A ultrassonografia como método auxiliar no diagnóstico

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XIV Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais - CONPAVEPA - São Paulo-SP
A ultrassonografia como método auxiliar no diagnóstico das afecções da tireoide em
pequenos animais
Cláudia Matsunaga Martín
O aumento da disponibilidade da ultrassonografia na Medicina Veterinária, a
versatilidade, e o baixo custo operacional desta técnica, aliados ao desenvolvimento de
transdutores de alta resolução, permitiram o reconhecimento da tireoide sem alterações e
também de anormalidades do seu parênquima. Dessa forma, a técnica ultrassonográfica
passou a ser considerada meio semiológico indireto, auxiliando no diagnóstico de certas
tireopatias, como o hipotireoidismo canino e o hipertireoidismo felino.
Recentes estudos sobre os aspectos sonográficos das afecções da tireoide têm
contribuído para diversos diagnósticos, principalmente na distinção entre cães portadores
da síndrome do eutiroideu doente e hipotireoideos, uma vez que a cintilografia não é
disponível dentro da rotina clínica veterinária brasileira. Em relação ao diagnóstico
sonográfico do hipotireoidismo, o volume total da glândula constitui dado importante, no
entanto, ainda há uma lacuna na literatura sobre as dimensões das glândulas tireoides
normais de cães, visto a grande variedade de raças, e consequentemente, do porte.
Em casos de neoplasias tireoidianas, o exame sonográfico pode ser capaz de definir
o acometimento uni ou bilateral da glândula, delimitar nodulações e identificar a extensão
de uma formação, avaliando margens, possíveis invasões de estruturas vasculares
adjacentes, esôfago, laringe e traqueia, além do acometimento metastático de linfonodos
regionais.
Por mais versátil que a ultrassonografia seja, é importante lembrar, que
independente da suspeita da enfermidade tireoidiana é imprescindível que as imagens
obtidas sejam interpretadas em conjunto com os achados clínicos, análises laboratoriais,
cito e histopatológicas para se estabelecer um diagnóstico mais preciso, determinar o
prognóstico e a conduta terapêutica mais adequada, seja ela cirúrgica, quimioterápica, de
reposição hormonal ou associada.
A ultrassonografia exerce importante papel na avaliação das tireopatias,
principalmente na ausência de outros meios de diagnóstico por imagem, como a
tomografia computadorizada e a ressonância magnética, que apesar de extremamente
eficientes, ainda se mostram dispendiosos e menos exequíveis na rotina da medicina
veterinária brasileira.
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