meses

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36. Insuficiência Cardíaca Congestiva
Pós-­‐Graduação em Cardiologia Prof. Dr. Hermes T. Xavier Introdução
•  ICC é o maior problema de saúde pública nos EUA.
•  Aproximadamente 5 milhões de pacientes no país tem
ICC e quase 500 mil novos casos são diagnosticados a
cada ano.
•  Perto de 300mil pacientes morrem de ICC primária ou
mesmo pode contribuir para a causa da morte.
•  É a principal doença do idoso ( 6-10 % das pessoas > 65
anos tem ICC) e 80% dos hospitalizados com ICC tem
+ de 65 anos.
ICC no Brasil -
Hospitalizações
Hospitalizações: 11.450.000
DCV: 1.070.264
ICC: 386.676
ICC –
Prevalência pela Idade e Sexo
60000
homens
50000
mulheres
40000
30000
20000
10000
0
1
9
19
29
39
49
59
69
79
>80
ICC no Brasil -
Mortalidade
Mortes total: 929.000
DCV: 256.333
ICC: 60.676
ICC –
Mortalidade
“ICC é o estado fisiopatológico, no qual o coração é incapaz
de bombear o sangue no volume necessário para suprir as
necessidades metabólicas ou só pode fazê-lo a partir de
pressões de enchimento muito elevadas.”
Braunwald E.
“ICC é uma síndrome clínica complexa caracterizada por
anormalidades da função ventricular esquerda e regulação
neuro hormonal, acompanhadas de intolerância ao esforço,
retenção hídrica e redução da longevidade.”
Parcker M.
O Continuum Cardiovascular
Fatores de Risco CV
Diabetes
Disfunção Renal
DAC/IM
AVC/AIT
Remodelamento
Progressão da Doença
Morte
Causas
•  Isquêmica: Doença Coronária corresponde a 2/3
dos pacientes com Disfunção Sistólica VE.
•  Não isquêmica:
–  Pode ser identificável: HAS, Valvopatias e
Miocardites.
–  Sem causa aparente: Cardiomiopatia Dilatada
Idiopática.
Manifestações Clínicas Principais
Dispnéia e Fadiga


 Tolerância
ao Exercício
Retenção
Hídrica

Edema Pulmonar e Periférico
ICC – Evolução Fisiopatológica
Evolução e Sintomas de IC Esquerda
Aumento da PD2
Aumento da PAE
Hipertensão venocapilar pulmonar
Transudação interstício pulmonar
Transudação alveolar
DISPNÉIA
Ortopnéia e DPN
ICC - Fisiopatologia
Perfusão Inadequada
Intolerância ao exercício
Redução Perfusão Renal
Retenção Hídrica
REDUÇÃO do DC
EDEMA
Vasoconstricção Periférica
Taquicardia
Aumenta a pós carga
Reduz diástole
Aumenta o consumo de O2
Isquemia
Fisiopatologia da ICC
Reação Neuro Hormonal ( SNS e SRAA )
Reações Hemodinâmicas ( VC, Retenção Hídrica )
Remodelação
Ventricular
Apoptose
Morte Celular
Necrose
Papel dos Receptores Adrenérgicos
Coração ( β1 e β2 )
Down Regulation
Depressão vasopressora
Cinética do Cálcio intracelular
Renal (α1, SRAA, A-VP)
Vasoconstricção
Retenção Na e H2O
Progr Cardiovas Dis 1998;41:1-8
Receptores Adrenérgicos na ICC
• 
• 
• 
• 
Redução da população beta 1
Aumento da população beta 2
Alfa 1 não se altera
Resposta beta 2 exacerbada na ICC
Progr Cardiovas Dis 1998;41:1-8
Redução dos Beta-receptores na IC
β-1 Redução
Bristow MR. J Am Coll Cardiol 1993;22:61A–71A.
Efeitos Adversos das Catecolaminas
no Coração e Vasos
Efeitos da Redução beta 1
•  Diminuição do Inotropismo
•  Redução do Cronotropismo
•  Intolerância ao Esforço
Progr Cardiovas Dis 1998;41:1-8
Efeitos Adversos das Catecolaminas
no Coração e Vasos
Efeitos pró Arrítmicos
• 
• 
• 
• 
Efeito beta 1 e beta 2
Aumento do Automatismo
Hipocalemia ( > captação de K+ celular )
Aumento do Cronotropismo
Progr Cardiovas Dis 1998;41:1-8
Efeitos Adversos das Catecolaminas
no Coração e Vasos
Vasoconstricção e Retenção Na+ e H2O
• 
• 
• 
• 
• 
Aumento da pós carga
Hipertrofia e Dilatação Cardíaca
Aumento do consumo de O2
Redução do Fluxo Coronário
Isquemia do Miocárdio
Progr Cardiovas Dis 1998;41:1-8
Efeitos Adversos das Catecolaminas
no Coração e Vasos
Ativação dos Canais de Cálcio
•  Efeito alfa 1 e beta 1 adrenérgico
•  Sobrecarga de cálcio intracelular e
mitocondrial
•  Ativação de Lipases, Proteases, Endonucleases
•  Necrose Celular
•  Apoptose
Progr Cardiovas Dis 1998;41:1-8
Symphatic
↑
↑
↑
X
↑ Ca++ cytosol
• Systolic disfunction
• Diastolic disfunction
• Ventricular arrhythmias
• Apoptosis
Coração Hipo-Energético
•  Ativação Simpática Persistente
•  Redução da Resposta Fisiológica de
aumento da contratilidade secundária ao
estímulo simpático
•  Disfunção dos receptores beta
•  Hipometabolismo com Dano Celular
Miocárdico
•  Remodelamento Ventricular
Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
ANGIOTENSINOGÊNIO
RENINA
> NO
CATEPSINA
QUIMASE
ANGIOTENSINA I
< Hipertrofia
BRADICININA
E.C.A.
> NO
PEPTÍDEOS
inativos
RECEPTORES AT2
ANGIOTENSINA II
RECEPTORES AT1
Liberação
Ativação
Aldosterona
Simpática
Vasoconstrição
Retenção
Aumento
>
RVP
Na+ H2O
Arginina/Vasopressina
> PA
> Volemia
RENINA
Identificação dos Pacientes
•  Clínica:
–  tolêrancia ao exercício 
–  retenção hídrica
–  sem sintomas, mas com diagnóstico de Disf VE.
•  Anormalidade estrutural:
–  Anamnese e exame físico completo
–  ECG e Rx do Tórax
–  Eco doppler 2D
•  Avaliação da causa.
Nova Classificação
•  O comite da AHA/ACC decidiu ter uma nova abordagem
para a classificação de ICC que enfatiza,
simutaneamente, a evolução e progressão da doença.
•  Classificou em 4 estágios: A,B,C e D.
•  Esta classificação reconhece que estão estabelecidos
fatores de risco e pré-requesitos estruturais para o
desenvolvimento de ICC e que a realização de
intervenções terapêuticas antes do aparecimento de
Disfunção do VE ou dos sintomas pode reduzir a
mortalidade por ICC.
Classificação
Estágios
Descrição
Exemplos
A
Alto risco para IC devido a
presença de condições
associadas;sem anormalidade
estrutural ou funcional do
coração; sem QC
HA, DM, FR ,AF de
cardiopatia , coronariopatia,
uso de álcool ou drogas
cardiotóxicas
B
Doença estrutural do
coração, sem sinais e/ou
sintomas de IC
HVE ou fibrose,
valvulopatia,dilatação ou 
contração de VE
C
Sintomas atuais ou
anteriores de IC com doença
estrutural do coração
Dispnéia ou fadiga devido
DSVE ou paciente assint. em
tratamento
D
Doença estrutural avançada
do coração com sintomas em
repouso
Os frequentemente
hospitalizados,e indicados a
transplante cardíaco
Redomendações. ACC/AHA
Classe I
Classe II
Condições para qual há evidência e / ou
concordância geral que um determinado
procedimento ou tratamento é útil e efetivo.
Condições para qual há evidência contraditória
e / ou uma divergência de opinião sobre a
utilidade / eficácia de executar o procedimento /
terapia.
Classe IIa : O peso da evidência / opinião está
a favor da menor utilidade / eficácia.
Classe II b: Utilidade / eficácia é bem menos
estabelecida através de evidência / opinião.
ClasseIII
Condições para qual há evidência e / ou
concordância geral que um procedimento / terapia
não é útil / efetivo e em alguns casos pode ser
até prejudicial.
Avaliação Diagnóstica da ICC
Classe I
1. Anamnese e Exame Físico completo.
2. Avaliar a execução das atividades da vida diária.
3. Avaliar a retenção de líquidos.
4. Hemograma completo, urina I, eletrólitos, uréia,
creatinina, glicemia, TSH e testes de função VE.
5. Monitorar eletrólitos e função renal.
6. ECG e radiografia de tórax.
7. ECO 2D doppler e radioisótopos.
8. Cateterismo em pacientes com angina.
Tratamento da ICC – Estágio A
Classe I
1. Controle rigoroso da PAS e PAD.
2. Tratamento das Dislipidemias.
3. Mudança de estilo de vida: fumo, consumo de álcool
e uso de drogas ilícitas.
4. IECA para os pacientes com história de
aterosclerose, DM, HA e com fatores de risco.
5. Controle da frequência ventricular em pacientes
com taquiarritmia supraventricular.
6. Tratamento de doença da tireóide.
7. Avaliação dos sinais e sintomas de ICC.
Tratamento da ICC – Estágio B
Classe I
1. IECA em pacientes com IM recente ou não,
independentemente da FEVE.
2. IECA em pacientes com redução da FEVE, que
sofreram ou não IM.
3. BB em pacientes com IM recente, independentemente
da FEVE.
4. BB em pacientes com redução FEVE, se sofreram ou
não um IM.
5. Substituição ou plastia da válvula em pacientes com
estenose valvular ou regurgitação hemodinamicamente
significantes.
6. Avaliação dos sinais e sintomas de ICC.
7. Medidas listadas para pacientes no estágio A.
Tratamento da ICC – Estágio C
Classe I
Medidas gerais:
•  Recomendações dos estágios A e B associadas com
perda de peso, imunização contra gripe e atividades
físicas (exceto esportes exaustivos e trabalhos
pesados).
 Drogas recomendadas: IECA, BB, digital e diurético.
 Em pacientes selecionados BRAs, hidralazina ou
nitratos.
 Intervenções inconclusivas: inibidor de vasopeptidase,
antagonista de citocina, antagonista de endotelina,
marcapasso biventricular e suporte respiratório.
 Intervenções não recomendadas: suplementos
nutricionais e terapia hormonal, uso de inotrópicos
positivos IV intermitente e cardiomioplastia dinâmica.
Tratamento da ICC Refratária – Estágio D
Classe I
1. Anamnese completa e controle de retenção hídrica.
2. Indicação de transplante cardíaco aos pacientes
aptos.
3. Indicação para um programa de ICC com especialistas
em conduta de ICC refratária.
4. Medidas listadas para pacientes nos estágios A, B e C.
Estágio A
Alto risco para IC sem
doença estrutural do
coração e sem sintomas
Estágio B
Doença estrutural
do coração, sem
sintomas de IC
Doença Estrutural
HA, DM,
FR e AF;
coronariopatia
Estágio C
Doença estrutural do
coração com sintomas
atuais ou prévios
Sintomas
Refratário
Dispnéia ou
fadiga;
intolerância ao
exercício
DSVE, valvulopatia,
IM prévio
Estágio D
IC refratária que
requer
intervenções
especializadas
Sintomas em repouso
apesar do tratamento
(frequentemente
hospitalizados)
TERAPIA
Tratar HA e doenças
lipídicas;
parar de fumar, álcool e
drogas; fazer
exercícios; IECA se
apropriado
Medidas
recomendadas para
estágio A;
IECA e BB
se apropriado
Medidas
recomendadas para
A e B;
Dieta hipssódica
IECA e BB Digital
Diurético
Medidas para A, B, C;
Transplante cardíaco;
Inotrópicos positivos IV
contínuo; Dispositivo
mecânico
Recomendações para Comorbidades à ICC
1. Controle PAS e PAD em pacientes com IC.
2. Nitratos e BB (+ diuréticos) em pacientes com angina.
3. RM em pacientes que têm ambos, angina e IC.
4. Anticoagulantes em pacientes com IC que tem FA crônica
ou paroxística ou evento tromboembólico prévio.
5. Controle da resposta ventricular em pacientes com ICC e
FA com BB, ou mesmo amiodarona, caso o BB seja contra
indicado ou não tolerado.
6. BB, exceto se contra indicado, em ICC para reduzir o risco
da morte súbita.
7. Implante de desfibrilador-cardioversor (sem ou em
combinação com amiodarona) em ICC com história de
morte súbita, FV ou desestabilização hemodinâmica
ventricular com taquicardia.
Objetivos da terapêutica:
•  Pacientes ASSINTOMÁTICOS (A e B):
–  Prevenir o remodelamento do VE.
–  Deter a progressão para ICC sintomática.
–  Reduzir a mortalidade.
•  Pacientes SINTOMÁTICOS (C e D):
–  Melhorar os sintomas congestivos e de HVCP.
–  Manter a estabilidade hemodinâmica.
–  Melhorar o estado e o grau funcional (NYHA).
Pacientes Assintomáticos (A e B):
•  Inibidores da ECA
SOLVD,SAVE, TRACE, AIRE)
(CONSENSUS I,
•  Betabloqueadores (US-Carvedilol, CIBIS II,
CIBIS III)
–  Reduzem a dilatação ventricular.
–  Retardam o desenvolvimento da ICC pós
IAM.
–  Aumentam a sobrevida.
Pacientes Sintomáticos (C e D):
•  Inibidores da ECA / BRAs
•  Betabloqueadores (metoprolol, carvedilol,
bisoprolol)
•  Diuréticos (de alça, tiazídicos, poupadores de
potássio)
•  Digoxina.
•  Bloqueador da Aldosterona
(espironolactona, eplerenone)
TERAPÊUTICA DA ICC
•  Pacientes assintomáticos: IECA e BB
•  Pacientes sintomáticos : IECA, BB,
DIGITAL E DIURÉTICOS + BLOQ
ALDOSTERONA
Sistema Neuro-Humoral
Inibição do SRA - Benefícios Potenciais
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
Melhora da função endotelial.
Redução da pré e pós-carga.
Redução da massa VE.
Redução da demanda de O2.
Redução da estimulação simpática.
Atividade antiaterogênica.
Atividade fibrinolítica.
Estudo CONSENSUS - Redução de Mortalidade
Mortalidade %
Placebo
RR
35%
Enalapril
meses
CONSENSUS Study Group.1987;316:1429-35.
Mortalidade %
Estudo SOLVD-Tx : Curvas de Mortalidade
Placebo
P=0,0036
Enalapril
meses
N Engl J Med.1991;325:293-302.
Estudos CONSENSUS e SOLVD
Redução de Mortalidade
Mortalidade %
CONSENSUS Placebo
CF. IV
35%
Enalapril
SOLVD Placebo
CF. II / III
16%
Enalapril
SOLVD Placebo
Enalapril
CF. I
8% - ns
meses
Dados dos Estudos CONSENSUS e SOLVD.
Redução de Hospitalizações
CONSENSUS
Placebo
SOLVD-Tx
Enalapril
Dados dos Estudos CONSENSUS e SOLVD.
Estudo SOLVD – Prevenção
Incidência de Eventos %
Evolução para ICC
Placebo
Enalapril
Meses de evolução
N Engl J Med.1992;327:685-91.
Estudo AIRE - Pós Infarto
Curvas de Mortalidade
Placebo
Mortalidade %
27%
Ramipril
meses
Cleland. Eur Heart J.1997;18:41-51.
Estudo AIRE - Pós Infarto
Progressão para
classes funcionais
mais avançadas %
Progressão da ICC
Placebo
23%
Ramipril
meses
Dados do Estudo AIRE.
Estudo ELITE II
Sobrevida %
Curvas de Sobrevida
Captopril
Losartan
dias
Pitt B.Lancet 1999;355:1582-87.
Estudo Val-HeFT
Morte p/ todas causas %
Mortalidade
IECA + Valsartan
IECA
p=0,80
meses
Cohn J. AHA.2000.
Internações / piora ICC %
Val-HeFT - Hospitalizações
IECA + Valsartan
IECA
p=0,00001
meses
Cohn J. AHA.2000.
Probabilidade Iivre de Eventos %
Val-HeFT - Morbimortalidade
IECA + Valsartan
IECA
p=0,009
meses
Cohn J. AHA.2000.
Redução Relativa da
Morbidade/Mortalidade (%)
Val-HeFT Morbimortalidade X Esquema Terapêutico
Sem IECA Com IECA Sem IECA Com IECA
Sem BB
Com BB
Com BB
Sem BB
Cohn J.2001
Mortalidade por Tratamento - Valiant
0.3
Captopril
Valsartana
Probabilidade de Evento
0.25
Valsartana + Captopril
0.2
0.15
0.1
Valsartana vs. Captopril: HR = 1.00; P = 0,982
0.05
Valsartana + Captopril vs. Captopril: HR = 0.98; P = 0,726
Meses
0
0
6
12
18
24
30
36
Captopril
364
Valsartana
4909
4428
4241
4018
2635
1432
4909
4464
4272
4007
2648
1437
357
Valsartana + Cap
4885
4414
4265
3994
2648
1435
382
Pfeffer, McMurray, Velazquez, et al. N Engl J Med 2003;349
Sistema Neuro-Humoral
“O Efeito do Bloqueio Crônico dos Receptores Beta
Adrenérgicos na Cardiomiopatia Congestiva”
Waagstein F, Hjalmarson A, Varnauskas E, Wallentin I.
Br Heart J 1975;37:1022-36
“Os agentes bloqueadores beta adrenérgicos podem
melhorar a função cardíaca em pelo menos alguns
pacientes com cardiomiopatia congestiva. Sugere que
o aumento da atividade simpática pode ser um
importante fator no desenvolvimento da doença”
Survival (%)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Non-randomized study of 24 pts on various
beta-blockers compared with 13 pts not
receiving beta-blockers
BB
w/BB
1
2
3
Years
4
5
Swedberg, K et al. Lancet 1979; 1(8131):1374
Ativação Neuro-Adrenérgica:
Disfunção ventricular
Isquemia
Remodelamento
Arritmias ventriculares
Papel dos Receptores
Coração (β1-20x/β2-1x/α1-6x)
Coração(β1-2x/β2-1x/α1-1x)
Inotropismo +
Cronotropismo +
Dromotropismo +
Hipertrofia + Liberação de NE
Renal (α1, SRAA, A-VP)
Hipertrofia + Fibrose
Apoptose e Alteração genética
Hipertrofia
Depressão energética + Estímulo NE
Alterações metabolismo miócito
Renal (α1, SRAA, A-VP)
Vasoconstricção
Retenção Na e H2O
Progr Cardiovas Dis 1998;41:1-8
“Plasma Norepinephrine as a Guide to Prognosis in
Patients With Chronic Congestive Heart Failure”
Cohn JN e cols. NEJM 1984;311:819-23
“Pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva e níveis elevados de
noradrenalina têm pior prognóstico”
“Sugere que a estimulação adrenérgica exagerada é
deletéria e permite supor que seu bloqueio possa ser
benéfico”
Probabilidade de sobrevida
Sobrevida de acordo com os Níveis de Adrenalina
Sobrevida em dias
Sobrevida em meses
Del Carlo CH et al. Rev SOCESP 2005; 15 (suppl B):72
Cohn J et al. NEJM.. 1984;311:819.
SOLVD-Prevenção: níveis de NorAdr e prognóstico
Mortalidade por ICC
Progressão da ICC
Circulation 1996;94:690–697.
Log (Cardiac Spilover)
Atividade da NorAdr Cardíaca e a FEVE na ICC
Cardiac Norepinephrine
Spillover (pmol/min)
500
400
300
4.00
3.00
2.00
1.00
0
5
25
65
85
Ejection Fraction (%)
200
100
0
45
0
25
45
65
Ejection Fraction (%)
Meredith, IT et al. N Engl J Med 1991; 325: 618
85
ICC - Manuseio Neuro Humoral
•  Ativação Simpática Persistente
•  Redução da Resposta Fisiológica de aumento da
contratilidade secundária ao estímulo simpático
•  Dano Celular Miocárdico
•  Remodelação Ventricular
“O bloqueio do Sistema Nervoso Simpático com
betabloqueadores poderia resultar em efeitos
semelhantes e complementares ao bloqueio do SRAA
nos portadores de ICC”
Remodelamento Ventricular com BB
JACC 2000;36:2072-80
Melhora da FEVE com BB
%
Circulation 1995;92:1499-506
Unidades
Comparação entre drogas na melhora da FEVE
“O uso crônico de beta bloqueador promove regressão da dilatação
ventricular (remodelamento reverso) e aumento da FEVE”
Circulation 1995;92:1499-506
•  1094 com ICC II e III ( FEVE < 0.35 )
•  Duplo cego, placebo controlado
•  Morte ou Hospitalização por ICC
•  Placebo 398 pts - Carvedilol 696 pts
•  Mortalidade: Placebo 7.8%, Carvedilol 3.2%
•  Reduziu em 38% hospitalização
N Engl J Med. 1996;334:1349-55
Mortalidade total – RRR 65% (p=0,0001)
N Engl J Med. 1996;334:1349-55
•  345 pts com ICC II e III (FEVE < 0.35)
•  Avaliação da eficácia e segurança na ICC
•  Multicêntrico, placebo controlado
•  Diminuição da Mortalidade: 73%
•  Reduziu em 58 a 64% a taxa hospitalização
Estudo MOCHA – Desfechos pelas doses
Placebo
6,25 mg
12,5 mg
25 mg
Bristow WS et al. Circulation 1996;94:2800-6
•  Realizado em centros ñ especializados
•  2647 pts com ICC III (83%) e IV
•  16 meses de seguimento
•  Multicêntrico, placebo controlado
•  Diminuição da Mortalidade: 34% (MS 44%)
•  Reduziu em 20% a hospitalização (ICC 42%)
•  Multicêntrico, placebo controlado
•  3991 pts com ICC II e III (56%) e IV (3.4%)
•  65% isquemicos
•  6 a 20 meses de seguimento
•  Diminuição da Mortalidade: 35% (MS 41%)
•  Reduziu em 20% a hospitalização (ICC 42%)
Estudo COPERNICUS
•  2289 pts com ICC III/IV ( FEVE < 0.25 )
•  Duplo cego, 1156 Carvedilol - 10 meses
•  Sintomas: repouso/mínimos esforços, sem
edemas
•  Exclusão: UTI, anasarca, drogas vasoativas
•  Óbitos: 190 placebo e 130 Carvedilol
•  Diminuição da Mortalidade: 35%
•  Reduziu em 24% a taxa hospitalização/morte
NEJM 2001;344:1711-2
•  Multicêntrico (128 centros em 20 países)
•  1010 pts ≥ 65 anos e ICC II ou III.
•  FE ≤ 35%. Bisoprolol vs Enalapril. 2,5 anos de
seguimento.
•  Desfecho mortalidade/hospitalização: não
houve diferença entre iniciar tratamento
com BB ou com o IECA.
•  No sub-grupo com FE < 28% o BB foi mais
benéfico (p = 0,001).
DOI: 10.1161/CIRCULATIONAHA.105.582320
BB na ICC – Quais são as doses ?
• 
• 
• 
• 
• 
Progressivas até o máximo tolerável
Aumentos quinzenais
Carvedilol - 50 mg/d
Metoprolol - 200 mg/d
Bisoprolol - 5 a 10 mg/d
ICC-Impacto do Tratamento na Mortalidade
Mortalidade Anual (%)
10
5
0
Cleland meta-analysis; Lechat meta-analysis
Efeito de Beta-Bloq & IECA no Remodelamento VE
Δ LVESVI (biplane) [ml/m2]
Δ LV End Systolic Volume Index
0
-1
Baseline
Month 6
Month 12 Month 18
ACE
NS
-2
-3
BB
-4
-5
-6
-7
P < 0.002
P < 0.05
BB & ACE
ICC-Prescrição Fármacos na Prática Clínica
EURO-HF (n=11016)
IMPROVEMENT (n=11062)
Diureticos
IECAs
Beta-bloqs Digoxina
Espirono
lactona
BRAs
ICC - Prescrição na Alta Hospitalar
EURO-HF. F Follath Eur Heart J (Suppl) 2006
Mortalidade nos Estudos com BB sem IECA
0.73 (0.53-1.02)
P=0.068
Chi- square = 5.04, P=0.411
Krum H et al. Eur Heart J 2005
Mortalidade nos Estudos com BB + IECA
0.76 (0.71-0.83)
P<0.001
Chi- square = 19.59, P=0.001
Krum H et al. Eur Heart J 2005
Efeito de acordo com a dose tolerada – CIBIS II
Biso 5–7.5 mg/d, n=328
Biso 1.25–3.75 mg/d, n=434
HR 0.66 (0.48–0.92)
Biso low dose
Plac low dose
HR 0.33 (0.21–0.51)
Biso moderate dose
Plac moderate dose
Biso 10 mg/d, n=565
HR 0.59 (0.40-0.89)
Biso high dose
Plac high dose
Simon T et al. Eur Heart J 2003; 24: 552-59
Efeito dos Beta-Bloq & IECA na Função Cardíaca
LVEF (%)
Plasma NT-proBNP (pg/ml)
Sliwa K et al. J Am Coll Cardiol 2004
CIBIS III - Subgrupos
NYHA
II
III
Gender
Female
Male
Age (years)
≤72
>72
LVEF %
<28
≥28
Diabetes
Yes
No
Hypertension
Yes
No
Heart rate (beats/min)
<80
≥ 80
Systolic BP (mm Hg)
≤ 140
P=0.001
>140
Haemoglobin (g/dl)
≤ 11.5
>11.5-16
>16
Creatinine clearance
<60
≥ 80
Cardiac glycosides
Yes
No
(ml/min)
0.0
DOI: 10.1161/CIRCULATIONAHA.105.582320
0.5
1.0
Bisoprolol-first better
1.5
2.0
Enalapril-first better
2.5
Alvos Terapêuticos na ICC
2005
1987
99
96
93
BB na ICC – Efeitos Hemodinâmicos
Fase Aguda do Tratamento
Fase Crônica do Tratamento
•  Redução do Débito
Cardíaco
•  Redução Fluxo Sangüíneo
Renal
•  Retenção Na+ e H2O
•  Piora da ICC
•  Aumento Volume Sistólico
(FEVE)
•  Redução da PD2
•  Redução da FC e RVP
•  Melhora da ICC
Baixas doses, adequar o diurético e o IECA
BB na ICC - Efeitos Colaterais
Deterioração Clínica
Hipotensão
Bradicardia
Bloqueios Átrio Ventriculares
•  Aumento Reativo da RVP (bloqueio simpático)
•  Redução do Fluxo Plasmático Renal (retenção de Na+ e H2O)
•  Hipotensão (24 - 48 hs, reduzir as outras medicações, uso
noturno da maior dose)
• 
• 
• 
• 
•  Bradiarritmias (sinusal, retardo na condução AV,
bloqueios de alto grau)
•  Contra-indicações: Asma Brônquica Grave, instabilidade
hemodinâmica, bradiarritmias e distúrbios de condução
Digoxina na ICC
(Estudos PROVED, RADIANCE e DIG)
•  NÃO reduz a mortalidade.
•  Reduz o número de internações hospitalares.
•  MELHORA SUBSTANCIAL dos sintomas.
•  Indicações:
– 
– 
– 
– 
– 
Sintomatologia atual ou prévia
área cardíaca aumentada
disfunção SISTÓLICA preferencial (B3)
FC elevada (FA principalmente)
contra indicações: BAV de 2º E 3º graus
Digoxina:
princípios gerais
•  DOSE DE MANUTENÇÃO
–  <60 Kg : 0,125mg/dia
–  >60 Kg: 0,25mg/dia
( 1 ou 2 tomadas)
•  NÍVEIS SÉRICOS : 0,9 A 2,0 mg/ML
–  Mudança na condição hemodinâmica.
–  Dúvidas quanto à aderência.
–  Suspeita de INTOXICAÇÃO (<4%)
• 
• 
• 
• 
• 
Bradicardia, BAV variável, B.sinoatrial, T.junc., Bigem. TV
Anorexia, náuseas, vômitos
Cefaléias, desorientação , conf. mental, delírios, alucinações
Visão amarelada
Concentração sérica > 25mg/dl
Diuréticos:
•  de alta eficácia:
alça de Henle
classificação
ação na porção ascendente da
–  Furosemida, Bumetamida, Piretamida
•  de média eficácia:
túbulo distal)
ação na porção inicial do
–  Hidroclorotiazida, Clortalidona, Indapamida.
•  Fracos:
–  Aminofilina, Manitol, Espironolactona
Diuréticos:
•  uso criterioso nas doses
passado)
princípios gerais
(25% das doses máximas do
•  na retenção hídrica:
–  tiazídicos em baixas doses + dieta hipossódica (só ICC leve)
–  de alça : recomendáveis (depleção de volume e conseqüente
estímulo do SRAA)
•  na congestão pulmonar e EAP: diuréticos de alça
–  Redução na HVCP por ação venodilatadora (prostaciclina
renal e endotélio) que PRECEDE a natriurese.
•  tratamento escalonado e associações (preferir
mecanismos de ações distintos e sinérgicos)
ESPIRONOLACTONA (Estudo RALES)
•  Dose de 25 mg ao dia
•  ICC grau III ou IV
•  Associada a IECA, digoxina e diuréticos
–  Redução em 30% da mortalidade
•  Melhor evolução da ICC.
•  Redução das internações hospitalares.
•  Redução da morte súbita.
•  Ação poupadora de K isolada?
•  Redução da fibrose miocárdica e vascular
•  Facilitação na captação da norepinefrina pelo miocárdio
Estudo RALES - Análise de Sub-Grupos
Características Clínicas
Risco Relativo de Morte
Idade < 67 anos
Idade > 67 anos
Não isquêmicos
Isquêmicos
FE < 26%
FE > 26%
Sem Betabloqueadores
Com Betabloqueadores
Pitt B. N Engl J Med 1999;341:709-17.
0,2
0,4
0,6
0,8
Espironolactona melhor
1,0
1,2
1,4
Placebo melhor
Probabilidade de morte (%)
Estudo EPHESUS - Eplerenone
Pitt B et al. N Eng J Med 2003; 348: 1309-21
Disfunção Ventricular
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