Procedimentos de Técnicas Histológicas do HUCFF Juliana Tobar Mariângela Rangel Introdução A técnica histológica constitui um conjunto de processos a que se submetem os tecidos, a fim de que possam ser observados de maneira significativa e adequada permitindo o diagnóstico histológico. Introdução Rudolph Virchow: Pai da patologia moderna 1828 – utilizou a análise histopatológica como ferramenta essencial em laboratório de histologia / anatomia patológica Introdução O profissional responsável por executar a técnica histológica é o histotecnologista, ou histotécnico. A histotecnologia proporciona entendimento dos fundamentos técnicos para a analise dos elementos teciduais, normais ou patológicos. Introdução Os procedimentos técnicos aplicados na histotecnologia incluem técnicas citoquímicas, histoquímicas e imunohistoquímicas, voltadas para a pesquisa científica e para o diagnóstico patológico. Obtenção da Amostra • Biópsia Clivagem Descalcificação • Peça cirúrgica • Colpocitologia • Líquido • Necrópsia Processamento • PAAF Centrifugação Fixação Preparo de esfregaços Microtomia Cell-block Coloração de HE Fixação Papanicolau Exame Complementar Imuno-histoquímica Montagem Análise das lâminas Inclusão Coloração Especial Montagem Análise das lâminas Diagnóstico Obtenção da amostra Consiste em remover amostras de tecido de um determinado organismo, vivo ou post mortem, podendo ser um material celular, biopsias, segmentos de peças cirúrgicas, um ou mais órgãos inteiros, ou até mesmo membros. Triagem da amostra Identificação adequada: • Ficha antomopatológica bem preenchida ( Informações do pacientes, data, informações da peça, breve histórico e outra informações que julgar necessário) • Registro numérico que acompanhará em todas as etapas Triagem da amostra • Local: Sala do CC • É importante respeitar algumas regras entre a coleta e a clivagem, dentre elas: • - fixar o tecido logo após a coleta da amostra é fundamental! • - relação volume do fixador, tamanho do espécime • - Utilizar frascos com a boca larga, pois o material aumenta de volume • - Não colocar o material em frasco sem fixador Fixação Uma das etapas mais importantes. Interrompe o metabolismo celular, estabilizando e conservando os componentes teciduais, além de permitir a penetração de outras substâncias subsequentes à fixação. Fixação • HU : sala do CC • Fixação antes e depois da clivagem da peça. • Antes = aumentar a superfície de contato a ser fixada • Depois = manter o material em meio líquido, continuando a fixação • Fixação das peças da reserva Clivagem Consiste em reduzir as dimensões dos fragmentos dos tecidos coletados facilitando a penetração dos fixadores e a difusão dos reagentes durantes as demais etapas do processamento. Clivagem • Descrição do aspecto macroscópico da peça • Importância do tamanho do material clivado em relação ao cassete • Identificação correta dos cassetes Descalcificação Nos tecido em que se observa deposição de minerais, se faz necessária a descalcificação, pois os cristais de cálcio destroem o fio da navalha, impedindo a confecção de bons cortes e atrapalhando o diagnóstico. Descalcificação • Local: sala do CC • Materiais: medula ossea, fragmentos ósseos, eventuais calcificações em outras peças. • O tipo de ácido varia conforme as peças e também o tempo de fixação. Processamento Consiste em difundir diversos reagentes, ordenadamente, para o interior do tecido, com o objetivo de substituir o líquido tecidual por parafina e garantir rigidez para a confecção dos cortes histológicos. Processamento • Etapas: Desidratação – Clarificação/Diafanização - Infiltração • O tempo que dura todo o processamento varia de acordo com o tipo e tamanho do material • Diferenças de tempo e confiabilidade entre processamento Manual x Automático Inclusão Os tecidos previamente impregnados com parafina são acondicionados em moldes, posicionados de acordo com a orientação adequada dos fragmentos e cobertos com parafina líquida que ao endurecer, formam blocos. Inclusão Etapa em conjunto : Patologista/ Residente e o Histotécnico Plano de corte adequado para cada tipo de peça Microtomia O micrótomo permite que o material no bloco de parafina seja seccionado em fatias muito finas e uniformes para ser analisado em microscópio de luz. Microtomia Microtomia Criostato: Equipamento que consiste de um micrótomo dentro de uma câmara frigorífica abaixo de -20ºC, que é utilizado para confeccionar cortes de tecido fresco que foram congelados . Coloração de Hematoxila e Eosina A utilização de corantes é fundamental para visualizar os tecidos ao microscópio de luz. De acordo com suas afinidades específicas, pode-se definir as estruturas presentes nas células. Coloração de HE Hematoxilina e Eosina : Coloração que proporciona uma visão geral de todo tecido. • Hematoxilina cora em roxo os núcleos e estruturas ácidas da células. • Eosina cora em rosa o citoplasma e estruturas básicas. Coloração de HE Selagem/Montagem Etapa final da preparação da lâmina que consiste em cobrir o tecido com uma lamínula de vídro, usando uma substância para fixa-la a lâmina. Liberação das lâminas para o patologista As lâminas coradas e montadas são devidamente conferidas e comparadas com os pedidos, registradas em caderno e liberadas sob anotação do patologista que está recebendo as lâminas, com a intenção de ter controle da movimentação dos casos. Exames Complementares Coloração Especial É a técnica na qual se utiliza um corante específico para corar determinado tecido ou estrutura e facilitar o diagnóstico diferencial. Exames Complementares Imuno-Histoquímica É uma técnica que reconhece proteínas através de substâncias com afinidade específica, chamadas de anticorpos, em conjunto com reações enzimáticas que permitem visualizar a localização dessa proteína. Reúne conhecimentos de imunologia, histologia e química. Citologia A citopatologia analisa as células individualizadas, descamadas, expelidas ou retiradas da superfície de órgãos de diferentes partes do organismo. Citologia - Natureza da amostra: líquida - pastosa Isso é um requisito de diferenciação das técnicas citológicas. - Fixador universal: etanol Citologia Coloração de Papanicolau: tem como objetivo a evidenciação das variações na morfologia e dos graus de maturidade e de atividade metabólica celular. Apresentação da equipe: Imuno-histoquímica: Emília Fatinha Técnica: Beth Luis Zequinha Juliana Tatiane Flávio Cláudia Julio Tânia Mariângela Seu Antonio Sandro CC Citologia Coloração Especial Recepção: Renata Leonardo Luiz (Bind) Marlene Téc. de Necrópsia: Seu Carlos Russo Atélio Arquivo: Aline Seu Zé