Insuficiência cardíaca em crianças

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Insuficiência Cardíaca
em Crianças
Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS/DF
Orientadora: Drª Suely Falcão
Alunos: Juliana Tepedino
Roberta Tallarico
Túlio Gama
Vinicius Riella
Brasília, 23 de março de 2005
Conceitos Gerais
 Afecção limitante, com grande
depleção da qualidade de
vida;
Quando tratada precocemente e
corretamente tem boa
evolução, se tornando
bastante maligna em estágios
avançados;
 Uso da terapêutica correta
muda evolução natural da
doença;
Insuficiência cardíaca
congestiva (ICC)
 Síndrome clínica que ocorre
quando o coração se torna
incapaz de:
manter um débito cardíaco
suficiente para manter uma
perfusão adequada dos
tecidos e órgãos suprindo
suas necessidades
metabólicas;
Causas Principais
 Lactente: cardiopatias congênitas, associadas
ou não a um fator agravante (miocardiopatias
agudas, distúrbios metabólicos, arritmias,
hipervolemia, insuficiência respiratória,
hipertensão arterial);
 Em crianças maiores: febre reumática,
glomerulonefrite, miocardite, pericardite e
cardiopatias congênitas, tratamento para câncer
(radiação e doxorrubicina);
Fisiopatologia
Doença
cardíaca
Volume sistólico
Débito cardiaco
Vasoconstrição
Retenção de sódio
Resistência periférica
Pressão diastólica final
Fisiopatologia
Insuficiência cardíaca
Hiperatividade simpática
Coração
Beta 1 e 2
Rins e vasos
Alfa 1, SRAA, AVP
Vasoconstrição e retenção de
água e sódio
Hipertrofia, apoptose, fibrose, dilatação, atrofia,
isquemia, arritmias e morte celular
Manifestações Clínicas
 Há predominância dos sintomas congestivos;
 Taquipnéia, taquicardia, hepatomegalia e cardiomegalia;
 . Nos lactentes as queixas são de:
"cansaço e respiração rápida", "coração disparado",
"dificuldade e pausas às mamadas“, irritabilidade,
sudorese fria e dificuldade de ganhar peso;
 Na criança maior, o grau de intolerância aos esforços
(dispnéia de esforço) nos dá uma noção semi-quantitativa
e evolutiva da gravidade da disfunção cardíaca.
Congestão venosa sistêmica
Congestão venosa pulmonar
Hepatomegalia
Ingurgitamento jugular
Edema
Ganho rápido de peso
Ascite
Terceira bulha (VD)
Dispnéia de esforço
Taquipnéia ou taquidispnéia
Pausas às mamadas
Ortopnéia (maior conforto no colo)
Tosse, roncos, sibilos
Broncoespasmo
Terceira bulha (VE)
Gemido expiratório
Crepitações teleinspiratórias
Edema agudo do pulmão
Ação adrenérgica
Baixo débito e choque
Irritabilidade,
Agitação
Distúrbios do sono
Taquicardia
Baixo ganho de peso
Palidez cutânea
Sudorese fria e cefálica
Nervosismo, ansiedade
Palpitações
Apatia e fadiga
Extremidades frias
Cianose periférica
Pulsos finos
Enchimento capilar lento
Hipotensão
Pressão convergente
Oligúria
Precórdio hipoativo
Classificação - NYHA
Evolução clínica
NORMAL
Sem sintomas
Cap. Exercício N
Função de VE N
DISFUNÇÃO DE
VE ASSINTOMÁTICA
Sem sintomas
ICC
Cap. Exercício N
COMPENSADA
Função de VE
Sem sintomas
ICC
Cap. Exercício
DESCOMPENSADA
Função de VE
Sintomas de ICC
ICC
Cap. Exercício
REFRATÁRIA
Função de VE
Sintomas não controlados
com o tratamento
Diagnóstico
 Quadro clínico típico ou sugestivo e a presença
de uma causa para a ICC.
 Os exames subsidiários ajudam a confirmar a
impressão clínica, auxiliam a identificação da
causa da ICC e, principalmente, na procura de
seus fatores precipitantes e agravantes.
Diagnóstico
 Raio X de tórax:
cardiomegalia –
avaliação pela medida
do índice cardiotorácico (ICT).
Normal ICT < 0,60 no recém
nascido
< 0,55 no lactente
< 0,50 na criança
maior de 6 anos.
grau de congestão
pulmonar.
Diagnóstico - Ecocardiograma
Decisivo no diagnóstico da cardiopatia de base
(defeitos estruturais, valvopatias, miocardiopatias
etc),
Estudo da função sistólica e diastólica, gradientes,
débito, shunts, função valvar, pericárdio etc.
Os parâmetros que avaliam a contratilidade
costumam ser os mais importantes: a fração de
encurtamento (normal entre 28 e 36%) e a fração
de ejeção de pelo menos 55% (< 45% é
considerada sinal de hipocontratilidade significativa.
Abaixo de 35% indica disfunção contrátil grave;
Diagnóstico - Ecocardiograma
Diagnóstico - Eletrocardiograma

Não apresenta alterações específicas de
insuficiência cardíaca e em nada contribui
para o diagnóstico desta síndrome.

Útil no diagnóstico de arritmias e auxilia no
diagnóstico da cardiopatia de base.

Essencial para detecção precoce de
arritmias.
Exames Laboratoriais
 Gasometria
 Glicemia, Na, K, Cl, Ca, Mg, P repetidos sempre
que necessário.
 Hemograma, albumina sérica, uréia e creatinina
 Nos casos relacionados à doença reumática solicitar
culturas de orofaringe, ASTO e outras anti-enzimas
estreptocócicas, VHS, proteína C, mucoproteínas e
eletroforese de proteínas.
Tratamento – Medidas gerais
 Afastar os fatores causais, agravantes e precipitantes;
 O repouso ao leito com a cabeceira elevada para
melhor conforto e ventilação;
 A restrição hídrica não precisa ser usada como rotina;
 A restrição de sódio é importante nos casos
moderados ou graves mas não deve ser tão agressiva
que prejudique a aceitação da dieta.
Tratamento
 Escolha terapêutica adaptada a cada paciente,
segundo uma avaliação clínica objetiva avaliando
pré-carga (volemia),
nível de contratilidade
pós carga
função diastólica
débito cardíaco;
 Evitar abordagem mecânica, usando digital e
diuréticos e vasodilatadores nas mesmas doses, da
mesma forma, como se tudo fosse uma doença
única e não uma síndrome complexa com múltiplas
formas de apresentação.
Diuréticos
 Reduzir a pré-carga ;
 Avalia-se a necessidade pelos sinais de congestão
pulmonar (taquidispnéia, edema pulmonar) e
sistêmica (hepatomegalia, ingurgitamento jugular e
edema) e, inversamente, os de hipovolemia e
desidratação.
 Furosemida (Lasix - compr. de 40 mg; solução oral
de 20 mg/ml; ampolas: 20mg/2ml);
Diuréticos
 Espironolactona (antagonista da aldosterona)
é bastante útil pois tem efeito sinérgico com
outros diureticos evitando contudo a
espoliação de potassio;
 Tem ainda função inibitoria na remodelação
cardiaca evitando a fribrose;
 A espironolactona é usada na dose de 1 a 3
mg/kg/dia em 2 ou 3 doses diárias.
Inibidores da ECA
 O captopril e o enalapril são os de escolha para o
tratamento;
 Melhoram débito cardíaco por redução da resistência
periférica, diminuem os sintomas congestivos por
venodilatação e reduzem a retenção hídrica induzida
pela aldosterona.
 Iniciar com doses baixas (captopril: 0,3 mg/kg/dose e
enalapril 0,1 mg/kg/dose) que devem ser
aumentadas gradativamente até se obter o efeito
desejado ou atingir a dose máxima proposta
(captopril: 6 mg/ kg/dia dividida em 2 ou 3 doses e
enalapril: 0,4 mg/kg/dia em 1 ou 2 doses).
Beta - Bloqueador
 Segurança em pacientes pediatricos ainda
em estudo;
 Começar com doses baixas e aumentar
gradativamente em intervalos de uma ou
duas semanas;
 Doses:
Metoprolol – 0,1mg/Kg/dose
Carvedilol – 0,01 a 0,08 mg/kg/dia.
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