APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED PARTE I-B-2: FOLHETO INFORMATIVO AZOFLUNE, solução para perfusão a 2 mg/ml FOLHETO INFORMATIVO Leia atentamente este folheto informativo antes de tomar o medicamento - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. - Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico. - Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Neste folheto: 1. O que é AZOFLUNE e para que é utilizado 2. Antes de utilizar AZOFLUNE 3. Como utilizar AZOFLUNE 4. Efeitos secundários possíveis 5. Conservação de AZOFLUNE Denominação do medicamento AZOFLUNE, solução para perfusão a 2 mg/ml Fluconazol Descrição completa da substância activa e dos excipientes A substância activa é o Fluconazol. Os outros ingredientes são o cloreto de sódio e a água purificada. Nome e endereço do titular da autorização de introdução no mercado e do titular da autorização de fabrico Detentor da Autorização de Introdução no Mercado TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A. Rua Professor Henrique de Barros Edifício Sagres, 3º.A 2685 – 338 Prior Velho Fabricado por: BRAUN MEDICAL S.A. APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED Carretera de Terrasa, 121-08191- Rubi (Barcelona) Espanha APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED 1. O QUE É AZOFLUNE E PARA QUE É UTILIZADO Forma farmacêutica e conteúdo; grupo farmacoterapêutico AZOFLUNE é uma solução para perfusão por via intravenosa que contém como princípio activo o Fluconazol a 2 mg/ml. Cada embalagem contém 200 ml de solução, equivalente a 400 mg de fluconazol. Estão também disponíveis no mercado embalagens contendo 50 ml e 100 ml (100 mg e 200 mg de fluconazol respectivamente). Pertence ao grupo dos Medicamentos anti-infecciosos – antifúngicos. Indicações terapêuticas - AZOFLUNE é indicado no tratamento de: - Candidíase muco-cutânea, nomeadamente a orofaríngea e a esofágica. Podem ser tratados tanto os hospedeiros normais como os doentes imunocomprometidos. - Candidíase sistémica incluindo candidémia, candidíase disseminada e outras formas de candidíase invasiva. Estas formas incluem infecções peritoneais, do endocárdio, oculares, pulmonares e do aparelho urinário. Os doentes oncológicos, hospitalizados em unidades de cuidados intensivos, medicados com terapêutica citotóxica ou imunossupressora, ou com outros factores predisponentes à candidíase podem ser tratados com fluconazol. - Criptococose, incluindo a meningite criptocócica e infecções de outra localização (e.g. pulmonar, cutânea). Podem ser tratados hospedeiros normais, doentes com SIDA, transplantados de orgãos ou com outras causas de imunossupressão. - Coccidiomicoses, Blastomicose ou Histoplasmose: o fluconazol tem sido usado com sucesso nestas indicações, mas deverá ser considerado como medicamento alternativo. - AZOFLUNE é indicado na profilaxia de: - Infecções por Candida e Criptococus em doentes imunocomprometidos ou sujeitos a tratamento imunossupressor (transplantados de orgãos sujeitos a quimio ou radioterapia). 2. ANTES DE UTILIZAR AZOFLUNE Enumeração das informações necessárias antes da toma do medicamento APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED Contra - indicações Não utilize AZOFLUNE: Se tem hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer outro ingrediente de AZOFLUNE. Se tem hipersensibilidade aos derivados tiazolados semelhantes ao fluconazol. Se estiver a tomar fluconazol em doses múltiplas iguais ou superiores a 400 mg por dia, não deve tomar terfenadina. A co-administração de cisapride ou astemizole com fluconazol também está contra-indicada. Precauções de utilização adequadas; advertências especiais Tome especial cuidado com AZOFLUNE: Embora apenas raramente tenham sido descritos efeitos hepáticos graves com o fluconazol, a sua possibilidade deve ser considerada e, o tratamento deve ser interrompido caso se desenvolvam sinais e sintomas consistentes de doença hepática. Deve ter-se em atenção a possibilidade de ocorrerem alterações dérmicas descamativas. especialmente em doentes imunocomprometidos. O desenvolvimento de erupções cutâneas deve ser vigiado e o tratamento interrompido no caso de progredir. Muito raramente, foram referidos casos de síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica em doentes medicados com fluconazol. Contudo, a relação causal definitiva não pode ser estabelecida com segurança por a maioria dos doentes estarem medicados com vários fármacos. A eficácia e segurança do fluconazol em crianças ainda não está suficientemente esclarecida. No entanto, o fluconazol tem sido utilizado, inclusivamente em recémnascidos, sem que se verificassem efeitos adversos com incidência e gravidade diferentes dos do adulto. Se tiver insuficiência renal, a posologia de fluconazol deve ser adaptada ao grau da insuficiência renal. Devem ter-se precauções com os doentes com patologia cardíaca, uma vez que se encontram descritos casos de arritmias cardíacas incluindo torsade de pointes. Existe possibilidade, embora rara de ocorrência de reacções anafiláticas. APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED Não pode ser administrado fluconazol a doentes com patologias hereditárias de intolerância à galactose e má-absorção de glucose-galactose. Interacções com alimentos ou bebidas Utilização durante a gravidez e o aleitamento Gravidez e Aleitamento Gravidez: Não existem, até ao momento, estudos adequados e devidamente controlados, sobre os efeitos da terapêutica com fluconazol, durante a gravidez. O fluconazol só deverá ser utilizado na mulher grávida quando, os potenciais benefícios justifiquem o risco para o feto. Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Aleitamento: O fluconazol encontra-se no leite materno em concentrações semelhantes às concentrações plasmáticas. Por esta razão não se recomenda a sua utilização no período de amamentação. Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas Condução de veículos e utilização de máquinas: Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas, mas deverá ser tido em conta que poderão ocorrer tonturas ou convulsões como efeitos indesejáveis. Interacção com outros medicamentos Utilizar AZOFLUNE com outros medicamentos: - Anticoagulantes cumarínicos (varfarina, nicoumalone): APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED Aquando da administração concomitante de fluconazol com anticoagulantes cumarínicos (como a varfarina ou o nicoumalone) ocorre aumento do tempo de protrombina com risco de hemorragia, pelo que se deve vigiar este parâmetro. - Antidiabéticos orais: A administração de fluconazol concomitante com sulfonilureias (tolbutamida, glibenclamida, clorpropamida ou glipizide) requer controlo dos níveis sanguíneos de glucose (devido ao risco de hipoglicémia, isto é baixa de açúcar no sangue) e, se necessário, ajustamento da dosagem do antidiabético. - Inibidores da protease: Administração conjunta de fluconazol com inibidores da transcriptase reversa (indinavir, ritonavir) não necessita de ajuste terapêutico. - Inibidores da transcriptase reversa, não nucleósidos: A administração conjunta de fluconazol com efavirenze (400 mg/dia) ou com delavirdine (300 mg t.i.d) não necessita de ajustes posológicos. - Inibidores da transcriptase reversa, nucleósidos: Em caso de administração concomitante de fluconazol e zidovudina os doentes devem ser cuidadosamente controlados relativamente às reacções adversas da zidovudina. Contudo os doentes medicados com fluconazol e didanosina devem ser monitorizados (assim como os que fazem zidovudina). - Rifampicina e Rifabutina: Quando o fluconazol e a rifampicina são utilizados em simultâneo, pode ser necessário aumentar a dose de fluconazol. A administração conjunta resulta num aumento da concentração sanguínea de rifampicina relativamente à sua administração isolada. A administração da rifabutina e fluconazol aumenta a concentração da rifabutina.Foram descritos casos de uveíte em doentes a fazer fluconazol e rifabutina. - Fenitoína: A co-administração de fenitoína e fluconazol aumenta, os níveis sanguíneos da fenitoína; neste caso dever-se-ão controlar os níveis de fenitoína e ajustar a sua dose à manutenção dos níveis terapêuticos. - Diuréticos tiazídicos: A utilização simultânea de hidroclorotiazida e fluconazol origina um aumento dos níveis plasmáticos de fluconazol. No entanto, este aumento não implica ajuste posológico nos doentes que efectuem terapêutica com diuréticos. - Ciclosporina, Tacrolimus e Sirolimus: Qualquer associação de fluconazol com ciclosporina ou tacrolimus deve cuidadosamente controlada, especialmente em pacientes com insuficiência renal. ser Embora não tenham sido efectuados estudos de interacção entre o Fluconazol e o sirolimus, existiria a possibilidade de uma interacção semelhante à descrita com o tacrolimus. Por tanto, estes doentes devem ser também cuidadosamente monitorizados. - Amitriptilina e Nortriptilina: APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED A administração conjunta de fluconazol e amitriptilina origina um aumento da concentração do antidepressivo triciclíco, pelo que a administração simultânea dos dois fármacos deve ser feita com cuidado. A administração conjunta de fluconazol e nortriptilina também resultou num aumento dos níveis do antidepressivo. - Carbamazepina: A administração conjunta de fluconazol e carbamazepina deve implicar o controlo dos níveis plasmáticos da carbamazepina. - Anfotericina B: A administração concomitante de fluconazol e anfotericina B, em ratinhos normais ou imunocomprometidos, com infecções por fungos, resultou em efeitos de eficácia microbiológica variáveis. - Astemizol e Terfenadina: A administração concomitante de cetoconazol com terfenadina e astemizol, pode causar efeitos cardiovasculares potencialmente graves: prolongamento do intervalo QT, taquicárdia ventricular, torsades de pointes ou fibrilhação auricular, palpitações, paragem cardíaca, hipotensão, síncope e morte. Efeitos farmacocinéticos e cardíacos semelhantes aos do cetoconazol foram observados com o itraconazol quando administrado conjuntamente com a terfenadina e o astemizol. Embora até ao momento se desconheçam casos de efeitos adversos graves devidos à interacção do fluconazol com os antihistamínicos referidos, esta associação é de evitar, uma vez que ocorreram casos graves com o cetoconazol e itraconazol, estruturalmente relacionados com o fluconazol - Cisapride: A administração conjunta de fluconazol e cisapride está contra-indicada. - Flucitosina: Contra o Cryptococcus neoformans a combinação de fluconazol e flucitosina podem ter um efeito sinérgico, aditivo ou indiferente. - Teofilina: A administração conjunta de fluconazol e teofilina aumenta a concentração da teofilina, pelo que se devem controlar os níveis plasmáticos do fármaco. - Inibidores da enzima HMG-CoA reductase: o risco de miopatia está aumentado quando o Fluconazol é administrado com estes fármacos. Estas combinações podem precisar de uma diminuição da dose do inibidor da HMG-CoA reductase sendo necessária uma cuidadosa monitorização dos doentes para descartar uma possível toxicidade muscular. A terapêutica com os inibidores da HMG-CoA reductase deverá ser interrompida em caso de um aumento significativo dos níveis da enzima CK ou do aparecimento de sinais compatíveis com miopatia ou rabdomiólise. - Outros: A cimetidina diminui a concentração de fluconazol , no entanto a alteração não é considerada de significado clínico. Podem surgir interacções com outros fármacos nomeadamente alfentanil, benzodiazepinas, antagonistas dos canais de cálcio, celecoxib, losartan, trimetrexato e prednisona. O fluconazol aumenta as concentrações de alfentanil, midazolam, triazolan , celecoxib e trimetrexato e inibe a conversão do losartan no seu metabolito activo. Foram descritos vários casos de aumento das concentrações de felodipina, isradipina e APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED nifedipina quando administrados conjuntamente com itraconazol pelo que seria possível uma interacção semelhante com o Fluconazol. Foi descrita uma crise addisoniana num doente com antecedentes de transplante hepático e sob terapêutica com prednisona após a interrupção do tratamento prolongado (3 meses) com fluconazol. 3. COMO UTILIZAR AZOFLUNE Instruções para uma utilização adequada Posologia As doses diárias recomendadas são idênticas para a administração oral ou intravenosa e variam consoante o tipo e gravidade da infecção, o agente causal, a função renal do paciente e a resposta à terapêutica. A duração do tratamento depende da resposta do doente e deve continuar até a infecção estar tratada com base nos parâmetros clínicos e laboratoriais. Se a descontinuação do tratamento for prematura podem ocorrer fenómenos de recorrência. Doentes com SIDA e meningite criptocócica ou candidíase orofaríngea geralmente necessitam de terapêutica de manutenção. No adulto - Candidíase orofaríngea e esofágica A dose usual em doentes adultos é de 200 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida 100 ou 200 mg por dia. Dependendo da resposta do doente, a dose diária pode ser aumentada até 400 mg. A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é de, pelo menos, 2 semanas no caso da candidíase orofaríngea e um mínimo de 3 semanas e, pelo menos 2 semanas após resolução dos sintomas, na candidíase esofágica. A dosagem óptima de manutenção, na candidíase orofaríngea não está estabelecida, no entanto têm sido utilizadas, com bons resultados, doses de 50 a 100 mg por dia, podendo, se necessário, ser aumentadas até 200 mg por dia. - Candidíase sistémica (incluindo a candidémia, candidíase disseminada e outras infecções invasivas por Candida) A dose usual em doentes adultos é de 400 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida, 200 mg por dia, podendo a dose diária ser aumentada até 400 mg. A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é, no mínimo, 4 semanas e, pelo menos, 2 semanas após resolução dos sintomas. Alguns autores recomendam doses de 400-800 mg/dia nas candidíases invasivas. APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED Num número limitado de doentes com peritonite e infecções urinárias a Candida foram utilizadas doses diárias de 50 a 200 mg de Fluconazol. - Criptococoses A dose usual, na terapêutica da meningite criptocócica, em doentes adultos é de 400 mg no 1º dia de tratamento e, em seguida 200 mg/dia. Dependendo da resposta do doente, a dose diária pode ser aumentada até 400 mg. Em pacientes com infecção por VIH usaram-se doses de 800 a 1000 mg/dia. A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é, no mínimo, até 10 a 12 semanas após as culturas do líquido céfalo-raquidiano (LCR) serem negativas. - Coccidiomicoses Para tratamento da coccidiomicose meningea a dose recomendada é de 200-800 mg/dia. Em doentes com SIDA usaram-se doses de 400-800 mg. Concomitantemente usou-se, apenas em alguns doentes, anfotericina B intra-cisternal, intra-ventricular ou intra-tecal. - Blastomicose ou Histoplasmose A dose usual para tratamento da blastomicose e da histoplasmose é de 400-800 mg/dia. - Profilaxia de infecções fúngicas Para a profilaxia primária da meningite criptocócica em pacientes com infecção VIH e células 3 T-CD4+<50mm recomendam-se dosagens de 100-200 mg uma vez por dia. Para a profilaxia secundária da criptococose em adultos ou adolescentes com infecção VIH recomendam-se dosagens de 200 mg uma vez por dia. Na terapêutica crónica de manutenção contra a recidiva da candidíase muco-cutânea (orofaríngea, esofágica, genital) em adultos ou adolescentes com infecção VIH que têm infecções graves ou frequentes a Candida recomendam-se dosagens de 100-200 mg/dia. Para a profilaxia da meningite coccidiomicótica em indivíduos adultos ou adolescentes com infecção VIH recomendam-se doses de 400 mg/dia. Em indivíduos com infecção VIH recomenda-se a manutenção da terapêutica ao longo da vida como profilaxia de infecções fúngicas. Para transplantados de medula óssea recomenda-se uma profilaxia das infecções fúngicas com 400 mg /dia. Na profilaxia dos doentes com neutropénia grave esperada (contagem de neutrófilos < 50/mm 3) recomendam-se doses de 400 mg/dia, iniciando-se alguns dias antes do aparecimento da neutropénia e mantendo-se por 7 dias após a contagem de neutrófilos ter aumentado para mais de 1000/mm 3. APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED Na criança O fluconazol não deve ser usado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos, excepto em casos em que não exista alternativa terapêutica, uma vez que a sua eficácia e segurança não foram suficientemente demonstradas. Deve ser administrado em toma única. Recomendam-se doses diárias de Fluconazol de 3 a 12 mg/kg, não se recomendando doses superiores a 400 mg/dia. As doses de 3, 6 e 12 mg/kg correspondem às doses no adulto de 100, 200 e 400 mg respectivamente. Para o tratamento da candidíase orofaríngea e esofágica recomenda-se a dose de 6 mg /kg no 1º dia, seguido de 3 mg/kg uma vez ao dia. As doses para a candidíase esofágica podem ser aumentadas se necessário para 12 mg/kg/dia. A duração do tratamento recomendada para este tipo de infecções é de, pelo menos, 2 semanas no caso da candidíase orofaríngea e um mínimo de 3 semanas e, pelo menos 2 semanas após resolução dos sintomas, na candidíase esofágica. Para o tratamento da candidíase sistémica em crianças, podem ser administrados 6-12 mg/kg/dia de Fluconazol. Meningite criptocócica: A dose inicial é de 12 mg/kg no 1º dia seguido de 6 mg/kg uma vez ao dia. Se necessário a dose pode ser aumentada para 12 mg/kg/dia. O fluconazol pode ser administrado durante 10-12 semanas após cultura de LCR negativa. Para a profilaxia primária da criptococose em crianças com infecções VIH recomendam-se doses orais de 3-6 mg/kg uma vez ao dia. Na terapêutica crónica de manutenção contra a recidiva da candidíase muco-cutânea (orofaringe, esofágica) ou da criptococose em crianças com infecção VIH recomendam-se doses de 3-6 mg/kg uma vez ao dia. Para a profilaxia da coccidiomicose em crianças com infecções VIH recomendam-se doses de 6 mg/kg uma vez ao dia. Nos idosos Na ausência de insuficiência renal a posologia habitual recomendada será adoptada. Nos doentes com depuração renal da creatinina < 50 mL/min a dose deve ser ajustada de acordo com o item seguinte. Na Insuficiência Renal Em doentes com função renal diminuída, a dosagem de Fluconazol deve ser adaptada ao grau de insuficiência renal e, deve ser baseada na depuração da creatinina, medida ou estimada. As alterações aconselhadas encontram-se na tabela seguinte. No entanto, outros ajustamentos da posologia podem ser necessários, dependendo da condição do doente. Depuração da creatinina % da dose APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED (mL/min) > 50 < 50 diária usual 100 % 50 % Nos doentes submetidos, regularmente, a diálise a administração de Fluconazol (100% da dose usual) deve ser feita após cada período de diálise. Via e modo de administração O Fluconazol pode ser administrado por via oral ou por perfusão I.V. Como o fluconazol é rápida e completamente absorvido a partir do tracto gastrointestinal, a via I.V. é geralmente reservada aos doentes que não toleram a administração oral. O fluconazol na forma de solução para perfusão intravenosa (I.V.) deve ser administrado uma vez por dia a uma velocidade não superior a 200 mg/h. Sintomas em caso de sobredosagem e medidas a tomar Se tomar mais AZOFLUNE do que o devido: Em caso de sobredosagem o tratamento é sintomático. A diurese forçada aumenta a taxa de eliminação. A eliminação do fluconazol pode ser facilitada por hemodiálise. Três horas de diálise diminuem os níveis plasmáticos em cerca de 50 %. Indicação de que existe um risco de síndroma de privação Efeitos da interrupção do tratamento com AZOFLUNE: A duração do tratamento depende da resposta do doente e deve continuar até a infecção estar tratada com base em parâmetros clínicos e laboratoriais. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED Descrição dos efeitos secundários Como os demais medicamentos, AZOFLUNE pode ter efeitos secundários. O fluconazol, é geralmente bem tolerado. No entanto, foram descritos alguns casos de hepatotoxicidade grave, principalmente em doentes com situação clínica subjacente grave.. As reacções adversas mais frequentes são náuseas, vómitos e erupções cutâneas. - Efeitos no tracto gastrointestinal: podem ocorrer, com gravidade ligeira a moderada, náuseas, vómitos, dor abdominal e diarreia. Podem ainda ocorrer, mais raramente, flatulência, boca seca, soluços, ardor epigástrico e anorexia. - Efeitos dermatológicos: pode ocorrer erupção cutânea, acompanhado ou não de eosinofilia e prurido. Nos doentes com SIDA verificaram-se alguns casos, embora raros, de alterações dérmicas exfoliativas e síndroma de Stevens-Johnson. Pode surgir alopécia que é reversível com a suspensão do fármaco. - Efeitos hepáticos: pode ocorrer aumento ligeiro e transitório das concentrações séricas de AST, ALT, fosfatase alcalina, Gama GT e bilirrubina total nos doentes em tratamento com fluconazol. Aumentos superiores das transaminases (> 8 vezes o limite superior do normal) foram registados em 1% dos doentes medicados com fluconazol, obrigando à suspensão do fármaco. Qualquer doente que apresente alterações da função hepàtica deverá ser monitorizado apertadamente. Raramente, foram reportadas reacções hepáticas graves ( p.ex.: necrose, hepatite, colestase, insuficiência hepática fulminante) em doentes medicados com fluconazol. Não foi demonstrada uma relação clara entre a dose diária, duração da terapêutica, idade do doente ou sexo e os efeitos hepáticos. - Efeitos no sistema nervoso: podem ocorrer tonturas e cefaleias nos doentes em tratamento com fluconazol. Podem ainda ocorrer, mais raramente, sonolência, delírio/coma, alterações psiquiátricas, disestesias, parestesia das extremidades e fadiga. - Efeitos hematológicos: raramente, ocorreu eosinofilia, anemia, leucopénia, neutropénia e trombocitopénia. - Efeitos endócrinos: nas doses habituais o fluconazol não evidencia efeitos inibitórios na síntese de tetosterona ou dos esteróides. - Outros efeitos adversos: raramente, foram referidas reacções como febre, edema, oligúria, derrame pleural, hipotensão, artralgia/mialgia, hipocaliémia. Foram referidas também insuficiência supra-renal e icterícia, maioritariamente em pacientes com SIDA. Foram também referidos como efeitos APROVADO EM 09-02-2004 INFARMED indesejáveis a obstipação, dispepsia e outros menos comuns como colestase, icterícia, aumento da bilirrubina total, tremor, convulsões, vertigem, hipercolesterolémia, hipertrigliceridémia e anafilaxia. Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. CONSERVAÇÃO DE AZOFLUNE Condições de conservação e prazo de validade Não congelar. Guardar na embalagem de origem. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize AZOFLUNE após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Se for caso disso, advertência em relação a sinais visíveis de deterioração Este folheto foi elaborado em Dezembro de 2003. Para qualquer informação adicional sobre este medicamento contactar: TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A. Rua Professor Henrique de Barros Edifício Sagres, 3º A 2685 – 338 Prior Velho