FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Dra. Izabel Cristina I. de Souza Barbosa Abordagem da Filosofia da Educação Matemática entendida como um pensar reflexivo, crítico e sistemático concernente à prática pedagógica da Matemática e ao contexto sociocultural no qual ocorrem situações de ensino-aprendizagem da Matemática. Ela é constituída por aspectos da Filosofia, Filosofia da Educação e Filosofia da Matemática. Devido ao fato de examinar a Matemática no contexto da Educação, a Filosofia da Educação Matemática também se questiona sobre o conteúdo a ser ensinado e a ser aprendido e, por conseguinte, precisa das análises e reflexões da Filosofia da Matemática no tocante à natureza dos objetos matemáticos, à verdade do conhecimento matemático e ao valor da Matemática. Qual é a realidade dos objetos matemáticos? Como são conhecidos os objetos matemáticos e quais os critérios que apoiam a verdade das assertivas matemáticas? As leis e os objetos matemáticos são descobertos, inventados ou construídos? Qual é a realidade dos objetos matemáticos? Como são conhecidos os objetos matemáticos e quais os critérios que apoiam a verdade das assertivas matemáticas? As leis e os objetos matemáticos são descobertos, inventados ou construídos? A abordagem dessas questões é importante para a auto compreensão das Matemática bem como se faz necessária para o estabelecimento de propostas curriculares, pois possibilita estabelecer, por exemplo, escolhas de conteúdos, atitudes de ensino, expectativas de aprendizagem e indicadores de avaliação. Podem-se distinguir duas grandes correntes na Filosofia da Matemática, a saber: a absolutista e a da mudança conceitual. As filosofias absolutistas da Matemática sustentam que esta constitui um corpo de conhecimento absoluto e certo, que se apoia sobre os fundamentos sólidos da lógica dedutiva. Elas estão voltadas para o projeto epistemológico de fornecer sistemas rigorosos para garantir o conhecimento matemático de maneira absoluta. Desse modo, segundo o absolutismo, o conhecimento matemático é eterno, embora possam-se descobrir novas teorias e verdadeiras. a história da matemática é tida como irrelevante para a natureza e justificação do conhecimento matemático; este é considerado um conhecimento puro e isolado, que se toma útil por causa de sua validade universal e por esta mesma razão é tido como livre de valor e livre de cultura. Contrastando com as filosofias absolutistas da Matemática surgiram as filosofias da mudança conceitual ou filosofias falibilistas da matemática que asseveram que a Matemática é corrigível, falível e um produto social em mudança Esta segunda corrente ressalta a prática da Matemática, o seu lado humano, concebendo a Matemática como o resultado de processos sociais. O conhecimento matemático é entendido como falível e sempre aberto a revisões, tanto de suas provas ou demonstrações como de seus conceitos (Cf. LAKATOS, 1976). TRIÂNGULO DIDÁTICO DE BROUSSEAU Constitui tarefa primordial da Filosofia da Educação Matemática a análise crítica e reflexiva das propostas e ações educacionais concernentes ao ensino e à aprendizagem da Matemática nos diversos contextos em que ocorrem.