Folheto Informativo

Propaganda
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
PARTE I-B-2: FOLHETO INFORMATIVO
AZOFLUNE, solução para perfusão a 2 mg/ml
FOLHETO INFORMATIVO
Leia atentamente este folheto informativo antes de tomar o medicamento
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento
pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Neste folheto:
1. O que é AZOFLUNE e para que é utilizado
2. Antes de utilizar AZOFLUNE
3. Como utilizar AZOFLUNE
4. Efeitos secundários possíveis
5. Conservação de AZOFLUNE
Denominação do medicamento
AZOFLUNE, solução para perfusão a 2 mg/ml
Fluconazol
Descrição completa da substância activa e dos excipientes
A substância activa é o Fluconazol. Os outros ingredientes são o cloreto de sódio e a água
purificada.
Nome e endereço do titular da autorização de introdução no mercado e do titular da
autorização de fabrico
Detentor da Autorização de Introdução no Mercado
TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.
Rua Professor Henrique de Barros
Edifício Sagres, 3º.A
2685 – 338 Prior Velho
Fabricado por:
BRAUN MEDICAL S.A.
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
Carretera de Terrasa, 121-08191- Rubi (Barcelona)
Espanha
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
1. O QUE É AZOFLUNE E PARA QUE É UTILIZADO
Forma farmacêutica e conteúdo; grupo farmacoterapêutico
AZOFLUNE é uma solução para perfusão por via intravenosa que contém como princípio
activo o Fluconazol a 2 mg/ml.
Cada embalagem contém 200 ml de solução, equivalente a 400 mg de fluconazol. Estão
também disponíveis no mercado embalagens contendo 50 ml e 100 ml (100 mg e 200 mg de
fluconazol respectivamente).
Pertence ao grupo dos Medicamentos anti-infecciosos – antifúngicos.
Indicações terapêuticas
- AZOFLUNE é indicado no tratamento de:
-
Candidíase muco-cutânea, nomeadamente a orofaríngea e a esofágica. Podem ser
tratados tanto os hospedeiros normais como os doentes imunocomprometidos.
-
Candidíase sistémica incluindo candidémia, candidíase disseminada e outras formas
de candidíase invasiva. Estas formas incluem infecções peritoneais, do endocárdio,
oculares, pulmonares e do aparelho urinário.
Os doentes oncológicos, hospitalizados em unidades de cuidados intensivos,
medicados com terapêutica citotóxica ou imunossupressora, ou com outros factores
predisponentes à candidíase podem ser tratados com fluconazol.
-
Criptococose, incluindo a meningite criptocócica e infecções de outra localização (e.g.
pulmonar, cutânea). Podem ser tratados hospedeiros normais, doentes com SIDA,
transplantados de orgãos ou com outras causas de imunossupressão.
-
Coccidiomicoses, Blastomicose ou Histoplasmose: o fluconazol tem sido usado com
sucesso nestas indicações, mas deverá ser considerado como medicamento
alternativo.
- AZOFLUNE é indicado na profilaxia de:
-
Infecções por Candida e Criptococus em doentes imunocomprometidos ou sujeitos a
tratamento imunossupressor (transplantados de orgãos sujeitos a quimio ou
radioterapia).
2. ANTES DE UTILIZAR AZOFLUNE
Enumeração das informações necessárias antes da toma do medicamento
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
Contra - indicações
Não utilize AZOFLUNE:
Se tem hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer outro ingrediente de
AZOFLUNE.
Se tem hipersensibilidade aos derivados tiazolados semelhantes ao fluconazol.
Se estiver a tomar fluconazol em doses múltiplas iguais ou superiores a 400 mg por dia, não
deve tomar terfenadina.
A co-administração de cisapride ou astemizole com fluconazol também está contra-indicada.
Precauções de utilização adequadas; advertências especiais
Tome especial cuidado com AZOFLUNE:
Embora apenas raramente tenham sido descritos efeitos hepáticos graves com o
fluconazol, a sua possibilidade deve ser considerada e, o tratamento deve ser interrompido
caso se desenvolvam sinais e sintomas consistentes de doença hepática.
Deve ter-se em atenção a possibilidade de ocorrerem alterações dérmicas
descamativas. especialmente em doentes imunocomprometidos. O desenvolvimento
de erupções cutâneas deve ser vigiado e o tratamento interrompido no caso de
progredir.
Muito raramente, foram referidos casos de síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica em doentes medicados com fluconazol. Contudo, a relação causal
definitiva não pode ser estabelecida com segurança por a maioria dos doentes
estarem medicados com vários fármacos.
A eficácia e segurança do fluconazol em crianças ainda não está suficientemente
esclarecida. No entanto, o fluconazol tem sido utilizado, inclusivamente em recémnascidos, sem que se verificassem efeitos adversos com incidência e gravidade
diferentes dos do adulto.
Se tiver insuficiência renal, a posologia de fluconazol deve ser adaptada ao grau da
insuficiência renal.
Devem ter-se precauções com os doentes com
patologia cardíaca, uma vez que se encontram
descritos casos de arritmias cardíacas incluindo torsade
de pointes.
Existe possibilidade, embora rara de ocorrência de reacções anafiláticas.
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
Não pode ser administrado fluconazol a doentes
com patologias hereditárias de intolerância à
galactose e má-absorção de glucose-galactose.
Interacções com alimentos ou bebidas
Utilização durante a gravidez e o aleitamento
Gravidez e Aleitamento
Gravidez:
Não existem, até ao momento, estudos adequados e devidamente controlados, sobre os
efeitos da terapêutica com fluconazol, durante a gravidez. O fluconazol só deverá ser utilizado
na mulher grávida quando, os potenciais benefícios justifiquem o risco para o feto.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Aleitamento:
O fluconazol encontra-se no leite materno em concentrações semelhantes às concentrações
plasmáticas. Por esta razão não se recomenda a sua utilização no período de amamentação.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de
tomar qualquer medicamento.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas, mas
deverá ser tido em conta que poderão ocorrer tonturas ou convulsões como efeitos
indesejáveis.
Interacção com outros medicamentos
Utilizar AZOFLUNE com outros medicamentos:
-
Anticoagulantes cumarínicos (varfarina, nicoumalone):
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
Aquando da administração concomitante de fluconazol com anticoagulantes
cumarínicos (como a varfarina ou o nicoumalone) ocorre aumento do tempo de
protrombina com risco de hemorragia, pelo que se deve vigiar este parâmetro.
-
Antidiabéticos orais:
A administração de fluconazol concomitante com sulfonilureias (tolbutamida, glibenclamida,
clorpropamida ou glipizide) requer controlo dos níveis sanguíneos de glucose (devido ao
risco de hipoglicémia, isto é baixa de açúcar no sangue) e, se necessário, ajustamento da
dosagem do antidiabético.
-
Inibidores da protease:
Administração conjunta de fluconazol com inibidores da transcriptase reversa (indinavir,
ritonavir) não necessita de ajuste terapêutico.
-
Inibidores da transcriptase reversa, não nucleósidos:
A administração conjunta de fluconazol com efavirenze (400 mg/dia) ou com delavirdine
(300 mg t.i.d) não necessita de ajustes posológicos.
-
Inibidores da transcriptase reversa, nucleósidos:
Em caso de administração concomitante de fluconazol e zidovudina os doentes
devem ser cuidadosamente controlados relativamente às reacções adversas da
zidovudina. Contudo os doentes medicados com fluconazol e didanosina devem
ser monitorizados (assim como os que fazem zidovudina).
-
Rifampicina e Rifabutina:
Quando o fluconazol e a rifampicina são utilizados em simultâneo, pode ser
necessário aumentar a dose de fluconazol. A administração conjunta resulta num
aumento da concentração sanguínea de rifampicina relativamente à sua
administração isolada.
A administração da rifabutina e fluconazol aumenta a concentração da
rifabutina.Foram descritos casos de uveíte em doentes a fazer fluconazol e
rifabutina.
-
Fenitoína:
A co-administração de fenitoína e fluconazol aumenta, os níveis sanguíneos da fenitoína;
neste caso dever-se-ão controlar os níveis de fenitoína e ajustar a sua dose à manutenção
dos níveis terapêuticos.
-
Diuréticos tiazídicos:
A utilização simultânea de hidroclorotiazida e fluconazol origina um aumento dos níveis
plasmáticos de fluconazol. No entanto, este aumento não implica ajuste posológico nos
doentes que efectuem terapêutica com diuréticos.
-
Ciclosporina, Tacrolimus e Sirolimus:
Qualquer associação de fluconazol com ciclosporina ou tacrolimus deve
cuidadosamente controlada, especialmente em pacientes com insuficiência renal.
ser
Embora não tenham sido efectuados estudos de interacção entre o Fluconazol e o
sirolimus, existiria a possibilidade de uma interacção semelhante à descrita com o
tacrolimus. Por tanto, estes doentes devem ser também cuidadosamente monitorizados.
-
Amitriptilina e Nortriptilina:
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
A administração conjunta de fluconazol e amitriptilina origina um aumento da concentração
do antidepressivo triciclíco, pelo que a administração simultânea dos dois fármacos deve
ser feita com cuidado. A administração conjunta de fluconazol e nortriptilina também
resultou num aumento dos níveis do antidepressivo.
-
Carbamazepina:
A administração conjunta de fluconazol e carbamazepina deve implicar o controlo dos
níveis plasmáticos da carbamazepina.
-
Anfotericina B:
A administração concomitante de fluconazol e anfotericina B, em ratinhos normais ou
imunocomprometidos, com infecções por fungos, resultou em efeitos de eficácia
microbiológica variáveis.
-
Astemizol e Terfenadina:
A administração concomitante de cetoconazol com terfenadina e astemizol, pode causar
efeitos cardiovasculares potencialmente graves: prolongamento do intervalo QT,
taquicárdia ventricular, torsades de pointes ou fibrilhação auricular, palpitações, paragem
cardíaca, hipotensão, síncope e morte. Efeitos farmacocinéticos e cardíacos semelhantes
aos do cetoconazol foram observados com o itraconazol quando administrado
conjuntamente com a terfenadina e o astemizol.
Embora até ao momento se desconheçam casos de efeitos adversos graves devidos à
interacção do fluconazol com os antihistamínicos referidos, esta associação é de evitar,
uma vez que ocorreram casos graves com o cetoconazol e itraconazol, estruturalmente
relacionados com o fluconazol
-
Cisapride:
A administração conjunta de fluconazol e cisapride está contra-indicada.
-
Flucitosina:
Contra o Cryptococcus neoformans a combinação de fluconazol e flucitosina podem ter
um efeito sinérgico, aditivo ou indiferente.
-
Teofilina:
A administração conjunta de fluconazol e teofilina aumenta a concentração da teofilina,
pelo que se devem controlar os níveis plasmáticos do fármaco.
-
Inibidores da enzima HMG-CoA reductase: o risco de miopatia está aumentado quando o
Fluconazol é administrado com estes fármacos. Estas combinações podem precisar de
uma diminuição da dose do inibidor da HMG-CoA reductase sendo necessária uma
cuidadosa monitorização dos doentes para descartar uma possível toxicidade muscular. A
terapêutica com os inibidores da HMG-CoA reductase deverá ser interrompida em caso de
um aumento significativo dos níveis da enzima CK ou do aparecimento de sinais
compatíveis com miopatia ou rabdomiólise.
-
Outros:
A cimetidina diminui a concentração de fluconazol , no entanto a alteração não é
considerada de significado clínico.
Podem surgir interacções com outros fármacos nomeadamente alfentanil,
benzodiazepinas, antagonistas dos canais de cálcio, celecoxib, losartan, trimetrexato e
prednisona.
O fluconazol aumenta as concentrações de alfentanil, midazolam, triazolan , celecoxib e
trimetrexato e inibe a conversão do losartan no seu metabolito activo.
Foram descritos vários casos de aumento das concentrações de felodipina, isradipina e
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
nifedipina quando administrados conjuntamente com itraconazol pelo que seria possível
uma interacção semelhante com o Fluconazol.
Foi descrita uma crise addisoniana num doente com antecedentes de transplante hepático
e sob terapêutica com prednisona após a interrupção do tratamento prolongado (3 meses)
com fluconazol.
3. COMO UTILIZAR AZOFLUNE
Instruções para uma utilização adequada
Posologia
As doses diárias recomendadas são idênticas para a administração oral ou
intravenosa e variam consoante o tipo e gravidade da infecção, o agente causal, a
função renal do paciente e a resposta à terapêutica.
A duração do tratamento depende da resposta do doente e deve continuar até a infecção
estar tratada com base nos parâmetros clínicos e laboratoriais. Se a descontinuação do
tratamento for prematura podem ocorrer fenómenos de recorrência. Doentes com SIDA e
meningite criptocócica ou candidíase orofaríngea geralmente necessitam de terapêutica
de manutenção.
No adulto
-
Candidíase orofaríngea e esofágica
A dose usual em doentes adultos é de 200 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida
100 ou 200 mg por dia. Dependendo da resposta do doente, a dose diária pode ser
aumentada até 400 mg.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é de, pelo menos,
2 semanas no caso da candidíase orofaríngea e um mínimo de 3 semanas e, pelo
menos 2 semanas após resolução dos sintomas, na candidíase esofágica.
A dosagem óptima de manutenção, na candidíase orofaríngea não está estabelecida,
no entanto têm sido utilizadas, com bons resultados, doses de 50 a 100 mg por dia,
podendo, se necessário, ser aumentadas até 200 mg por dia.
-
Candidíase sistémica (incluindo a candidémia, candidíase disseminada e outras infecções
invasivas por Candida)
A dose usual em doentes adultos é de 400 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida, 200 mg
por dia, podendo a dose diária ser aumentada até 400 mg.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é, no mínimo, 4
semanas e, pelo menos, 2 semanas após resolução dos sintomas.
Alguns autores recomendam doses de 400-800 mg/dia nas candidíases invasivas.
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
Num número limitado de doentes com peritonite e infecções urinárias a Candida foram
utilizadas doses diárias de 50 a 200 mg de Fluconazol.
-
Criptococoses
A dose usual, na terapêutica da meningite criptocócica, em doentes adultos é de 400 mg no 1º
dia de tratamento e, em seguida 200 mg/dia.
Dependendo da resposta do doente, a dose diária pode ser aumentada até 400 mg.
Em pacientes com infecção por VIH usaram-se doses de 800 a 1000 mg/dia.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é, no mínimo, até 10
a 12 semanas após as culturas do líquido céfalo-raquidiano (LCR) serem negativas.
-
Coccidiomicoses
Para tratamento da coccidiomicose meningea a dose recomendada é de 200-800 mg/dia. Em
doentes com SIDA usaram-se doses de 400-800 mg. Concomitantemente usou-se, apenas em
alguns doentes, anfotericina B intra-cisternal, intra-ventricular ou intra-tecal.
-
Blastomicose ou Histoplasmose
A dose usual para tratamento da blastomicose e da histoplasmose é de 400-800 mg/dia.
-
Profilaxia de infecções fúngicas
Para a profilaxia primária da meningite criptocócica em pacientes com infecção VIH e células
3
T-CD4+<50mm recomendam-se dosagens de 100-200 mg uma vez por dia.
Para a profilaxia secundária da criptococose em adultos ou adolescentes com infecção VIH
recomendam-se dosagens de 200 mg uma vez por dia.
Na terapêutica crónica de manutenção contra a recidiva da candidíase muco-cutânea
(orofaríngea, esofágica, genital) em adultos ou adolescentes com infecção VIH que
têm infecções graves ou frequentes a Candida recomendam-se dosagens de 100-200
mg/dia.
Para a profilaxia da meningite coccidiomicótica em indivíduos adultos ou adolescentes com
infecção VIH recomendam-se doses de 400 mg/dia.
Em indivíduos com infecção VIH recomenda-se a manutenção da terapêutica ao longo da vida
como profilaxia de infecções fúngicas.
Para transplantados de medula óssea recomenda-se uma profilaxia das infecções fúngicas
com 400 mg /dia.
Na profilaxia dos doentes com neutropénia grave esperada (contagem de neutrófilos <
50/mm 3) recomendam-se doses de 400 mg/dia, iniciando-se alguns dias antes do
aparecimento da neutropénia e mantendo-se por 7 dias após a contagem de neutrófilos ter
aumentado para mais de 1000/mm 3.
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
Na criança
O fluconazol não deve ser usado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos,
excepto em casos em que não exista alternativa terapêutica, uma vez que a sua eficácia e
segurança não foram suficientemente demonstradas.
Deve ser administrado em toma única.
Recomendam-se doses diárias de Fluconazol de 3 a 12 mg/kg, não se recomendando doses
superiores a 400 mg/dia. As doses de 3, 6 e 12 mg/kg correspondem às doses no adulto de
100, 200 e 400 mg respectivamente.
Para o tratamento da candidíase orofaríngea e esofágica recomenda-se a dose de 6 mg /kg no
1º dia, seguido de 3 mg/kg uma vez ao dia.
As doses para a candidíase esofágica podem ser aumentadas se necessário para 12
mg/kg/dia.
A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é de, pelo menos, 2
semanas no caso da candidíase orofaríngea e um mínimo de 3 semanas e, pelo menos 2
semanas após resolução dos sintomas, na candidíase esofágica.
Para o tratamento da candidíase sistémica em crianças, podem ser administrados 6-12
mg/kg/dia de Fluconazol.
Meningite criptocócica: A dose inicial é de 12 mg/kg no 1º dia seguido de 6 mg/kg uma vez ao
dia. Se necessário a dose pode ser aumentada para 12 mg/kg/dia.
O fluconazol pode ser administrado durante 10-12 semanas após cultura de LCR negativa.
Para a profilaxia primária da criptococose em crianças com infecções VIH recomendam-se
doses orais de 3-6 mg/kg uma vez ao dia.
Na terapêutica crónica de manutenção contra a recidiva da candidíase muco-cutânea
(orofaringe, esofágica) ou da criptococose em crianças com infecção VIH recomendam-se
doses de 3-6 mg/kg uma vez ao dia.
Para a profilaxia da coccidiomicose em crianças com infecções VIH recomendam-se doses de
6 mg/kg uma vez ao dia.
Nos idosos
Na ausência de insuficiência renal a posologia habitual recomendada será adoptada. Nos
doentes com depuração renal da creatinina < 50 mL/min a dose deve ser ajustada de acordo
com o item seguinte.
Na Insuficiência Renal
Em doentes com função renal diminuída, a dosagem de Fluconazol deve ser adaptada ao grau
de insuficiência renal e, deve ser baseada na depuração da creatinina, medida ou estimada.
As alterações aconselhadas encontram-se na tabela seguinte. No entanto, outros ajustamentos
da posologia podem ser necessários, dependendo da condição do doente.
Depuração da creatinina
% da dose
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
(mL/min)
> 50
< 50
diária usual
100 %
50 %
Nos doentes submetidos, regularmente, a diálise a administração de Fluconazol (100% da
dose usual) deve ser feita após cada período de diálise.
Via e modo de administração
O Fluconazol pode ser administrado por via oral ou
por perfusão I.V.
Como o fluconazol é rápida e completamente
absorvido a partir do tracto gastrointestinal, a via I.V.
é geralmente reservada aos doentes que não
toleram a administração oral.
O fluconazol na forma de solução para perfusão intravenosa (I.V.) deve ser
administrado uma vez por dia a uma velocidade não superior a 200 mg/h.
Sintomas em caso de sobredosagem e medidas a tomar
Se tomar mais AZOFLUNE do que o devido:
Em caso de sobredosagem o tratamento é sintomático. A diurese forçada aumenta a
taxa de eliminação. A eliminação do fluconazol pode ser facilitada por hemodiálise.
Três horas de diálise diminuem os níveis plasmáticos em cerca de 50 %.
Indicação de que existe um risco de síndroma de privação
Efeitos da interrupção do tratamento com AZOFLUNE:
A duração do tratamento depende da resposta do doente e deve continuar até a infecção estar
tratada com base em parâmetros clínicos e laboratoriais.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
Descrição dos efeitos secundários
Como os demais medicamentos, AZOFLUNE pode
ter efeitos secundários.
O fluconazol, é geralmente bem tolerado. No entanto, foram descritos alguns casos de
hepatotoxicidade grave, principalmente em doentes com situação clínica subjacente
grave..
As reacções adversas mais frequentes são náuseas, vómitos e erupções cutâneas.
-
Efeitos no tracto gastrointestinal: podem ocorrer, com gravidade ligeira a moderada,
náuseas, vómitos, dor abdominal e diarreia. Podem ainda ocorrer, mais raramente,
flatulência, boca seca, soluços, ardor epigástrico e anorexia.
-
Efeitos dermatológicos: pode ocorrer erupção cutânea, acompanhado ou não de eosinofilia
e prurido.
Nos doentes com SIDA verificaram-se alguns casos, embora raros, de alterações dérmicas
exfoliativas e síndroma de Stevens-Johnson.
Pode surgir alopécia que é reversível com a suspensão do fármaco.
-
Efeitos hepáticos: pode ocorrer aumento ligeiro e transitório das concentrações séricas de
AST, ALT, fosfatase alcalina, Gama GT e bilirrubina total nos doentes em tratamento com
fluconazol. Aumentos superiores das transaminases (> 8 vezes o limite superior do normal)
foram registados em 1% dos doentes medicados com fluconazol, obrigando à suspensão
do fármaco. Qualquer doente que apresente alterações da função hepàtica deverá ser
monitorizado apertadamente. Raramente, foram reportadas reacções hepáticas graves (
p.ex.: necrose, hepatite, colestase, insuficiência hepática fulminante) em doentes
medicados com fluconazol. Não foi demonstrada uma relação clara entre a dose diária,
duração da terapêutica, idade do doente ou sexo e os efeitos hepáticos.
-
Efeitos no sistema nervoso: podem ocorrer tonturas e cefaleias nos doentes em tratamento
com fluconazol. Podem ainda ocorrer, mais raramente, sonolência, delírio/coma, alterações
psiquiátricas, disestesias, parestesia das extremidades e fadiga.
-
Efeitos hematológicos: raramente, ocorreu eosinofilia, anemia, leucopénia, neutropénia e
trombocitopénia.
-
Efeitos endócrinos: nas doses habituais o fluconazol não evidencia efeitos inibitórios na
síntese de tetosterona ou dos esteróides.
-
Outros efeitos adversos: raramente, foram referidas reacções como febre, edema, oligúria,
derrame pleural, hipotensão, artralgia/mialgia, hipocaliémia.
Foram referidas também insuficiência supra-renal e icterícia, maioritariamente em
pacientes com SIDA.
Foram
também
referidos
como
efeitos
APROVADO EM
09-02-2004
INFARMED
indesejáveis a obstipação, dispepsia e outros
menos comuns como colestase, icterícia, aumento
da bilirrubina total, tremor, convulsões, vertigem,
hipercolesterolémia,
hipertrigliceridémia
e
anafilaxia.
Caso detecte efeitos secundários não mencionados
neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5. CONSERVAÇÃO DE AZOFLUNE
Condições de conservação e prazo de validade
Não congelar. Guardar na embalagem de origem.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize AZOFLUNE após expirar o prazo de
validade indicado na embalagem.
Se for caso disso, advertência em relação a sinais visíveis de deterioração
Este folheto foi elaborado em Dezembro de 2003.
Para qualquer informação adicional sobre este medicamento contactar:
TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.
Rua Professor Henrique de Barros
Edifício Sagres, 3º A
2685 – 338 Prior Velho
Download