UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPOS V FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA EDUARDA FREITAS IVINY VALÉRIO KAMILLE BITENCOURT RENAN PENZUTI SAMARA SANCHES TAINÁ SOUZA Equilíbrio Hidroeletrolítico Itaperuna – RJ Novembro/2018 UNIVERSIDADE IGUAÇU – CAMPOS V FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA EDUARDA FREITAS IVINY VALÉRIO KAMILLE BITENCOURT RENAN PENZUTI SAMARA SANCHES TAINÁ SOUZA Equilíbrio Hidroeletrolítico Trabalho apresentado à professora Josileyde Dutra, para a disciplina de Bioquímica Clínica, da turma do 8º período noturno, do curso de graduação em Farmácia, como requisito para a P2. Itaperuna-RJ Novembro/2018 Introdução A importância da água não se restringe ao fato de ser ela o maior componente do organismo, mas também pelo papel fundamental que desempenha no metabolismo em geral. A proporção de água na constituição dos diferentes órgãos e tecidos varia amplamente, desde 3% no esmalte dentário até mais de 73% nos músculos estriados e tecido nervoso central. A água corresponde em média a 60% do peso corporal no homem adulto normal com idade entre 18 e 40 anos e varia de acordo com sexo, idade e biótipo; proporcionalmente sua quantidade é maior na criança, sobretudo até 12 meses de idade, e menor no idoso. A mulher adulta normal em média 50% de água, 30% de gordura e 20% de outros tecidos. Em princípio, a água corporal varia em relação inversa à quantidade de gordura. O equilíbrio hidroeletrolítico O equilíbrio hidroeletrolítico é um processo dinâmico crucial para vida e para a homeostasia (manutenção de um equilíbrio interno constante em um sistema biológico que envolve mecanismos de feedback positivo e negativo). Aproximadamente 60% do peso de um adulto comum são representados por líquido (água e eletrólitos). Os fatores que influenciam a quantidade de líquido corporal são a idade, sexo e gordura corporal. Em geral, as pessoas mais jovens possuem um maior percentual de líquido corporal que as pessoas idosas, e, proporcionalmente, os homens possuem mais líquido que as mulheres. As pessoas obesas apresentam menos líquido que as pessoas magras porque as células adiposas contêm menos água. O líquido corporal localiza-se em dois compartimentos líquidos: o espaço intracelular (líquido nas células) e o espaço extracelular (líquido fora das células). Aproximadamente dois terços do líquido corporal estão no compartimento do líquido intracelular (LIC) e se localizam principalmente na massa muscular esquelética. O líquido intracelular (LIC) corresponde aproximadamente a 40% do peso corporal de um adulto jovem do sexo masculino e de constituição média. O Liquido extracelular (LEC) é composto por: Líquido intravascular: dentro dos vasos sanguíneos Líquido intersticial: entre as células (a linfa é um liquido intersticial). Líquido transcelular: são os líquidos contidos naturalmente em cavidades do corpo como cefalorraquidiano, pericárdico, sinovial, pleural, suor e secreções digestivas. Fala-se em terceiro espaço quando a água, eletrólitos e proteínas são deslocados para locais que normalmente não estariam, como acontece no edema e na ascite. Existem inúmeras substâncias envolvidas na água e entre elas os eletrólitos que são substâncias quimicamente ativas, com cargas positivas (cátions) ou negativas (ânions), tem papel fundamental para o funcionamento das células e condutividade elétrica celular. Água e eletrólitos estão em equilíbrio dinâmico entre os vários compartimentos, estes separados entre si por membranas semipermeáveis, o que significa que permitem o transporte da água (osmose) entre os compartimentos. Os eletrólitos também se movimentam através das membranas, seja de forma passiva, como acontece nos canais de sódio e hidrogênio, ou de forma ativa (com gasto de energia – ATP), como acontece na bomba de sódio e potássio. Dentro das células os eletrólitos predominantes são: Potássio e Fosfato. Fora das células, os eletrólitos predominantes são: Sódio e Cloro Como acontece a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico? Para manter a composição ideal para o bom funcionamento do organismo, o corpo conta com os mecanismo dos rins, pulmões, glândulas paratireoides e hipófise. Esses são os hidroeletrolítico. principais órgãos envolvidos na manutenção do equilíbrio Coração: é responsável por bombear o sangue em pressão suficiente para que haja perfusão renal adequada e haja formação de urina Pulmões: mantem o equilíbrio através da perda de água e de CO2 que acontece com a respiração Hipófise: é responsável por armazenar o hormônio antidiurético produzido pelo hipotálamo. Quando há necessidade o ADH é liberado para reter água Rins: responsáveis por filtrar 180 litros de plasma por dia e produzirem 1 a 2 litros de urina. Contribuem significativamente para o equilíbrio através da excreção ou retenção seletiva de líquidos e de eletrólitos. água Glândula suprarrenal: produz aldosterona que provoca perda de sódio e água e retenção de potássio Glândulas Paratireoides: regulam o equilíbrio de cálcio e fosfato através do hormônio paratireoideo (PTH). Falamos em desequilíbrio hidroeletrolítico quando a proporção de líquidos e eletrólitos não corresponde aos níveis desejados para o bom funcionamento do organismo.Diversas podem ser as causas, podem ser ocasionados pelo não funcionamento adequado desses órgãos ou glândulas ou secundários a outras comorbidades. Distúrbios de Sódio. A taxa normal de sódio no meio extracelular, no plasma, é entre 136 a 149 miliequivalentes por litro. Hiponatremia: Diminuição dos níveis de Na+ no sangue. (< 136 mEq/L) Duas causas principais: - Deficiência corpórea de sódio. - Super-hidratação (dilucional) Etiologia (causas) da Hiponatremia: Perda de fluidos que contêm sódio: Vômito/Diarreia. Lesões exsudativas na pele. Queimaduras, sudorese. Perda por uso de diuréticos. Doença de Addison: Pode levar a hiponatremia por ser caracterizada pela baixa atividade da suprarrenal, sendo assim a pouca produção de aldosterona. Sem aldosterona para reter sódio no corpo causa baixa da pressão - hipotensão. E também ocorre hipoglicemia, pois a suprarrenal produz glicocorticoides que estimulam a liberação de glicose pelo figado. Hipernatremia: Aumento da concentração de sódio no plasma (> 150 mEq/L). Doença associada à desidratação. Etiologia da Hipernatremia: Perda de água superior a perda de Na+: A perda de água pode acontecer por vômito, diarreia, Diabetes insipidus (essa diabetes é caracterizada pela diminuição da produção de ADH, não havendo absorção de água nos ductos coletores e consequentemente muita água é liberada aumentando o volume urinário, sendo urina muito diluída). Reposição insuficiente das perdas hídricas desidratação. Administração de solutos em excesso. Síndrome de Cushing (caracterizada pelo aumento da secreção de ACTH e consequentemente alta estimulação da suprarrenal. A alta liberação de aldosterona provoca retenção de sal e água no corpo causando hipertensão e a alta liberação de glicocorticoides causa hiperglicemia). Hiperaldosteronismo: Aumento da produção de aldosterona, que aumenta a retenção de sódio. Sintomas e sinais da Hipernatremia: Boca e mucosas secas Sede Fraqueza muscular. Tremor, memória alterada, confusão mental: ocorrem pelo desequilíbrio iônico, perturbando a criação de potencial. Distúrbios de Potássio A concentração normal de potássio no plasma sanguíneo é entre 3,6 e 50 miliequivalentes por litro. A falta ou excesso de potássio influencia muito na geração de potencial, prejudicando a célula de fazer a função passada por determinado estímulo. Principalmente prejudica a contratibilidade. O potássio é o principal cátion intracelular, ele regula a excitabilidade da célula e consequentemente a contração muscular. Pois se há aumento do potássio, aumenta-se o impulso produzido e propagado. Aumentando assim a frequência cardíaca levando a tremulações, fibrilação e parada cardíaca. Diminuição do potássio: Sua diminuição então leva aos efeitos contrários, como bradicardia e parada cardíaca. Referências: http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/entenda-os-principais-aspectos-doequilibrio-hidroeletrolitico/ https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-edoencas/791882/disturbios+hidroeletroliticos+o+que+devemos+saber.htm https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/equilibriohidroeletrolitico/13254 Ceneviva R, Vicente YAMVA. Equilíbrio hidroeletrolítico e hidratação no paciente cirúrgico. Medicina, Ribeirão Preto. Disponível em: revista.fmrp.usp.br/2003/36n2e4/17disturbios_equilibrio_hidroeletrolitico. pdf