A história parece repetir, da mesma forma e

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190 Felipe Jappe de França
& Matheus Silva Dabull
A história parece repetir, da mesma forma e intensidade,
a insensibilidade humana que se arrasta pelos séculos, na inexistência de promover meios de ascensão social, de educação e
cultura, eternizando-se sem que atitudes enérgicas sejam tomadas. O descaso e os episódios com relação à violação de direitos
humanos são os mesmos, observados através da história como
prejuízos sociais, provenientes dos regimes econômicos de exploração que ainda se perpetuam por gerações.
Imaginar um maior rigor penal ou editar novas leis com
objetivo de, mais uma vez, castigar cidadãos pela falta de oportunidades e de mecanismos de conhecimento e educação, no
mínimo, é uma visão cruel e simplista, na medida em que não se
terá como resposta um resultado efetivo, menos ainda, humano. Promover a igualdade social e a harmonia do convívio em
sociedade, sem marginalidade, e com equiparação de oportunidades entre todos os cidadãos é uma matéria complexa, mas
talvez seja esse o principal problema a ser debatido, e não a
própria marginalidade.
O tema trata da alteração dos fundamentos de ordem
social, econômica, cultural e política. Fundamentos alicerçados até então por uma cultura que une elementos conscientes
e inconscientes, sobrevindos da nossa história enquanto país
emergente, que é marginalizado e explorado, e que hoje, marginaliza e explora.
É irrelevante e principalmente ineficaz a criação ou a mudança de leis para garantia da “higienização” social, e da garantia
de direitos humanos fundamentais (SARLET, 2009, p. 29). Uma
nova cultura social e política fazem-se indispensáveis, para desenraizar métodos transgressores e transformá-los em práticas
efetivas de exercício da cidadania participativa e reconhecida
(SANTOS, 2010, p. 106), alcançando o patamar de igualdade social tão almejado pela maior parte da sociedade e, a eliminação
da violência, ora intolerada.
Veronese e Oliveira destacam (2008, p. 49):
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