considerações sobre o brincar durante a recuperação de crianças

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RIT – Revista Inovação Tecnológica
Volume 3, número 2 – 2013
ISSN: 2179-2895
Editor Científico: Alessandro Marco Rosini
Avaliação: Melhores práticas editoriais da ANPAD
CONSIDERAÇÕES SOBRE O BRINCAR DURANTE A RECUPERAÇÃO DE
CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
José Maria Montiel
Doutor em Psicologia pela Universidade São Francisco
Centro Universitário FIEO
[email protected]
Daniel Bartholomeu
Doutor em Psicologia pela Universidade São Francisco
Centro Universitário FIEO
[email protected]
Juliana Francisca Cecato
Mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí
Anhanguera Educacional.
[email protected]
José Eduardo Martinelli
Doutor em Educação pela Unicamp
Faculdade de Medicina de Jundiaí
[email protected]
Patrícia Pereira Ferreira
Psicóloga pela Anhanguera Educacional
[email protected]
RESUMO
O objetivo deste estudo foi tecer considerações em relação ao ato de brincar como uma ferramenta
de intervenção em crianças hospitalizadas e apontar por meio destas possíveis contribuições para a
recuperação, já que o ambiente hospitalar é geralmente desconhecido para a criança, tanto em seu
aspecto físico quanto em sua rotina, possui normas e regras que fazem com que a criança e sua
família tenham que se adaptar a estas condições, que vão desde horário, refeições, roupas,
privacidade, tanto em relação à proximidade dos leitos quanto a procedimentos médicos invasivos e
dolorosos. Estudos indicam que a hospitalização pode afetar o desenvolvimento da criança,
interferindo na qualidade de vida, para lidar com essa situação, o brincar serve como estratégia de
enfrentamento, devendo ser ressaltada as diferenças entre o brincar visto como recreação ou
distração e o brincar como instrumento terapêutico por meio da visão profissional, buscando
elucidar o quanto o brincar pode ser importante para a construção da subjetividade da criança
enferma, ao proporcionar uma melhor expressão no que diz respeito a seus pensamentos,
sentimentos e angústias decorrentes da doença, como também descrever os principais recursos
lúdicos utilizados no ambiente hospitalar como forma de diminuir o sofrimento da hospitalização.
Palavras-Chave: Aprendizagem; Intervenção; hospitalização; tratamento.
Data do recebimento do artigo: 30/04/2013
Data do aceite de publicação: 02/08/2013
José Maria Montiel; Daniel Bartholomeu; Juliana Francisca Cecato & Patrícia Pereira Ferreira
INTRODUÇÃO
O processo da internação pode gerar impactos devastadores na vida de qualquer ser humano
tornando-se importante a criação de estratégias terapêuticas a fim de promover o bem estar e
atender às dimensões físicas, psíquicas, culturais, espirituais, sociais e intelectuais, o que de acordo
com Dias e Radomineli (2006), acaba favorecendo a expressão do paciente e possibilitando a
humanização e valorização do sujeito inserido no contexto hospitalar. No caso das crianças deve se
criar estratégias como forma de atenuar o processo de hospitalização decorrente do estresse e
ansiedade devido à doença, além do sofrimento físico. Sendo assim, o brincar no hospital surge
como um poderoso recurso que possibilita à criança o resgate da sua vida antes do processo de
hospitalização e, favorece a sociabilidade, interação e dinamismo mesmo com a restrição do espaço
físico e das limitações provenientes do adoecimento, segundo Pedrosa et. al. (2007) auxiliando a
criança a aumentar seu senso de controle sobre as situações e elaborar traumas e situações
‘negativas’ durante o processo de internação.
A brincadeira no contexto hospitalar pode ser um instrumento de intervenção utilizado como
forma da criança construir estratégias de enfrentamento em relação à doença, hospitalização,
comunicação e resolução de conflitos. Segundo Mitre e Gomes (2007), através do brincar, a criança
pode se expressar melhor, assim como demonstrar os seus sentimentos. Conforme descritos pelos
autores, o brincar serve até mesmo preencher o tempo ocioso, servindo como recreação, e como um
recurso terapêutico utilizado pelo psicólogo e demais profissionais da área de saúde, como forma de
ajudar a criança a enfrentar o processo de hospitalização, revelando suas angústias, inquietações e
crenças sobre o hospital e consequentemente contribuir com a sua recuperação. A seguir será
apresentado a implementação do profissional psicólogo no contexto hospitalar.
PSICOLOGIA HOSPITALAR
As políticas de saúde no Brasil são centradas no hospital desde a década de 40, em um
modelo que prioriza as ações de saúde via atenção secundária ou seja um modelo clínico
assistencialista, e deixa em segundo plano as ações ligadas à saúde coletiva (modelo sanitarista).
Segundo Mota, Martins e Véras (2006), com o passar do tempo os hospitais passaram a considerar
importante e necessário o trabalho do psicólogo nas enfermarias e ambulatórios. Sendo assim
entende-se que essa importância é devido a busca constante pela forma de atendimento humanizado
aos pacientes, e compreender a relação dos profissionais com este e seus familiares, sabendo que
muitas vezes a angústia ou a depressão do doente refere-se à fragilidade do corpo, sofrimento,
invalidez e medo de internação, estabelecendo então dificuldade na relação entre médico e paciente.
Neste contexto, para Speroni (2006) o psicólogo, auxilia o funcionamento das equipes buscando
entender suas resistências, competitividades conflitos que geralmente existem, sendo assim a
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atuação do psicólogo no hospital geral vem mostrar como é necessária a implantação de novas
técnicas e expansão do campo de saber, pois hoje o psicólogo já esta integrado as equipes
multidisciplinares dos hospitais, participando das ações e decisões a serem tomadas pela equipe,
coisa que até pouco tempo atrás não existia, já que muitos Psicólogos eram vistos como “penetras”,
pois estavam invadindo um campo que até então era apenas dos médicos.
Seguindo os apontamentos anteriores não demonstra ser uma tarefa fácil pensar na atuação do
psicólogo no hospital geral, afinal o número destes profissionais ainda é pequeno quando
comparados a quantidade de hospitais que existem. Lembrando que existe uma falta de apoio como
um todo e na valorização desse profissional, como um agente capaz de contribuir na promoção de
saúde. Segundo Dias e Radomineli (2006), hoje boa parte das universidades incluíram como
matéria a Psicologia hospitalar e aos poucos a atuação desse profissional vem se fortalecendo. No
contexto hospitalar além do auxilio que o psicólogo da a toda a equipe, para Dias e Radomineli
(2006), ele também vem de encontro com o cuidado da saúde e na prevenção das doenças, pois é a
partir dela que podemos estabelecer condições adequadas de atendimento aos pacientes, familiares e
equipes de saúde no hospital. Sendo assim, tudo isso deve ser dar após uma junção de estratégias
como, ações do Estado (políticas públicas saudáveis), da comunidade (reforço da ação comunitária),
de indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais), do sistema de saúde (reorientação do
sistema de saúde) e de parcerias, isso tudo faz com que a ideia de responsabilização múltipla, seja
pelos problemas, seja pelas soluções propostas para os mesmos, ou seja todos estão voltados para o
mesmo objetivo, a promoção da saúde.
A implantação do serviço de psicologia no hospital pode ser dividida por etapas, aonde o
psicólogo vem como peça fundamental quando o assunto é triagem psicológica hospitalar. O
psicólogo realiza visitas em todos os leitos, realiza-se uma breve avaliação e a triagem de pacientes,
mas tudo de forma objetiva e que não cause transtornos e exaustão aos pacientes. Sendo assim,
antes de determinado atendimento o prontuário deve ser analisado, checando-se as condições em
que esse paciente se encontra, para que a abordagem seja assertiva e até mesmo para checar se o
mesmo já passou ou não por atendimento psicológico. Com isso ocorre o acompanhamento
psicológico, pós avaliação e sendo identificada a necessidade de cada um, esses passam a ser
acompanhados de perto com visitas regulares, o que para Dias e Radomineli (2006), faz com que o
paciente perceba que a atenção sobre ele esta sendo redobrada, podendo vir a se sentir melhor daí
então começam as intervenções. Psicologia hospitalar é o conjunto de contribuições científicas,
educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor
assistência aos pacientes no hospital. O psicólogo hospitalar é aquele que reúne esses
conhecimentos e técnicas para aplicá-los de maneira coordenada focando melhora da assistência
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integral do paciente. Sendo assim seu trabalho é especializado no controle dos sintomas que
prejudicam seu bem-estar e até mesmo no restabelecimento do estado de saúde. De acordo com o
Conselho Regional de Psicologia - CRP (2007) o psicólogo pode realizar atendimento
psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório
e unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no
contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria. Diante
de tais apontamentos o item a seguir aponta as considerações sobre o brincar e sua importância no
âmbito hospitalar a ser realizado por profissionais de saúde e em especial psicólogos.
O BRINCAR
A criança atua na realidade que a cerca, interpretando-a e produzindo significações sobre ela.
É a brincadeira um dos principais mediadores da relação que ela estabelece com o mundo, sendo
assim de acordo com Hansen, Macarini e Martins. (2007) o brincar tem um papel especial em seu
desenvolvimento. O mesmo autor descreve que o brincar cria a oportunidade para que as crianças,
possam experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre
as pessoas
sentimentos e os diversos acontecimento. Diante disso pode-se mencionar que existem diversas
razões para a criança brincar, sendo uma delas o próprio prazer que podem usufruir enquanto
brincam, lembrando que o brincar possui lugar importante no desenvolvimento infantil devido aos
seus benefícios a longo e a curto prazo,
benefícios esses voltados para habilidades sociais,
cognitivas, afetivas e físicas, as brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo e
também é uma forma de auto-expressão, nem todos sabem o quanto é importante o brincar para o
desenvolvimento físico e psíquico da criança, muitos veem o ato de brincar a um simples
passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas. Assim, a
brincadeira contribui para o processo de socialização das crianças, oferecendo-lhes oportunidades
de realizar atividades coletivas livremente, além de ter efeitos positivos para o processo de
aprendizagem e estimular o desenvolvimento de habilidades básicas e aquisição de novos
conhecimentos.
De acordo com Mitre e Gomes (2007), o brincar se constitui na maneira singular de a criança
produzir significados e desenvolver a linguagem, ou seja, é uma forma peculiar de socialização e
interação, que permite a criança conhecer o mundo, apropriar-se de elementos da cultura e valores
sociais, viabilizando sua interpretação e representação do mundo, já que a atividade lúdica é para a
criança um dos principais meios de expressão que possibilita a investigação e a aprendizagem sobre
as pessoas e as coisas do mundo, por meio de simbolização do mundo através da imaginação, afinal
a criança pode dessa forma dar vazão aos seus desejos e conflitos. No caso de crianças
hospitalizadas, o brincar tem como objetivo a promoção do bem estar físico e emocional, assim
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como uma estratégia na tentativa de amenizar possíveis desequilíbrios devido a doença e
hospitalização, contribuindo para sua melhora e também para continuidade de seu desenvolvimento.
Neste sentido, de acordo com Mussa e Malerbi (2008), pois na medida em que a criança consegue
lidar melhor com a sua hospitalização, ao colocar para fora seus medos, angústias e preocupações, a
mesma pode ter melhor participação nos procedimentos e tratamento, podendo este influenciar
significativamente em sua posterior recuperação. No próximo item as considerações sobre o brincar
enquanto estratégias de recuperação da criança hospitalizada.
CONTRIBUIÇÃO
DO
BRINCAR
PARA
RECUPERAÇÃO
DA
CRIANÇA
HOSPITALIZADA
A infância é uma etapa fundamental no desenvolvimento humano, marcada pelas atividades
físicas intensas, sendo que estas são necessárias para que a criança possa ir aos poucos explorando e
conhecendo o ambiente a sua volta e assim, crescendo normalmente melhorando seu conhecimento
sobre o mundo. Para que ela possa percorrer esta etapa de sua vida sem prejuízos é necessário boa
saúde, porém, no decorrer de seu desenvolvimento, as crianças passam também por períodos de
doenças, o que muitas vezes pode ser acompanhado de hospitalização, o adoecimento e a
hospitalização na infância são eventos não esperados. Acompanhar uma criança durante o período
de hospitalização pode ser complexo, já que mesma merece toda atenção, para que o enfrentamento
em relação a internação e que acaba distorcendo a sua percepção de mundo, a leva a experienciar
sentimentos de perda. Sendo assim, é necessário repensar o cuidado às crianças considerando, não
só o conhecimento científico e as técnicas, mas também estabelecendo medidas que minimizam a
experiência traumática de uma hospitalização. Todo o impacto que a internação da criança acarreta
em sua rotina de vida, já que por um lado existe a expectativa da recuperação e por outro a tristeza e
a ansiedade pelo trauma que uma hospitalização pode acarretar nessa situação o emocional vem à
tona, dificultando alguns aspectos na vida da criança que podem acabar interferindo no
desdobramento da sua doença e recuperação. O medo da solidão diante da ausência da família, pode
tornar a situação dramática, o que de acordo com Moraes e Enumo (2008), pode fazer com que a
criança crie fantasias amedrontadoras a respeito do ambiente hospitalar.
Considerando que o brincar é um instrumento lúdico que liga a relação da criança com o
mundo e influencia na maneira como esta se relaciona e interage, esta é uma estratégia de cuidado
integral à criança, oferecendo oportunidade para que esta criança de expresse seus sentimentos
encobertos, auxiliando-a na construção de estratégias para lidar com os acontecimentos. Para Mitre
e Gomes (2007) o brincar aparece como um espaço que possibilita escolhas e a livre expressão da
criança, com isso durante o período de hospitalização o brincar passa a ser visto como um espaço
terapêutico capaz de promover não só a continuidade do desenvolvimento infantil, como também a
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possibilidade da criança melhor elaborar esse momento. O intuito do brincar para a criança
hospitalizada também é de que ela passe a conhecer seu próprio corpo, contribuindo para o
entendimento da sua doença e dos procedimentos terapêuticos que será submetida, e para isso são
utilizados brinquedos e a dramatização para facilitar a explicação dos procedimentos e dos objetos
hospitalares. Através da brincadeira a criança pode compreender melhor a sua situação e captar de
maneira mais fácil as mensagens que lhe são passadas, o que para Mussa e Malerbi (2008),
contribui para diminuição do estresse e proporcionando uma melhor compreensão da sua condição.
Essa questão mostra que o brincar age como uma importante ferramenta no entendimento da criança
sobre a sua hospitalização, demonstrando que quando a criança compreende sua doença e
procedimentos terapêuticos, ela pode conseguir elaborar melhor a sua condição e contribuir de
maneira positiva em seu tratamento, já que ela passa a executar um papel ativo durante a
hospitalização o que consequentemente contribui para sua melhora. A atividade lúdica tem o efeito
de tornar a criança mais independente, possibilitando à criança interpretar e expressar suas
emoções, além de favorecer a exteriorização da subjetividade, diante dessa afirmativa entende se
que então a atividade lúdica pode deixar a criança mais tranquila, obediente, independente, mais
relaxada e com uma melhor comunicação, lembrando também que a utilização de brinquedos em
momentos difíceis do tratamento, como na realização de exames ou no preparo antes e pósintervenções cirúrgicas pode levar a uma maior colaboração por parte das crianças, uma vez que,
quando orientadas, as fantasias que tem em relação ao tratamento, são solucionadas, fazendo com
que a criança aceite os procedimentos necessários para a sua recuperação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Seguindo os apontamentos anteriormente descritos este estudo visou demonstrar que o ato
de brincar no ambiente hospitalar é uma proposta relevante podendo se tornar um elemento
importante no que diz respeito ao desenvolvimento da saúde e bem estar da criança enferma e
hospitalizada. Pode-se aferir que as atividades lúdicas podem contribuir atuando como uma
ferramenta facilitadora no processo de tratamento da criança, além de auxiliar no resgate de algo
que deve ser natural para ela, ou seja, ser criança. Conforme apontado por Mussa e Malerbi (2008)
o brincar influencia positivamente no comportamento da criança e entendimento da mesma sobre a
sua situação. Neste sentido, conforme explanação de Mitre e Gomes (2007), este tipo de atitude
contribui para a melhora na comunicação, adesão ao tratamento e consequentemente uma
recuperação positiva.
Conforme pode ser observado no embasamento teórico acima descrito o brincar possui no
desenvolvimento da criança e sua reabilitação fundamental importância. Assim, este estudo visou
descrever uma tendência para as áreas profissionais da saúde que empregam o brincar no hospital a
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utilizarem as atividades lúdicas para fins terapêuticos, como mais um recurso disponível para
diminuir a tensão, estresse e sofrimento decorrente da hospitalização. Dessa maneira, o profissional
da saúde precisa ter uma postura ética e entendimento claro das melhorias que o brincar possibilita a
recuperação, bem estar e saúde da criança hospitalizada. Sugere-se que estudos sejam realizados de
modo a confirmar tais afirmativas, bem como o uso de atividades lúdicas em diversos contextos do
âmbito hospitalar, visando desta maneira ser está estratégia um facilitador para recuperação e
melhorias do período e processo de internação.
REFERÊNCIAS
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Psicologia (VI CNP): etapa regional de Santa Catarina. Florianópolis: CRP-12.
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Mota, A. R., Martins, M. G. C. & Véras, M. R. (2006). Papel dos profissionais de saúde na
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Mussa, C. & Malerbi, K. E. F. (2008). O impacto da atividade lúdica sobre o bem-estar de
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Pedrosa, A. M. et al. (2007). Diversão em movimento: um projeto lúdico para crianças
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CONSIDERATIONS ON PLAY DURING RECOVERY
HOSPITALIZED CHILDREN
José Maria Montiel
Doutor em Psicologia pela Universidade São Francisco
Fundação Instituto de Ensino para Osasco
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Daniel Bartholomeu
Doutor em Psicologia pela Universidade São Francisco
Fundação Instituto de Ensino para Osasco
[email protected]
Juliana Francisca Cecato
Mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de Jundiaí
Anhanguera Educacional.
[email protected]
José Eduardo Martinelli
Doutor em Educação pela Unicamp
Faculdade de Medicina de Jundiaí
[email protected]
Patrícia Pereira Ferreira
Psicóloga pela Anhanguera Educacional
Anhanguera Educacional
[email protected]
ABSTRACT
The objective of this study was to make considerations in relation to act of playing as an
intervention tool in hospitalized children and pointing through this possible contributions to the
recovery, since the hospital is usually unknown to the child, both in physical aspect as in their
routine, has norms and standards that make the child and his family have to adapt to these
conditions, ranging from hours, meals, clothes, privacy, both in relation to the proximity of the beds
as invasive and painful medical procedures . Studies indicate that hospitalization can affect child
development, interferes with quality of life, to deal with this situation, the play serves as a coping
strategy, and should be highlighted the differences between the play seen as recreation or distraction
and play as a therapeutic tool through professional vision, to elucidate how the play can be
important for the construction of the subjectivity of the sick child, to provide better expression with
respect to their thoughts, feelings and anxieties resulting from the disease, but also describe the
main features recreational use in the hospital setting in order to diminish the suffering of hospital
stay.
Keywords: learning; intervention; hospitalization; treatment.
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