar como ela é desenvolvida, conside­ re o diagrama de corpo livre mostrado na Figura 6.44e, que é um segmento da parte superior do elemento diferencial na Figura 6.44b. Aqui, a tensão radial u, é necessária, visto que ela cria a força dF, exigida para equilibrar as componentes das forças circunferenciais dF que agem ao longo da reta O' B. Às vezes, as tensões radiais no interior de elementos curvos podem tornar-se significativas, especialmente se o elemento for construído com chapas finas e tiver, por exemplo, a forma de uma seção em I. Nesse caso, a ten- RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 234 como no caso de ganchos ou anéis. Todavia, se o raio de curvatura for maior do que cinco vezes a largura do elemento, a fórmula da flexão pode ser usada nor­ malmente para determinar a tensão. Especificamente, para seções retangulares para as quais essa razão é igual a 5 , a tensão normal máxima, quando determ i­ nada pela fórmula da flexão, será aproximadamente 7 % menor do que seu valor determinado pela fór­ mula da viga curva. Esse erro é reduzido mais ainda quando a razão entre o raio de curvatura e a largura for maior que 5. * são radial pode tornar-se tão grande quanto a tensão circunferencial e, por consequência, o elemento deve ser projetado para resistir a ambas as tensões. Entre­ tanto, na maioria dos casos, essas tensões podem ser desprezadas, em especial se a seção transversal do ele­ mento for sólida. Então, a fórmula da viga curva dará resultados muito próximos daqueles determinados por meios experimentais ou por análise matemática basea­ da na teoria da elasticidade. Geralmente, a fórmula da viga curva é usada quan­ do a curvatura do elemento é muito pronunciada, A fórmula da viga curva d eve ser :usada para determinar a tensão cir,cuttferertci!ll curvatura for menor do. qu:e cinco.vezes a largura da viga. • Devido à curvatura da viga, a deformação normal na viga não varia linearmente com a largu ra , como ""'"""""" <>� viga reta. O resultado é que o eÍiíO neutro n ão pa�sapelo centroide da seção transversal. • A coJ1Ipon ente da tensã o radial causada pela :flexão pode, em geral, ser desprezada, especialmente se versal for urna seção sólida e não for feita .de chapas finas. • a li uinte procedimento. Para p car a fórmula da viga curva, sugerimos o seg Propriedades da seção r el ação ao centro de curvatura. e a localização do entroide, r , medida Calcule a localização do eixo neutro, R, usando a Equação 6.23 ou a Tabela 6.2. Se a área de seção transversal con sistir em n p arte s comp ost as , calcule J dA/r para cada parte. Ent ão, pela Equaç ã o 6.23, para a s eção inteira, !,Ai!,(! dA/r). Em todos os casos, R < r. R • Determine a área da seção transversal A • " = Tensão normal en ã ist n até " Visto que que s a ã e a tensão Uma em c " em nt at u t é determinada l Equação aã use ã um p o o r af s ado do centro de c rva ur a pe a " A t s o normal localizada 6.24. Se a o p on o for medida em rel ç o ao eixo neutro, então calcu e e = r - R e a Equ ç o 6.25. d â cia y r - R ger lm te r d z número muito pequeno, é me hor calcular r e R com precis o suficiente para a ubtr ç o dê número e q e m ínim três algarismos significativos. • S for positiva, será de ra o, for neg iv , será de compressão. • distribuição de te s o em toda seção transversal pode ser apr se t da de forma gráfica, ou um eleme to de volume do material pode ser isolado e usado para representar a que age no ponto na seção transversal onde foi calculada. � e�m�Pl11���.2�� "' � 2 t aã a en p o u um um u tenha no o t çã ao passo que, se nã a l at a e na tensão Momento interno. Visto que M tende a aumentar o raio de curvatura da barra, ele é positivo. Propriedades da seção. A localização do eixo neutro é determinada pela Equação 6.23. Pela Figura 6.45a, temos mm (20 mm) = 90mm 1 10 mm = (200 mm) 90mm dr r ln r u d SOLUÇÃO n f dA = llO J A r J!i Uma barra de aço com seção transversal retangular tem a forma de um arco de círculo como mostra a Figura 6.45a. Se a tensão normal admissível for = 140 MPa, deter­ mine o momento fletor máximo M q�empode ser aplicado à barra. Qual seria esse momento se a barra fosse reta? l É = 4,0134 mm claro que esse mesmo resultado pode ser obtido direta­ mente pela Tabela 6.2. Assim, R (20 mm)(20 mm) =� f dA = 4,0134 mm A r ""' 99 '666 mm ' Veja, por exemplo, Boresi, A. P., et ai., Advanced mechanics of materiais. 3. ed. Nova York: John Wiley & Sons, 1978, p. 333. FLEXÃO 235 M 122,5 MPa M O' (b) (a) Figura 6.45 Deve-se observar que, em todos os cálculos que fizemos, R 174.153 N · mm(99,666 mm - 90 mm) = (20 mm)(20 � foi determinado com vários algarismos significativos para mm)(110 mm)(100 mm - 99,666 mm) garantir que Cr - R) tenha uma precisão de, no mínimo, três = 122,5 N /mm2 algarismos significativos. Não sabemos se a tensão normal atinge seu máximo na A distribuição da tensão é mostrada na Figura 6.45b. parte superior ou na parte inferior da barra, portanto, temos Se a barra fosse reta, então de calcular o momento M para cada caso separadamente. Visto que a tensão normal na parte superior da barra é de Me u=compressão, u = -140 MP a. I M(10 mm) 140 N/mm2 = fz- (20 mm)(20 mm)3 M = 186.666,7 N mm = 0,187 kN m Resposta -140 N/mm2 OBSERVAÇÃO: Isso representa um erro de aproximadamen­ te 7% em relação ao valor mais exato determinado acima. M(99,666 mm - 110 mm) (20 mm)(20 mm)(110 mm)(100 mm - 99,666 mm) (T ---------------- ---- adm · · M = 199.094 N · mm = 0,199 kN · m A barra curva tem a área de seção transversal mostrada De maneira semelhante, a tensão normal na parte inferior da na Figura 6.46a. Se estiver sujeita a momentos fletores de barra será de tração, portanto, u = + 140 MPa, e 4 kN · m, determine a tensão normal máxima desenvolvida na barra. M(R r;) u = Ari ( r - R) SOLUÇÃO M(99,666 mm 90 ) 140 N/mm2 (20 mm)(20 mm)(90 mm)(100 mm - 99,666 mm) Momento interno. Cada seção da barra está sujeita ao mesmo momento interno resultante de 4 kN m. Visto que esse momento tende a diminuir o raio de curvatura da barra, ele é negativo. Assim, M = - 4 kN · m. M = 174.153 N · mm = 0,174 kN · m Resposta Propriedades da seção. Aqui, consideraremos que a se­ ção transversal é composta por um retângulo e um triàngulo. Por comparação, o momento máximo que pode ser apli­ A área total da seção transversal é cado é 0,174 kN · m e, portanto, a tensão normal máxima ocorre na parte inferior da barra. A tensão de compressão na 2:A = (0,05 m) 2 + (0,05 m)(0,03 m) = 3,250(10-3 ) m2 parte superior da barra é, então, adm mm · � o 236 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 4 kN·m 4 kN·m 4 kN·m O' A A ( a) 129 MPa (b) Figura 6.46 A localização do centroide é determinada em relação ao centro de curvatura, ponto O' (Figura 6.46a). _ r= M(R - rB ) BArB (r - R) (J' 2:rA 2: A ( -4 kN m)(0,23142 m - 0,200 m) - 3,2500(10-3 ) m2 (0,200 m)(0,00166 m) = -116 MPa · [0,225 m](0,05 m)(0,05 m) + [0,260 mH (o,050 m)(0,030 m) No ponto A, rA = 0,280 m e a tensão normal é 3,250(10-3) m2 M(R - rA ) ( -4 kN m)(0,23142 m - 0,280 m) = 0,23308 m A - Ar (r - R ) - 3,2500(10-3 m2 (0,280 m)(0,00166 m) ) A Resposta = 129 MPa Podemos calcular !TA dA/r para cada parte pela Tabela 6 .2. Para o retângulo, Por comparação, a tensão normal máxima ocorre em A. 0,250 m = 0,011157 m { dA = Uma representação bidimensional da distribuição de tensão m ln 0,05 JA--;:0,200 m é mostrada na Figura 6.46b. (J' ( E, para o triângulo, 1 dA = A r = ( (0,05 m)(0,280 m) 0,280 m (0,280 m - 0,250 m) ln 0,250 m ) _ 0'05 m = 0,0028867 m 1 dA/r 2:A ---- 2: • ) Assim, a localização do eixo neutro é determinada por R= - 0,011157 m + 0,0028867 m = 0'23142 m Observe que R < r, como esperado. Além disso, os cálcu­ los foram realizados com precisão suficiente, de modo que (r -R) = 0,23308 m - 0,23142 m = 0,00166 m tenha preci­ são de três algoritmos significativos. Tensão normal. A tensão normal máxima ocorre em A ou em B. Aplicando a fórmula da viga curva para calcular a ten­ são normal em B, r8 = 0,200 m, temos 6 .9 Conce ntrações d e tensão A fórmula da flexão, umáx = Me/I, pode ser usada para determinar a distribuição de tensão em regiões de um elemento onde a área da seção transversal é cons­ tante ou ligeiramente cônica. Entretanto, se a seção transversal mudar repentinamente, a distribuição de tensão normal e a distribuição de tensão de deforma­ ção na seção tornam-se não lineares e podem ser obti­ das por meios experimentais ou, em alguns casos, por análise matemática usando a teoria da elasticidade. Entre as descontinuidades comuns, citamos entalhes na superfície de elementos (Figura 6.47a), furos para a passagem de elementos de fixação ou outros itens (Fi­ gura 6.47b) ou mudanças abruptas nas dimensões ex­ ternas da seção transversal do elemento (Figura 6.47c). A tensão normal máxima em cada uma dessas descon­ tinuidades ocorre na seção que passa pela menor área de seção transversal. Para o projeto, em geral, é importante conhecer a tensão normal máxima desenvolvida nessas seções, e não a distribuição de tensão verdadeira em si. Como FLEXÃO r-f: 2,0 I I 1,9 1,8 '.\ I \ \ \\ 1,7 K 1,6 \ .\ 1,5 _LIII!Ii;t')? i r I-;I-II-1- I-f-- \V \V 3 ----- h - 1 '5 \ " ''· I � 1 '25 \ " h= <� >-I w 1 1_"' ...... j::,,::::J � � .._1 "':y -= h ' \ \ \,.\; \ " \ ,\ 1,4 1,3 1,2 h / w ---IL i'- 1,1 1,0 / 7 h=4 I� 237 o ....... '----+=:.:1����- :::::: �- I I ·: 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 h Figura 6.48 Figura 6.47 nos casos anteriores de barras com cargas axiais e eixos com cargas de torção, podemos obter a tensão normal máxima devida à flexão usando um fator de concentra­ ção de tensão K. Por exemplo, a Figura 6.48 dá valores de K para uma barra chata cuj a seção transversal muda repentinamente com a utilização de filetes. Para usar esse gráfico, basta determinar as relações geométricas wlh e r/h e, então, calcular o valor correspondente de K para uma determinada geometria. Uma vez obtido K, a tensão de flexão máxima é determinada por Me U"máx = K I (6.26) () Aqui, a fórmula da flexão é aplicada à menor área de seção transversal, visto que cr , ocorre na base do filete (Figura 6.50). Da mesma ���eira, a Figura 6.49 pode ser usada se a descontinuidade consistir em sul­ cos ou entalhes regulares. lí�rsJmttll s (),2 0,3 r li Figma 6.49 ���®RmT�rsJmes�-"'�" x 0 _l 0, 1 = ""'*''§{'?� � '?"'-"00>"$"'= "0 "' �=="' "' 7 YJ! " ;; B :::::: � !0 -- "" • Concentrações de tensão em elementos sujeitos a flexão oco:�;rem em pontos de mudançana seção hans-ver-sâl.çausa­ da por entalhes e furos porque, nesses pontos, a te11são e, a deformação tornam-se não lineares. Quanto mais severa a mudança, maior a concentração de tensão. !> Para projeto ou análi�e, não é �ecessário couhecei>a distribuição de tensão exata emtornôda mudança na seção > transversal, porque a tensão normal máxima ocorre nameMrárea de seção transversal, É P?ssível obteress�,t tensão. ' usando-se um fator .de concentração . de tensão,K; que foi determinado por meios experimentf!is e é função apenas . da geometria do elemento. . " Nôrmalnlente, a concentraçãode tensão �II! ull1 m�terial dúctil sujeito a um momento estático não terá de ser con" siderada noproj�to; todavia,se o'material.fôr fr:ágil o� estiver sujeito a carregamento de fadiga, então as conce�tra­ çõ�s de tensão se tornam impQrtantes. %C! i( 0 '< - 238 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Como ocorre com as cargas mciais e de torção, a concentração de tensão para a flexão sempre deve ser considerada no projeto de elementos feitos de materiais frágeis ou sujeitos a carregamentos de fadiga ou cíclicos. Entenda, também, que os fatores de concentração de tensão somente se aplicam quando o material está sujei­ to a um comportamento elástico. Se o momento aplica­ do provocar o escoamento do material, como acontece com os materiais dúcteis, a tensão será redistribuída por todo o elemento, e a tensão máxima resultante será mais baixa do que a determinada quando são usados fatores de concentração de tensão. Esse fenômeno é discutido mais adiante na próxima seção. MI ( Figura 6.50 OBSERVAÇÃO: A distribuição de tensão normal é não li­ near e é mostrada na Figura 6.51b. Entretanto, entenda que, pelo princípio de Saint-Venant, Seção 4.1, essas tensões lo­ calizadas suavizam-se e tornam-se lineares à medida que avançamos (aproximadamente) até uma distância de 80 mm ou mais para a direita da transição. Nesse caso, a fórmula da flexão dá u . = 234 MPa (Figura 6.51c). Observe, também que a escoih"� de um filete com raio maior provocará um� redução significativa de u já que, à medida que r cresce na Figura 6.48, K decresce. máx 5 )M ,1--:::o-O'máx A transição na área da seção transversal da barra de aço é obtida por filetes de redução como mostra a Figura 6.51a. Se a barra for submetida a um momento fietor de 5 kN · m, determine a tensão normal máxima desenvolvida no aço. A tensão de escoamento é ue = 500 MPa. 5 kN·m SOLUÇÃO O momento cria a maior tensão na barra na base do file­ te, onde a área da seção transversal é a menor. O fator de concentração de tensão pode ser determinado pela Figura 6.48. Pela geometria da barra, temos r = 16 mm, h = 80 mm, w = 120 mm. Assim, r h= 16 mm = 0 2 80 mm ' w = h 120 mm = 1 5 80 mm ' 340 MPa (b) 5 Esses valores dão K = 1,45. Aplicando a Equação 6.26, temos Me (5 kN m)(O 04 m) máx = K - = (1 45) [ u I 1 u(0,020 m)(0,08 m) 3 ] · ' ' = 340 MPa Este resultado indica que o aço permanece elástico, visto que a tensão está abaixo da tensão de escoamento (500 MPa). (c) Figura 6.51 FLEXÃO 239 I 12mm 12mm y A viga composta é feita de alumínio 6061-T6 (A) e latão vermelho C83400 (B). Determine a dimensão h da tira de latão de modo que o eixo neutro da viga esteja lo­ calizado na costura dos dois metais. Qual é o momento má­ ximo que essa viga suportará se a tensão de flexão admis­ sível para o alumínio for (uadm).1 128 MPa e para o latão (uadm) lat 35 MPa? '6.120. A viga composta é feita de alumínio 6061-T6 (A) e latão vermelho C83400 (B). Se a altura h = 40 mm, deter­ mine o momento máximo que pode ser aplicado à viga se a tensão de flexão admissível para o alumínio for ((]'adm\1 128 MPa e para o latão (uactm)1., 35 MPa. 6.119. = = z = = Problema 6.122 6.123. A viga em U de aço é usada para reforçar a viga de madeira. Determine a tensão máxima no aço e na madei­ ra se a viga for submetida a um momento M 1,2 kN · m. Eaço 200 GPa, Emad 12 GPa. = = = Problemas 6.119/120 6.121. As partes superior e inferior da viga de madeira são reforçadas com tiras de aço, como mostra a figura. De­ termine a tensão de flexão máxima desenvolvida na madei­ ra e no aço se a viga for submetida a um momento fletor M = 5 kN · m. Trace um rascunho da distribuição de ten­ são que age na seção transversal. Considere Emact 11 GPa, E 200 GPa. = aço = y �20mm 40 mm 30 M = S kN·m 12mm Problema 6.123 *6.124. Os lados da viga de abeto Douglas são reforçados com tiras de aço A-36. Determine a tensão máxima desen­ volvida na madeira e no aço se a viga for submetida a um momento fletor Mz = 4 kN · m. Faça um rascunho da distri­ buição de tensão que age na seção transversal. I y X z Problema 6.121 6.122. O centro e os lados da viga de abeto Douglas são re­ forçados com tiras de aço A-36. Determine a tensão máxima Problema 6.124 desenvolvida na madeira e no aço se a viga for submetida a um momento fletor M 10 kN · m. Faça um rascunho da 6.125. A viga composta é feita de aço A-36 (A) e latão ver­ distribuição de tensão que age na seção transversal. melho C83400 (B) e tem a seção transversal mostrada na fi= 240 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS gura. Se for submetida a um momento M = 6,5 kN m, deter­ mine a tensão máxima no latão e no aço. Determine também a tensão em cada material na junção entre eles. 6.126. A viga composta é feita de aço A-36 (A) unido a la­ tão vermelho C83.400 (B) e tem a seção transversal mostra­ da na figura. Se a tensão de flexão admissível para o aço for (aadm)aço = 180 MPa e para latão (aadm)Iat = 60 MPa, deter­ mine o momento máximo M que pode ser aplicado à viga. · O 6.129. Uma tira bimetálica é feita de pedaços de alumínio 2014-T6 e latão vermelho C83400 e tem a seção transversal mostrada na figura. Um aumento na temperatura provoca a curvatura de sua superfície neutra e forma um arco circular com raio de 400 mm. Determine o momento que agiria em sua seção transversal resultante da tensão térmica. E.1 74 GPa e E1•1 = 102 GPa. Latão 40mm Alumínio "" Tzmm Izmm Problema 6.129 X 6.130. O garfo é usado como parte do conjunto do trem de pouso de um avião. Se a reação máxima da roda na extremida­ de do garfo for 4,5 kN, determine a tensão de flexão máxima na porção curva do garfo na seção a-a. Nesse lugar, a área da seção transversal é circular, com diâmetro de 50 mm . Problemas 6.125/126 A viga de concreto armado é feita com duas hastes de reforço de aço. Se a tensão de tração admissível para o aço for (a.1Jadm = 280 MPa e a tensão de compressão admissível para o concreto for (a,onJadm = 21 MPa,determine o momen­ to máximo M que pode ser aplicado à seção. Considere que o concreto não pode suportar uma tensão de tração. Eaço = 200 GPa, Econe = 26,5 GPa. 6.127. Hastes de 25 mm de diâmetro 4,5 kN Problema 6.130 Determine a maior valor das forças aplicadas P se a tensão de flexão admissível for (aadm), = 50 MPa sob com­ Problema 6.127 pressão e (aadm), = 120 MPa sob tração. *6.128. Determine a carga uniformemente distribuída Se P = 6 kN, determine as tensões de tração e com­ máxima w que pode ser suportada pela viga de concre­ *6.132. pressão máximas na viga. to armado se a tensão de tração admissível para o aço for (a. )adm = 200 MPa e a tensão de compressão admissível para1 o concreto for (a o )·d = 20 MPa. Considere que o H� p '� concreto não pode supo��r u�a tensão de tração. Considere Eaço = 200 GPa, Econc = 25 GPa. 15 ,---L.. 6.131. 75mm m lOm :I � 10 160 mm ____l0 lO mm Hastes de 16 mm de diâmetro �..� P 1 ,0 J � _ .u_ ..,. �!l) IIIM:JI:.JJ!j " Ct]}so L z.s m -2,5 m __j z�m 0 mm mm 1 IVo Problema 6.128 Problemas 6.131/132 FLEXÃO 241 A viga curva está sujeita a um momento fletor 900 N m como mostra a figura. Determine a tensão nos pontos A e B e mostre a tensão sobre um elemento de volume localizado em cada desses pontos. 6.134. A viga curva está sujeita a um momento fletor M 900 N m. Determine a tensão no ponto C. 6.133. M == == · A 1 220mm · lOOmm c �,,' 150mm20mm 15 mmA-t r-------1 �I , ---r ' __l B • l Problemas 6.136/137 6.138. Em voo, a nervura curva do avião a jato é submetida a um momento previsto M = 16 N m na seção. Determine a tensão de flexão máxima na nervura nessa seção e trace um rascunho bidimensional da distribuição de tensão. · Problemas 6.133/134 A barra curva usada em uma máquina tem seção transversal retangular. Se a barra for submetida a um conju­ gado, como mostra a figura, determine as tensões de tração e compressão máximas que agem na seção a-a. Trace um ras­ cunho tridimensional da distribuição de tensão na seção. 6.135. a Problema 6.138 A haste de aço tem seção transversal circular. Se cada uma de suas extremidades for segurada e um conjuga­ do M = 1,5 N m for desenvolvido nesses locais, determine a tensão que age nos pontos A e B e no centroide C. 6.139. · ---12mm-� A B 75mm H Problema 6.135 '6.136. A braçadeira circular de mola produz uma força de compressão de 3 N sobre as chapas. Determine a tensão de flexão máxima produzida na mola A. A mola tem seção transversal retangular, como mostra a figura. 6.137. Determine a força de compressão máxima que a bra­ çadeira de mola pode exercer sobre as chapas se a tensão de flexão admissível para a braçadeira for = 4 MPa. (]'adm Problema 6.139 C 242 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Uma barra curva é usada em uma máquina e tem seção transversal retangular. Se a barra estiver sujeita a um conjugado, como mostra a figura, determine as tensões de tração e compressão máximas que agem na seção a-a. Tra­ ce um rascunho tridimensional da distribuição de tensão na seção. 75 mm *6.140. a I75 mm H 50 mm '\,- sükn 100 mm 250 N H 75 mm Problema 6.142 6.143. A barra tem espessura de 6,25 mm e é feita de material com tensão de flexão admissível aadm = 126 MPa. Determine o momento máximo M que pode ser aplicado. um __j_ 150 mm 250 N B Problema 6.140 O elemento tem seção transversal elíptica. Se for submetido a um momento M = 50 N m, determine a tensão nos pontos A e B. A tensão no ponto A', que está localizado no elemento próximo à parede é igual à tensão no ponto A? Explique sua resposta. 6.141. · Problema 6.143 75 mm A barra tem espessura de 12,5 mm e está sujeita a um momento de 90 N · m. Determine a tensão de flexão má­ xima na barra. *6.144. B Problema 6.141 O elemento tem seção transversal elíptica. Se a ten­ são de flexão admissível for a'd = 125 MPa, determine o momento máximo M que pode s�r aplicado ao elemento. 6.142. Problema 6.144 FLEXÃO A barra está sujeita a um momento M = 40 N m. r dos filetes de modo a não ultrapasD etermine o menor raio sível uadm 124 MPa. admis flexão de o sar a tensã = lOS mm 72 mm · 6,145. 243 36 mm 20 kN · m Problema 6.149 6.150. Determine o comprimento L da porção central da barra de modo que as tensões de flexão máximas em A, B e C sejam as mesmas. A barra tem espessura de 10 mm. A barra está sujeita a um momento M = 17,5 N m. 5 mm, determine a tensão de flexão máxima no ma­ Problema 6.145 6.146. Se teria l. r = 350 N 40 mm 7 mm � · � 200 mm --+--- t --+--- t + 200 mm ----j Problema 6.150 6.151. Se o raio de cada entalhe na chapa for r = 10 mm, determine o maior momento M que pode ser aplicado. A ten­ são de flexão admissível para o material é uactm = 180 MPa. Problema 6.146 M A barra está sujeita a um momento M = 20 N m. Determine a tensão de flexão máxima na barra e trace um rascunho que mostre, aproximadamente, a variação da ten­ são na seção crítica. 6.147. · 20 mm 30 mm M M Problema 6.147 = 175 MPa. Determine o momento máximo M que pode A tensão de flexão admissível para a barra é ser aplicado à barra. M '6.148. uau m 30 mm Problema 6.151 A barra escalonada tem espessura de 15 mm. De­ termine o momento máximo que pode ser aplicado às suas extremidades se ela for feita de um material com tensão de flexão admissível uadm = 200 MPa. '"6.152. 45 mm M M M M Problema 6.148 Determine a tensão de flexão máxima desenvolvida na barra se ela for submetida aos conjugados mostrados na figura. A barra tem espessura de 6 mm. 6.149. Problema 6.152 · •· 244 RESISTí':NCIA DOS MATERIAIS A barra tem espessura de 12,5 mm e é feita de um material com tensão de flexão admissível o-adm = 140 MPa. *6 . 1 o F l exão i n e l ástica Determine o momento máximo M que pode ser aplicado. As equações para determinar a tensão normal 6.153. de­ vido à flexão que foram desenvolvidas anteriormente são válidas somente se o material se comportar de um a maneira linear elástica. Se o momento aplicado provo­ car o escoamento do material, então será preciso rea­ lizar uma análise plástica para determinar a distribui­ ção de tensão. Todavia, para ambos os casos, elástico e plástico, entenda que, para a flexão de elementos re tos, há três condições que devem ser cumpridas. Problema 6.153 A barra tem espessura de 12,5 mm e está sujeita a um momento de 900 N m. Determine a tensão de flexão máxima na barra. 6.154. · Problema 6.154 A barra entalhada simplesmente apoiada é submeti­ da a duas forças P. Determine o maior valor de P que pode ser aplicada sem provocar o escoamento do material. O ma­ terial é aço A-36. Cada entalhe tem raio r = 3 mm. 6.155. I * I * p p 3 Tmm 12 mm � ------ ·----,-v--- ·-/ � 500 mm� 500 mm�-500 mm�-500 mm � 42 mm Problema 6.155 A barra entalhada simplesmente apoiada é submetida a duas cargas, cada uma de valor P = 500 N. Determine a tensão de flexão máxima desenvolvida na barra e trace um rascunho da distribuição da tensão de flexão que age na seção transversal no centro da barra. Cada entalhe tem raio r = 3 '6.156. I I p Distri b uição l i near d a deformação no r­ mal. Com base em considerações geométricas, mos­ tramos, na Seção 6.3, que as deformações normais que se desenvolvem em um material sempre variam linear­ mente de zero no eixo neutro da seção transvers al a máximas no ponto mais afastado do eixo neutro. Força resu ltante n u l a . Visto que há somen­ te um momento interno resultante que age na seção transversal, a força resultante provocada pela distri­ buição de tensão deve ser nula. Uma vez que o- cria uma força na área dA de dF = (}" dA (Figura 6.52), en­ tão, para a área total da seção transversal A, temos (6.27) Essa equação proporciona um meio para obter a loca­ lização do eixo neutro. M omento resultante. O momento resultante na seção deve ser equivalente ao momento causado pela distribuição de tensão em torno do eixo neutro. Visto que o momento da força dF = (}" dA em torno do eixo neutro é dM = y((J" dA) então, somando os resul­ tados na seção transversal inteira (Figura 6.52), temos, (M R ) z = "' Mz ; � y p � � Problema 6.156 = mm. 12 mm .---- --*------,,3-vr---*---= /,-L---;:J I 42 mm mm _L 500 mm 500 mm -500 mm -500 mm � M z ).·�.: (]" X í /\ Figura 6.52 ly((J" dA ) (6.28) FLEXÃO 245 Essas condições de geometria e carregamento se­ rão usadas agora para determinar a distribuição de tensão em uma viga quando submetida a um momen­ to interno resultante que provoque o escoamento do material. Durante toda a discussão, consideraremos que 0 material tem o mesmo dia�rama te?são.-?efor­ mação sob tração e sob compressao. Por s1mphcidade, começaremos pela viga cuja área de seção transversal tem dois eixos de simetria; neste caso, um retângulo de altura h e largura b, como mostra a Figura 6.53a. Serão considerados três casos de carregamento de especial interesse. Agora que estabelecemos a distribuição de tensão, podemos verificar se a Equação 6.27 é satisfeita. Para tanto, em primeiro lugar, precisamos calcular a força re­ sultante para cada uma das duas porções da distribuição de tensão na Figura 6.53e. Em termos geométricos, isso equivale a determinar os volumes sob os dois blocos triangulares. Como mostra a figura, a parte superior da seção transversal do elemento está sujeita à compres­ são, e a porção inferior está sujeita à tração. Temos Mom ento e l ástico m áxi m o . Considere que momento aplicado M = Me é suficiente para pro­ Visto que T é igual, mas oposta a C, a Equação 6.27 é satisfeita, e, de fato, o eixo neutro passa pelo centrai­ de da área da seção transversal. O momento elástico máximo Me é determinado pela Equação 6.28, que afirma que Me é equivalente ao momento da distribuição de tensão em torno do eixo neutro. Para aplicar essa equação geometricamente, temos de determinar os momentos criados por T e C na Figura 6.53e em torno do eixo neutro. Uma vez que cada uma das forças age no centroide do volume de seu bloco de tensão triangular associado, temos 0 duzir tensões de escoamento nas fibras superiores e inferiores da viga, como mostra a Figura 6.53b. Visto que a distribuição da deformação é linear, podemos determinar a distribuição de tensão correspondente pelo diagrama tensão-deformação (Figura 6.53c). Aqui, vemos que a deformação de escoamento Ee pro­ voca a tensão de escoamento U'e, e as deformações in­ termediárias E 1 e E2 causam as tensões U'1 e U'2, respec­ tivamente. Quando essas tensões, e outras como elas, são representadas em gráfico nos pontos medidos y = h/2, y = y1 , y = y2 etc., o resultado é a distribuição de tensão mostrada na Figura 6.53d ou 6.53e. A lineari­ dade da tensão é, evidentemente, uma consequência da lei de Hooke. T=C= !(!!_(}' ) 2 2 e b = l_4 bh (J'e (6.29) a Distribuição da deformação (vista lateral) (a ) (b) Distribuição da tensão (vista lateral) (d) Figura 6.53 El Ez Ee Diagrama tensão-deformação (regi5u elástica) (c) 246 RESISTtoNCIA DOS MATERIAIS É claro que esse mesmo resultado pode ser obtido de uma maneira mais direta pela fórmula da flexão, isto é, O"e = Me(h/2)/[bh3/12] OU Me = bh2 0"/6. Momento p lásti co. Alguns materiais, como o aço, tendem a exibir comportamento elástico perfeita­ mente plástico quando a tensão no material ultrapas­ Em razão da simetria, a Equação 6.27 é satisfeita sa O"e' Considere, por exemplo, o elemento na Figura e o eixo neutro passa pelo centroide da seção trans­ 6.54a. Se o momento interno M > Me , o material nas versal, como mostra a figura. O momento aplicado M partes superior e inferior da viga começará a escoar pode ser relacionado com a tensão de escoamento ue e provocará uma redistribuição da tensão na seção pela Equação 6.28. Pela Figura 6.54e, exige-se que transversal até que o momento interno exigido M seja desenvolvido. Se a distribuição de deformação nor­ mal assim produzida for como a mostrada na Figura M = + + + 6.54b, a distribuição de tensão normal correspondente é determinada pelo diagrama tensão-deformação da + + mesma maneira que no caso elástico. Pelo diagrama tensão-deformação para o material mostrado na Fi­ gura 6.54c, as deformações E1 , Ee e E2 correspondem às tensões IJ1 ' IJe e IJe' respectivamente. Quando essas e outras tensões são representadas graficamente na seção transversal, obtemos a distribuição de tensão mostrada na Figura 6.54d ou 6.54e. Aqui, cada um dos "blocos" de tensão de compressão e tensão de tração é composto por componentes de blocos retangulares e triangulares. Os volumes desses blocos são T<�Ye) cl(�Ye) C2[Ye YM > Me H Ez \ ,· l' (a ) T2[Ye �(� - Ye)] �(� - Ye)] ---- E ---- ��� Ez El Ee � Distribuição da deformação (vista lateral) Diagrama tensão-deformação (região elástica-plástica) (c) (b) A M,, Distrib uição de tensão (vista lateral) (d) (e) Figura 6.54 Momento plástico (f) FLEXÃO ( Ou, pela Equação 6.29, · 4· y2 3 M = -Me 1 - _: � 2 3 h2 ) (6.30) A inspeção da Figura 6.54e revela que M produz duas zonas de escoamento plástico e um núcleo elásti­ co no elemento. A fronteira entre elas está localizada a distância ±y do eixo neutro. À medida que o valor de M aumenta, ye aproxima-se de zero. Isso converteria o material em inteiramente plástico e, então, a distribui­ ção de tensão seria semelhante à mostrada na Figura 6.54f. Pela Equação 6.30 com y = O ou determinando os momentos dos "blocos" de tensão em torno do eixo neutro, podemos expressar esse valor-limite como c c Mp = 1 4 -bh2 (Je mento e que seus diagramas tensão-deformação para tração e compressão são diferentes (Figura 6.55b) . Se o momento M produzir o escoamento da viga, será difícil determinar a localização do eixo neutro e a deformação máxima produzida na viga. Isso porque a seção transversal é assimétrica em torno do eixo ho­ rizontal e o comportamento tensão-deformação do material é assimétrico sob tração e sob compressão. Para resolver esse problema, há um procedimento de tentativa e erro com as seguintes etapas: 1. 2. (6.31) Pela Equação 6.29, temos 3. (6.32) Esse momento é denominado momento plástico. Seu valor é exclusivo somente para a seção retangular mostrada na Figura 6.54f, visto que a análise depende da geometria da seção transversal. Às vezes, as vigas usadas na construção de edifícios são projetadas para resistir a momento plástico. Quan­ do isso ocorre, os códigos e manuais de engenharia normalmente apresentam uma propriedade de projeto para uma viga denominado fator de forma. O fator de forma é definido com a razão (6.33) Esse valor especifica a capacidade de momento adicional que uma viga pode suportar além de seu mo­ mento elástico máximo. Por exemplo, pela Equação 6.32, uma viga com seção transversal retangular tem um fator de forma k = 1 ,5. Portanto, podemos concluir que essa seção suportará 50% mais momento fietor do que seu momento elástico máximo quando ela se tor­ nar totalmente plástica. Momento resiste nte. Considere, agora, o caso mais geral de uma viga com seção transversal simétrica somente em relação ao eixo vertical, enquanto o mo­ mento é aplicado em torno do eixo horizontal (Figura 6.55 a). Consideraremos que o material exibe encrua- 247 4. Para um dado momento M, assuma uma lo­ calização para o eixo neutro e a inclinação da distribuição de deformação "linear", Fi­ gura 6.55c. Estabeleça, por meios gráficos, a distribuição de tensão na seção transversal do elemento usando a curva (]"-E para marcar os valores da tensão correspondentes aos valores da defor­ mação. Então, a distribuição de tensão resul­ tante (Figura 6.55d) terá a mesma forma da curva (]"-E. Determine os volumes envolvidos pelos "blo­ cos" de tensão de tração e compressão. (Como aproximação, isso pode exigir a divisão de cada bloco em regiões compostas.) A Equação 6.27 requer que os volumes desses blocos sejam iguais, visto que representam a força de tração resultante T e a força de compressão resultante C na seção (Figura 6.55e). Se essas forças não forem iguais, deve ser feito um ajuste na loca­ lização do eixo neutro (ponto de deformação nula), e o processo é repetido até a Equação 6.27 (T = C) ser satisfeita. Assim que T = C, os momentos produzidos por T e C podem ser calculados em torno do eixo neutro. Aqui, os braços de momento para T e C são medidos do eixo neutro até os centroi­ des dos volumes definidos pelas distribuições de tensão (Figura 6.55e). A Equação 6.28 re­ quer M = Ty' + Cy". Se essa equação não for satisfeita, a inclinação da distribuição da defor­ mação deve ser ajustada e os cálculos para T e C e para momento devem ser repetidos até se obter uma boa concordância. É óbvio que esse processo de cálculo é muito tedio­ so e, felizmente, não ocorre com muita frequência na prática da engenharia. A maioria das vigas são simétri­ cas em torno de dois eixos e construídas com materiais que, presume-se, têm diagramas tensão-deformação tanto para compressão quanto para tração semelhan­ tes. Sempre que isso ocorre, o eixo neutro passará pelo centroide da seção transversal e, por isso, o processo de relacionar a distribuição de tensão com o momento resultante é simplificado. 248 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Localização assumida do eixo neutro Inclinação assumida da distribuição de deformação Momento conhecido M) Distribuição de deformação (vista lateral) / ( a) (c) (b) Uz Distribuição de tensão (vista lateral) (d) c N T (e) Figura 6.55 " A qistribuição da. deformação normal na seção transversal de uma viga é baseada somente em considerações geomé­ tricas, e constatou-se que ela permanece sempre linear, independentemente da carga aplicada. Todavia, a distribui­ ção de tertsão normal deve ser determinada pelo comportamento do material, ou pelo diagrama tensão-defórroação, tão logo a distribuição da deformação tenha sido definida. " A localização do eixo neutro é determinada pela condição de que a força resultante na seção transversal seja nula. " O momento interno resultante na seção transversal deve ser igual ao momento da distribuição de tensão em: torno d o eixo neutro. normal é constante na seção transversal " Comportamento perfeitamente plástico supõe que a distribuição de tensão e que. a flexão na viga continuará sem que haja nenhum aumento no momento. Esse momento é denominado mo­ mento plástico. Momento elástico máximo. A distribuição de tensão nor­ mal para o momento elástico máximo é mostrada na Figura A viga tem as dimensões mostradas na Figura 6.56a. Se 6.56b. O momento de inércia em torno do eixo neutro é ela for feita de um material elástico perfeitamente plásti­ co com tensão de escoamento por tração e por compressão 1 = 1 (12,5 mm)(225 mm)3 ue = 250 MPa, determine o fator de forma para a viga. 12 SOLUÇÃO 1 2 + 2 1 2 (12,5 mm)3 + 200 mm(12,5 mm)(l18,75 mm) Para determinar o fator de forma, em primeiro lugar, é ne­ cessário calcular o momento elástico máximo Me e o mo­ = 82,44 X 106 mm4 mento plástico M . [ P [ J- Aplicando a fórmula da flexão, temos ] FLEXÃO 249 250 MPa ( a) (c) (b) Figura 6.56 Me (125 ) mm Me = 164,88 kN m · Momento plástico. O momento plástico provoca o esco­ amento do aço em toda a seção transversal da viga, de modo que a distribuição de tensão normal é semelhante à mostrada na Figura 6.56c. Devido à simetria da área de seção transver­ sal e visto que os diagramas tensão-deformação para tração compressão são iguais, o eixo neutro passa pelo centroide da seção transversal. Para determinar o momento plástico, a distribuição de tensão é dividida em quatro "blocos" retan­ gulares compostos, e a força produzida por cada "bloco" é igual ao volume do bloco. Portanto, temos C1 = T1 = 250 N/mm2(12,5 mm)(l12,5 mm) = 351,56 kN C2 = T2 = 250 N/mm2(12,5 mm)(200 mm) = 625 kN Uma viga em T tem as dimensões mostradas na Figura 6.57a. Se for feita de um material elástico per­ feitamente plástico com tensão de escoamento por tração e por compressão ue = 250 MPa, determine o momento plástico ao qual a viga pode resistir. e Essas forças agem no centro ide do volume para cada blo­ O cálculo dos momentos dessas forças em torno do eixo neutro dá o momento plástico: 15 mm (a) co. MP = 2[(56,25 mm)(351,56 kN)] + 2[(118,75 mm)(625 kN)] = Fator de forma. k = 188 kN · m Aplicando a Equação 6.33 temos MP = 188 kN m = 1 '14 Me 164,88 kN m · · Resposta Esse valor indica que a viga oferece uma seção muito eficiente para resistir a um momento elástico. � maior parte do momento é desenvolvida nas fianges, isto e , nos segmentos superior e inferior da viga, ao passo que a contribuição da aba ou segmento vertical é muito pequena. �esse caso em particular, somente 14% momento adi­ Clonai pode ser suportado pela viga alémdodo que ela pode suportar elasticamente. OBSERVAÇÃO: (b) Figul'a 6.57 SOLUÇÃO A distribuição de tensão "plástica" que age na seção trans­ versal da viga é mostrada na Figura 6.57b. Neste caso, a seção transversal não é simétrica em relação ao eixo horizontal e, 250 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS por consequência, o eixo neutro não passará pelo centroide da seção transversal. Para determinar a localização do eixo neutro, d, exige-se que a distribuição de tensão produza uma força resultante nula na seção transversal. Considerando que d :::; 120 mm, temos 250 MPa (0,015 m)(d) - 250 MPa (0,015 m)(0,120 m - d) - 250 MPa (0,015 m)(0,100 m) = O d = 0,110 m < 0,120 m OK Usando esse resultado, as forças que agem em cada segmen­ to são T = 250 MN/m2 (0,015 m)(0,110 m) = 412,5 kN C1 = 250 MN/m2 (0,015 m)(0,010 m) = 37,5 kN C2 = 250 MN/m2 (0,015 m)(0,100 m) = 375 kN Por consequência, o momento plástico resultante em torno do eixo neutro é m ) + 37 5 kN ( 0•01 m ) Mp = 412 ,5 kN ( 0 ' 110 ' 2 2 + 375 kN ( 0,01 m + O,O� m ) MP = 29,4 kN · m Resposta produzido por essa distribuição de tensão pode ser calcu] ac1 · d o-se o "volume" dos blocos de tensão. Para ist ) determman subdividiremos essa distribuição em dois blocos triangul res e um bloco retangular na região de tração e também �.: região de compressão (Figura 6.58d). Visto que a viga t�;1� 2 cm de largura, as resultantes e suas localizações são de t e ._ minadas da seguinte maneira: 0 T1 = C1 = 21 (12 mm)(280 N/mm2 )(20 mm) = 33.600 N 1 = 33,6 kN y1 = 0,3 cm + � (1,2 cm) = 1,10 cm = 11,0 mm 3 T2 = C2 = (12 mm)(1.050 N/mm2)(20 mm) = 25.200 N = 252 kN y2 = 0,3 cm + .!_ (1,2 cm) = 0,90 cm = 9 mm 2 T3 = C3 = .!.2 (3 mm)(1.050 N/mm2)(20 mm) = 31.500 N = 31,5 kN y3 = 32 (0,3 cm) = 0,2 cm = 2 mm O momento produzido por essa distribuição de tensão nor­ mal em torno do eixo neutro é, portanto, M = 2[33,6 kN (110 mm) + 252 kN (9 mm) + 31,5 kN (2 mm)l Resposta = 5.401,2 kN · mm = 5,40 kN m . · A viga na Figura 6.58a é feita de uma liga de titânio cujo diagrama tensão-deformação pode ser aproximado, em parte, por duas retas. Se o comportamento do material for o mesmo sob tração e sob compressão, determine o mo­ mento fietor que pode ser aplicado à viga e que fará com que o material, nas partes superior e inferior da viga, seja submetido a uma deformação de 0,050 mm/mm. SOLUÇÃO 1 1 Em vez de usar essa técnica parcialmente gráfica, também é possível calcular o momento analiticamente. Para tanto, precisamos expressar a distribuição de tensão na Figura 6.58c em função da posição y ao longo da viga. Observe que u = f(E) foi dada na Figura 6.58a. Além disso, pela Figu ra 6.58b, a deformação normal pode ser determinada em função da posição y por cálculo proporcional de triângulos; isto é , SOLUÇÃO I 0,05 O :s; y :s; 1,5 cm = 15 mm E = --y Examinando o diagrama tensão-deformação, podemos dizer 1,5 que o material exibe comportamento "elástico-plástico com encruamento". Visto que a seção transversal é simétrica e Substituindo esse resultado nas funções u-E mostradas na os diagramas u-E de tração e compressão são iguais, o eixo Figura 6.58a, obtemos neutro deve passar pelo centroide da seção transversal. A (I) O :::; y :::; 0,3 cm = 3 mm u = 350y distribuição de deformação, que é sempre linear, é mostrada na Figura 6.58b. Em particular, o ponto onde ocorre a de­ u = 23,33y + 980 3 cm :::; y :::; 1,5 cm = 15 mm (Z) formação elástica máxima (0,010 mm/mm) foi determinado por cálculo proporcional, tal que 0,05/1,5 cm = 0,010/y ou Pela Figura 6.58e, o momento provocado por (J' qw: y = 0,3 cm = 3 mm. age na tira de área dA = 2 dy é A distribuição de tensão normal correspondente que age dM = y(u dA) = yu(2 dy) na seção transversal é mostrada na Figura 6.58c. O momento FLEXÃO 251 <r(MPa) 1.330 f-----� - y= 0,J_050 0,010 �--_J _ _ _ _ _ _ _ (a) ___ E (mmjmm) 0,3 cm -r'i� Distribuição de deformação (b) N 1.330 MPa Distribuição de tensão (c) M Figura 6.58 Equações 1 e 2, o momento para a seção transversal é, portanto, Pelas inteira [ 2 20 = J: 350i dy + 20 J:s (23,33i dy + 980y dy� 5.401(10 3) N · mm = 5,40 kN m 6. 1 1 · Resposta Te nsão resi d u a l • a vtga for carregada de tal modo que provoque o esc�amento do material, então a retirada da carga cau­ sara tensão residual que se desenvolverá na viga. Visto 'Jue as tensões residuais são importantes quando se con­ !!t.�eram fadiga e outros tipos de comportamento mecântco, d'J scuhremos um método usado para calcular essas tensões quando um elemento é submetido à flexão. co m o da torção, podemos calcular a �Jstnbuiçãonodacaso tensão residual pelos princípios da �uperp.osição e recuperação elástica. Para explicar com o Isso é feito, considere a viga mostrada na Fi­ gura 6.59a, com seção transversal retangular e feita Ç' ve . . · (e) (d) de um material elástico perfeitamente plástico para o qual os diagramas tensão-deformação sob tração e sob compressão são iguais (Figura 6.59b). A aplicação do momento plástico Mp provoca uma distribuição de tensão idealizada na Figura 6.59c. Pela Equação 6.31, esse momento é Mp = 1 -bl? fTe 4 Se Mp provocar deformação no material nas partes superior e inferior da viga até E ( >>Ee ) , como mostra o ponto B da curva fJ'-E na Figura 6.59b, então a remo­ ção desse momento fará o material recuperar parte dessa deformação elasticamente segundo a trajetória BC indicada pela reta tracejada. Uma vez que essa recuperação é elástica, podemos sobrepor à distribui­ ção de tensão mostrada na Figura 6.59c uma distri­ buição de tensão linear provocada pela aplicação do momento plástico na direção oposta (Figura 6.59d). Aqui, a tensão máxima, que é denominada módulo de ruptura por flexão, fTr' pode ser determinada pela fórmula da flexão quando a viga está carregada com o momento plástico. Temos 252 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS (\. Carga elástica-plásti� \71" ELf EJ /' I ;:/ I r;Recuperação / €1 �� I' elástica real c ( a) (b) Figura 6.59 Me crmáx = ] ; a r = MA� h) (tzbh3 ) 1,5 ae (�bh2ae ) (�h) (tzbh3 ) Observe que, aqui, é possível a aplicação inversa do momento plástico usando uma distribuição de tensão line­ ar, visto que a recuperação elástica do material nas partes superior e inferior da viga pode ter uma recuperação de deformação máxima 2Ee, como mostra a Figura 6.59b. Isso corresponderia a uma tensão máxima de 2ae nas partes superior e inferior da viga, que é maior do que a tensão exigida de 1,5 a a qual já calculamos (Figura 6.59d). A superposição do momento plástico (Figura 6.59c) e sua remoção (Figura 6.59d) dão a distribuição de tensão residual mostrada na Figura 6.59e. Como exercício, use os "blocos" triangulares que representam essa distribuição de tensão e mostre que ela pode resultar em força nula e momento nulo resultantes no elemento, como exigido. O exemplo a seguir ilustra numericamente a aplica­ ção desses princípios. e, Distribuição de tensão residual na viga ( e) Momento plástico inverso causando deformação elástica ( d) Momento plástico aplicado causando deformação plástica (c) A viga mostrada na Figura 6.60a está sujeita a um momento inteiramente plástico M . Se esse momento for removido, determine a distribuição de tensão residual na viga. O material é elástico perfeitamente plástico e tem ten­ são de escoamento e = 250 MPa. p cr SOLUÇÃO A distribuição de tensão normal na viga provocada por Mr é mostrada na Figura 6.60b. Quando MP é removido, o ma· teria! responde elasticamente. A remoção de MP requer a aplicação de M na direção oposta e, portanto, acarreta uma suposta distribuição de tensão elástica, como mostra a FlgUra 6.60c. O módulo de ruptura é calculado pela fórm ula da flexão. Usando MP = 188 kN · m e I = 82,44 10' mm4 do Exemplo 6.27, temos p cr r actm cr Como esperado, cr r x 6 (188 X 106 N · mm) (12� 82 44 X 106 mm4 = 285,1 N/mm2 = 285,1 MPa < 2 cry. - - ' FLEXÃO 253 281,51 MPa 2.501MPa 125 y y = 109,61 mm mm Uma barra retangular de aço A-36 tem largura 25tornommdoe altura 75 mm. Determine o momento aplicado emde eixo horizontal que provocará o escoamento metade da barra. 6.158. A viga-caixão é feita de um material elástico perfei­ tamente plástico para o qual uc 250 MPa. Determine a tensão residual nas partes superior e inferior da viga após a aplicação e posterior remoção do momento plástico 6.157. 250 MPa = M . P Momento plástico aplicado (vista lateral) (b) u, = 285,1 MPa Momento plástico inverso (vista lateral) (c) Problema 6.158 A viga é feita de um material elástico plástico para o qual 250 MPa. Determine a tensão residual nas partes superior e inferior da viga após a aplicação e posterior remo­ ção do momento plástico 6.159. uc = M . P 35,1 MPa -------,� 250 MPa 35,1 MPa Distribuição de tensão residual (d) Problema 6.159 *6.160. Determine o módulo da seção plástica e o fator de forma da seção transversal da viga. A superposição das tensões dá a distribuição de tensão 6.161. A viga é feita de um material elástico perfeitamen­ residual mostrada na Figura 6.60d. Observe que o ponto de te plástico. Determine o momento elástico máximo e o moten nula foi determinado por cálculo proporcio­ nal;sãoistonormal é, pela Figura 6.60b e 6.60c, exige-se que Figma 6.60 254 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS mento plástico que podem ser aplicados à seção transversal. 6.166. A viga é feita de um material elástico perfeitamen­ tesuportado plástico.por Determine Considere 50 mm e 230 MPa. P que pode ser uma vigao momento que tenha plástico a seção Mtransversal trada na figura 210 MPa. a = ue = mos­ a i2a ue = I 2 J Problemas 6.160/161 A haste tem seção transversal circular. Se for feita de Problemas 6.166 um material elástico plástico, determine o fator de forma e o módulo da seção plástica 6.167. Determine o momento plástico MP que pode ser portado por uma viga que tenha a seção transversal 6.163. A haste tem seção transversal circular. Se for feita de um material elástico plástico, determine o momento elástico da na figura 210 MPa. máximo e o momento plástico que podem ser250aplicados MPa. à seção transversal. Considere r 75 mm, 6.162. Z. su­ mostra­ ue = = ue = Mp i I Problemas 6.162/163 �25 mm *6.164. Determine o módulo da seção plástica e o fator de � forma da seção transversal. 6.165. A viga é feita de material elástico perfeitamente 6.167 plástico. Determine o momento elástico máximo e o mo­ *6.168. Determine o Problema da seção plástica e o fator de mento plástico que podem ser aplicados à seção transversal. forma para o elementomódulo que tem seção transversal tubular. Considere 50 mm e 250 MPa. a = u e = Problema 6.168 Determine o módulo da seção plástica e o fator de forma para o elemento. 6.169. Problemas 6.164/165 .�. FLEXÃO 255 enelástico. perfeitam to é feito= de230material epar!emen o momento MPa. Determme ao equal podem ser= aplicaque plástico o momento á0:0ximtransversa 50 e h 80 mm. = b mm re Conside l. à5eça O ue 0 ' 6.173. A viga é feita de um material fenólico, um plástico estrutural, cujaporção curva datensão-deformação é mostrada napelafi­ gura. Se uma curva puder ser representada equação = [5(106)E] 112 MPa, determine o valor da carga distribuída pode sernasaplicada a deforma­ ção máximaqueprovocada fibras àemvigasuasemseçãoquecrítica ultra­ passe = 0,005 mm/mm. u w Emáx m t!. J:ll �.LJ l. ['�: i150mm · l-- 2 m 2m�·• . ·� ·• . w . . . . . . . . " llll .. · . ... . . . 6.171. Problemas 6.169/170 O elemento em T é feito de um material elástico ±u (MPa) Determine o fator de forma e o módulo da seção z. �----- E(mm/mm) Problema 6.173 viga-caixão é feita de um material elástico plástico para o qual = 175 MPa. Determine a intensidade da carga distribuída que fará com que o momento seja (a) o maior momento elástico e (b) o maior momento plástico. 6.174. A ue w 0 Problema 6.171 A viga é feita de um material elástico plástico para o '6.172. qual uc = interior P que 200 MPa.central Se oa-a, maior momento na viga ocorrer no da seção determine o valor de cada força faz com que esse momento seja (a) o maior momento elástico e (b) o maior momento plástico. p �3m p a �2m j_ 2m-r:- 2m j_ 2m� [J}oomm lOOmm ---� � Problema 6.172 3 m--200mm 300 m{ D }ao mm 150mm ------+--- --4 f----4 f-- Problema 6.174 6.175. A viga é feita de um poliéster cuja curva tensão-de­ formação mostrada na= 140 figura.tg-Se1 (15E)] a curvaMPa,puder 1 (15E) é tada pela éequação ondesertg-represen­ dada em radianos, determi n e o valor da força P que pode ser aplicada à viga sem que a deformação máxima provocada nas fibras em sua seção crítica ultrapasse Ernáx = 0,003 mm/mm. u 256 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS p 50 mm ---1 � IJll ilüo mm � 2,4 m ---11--- 2,4 m -----1 ±u(Pa) ±u(MPa) '------ E (mm/mm) Problema 6.177 A barra é feita de uma liga de alumínio cujo dia­ grama tensão-deformação pode ser aproximado pelos seg­ mentos de reta mostrados na figura. Considerando que esse diagrama é o mesmo para tração e compressão, determine onasmomento que a barra suportarádasevigaa deformação máxima fibras superiores e inferiores for = 0,03. 6.178. e(mm/mm) E Problema 6.175 *6,176. O diagrama tensão-deformação para uma liga de titânio aproximado pelasmaterial duas retasformostradas figura. Sepodeumaserescora feita desse submetidanaa flexão, determine momento máxima atingir umo valor de (a)ao quale (b)ela resistirá se a tensão aA máx ±u(MPa) 630 1-------�:c-- �, 560 1---,---,100 as · 0,006 0,025 Problema 6.178 A barra é feita de uma liga de alumínio cujo dia­ grama tensão-deformação pode ser aproximado pelos seg­ mentos de reta mostrados na figura. Considerando que esse diagrama é o mesmo para tração e compressão, determine o momento que a barra suportará se a deformação máxima nas fibras superiores e inferiores da viga for 0,05. 75 6.179. ±u(MPa) (T = (T E = máx B 1.260 !---����--, A 980 = 1---�--r ±u(MPa) 630 !---�----�� 560 1---,---,420 - L-�_J���----�---L- 0,01 0,04 E(mm/mm) 1/ E mm mm 0,05 ( / ) L....l -c----L ---__j_ 0,006 Problema 6.176 A viga é feita de plástico polipropileno, e seu dia­ grama tensão-deformação pode ser aproximado pela curva mostrada na figura. Se a viga for submetida a uma deforma­ ção máxima tanto para tração quanto para compressão de 0,02 mm/mm, determine o momento máximo M. 6.177. E = 0,025 Problema 6.179 *6.180. A viga é feita de um material que pode ser conside­ rado como perfeitamente plástico sob tração e plástico sob compressão. Determine o momento fletor máximo M pode ser suportado pela viga de modo que o material sob compressão na borda externa comece a escoar. que FLEXÃO ::: �a Pl'oblema 6.180 A barra de plexiglass tem uma curva tensão-defor­ mação que pode ser aproximada pelos segmentos de reta rados na figura. Determine o maior momento most pode ser aplicado à barra antes que ela falhe. M que 6.181. ( \� 20 20 � a (MPa) 60 tensão -0,06 -0,04 --+--+---+----:;fé--+---+-- E (mm/mm) 0,04 compressão -80 -100 P•·oblema 6.181 g as Dia ram rffiDTm de força cortante e mo­ w(x) grá­ ficas do cisalhamento interno e do momento no nterior de A mento fletor são representações i uma viga. n g uma distância ar­ it mina o de e e qu , x fim, a resultados. adotar uma convenção d construção desses diagramas requer um corte Carga distribuída positiva a vi a a t t b rária x da extremidade s erda V M em função a det er çã de v construção do gráfi­ e, por co com os v Cisalhamento interno positivo M Será necessário e sinal para força cortante e momento positivos. Momento interno positivo v g a d e diag a a tante e fletor Também é p ossí el fazer a representa­ ção ráfic r m s de força cor­ a nclina ã iag a uma negativa do c gam n­ g a momen­ to a en A ng v) u a de A tante e ent a mudança no m n t fletor. valores de m­ mento das momento mos que, em do d se considerar­ cada ponto, . i ç o r ma de força cortante corres­ ponde a to distribuído. arre e A inclinação do dia r ma de é o cisalh m to área ( e ati a sob o diagrama de carregamento representa a m danç na força cortante. área sob o diagrama r pres a e Os força cor­ mo­ o força cortante e o fletor também podem ser obti­ dos pelo método seções. dV dx dM w=- dx llV = - jw dx 11M = jv dx V= 257 - V8 \ X 258 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Um momento fietor tende a produzir uma variação linear da deformação normal no interior de uma viga. Con­ tanto que o material seja homogêneo e a lei de Hooke se aplique, o equilí­ brio pode ser usado para relacionar o momento interno na viga com a distri­ buição de tensão. O resultado é a fór­ mula da flexão, (}" = Me I -- X onde I e c são determinados em rela­ ção ao eixo neutro que passa pelo cen­ troide da seção transversal. Se a seção transversal da viga não for simétrica em torno de um eixo perpen­ dicular ao eixo neutro, então ocorrerá y flexão assimétrica. A tensão máxima pode ser determinada por fórmulas, ou o problema pode ser resolvido con­ siderando-se a superposição da flexão em torno de dois eixos separados. X Vigas feitas de materiais compostos podem ser "transformadas" de modo a podermos considerar que sua se­ ção transversal seja feita de um único material. Para isso, usa-se um fator de transformação que é a razão entre os módulos de elasticidade dos materiais. Então, a tensão na viga pode ser deter­ minada da maneira usual, pela fórmu­ la da flexão. Vigas curvas deformam-se de tal modo que a deformação normal não varia li­ nearmente em relação ao eixo neutro. Désde que o material seja homogêneo e linear elástico e a seção transversal tenha um eixo de simetria, então a fórmula da viga curva pode ser usada para determinar a tensão de flexão. (}" = M(R - r) Ar(r - R) ou Ae(R - y) My (}" = -----''----- N FLEXÃO tensão ocorrem a ões cujade seção C nceelemnt entos transversal a furos amente devido muda repentintensão de flexão máxi­ com a ma nesses locais fator dedeterminada concentração de obtido em gráficos nsã que meios experimentais. Se momento fletor fizer o material seu limite elástico, a de­ formação normal permanecerá linear; todavia, a distribuição de tensão varia­ com o diagrama de de­ de acordo por cisalhamento e o saldo n modo, equilibrio força e momento. os momentos plás ic e Desse resistente suportados em determinados. 259 r ç o em e entalhes. A utilização do o K, te é é amáx = Kaméd de­ terminados por 0 ultrapassar rá formação e tre o de t o pela viga pod ser momento plástico ou resistente aplicado e removido, fa á pormate­ isso, rial es tensões nder elasticamente residuais nae,viga. Se um for r r o po induzirá 6.182. A viga é composta por três tábuas unidas por pregos, 6.183. A viga é composta por três tábuas unidas por pregos, como a figura. Se o momento que age na seção trans­ como mostra a figura. Determine as tensões de tração e com­ versalmostra for M = 650 N m, determine a força resultante que a pressão máximas na viga. tensão de flexão produz na tábua de cima. · 15 15 Problema 6.182 Problema 6.183 260 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS fle­ tor para Faça a vigaosediagramas determinedeaforça forçacortante cortantee emomento o momento fletor na viga em função de onde O :S :S 1,8 m. '6.184. x, x 450 N i�Y�F� fJlJ !) :r. � J· - · · · · · · · .-.-� · ·j· . \' - _ _ 1,8 m kN A N � t 300 N B 150 N 1,2 m Problema 6.187 '6.188. A viga é composta por quatro peças de madeira co­ a figura.a Setensão o momento interno Faça os diagramas de força cortante e momento fle­ Mladas,120comokN mostra m, determine de flexãofletor máxima na viga.for tor para a viga. Dica: A carga de 100 kN deve ser substituída Trace um rascunho tridimensional da distribuição de tensão por carregamento equivalente no ponto C sobre o eixo da que age na seção transversal. viga. Problema 6.184 6.185. = �1,2 m k � i �rJú -L � _"J ,) 00 k 75 kN A · 1,2 m 1,2 m mm M = 120 kN · m Problema 6.185 6.186. Determine o módulo da seção plástica e o·fator de forma para a viga em I. Problema 6.188 20 mm 6.189. A viga é composta por quatro peças de ladas,120comokNmostra a figura. Se o momento fletormadeira interno for M m, determine a força resultante que o to fletor exerce nas peças superior e inferior da viga. co­ = momen · mm M = 120 kN· m Problema 6.186 6.187. Faça os diagramas de força cortante e momento fle­ tor para o eixo se ele for submetido às cargas verticais da correia, engrenagem e volante. Os mancais em A e B exer­ cem somente reações verticais sobre o eixo. Problema 6.189 FLEXÃO /6 90 15,1 (10-6)m4• Pelas técnicas descritas no Apêndice A, Para a seção, I, = 114(10-6)m4, 31,7 (10-6)m4, do elemento tem momentos de Y'área da seção transversal = . e I,. = 117(10-6)m4, I 29(10-6)m4 de cipais prin Y 'reia � de inércia y' e z', dos eixosforprincipais catn�speculactivdosameemnte.torno meti su b 'd seçao a Se a um momento afigura, · · . d direcwna o, como mostra a etermme d m kN 2 M tensão produzida no ponto A, (a) pela Equação 6. 1 1 e (b) ;ela equação desenvolvida no Problema 6.111. 1 . "" - re "" ' z A escora tem seção transversal quadrada por e está sujeita ao momento fletor M aplicado a um ângulo O, como mostra a figura. Determine a tensão de flexão máxi­ ma M e O. Especifique Qual ânguloa resultará tensãoemdetermos flexãodena escora? orientaçãonadomaior eixo neutro para este caso. 6.191. a a, z y' y Problema 6.191 80 mm 60 mm Problema 6.190 261 a Cisa l hamento tra nsversa l OBJ ETIVOS DO CAPÍTULO N este capítu lo, desenvolveremos u m método para dete rm i n a r a tensão de cisa l h a m ento em u m a viga com seção tra n sversa l prismática e feita de m ateria l hom ogêneo q u e se comporta de u m a m a n e i ra l i n ea r elástica. O método de a n á l ise a ser d esenvolvido ficará l i m itado a casos especiais de geometria da seção transversal. Apesa r disso, é a m p l am e nte a p l icado em projeto e a n á l ise de engenharia. O conceito de fluxo de cisalha­ mento e o de tensão de cisa l ha m ento serão discutidos para vigas e elementos de paredes finas. O capítulo é fi n a l izado com u m a discussão sobre centro de cisa l h a m ento . 7.1 Cisa l h a m e nto e m e l e m e ntos reto s N a Seção 6.1, mostramos que, e m geral, a s vigas suportam cargas de cisalhamento e também de mo­ mento fietor. O cisalhamento V é o resultado de uma distribuição de tensão de cisalhamento transversal que age na seção transversal da viga (Figura 7.1). Devido à propriedade complementar de cisalhamento, observe que tensões de cisalhamento longitudinais associadas também agirão ao longo dos planos longitudinais da viga. Por exemplo, um elemento retirado de um ponto interno da seção transversal está sujeito a tensões de cisalhamento transversal e longitudinal como mostra a Figura 7 .1. É possível explicar fisicamente por que a tensão de cisalhamento se desenvolve nos planos longitudinais de uma viga considerando que ela é composta por três tábuas (Figura 7.2a). Se as superfícies superior e infe­ rior de cada tábua forem lisas e as tábuas estiverem soltas, a aplicação da carga P fará com que as tábuas � Tensão de cisalhamento transversal Tensão de cisalhamento i longitudinal 7 I .J �*r"' .r"�5t , . Figma 7.1 Tábuas soltas ( a) Tábuas unidas (b) Figura 7.2 deslizem uma sobre a outra e, assim, a viga sofrerá a deflexão mostrada na Figura 7.2a. Por outro lado, se as tábuas estiverem unidas, as tensões de cisalhamento longitudinais entre elas impedirão que uma deslize so· bre a outra e, por consequência, a viga agirá como uma unidade única (Figura 7.2b) . Como resultado d a tensão de cisalhamento, serão desenvolvidas tensões de deformação que tenderão a distorcer a seção transversal de uma maneira basta �te complexa. Para mostrar isso, considere uma barra fetta de um material com alto grau de deformação e ���:· cado com uma grade de linhas horizontais e vertiCaiS (Figura 7.3a). Quando é aplicado um cisalhamento V. as linhas da grade tendem a se deformar conforme. 0 • nao padrão mostrado na Figura 7.3b. Essa distn· bm· çao se çao na uniforme da deformação por cisalhamento transversal fará que ela se deforme, isto é, não pertníl· neça plana. CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 263 cisalhamento longitudinal e nos resultados da Equa­ ção 6.2, V = dM/dx. Para mostrar como essa relação é definida, consideraremos o equilíbrio da força hori­ zontal de uma porção do elemento retirado da viga na (a) Antes da deformação (b) Após a deformação Figura 7.3 Lembre-se de que, no desenvolvimento da fórmu­ la da flexão, consideramos que as seções transversais devem permanecer planas e perpendiculares ao eixo longitudinal da viga após a deformação. Embora essa regra seja infringida quando a viga é submetida a ci­ salhamento e também a flexão, de modo geral, pode­ rnos considerar que a distorção da seção transversal descrita anteriormente é pequena o suficiente para ser desprezada. Essa consideração é particularmente ver­ dadeira para o caso mais comum como de uma viga esbelta; isto é, uma viga cuja largura é pequena em comparação com seu comprimento. Nos capítulos anteriores, desenvolvemos as fór­ mulas da carga axial, da torção e da flexão determi­ nando, em primeiro lugar, a distribuição da deforma­ ção com base em premissas referentes à deformação da seção transversal. Entretanto, no caso do cisalha­ mento transversal, a distribuição da deformação por cisalhamento ao longo da largura de uma viga não pode ser expressa facilmente em termos matemáti­ cos. Por exemplo, ela não é uniforme nem linear para seções transversais retangulares, como já mostramos. Portanto, a análise de tensão de cisalhamento citada será desenvolvida de uma maneira diferente da usada para estudar os carregamentos anteriores. Especifica­ mente, desenvolveremos uma fórmula para a tensão de cisalhamento indiretamente; isto é, usando a fór­ mula da flexão e a relação entre momento fletor e cisalhamento (V = dM/dx). 7.2 A fó rm u l a d o cisa l h a me nto O desenvolvimento de uma relação entre a distri­ buição da tensão de cisalhamento que age na seção transversal de uma viga e a força de cisalhamento resultante na seção é baseado no estudo da tensão de Figura 7.4a e mostrado na Figura 7.4b. A Figura 7.4c apresenta um diagrama de corpo livre do elemento que mostra somente a distribuição de tensão normal que age sobre ele. Essa distribuição é provocada pelos mo­ mentos fletores M e M + dM. Excluímos o efeito de V, V + dV e w(x) sobre o diagrama de corpo livre, já que esses carregamentos são verticais e, portanto, não estarão envolvidos no somatório de forças horizon­ tais. Na verdade, o elemento na Figura 7.4c satisfará !,F" = O desde que a distribuição de tensão de cada lado do elemento forme apenas um conjugado e, por­ tanto, uma força resultante nula. Agora, considere o segmento na parte superior do elemento que foi secionado em y ' em relação ao eixo neutro (Figura 7.4b ) . Esse segmento tem largura t na seção, e cada um dos lados da seção transversal tem área A'. Como a diferença entre os momentos resul­ tantes em cada lado do elemento é dM, podemos ver na Figura 7.4d que !,F" = O não será satisfeita a menos que uma tensão de cisalhamento longitudinal aja sobre a face inferior do segmento. Na análise que faremos a seguir, consideraremos que essa tensão de cisalhamen­ to seja constante em toda a largura t da face inferior. Ela age na área t dx. Aplicando a equação do equilí­ brio da força horizontal e usando a fórmula da flexão (Equação 6. 1 3), temos � 2-Fx = O; r cr ' dA' - r cr dA' - r(t dx) = O }A' lA' ( d�) L? dA' = ( ){ r(t dx) (7.1) Resolvendo p ara r, obtemos r= 1 dM y dA' It dx }A' Essa equação pode ser simplificada observando-se que V = dM/dx (Equação 6.2). Além disso, a integral representa o momento de primeira ordem da área A' em torno do eixo neutro que representaremos pelo símbolo Q. Visto que a localização do centroide da área A ' é determinada por y' = JA ' y dA' IA', também podemos escrever 264 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS 'i.F, = O satisfeita Área = A' I� A (c) A' u' (J I I I I I j _ _ _l Vista tridimensional Q = { }A' (d) Vista lateral Figura 7.4 y dA' = y'A' (7.2) O resultado final é, portanto, � LEJ (7.3) Nessa expressão, r = tensão de cisalhamento no elemento no ponto localizado à distância y ' do eixo neutro (Fi­ gura 7 .4b ). Consideramos que essa tensão é constante e, portanto, média, por toda a largu­ ra t do elemento (Figura 7.4d) V = força de cisalhamento interna resultante, de­ terminada pelo método das seções e pelas equações de equilíbrio I = momento de inércia da área da seção transver­ sal inteira, calculada em torno do eixo neutro. t = largura da área da seção transversal do ele­ mento, medida no ponto onde T deve ser de­ terminada Q = !A'y dA' = y'A' , onde A ' é a porção superior (ou inferior) da área da seção transversal do elemento, definido pela seção onde t é medida e y' é a distância até o centroide de A ' , medi­ da em relação ao eixo neutro A Equação 7.3 é conhecida como fórmula do cisa­ lhamento. Embora, na dedução dessa fórmula, tenha­ mos considerado somente as tensões de cisalhamento que agem no plano longitudinal da viga, ela também se aplica para determinar a tensão de cisalhamento trans­ versal na área da seção transversal da viga. Isso porque as tensões de cisalhamento transversal e longitudinal são complementares e numericamente iguais. Visto que a Equação 7.3 foi derivada indiretamente da fórmula da flexão, é necessário que o material se comporte de uma maneira linear elástica e tenha o mesmo módulo de elasticidade sob tração e sob compressão. A tensão de cisalhamento em elementos compostos, isto é, os que têm seções transversais feitas de materiais diferentes, também pode ser obtida pela fórmula de cisalhamento. Para tanto, é necessário calcular Q e I da seção transformada do ele­ mento como discutimos na Seção 6.6. Todavia, a espessura t na fórmula permanece a largura verdadeira t da seção transversal no ponto onde T deve ser calculada. 7.3 Te nsões d e dsa l h a m e n to em vig a s Para desenvolver uma certa percepção do méto­ do de aplicação da fórmula de cisalhamento e tam­ bém discutir algumas de suas limitações, estudaremos, agora, as distribuições de tensão de cisalhamento em CiSALHAMENTO TRANSVERSAL alguns tipos comuns de seções transversais de vigas. Então, daremos aplicações numéricas da fórmula do císalhamento nos exemplos que serão apresentados Jogo em seguida. Considere que seção transversal retangular de largura a viga tem uma .Sa. 7 A Figura a distribuição mostra b e altura h como da tensão de cisalhamento pela seção transversal pode ser determinada pelo cálculo da tensão de cisalhamen­ to a uma altura arbitrária y em relação ao eixo neutro (Figura 7.5b) e posterior representação gráfica dessa função. Aqui, a área sombreada colorida escura A ' será usada para calcular T .* Por consequência, Se çã o tra n sversal reta n g u la r. Q = y'A' = [y + �(� - ) ] (� - )b y y Aplicando a fórmula do cisalhamento, temos ou (7.4) Esse resultado indica que a distribuição da tensão de cisalhamento na seção transversal é parabólica. Como mostra a Figura 7 .Se, a intensidade varia de zero nas partes superior e inferior, y = ±h/2, até um valor máximo no eixo neutro, y = O. Especificamente, visto que a área da seção transversal é A = bh, então, em y = O, temos, pela Equação 7.4, Tmáx = 1 ,5 v (7.5 ) A A Tmáx v Distrib uição da tensão de cisalhamento (c) Figura 7.5 A área abaixo de y também pode ser usada [A' = b(h/2 porém envolve um pouco mais de manipulação algébrica. + y)], 265 (d ) 266 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Esse mesmo valor para Tmáx pode ser obtido dire­ tamente pela fórmula do cisalhamento T = VQ/It, se percebermos que Tmáx ocorre onde Q é maior, já que V, I e t são constantes. Por inspeção, Q será máximo quando toda a área acima (ou abaixo) do eixo neutro for considerada; isto é, A' = bh/2 e y' = h/4 . Assim, T á mx = ft VQ = V(h/4) (bh/2) [fz bh3 ] b = 1,5 V A Por comparação, Tmáx é 50% maior que a tensão de cisalhamento média determinada pela Equação 1.7; isto é, r 'd = VIA . É i�portante lembrar que, para cada T que age na área da seção transversal na Figura 7.5c, há uma r cor­ respondente que age na direção longitudinal ao longo da viga. Por exemplo, se a viga for secionada por um plano longitudinal que passa por seu eixo neutro, en­ tão, como observamos anteriormente, a tensão de cisa­ lhamento máxima age sobre esse plano (Figura 7.5d). É essa tensão que pode provocar a falha em uma viga de madeira, como mostra a Figura 7.6. Nesse caso, a ruptura horizontal da madeira começa a ocorrer no eixo neutro nas extremidades da viga, visto que, nesse local, as reações verticais submetem a viga a uma gran­ de tensão de cisalhamento, e a madeira tem baixa re­ sistência ao cisalhamento ao longo de seus grãos, que são orientados na direção longitudinal. É instrutivo mostrar que, quando a distribuição da tensão de cisalhamento (Equação 7.4) é integrada por toda a seção transversal, dá o cisalhamento resultante V. Para fazer isso, escolhemos uma tira de área dife­ rencial dA = b dy (Figura 7.5c) e, visto que T age uni­ formemente em toda a tira, temos 1T dA 11112 (h2 l)b dy -h/2 bh h/ � [ h2 y .!.l] 2 -h/2 h � [�2 (� �) �( �3 �3 ) J A 6V 3 = = = 6 4 __:_ 4 - acabamos de realizar, podemos determinar a distribui­ ção da tensão de cisalhamento que age na seção trans­ versal. Os resultados são mostrados nos diagramas das figuras 7.7b e 7.7c. Como ocorreu na seção transversal retangular, a tensão de cisalhamento varia parabo lica­ mente na altura da viga, j á que a seção transvers al pode ser tratada como a seção retangular que tem, primeiro, a largura da aba superior, b, então a espessura da alma talma e, novamente, a largura da aba inferior, b . Em par­ ticular, observe que a tensão de cisalhamento variará apenas ligeiramente na alma e, também, que ocorre um salto na tensão de cisalhamento na junção aba-alma, visto que a espessura da seção transversal muda nesse ponto ou, em outras palavras, t na fórmula do cisalha­ mento, muda. Por comparação, a alma suportará uma quantidade significativamente maior da força de cisa­ lhamento do que as abas, o que será ilustrado numeri­ camente no Exemplo 7.2. Abas ( a) - v 3 + - + = v (b) D istribuição da tensão de cisalhamento Uma viga de abas largas consiste em duas "abas" (largas) e uma "alma", como mostra a Figura 7.7a. Por uma análise semelhante à que Viga d e a bas largas. Intensidade da distribuição da tensão de cisalhamento (vista lateral) (c) Figura 7.6 Figura 7.7 CiSALHAMENTO TRANSVERSAL do uso da fórmula d o cisa l ha­ Li m itaçõ es das premissas mais importantes utilima U to. me n adas no desenvolvimento da fórmula do cisalhamento de cisalhamento é uniformemente dis­ � que a tensãolargura t na seção onde a tensão de cisa­ pela a uíd trib Em outras palavras, a tensão nada. determi é o ent l h am calculada na largura. Pode­ é média mento a salh de ci dessa premissa comparando-a precisão a ar test mos mais exata baseada na matemática análise uma m co respeito, esse se a seção trans­ A e. elasticidad da ria teo distribuição da tensão a retangular, for viga da sal ver eixo no neutro, calculada verdadeira mento salha ci e d pela teoria da elasticidade, varia como mostra a Figura 7.8. O valor máximo, r' máx' ocorre nas bordas da seção transversal e seu valor depende da razão b!h (largura/ altura). Para seções nas quais b/h = 0,5, r'máx é somen­ te 3% maior que a tensão de cisalhamento calculada pela fórmula do cisalhamento (Figura 7.8a). Contu­ do, em seções achatadas, para as quais blh = 2 , r' máx é aproximadamente 40 % maior que rmáx (Figura 7.8b). O erro torna-se maior ainda à medida que a seção fica mais achatada, ou à medida que a relação b!h aumen­ ta. Erros dessa ordem são, certamente, inaceitáveis se usarmos a fórmula do cisalhamento para determinar a tensão de cisalhamento na aba de uma viga de abas largas, como já discutimos. É preciso destacar, também, que a fórmula do cisa­ lhamento não dará resultados precisos quando usada para determinar a tensão de cisalhamento na junção aba-alma de uma viga de abas largas, já que esse é um ponto de mudança repentina na seção transversal e,por­ tanto, um lugar onde ocorrerá concentração de tensão. (a) (b) Figura 7.8 267 Além disso, as regiões internas das abas são bordas livres (Figura 7.7b), e o resultado é que a tensão de cisalha­ mento nessas bordas deve ser nula. Entretanto, se a fórmula do cisalhamento for aplicada para determinar a tensão de cisalhamento nessas bordas, obteremos um valor r' que não será igual a zero (Figura 7.7c). Feliz­ mente, essas limitações à aplicação da fórmula do cisa­ lhamento às abas de uma viga de abas largas não são importantes na prática da engenharia. Na maioria dos casos, os engenheiros têm de calcular somente a tensão de cisalhamento média máxima que ocorre no eixo neu­ tro onde a razão b/h (largura/altura) é muito pequena e, portanto, o resultado calculado fica muito próximo da tensão de cisalhamento máxima verdadeira, como j á explicamos. Outra limitação importante ao uso da fórmula do ci­ salhamento pode ser ilustrada com referência à Figura 7.9a, que mostra uma viga cuja seção transversal tem um contorno irregular não retangular. Se aplicarmos a fórmula do cisalhamento para determinar a tensão de cisalhamento (média) r ao longo da reta AB, ela terá a direção mostrada na Figura 7.9b. Considere, agora, um elemento do material tomado no ponto B do contorno, tal que uma de suas faces esteja localizada sobre a su­ perfície externa da viga (Figura 7.9c). Aqui, a tensão de cisalhamento r calculada na face frontal do elemento é decomposta nas componentes r' e r". Por inspeção, a componente r' deve ser nula, visto que sua componente longitudinal correspondente r', que age na superfície do contorno livre de tensão, deve ser nula. Portanto, para satisfazer essa condição de contorno, a tensão de cisa­ lhamento que age sobre o elemento no contorno deve ter direção tangente ao contorno. Então, a distribuição da tensão de cisalhamento na reta AB terá a direção mostrada na Figura 7.9d. Devido à maior inclinação das tensões de cisalhamento em A e B, a tensão de cisalha­ mento máxima ocorrerá nesses pontos. Valores específi­ cos para essa tensão de cisalhamento devem ser obtidos pelos princípios da teoria da elasticidade. Observe, en­ tretanto, que podemos aplicar a fórmula do cisalhamen­ to para obter a tensão de cisalhamento que age em cada uma das retas coloridas na Figura 7 .9a. Aqui, essas retas interceptam as tangentes ao contorno da seção trans­ versal em ângulos retas, e, como mostra a Figura 7.9e, a tensão de cisalhamento transversal é vertical e constan­ te ao longo de cada reta. Resumindo os pontos discutidos, a fórmula do ci­ salhamento não dá resultados precisos quando aplica­ da a elementos cujas seções transversais são curtas ou achatadas, ou em pontos onde a seção transversal sofre mudança abrupta. Tampouco deve ser aplicada em uma seção que intercepta o contorno do elemento a um ân­ gulo diferente de 90°. Então, nesses casos, a tensão de cisalhamento deve ser determinada por métodos mais avançados baseados na teoria da elasticidade. 268 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Superfície externa livre de tensão " \- T Distribuição da tensão de cisalhamento pela fórmula do cisalhamento (a) (b) T " tPT 71 ( c) ( d) Figura 7.9 '" Forças de cisalhamento em vigas provocam distribuição não linear da deformação por cisalhamento na seção trans­ versal gerando uma distorção na viga. '" Devido à propriedade complementar da tensão de cisalhamento, a tensão de cisalhamento desenvolvida em uma viga age na seção transversal e também em planos longitudinais. " A fórmala do cisalhamento foi deduzida considerando equilt'brio da força horizontal da tensão de cisalhamento lon­ gitudinal e distribuições de tensão de flexão que agem sobre uma porção de um segmento diferencial daviga. '" A fórmula do cisálhamento é usada para elementos prismáticos retos feitos de material homogéneo e que tenham comportamento linear elástico. Além disso, a força de cisalhamento interna resultante deve estar direcionada ao longo de um eixo de simetria para a área da seção transversal. " Para uma viga com seção transversal retangular, a tensão de cisalhamento varia parabolicamente com a altura . A tens ão de cisalhamento máxima ocone ao longó do eixo neutro. '" A fórmula do cisalhamento não deve ser usada para determinar a tensão de cisalhamento em seções transversais curtas ou achatadas ou em pontos onde ocorrem mudanças repentinas na seção transversal ou em um ponto sobre um. contorno inclinado. Sugerimos o seguinte procedimento para ap licar a fórmula do cisalhamento. Cisalhamento interno " Secíone o elemento perpendicularmente a seu eixo no ponto onde a tensão de cisalhamento deve ser determinada e obtenha o cisalhamento interno V na seção. Propriedades da seção • Determine a localização do eixo neutro e determine o momento de inércia I da área da seção transversal inteira em torno do eixo neutro. • Passe uma seção horizontal imaginária pelo ponto onde a tensão de cisalhamento deve ser determinada . Meça largura t da área nessa seção. a CiSALHAMENTO TRANSVERSAL acima oudistân abaixo dessa é er f ou o de, medida em relação ao eixo Pode cia t A'ansvaté sal dont elemento que é a tida pelas 7.4d). substitua os dados na fórmula do cisalhamento al le a de de unidades Usando que a di e ão adequada da tensão de cisalhamento ans sa seja definida um nto de volume de material localizado o ponto onde ela é calculada. I ss pode ser feito se entendermos que age na seção na mesma direção de Com isso, podemos a tensões de is l a nt que s planos agem os se Nessa ã s sões ten porç o da ár ea que encontra expressão, y' é a usando Q = y'A '. A' é que a porção da área da e r d n t e n er útil e de cisalhamento longitudinais (Figura A ' . D et seção de seção r o ce r i mine Q por integração Q = er " m A .y dA' neutro. n no elemento" de cisalh amen to • 269 consistente, um conjunto cí salhamento T . • Sugerimos r ç transversal n outros trê tr n V. do elemento. ?]: e)<.BrvJRI!l! Jl rz.n w ""-'zr'*"' � >"' "' :?= �"'- """"' ="' "'"ffi B;? � viga mostrada na Figura 7.10a é feita devertical madeira e está (cortante) interna anteuma =força3 kN.de (a)cisalhamento sujeita cisalhamen­ tensãodedecisalhamento Determineaatensão resulta V calcule (b) e P ponto no viga na to máxima na viga. SOLUÇÃO Parte (a). Propriedades da seção. O momento de inér­ cia da área da seção transversal calculado em torno do eixo neutro é = __!_ bh3 = __!_ (100 mm)(125 mm)2 = 16, 2 8 X 106 mm4 12 12 m: e A ver l o definir cu sobre r c ah s c lso��t: me r tensão eleme o correspondentes �p l j . 125 mm v � 3 kN � 37,5 mm 100 mm �I (a) I Traçamos na seção uma reta horizontal que passa pelo ponto parcial A' corresponde à porção sombreada na Figeuraa área 7. 10b. Por consequência, Q = )?A' = [ 12, 5 mm + � (50 mm)] (50 mm) (100 mm) = 18,75 mm X 104 mm3 Tensão de cisalhamento. A força de cisalhamento (ou força cortante)temos na seção é V = 3 kN. Aplicando a fórmula do cisalhamento, 4 3 = VQ = (3 kN)(18,75 X 10 mm ) 6 4 It (16,28 X 10 mm )(100 mm) = 3,46 mm X 10-4 kN/mm 2 = 0,346 MPa Resposta Visto que contribui para V, ela age para baixo em P na seção transversal. um elemento do material nessePorpontoconsequência, sofreria a ação de tensõesde devolume cisa­ lhamento, como mostra a Figura 7.10c. P, (b) Tp rP (d) Figura 7.10 (c) 270 RESIST�NCIA DOS MATERIAIS Parte (b). Propriedades da seção. A tensão de cisalha­ mento máxima ocorre no eixo neutro, visto que t é constante em toda a seção transversal e Q é o maior nesse caso. Para a área escura A ' na Figura 7.10d, temos Q = Y'A ' = = [ 62,52mm ] (100 mm) (62,5 mm) Para o ponto B, t8 = 0,015 m, e Q8 = Q8, (Figura 7.11c) . Por consequência, 19,53 mm X 104 mm3 A aplicação da fórmula do cisa­ Observe, pela discussão sobre as "Limitações ao uso da fór­ mula do cisalhamento", que os valores calculados para am­ bas, 78 e 78, não serão, na verdade, muito precisos. Por quê? 4 3 (3 kN)(19,53 X 10 mm ) VQ Para o ponto C, te = 0,015 m e A' é a área sombreada escu­ Tmáx = It = (16,28 X 106 mm4 )(100 mm) ra mostrada na Figura 7.11d. Considerando que essa área é composta por dois retângulos, temos = 3,60 mm X 10-4 kN/mm2 = 0,360 MPa Resposta Qc = 2:y' A' = [0,110 m](0,300 m)(0,02 m) Observe que isso é equivalente a + [0,05 m](0,015 m)(0,100 m) = 0,735(10-3 ) m3 3 kN v 7 = 1 5 - = 1 5 ---máx ' A ' (100 mm)(125 mm) Assim, = 3,6 X 10-4 kN/mm2 = 0,36 MPa Resposta 80 kN[0,735(10-3 ) m3] VQc = Te = 7máx = Ite 155, 6( 10-6) m4 (0,015 m) = 25 '2 MPa Tensão de cisalhamento. lhamento produz ��m�FlU��,.� "'� 0 )/ j!� " '0��0\ )1 X Parte (b). A força de cisalhamento na alma será determi­ nada formulando, em primeiro lugar, a tensão de cisalha­ mento em uma localização arbitrária y no interior da alma Uma viga T de aço tem as dimensões mostradas na Figura (Figura 7.1le). Trabalhando em metros, temos 7.11a. Se for submetida a uma força de cisalhamento (força cortante) V = 80 kN, (a) trace uma curva da distribuição da I = 155,6(10-6) m4 tensão de cisalhamento que age na área da seção transver­ t = 0,015 m sal da viga e (b) determine a força de cisalhamento à qual a alma resiste. A' = (0,300 m)(0,02 m) + (0,015 m)(0,1 m - y) Q = 2:y' A' = (0,11 m)(0,300 m)(0,02 m) SOLUÇÃO + [ y + ! (0,1 m - y) ] (0,015 m)(0,1 m - y) Parte (a). A distribuição da tensão de cisalhamento será = (0,735 - 7,50 yZ )(10-3 ) m3 parabólica e variará da maneira mostrada na Figura 7.1lb. Devido à simetria, somente as tensões de cisalhamento nos pontos B', B e C devem ser calculadas. Para mostrar como de modo que esses valores são obtidos, em primeiro lugar, determinamos o momento de inércia da área da seção transversal em torno 80 kN(0,735 - 7,50 y2 )(1 o-3 ) m3 VQ 7 = = do eixo neutro. Trabalhando em metros, temos It (155,6(10-6) m4 )(0,015 m) = (25,193 - 257,07y2 ) MPa 3 (0,015 m)(0,200 m) I= 1 age na área infinitesimal dA = 0,015 dy mostra­ + 2 2 (0,300 m)(0,02 m)3 + (0,300 m)(0,02 m)(O,llO m? daEssanatensão Figura 7.11 e, portanto, a força de cisalhamento à qual a alma resiste é = 155,6(10-6) m4 '"' "tif'4"" "o "'"''"'""' [� U 'if -"'* - 00 ::,._" ] ] Para o ponto B', t8, = 0,300 m, e A ' é a área escura mostrada na Figura 7.11c.Assim, Q8, = f'A ' = [0,110 m](0,300 m)(0,02 m) = 0,660(10-3) m3 de modo que V.Ima = 1 10,1 m(25,193 - 257,07y2)(106)(0,015 , m) a 7 dA = -O,l m Aalma V.1ma= 73,0 kN R esposta CiSALHAMENTO TRANSVERSAL ["",) TE' = 1,13 MPa V"- (a) (b) i 271 = B 22,6 MPa Te = 25,2 MPa /22,6 MPa 1,13 MPa f---- 0,300 m �_L 0,02 m (0,1 m - yL yl N I c I I .:.:.. J = dy 0,015 m� I ( d) (c) Tm 0,1 Figura 7.11 ( e) _l A I Por comparação, a alma suporta 91% do O momento de inércia, calculado em torno do eixo neutro cirestantes salhamento total kN), enquanto as abasdeterminando suportam osa (Figura 7. 12a), é, portanto, 9%. Tente(80resolver este problema força em uma das abas (3,496 kN) pelo mesmo método. En­ I = u (0,030 m)(0,150 m)3 tão, = V - = 80 kN-2(3,496 kN) = 73,0 kN. 2 + (0,150 m)(0,030 m)(0,120 m - 0,075 m)2 ] OBSERVAÇÃO: Valma 2 Vaba + [ 1� (0,150 m)(0,030 m)3 A viga mostrada na Figura 7 . 1 2a é feita com duas tábuas. máxima necessária na Determine de cisalhamento colnhaadeparajunção. quea tensão elaOsmantenha as tábuas unidas ao longo da li­ apoios em B e C exercem apenas reações verticais na viga. + (0,030 m)(0,150 m)(0,165 m - 0,120 m)2 ] = 27,0(10-6) m4 SOLUÇÃO Cisalhamento interno. As reações nos apoios e o diagra­ (aba) superior está presa à inferior (alma) pela cola, ma7.12bde. Vemos força cortante para a viga são mostrados na Figura Aquetábua é aplicada na espessura t = 0,03 m. Por consequência, que o cisalhamento máximo na viga é 19,5 kN. A ' é definida como a área da tábua superior (Figura 7.12a). Temos Propriedades da seção. O centroide e, portanto, o eixo neutro serão determinados pelo eixo de referência posicio­ nad parte inferior da área da seção transversal (Figura Q y ' A' [0,180 m 0,015 m - 0,120 m] (0,03 m)(0,150 m) 7.12oa).naTrabalhando em metros, temos 0,2025 ( 10-3) m3 - -­ L yA Tensão de dsalhamento. Com os dados obtidos acima e LA aplicando a fórmula do cisalhamento, obtemos 0, , [ 075 m] (0,150 m)(0,030 m) + [0,165 m](0,030 m)(0,150 m) VQ 19,5 kN (0,2025(10-3 ) m3 ) (0,150 m)(0,030 m) (0,030 m) (0,150 m) a = 27,0(10-6 ) m4(0,030 m) = 4,88 MPResposta = áx m � It "' 0 ,120 m = = = Y == + T 272 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 26 kN V (kN) Plano contendo cola 150 mm 30 mm ____L_ :.:;r-r- 150 mm 4,88 MPa (c) Figura 7.12 Aé tensão de cisalhamento que age no topo da tábua de baixo mostrada na Figura 7. 12c. OBSERVAÇÃO: É a resistência da cola a essa tensão de ci­ salhamento lateral ou horizontal que é necessária para impe­ dir que as tábuas deslizem no suporte C. � 25 mm � Se a viga for submetida a um cisalhamento V = 15 kN, determine a tensão de cisalhamento na alma em A e B. Indique Pl'Oblema 7.4 as componentes da tensão de cisalhamento sobre um elemento de volume localizado nesses pontos. Considere = 125 mm. 7.5. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha­ Mostre que o eixo neutro está localizado em y = 0,1747 m mento V = 125 kN, determine a força de cisalhamento à qual em relação à parte inferior e !NA = 0,2182(10-3) m4• a alma da viga resistirá. 7.2. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha­ mento V = 30 kN, determine a tensão de cisalhamento máxi­ � 25 mm ma na viga. Considere = 200 mm. � 7.3. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha­ mento V = 30 kN, determine a força de cisalhamento à qual a alma da viga resiste. Considere = 200 mm. 7.1. w w w 200 mm Problema 7.5 A viga tem seção transversal retangular e é feita de ma­ deira com tensão dea umcisalhamento = 11,2 �Pa. Se for submetida cisalhamentoadmissível V = 20 kN, determme a menor dimensão a de sua parte inferior e 1,5a de seus lados. 7.7. A viga tem seção transversal retangular e é feita Problemas 7.112/3 madeira. Se for submetida a um cisalhamento V = 20áxikN,mae *7.4. Se a viga de abas largas for submetida a um cisalha­ a = 250 mm, determine a tensão de cisalhamento m mentdoo uma curva da variação da tensão de cisalhanal mento V = 125 kN, determine a tensão de cisalhamento má­ nae trace seção transversal. Faça um rascunho tridimensio xima na viga. resultado. 7.6. r.c1m de CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 273 A escora está sujeita a um cisalhamento vertical 130 kN. Construa um gráfico da intensidade da distri­ buição da tensão de cisalhamento que age na área da seção transversal de cisalhamento resultante de­ senvolvida noe calcule segmentoa força vertical AB. *7.12. V= ��m :-i'Omm V= 130kN 150mm I Problemas 7.617 Determine a tensão de cisalhamento máxima na es­ se N.ela for submetida a uma força de cisalhamento 20k 7.9. Determine a força de cisalhamento máxima V que a escora pode suportar se a tensão de cisalhamento admissível Problema 7.12 o material for = 40 MPa. 7.10. Faça um gráfico da intensidade da tensão de cisalha­ 7.13. O raio da haste de aço é 30 mm. Se ela for submetida a um cisalhamento V = 25 kN, determine a tensão de cisa­ mento distribuída na seção transversal daV =escora submetida a uma força de cisalhamento 15 kN.se ela for lhamento máxima. '7.8. cora V == para Tadm 12mm )/ I 20 mm G:: '-* =50kN Problema 7.13 7.14. Se a viga T for submetida a um cisalhamento verti­ cal V = 60 kN, determine a tensão de cisalhamento máxima nato naviga.junção Calculeaba-alma tambémAB.o Trace salto daumtensão Problemas 7.8/9/10 rascunhode cisalhamen­ da variação 7.11. Se o tubo estiver sujeito a um cisalhamento V = 75 kN, da intensidade da tensão de cisalhamento em toda a seção transversal. determine a tensão de cisalhamento máxima nele. 7.15. Se a viga T for submetida a um cisalhamento vertical V = 60 kN, determine a força de cisalhamento vertical à qual a aba resiste. � I 75 mm o�.!0��1 10� �� l r"�J� ' v Problema 7.11 �V=60kN Problema 7.14/15 27 4 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS viga T está sujeita ao carregamento mostrado na figura. Determine a tensão de cisalhamento transversal má­ xima na seção crítica da viga. "7.16. A Problema 7.19 Desenvolva uma expressão para a componente ver­ tical média da tensão de cisalhamento que age no plano ho­ rizontal que passa pelo eixo, localizado a uma distância y do eixo neutro. *7.20. r------1 _l 100 mm f T 100 mm _l__ T 20 mm 20 mm Problema 7.16 7.17. Determine as maiores forças P que o elemento pode su­ portar se a tensão de cisalhamento admissível for = 70 MPa. Os apoios em A e B exercem somente reações verticais so­ bre a viga. 7.18. Se a força P = 4 kN, determine a tensão de cisalha­ mento máxima na seção crítica da viga. Os apoios em A e B exercem somente reações verticais sobre a viga. Tadm � 1 m �A+---- 2 m B - Problemas 7.17/18 -+� Problema 7.20 Dormentes de ferrovia devem ser projetados parare­ sistir a grandes carregamentos de cisalhamento. Se o dormen­ te for submetido a cargas de 150 kN exercidas pelos trilhos e o leito de cascalho exercer uma reação distribuída como mostra a figura, determine a intensidade equilíbrio e determine a tensão de cisalhamento máximaparano dormente. 7.21. w 150 kN 1m 150 kN � I 200 mm I I 150 mm _l 7.21 Faça uma representação gráfica da distribuição da 7.22. A viga está sujeitaProblema a uma carga uniforme Determi­ tensão de cisalhamento na seção transversal de uma haste a localização a dos apoios de modo que a tensão de cisa­ com raio Quantas vezes a tensão de cisalhamento máxima nelhamento na viga seja a menor possível. Qual é essa tensão? é que a tensão de cisalhamento média que age na se­ çãomaior transversal? 7.19. c. w. CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 27 5 Determine a tensão de cisalhamento nos pontos B e C localizados na alma da viga de fibra de vidro. 7.27. IV �ra devem ser enda vigaSedea �VIgaadetiver midadesa figura. Ascomextreo mostra de suportar o as ad mento mostrado, determine a menor profundidade lhrega d \ cdaa viga no entalhe se a tensa-o de cisa· lhamento admiSSIVe · 1 for 450 MPa. A largura da viga é de 8 metros. Problema 7.22 7.2 3. lOOmm 18mm H ___j___) � 150mm 12mm l � -r18mm lOOmm 1 ' r,Jm = 15 kN 20kN c 15kN = --r � Determine a tensão de cisalhamento máxima que age na seção crítica da viga de fibra de vidro. Problema 7.27 *7.28. Problema 7.23 A viga é composta por três aotábuas coladas nas linhas B. Se for submetida carregamento mostra­ dedo junção na figura,A edetermine a tensão dea-a.cisalhamento desenvol­ em apoios Os seção na coladas juntas vida nas somente reações verticais sobre a viga. C e D exercem A viga é composta por três tábuas coladas nas linhas junção A e B. Se for submetida ao carregamento mostra­ do na figura, determine a tensão de cisalhamento máxima desenvolvida nas juntas coladas. Os apoios em C e D exer­ cem somente reações verticais sobre a viga. A viga é composta por três tábuas coladas nas linhas detradojunção A e B. Se for submetida ao carregamento mos­ na figura, determine a força de cisalhamento vertical máxima à qual resiste a aba superior da viga. Os apoios em C exercem somente reações verticais sobre a viga. '7.24. 7.25. de 7.26. eD 25 kN 25 kN 25 kN D1lL E L�LLL. >•· · · · ·�D B 2,5 kN/m 3kN/m �1m L lm�,J -2m · ----�lOOmm 18mm H ___j___) � 150mm 12mm � -rl lOOmm 18mm c = --r ,---� -- 7.29. A viga é composta por três peças de plástico coladas nas linhas de junção A e B. Se for submetida ao carregamen­ to mostrado na figura, determine a tensão de cisalhamento desenvolvida nas juntas coladas apoios em C e D exercem somente reaçõesna seção verticaiscrítica. sobreOsa viga. Problema 7.28 3kN/m � 1ll1!!l1llll1 40 mm�50 mm 200 mm 505t mm 40mmt � r-r- ··· · .. ·· ""�' ' ' " A . .. 1___ r: __L ... .. ... B .��.· , .• , Problemas 7.24/25/26 200mm . 50mm� Ysomm 200mm 50 mm_l_ .=&E _L_ li _j � Problema 7.29 A 27 6 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 7.30. A viga é composta por três peças de plástico coladas 7.33. Escreva um código computacional que possa ser usado nas linhas de junção A e B. Se for submetida ao carregamen­ para determinar a tensão de cisalhamento máxima na viga que to mostrado na figura, determine a força de cisalhamento tem a seção transversal mostrada na figura e é submetida a uma vertical a aba superior na seção crítica. constante distribuídado específica w e àosforça concLentrada Os apoiosà qual em Cresiste e D exercem somenteda viga reações verticais so­ P.cargaMostre uma aplicação código usando valores 4 m' a = 2 m, P = 1,5 kN, d1 = O, d2 = 2m,w = 400 N/m, t 15 mm ' bre a viga. t2 20 mm, b = 50 mm e = 150 mm. = 3kN/m h = !1rr11r111rrt 200mm 50mm20��A � 50 mm J:=_;O mm _1___ 11 1 1;1i'ii!l1 J = ·� 11-- -a-L --------11 Problema 7.33 A viga tem seção transversal retangular e está sujeita a uma carga P cuja intensidade é suficiente para desenvolver rmomento totalmente plástico MP = PL no apoio fixo. Se um o material for elástico plástico, então, a uma distância x < L, Problema 7.30 o momento M = Px cria uma região de escoamento plás­ tico com um núcleo elástico associado de altura 2y' . Essa 7.31. Determine a variação da tensão de cisalhamento na pela Equação 0, e o momento seção transversal de um rebite oco. Qual é a tensão de cisa­ situação distribuídofoinadescrita seção transversal como6.3mostra a Figura lhamento máxima no rebite? Mostre também que, se Prove que a tensão de cisalhamento máxima desenvolvida então = 2(V/A). na viga é dada por = 3/2(PIA'), onde A ' = 2y' b, a área da seção transversal do núcleo elástico. _:::___j B 7.34. Mé 6.54e. r; � 1'0, Tm áx rmáx ��I p Região plástica r; Problema 7.31 A b r- Região elástica Problema 7.34 A viga tem seção transversal quadrada e está sujeita à força de cisalhamento V. Faça um rascunho da distribuição 7.35. A viga na Figura 6.54f é submetida a um momento to· da tensão de cisalhamento na seção transversal e especifique plástico Mp. Prove que as tensões de cisalhamenlo a tensão de cisalhamento máxima. Além disso, determine o talmente longitudinal namostra viga sãoa Figura nulas. 7Dica: local em relação ao eixo neutro onde começará a aparecer um elementoedatransversal viga como .4d. uma trinca ao longo do elemento devido ao cisalhamento. "7.32. Considere 7.4 F l uxo d e dsa l h a m e nto em estrutu ras com postas por vá rios e l e m e ntos Problema 7.32 Na prática da engenharia, às vezes são construídas estruturas compostas por várias partes para se o bt�l maior resistência à cargas. Alguns exemplos são m�s· trados na Figura 7. 1 3. Se as cargas provocarem fl.e�ao r nas partes componentes, pode ser necessário uttitza elementos de fixação como pregos, parafus ?s, to rial de soldagem ou cola para evitar o desltzam en r d I CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 277 do fluxo de cisalhamento ao longo da junção que liga a parte composta na Figura 7.14a à aba da viga. Como mostra a Figura 7.14b, três forças horizontais devem agir sobre essa parte. Duas dessas forças, F e F + dF, são desenvolvidas por tensões normais causadas pelos momentos M e M + dM, respectivamente. A terceira força, a qual, para equilíbrio, é igual a dF, age na junção e deve ser suportada pelo elemento de fixação. Como sabemos, dF é o resultado de dM, então, como no caso da fórmula do cisalhamento (Equação 7.1), temos dM dF = I 1 y dA' A' A integral representa Q, isto é, o momento da área A', de cor clara na Figura 7.14b, em torno do eixo neutro para a seção transversal. Visto que o segmento tem com­ primento dx, o fluxo de cisalhamento, ou força por uni­ dade de comprimento ao longo da viga, é q = dF!dx. Por consequência, dividindo ambos os lados por dx e obser­ vando que V = dM!dx (Equação 6.2), podemos escrever (7.6) Nessa expressão, Figura 7.13 relativo dessas partes (Figura 7.2). Para projetar esses elementos de fixação, é preciso conhecer a força de cisalhamento à qual eles devem resistir ao longo do comprimento da estrutura. Esse carregamento, quan­ do medido como força por unidade de comprimento, é denominado fluxo de cisalhamento q. * O valor do fluxo de cisalhamento ao longo de qual­ quer seção longitudinal de uma viga pode ser obtido por um desenvolvimento semelhante ao usado para determinar a tensão de cisalhamento em uma viga. Para demonstrar isso, consideraremos a determinação q = fluxo de cisalhamento, medido como uma força por unidade de comprimento ao longo da viga V = força de cisalhamento ou força cortante inter­ na resultante, determinada pelo método das seções e equações de equilíbrio momento de inércia de toda a área da seção I= transversal calculado em torno do eixo neutro Q = J�.y dA' = )I'A', onde A' é a área da seção transversal do segmento acoplado à viga na junção onde o fluxo de cisalhamento deve ser calculado e y' é a distância do eixo neutro ao centroide de A ' (b) ( a) Figura 7.14 A utilização da palavra "fluxo" nessa terminologia será significa­ tiva na discussão na Seção 7.5. dF 278 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A aplicação dessa equação segue o mesmo "pro­ cedimento de análise" delineado na Seção 7.3 para a fórmula do cisalhamento. A propósito, é muito im­ portante identificar corretamente o valor adequado de Q na determinação do fluxo de cisalhamento em uma junção particular da seção transversal. Alguns exemplos devem servir para ilustrar como isso é fei­ to. Considere as seções transversais da viga mostrada na Figura 7.15. As partes constituintes sombreadas estão presas às vigas por elementos de fixação. Nos planos da conexão, o fluxo de cisalhamento neces- sário q é determinado usando-se um valor de Q cal­ culado a partir de A e y 1 indicados em cada figura. Observe que esse valor de q encontrará a resistência de um único elemento de fixação nas figuras 7 .15 a e 7.15b, de dois elementos de fixação na Figura 7.15 c e de três elementos de fixação na figura 7.15 d. Em outras palavras, o elemento de fixação nas Figuras 7.15a e 7 .15b suporta o valor calculado de q e, n as figuras 7.15c e 7.15d, cada elemento de fixação su­ porta q/2 e q/3, respectivamente. 1 (a) N (b) A A (d) (c) Figma 7.15 � !ia��ffi(!!)S INI!ia�RWAI�mms � ttma medida da fotç& por unidade de comprimento ao longo de um eixo lon:�itudínal de uma viga.Esse valor é detç:nninado� ela fótmula d o cis,?lhame�t? � é usado para se defi�ir a f�rça de ctsalhamento desenvolvida em elementos de fixaçao e cola que mantem os v:arws segmentos de uma vtga umdos. " Fluxo. decisalhamento é � m mNIRU�(!!) �.� � SOLUÇÃO Propriedades da seção. O eixo neutro (centroide) será é composta por quatro tábuas coladas, como localizado relação à parte inferior da viga (Figura 7.16a). mostra a Figura 7. 1 6a. Se for submetida a um cisalhamento Trabalhandoemcom metros, temos V = 850 kN, determine o fluxo de cisalhamento em B e C ao qual a cola deve resistir. A viga � cc_,_"" - "' _ Y " = %= 2:yA = 2[0,15 m](0,3 m)(O,Ol m) + [0,205 m](O,l25 m)(O,Ol m) + [0,305 m](0,250 m)(O,Ol m) 2(0,3 m)(O,Ol m) + 0,125 m(O,Ol m) + 0,250 m(O,Ol m) 2:A = 0, 1 968m = v CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 279 Qs = y�A� = [0,305 m = 0,271(10-3 ) m3 Da mesma forma, a cola em C e C' mantém a tábua interna presa à viga (Figura 7.16b), portanto Qc = y�A'c = [0,205 m - 0,1968 m](0,125 m)(O,Ol m) = 0,01026(10-3 ) m3 N Fluxo de cisalhamento. V = 850 kN lO mm--1 f--125 mm--j f-- lü mm (a) B -" N c A'c J E'--- c ITY'c y'B ' qc A portanto, (0,01 m)(0,3 m)(0,1968 m - 0,150 m) 2 [� + 1 (0,125 m)(O,Ol m)3 J + 2 (0,250 m)(O,Ol m) 3 + (0,250 m)(O,Ol m)(0,305 m - 0,1968 m? = 87,52(10-6) m4 850 kN(0,01026(10-3 ) m3 ) = 0'0996 MN/m 87,52(10-6) m4 � ;; % A viga-caixão deve ser construída com quatro tábuas pregadas, como mostra a Figura 7.17a. Se cada prego pu­ der suportar uma força de cisalhamento (força cortante) de 30 N, determine o espaçamento máximo s dos pregos em B e em C de modo que a viga suporte a força vertical de 80 N. SOLUÇÃO Cisalhamento interno. Se a viga for secionada em um pon­ to arbitrário ao longo de seu comprimento, o cisalhamento in­ terno exigido para equilíbrio é sempre V = 80 N, portanto o + (0,125 m)(O,Ol m)(0,205 m - 0,1968 m? U = "" � O momento de inércia calculado em torno do eixo de inércia + I VQc -- E:�il\21�1ll @l �.Iii Figura 7.16 U = Visto que são usadas duas linhas de junção para prender cada tábua, a cola por metro de comprimento de viga em cada linha de junção deve ser forte o' suficiente para resitir à metade de cada valor calculado de q . Assim, Resposta q8 = 1,31 MN/m e q c = 0,0498 MN/m (b) I = 2 2 (0,01 m)(0,3 m? . Para B e B ' , temos E para C e C', � 's é, - 0,1968 m](0,250 m)(O,Ol m) J J diagrama de força cortante é o mostrado na Figura 7.17b. Propriedades da seção. O momento de inércia da área da seção transversal em torno do eixo neutro pode ser de­ terminado considerando-se um quadrado de 7,5 cm X 7,5 cm menos um quadrado de 4,5 cm X 4,5 cm. I = -121 (7,5 mm)(7,5 mm)3 - -121 (4,5 mm)(4,5 mm)3 = 229,5 mm3 O fluxo de cisalhamento em B é determinado usando-se Q8 definido pela área sombreada mais escura mostrada na Figu­ 7.17c. É essa porção "simétrica" da viga que deve manter­ Visto que a cola em B e B' mantém a tábua da parte superior ra -se "presa" ao resto da viga por pregos no lado esquerdo e presa à viga (Figura 7.16b), temos pelas fibras da tábua no lado direito. Assim, 280 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS 80N 25 cm3 ) = 7,059 N/cm = VQI c = 80 N(20, 229,5 cm4 Esses valores representam a força de cisalhame por unidade de comprimento da viga à qual os pregos nto em B' na Figura 7.17c e os pregos em e asem B asemfibras C' na Figura 7. 1 7d devem resistir, respectivamente. Visto caso, o fluxo de cisalhamento encontra a resis­ que, tênciaemdecada duas superfícies e cada prego pode resistir a 30 N, espaçamento para B é 30 N ----,----- = 5,10 cm Use sE = 5 cm ----,---., (11,76/2)-N/cm qc C 1,5 cm c c fibras 0 Resposta E para C, 30 N (7,059/2) N/cm = 8,50 cm Use = 8,5 cm V (N) -----'=--=-::...:_ -___ - se Resposta resistência cisalhamento total dede40doisN são Pregos usados com em uma viga queao pode ser construída modos: II (Figura 7. 1 8). Se os pregos forem espaçadosCasodeI9oucm,Caso determine o maior cisalhamento verti- (b) (c) r4,5 cm-j --.---at:l��H :=1},5 cm c N --'-----t!!;fr+-----J!+it'it- A (d) Figura 7.17 9 cm� 0,51_ cm r ·r h cm �f . 4 cm N s L. r 0,5li-3 cm cm--i Caso I = y'A' = [3 cm](7,5 cm)(1,5 cm) = 33,75 cm3 Da mesma forma, o fluxo de cisalhamento em C pode ser de­ terminado com a utilização da área sombreada "simétrica" mostrada na Figura 7.17d. Temos Qc = y'A' = [3 cm](4,5 cm)(1, 5 cm) = 20,25 cm3 Qs Fluxo de dsalhamento. qB 75 cm4 3 ) = 11 '76 N/cm = VQI B = 80 N(33, 229,5 cm Figura 7.18 CISALHAMENTO TRANSVERSAL 281 eme cada caso de modo que os 7.37. A viga é construída com duas tábuas presas uma à ou­ ser suportado pode m. tra na parte superior e na parte inferior por duas fileiras de falh não ção fixa de s nto pregos espaçados de 150 mm. Se uma força de cisalhamento interna V= 3 àkNqualforcada aplicada às resistirá. tábuas, determine a força de SOLUÇÃO cisalhamento prego os casos, o mo­ em ambos é a mesma . ainérgeociametria . V o o e d e1xo neutr torno em mento de :2 (3 mm)(5 mm)3 - 2 [ 1� (1 mm)(4 mm)3 ] = 20,58 mm4 � 1 . Nesse projeto, uma única fileira de pregos prende � supe, rior ou a parte inferior da aba à alma. Para uma parteabas aessas d I Q = )I' A' = [2,25 cm][3 cm(0,5 cm)] = 3,375 cm3 Problema 7.37 modo que 7.38. A viga é construída com cinco tábuas parafusadas VQ como mostra a figura. Determine a força de cisalhamento má­ q=! xima desenvolvida em cada parafuso se o espaço entre eles for s = 250 mm e o cisalhamento aplicado for V = 35 kN. 40 N - V(3,375 cm3 ) 9 cm 20,58 cm4 Resposta V = 27,1 N 1 1 . Nesse caso, uma única fileira de pregos prende dos lados das tábuas à alma. Assim, Q = )I' A' = [2,25 cm][1 cm(0,5 cm)] = 1,125 cm3 VQ q= ! 40 N - V(1,125 cm43 ) 9 cm 20,58 cm V = 81,3 N Resposta q ue eleme e t IS O q u 1 , == SO m SO m de _ um _ 7.39. A viga é construída com cinco tábuas parafusadas como mostra a figura. Determine o espaçamento máximo s para os parafusos se cada um deles puder resistir a um cisalhamento '7.36. A viga é construída com duas tábuas presas uma à na parte superior e na parte inferior por duas fileiras de 20 kN e o cisalhamento aplicado for V = 45 kN. de pregos espaçados de 150 prego puder supor­ tar uma força de cisalhamento deSe2,cada 5 kN, determine a força cisalhamento máxima V que pode ser aplicada à viga. Problema 7.38 outra mm. de 5SOm0 �� Problema 7.36 Problema 7.39 282 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS "7.40. A viga está sujeita a um cisalhamento V= 800 A viga-mestra de alma dupla é composta por duas termine a tensão de cisalhamento média desenvolvidaN. De­ nos 7.43. chapas de compensado a elementos de madeirade nafi­ parte superior e na partepresas inferior. Se cada elemento pregos ao longo dos lados A e B se eles estiverem espaçados xação de s = 100 Cada prego tem diâmetro de 2 mm. puder suportar 3 kN em cisalhamento simples, deter­ mine o espaçamento s exigido entre os elementos de fixação para suportar o carregamento P = 15 kN. Considere que presa por pino e B é um rolete. mm . Aé �q:�= 250 mm mm ]l 50so mm � --1 1 I p A 1 1-- SO mm 50 mm 150 mm 7.41. A viga é fabricada com dois T estruturais equivalen­ tes e duas chapas. Cada chapa tem altura de 150 mm e espes­ P1·oblema 7.43 sura de 12 mm. Se um cisalhamento V = 250 kN for aplicado *7,44. A viga-mestra de alma dupla é composta por duas fo­ à seção transversal, determine o espaçamento máximo dos de compensado presas a elementos de madeira na parte parafusos. Cada parafuso pode resistir a uma força de cisa­ lhas superior e na parte inferior. A tensão de flexão admissível lhamento de 75 kN. para a madeira é = 56 MPa, e a tensão de cisalhamen­ é to admissível fixação forem espaçados de =s =21150MPa.mmSee oscadaelementos um puderdesuportar 3 kN em cisalhamento simples, determine a carga máxima que pode ser aplicada à viga. Problema 7.40 cractm Tadm [ � �"--'{ :T :: 250 mm A viga é fabricada com dois T estruturais equivalentes e duas chapas. Cada chapa tem altura de 150 mm e espessura de 12 Se os parafusos estiverem espaçados de s = 200 mm, determine a força de cisalhamento máxima V que pode ser aplicada à seção transversal. Cada parafuso pode resistir a uma força de cisalhamento de 75 kN. Problema 7.41 7.42. mm . �� --1 1 I � ][ soso mm p A 1 1-- SO mm 50 mm 150 mm Problema 7.44 A viga é composta por tiras de poliestireno aocoladcisasa­ como mostra a figura. Se a coltrêsa tiver uma resistência lhamento de 80 kPa, determine a carga máxima P que pode ser aplicada sem que a cola perca sua capacidade de aderência. 7.45. 30 mm H � 40 mm t-= f40 mm 60 mm Problema 7.42 P _j__ p 20 mm A � 0,8 m f- 1 m --+-- 1 m -4- o,s m � Problema 7.45 .�. CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 283 pregadas como mostra a tábuassupmiar quatropuder "'fiA6ra' . Sevicadgaaéumfeitadoscompregos força de cisa­ uma gu nto de 500 N determine. os espaçamento s' e s exigidos ens . mento V= 3,5 kN. for submetida a um c1salha trc e eS Se a viga A lhalll e I ' mm 7.49. A viga de madeira Testá sujeita a uma carga compos­ taadmissível por forças concentradas, P . Se a tensão de cisalhamento V para cada um"dos pregos for conhecida, escreva um código computacional que especifique o espaçamento dos pregos entre cada carga. Mostre uma aplicação do código usando os valores L = 4,5 m, a1 = 1,2 m, P1 = 3 kN, a2 = 2,4 m, P2 = 7, 5 kN, b1 = 37,5 mm, h1 = 250 mm, b2 = 200 mm, h2 = 25 mm, e V = 1 kN. n prego prego l 250 mm � � 40 mm Problema 7.46 A viga é fabricada com dois perfis em U equivalentes Problema 7.49 espessura chapa tem altura de 150kNmmforeaplicado duas chapas.Se Cada V = 250 máximo entreà 7.50. A escora é construída com três peças de plástico cisalhamentoo espaçamento um determine seção transversal, coladas como mostra a figura. Se a tensão de cisalhamento resistir a uma força de ci­ admissível pode parafuso Cada ossalhparafusos. para o plástico for = 5,6 MPa e cada junta amento de 75 kN. colada puder resistir a 50 kN/m, determine o maior carrega­ mento distribuído w que pode ser aplicado à escora. 7.47. e de 12 mm. rndm jlllfP 1 1 1 1 ���l 1 1 r Problema 7.47 Uma viga de madeira é composta por tábuas, cada uma com seção transversal retangular. Escreva um código computacional que possa ser usado para determinar a tensão de cisalhamento máxima na viga quando ela for submetida a qualquer cisalhamento V. Mostre uma aplicação do código usan do uma sal em caixão.seção transversal em "T" e uma seção transver­ '7.48. l- lm 2m lm _j n 1 T 25 mm 1 75 mm SO mm-1 f--1 112 mm 12 mm Problema 7.50 7.5L A escora é construída com três peças de plástico çoladas como mostra a figura. Se a carga distribuída for = 3 kN/m, determine o fluxo de cisalhamento ao qual cada junta colada deve resitir. w Problema 7.48 284 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS {1.1 Lg! ll LU LMJ-l.lf l-lm 2m , lm_j mm 75mm 12mm 12mm T 1 SO mm--1 r- -I !-- Problema 7.51 A vigaP =está7 kN.sujeita ao carregamento na fi­ gura, onde Determine a tensão demostrado cisalhamento �édia desenvolvida nos pregos no interior da região AB da v1ga. Os pregos estão localizados em cada lado da viga e es­ paçados de 100 mm. Cada prego tem diâmetro de 5 mm. *7.52. Problema 7.53 O elemento consiste em dois canais [U] de plásti­ copudercomsuportar 12 mm uma de espessura em A eadmissível B. Se a cola tensão decolados cisalhamento de = 4,2 MPa, determine a intensidade máxima do car­ regamento distribuído triangular que pode ser apli�ado ao elemento tomando como base a resistência da cola. 7.54. w Tadm k---2 m---1----2 m------1 75mm � --1 30mm250 mm 30 mm __..j l-·. � f.-- Problema 7.54 Ommelemento consistecolados em dois canais [U] de plástico A viga é composta por quatro tábuas pregadas. Se os 7.55. com 12 de espessura em A e B. Se a carga distri­ pre.g�s estiver�m de ambos os 3lados da viga e cada um puder buída tiver intensidade máxima w = 50 kN/m, determine resistir a um c1salhamento de kN, determine a carga máxi­ tensão de cisalhamento máxima à ;ual a cola resiste. ma P que pode ser aplicada à extremidade da viga. Problema 7.52 7.53. a CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 285 q = rt Wo �2 m-----*�--� 2 m----� / 75 mm Pt·oblema 7.55 7.5 Fl uxo d e cisa l h a m e nto em elementos d e p a redes fi nas Na seção anterior, desenvolvemos a equação do fluxo de cisalhamento, q = VQ!I, e mostramos como ela pode ser usada para determinar o fluxo de cisalha­ mento que age ao longo de qualquer plano longitudi­ nal de um elemento. Nesta seção, mostraremos como aplicar essa equação para determinar a distrib uição do fluxo de cisalhamento pela área da seção transversal de um elemento. Aqui, consideraremos que o elemen­ to tem paredes finas, isto é, a espessura da parede é pequena em comparação com a altura ou largura do elemento. Como mostraremos na próxima seção, essa análise tem importantes aplicações no projeto estrutu­ ral e mecânico. Antes de determinar a distribuição do fluxo de ci­ salhamento em uma seção transversal, em primeiro lugar mostraremos como o fluxo de cisalhamento está relacionado com a tensão de cisalhamento. Para tal, considere o segmento dx de uma viga com abas largas na Figura 7.1 9a. Um diagrama de corpo livre de uma porção da aba é mostrado na Figura 7.19b. A força dF é desenvolvida ao longo da seção longitudinal sombrea­ da de modo a equilibrar as forças normais F e F + dF criadas pelos momentos M e M + dM, respectivamen­ te. Visto que o segmento tem comprimento dx, então 0 fluxo de cisalhamento ou força por comprimento ao longo da seção é = dF!dx. Como a parede da aba é q fi!w, a variação da tensão de cisalhamento r não va­ na muito ao longo da espessura t da seção; portanto, consideraremos que ela é constante. Por consequência, dF ==- r dA = r(t dx) = dx, ou q (7.7) Esse mesmo resultado também pode ser determi­ nado comparando a equação do fluxo de cisalhamento, q = VQ/I, com a fórmula do cisalhamento, r = VQ!It. Como a tensão de cisalhamento, o fluxo de cisalha­ mento age em ambos os planos, longitudinal e trans­ versal. Por exemplo, se o elemento de canto no ponto B na Figura7.19b for removido (Figura 7.19c), o fluxo de cisalhamento age como mostrado na face lateral do elemento. Embora a componente vertical transversal do fluxo de cisalhamento exista, nós a desprezaremos porque, como mostra a Figura 7.19d, essa componente, assim como ocorre na tensão de cisalhamento, é apro­ ximadamente zero em toda a espessura do elemento. Isso porque consideramos que as paredes são finas e as superfícies superior e inferior do elemento estão li­ vres de tensão. Resumindo, somente será considerada a componente do fluxo de cisalhamento que age para­ lelamente às paredes do elemento. Por uma análise semelhante, isolar o segmento do lado esquerdo na aba superior (Figura 7.19e) definirá a direção correta do fluxo de cisalhamento no elemen­ to de canto C do segmento (Figura 7.19f). Mostre, por esse método, que o fluxo de cisalhamento nos pontos correspondentes B' e C' na aba inferior é dirigido como mostra a Figura 7.19g. Esse exemplo ilustra como a direção do fluxo de cisalhamento pode ser definida em qualquer ponto da seção transversal de uma viga. Agora, usando a fórmu­ la do fluxo de cisalhamento, q = VQ/I, mostraremos como determinar a distribuição do fluxo de cisalha­ mento por toda a seção transversal. É de esperar que essa fórmula dê resultados razoáveis para o fluxo de cisalhamento já que, como afirmamos na Seção 7.3, a precisão dessa equação melhora para elementos que têm seções transversais retangulares finas. Contudo, para qualquer aplicação, a força de cisalhamento V deve agir ao longo de um eixo de simetria ou eixo prin­ cipal de inércia do centroide da seção transversal. Começaremos determinando a distribuição do flu­ xo de císalhamento ao longo da aba superior direita da viga T na Figura 7.20a. Para tal, considere o fluxo de ci­ salhamento q que age no elemento cinza-escuro loca­ lizado a uma distância arbitrária x da linha central da seção transversal (Figura 7.20b). Esse fluxo é determi­ nado pela Equação 7.6 com Q = y'A' = [d/2](b/2 x)t. Assim, VQ q= I = V[d/2] ( ( b/2) - x)t I = (2 Vt d !!__ 2I _ x\I (7.S) ; Por inspeção, essa distribuição é linear e varia de = q O em X = b/2 a (qmá)aba = Vt db/4I em X = O. (A li­ mitação de x = O é possível aqui, visto que considera­ mos que o elemento tem "paredes finas" e, portanto, a 286 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS J 1 t F� � � ��F+ dF ( a) (b) c q (f) q' é considerado nulo ao longo da espessura da ab a desde que as extremidades da aba estejam livres de tensão considerado constante ao longo da espessura (d) da aba qé ( e) ( g) Figura 7.19 espessura da alma é desprezada.) Devido à simetria, uma análise semelhante produz a mesma distribui­ ção de fluxo de cisalhamento para as outras abas, de modo que os resultados são como os mostrados na Figura 7 .20d. A força total desenvolvida nas porções esquerda e direita de uma aba pode ser determinada por inte­ gração. Visto que a força no elemento cinza-escuro na então = q Figura 7.20b é dF dx, F aba = Vtdb2 ) (b b/2Vtd { d d x 16f x J Jo q = ll Z - X = Também podemos determinar esse resultado pelo cálculo da área sob o triângulo na Figura 7.20d, visto que q é uma distribuição de força/comprimento. Por consequência, CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 287 l__ t T A N ��dx12 A N (c) (b) Faba Faba Distribuição de fluxo de cisalhamento (d) Todas as quatro forças que agem nessas abas são mostradas na Figura 7.20e, e, pela direção delas, pode­ mos ver que o equilíbrio da força horizontal na seção transversal é mantido. Uma análise semelhante pode ser realizada para a alma (Figura 7.20c) . Nesse caso, temos Q = �y'A' = [d/2](bt) + [y + (1/2)(d/2 - y)]t(d/2 - y) = bt d/2 + (t/2)(d2/4 y2), de modo que q= ( 2 _ i) ] [ VQ Vt db 1 d = + I I 2 2 4 (7.9) Para a alma, o fluxo de cisalhamento varia de maneira parabólica ' de q = 2(q max) aba = Vt db/2I em Y "' d/2 até um máximo q = (qmáx)alma = (Vt d/I)(b/2 + d/8) em y = O (Figura 7.20d) . Para determinar a força na alma, Fa1ma, temos de integrar a Equação 7.9, isto é, . }j;lma= == df2 vt [ db + 1 ( d2 i) ] dy 1 J -d/2 Vt [ db .:!:_ ( d2 y .:!:_ l ) ] l d/2 + y I -d/2 J 2 q dy = 2 2 4 - 3 2 4 l F,mo v Faba (e) Figura 7.20 - Faba - ( Vtd2 1 = 4I 2b + 3 d ) É possível simplificar essa expressão observando que o momento de inércia para a área da seção trans­ versal é [ ( )2] + 112_ td3 I = 2 1_ bt3 + bt !!_ 2 12 Desprezando o primeiro termo, visto que a espessura de cada aba é pequena, obtemos ( td2 1 I = 4 2b + 3 d ) Substituindo na equação acima, vemos que Palma = V, o que era esperado (Figura 7.20e) . Pela análise precedente, três pontos importantes de­ vem ser observados. O primeiro é que o valor de q muda na seção transversal, visto que Q será diferente para cada segmento de área A' para o qual for determinado. Em particular, q variará linearmente ao longo dos segmentos ( abas) perpendiculares à direção de V e parabolicamente 288 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ao longo de segmentos (alma) inclinados ou paralelos em relação a V. O segundo é que q sempre age paralelamente às paredes do elemento, visto que a seção na qual q é cal­ culado é tomada perpendicularmente às paredes. E o ter­ ceiro é que o sentido da direção de q é tal que o cisalha­ mento parece "fluir" pela seção transversal, para dentro na aba superior da viga, "combinando-se" e, então, "fluin­ do" para baixo pela alma, uma vez que deve contribuir para a força de cisalhamento V, e, então, separando-se e "fluindo" para fora na aba inferior. Se conseguirmos "visualizar" esse "fluxo", teremos um meio fácil para de­ finir não somente a direção de q, mas também a direção correspondente de r. Outros exemplos da direção que q toma ao longo de segmentos de elementos de paredes finas são mostrados na Figura 7.21. Em todos os casos, a simetria prevalece em torno de um eixo colinear com V; o resultado é que q "flui" em uma direção tal que dará as componentes necessárias da força vertical equivalentes a V e ainda satisfará os requisitos do equilíbrio da força horizontal para a seção transversal. I I !v I I � , I �� -t= - ill I Fluxo de cisalhamento q Figura 7.21 .. Se um elemento for composto por segmentos com paredes fli:t a , só o fluxo de Cisalha1Uentoparalelo às paredes elemento é importante. • O fluxo de cisalhamento varia linearmente ao longo de segmentos perpendiculares à direção do cisalhamento V. s • O fluxo de cisalhamento varia p arabolicam en te ao longo de seg1nentos inclinados ou parti!elos em relação à do cisalhamento V. • Na seção transversal, o cisalhamento "flui'' ao longo dos segmentos de modo que contribui p ara o cisalhamento ainda, satisfaz o equilíbrio de força horizontal e vertical. A viga-caixão de paredes finas na Figura 7.22a está su­ jeita a um cisalhamento de 10 kN. Determine a variação do fluxo de cisalhamento em toda a seção transversal. SOLUÇÃO Por simetria, o eixo neutro passa pelo centro da seção trans­ versal. O momento de inércia é 1 1 I = -(6 12 mm)(8 mm)3 - -12 (4 mm)(6 mm)3 = 184 mm4 Só o fluxo de cisalhamento nos pontos B, C e D deve ser determinado. Para o ponto B, a área A ' O (Figura 7.22b), visto que podemos considerar que ela está localizada intei­ ramente no ponto B. Como alternativa, A' também podere­ presentar toda a área da seção transversal, caso em que Qn = y 'A' = O, uma vez que y' = O. Como Qn = O, então qB = 0 Para o ponto C, a área A ' é a sombreada escura na Figura 7.C2está 2c. Aqui, médias,Temos visto que o ponto na linhausamos centralas dedimensões cada segmento. Qc = y'A ' = (3,5 cm)(5 cm)(1 cm) = 17,5 cm3 = Assim, = 0,951 kN/cm = 95,1 N/mm O fluxo de cisalhamento em D é calculado pelos três tângulos sombreados, mostrados na Figura 7.22d. Temos Qn = 2:y'A ' = 2[2 cm](1 cm)(4 cm) - [3,5 cm](4 cm)(1 cm) = 30 cm3 Portanto, VQD 10 N(30 cm3 /2) = 1'63 kN/cm = 163 N/Jlll = qD = I 184 cm4 transvadaersal. seção da esses simetria a e Com resultados a distribuição do fluxo de cisalhamento é repre