temporal de mercúrio em água e na comunidade

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XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
DINÂMICA ESPAÇO - TEMPORAL DE MERCÚRIO EM ÁGUA E NA COMUNIDADE
PLANCTÔNICA (FITO E ZOOPLÂNCTON) DOS RIOS TAPAJÓS, AMAZONAS E
ARAPIUNS - PARÁ - BRASIL
Brendson C. Brito; José R. P. Peleja; Ynglea G. F. Goch; Sâmea C. F. Silva; Fábio A. G. Cunha;
Rívolo J. Bacelar; Daniela Bianchi; Cárlison S. Oliveira
[email protected] (Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, Pará)
O mercúrio (Hg) pode ser encontrado nas mais diversas formas no ambiente, cada forma química apresenta
um grau de toxidade, sendo a forma metilada (CH3Hg) considerada a mais tóxica podendo causar danos
irreversíveis. Esse composto pode ser absorvido pelos mais diversos organismos aquáticos podendo
bioacumular e biomagnificar ao longo dos níveis tróficos, e dessa forma prejudicar a saúde humana através
da ingestão de alimentos contaminados. Dessa maneira o trabalho tem por objetivo investigar as
concentrações de mercúrio total (Hg) em amostras de água e plâncton total em três rios da região amazônica:
Tapajós (S02°24’22,2”; W054°48’48,3”), Arapiuns
(S02°34’24,7”; W055°11’41,5”) e Amazonas
(S02°37’67,6; W054°72’66,3”), considerando a dinâmica de seus pulsos de inundações e das condições
físico-químicas da água, das fases hidrológicas. As amostras de plâncton foram coletadas com o uso de duas
redes de náilon (20µm e 60µm), sendo que uma alíquota do concentrado de plâncton de cada rede utilizada
foi fixada com reagente Lugol para posterior identificação e visualização dos organismos, e outra foi
liofilizada para a análise de Hg total. A coleta de água foi realizada mediante ao uso de uma bomba manual
peristáltica acoplada a um porta filtro Millipore (47mm) com filtros de fibra de vidro. A determinação de Hg
foi realizada pela técnica de Fluorescência Atômica a Vapor Frio (CVAFS). Na água as concentrações de Hg
variaram de 4,8 a 6,1 ng.L-1 , com média de 5,2 ng.L -1 para o rio Tapajós, 5,7 ng.L-1 Amazonas e 5,5 ng.L-1
Arapiuns. As concentrações de Hg no plâncton, independentemente da rede utilizada, diferiram no período
de águas altas (259 ng.g-1 ) e no período de águas baixas (170 ng.g-1 ), com destaque para o rio Tapajós (230
ng.g-1 ) em detrimento do rio Amazonas (180,6 ng.g-1 ) e Arapiuns (188,8 ng.g-1 ). Independentemente dos
rios, as frações de plâncton de 20µm (203,6 ng.g-1 ) foram mais elevadas do que a fração de 60µm (196 ng.g 1
). Conclui-se, que durante o período de águas altas do pulso de inundação, a intensificação das chuvas, pode
ter influenciado a entrada de mercúrio associado às partículas do solo por meio do processo de lixiviação,
bem como, a liberação do mercúrio orgânico
produzido nos solos das florestas inundáveis,
biodisponibilizando este elemento na coluna d’água dos sistemas fluviais estudados.
Palavras-chave: mercúrio, plâncton, Amazônia
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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