TÍTULO: EFEITOS NOCIVOS DOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS USADOS PARA PERDA DE PESO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): PATRÍCIA WENDT PORTO, NATHALIA GARCIA NASTRI ORIENTADOR(ES): CARMEN GUILHERME CHRISTIANO DE MATOS 1.RESUMO A obesidade é considerada um problema de saúde pública em alguns países, incluindo o Brasil. Trata-se de uma doença crônica ligada a fatores genéticos e ambientais. Indivíduos obesos tendem a ter risco maior de apresentar uma doença secundária. Neste trabalho será abordado o tema sobre medicamentos para emagrecer, com foco nos efeitos nocivos das substâncias mais utilizadas no Brasil: sibutramina, orlistat, fluoxetina e anfetamina. Será apresentado o mecanismo de ação, a farmacocinética e os efeitos nocivos, visando à relevância de tais dados para alertar o público alvo sobre o consumo abusivo e inadequado desses fármacos. 2.INTRODUÇÃO A obesidade constitui uma doença crônica, considerada em alguns países como um problema de saúde pública. Atualmente, existem 250 milhões de obesos no mundo e este número pode crescer significavelmente até o ano de 2025. (FORTES et al. 2006). A obesidade está ligada a fatores genéticos e ambientais. A predisposição à obesidade e a grande ingesta de alimentos calóricos favorece o acúmulo de gorduras e secundariamente pode levar à obesidade. Indivíduos obesos tendem a ter risco maior de apresentar uma doença secundária entre elas dislipidemia, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, câncer e entre outras patologias. (TOLEDO et al. 2010). O tratamento da obesidade se inicia com uma dieta com diminuição do valor calórico, associada a atividades físicas, porém caso o paciente tenha o IMC maior do que 30 é introduzido o tratamento farmacológico. (CARNEIRO et al. 2008). O Brasil é um dos países que mais consomem esses tipos de medicamentos, segundo a Comissão Internacional de Controle de Narcóticos, estima-se que seja quase o triplo do consumo dos Estados Unidos. (TOLEDO et al. 2010). 3.OBJETIVOS Este trabalho tem como finalidade demonstrar os possíveis efeitos nocivos dos principais medicamentos utilizados para perda de peso e alertar os pacientes dos malefícios que estão envolvidos com a busca do emagrecimento rápido a base de medicamentos. 4.METODOLOGIA Este trabalho será uma revisão bibliográfica de literatura sobre os efeitos nocivos dos principais medicamentos utilizados para emagrecer, utilizando as bases de dados de artigos científicos e biblioteca. A revisão será com as palavras chave: Sibutramina, Fluoxetina, Orlistat, Anfetamina. 5.DESENVOLVIMENTO 5.1.Sibutramina: Trata-se de um fármaco derivado de fenetilamínico, que bloqueia a reabsorção da serotonina e da noraepinefrina no sistema nervoso central e como resposta pode diminuir ingesta de alimentos e aumentar a termogênese. Estudos mostram além de redução de peso, diminuição no colesterol total e colesterol LDL, triglicérides, e de hemoglobina glicada, tanto de pacientes obesos e de obesos com diabetes. (FORTES et al. 2006). A sibutramina, afeta o sistema nervoso central e o simpático, por isso deve-se evitar o uso em pacientes com enfermidades mentais, arritmias, arteriopatia obstrutiva severa, cardiopatia isquêmica, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial. Pacientes hipertensos que realizarem tratamento com a sibutramina devem ser monitorados periodicamente. Os efeitos nocivos comuns que os usuários podem apresentar são cefaleia, secura na boca, constipação, insônia e elevação da pressão arterial. (FORTES et al. 2006). 5.2.Orlistat: Fármaco que atua inibindo a ação da lípase pancreática, com isso, não há digestão de quase 30% de gorduras provenientes da alimentação. Além da perda de peso, pode-se obter diminuição do colesterol total e colesterol de LDL e também diminuição da concentração plasmática da insulina. (FORTES et al. 2006). O medicamento possui baixa absorção. Os usuários podem apresentar fezes oleosas, urgência fecal, incontinência fecal, flatos com descargas oleosas, vômitos, dores abdominal, e aumento do número de evacuação. (FORTES et al. 2006 5.3.Fluoxetina: Os principais sintomas que os usuário podem apresentar são secura da boca, sudorese, vasodilatação, calafrios, hipersensibilidade, agitação, nervosismo, distúrbios gastrointestinais, tremor, insônia, alteração de concentração e raciocínio. (CARLINI et al. 2009). 5.4.Anfetaminas(Dietilpropiona): Os principais efeitos são taquicardia, dilatação das pupilas, palidez, insônia, diminuição do apetite. Em alguns casos como o de intoxicação aguda o usuário pode apresentar inquietação, irritabilidade, cefaleia, calafrios, vômitos, sudorese. Além disso, o uso continuo pode levar a dependência e também degenerações de células cerebrais, causando danos irreversíveis. (MURES, 2007). 6.RESULTADOS PRELIMINARES Devido ao alto índice da obesidade e também a procura por estereótipos de beleza, ocorreu um aumento significativo em usos de medicamentos para perda de peso, e nem sempre investigam os malefícios que esses medicamentos podem trazer a saúde do paciente. Com esta revisão literária, verifica-se que os medicamentos apresentam o beneficio da perda de peso, porém trazem junto com o benefício alguns efeitos nocivos que podem ser desagradáveis ou até mesmo graves. 7.FONTES CONSULTADAS CARLINI, E. A. et al. Fluoxetina: indícios de uso inadequado. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v.58, n.2, p 97-100, 2009. CARNEIRO, M. F. G. et al. Prescrição, dispensação e regulação do consumo de psicotrópicos anorexígenos em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, n.8, p 1763-1772, 2008. FORTES,R.C., et al. Orlistat e sibutramina: bons coadjuvantes para perda e manutenção de peso? Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 21, n.3, p 244251, 2006. MURES, E et al. Diagnostico da Alimentação Saudável e Atividade Física na Fundação de Desenvolvimento Unicamp, 1ª ed. Campinas: Ipes Editorial, 2007. TOLEDO O. R. et al. Uso de medicamentos para perda de peso e índice de massa corporal em universitários do Vale do Araguaia(MT/GO), Amazônia Legal. Revista Brasileira de Clínica Médica, v.8, n.6, p 480-485, 2010.