Autoexame da tireoide pode ajudar a detectar nódulos

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FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA -
Autoexame da tireoide pode ajudar a detectar nódulos
Fundação Araucária - CT&I Notícias
Postado em: 07/01/2014
Segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, mulheres com
mais de 35 anos, pessoas com histórico familiar de hipotireoidismo, pessoas que sofreram radiação
na cabeça ou pescoço ou pessoas com doenças autoimunes devem fazer exames e investigar
problemas na tireoide.
A tireoide é uma glândula que fica na região do pescoço e pode sofrer alguns problemas, como
disfunções ou surgimento de nódulos - isso é mais comum nas mulheres e estima-se que quase
50% das que têm mais de 50 anos tenham ou vão ter algum nódulo, como explicaram os
endocrinologistas Alfredo Halpern e Cintia Cercato.
Se identificado, a maior preocupação é que o nódulo seja maligno, mas no caso da tireoide, na
maioria das vezes ele é benigno. Nesse caso, o nódulo deve ser acompanhado uma vez por ano
através do exame de ultrassom - se permanecer com a mesma forma e tamanho, nada precisa ser
feito; mas se crescer, pode ser que precise ser puncionado com uma agulha fina.
Ele deve ser puncionado também se for maior do que 1 centímetro, se for detectado em pessoas
muito jovens (abaixo de 18 anos) ou muito velhas (acima de 60 anos) ou tiver características, como
contorno indefinido, calcificação interior de um nódulo recente ou vascularização central ou
periférica.
Se o nódulo for maligno e o paciente tiver câncer, o endocrinologista Alfredo Halpern ressalta que
esse tipo da doença, na tireoide, é um dos menos agressivos e, se for diagnosticado no início e
tratado do jeito certo, tem grandes chances de cura.
Geralmente, é necessário retirar a glândula e fazer reposição hormonal, mas existem casos ainda
em que o médico indica a iodoterapia, um tratamento que usa iodo 131 para eliminar todos os
possíveis focos de tecido que não tenham sido removidos cirurgicamente.
Segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, mulheres com
mais de 35 anos, pessoas com histórico familiar de hipotireoidismo, pessoas que sofreram radiação
na cabeça ou pescoço ou pessoas com doenças autoimunes devem fazer exames e investigar
problemas na tireoide.
Tireoidite de Hashimoto e hipotireoidismo
Em relação às doenças autoimunes, a endocrinologista Cintia Cercato explica que há uma delas,
chamada de tireoidite de Hashimoto, que é a principal causa de hipotireoidismo.
Ela acontece porque há um erro no sistema imunológico e o organismo começa a produzir
anticorpos contra as células da tireoide, provocando uma inflamação. Esses anticorpos destroem a
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18/6/2017 23:14:05 - 1
glândula ou causam uma redução em sua atividade, diminuindo a produção dos hormônios T3 e T4,
levando ao hipotireoidismo.
De acordo com os médicos, essa doença tem fatores genéticos e é mais comum em mulheres e
pessoas mais velhas. Estudos mostram ainda que a deficiência de selênio no organismo também
pode ser uma das causas - a recomendação, portanto, é ingerir uma castanha do Pará por dia para
repor essa ausência da substância.
Um dos problemas da tireoidite de Hashimoto é que ela não dá sintomas típicos e por ser uma
doença de evolução lenta, só dá sinais quando o hipotireoidismo já está instalado. Nesse caso, o
paciente pode ter cansaço, depressão, falta de iniciativa, pele seca e fria, prisão de ventre,
diminuição da frequência cardíaca, voz mais grossa, redução do apetite, sonolência, reflexos mais
vagarosos, intolerância ao frio, cãibras, alterações menstruais nas mulheres, alterações na libido
dos homens e ganho de peso.
Esse aumento da glândula, inclusive, é um dos sinais que ajudam no diagnóstico. Para ajudar a
detectar a doença, o médico pode pedir ainda exames de sangue para avaliar a quantidade dos
hormônios T3 e T4, produzidos pela tireoide, do hormônio TSH, produzido pela hipófise, e a
presença de anticorpos. Se confirmado, o tratamento quase sempre é longo e exige a dosagem dos
níveis hormonais algumas vezes ao ano - a suplementação, no entanto, varia de acordo com o grau
de deficiência do paciente.
Doença de Graves e hipertireoidismo
Ao contrário da tireoidite de Hashimoto, a doença de Graves causa uma produção exagerada dos
hormônios tireoidianos. Também é uma doença autoimune e de fatores genéticos, que pode ser
detectada pelo aumento do volume da tireoide e pelo excesso de hormônios no sangue.
Os sintomas são aceleração dos batimentos cardíacos, nervosismo, ansiedade, irritação, mãos
trêmulas e que suam muito, perda de apetite, intolerância a temperaturas quentes e probabilidade
de aumento da sudorese, queda de cabelo, rápido crescimento das unhas, com tendência à
descamação, fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas, intestino solto, perda de
peso importante, alterações no período menstrual nas mulheres e olhos saltados, com ou sem visão
dupla.
Fonte: G1 Ciência
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