Antonio Paulo Muccillo de Medeiros Conceito • É a área da matemática que estuda os argumentos (premissas e conclusão). • Estuda os métodos e princípios que permitam distinguir argumentos corretos e incorretos. Argumento Legítimo ou Válido É aquele em que a conclusão é consequência lógica ou necessária das premissas. Exemplo: Premissa: todos os animais são mortais Premissa: o gato é um animal Conclusão: o gato é mortal Argumento Ilegítimo ou Não Válido É aquele em que a conclusão não é consequência lógica das premissas. Exemplo: Premissa: todos os homens são mortais Premissa: alguns animais são mortais Conclusão: todos os animais são mortais Aristóteles 384 – 322 a.C. Aristóteles • Princípio do Terceiro Excluído • Silogismo Princípio do Terceiro Excluído “Toda proposição ou é verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um destes casos e não um terceiro”. Silogismo Os componentes do Silogismo Aristotélico são as sentenças universais ou particulares, afirmativas ou negativas. Exemplo: A: Todos os animais são mortais - universal afirmativa E: Nenhum animal é imortal – universal negativa I: Alguns homens são sábios – particular afirmativa O: Alguns homens não são sábios – particular negativa Silogismo Em linguagem de conjuntos temos: A: Todo X é Y – E: Nenhum X é Y I: Algum X é Y X⊂Y – – O: Algum X não é Y X∩Y=∅ X∩Y≠∅ – X–Y≠∅ Silogismo Diagramas de Euler-Venn A: Todo X é Y – X⊂Y Silogismo Diagramas de Euler-Venn E: Nenhum X é Y – X∩Y=∅ Silogismo Diagramas de Euler-Venn I: Algum X é Y – X∩Y≠∅ Silogismo Diagramas de Euler-Venn O: Algum X não é Y – X–Y≠∅ Zenão 336 - 204 a.C. Outros gregos desta época: Crisipo e Filo Gottfried Wilhelm Leibniz 1646 - 1716 Precursor da Lógica Moderna. Sugeriu o sistema de abreviações para construir uma linguagem artificial livre de ambiguidades. Leonhard Euler 1707 - 1783 Primeiro a usar diagramas no estudo da Lógica. George Boole 1815 - 1864 Criou os fundamentos da lógica formal e de uma nova álgebra, hoje conhecida como álgebra booleana. George Boole Escreveu os livros: The Mathematical Analysis of Logic e Investigations of the Laws of Thought, que é considerado como o início da lógica moderna. Augustus De Morgan 1806 – 1871 Desenvolveu, em paralelo com Boole, a Álgebra da Lógica. Enunciou o princípio da dualidade da teoria dos conjuntos. John Venn 1834 - 1923 Aperfeiçoou os diagramas no estudo da Lógica. Gottlob Frege 1848 – 1925 Em sua obra Begriffsschrift desenvolve, pela primeira vez, axiomaticamente, o Cálculo Sentencial. Outros Matemáticos • Bertrand Russel (1872 – 1970) • Alfred Noth Whitehead (1861 – 1947) • David Hilbert (1862 – 1943) • Paul Bernays (1888 – 1977) • Kurt Gödel (1906 - 1978) • Alfred Tarski (1901 - 1983) Proposição ou Sentença Todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo (Sá, 2008). É o elemento fundamental da linguagem falada ou escrita (Castrucci, 1984). Uma proposição é composta de um sujeito (nome) e uma ação (predicado). Exemplos de proposições 1. A Lua é um satélite da Terra. 2. José é malandro. 3. 3 x 5 = 5 x 3 4. Onde você mora? 5. Que lindo jardim! 6. Escreva um verso. 7. Pedro estuda e trabalha. 8. Fernanda está no cinema ou no mercado. 9. João estuda então tem êxito na escola. 10. Paulo vai ao cinema somente se conseguir dinheiro. Observações: No estudo da Lógica Matemática nos restringiremos às proposições declarativas ou afirmativas e que admitem o valor V (verdadeiro) ou F (falso), um excluindo o outro. São exemplos deste tipo de proposição as de números 1, 2, 3, 7, 8, 9 e 10. As proposições interrogativas (4), exclamativas (5) e imperativas (6) não serão consideradas em nosso estudo. Observações: No estudo da Lógica as proposições são designadas por letras latinas minúsculas: p, q, r, ... As proposições afirmativas 1, 2 e 3 são ditas proposições simples. Elas são o núcleo da linguagem. Já as proposições 7, 8, 9 e 10 são chamadas proposições compostas. Elas são formadas por uma ou mais proposições simples. Proposições compostas: Pedro estuda e Pedro trabalha. Fernanda está no cinema ou Fernanda está no mercado. Se João estuda então João tem êxito na escola. Paulo vai ao cinema se e somente se Paulo conseguir dinheiro. Exercícios: Determine dentre os itens dos próximos slides: • Quais são proposições • Entre as que forem quais são simples e compostas e • Dê os valores das proposições simples, isto é, atribuir V ou F a cada uma. Exercícios: a. b. c. d. e. f. g. h. i. j. k. l. O número 3 é maior que o número 2. A terra é uma estrela. 3(9-2) 9 8 x 7 = 56 O gato é da mamãe. Um bom livro de matemática. 3+5=5+3 Se chove, então, a rua fica molhada. O sol brilha e queima as plantas. Ou você me vende o livro ou você me empresta. Um triângulo é retângulo se e somente se tem um ângulo reto. Exercícios: m. n. o. p. q. r. s. t. u. 3+5=8 Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil. Colombo descobriu a Ásia. O número 11 é primo. Triângulo equilátero. sen 30° é 1 O número π é racional. Um número divisível por 2 é par. Se um triângulo é retângulo, então, dois de seus lados são perpendiculares. v. Os lados de um triângulo equilátero são congruentes. Conectivos e Modificadores: São termos, símbolos ou palavras que usamos para combinar proposições simples tornando-as proposições compostas. Principais Conectivos e Modificadores: NOME COMO SE LÊ SIMBOLOGIA Negação não p ~p Conjunção peq p∧q Disjunção p ou q p ∨q se p então q p→q p se e somente se q p↔q Condicional Bicondicional Negação Colocando-se “não” antes do verbo da proposição obtemos uma proposição que é a negação da primeira. A negação da proposição “Ele é um bom professor” é “Ele não é um bom professor”. Outra forma para obter a negação de uma proposição é colocar na frente dela expressões do tipo “não é verdade que” ou “não é o caso de”. Assim teremos como negação do primeiro exemplo “Não é verdade que ele é um bom professor”. Conjunção Dadas duas proposições: p: Pedro estuda a lição. q: João vai à escola. e usando a conjunção teremos p ∧ q: Pedro estuda a lição e João vai à escola. Disjunção Dadas duas proposições p e q, formaremos uma proposição denominada disjunção com o conectivo “ou” e teremos “p ou q” (p ∨ q). No exemplo do slide anterior teremos: p ∨ q: Pedro estuda a lição ou João vai à escola. Observação Há dois sentidos para o “ou” na linguagem. Por exemplo a sentença “Chove ou faz frio” é verdadeira nos seguintes casos: • Chove • Faz frio • Chove e faz frio Já o exemplo “O Prof. Pedro será nomeado embaixador na Espanha ou será reitor da USP.” será verdadeira nos casos: • O Prof. Pedro será nomeado embaixador na Espanha • O Prof. Pedro será nomeado reitor na USP. Observação No primeiro exemplo do slide anterior dizemos que o ou é inclusivo inclusivo. Esta será operação que estudaremos mais a fundo. No segundo exemplo diz-se que ou é exclusivo. Esta operação é representada por ∨. Utiliza-se a repetição do ou para denotarmos que o ou é exclusivo. Por exemplo: p ∨ q: Ou vou ao cinema ou à aula. Condicional A proposição condicional “se p então q” (p → q) . No nosso exemplo seria lido como: p → q: Se Pedro estuda a lição então João vai à escola. Bicondicional A proposição bicondicional “p se e somente se q” (p ↔ q) . No nosso exemplo seria lido como: p ↔ q: Pedro estuda a lição se e somente se João vai à escola. Exercícios (Castrucci, 1984) 1. Escrever simbolicamente para p: João é esperto, q: José é tolo. a. b. c. d. e. f. g. h. João é esperto e José é tolo. João é esperto ou José é tolo. Ou João é esperto ou José é tolo. Nem João nem José são tolos. João e José são tolos. João é esperto ou José não é tolo. Não é verdade que João e José são tolos. Se João é tolo, então José não é tolo. Exercícios (Castrucci, 1984) 2. Construa fórmulas para as seguintes sentenças: a. José vai ao cinema se e somente se é anunciada uma comédia. b. Condição necessária e suficiente para que o rei seja feliz é que tenha vinho. c. Ou João irá a festa e Max não, ou João não irá e Max sim. d. Uma condição suficiente para que x seja ímpar é que x seja primo. e. Uma condição necessária para que uma sequência s convirja é que seja limitada. f. Se x > 0, x2 > 0 Exercícios (Castrucci, 1984) 3. Escreva, na linguagem comum, sabendo que p: Os preços são altos e q: Os estoques são grandes. a. (p ∧ q) → p b. (p ∧ ~q) → ~p c. ~p ∧ ~q d. p ∨ ~q e. ~(p ∧ q) f. ~(p ∨ q) g. ~(~p ∨ ~q) Tabela--verdade Tabela É usual representarmos as proposições através de tabelas das possibilidades de seus valores lógicos (V ou F), que denominamos tabelas tabelas--verdade. verdade Tabela--verdade da Negação Tabela p ~p V F F V Outros símbolos para a negação são: -e . Tabela--verdade da Conjunção Tabela p q p ∧q V V V V F F F V F F F F Outro símbolo para a conjunção é & Circuito elétrico em série e a tabela--verdade da conjunção tabela Tabela--verdade da Disjunção Tabela p q p ∨q V V V V F V F V V F F F Circuito elétrico paralelo e a tabela--verdade da disjunção tabela Tabela--verdade da Disjunção Exclusiva Tabela p q p ∨q V V F V F V F V V F F F Tabela--verdade da Condicional Tabela p V V F F q V F V F p →q V F V V Exemplo: Uma pessoa chega perto de uma porta onde se lê: “Se você é flamenguista, então entre.” Condicional Podemos considerar uma proposição condicional como a inclusão de um conjunto (p) em outro (q). Ou seja, podemos imaginar que p → q representa um conjunto associado a p, contido num conjunto associado a q. Exemplo: Se o jovem é escoteiro, então é leal. Tabela--verdade da Bicondicional Tabela p q p ↔q V V V V F F F V F F F V Podemos entender a proposição p ↔ q como sendo equivalente à composição de (p → q) ∧ (q → p) Tabela-verdade de (p → q) ∧ (q → p) p → q q → p (p → q) ∧ (q → p) p q V V V V V V F F V F F V V F F F F V V V Tabela-verdade de uma Tabelafórmula qualquer Com as regras estabelecidas, podemos construir a tabela verdade de uma fórmula qualquer. Por exemplo da proposição: ((p ∨ q ) → ~p) → (q ∧ p). Os átomos dessa proposição são p e q. Segue-se a tabela-verdade: Tabela-verdade de uma Tabelafórmula qualquer p q V V V F F V F F p ∨q ~p (p ∨ q) → ~p q∧p ((p ∨ q ) → ~p) → (q ∧ p) Tabela-verdade de uma Tabelafórmula qualquer p q p ∨q ~p (p ∨ q) → ~p q∧p ((p ∨ q ) → ~p) → (q ∧ p) V V V F F V V V F V F F F V F V V V V F F F F F V V F F Número de linhas de uma Tabela--verdade Tabela Cada proposição p tem dois valores: V ou F, que se excluem. Daí, para n proposições p1, p2, p3, ..., pn há tantas possibilidades quantos são os arranjos com repetição de 2 (V ou F) elementos, n a n, isto é A2,n = 2n. Assim para duas proposições teremos 22 = 4 linhas, para três são 23 = 8 linhas. Número de linhas de uma Tabela--verdade Tabela p V F p V V F F q V F V F Façam , agora, para p, q, r e s. p q r V V V V V F V F V V F F F V V F V F F F V F F F Quantificadores: Sentenças do tipo: “Ele é professor da FAA” ou “x + 2 = 8” são chamadas sentenças abertas, pois podem ser ou não verdadeiras de acordo com a substituição que fizermos do “ele” e do “x”. Os quantificadores são símbolos lógicos que atuam sobre as sentenças abertas, tornando-as sentenças fechadas ou proposições. Quantificador Universal ( ) Para todo Qualquer que seja Exemplo: x, x > 4 Todos os homens são inteligentes. Quantificador Existencial ( Para algum Existe algum Exemplo: x, x é par Algumas mulheres são sensíveis. ) Negação de sentenças com quantificadores ~( x, p) ⇔ x, ~p ~( x, p) ⇔ x, ~p Negação de sentenças com quantificadores Exemplo: A negação da sentença “Todos os alunos da turma são estudiosos.” seria “Não é verdade que todos os alunos da turma são estudiosos.” Ou “Existe algum aluno da turma que não é estudioso” Negação de sentenças com quantificadores Exemplo: A negação da sentença “Algumas mulheres são sensíveis.” seria “Não é verdade que algumas mulheres são sensíveis.” Ou “Todas as mulheres são insensíveis.” Equivalência Lógica ( (⇔ ⇔) Uma proposição é dita logicamente equivalente a outra se suas tabelas-verdade são idênticas. Podemos, então, escrever que p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p) Tautologia Uma proposição é uma tautologia ou é tautológica quando ela é sempre verdadeira. Representamos as tautologias pela letra latina minúscula v. p q ~p q ∨ ~p p ∨ (q ∨ ~p) V V F V V V F F F V F V V V V F F V V V Contradição Uma proposição é uma contradição ou contraválida quando ela é sempre falsa. Representamos as contradições pela letra latina minúscula f. p q ~p ~p ∧ q p ∧ (q ∧ ~p) V V F F F V F F F F F V V V F F F V F F Outra definição para Equivalência Lógica (⇔ (⇔ ) Uma proposição p é dita logicamente equivalente a outra q se e somente se p ↔ q é uma tautologia. Propriedades da equivalência 1. As fórmulas tautológicas são equivalentes entre si. 2. As fórmulas contra-válidas (contradições) são equivalentes entre si. Exercícios (Castrucci, 1984) 1. Construa tabelas-verdade para: a. (p ∧ q) → p g. ~(~p ∨ ~q) b. (p ∧ ~q) → ~p h. (p ∧ q) ∨ r c. ~p ∧ ~q i. ~~p ↔ p d. p ∨ ~q j. ~(p ∨ q) ↔ ((~~p) ∨ ~q) e. ~(p ∧ q) k. (p ∨ q) ∨ r ↔ p ∨ ( q ∨ r) f. ~(p ∨ q) l. ~(p ∧ q) ↔ ~p ∨ ~q Operadores Lógicos Relacionais: Igual = Diferente ≠ Maior que > Menor que < Maior ou igual a ≥ Menor ou igual a ≤ Equivalente a ⇔ Implica ⇒ Operadores Lógicos Não Relacionais: Não ~ E ∧ Ou ∨ Se...então → Se e somente se ↔ Operadores Lógicos Não Relacionais Esse operadores, como os aritméticos, obedecem a uma ordem de prioridade para serem executados. Como acontece com os operadores aritméticos, esta ordem pode ser alterada com o uso de parêntesis, colchetes e chaves. Operadores Lógicos Não Relacionais Prioridade dos operadores Aritméticos Potência/Radiciação Produto/Divisão Adição/Subtração Prioridade dos operadores Lógicos Não ~ E ∧ Ou ∨ Se...então → Se e somente se ↔ Prioridade dos Operadores Lógicos Não Relacionais Assim: a ↔ b → c significa a ↔ (b → c) a → b ∨ c significa a → (b ∨ c) a ∨ b ∧ c significa a ∨ (b ∧ c) ~p ∨ q significa (~p) ∨ q Exercícios (Sá, 2008) Vamos fazer agora os exercícios da fotocópia das páginas 20 a 28 do livro do Prof. Ilydio Pereira de Sá, Raciocínio Lógico – Concursos Públicos e Formação de Professores. Relação de Implicação( Implicação(⇒ ⇒) Uma proposição a implica uma proposição b se e somente se a → b é uma tautologia. Ou Uma fórmula proposicional A implica uma fórmula proposicional B se e somente se A → B é tautológica. Propriedade da Implicação 1. Se P é um conjunto de proposições ou de fórmulas, A ⇒ B é uma relação em P, então valem as propriedades: a. Reflexiva: qualquer que seja A, A ⇒ A b. Transitiva: quaisquer que sejam A, B e C, se A ⇒ B e B ⇒ C, então A ⇒ C Exercícios (Castrucci, 1984) 1. Provar as implicações a. (~p ∧ q) ⇒ ~p b. (p ∧ q → r) ⇒ (p → (q → r) c. p ⇒ (q → q ∧ p) d. p ⇒ (p ∨ q) e. p ⇒ (p ∧ q ↔ q) f. (p → (q ∧ ~q)) ⇒ ~p Propriedades das Operações Lógicas: Propriedades da Conjunção p∧q⇔q∧p Comutativa (p ∧ q) ∧ r ⇔ q ∧ (p ∧ r) Associativa p∧p⇔p Idempotente p∧v⇔p Propriedade de v p∧f⇔f Propriedade de f Propriedades das Operações Lógicas: Propriedades da Disjunção p∨q⇔q∨p Comutativa (p ∨ q) ∨ r ⇔ q ∨ (p ∨ r) Associativa p∨p⇔p Idempotente p∨v⇔v Propriedade de v p∨f⇔p Propriedade de f Propriedades das Operações Lógicas: Propriedades Distributivas p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) Propriedades das Operações Lógicas: Absorção p ∧ (p ∨ q) ⇔ p p ∨ (p ∧ q) ⇔ p Propriedades das Operações Lógicas: Propriedades da Negação ~(~p) ⇔ p Propriedades das Operações Lógicas: Leis de De Morgan ~(p ∧ q) ⇔ ~p ∨ ~q ~(p ∨ q) ⇔ ~p ∧ ~q Redução do número de conectivos p ∨ q ⇔ ~(~p ∧ ~q) p → q ⇔ ~(p ∧ ~q) p ↔ q ⇔ ~(p ∧ ~q) ∧ ~(~p ∧q) Exercícios (Castrucci, 1984) 1. Provar pelas propriedades das operações lógicas as equivalências: a. ~( a ∧ b ∧ ~c) ⇔ ~a ∨ (b →c) b. a ∧ ~b → ~c ⇔ a ∧ c → b c. (a ∨ b ) ∧ (~a ∨ b) ⇔ b d. ~(~(p ∨ ~q) ⇔ ~p → ~q e. a → a ∨ b ⇔ a ∧ ~a → b f. ~(~(p ∨ q) ∧ (p ∨ q)) ⇔ p v p Argumento Um argumento é uma sequência A1, A2, A3, ..., An (n ≥ 1) de fórmulas proposicionais (ou proposições), onde os termos A1, A2, A3, ... chamam-se premissas e o último An, conclusão. Indica-se por: A1, A2, A3,..., An-1 An Argumento A1, A2, A3,..., An-1 An Se lê A1, A2, A3, ... An-1 acarretam An ou An decorre de A1, A2, A3, ... An-1 Argumento Válido Um argumento A1, A2, A3,..., An-1 An é válido se e somente se A1 ∧ A2 ∧ A3 ∧ ... ∧ An-1 → An é uma tautologia. Nets caso escreve-se A1, A2, A3,..., An-1 An Exemplos de Argumentos Válidos 1. (p ∧ q) ∨ (p → q), ~(p ∧ q) 2. p, q → r, r p→q ~q Testem fazendo as tabelas-verdade. Exercícios (Castrucci, 1984) 1. Verificar se são válidos os argumentos: a. p, p → q q b. p → q, ~q ~p c. p → q, q → r d. p ∨ q, ~p p→r ~q e. p → q, r → s, p ∨ r q∨s Exercícios (Castrucci, 1984) 2. Verificar se são válidos os argumentos: a. p → q b. p → q ~p → ~q p c. ~(p ∨ q), (p ∧ q) ∨ (p → q) ∨ r d. p → q, p ∨ r, ~q e. p ∧ q, ~p ~q r (p → q) ∨ r Exercícios (Castrucci, 1984) 3. Verificar se são válidos os argumentos: a. Se eu fosse artista, seria inteligente; não sou artista, logo não sou inteligente. b. Não é verdade que eu não gosto de açúcar e de pimenta; eu gosto de açúcar e pimenta ou não estudo ou se gosto de açúcar não gosto de pimenta. Segue-se que eu estudo ou se gosto de açúcar, então gosto de pimenta. c. Se eu gosto de pimenta, então, entendo o teorema. Eu gosto de pimenta ou vou ao cinema. Não entendo o teorema. Logo, vou ao cinema. Exercícios (Castrucci, 1984) 3. Verificar se são válidos os argumentos: (continuação) d. Se trabalho, ganho dinheiro. Se não trabalho, divirto-me. Logo, se não ganho dinheiro, divirtome. e. O aluno é aprovado se e somente se é estudioso. Se o aluno tem tempo e não é estudioso. Então, não é reprovado. Se o aluno é estudioso e não tem tempo, então ele é aprovado ou não. Seguese que se o aluno não tem tempo, então, ele é estudioso. Exercícios (Castrucci, 1984) 3. Verificar se são válidos os argumentos: (continuação) f. Se Paulo é competente, então, se o serviço é bem feito, ele será aceito. O serviço não é aceito. Segue-se que se o serviço é bem feito, então Paulo não é competente. Sentenças Abertas Há frases declarativas afirmativas para as quais não podemos atribuir os valores V ou F. Assim, a frase “Ela foi professora da FAA.” será uma proposição se colocarmos um nome de pessoa, o que acarretará um valor V ou F. Da mesma forma “x + 4 = 8” será uma proposição quando colocarmos uma constante no lugar de x. Sentenças Abertas As frases com variáveis , que se chamam sentenças abertas , não são nem verdadeiras nem falsas. Quando se substituem as variáveis por constantes numa sentença aberta, temse o que se chama de interpretação das variáveis da sentença aberta ou, abreviadamente, uma interpretação de sentença aberta. Sentenças Abertas Deste modo, “4 + 4 = 8” é uma interpretação da sentença “x + 4 = 8” e “Charles Chaplin foi professor da FAA.” é uma interpretação da frase “Ele foi professor da FAA.” Cada interpretação conduz a uma proposição, pois fica determinada para ela um dos valores V ou F. Exercícios (Castrucci, 1984) 1. Dê interpretações que tornem proposições as sentenças abertas: a. x + y = 8 b. 5x – 1 = 9 c. Ele foi o melhor jogador do Santos F.C., em 1970. d. Ele foi o presidente do Brasil em 2005. e. X é um bom matemático da Universidade y6. f. Log10x = 1 Exercícios (Castrucci, 1984) 2. Dê sentenças abertas correspondentes às fórmulas: a. Px b. Rxy c. Px ∨ Qx → Py d. Px → Ay ∧ Qz Diz-se que a sentença aberta de uma variável tem peso 1. No exercício as sentenças P, Q e A têm este peso. As sentenças com duas variáveis têm peso 2, que é o caso , no exemplo, da sentença R. O peso 0 (zero) é o peso de uma proposição. Revisando Quantificadores: Os quantificadores são símbolos lógicos que atuam sobre as sentenças abertas, tornando-as sentenças fechadas ou proposições. Quantificador Universal ( ) Para todo Qualquer que seja Exemplo: x, x > 4 Todos os homens são inteligentes. Quantificador Existencial ( Para algum Existe algum Exemplo: x, x é par Algumas mulheres são sensíveis. ) Negação de sentenças com quantificadores ~( x, p) ⇔ x, ~p ~( x, p) ⇔ x, ~p Negação de sentenças com quantificadores Exemplo: A negação da sentença “Todos os alunos da turma são estudiosos.” seria “Não é verdade que todos os alunos da turma são estudiosos.” Ou “Existe algum aluno da turma que não é estudioso” Negação de sentenças com quantificadores Exemplo: A negação da sentença “Algumas mulheres são sensíveis.” seria “Não é verdade que algumas mulheres são sensíveis.” Ou “Todas as mulheres são insensíveis.” Exercícios (Castrucci, 1984) 1. Negar, aplicando as regras: a. Todos os triângulos são isóceles. b. Todos os quadrados são losangos e retângulos. c. Nenhum homem é imortal. 2. Negar, aplicando as regras: a. x Px → Qx b. Px → c. xQx x (Qx ∧ Rx → ~Sx) Exercícios (Castrucci, 1984) 3. Negar, aplicando as regras: a. Alguns animais são mamíferos. b. Para todo x, x + 4 = 9, com x ∈ R c. Tudo é esférico. d. Qualquer que seja x, se x é homem, então, x é racional. e. Existem animais não carnívoros. f. Algo é belo e monótono. g. Tudo é esférico ou não é esférico.