ó – No entanto, existia também um discurso que o caracterizava com boas qualidades, e podemos perceber a tentativa de alguns interessados na mão de obra amarela, mesmo que como trabalhadores ―transitórios‖ (DEZEM, 2005, p. 61-73). Assim, os comparava ao indígena nacional, salientando-se suas qualidades (Idem, p. 84). Também é interessante ressaltar que o tratamento ao povo asiático não era dos melhores, chegando-se a compará-los com animais, fato evidenciado através do relato que, durante uma fuga de dois chineses, o filho de Dom João os teria caçado com cavalos e cães, além de severa desconfiança por parte de segredos utilizados nas plantações de chá do Rio de Janeiro8. Diante do exposto até o momento, pode-se perceber que existem bastantes semelhanças no processo de emigração chinesa, sua entrada nos países já listados e no modo de trabalho e vivência dos chineses em terras estrangeiras, e esse é o ponto que propomos desenvolver mais profundamente ao decorrer da pesquisa. Referências Bibliográficas: AZEVEDO, Celia M. M. de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites, século XIX. São Paulo: Annablume, 1987. BARROS, José D.‘Assunção. História Comparada: um novo modo de ver e fazer História. Revista de História comparada, v. 1, n. 1, 2007. BARROS, José D.'Assunção. História Comparada- da contribuição de Marc Bloch à constituição de um moderno campo historiográfico. História Social, Campinas, n. 13, p. 7-21, 2007. BASTIDE, R. As regiões Africanas no Brasil. São Paulo: Ed. USP, 1971. BASSETTO, Sylvia. Política de mão-de-obra na economia cafeeira do oeste paulista (período de transição). 1982. 233f. Tese (Doutorado em História), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1982. BEIGUELMAN, Paula. Formação do povo no complexo cafeeiro – aspectos políticos. São Paulo: Pioneira, 1977. BEIGUELMAN, Paula. A crise do escravismo e a grande imigração. São Paulo: Brasiliense, 1981. 8 RUGENDAS, Viagem Pitoresca, 1976, p.122-3; Kidder, Sketches, 1845, v.1, p.250-3; José Arouche de Toledo Rondon, “Pequena memória da plantação e cultura do chá”, maio 1834, p.145-52; junho 1834, p.179-84. Apud LESSER, Jeffrey. 2000. A negociação da identidade nacional: Imigrantes, minorias e a luta pela etnicidade no Brasil. São Paulo: Editora da Unesp. 470