Componente Curricular: Microbiologia e Parasitologia I Profª Mônica

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Componente Curricular: Microbiologia e Parasitologia I
Profª Mônica I. Wingert
Módulo II
Turma 201E
PARASITOLOGIA
Parasitologia é a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e relações entre eles.
Esta ciência tem como objetivos:
- Tratar dos sintomas provocados por parasitas;
- Desenvolver tratamentos contra os parasitas;
- Identificar os processos de desenvolvimento de epidemias parasitárias;
- Criar métodos de profilaxia das doenças causadas pelos parasitas em seres humanos e animais.
Os especialistas em parasitologia precisam conhecer muito bem o ciclo de vida dos parasitas, as formas
de infestação e os fatores que influenciam na distribuição e densidade dos parasitas.
Esta ciência é muito importante, pois muitos parasitas podem provocar doenças complicadas, levando o
indivíduo afetado, se não tratado adequadamente, à morte.
Os protozoários são unicelulares, enquanto os nematódeos, anelídeos, platelmintos e artrópodes são
organismos multicelulares. Temos também parasitismo em plantas (holoparasita e hemiparasita) como é
o caso do cipó-chumbo. temos parasitismo em fungos (micose) e em bactérias e até virus.
A parasitologia médica também se preocupa com o estudo do vetor.
Ao iniciar o estudo das principais doenças causadas por Protozoários é conveniente que você se lembre
de alguns dos conceitos básicos utilizados na Parasitologia:
PARASITAS: são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a
sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por
parasitismo.
AGENTE ETIOLÓGICO - é o agente causador ou o responsável pela origem da doença. Pode ser um
vírus, bactéria, fungo, protozoário ou um helminto.
ENDEMIA - quando o número esperado de casos de uma doença é o efetivamente observado em uma
população em um determinado espaço de tempo.
DOENÇA ENDÊMICA - aquela cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma
idéia de equilíbrio entre a população e a doença.
EPIDEMIA - é a ocorrência, numa região, de casos que ultrapassam a incidência normalmente
esperada de uma doença.
INFECÇÃO - é a invasão do organismo por agentes patogênicos microscópicos.
INFESTAÇÃO - é a invasão do organismo por agentes patogênicos macroscópicos.
VETOR - organismo capaz de transmitir agentes infecciosos. 0 parasita pode ou não desenvolver-se
enquanto encontra-se no vetor.
HOSPEDEIRO - organismo que serve de habitat para outro que nele se instala encontrando as
condições de sobrevivência. O hospedeiro pode ou não servir como fonte de alimento para a parasita.
HOSPEDEIRO DEFINITIVO - é o que apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase de
atividade sexual.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO - é o que apresenta o parasito em fase larvária ou em fase
assexuada.
PROFILAXIA - é o conjunto de medidas que visa a prevenção, erradicação ou controle das doenças ou
de fatos prejudiciais aos seres vivos.
ECTOPARASITAS - atacam a parte exterior do corpo do hospedeiro.
ENDOPARASITAS - vivem no interior do corpo do hospedeiro.
PARASITAS OBRIGATÓRIAS - só vivem se tiverem hospedeiro, como vírus são considerados mais
adaptados para o parasitismo.
No Brasil, as principais parasitoses de interesse médico são:
Protozooses
Helmintoses
Ectoparasitoses
Amebíase
Esquistossomose
Pediculose
Tripanossomíase
Teniase
Ftiríase
Leishmanioses
Hidatidose
Miíase
Giardíase
Enterobiose
Acaríase
Tricomoníase
Filariose
Malária
Ancilostomos
Toxoplasmose
Ascaridíase
DOENÇAS CAUSADAS POR PARASITAS
Protozooses
1. Amebíase: infecção causada por protozoário (Entamoeba histolytica), difundida por todo o mundo,
afeta principalmente o intestino grosso. É transmitida ao homem através do consumo de alimentos ou
água contaminados por fezes com cistos amebianos, falta de higiene domiciliar e, também, através da
manipulação de alimentos por portadores desse protozoário, o período de incubação é de 5 dias.
Sintomas: cólica abdominal, que pode variar de leve a moderado, sangue nas fezes, forte diarréia
acompanhada de sangue ou mucóide, além de febre e calafrios, desidratação e formação de úlceras.
Nos casos mais graves, a forma trofozoítica do protozoário pode se espalhar pelo sistema circulatório e,
com isso, afetar o fígado, pulmões ou cérebro.
Diagnóstico: se dá pela presença de cistos do parasita nas fezes.
Prevenção se dá através de medidas higiênicas mais rigorosas junto às pessoas que manipulam
alimentos, saneamento básico, não consumirem água de fonte duvidosa, higienizar bem verduras, frutas
e legumes antes de consumi-los, lavar bem as mãos antes de manipular qualquer tipo de alimento, e,
principalmente após utilizar o banheiro.
Tratamento: se dá através de antimicrobianos como Flagyl e antibióticos, observação, registros de
hidratação e alimentação, isolamento entérico.
2. Tripanosomíase: ocorre nas regiões centro-oeste e litoral norte, o agente transmissor é o
Trypanosoma cruzi (barbeiro), protozoário flagelado agente da Doença de Chagas, também conhecida
como Tripanossomíase americana. É uma doença de evolução crônica, debilitante, caracterizada por
cardiopatias e distúrbios digestivos incuráveis.
Está intimamente relacionada às más condições das moradias, pois as mesmas favorecem a nidificação
dos insetos vetores conhecidos vulgarmente como “barbeiros”. O período de incubação é de 10 a 15
dias, o modo de transmissão se dá pelo contato com as fezes ou urina do barbeiro em pele lesada,
transfusão sanguínea, via trans-placentária e pelo leite materno.
Sintomas: na aguda, correspondente à infecção e disseminação do protozoário no organismo, o paciente
pode apresentar febre, mal-estar e inflamação do ponto de inoculação do protozoário, denominado
“chagoma”. Se o chagoma ocorre na mucosa palpebral, há edema de uma ou ambas as pálpebras,
conhecido como Sinal de Romaña.
A fase crônica da doença tem evolução de 15 anos ou mais e os sintomas são muitas vezes
indeterminados com o comprometimento do coração, (“coração de boi”), arritmias cardíacas,
insuficiência circulatória, edemas dos membros, cansaço, dispnéia e morte súbita por falência cardíaca.
Diagnóstico: parasitológico pode ser feito pela visualização dos tripomastigotas em distensões
sangüíneas ou das amastigotas em biópsias de linfonodos
Tratamento: é apenas sintomático e, infelizmente, ainda não há cura, pois as drogas disponíveis, como o
benzonidazol, têm apenas atividade parcial sobre o protozoário.
3. Leishmanioses: doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral, causada por protozoários
flagelados do gênero Leishmania, da família dos Trypanosomatidae. O calazar (leishmaniose visceral) e
a úlcera de Bauru (leishmaniose tegumentar americana) são formas da doença.
É transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneosm (chamados de "mosquito palha" ou
birigui).
Transmissão ocorre quando os insetos se alimentam-se de homens ou animais infectados. A seguir, o
crescimento dos flagelados no tubo digestivo do vetor torna-se suficiente para assegurar sua inoculação
em hospedeiros susceptíveis.
Os são pápulas ulcerantes extremamente irritantes nas zonas picadas pelo mosquito, que progridem para
crostas com líquido seroso. Há também escurecimento por hiperpigmentação da pele, com resolução das
lesões em alguns meses com formação de cicatrizes inestéticas. A leishmaniose mucocutânea é
semelhante mas com maiores e mais profundas lesões, que se estendem às mucosas da boca, nariz ou
genitais.
Diagnóstico: é pela observação microscópica dos parasitas em amostras de linfa, sanguíneas ou de
biópsias de baço.
Tratamento: é feito por administração de compostos de antimónio, pentamidina, marbofloxacino
anfotericina ou miltefosina (antiprotozoários).
Prevenção: se faz por redes ou repelentes de insetos, pela construção de moradias humanas a distância
superior a 500 metros da mata silvestre e pela erradicação dos mosquitos Phlebotomus.
4. Giardíase: conhecida por lambliose, é uma infecção intestinal causada pelo protozoário flagelado
Giardia lamblia, sendo que a primeira é a responsável por causar diarréia crônica com cheiro forte,
fraqueza e cólicas abdominais no hospedeiro (cão, gato, gado, roedores, ser humano, dentre outros),
graças às toxinas que libera. Essas manifestações podem gerar um quadro de deficiência vitamínica e
mineral e, em crianças, pode causar a morte, caso não sejam tratadas.
Transmissão se dá pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar
presentes na água alimento, nas mãos, e até mesmo de sexo oral-anal. Moscas e baratas também podem
transportá-los. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus descendentes, após são
liberados para o exterior do hospedeiro, quando este defecar. O período de incubação é entre uma e
quatro semanas e a infecção pode ser assintomática.
Sintomas: são cólicas abdominais, inapetência, irritabilidade, sialórréia, insônia, perda de peso, diarréia
amarelada, diminuição da absorção de gorduras e vitaminas e prurido intenso na região anal.
Diagnóstico: é feito via exame de fezes.
Prevenção: é feita adotando-se hábitos de higiene, como lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar
fraldas, brincar com animais e antes de comer ou preparar alimentos; ingerir unicamente água tratada;
higienizar os alimentos antes do consumo e cura dos doentes.
Tratamento: pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos que têm contato mais
próximo com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas funções
até a cura total.
5. Tricomoníase: é causada por um protozoário parasita chamado Trichomonas vaginalis. A vagina é o
local mais comum para essa infecção em mulheres, e a uretra (canal da urina) em homens. O parasita é
transmitido via sexual com pessoa infectada.
Sintomas: no homem podem ocorrer irritação dentro do pênis, corrimento moderado ou queimação leve
ao urinar ou ejacular. Nas mulheres os sintomas incluem um corrimento vaginal amarelo-esverdeado
com forte odor, desconforto durante o ato sexual e ao urinar, assim como provocar irritação e coceira na
área genital. Em casos raros, a mulher pode sentir dor no abdômen inferior. Os sintomas geralmente
aparecem nas mulheres entre 5 e 28 dias depois da exposição.
Diagnóstico: é realizado através do exame físico e testes laboratoriais para diagnosticar a tricomoníase.
Tratamento: é medicamentoso pode ser curada com remédios sob prescrição médica.
Prevenção: mais segura de evitar doenças sexualmente transmissíveis, ter relação monogâmica e usar
preservativo.
6. Malária: doença infecciosa, causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos por mosquitos
fêmeas do gênero Anofeles.
Sintomas: incluem febre, calafrio, dor nas articulações, vômito, anemia, hemoglobinúria e convulsões.
O sintoma clássico da malária é ocorrência cíclica de frio súbito seguido por tremores de calafrio e
então febre e sudorese que duram de 4 a 6 horas, ocorrendo a cada 2 dias nas infecções pelos
protozoários P. vivax e P. ovale, e a cada 3 dias pelo P. malariae. Infecção de malária pelo protozoário
P. falciparum pode ocasionar febre recorrente a cada 36-48 horas ou febre menos pronunciada e quase
contínua. Por razões ainda pouco compreendidas, crianças com malária freqüentemente exibem postura
anormal, a qual pode estar relacionada a dano cerebral. Malária pode causar problemas cognitivos,
principalmente em crianças.
Transmissão se dá através das fêmeas dos mosquitos do gênero Anofeles, apenas as fêmeas do mosquito
alimenta-se de sangue, desta forma os machos não transmitem malária.
Tratamento: envolve medidas de suporte para tratar os sintomas secundários,
assim como
medicamentos contra a malária. Com tratamento apropriado a pessoa pode esperar recuperação total da
doença.
7. Toxoplasmose: É uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário
Toxoplasma gondii. Ocorre em animais de estimação e produção incluindo suínos, caprinos, aves,
animais silvestres, cães, gatos e a maioria dos vertebrados terrestres. Acarreta abortos e nascimento de
fetos mal formados.
O gato e outros felinos, que são os hospedeiros definitivose eles ingerem os cistos e após essa ingestão
passam a eliminar nas fezes por um período em média de quinze dias os oocistos. No ambiente, através
de condições ideais de temperatura, pressão, oxigenação e umidade os oocistos levam de 1 a 5 dias para
se esporular e se tornar infectante.
Transmissão pode ser adquirida pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os oocistos
esporulados, presentes nas fezes de gatos e outros felídeos, por carnes cruas ou mal passadas,
principalmente de porco e de carneiro, que abriguem os cistos do protozoário. A toxoplasmose pode ser
transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se transmite de uma pessoa para outra
apesar de que já foi constatado a transmissão por transfusão sanguínea e transplante de órgãos de
pessoas infectadas.
Diagnóstico:é realizada pela sorologia, ou seja, detecção dos anticorpos específicos contra o parasita,
como as imunoglobulinas IgM, que só existem nas fases agudas, e IgG que está aumentada na fase
crônica da doença.
Sintomas: na gestação podem levar a abortos e a malformações como hidrocefalia podendo também
ocorrer neuropatias e oftalmopatias na criança como défices neurológicos e cegueira, mas se a infecção
tiver sido antes do início da gravidez não há qualquer perigo, mesmo que existam cistos.
Os cistos podem afeta músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações
neurológicas,
problemas
cardíacos
ou
cegueira,
exantemas
(pele
vermelha),
pneumonia,
meningoencefalite com danos no cérebro e miocardite, com mortalidade alta.
Tratamento: na gravidez ou em imunodeprimidos usa-se espiramicina, pirimetamina e sulfadiazina, para
controlar a multiplicação do Toxoplasma gondii, mas também deve ser fornecido ao paciente ácido
fólínico ou levedura de cerveja, para regularizar o sistema imunológico.
Prevenção: as gestantes devem evitar o contato com fezes de gatos, pois estas podem conter oocistos,
não ingerir água de origem desconhecida e sem estar fervida, nem carne crua ou mal cozida durante a
gravidez. No caso dos gatos, lavar as caixas com água, ferver freqüentemente e nunca tocá-las por mãos
sem luvas. Alimentar os gatos com comida enlatada, ração, água fervida ou filtrada, não lhes permitir
caçar animais também reduz o risco e nunca alimentá-los com carne crua ou mal passada.
Helmintoses
1. Esquistossomose: é a doença crônica causada pelos parasitas Schistosoma. É a mais grave forma de
parasitose , matando centenas de milhares de pessoas por ano.
Sintomas: podem ocorrer quando da penetração da cercária na pele, mas mais frequentemente é
assintomática, exceto em indivíduos já infectados antes. Nestes casos é comum surgir eritema
(vermelhidão), reação de sensibilidade com urticária (dermatite cercariana) e prurido e pele
avermelhada ou pápulas na pele no local penetrado, que duram alguns dias.
Na fase inicial ou aguda, a disseminação das larvas pelo sangue, e principalmente o início da postura de
ovos nas veias que vão para o fígado ativa o sistema imunitário surgindo febre, mal estar, cefaléias
(dores de cabeça), astenia (fraqueza), dor abdominal, diarreia sanguinolenta, dispnéia (falta de ar),
hemoptise (tosse com sangue), artralgias, linfonodomegalia e esplenomegalia, um conjunto de sintomas
conhecido por síndrome de Katayama, que geralmente aparece após três a nove semanas após a
penetração das cercárias. Estes pacientes apresentam granulomas necrótico-exsudativos dispersos pelos
intestinos, fígado e outros órgãos.
Os sintomas desta fase crônica podem ser a hepatopatias/enteropatias com hepatomegalia, ascite,
diarreia, as formas mais graves com hepatomegalia e hipertensão portal são as principais causas de
morte.
Ciclo da esquistossomose
Diagnóstico: os ovos podem ser encontrados no exame parasitológico de fezes.
A ultra-sonografia mostra o aumento do fígado e órgãos atingidos pelo parasita.
Prevenção: se dá pelo saneamento básico com esgotos e água tratadas, erradicação dos caramujos que
são hospedeiros intermediários da doença. Proteção dos pés e pernas com botas de borracha com solado
antiderrapante. Informar a população das medidas profiláticas da doença. Evitar entrar em contato com
água que contenha caramujos.
Tratamento: é feito com antiparasitários (praziquantel ou oxamniquine) para matar o parasita dentro do
corpo e dura 1 ou 2 dias.
2. Teniase: é uma doença causada pela tênia, um platelminto da Classe Cestoda, representada por
parasitas intestinais. Em razão deste modo de vida, esses indivíduos não possuem sistema digestório,
uma vez que absorvem nutrientes digeridos pelo hospedeiro.
Existem duas espécies de tênias: a Taenia solium, que parasita suínos e a Taenia saginata, parasitando
bovinos. Ambas possuem corpo dividido em vários anéis denominados proglótides e na extremidade
anterior, denominada escólex, há presença de ventosas que auxiliam na fixação do animal. A Taenia
solium, possui nesta região, ainda, ganchos cujo conjunto é denominado rostro, auxiliando também na
fixação.
As tênias são hermafroditas, uma vez que cada proglótide possui sistema reprodutor masculino e
feminino. O homem é o hospedeiro definitivo e suínos e bovinos são considerados hospedeiros
intermediários. No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se
autofecunda. Cada proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses
podem contaminar a água e alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos
hospedeiros.
Ocorrendo à ingestão pelos hospedeiros intermediários, estes têm a parede do intestino perfurada pelo
embrião contido no ovo, que se aloja no tecido muscular.
Ao se alimentar da carne crua ou malpassada do animal contaminado, o homem completa o ciclo da
doença.
Sintomas: são dores de cabeça e abdominais, perda de peso, alterações do apetite, enjôos, perturbações
nervosas, irritação, fadiga e insônia. O hospedeiro definitivo tem potencial de continuar o ciclo da
doença, caso suas fezes contaminem a água e alimentos dos hospedeiros intermediários ou de outras
pessoas.
Um indivíduo que ingere ovos da Taenia solium diretamente, pode ter seu organismo bastante
comprometido, uma vez que o embrião (oncosfera) passa do intestino para a corrente sanguínea. Com o
auxílio de suas ventosas e, principalmente, dos ganchos, podem se alojar no cérebro, olhos, pele ou
músculos – inclusive do coração - podendo conferir ao portador quadro de cegueira definitiva,
convulsão ou, até mesmo, óbito.
Este processo de ingestão direta do ovo da tênia do porco pelo indivíduo humano é denominado
cisticercose.
Prevenção: consiste na educação sanitária do homem para que não contamine o meio ambiente com
fezes, faça uso de instalações sanitárias adequadas, lave as mãos após usar o sanitário e antes de
manipular alimentos, em cozinhar bem as carnes e não consumir carnes mal cozidas e mal assadas, na
fiscalização das carnes de porco e boi.
Tratamento: de doentes e bons programas de educação e sensibilização, incentivando bons hábitos de
higiene no dia a dia.
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser
usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol ou albendazol. O chá de sementes de
abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos e profissionais de saúde, especialmente
para crianças e gestantes.
3.Hidatidose: é uma doença parasitária que acomete o homem e outros animais. É causada pela
forma larval de alguns parasitos do grupo das tênias, dentre os quais o Echinococcus granulosus.
O cão é o hospedeiro definitivo, albergando o verme adulto que libera as proglotes grávidas contendo os
ovos que chegam ao ambiente junto com suas fezes. Esses ovos contaminam a água, o solo, e chegam às
pastagens, onde são ingeridos pelos hospedeiros intermediários (ovinos, bovinos e suínos), nos quais se
formam os cistos. Os ovinos desenvolvem a maior porcentagem de cistos viáveis. O homem é um
hospedeiro acidental, e se infecta ao ingerir os ovos em vegetais ou na água contaminada. Ele pode se
infectar também pelo contato estreito com o cão portador.
Sintomas: dependem do tamanho e da localização do cisto hidático. Os órgãos mais atingidos são o
fígado, os pulmões e o cérebro ocasionando quadro correspondente ao volume do cisto e à área do órgão
atingido. Manifestações alérgicas como tosse, coceira, lesões de pele e crises de asma podem ocorrer, e
quando há a ruptura do cisto pode levar a choque anafilático. Dor na região epigástrica e outros
sintomas inespecíficos como fadiga, febre e náuseas também podem estar presentes.
Diagnóstico: se dá através da confirmação com métodos de diagnóstico por imagem como raios-X,
ecografia e tomografia.
Tratamento: preferencial é a remoção cirúrgica. Não havendo indicação de cirurgia o tratamento
medicamentoso é alternativa viável.
Prevenção: se dá com cuidados básicos de saneamento nos matadouros evitando a ingestão de vísceras
dos animais mortos pelos cães são meios de evitar novas contaminações, procedimentos de higiene
como: utilizar somente água tratada, consumir somente vegetais crus que sejam provenientes de fontes
seguras e depois de serem lavados e tratados com água sanitária, lavar as mãos depois do contato com
os cães, e antes da manipulação de alimentos, lavar os utensílios de cozinha sempre após eles serem
utilizados com vegetais crus.
4.
Enterobiose: também conhecida como oxiúros (Enterobius vermicularis), que são vermes
nematôdeos com menos de 15 mm de comprimento e que parasitam o intestino dos mamíferos,
principalmente primatas, incluindo o homem.
Após deglutição dos ovos, as formas adultas formam-se no intestino. Aí macho e fêmea acasalam,
guardando a fêmea os ovos fecundados. O macho morre após a cópula e é expulso junto com as fezes. A
fêmea então migra para o cólon distal e para o recto. De noite a fêmea sai do reto passando pelo
esfincter e deposita os ovos na mucosa anal e pele perianal, do lado externo do corpo, voltando depois
para dentro. Este processo é extremamente irritante porque o contrário da mucosa do intestino, mucosa
anal e a pele são muito sensíveis, de forma consciente, e os movimentos da fêmea são percebidos pelo
hospede como prurido. As fêmeas põem mais de 10.000 ovos ficam agarrados à roupa interior, caiem e
misturam-se no pó, ou podem ainda ser levados pelas fezes. É comum em casos de diarreia ou fezes
moles, saírem fêmeas adultas também com as fezes, que são visíveis movendo-se à superfície da água
do vaso sanitário.
Sintoma: característico é o prurido anal, que se exacerba no período noturno devido à movimentação do
parasita pelo calor do leito, produzindo um quadro de irritabilidade e insônia.
Em relação às manifestações digestivas, a maioria dos pacientes apresenta náuseas, vômitos, dores
abdominais em cólica, tenesmo e, mais raramente, evacuações sanguinolentas.
Nas mulheres, o verme pode migrar da região anal para a genital, ocasionando prurido vulvar,
corrimento vaginal, eventualmente infecção do trato urinário.
Diagnóstico: é empregar a técnica dos "swabs anais". Adota-se como padrão da colheita do material o
horário no período matutino, antes de o paciente defecar ou tomar um banho. Caso não seja possível tal
procedimento, poderia se optar pela coleta após o paciente ter se deitado.
Tratamento: é administrar antiparasitários via oral, preferencialmente em jejum.
Prevenção: se dá através da higiene permite reduzir a probabilidade de contaminação, assim como a
limpeza frequente dos quartos das crianças. As roupas das crianças devem ser trocadas frequentemente,
e as suas unhas cortadas de modo a não reter ovos se se coçarem. Outro grande cuidado deve ser o
banho diário e o lavar as mãos antes de qualquer refeição para evitar a reinfecção.
5. Filariose ou elefantíase: é a doença causada pelos parasitas comumente chamados filária, que se
alojam nos vasos linfáticos, causando linfedema. Esta doença é também conhecida como elefantíase,
devido ao aspecto do(s) membro(s) afetado(s).
Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros culex, presentes nas regiões tropicais e subtropicais.
Quando o nematóide obstrui o vaso linfático, o edema é reversível, elas dirigem-se para os vasos
linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial,
começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é
infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim
de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para os lábios do mosquito. Assim
quando o hospedeiro definitivo for picado, a larva escapa do lábio e cai na corrente sanguínea do
homem (seu único hospedeiro definitivo).
Sintomas: na maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias que migram
pelos vasos sanguíneos podem levar a reações do sistema imunológico, como prurido, febre, mal estar,
tosse, asma, fadiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos
membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).
A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução
dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções,
com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. Esta condição, dez a quinze anos
depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e
escroto, devido à retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes rebentam,
complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspeto
semelhante a patas de elefante.
Prevenção: é administrar inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele,
repelentes de insetos e dormir protegido com redes e evitar aguas paradas.
Tratamento: é feito com medicamentos antiparasitários, de acordo com as manifestações clínicas
resultantes da infecção pelos vermes adultos e depende do tipo e grau de lesão que estes vermes
provocaram e suas conseqüências clínicas e pode-se recorrer a cirurgia reparadora em caso de
elefantíase (fase crônica da doença).
6. Ancilostomose: e a Necatoríase são duas doenças semelhantes causadas pelos parasitas nemátodes
relacionados Ancylostoma duodenale e Necator americanus. É conhecida popularmente como amarelão.
Os ovos têm 60 micrómetros e são eliminados nas fezes humanas. Na terra quente e úmida, os ovos
eclodem, liberando larvas a qual é capaz de viver por mais de um mês, procurando encontrar um
hospedeiro humano. Se conseguirem, elas são capazes de penetrar na pele intaca. Dentro do organismo,
invade os vasos linfáticos e sangüíneos e migram pelas veias para os pulmões, via coração. Permanece
nos alvéolos e depois migram (ou é tossida) pelos brônquios até à faringe, onde é deglutida
incoscientemente para o esôfago. Após passar pelo estômago (a sua cutícula resistente permite-lhe
suportar o ambiente ácido) passa ao duodeno (intestino). É aí que se desenvolvem e acasalam as formas
adultas, produzindo mais de 10.000 ovos por dia. É importante ressaltar que também ocorre infecção
passiva por via oral. Nesse caso, a larva infectante é ingerida em água ou alimentos contaminados e
percorre todo o trato gastrointestinal, até atingir o duodeno, habitat do parasito.
Sitomas: característicos são lesões na pele por onde o ancilostoma entrou, provocando sinais de
infecções.
Diagnóstico: é feito por exames de fezes, e em casos agudos a infestação pode ser detectada também por
exame de sangue.
Prevenção: se dá com a utilização de calçados (sapato ou sandália), evitando o contato direto com o solo
contaminado, fornecimento de infra-estrutura básica para a população, proporcionando saneamento
básico e condições adequadas de higienização, ter o máximo de cuidado quanto ao local destinado ao
lazer das crianças, pois acabam brincando com terra, medidas sanitárias e de educação construir redes
de saneamento básico, evitar contato direto com solos onde a incidência da doença é alta, lavar bem e
com água potável frutas, verduras e legumes e beber somente água tratada, educação da comunidade,
bem como o tratamento das pessoas doentes.
Tratamento: basta a administração de remédios. No entanto, o tratamento não torna o paciente imune à
doença, conseqüentemente, uma vez curado, se este entrar em contato novamente com as larvas da
ancilostomose, voltará a infectar-se.
7. Ascarídiase: é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais
frequentemente encontrado no intestino, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o
saneamento básico é precário. É conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e
alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento.
A contaminação se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e
mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas.
No intestino delgado, liberam larvas que atravessam as paredes deste órgão e se direcionam aos vasos
sanguíneos e linfáticos; se espalhando pelo organismo. Atingindo a faringe, estas podem ser liberadas
juntamente com a tosse ou muco ou ainda, serem deglutidas, alcançando novamente o intestino.
Sintomas: ocasionados é febre, dor de barriga, diarréia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e
esgotamento físico e mental são alguns sintomas que podem se apresentar; dependendo do órgão que
foi afetado. Entretanto, em muitos casos a verminose se apresenta assintomática.
Diagnóstico: é necessário que se realize exames de fezes, onde podem ser encontrados os ovos deste
animal.
Tratamento: é feito com uso de fármacos e adotando medidas de higiene básica.
Prevenção: deve ser realizado saneamento básico com ênfase para o destino adequado das fezes
humanas, educação sanitária, tratamento da água usada para consumo humano, cuidados higiênicos no
preparo dos alimentos, higiene pessoal, combate aos insetos domésticos, pois moscas e baratas podem
veicular os ovos, tratamento das pessoas parasitadas e o uso de remédios antiparasitários.
Ectoparasitas
1. Pediculose: é também conhecido como piolho da cabeça (Pediculis capitis) é um inseto pequeno,
cerca de 2,5 mm de comprimento, marrom-acinzentado e que vive do sangue que suga do couro
cabeludo do homem parasitado.
Com o acasalamento, a fêmea põe ovos férteis (lêndeas) fortemente aderidos aos cabelos. Após uma
semana, os ovos começam a descascar, ficando apenas a casca do ovo, isto é, uma lêndea branca
lustrosa e vazia.
O piolho passa diretamente de cabeça a cabeça em contato direto.
Sintomas: são queixas preponderantes são coceira intensa e irritação da pele da cabeça, podendo surgir
também erupção ao nível da nuca acompanhada de aumento dos gânglios linfáticos (ínguas).
Esses sinais surgem cerca de dois meses após a "invasão" dos piolhos.
Diagnóstico: através da visualização dos piolhos ou as lêndeas.
Tratamento: deve-se pentear os cabelos com "pente fino", tendo antes molhado o cabelo com água
direto da torneira ou água morna com um pouco de vinagre ou limão em uma essência oleosa. Penteiase o cabelo da pele para as pontas tentando fazer cair a lêndea ou o piolho sobre um pano ou papel
colorido para visualização mais fácil.
Outra forma clássica é catar o cabelo tentando encontrar os insetos ou seus ovos, utilizar inseticidas que
podem ser usados em humanos e mais recentemente medicamentos via oral de boa eficiência.
Prevenção: se dá com higiene, o uso freqüente de escovação e pente fino.
2. Ftiríase: é uma doença causada pelo piolho do púbis, também conhecido como, piolho-caranguejo
ou chato (nome científico Pthirus pubis), é o inseto parasita responsável pela pediculose pubiana, mas
pode ainda ser encontrado nas coxas, baixo tórax, axilas e até na barba e no couro cabeludo. Esse
parasita passa toda sua vida infestando pêlos humanos alimentando-se exclusivamente de sangue. Os
humanos são os únicos hospedeiros deste parasita, Assim como o piolho do cabelo, o chato aloja-se na
base dos pelos, onde deposita seus ovos. Após a infestação, os sintomas aparecem entre uma e duas
semanas. A transmissão é feita através do contato íntimo, ou de roupas de uso pessoal, roupas de cama e
de toalhas.
Sintomas: dessa doença sexualmente transmissível (DST) têm início de uma a duas semanas após o
contato com o parasita. A principal queixa é a coceira. Nos locais da picada, podem ocorrer alterações
da pele semelhantes à urticária, bolhas e manchas azuladas.
A única forma de evitar a pediculose pubiana é impedir o contato com os piolhos e a fixação das
lêndeas.
Diagnóstico: pode ser feito pela observação dos piolhos e das lêndeas na base dos pelos e da presença
de parasitas na pele da região afetada.
Prevenção: a única forma de evitar a pediculose pubiana é impedir o contato com os piolhos e a fixação
das lêndeas.
Tratamento: é medicamentos usados para a combater a escabiose devem ser aplicados nas áreas afetadas
(púbis, coxas, tronco, axilas, etc.) duas vezes seguidas e depois de sete dias novamente. A aplicação
deve ser feita localmente e repetida entre sete e dez dias depois, para combater os ovos que ainda não
haviam eclodido.
O objetivo da primeira aplicação é eliminar os insetos adultos; o da segunda é acabar com aqueles que
ainda não haviam eclodido na primeira aplicação.
Quem vive na mesma casa do portador de pediculose pubiana deve receber tratamento preventivo.
Recomendações
* Troque de roupas diariamente. Faça o mesmo com a roupa de cama e de banho todos os dias;
* Lave as roupas em água quente ou mande lavá-las a seco se não puderem ser imersas em água;
* Procure certificar-se de que todas as pessoas da família estão tomando os mesmos cuidados;
* Não se esqueça de repetir a aplicação do remédio sete dias depois da primeira aplicação.
3. Miíase: é uma doença parasitária produzida pela infestação de larvas da mosca Dermatobia hominis.
A larva da mosca penetra na pele do hospedeiro, que pode ser o homem ou outros animais, aonde vai se
desenvolver.
Sintomas: após a penetração, começa a formar-se uma lesão nodular, avermelhada, com um orifício
central, por onde é eliminada secreção aquosa (exsudato), levemente amarelada ou sanguinolenta.
Podem ser uma ou mais lesões e atingir qualquer área da pele, inclusive o couro cabeludo. A doença
provoca dor em fisgada e, em alguns casos, coceira. Pode ocorrer infecção secundária bacteriana,
aumentando a inflamação e levando à formação de abscesso ou erisipela.
Diagnóstico:pode ser notada observando-se atentamente o orifício central da lesão. De tempos em
tempos a larva sobe ao orifício para respirar e esta movimentação pode ser percebida claramente. Com a
evolução, que pode durar entre 30 a 70 dias, a larva tende a deixar o orifício.
A miíase pode ser classificada em:
Miíase primária
A larva da mosca (geralmente a Dermatobia hominis) invade o tecido sadio e nele se
desenvolve. Essa infestação é também conhecida por berne.
Miíase secundária
A mosca coloca seus ovos em ulcerações na pele ou mucosas e as larvas se desenvolvem nos
produtos de necrose tecidual.
Tratamento: consiste na retirada mecânica da larva, que pode ser conseguida através da expressão da
lesão e pinçamento da mesma, o que pode ser difícil de se conseguir. Muitas vezes, é necessário realizar
uma incisão para alargar o orifício e visualizar melhor a larva.
Um "tratamento tradicional" muito empregado em localidades rurais é a colocação de um pedaço de
toucinho sobre a lesão por algumas horas. Impedida de respirar pelo toucinho, a larva tende a penetrar
neste, deixando a pele do hospedeiro.
4. Acaríase: doença de pele contagiosa causada por um ácaro chamado Sarcoptes scabiei, também
conhecida como acaríase.
É transmitida pelo contato direto entre pessoas, pelo compartilhamento de roupas, roupas de cama ou
por relações sexuais. É comum em ambientes lotados e pouco higiênicos, como cadeias e zonas de
baixo meretrício.
Pode ser considerada uma DST, pois boa parte das transmissões ocorre em relações sexuais. A
transmissão através de outros contatos físicos não-sexuais (como um aperto de mão ou um abraço) é
bem mais rara, embora seja possível. A doença também é bastante transmitida entre mãe e filho lactante.
O ácaro é capaz de perfurar e penetrar a pele em questão de minutos. Isso leva a uma coceira intensa,
associada a lesões de pele causadas pela penetração do ácaro e pelas coçaduras.
Sintomas: coceira intensa e aparecem lesões de pele causadas pela penetração do ácaro e pelas
coçaduras. As áreas preferenciais são os punhos, as axilas, a barriga, as nádegas, os seios e os órgãos
genitais masculinos. Em crianças e idosos, pode acometer em palma e planta dos pés, além do couro
cabeludo.
Diagnóstico: Pela visualização das lesões e sua localização.
Prevenção: as roupas devem ser esterilizadas, e todos os membros de seu círculo social (como parentes,
companheiros de cela e parceiros sexuais) devem ser tratados de modo similar - e mais importante, de
modo simultâneo. É por conta das reinfestações que há dificuldade em erradicar a sarna de presídios.
A sarna canina não é transmissível ao ser humano, pois é causada por um outro tipo de ácaro. Quando
um ser humano é mordido pelo ácaro da sarna canina, pode até sentir alguma coceira, mas é transitória,
ao contrário da sarna humana, que se deixada sem tratamento, só piora
A escabiose ocorre em qualquer lugar do mundo e está diretamente associada a hábitos de higiene. É
freqüente em aglomerados populacionais.
Tratamento: higiene das roupas, afastar a pessoa da escola ou trabalho até um dia após o término do
tratamento. No caso de pessoa hospitalizada, é recomendado isolamento por até dois dias após o início
do tratamento.
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