Profº José Itabirici Profº Esp. Edir Queiroz Neto "Extensão Rural é um processo cooperativo, baseado em princípios educacionais, que tem por finalidade levar, diretamente, aos adultos e jovens do meio rural, ensinamentos sobre agricultura, pecuária e economia doméstica, visando modificar hábitos e atitudes da família, nos aspectos técnico, econômico e social, possibilitando-lhe maior produção e melhorar a produtividade, elevando-lhe a renda e melhorando seu nível de vida.” (ABCAR) “A extensão é uma intervenção profissional através de comunicação desenvolvida por uma instituição para induzir mudanças no comportamento voluntário, com uma utilidade supostamente pública ou coletiva”. (Röling, 1988) "Dentre as diversas definições de Extensão Rural, esta pode ser concebida como um serviço de assessoramento a agricultores, suas famílias, seus grupos e organizações, nos campos da tecnologia da produção agropecuária, administração rural, educação alimentar, educação sanitária, educação ecológica, associativismo e ação comunitária“. (FIGUEIREDO, 1984) “É o processo de estender, ao povo rural, conhecimentos e habilidades, sobre práticas agropecuárias, florestais e domésticas, reconhecidas como importantes e necessárias à melhoria de sua qualidade de vida” (Ambiente Brasil) Extensão Rural é “um serviço público de caráter técnico prestado às famílias de pequenos e médios produtores rurais, por profissionais devidamente qualificados, visando ajudá-los a melhorar os níveis de vida...” (Freitas, 1990) Extensão Rural é “a arte de interagir tecnicamente junto aos produtores rurais, a partir do conhecimento da realidade em todos os níveis, na incessante busca de combinar saber científico com o saber popular, visando o aumento da produção, produtividade e da melhoria de vida da família rural, sem agressão ao meio ambiente” (Freitas, 1990) 1914: Serviço Cooperativo de Extensão Rural nos EUA – Levar as comunidades a margem do processo de desenvolvimento capitalista (educação, organização social e práticas técnicas) 1929: Grande depressão – Crise econômica EUA (Queda das bolsas de valores) 1930: Implantação das industrias brasileiras 1930 – 1945: Segunda Guerra Mundial 1939: Criação da “American International Association for Economic and Social Development" (AIA) – Instituição filantrópica que atuava em países subdesenvolvidos 1945: Fim da S.G.M. e inicio da Guerra Fria (EUA – URSS): capitalismo x socialismo 1948: AIA(American Internacional Association) e Governo do Estado de São Paulo firmam convênio para implantar trabalho cooperativo entre os agricultores, prefeitura, firmas locais e o Governo do Estado, através das Secretarias da Agricultura e Saúde, no município de Santa Rita do Passa Quatro 1948: Convênio entre AIA e Governo de Minas Gerais resulta na criação da Associação de Crédito e Assistência Rural (ACAR) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 1951: Getúlio Vargas volta ao Palácio do Catete 1952: Primeiro jogo de futebol televisionado 1954: Criação da Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural – ANCAR 1954: Brasil e EUA assinam acordo de cooperação bilateral 1956: Criação da ABCAR 1956 – Criação da Associações em RS, SC, PR Década de 50: Anos Dourados – Desenvolvimento acentuado das industrias Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 Modelo Clássico (1948 – 1956): voltado para o crédito supervisionado e tinha como principal objetivo o aumento da produção e produtividade. Foi abandonado por causa dos resultados insatisfatórios. (TAGORE, 2007) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 "trabalhava sob a ótica da corrente teórica neoclássica, na qual o progresso técnico era visto como o único caminho para promover o desenvolvimento, e o processo de modernização em si seria um fator de mudanças sociais, independentemente das estruturas sócioeconômicas e políticas existentes. Dentro de uma concepção empírico-positivista, a extensão buscava a melhoria de vida da população rural por meio da difusão de tecnologias químicomecânicas que aumentassem a produtividade das lavouras“ (FIGUEIREDO, 1984) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 1958-1959: Criação das Associações em RJ e GO 1956 – 1967: Criação das Associações em MA, PA (1965), AM, DF, SE, AL e MT 1956: Juscelino Kubitschek (50 anos em 5) Década de 60: Início da REVOLUÇÃO VERDE Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 Modelo Difusionista-inovador (1956-1967): direcionado a pequenos e médios produtores, com sucessivo processo de expropriação e crédito rural orientado. (TAGORE, 2007) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 "O modelo difusionista-inovador estruturava-se segundo a intenção primordial de oferecer subsídios sobre como maximizar a adoção de tecnologia. Neste modelo observa-se a preocupação em reduzir o tempo de aceitação de uma nova tecnologia, realizando profundos estudos, melhorando o que podemos chamar de poder de persuasão, diminuindo as possibilidades de o agricultor rejeitar tal proposta. “ (PANTALEÃO) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 Década de 60: Massificação dos pacotes tecnológicos 1965: Sistema Nacional de Crédito Rural 1969 – 1971: Crise Mundial de Alimentos 1971 – 1974: Criação das Associações RO, RR e AP 1974: Criação da EMBRATER 1975 – 1979: EMATERs vinculadas as Secretárias Estaduais de Agricultura Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 Modelo de transferência de tecnologias (1968 – 1978): Se concentrou na transferência de tecnologia numa visão orientada apenas ao aumento da produção, sendo o objetivo assistir o agricultor que explorasse comercialmente sua propriedade ao invés dos pequenos e médios produtores, cuja evolução era considerada demorada e retardava o avanço econômico. Nos planos governamentais desta época, a agricultura era pensada, ao mesmo tempo, como mercado para máquinas e insumos agrícolas, e fonte de divisas. (TAGORE, 2007) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 “o êxito da modernização conservadora foi alcançado pagando altos custos sociais e ambientais: em vez de fixar o homem no campo – um dos objetivos principais da criação do serviço de extensão – reforçou ainda mais sua saída”. (TAGORE, 2007) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 1985: Nova Republica 1985: Trancredo Neves eleito presidente do Brasil 1985: Presidente José Sarney 1988: Constituição Federal 1990: Presidente Fernando Collor 1990: Extinção da EMBRATER 1991: Governador do Estado do Pará – Jader Barbalho 1991: Fim da Guerra Fria Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 Modelo do “repensar” da extensão rural (1979 – 1991): é caracterizado pela luta de diversos setores em função da redemocratização. Novamente o público preferencial é modificado: pequenos e médios agricultores, os jovens, a produção de alimentos básicos e as atividades que levam ao fortalecimento de estruturas comunitárias, enfim, a prioridade do trabalho da extensão volta a ter a preocupação com o enfoque social. (TAGORE, 2007) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 “há necessidade de o extensionista mergulhar na realidade dos agricultores para melhor dialogar com eles. Sua atuação deve pautar-se por aquilo que é apreendido como problema pelos agricultores. Não é papel do extensionista dizer a esses agricultores o que são e quais são seus problemas. Se estes não têm a percepção clara de sua realidade, a problematização deve ser capaz de criar esta percepção.”. (FREIRE, 1977) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 1990: ASBRAER 1992: Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) – ECO 92 1992: Presidente Itamar Franco 1995: Presidente Fernando Henrique Cardoso 1995: Instituído o PRONAF (Resolução BANCEN) 1996: Criado PRONAF (Decreto nº 1.946 de 28/06/96) 2001: Final do mandato de FHC Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 Modelo do desmantelamento do serviço (1991 – 2003): os técnicos formados com fundamento na visão tecnicista, na maioria, não tiveram condições de impulsionar as novas idéias do “repensar” resultando na prática o viés da postura autoritária que continuou deixando um leque maior entre discurso e ação (TAGORE, 2007) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 Modelo da discussão e experimentação (1996 – 2003): O fortalecimento da sociedade civil organizada do meio rural impulsiona o Estado a (re) formular uma Política Pública Nacional de ATER baseada em um novo paradigma. Esse paradigma orienta tanto a ATER estatal quanto a não estatal. Tem como público alvo a agricultura familiar, busca a construção da cidadania, utilizando de metodologias participativas e os princípios da transição agroecológica. (TAGORE, 2007) Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009 2003: Presidente Lula 2003: Governador Simão Jatene 2003: Criação do MDA 2003: PNATER 2005: Concurso público da EMATER-PARÁ 2007: Governadora Ana Julia Carepa 2007: MDA assina convênio com a EMATER-PARÁ Anos 40 Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 2000 2009