INSTITUTO DOS VINHOS DO DOURO E DO PORTO, I.P. ESTUDO ANALÍTICO DE VINHOS PORTUGUESES POR ELECTROFORESE CAPILAR ÁCIDOS ORGÂNICOS ÁCIDO TARTÁRICO, ÁCIDO MÁLICO, ÁCIDO CÍTRICO, ÁCIDO SUCCÍNICO, ÁCIDO LÁCTICO E ÁCIDO GLUCÓNICO ANA OLIVEIRA PAULO BARROS NUNO CARVALHO SETEMBRO DE 2008 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos 1. INTRODUÇÃO Os ácidos orgânicos são de enorme importância na expressão do perfil sensorial dos vinhos. Os ácidos mais abundantes são o ácido tartárico, o ácido málico, o ácido cítrico, o ácido láctico e o ácido succínico. Relativamente à ocorrência destes ácidos nos vinhos, refira-se que o ácido tartárico e o ácido málico provêm das uvas. O ácido málico converte-se no ácido láctico no decurso da fermentação maloláctica que muitas vezes ocorre no processo de maturação dos vinhos. O ácido tartárico, se presente em excesso, pode originar a precipitação de hidrogenotartarato de potássio. Alguns destes ácidos desempenham, igualmente, um importante papel químico nos vinhos, baixando o pH durante a fermentação de modo a que as bactérias indesejáveis de contaminação não possam sobreviver e actuando como conservantes, após a fermentação. A importância dos diversos ácidos prossegue no decurso da maturação, onde participam na formação de ésteres. A quantificação dos ácidos orgânicos é, pois, um aspecto fundamental na análise dos mostos e dos vinhos, não apenas para condicionar a sua expressão, se necessário, mas igualmente por razões de preservação da estabilidade do produto. Sendo a acidificação pelo ácido tartárico e o ácido cítrico uma prática enológica autorizada em determinadas condições, o doseamento destes ácidos impõe-se, igualmente, por razões de controlo. Os ácidos dos mostos e dos vinhos podem ser quantificados segundo diversos métodos. Na actualidade, os mais correntes são os métodos enzimáticos, a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), os métodos gravimétricos, os métodos colorimétricos, automatizados ou não, a espectrometria de absorção no ultra-violeta, sendo ainda conhecidas outras abordagens, quer por análise por injecção em fluxo (FIA), quer por análise em fluxo segmentado (SFA), quer ainda por meio de analisadores químicos sequenciais, utilizando diversos princípios analíticos. Na busca de soluções que permitam maximizar os recursos instalados nos laboratórios de Enologia, têm vindo a ser desenvolvidas diversas aplicações analíticas baseadas na electroforese capilar com detecção espetrofotométrica (EFC). Assim, recentemente, através da Resolução OENO 5/2006, a OIV inscreveu no seu Recueil de métodos de análise o doseamento de ácidos por EFC. 2 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos A EFC possibilita elevado nível de automatização, permitindo obter, com um volume reduzido de amostra, tempos de análise muito curtos a baixos custos operativos, revelando-se uma metodologia não poluente pelo facto de utilizar reagentes químicos em quantidades diminutas. O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP) dispõe, desde 2002, de um equipamento de EFC tendo implementado um método para a determinação e ácidos orgânicos nos vinhos por EFC, permitindo a determinação conjunta do ião sulfato1. 2. OBJECTIVOS Constitui objectivo fundamental deste estudo expandir, a matrizes analíticas diversificadas, a validação do método implementado no IVDP para determinação de ácido tartárico, ácido málico, ácido cítrico, ácido succínico, ácido láctico e ácido glucónico por EFC e aferir a aplicabilidade generalizada deste método a vinhos portugueses com diferentes características e proveniências. Acessoriamente, nos vinhos objecto deste estudo, procura-se conhecer o grau de cumprimento do valor-limite proposto internacionalmente para o ácido cítrico, que é de 1g/l (OIV e EU). Este estudo visa igualmente testar a possibilidade de utilização corrente deste método ao acompanhamento da fermentação maloláctica de vinhos. 3. MATERIAL E MÉTODOS Para informação detalhada sobre a execução do método analítico, deverá ser consultado o documento-base citado. a. Amostras O presente estudo recaiu sobre 206 amostras de vinhos provenientes de diversas regiões vitivinícolas portuguesas, das quais 167 identificadas com vinhos tranquilos e espumantes e 39 com vinhos licorosos. Alguns vinhos não se encontravam ainda prontos a serem introduzidos no consumo, faltando cumprir algumas operações tecnológicas de finalização de produto. As amostras analisadas foram constituídas por vinhos tranquilos, vinhos espumantes e vinhos licorosos, disponibilizadas por diversos organismos e empresas vitivinícolas nacionais. 1 Método MIVDP - 64 – Determinação de Ácidos Orgânicos e Sulfatos em Vinhos (Electroforese capilar) 3 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos A tipificação das amostras foi estabelecida através da informação prestada pelas instituições participantes, sendo tratadas anonimamente no decurso do presente estudo. Para efeitos deste estudo, os vinhos foram classificados nos seguintes tipos: Tranquilo branco, tranquilo tinto, tranquilo rosado, espumante e licoroso. b. Métodos No presente estudo foram efectuadas determinações de ácidos orgânicos por EFC, tendo-se procedido a diluição e adição de padrão interno, e efectuada a separação electroforética capilar de ácido tartárico, ácido málico, ácido cítrico, ácido succínico, ácido láctico e ácido glucónico que são doseados por espectrofotometria de UV com detecção a 214nm de comprimento de onda, conforme descrito no método MIVDP - 64. Este método encontra-se em rotina no laboratório do IVDP. 4. RESULTADOS Os valores de concentração de ácido tartárico, ácido málico, ácido cítrico, ácido succínico, ácido láctico e ácido glucónico obtidos por EFC figuram no anexo a este relatório. Foi calculada a média, o desvio-padrão e os valores máximos e mínimos de concentrações de cada um dos ácidos acima indicados para cada um dos tipos de vinho (Tabela 1). Na figura 1 a 6, representa-se a situação para os diferentes tipos de vinho objecto deste estudo. Na execução dos cálculos e para o traçado de gráficos foi utilizada uma folha de cálculo Microsoft Excel®. 4 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos Tabela 1: Concentração média, desvio padrão e concentrações mínima e máxima de ácidos orgânicos, em (n) amostras de vinho Ác. tartárico (g/l ) Ac. málico (g/l) Ac. Cítrico (mg/l) Ac. Succínico (mg/l) Ác. Láctico (g/l) Ác. glucónico (mg/l) n 49 49 49 48 48 48 Média 2.1 1.7 251 498 0.4 210 Desvio padrão 0.66 0.64 128.6 171.1 0.48 270.3 Conc. min. 1.1 0 0 253 0.1 0 Conc. máx. 3.4 2.8 784 1076 2.3 1646 n 100 100 100 100 94 86 Média 2.0 0.2 50 743 1.7 400 Desvio padrão 0.55 0.30 88.4 146.5 0.62 223.7 Conc. min. 1.2 0.0 0 293 0.2 0 Conc. máx. 4.6 1.8 308 1181 4.9 1074 n 15 15 15 14 15 14 Média 1.8 1.6 314 550 0.3 279 Desvio padrão 0.57 0.48 164.2 202.2 0.27 204.9 Conc. min. 1.1 0.6 192 294 0.1 90 Conc. máx. 3.0 2.3 709 920 1.1 669 n 3 3 3 3 3 3 Média 1.5 0.7 61 413 1.1 351 Desvio padrão 0.17 1.22 105.9 140.7 0.70 340.5 Conc. min. 1.4 0 0 281 0.3 18 Conc. máx. 1.7 2.1 183 561 1.6 699 n 39 39 39 11 10 11 Média 1.4 1.3 191 350 1.7 552 Desvio padrão 0.32 0.57 61.0 168.6 1.48 832.4 Conc. min. 1.0 0.6 92 100 0.1 191 Conc. máx. 2.2 3.1 373 676 3.9 3049 Tipo de vinho Tranquilo branco Tranquilo tinto Tranquilo rosado Espumante Licoroso 5 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos 3,0 Ácido tartárico (g/l) 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Tranquilo - Branco Tranquilo - Tinto Tranquilo - Rosado Espumante Licoroso Tipo de vinho Figura 1: Concentração ácido tartárico nos vinhos: Valores médios e desvio padrão (g/l) 2.5 Ácido málico (g/l) 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 Tranquilo Branco Tranquilo - Tinto Tranquilo Rosado Espumante Licoroso Tipo de vinho Figura 2: Concentração ácido málico nos vinhos: Valores médios e desvio padrão (g/l) 600 Ácido citrico (mg/l) 500 400 300 200 100 0 Tranquilo Branco Tranquilo - Tinto Tranquilo Rosado Espumante Licoroso Tipo de vinho Figura 3: Concentração ácido cítrico nos vinhos: Valores médios e desvio padrão (mg/l) 6 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos 1000 900 Ácido succinico (mg/l) 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Tranquilo Branco Tranquilo - Tinto Tranquilo Rosado Espumante Licoroso Tipo de vinho Figura 4: Concentração ácido succínico nos vinhos: Valores médios e desvio padrão (mg/l) 3,5 3,0 Ácido láctico (g/l) 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 Tranquilo - Branco Tranquilo - Tinto Tranquilo - Rosado Espumante Licoroso Tipo de vinho Figura 5: Concentração ácido láctico nos vinhos: Valores médios e desvio padrão (g/l) 1600 Ácido glucónico (mg/l) 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 Tranquilo Branco Tranquilo - Tinto Tranquilo - Rosado Espumante Licoroso Tipo de vinho Figura 6: Concentração ácido glucónico nos vinhos: Valores médios e desvio padrão (mg/l) 7 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos 45 120% 40 100% 35 Frequência Frequência 30 80% % acumulada 25 60% 20 15 40% 10 20% 5 Classes de concentração de ácido tartárico (g/l) 4, 8 M ai s 4, 6 4, 4 4 4, 2 3, 8 3, 6 3, 4 3 3, 2 2, 8 2, 6 2, 4 2 2, 2 1, 8 1, 6 1, 4 0% 1 1, 2 0 Figura 7: Distribuição dos valores de concentração de ácido tartárico (g/l), em 206 vinhos 70 120% 60 100% Frequência 50 80% Frequência 40 % acumulada 60% 30 40% 20 ai s 3, 2 M 3 2, 8 2, 6 2, 4 2 2, 2 1, 8 1, 6 1, 4 1, 2 1 0, 8 0% 0, 6 0 0, 2 0, 4 20% 0 10 Classes de concentração de ácido málico (g/l) Figura 8: Distribuição dos valores de concentração de ácido málico (g/l), em 206 vinhos 90 120% 80 100% Frequência 70 60 Frequência 50 % acumulada 80% 60% 40 30 40% 20 20% 10 0 0% 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Mais Classes de concentração de ácido citrico (mg/l) Figura 9: Distribuição dos valores de concentração de ácido cítrico (mg/l), em 206 vinhos 8 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos 45 120% 40 100% 35 Frequência Frequência 30 80% % acumulada 25 60% 20 15 40% 10 20% 5 0 0% 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 Mais Classes de concentração de ácido succinico (mg/l) Figura 10: Distribuição dos valores de concentração de ácido succínico (mg/l), em 176 vinhos 35 120% 30 100% Frequência Frequência 25 80% % acumulada 20 60% 15 40% 10 20% 5 0 5 Mais 4,8 4,6 4,4 4 4,2 3,8 3,6 3,4 3 3,2 2,8 2,6 2,4 2 2,2 1,8 1,6 1,4 1 1,2 0,8 0,6 0,4 0,2 0% Classes de concentração de ácido láctico (g/l) Figura 11: Distribuição dos valores de concentração de ácido láctico (g/l), em 170 vinhos 70 120% 60 100% Frequência 50 80% Frequência 40 % acumulada 60% 30 40% 20 20% 10 0 0% 0 240 480 720 960 1200 1440 1680 1920 2160 2400 2640 2880 3120 Mais Classes de concentração de ácido glucónico (mg/l) Figura 12: Distribuição dos valores de concentração de ácido glucónico (mg/l), em162 vinhos 9 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos 70 120% 60 100% 45 120% 40 100% 50 F r e q u ê n c ia 80% 40 Frequência % acumulada 30 60% F r e q u ê n c ia 35 25 Frequência 20 % acumulada 15 40% 20 80% 30 20% 0 0% 20% 5 0 0% 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 Mais 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2 Mais Classes de concentração de ácido láctico (g/l) em vinho tinto Classes de concentração de ácido málico (g/l) em vinho tinto 16 Frequência % acumulada F r e q u ê n c ia 40 100% 100% 35 8 60% 6 40% 4 20% 2 80% 30 80% 10 120% 45 120% F r e q u ê n c ia 12 40% 10 10 14 60% Frequência 25 % acumulada 60% 20 40% 15 10 20% 5 0 0% 0 0,4 0,8 1,2 1,6 2 2,4 2,8 3,2 Mais Classes de concentração de ácido málico (g/l) em vinho branco 0 0% 0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 2,4 Mais Classes de concentração de ácido láctico (g/l) em vinho branco Figura 13: Distribuição dos valores de concentração de ácido málico e de ácido láctico (g/l), em vinhos tintos e vinhos brancos. 5. CONCLUSÕES Não estando fixados internacionalmente valores-limite para os ácidos orgânicos objecto deste estudo (excepto para o ácido cítrico) os valores foram analisados unicamente para a verificação do grau de cumprimento quanto ao ácido cítrico. Assim, constata-se que todos os vinhos cumprem o limite de 1 g/l . O método EFC mostra-se adequado à determinação de ácidos orgânicos em vinhos tranquilos e em vinhos licorosos. 10 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar – ácidos orgânicos Este método, pelas suas características, constitui uma ferramenta a considerar quando se pretende avaliar o progresso da fermentação maloláctica de vinhos (Fig 13). 6. AGRADECIMENTOS O presente estudo foi inteiramente realizado no Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. e suportado pelo seu orçamento. Importa, porém, expressar aqui o nosso agradecimento às instituições que disponibilizaram amostras e resultados analíticos essenciais a este estudo: Aliança – Vinhos de Portugal, S.A., Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo, Enoport DT – Produção de bebidas, S.A., Instituto Nacional de Recursos Biológicos, I.P./INIA-Dois Portos (Ex-EVN), Instituto do Vinho e do Bordado da Madeira, Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico, Sociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias. 11 ANEXO 1 Resultados analíticos Os resultados estão agrupados por tipo de vinho e ordenados por concentração de ácido cítrico, parâmetro para o qual está estabelecido um valor-limite. Os valores indicados nesta Tabela como sendo “zero” correspondem na verdade a valores inferiores ao limite de detecção (LimD Vinho (g/l)) para cada parâmetro, indicados no Anexo 2. Vinho Tinto Vinho Branco Tipo de vnho Ác.tartárico (g/l ) 1.7 2.5 2.4 2.8 3.2 1.6 1.9 2.1 1.7 2.9 2.7 3.1 1.2 1.4 1.6 1.8 1.8 3.4 1.1 3.2 1.3 2.5 1.3 3.0 2.9 1.4 3.1 1.7 2.1 2.3 2.5 1.7 1.5 1.1 1.9 2.9 2.0 1.6 1.8 1.6 1.3 1.5 2.8 1.2 2.0 2.2 2.4 1.4 1.6 1.7 1.7 1.6 2.2 1.5 1.8 1.6 1.5 1.7 2.0 1.8 1.6 3.5 Ác.málico (g/l) 0.1 1.5 0.7 2.1 1.7 1.6 1.1 1.7 1.4 1.1 1.4 1.2 1.3 1.5 2.3 1.7 1.2 2.8 1.4 2.3 1.8 1.7 2.3 2.0 1.9 0.2 1.9 2.0 1.3 2.2 1.8 2.0 2.1 1.7 2.7 1.2 1.2 2.0 2.1 2.8 2.2 2.0 2.8 0.9 2.1 1.5 1.1 0.0 1.3 0.1 0.1 0.1 0.0 0.0 0.1 0.1 0.0 0.0 0.2 0.1 0.0 0.1 Ác.citrico (mg/l) 0 130 149 159 166 174 175 178 180 183 184 184 189 193 195 206 209 218 220 220 220 222 230 232 235 236 236 237 242 243 245 248 249 254 256 257 257 261 264 268 270 272 278 332 333 337 554 736 784 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ác.succínico (mg/l) 598 742 364 253 432 390 493 482 493 971 464 319 448 483 441 517 414 392 447 425 307 497 658 524 412 304 472 518 274 401 787 533 570 1076 407 390 514 557 564 790 396 403 396 817 670 317 369 417 313 564 370 315 889 677 738 718 749 759 675 795 692 2.1 0.2 0.1 0.2 0.3 0.2 0.2 0.2 Ác.gluconico (mg/l) 0 383 0 0 0 267 11 0 0.2 0.1 0.2 0.2 0.2 0.2 0.4 0.2 0.3 0.1 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3 0.2 1.0 1.3 0.1 0.8 0.2 0.1 0.5 0.2 0.2 0.3 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3 0.2 0.4 0.1 1.4 0.3 0.1 1.0 2.3 0.2 279 0 221 741 0 0 261 480 100 132 141 0 71 397 279 0 353 186 0 299 121 27 0 185 350 276 178 241 0 178 144 254 309 189 499 1646 452 182 52 209 Ác.láctico(g/l) 0.0 2.0 2.0 2.0 2.0 2.0 2.0 2.0 2.0 2.0 353 496 318 302 574 455 1034 484 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar - sulfatos Vinho Tinto Tipo de vnho Ác.tartárico (g/l ) 3.5 3.4 1.6 1.8 2.0 1.7 1.5 1.8 2.4 1.6 1.7 1.6 1.6 1.9 1.8 1.5 1.6 1.9 1.6 1.9 2.2 2.3 1.8 1.9 2.1 1.7 1.8 1.8 1.8 1.5 2.2 2.4 2.2 1.6 1.8 2.8 1.3 1.7 3.3 1.8 2.1 1.6 1.8 2.3 3.0 2.5 2.7 2.1 1.9 2.0 1.9 1.7 2.6 1.9 1.4 1.7 1.9 1.9 1.9 2.1 2.0 1.9 1.7 1.8 1.9 2.3 2.8 4.6 1.7 1.7 2.2 2.4 2.4 Ác.málico (g/l) 0.1 0.0 0.0 0.1 0.1 0.1 0.0 0.0 0.1 0.1 0.0 0.2 0.2 0.1 0.1 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 0.0 0.1 0.1 0.0 0.0 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 0.0 0.1 0.1 0.1 0.0 0.2 0.1 0.0 0.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.1 0.1 0.0 0.2 0.2 0.2 0.0 0.1 0.1 0.1 0.5 0.1 0.1 0.2 0.3 0.1 0.1 0.6 0.3 0.2 Ác.citrico (mg/l) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 82 93 99 111 120 121 131 137 141 153 164 169 171 Ác.succínico (mg/l) 650 649 683 665 734 696 755 702 727 680 825 717 795 696 996 792 1075 716 849 951 690 794 702 943 820 691 792 837 836 870 783 675 685 992 672 852 746 687 742 644 781 652 713 790 644 652 803 727 921 836 988 716 690 1057 967 766 742 749 765 1181 740 697 687 777 836 509 849 711 754 787 459 760 620 Ác.láctico(g/l) 2.0 2.0 2.0 2.1 1.2 1.2 2.1 2.1 2.1 2.1 2.2 1.3 1.3 1.3 1.3 1.3 2.2 1.3 1.4 1.4 1.4 1.4 2.3 2.4 1.5 1.5 1.5 1.5 1.5 1.5 1.5 2.4 2.4 1.6 1.6 1.6 1.6 1.6 2.5 2.6 1.7 1.7 1.7 1.7 2.6 3.5 1.7 1.8 1.8 1.8 1.8 1.8 2.7 1.8 1.9 1.9 1.9 1.9 1.9 2.9 1.3 1.4 3.0 1.5 1.3 1.1 1.0 0.2 1.8 1.6 1.9 1.2 Ác.gluconico (mg/l) 424 240 331 222 204 232 313 322 303 337 200 424 205 557 341 369 235 137 236 257 326 374 312 212 788 347 337 246 559 0 243 454 185 191 197 680 211 250 291 206 688 194 467 660 924 756 299 558 517 421 187 339 446 449 424 539 455 442 1074 404 715 132 123 877 215 321 221 Estudo analítico de vinhos portugueses por electroforese capilar - sulfatos Vinho Rosado Vinho Tinto Tipo de vnho Vinho Licoroso Vinho Espumante Ác.tartárico (g/l ) 1.9 1.2 1.6 2.7 2.0 1.8 3.1 1.5 1.4 1.8 1.7 1.5 3.0 2.6 2.4 2.2 1.9 3.0 2.1 1.4 1.2 2.0 1.1 1.4 1.5 2.3 2.4 1.5 1.1 1.5 1.7 1.4 1.6 1.3 1.4 1.1 1.6 1.1 1.9 1.5 2.0 1.3 1.6 1.2 1.3 1.3 1.1 1.1 2.2 2.2 1.3 1.2 1.3 1.3 1.4 1.2 1.1 1.2 1.1 1.0 1.2 1.1 1.3 1.4 1.2 1.1 2.0 1.1 1.5 1.6 1.1 Ác.málico (g/l) 1.3 0.4 0.2 0.4 1.5 0.0 0.1 0.2 0.1 1.8 0.1 0.1 1.4 0.4 1.6 1.2 1.6 1.0 1.1 1.9 1.2 2.3 2.0 2.1 2.2 1.3 0.6 1.7 1.5 0.1 0.0 2.1 0.6 0.9 2.8 0.8 1.1 1.0 0.8 1.5 2.0 1.1 1.1 0.9 1.0 0.9 2.9 1.0 3.1 1.8 0.8 1.1 1.0 1.2 1.2 1.0 1.3 1.1 0.9 1.1 0.9 1.2 1.4 1.2 1.2 1.2 2.2 1.6 1.1 1.8 1.5 Ác.citrico (mg/l) 183 183 203 213 216 229 230 238 240 248 254 267 283 308 192 192 207 217 218 218 222 241 277 285 292 303 522 618 709 0 0 183 92 114 130 135 136 141 143 143 148 149 149 150 152 155 156 160 161 164 169 173 181 182 187 190 196 203 207 213 215 216 221 251 253 253 256 284 302 337 373 Ác.succínico (mg/l) 978 849 822 573 960 800 677 613 629 293 698 662 793 608 539 327 473 567 294 367 366 881 558 920 381 Ác.láctico(g/l) 0.5 1.4 1.4 0.3 1.0 1.4 1.9 1.7 4.9 Ác.gluconico (mg/l) 784 342 459 1046 291 379 522 763 563 698 281 561 398 1.1 1.7 1.3 0.6 0.1 0.1 0.2 0.2 0.2 0.3 0.6 0.4 0.2 0.3 0.2 0.1 1.1 0.3 0.2 1.5 1.6 0.3 282 142 0.2 0.0 224 358 100 480 363 0.1 3.9 2.6 191 193 416 515 3.9 388 222 0.4 239 331 314 1.5 2.5 351 262 421 1.7 401 676 0.2 3049 191 573 629 153 131 170 157 170 449 90 130 105 170 564 597 669 356 18 699 336 0,1 5,8 0,3 3,5 LimD Vinho (g/l) LimQ (curva) (mg/l) LimQ Vinho (g/l) Repetibilidade : RSDr(%) 99,9 9,8 % Recuperação média %Incerteza relativa 9,2 2,0 Precisão Intermédia : RSDR(%) Ácido málico 10,3 98,8 8,3 3,5 0,3 6,9 0,1 2,9 0-10-20-30-50-80 0-10-20-30-50-80 Ácido tartárico LimD curva (mg/l) Gama conc. Padrões calibração (mg/l) MIVDP 64 ANEXO 2 23,4 100,1 19,8 7,0 0,23 4,71 0,082 1,64 0-5-10-12-15-20 Ácido citrico 10,1 102,9 13,7 3,6 0,13 2,56 0,05 1,09 0-2-5-12-20-25 Ácido succínico Características metrológicas do método analítico MIVDP 64 Março de 2008 13,6 101,4 12,1 7,4 0,4 7,47 0,2 4,53 0-10-20-30-40-60 Ácido láctico 25,2 112,1 17,8 10,7 0,32 6,47 0,12 2,47 0-5-10-18-30-40 Ácido glucónico