do manejo das entrevistas preliminares a passagem para o diva

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UNIVERSIDADE
MARCIA
TUIUTI
DANIELE
DO PARANA
MAITO
DO MANEJO DAS ENTREVISTAS
PRELIMINARES
PASSAGEM PARA 0 DIVA
A
MOllografia apresentada
ao curso de Pos-graduayao
em Psicologia ClinicaAbordagem
Psicanalftica
dn Universidadc Tuiuti do Parana, como requisito
parcial a obten9iio do titulo de especialista.
Oricntadora:
Prof." Angela Valorc.
CURITIBA
2007
RESUMO
A questao
que
S8
caloca
e0
que marca
a passagem
do momento
de entrevistas
preliminares para a analise propriamente dita. 0 percurso inicial do tratamento
analilico possibilita ao analista fazer em urn primeiro momento uma leitura do casa,
para especificar se a analise "serve" a este sujeito. Implica em trabalhar a demanda
e averiguar S8 ela
passivel de S8 precipitar como demand a de analise. Partir da
queixa inicial, na tentativa de responder:
porque safro? Possibilitando
que 0 sujeito
e
passa apropriar-se de seu sintoma. Todo esse processo fundamentado na
a
e
transferEmcia.
manejo desses elementos
responsabilidade
do analista, faz com
que 0 analisante
suponha urn saber nele. l"stala-S8
a Neurose de Transferemcia,
assim
0 que marca para 0 sujeito em questao sua entrada em analise.
e
Palavras-chave:
Psicanalise,
Entrada em Analise.
Entrevistas
Preliminares,
Transferencia,
Sintoma,
SUMARIO
INTRODUc;;Ao
07
FUNDAMENTAC;;AO
TEORICA
CASO CLiNICO
DISCUssAo
23
CONSIDERAC;;6ES
REFERENCIAS
09
17
FINAIS
BIBLIOGRAFICAS
28
30
INTRODU<;:AO
Com
inicio
0
da pratica
clinica,
inumeras
quest5es
sao formuladas,
porem
uma se destaca nesse primeiro
momenta: Que elemento diferencia e divide
trabalho
analitico
preliminares
problema
pode
em entrevistas
ser apresentado
passagem para a diva?
questionamentos
o fato
esse
que imp6em
momento
entrevistas
o objetivo
supracitado,
preliminares
o
pais
S8
faz a
pelo
Lacan terem nomeado
nome
de
sondagem
ou
a ser realizado.
te6rico de alguns textos de Freud sobre
pela teoria
com autares
de Lacan,
que existe
contempon3neos
no sentido
entre
de lograr
as momentos:
0
que
algum
"analise
de
dita.
a urn caso
se trata
Jacques
seja
seus estudos
esta problematica
este estudo
Este
de explicitac;8o.
analise,
da diferenc;a
propriamente
Aprolundar
pelo
tambem
0
dita?
Em que momento
hit urn trabalho diferenciado
indica que
a respeito
ensaio" e analise
relacionar
uma
relacionando
fundamentados
entendimento
de
deste e lazer urn resgate
inicio do tratamento,
estao
uma tentativa
propriamente
destacam nessa passagem? Sao
S8
Freud e posteriormente
preliminar
preliminares,
de Qutras formas:
Quais elementos
de Sigmund
e analise
de
um
atraves
de uma revisao
clinico,
que e a mote
atendimento
que
se
bibliografica
tern por lim
de todo
questionamento
estende
em
entrevistas
a urn ana.
trabalho
sujeito
analitico
ao buscar
tern em principia
um tratamento.
a foco voltado
0 que
leva
uma
para a movimento
pessaa
a procurar
feito
pelo
atendimento?
Marcadas
comum:
as especificidades
a sofrimento.
e0
Este
de cada
caso,
ponto de partida.
e
possivel
encontrar
Par que safro?
E
um ponto
a questao
que se
imp6e ao sujeito e da inicio a analise.
Fala-se
trabalho
em
feito
representada
pelo
manejo
entrevistas
para
neste casa tambem
diva. 0 que da candiyao
trabalha
das
analista
clinico
no estuda
para
preliminares.
possibilitar
a mudanya
pela mudanc;a no espayo
0
teorico,
analista
realizar
na supervisao
Esta
de
inclui
para a
e fundamentar
e principalmente
a
subjetiva,
fisico, da poltrona
este manejo
clinica
sentenc;a
pasiyao
seu
em sua
propria analise.
Volta-se
preliminares,
para a sofrimento,
isso nao significa
e
buscar
nele que se delineia
sua eliminayao
a curso
de imediato.
das entrevistas
E
necessaria
a
analisante
se entregar
a urn processa
de subjetivac;aa, voltar para si, apropriar-se
deste sofrer e isso pode resultar na intensificagao deste incomodo. Saber par que
sofre
e 0 que
E
possibilita a mudan~,
necessario
antes de tudo
qual
0
0
enfatizar
tratamento analitico
ha
analisante
acima
sendo esta consequencia
ha
0
e
produz algurn
a atualiza9ao
da existencia
da realidade
de, par um lado
par outro alguem que e suposto saber.
supoe ao analista
um saber sabre ele, algo que em principia
acredita que nao tern, porem trata-se de urn saber insabido, inconsciente.
Lacan,
citado
possibilitado pela fala, na
e fundamentado.
transten§ncia, no processo analitico
alguem que demanda,
e
e crucial, pois se a tala do sujeito em questao
sexual do inconsciente,
o
de subjetiva9ao
que faz advir urn sujeito em questao, e
Esta afirma9ao
eteito e porque
ou pelo menos diminui a "dor".
que esse processo
E segundo
tempo de instalagao do Sujeito Suposto Saber. A partir deste momento,
cabe ao analista deslocar a demanda que Ihe foi enderegada.
A fun9ao das entrevistas
preliminares,
portanto
fundar 0 Sujeito Suposto Saber na Figurado analista.
e assegurar
a transferencia
e
FUNDAMENTA9AO
"Entrevistas
preliminares"
inicio do Irabalho
analitico,
o Inicio do Tratamento
TEORICA
foi a termo
anteriormente
como "Analise
utilizado
par Lacan
denominado
para
nom ear este
por Freud em seu texto Sabre
de prova" ou "tratamento
de ensaio"
tornei habito meu, Quando conhe(:O pouco sabre urn paciente, 56 aceita-l0 a principia
provisoriamente, por urn periodo de uma ou duas semanas. 5e se interrompe 0 tratamento
dentro deste periodo. poupa-5e ao paciente a impressao
aflitiva de uma tentativa de cura que
falhou. Esteve-se apenas empreendendo
uma 'sondagem',
a tim de conhecer
0 caso e decidir
se ele e apropriado para a psicanalise." (FREUD, 1913 p.165). 1
K( ... )
De acordo
continuidade
Apesar
com Freud este periodo
do trabalho,
de ser
nele
urn momenta
condic;:6es de uma analise.
da queixa
inicial
e crucial
que inicia urn tratamento
baseia
S8
a entrada
de sondagem
preliminar,
Tern na Associac;:ao
e demand a de analise
em analise
esta
para a
propriamente
sujeito
dita.
as mesmas
Livre sua regra fundamental,
para posteriormente
delimitar
parte
sintoma
0
e
fundar a transferencia.
No texto acima citado,
trabalho
analitico
destacando
Freud faz uma comparac;ao
a importancia
entre
das entrevistas
0
jogo de xadrez
e
0
prelim ina res.
"Todo aquele que espere aprender 0 nobre jogo do xadrez nas livras, ceda descobrira que
somente as aberturas e os finais de jogos admitem uma apresentaryaa sistematica exaustiva
e que a infinita variedade de jogadas que se desenvolvem ap6s a abertura desafia qualquer
descri~o desse tipo. Esta lacuna na instru~a s6 pode ser preenchida por um estudo
ditigente dos jogos travados pelos mestres. As regras que podem ser estabelecidas para 0
exerclcio do tratamenta psicanalitico acham-se sujeitas a limitar;Oessemelhantes." (FREUD,
1913 p. 164).
Nos textos sobre a tecnica
enos
fornece
destacam
ocorram
E
algumas
e devem
ser explicitados,
problemas
posteriores
importante
determinado
para
deixar
0
"Se quisermos
nossa entrada
Calligaris
o terapeuta
claro
Freud trabalha
Ha
segundo
podendo
bem
esse momenta
aspectos
a autor, desde
acarretar
ao
certos
0
tecnicos
inicio
que
nao
se
para que naD
um tim de tratamento
paciente
inicial
que
precipitado.
existe
um
tempo
tim de analise.
atender
as exigemcias
nao nos conduzira
par ele." (FREUD,
da psicanalise
recomendac;:oes.
mais rigorosas
a um abreviamento
feitas
a terapia
analitica,
de sua durac;:ao, nem passara
1937 p. 255).
em seu livre: Carias a um jovem
ou analista
empurre
a paciente
lerapeula,
escreve:
"Espera-se
na direc;:ao de seu desejo.
e
Alias,
que
e par
I Este periodo
de uma 011 duas semanas acima descrito por Freud nao
referencia
para delenninar
hoje quanto
lempo urn sujeito pemtaneee
ern entrevistas.
Na epoea Freud alendia seus pacientes em geml seis vezes por
semana, falO que pode ter rela9ao corn 0 prazo estipulado por ele para estc momento de sondagem.
10
isso que uma terapia
desejo consiga
leva tempo,
se manifestar
Nao e intenc;ao aprofundar
com: "empurrar
corroborar
paciente
0
porque
um pouco".
teoricamente
0
precise
que a autor em questao
na direy2lo de seu desejo".
com a afirmayao
e
antes de empurrar,
que esse
(2004 p. 28).
de Freud
A citayao
de que trabalhar
com
quer dizer
e valida
para
urn tempo
pre-
determinado nao tern valia no processo analitico.
E
tempo
passivel associar esta recomenda<;ao
em analise,
trabalho
este nao e logica, e
analitico
nao faz sentido
0
com
tempo
organizar
que Lacan diz a respeito do
0
do inconsciente.
uma sessao
Portanto
para
e nem urn tratamento
0
em
fungao desta 16gica.
Le Poulichet
85sa
questao
lnconsciente
a
em seu livro
de atemporalidade
nao
e
tempo na ps;canalise
na qual
linear em passado,
afirma que a hist6ria
do sujeito
nao
0
inconsciente
presente
e
e futuro.
passado,
ela
explicita
de forma
faz presenga.
e
Em psicanalise
passado
clara
0 tempo do
e
correto
historicizado
no
presente.
"(...), e realmente no momento em que a tempo parece, de algum modo, abolido, que ele esta
mais ativo. E um tempo curiosamente libertado da durayao, que se afirma, por exemplo, na
presen~a simuttanea de dais acontecimentos separados. A f1echa do tempo linear,
distinguindo um passado, um presente e um futuro, e bruscamente contestada par essa
presenca que poe em jogo a associayao dos vestigios mnesicos. E e no momenta em que se
manifesta essa presenya, pela superposiCao dos vestigios de um acontecimento presente e
de um acontecimento passado, que esse passado pode ver-se assim historicizado,
subjetivado." (LE POUUCHET, 1996 p. 18).
Outro "tema"
processo terapeutico
dinheiro
a ser tratado
sao tratadas
incoeremcia,
ap6s
E
crucial
mente,
que
0
sujeito
da psicanalise:
mesmo
Freud as quest6es
0
sexuais,
quanto
este
relacionadas
a
"com a mesma
de outros
que
entrara
A Associagao
sujeito fale
conceitos,
sera
possivel
en tender
entre dinheiro e as quest6es sexuais.
que seja destitufdo
sentido. Solicitar que
valor do tratamento,
0
(1913 p. 173).
a revisao
porque Freud faz essa associagao
fundamental
e
da mesma forma que as quest6es
pud~r e hipocrisia."
Mais adiante,
de inicio
custara ao sujeito. Segundo
0
em
Livre:
analise
narrar
de importancia,
esteja
tudo
0
ciente
que
que seja irrelevante
introduz na associagao
da
regra
Ihe vem
em
ou sem
livre.
"Observara que, a medida que conta coisas, ocorrer-Ihe-ao diversos pensamentos que
gostaria de por de lado, par causa de certas criticas e obje~oes. Ficara tentado a dizer a si
mesmo que isto au aquila e irrelevante aqui, ou inteiramente sem importa.ncia.ou absurdo. de
maneira que n<30ha necessidade de dize-Io. Voce nunca deve ceder a essas criticas, mas
dize-Io apesar delas - na verdade deve dize-Io exatamente porque sente aversao a faze-Io.
II
Posteriormente,
que
realmente
vocl! descobrira
e aprendera
a compreender
a razae
a (mica que tern que seguir: (FREUD,
1913 p.177).
e
Calligaris
para
esta
exortayao,
diz:
"0 pressuposto
que justifica essa regra e a seguinte:
no que a gente fata, opera uma (6gica
intern a, que n6s nao percebemos.
Quanta
menor
nossa
intervenr;a.o
na escolha
e na
organizacflo do que falamos. tanto mais essa l6gica interna poden~ nos levar a dizer coisas
inesperadas
par n6s mesmos, a descobrir
alga que estava em nassos pensamentos
sem que
sQubessemos.·
(2004 p.105-6).
o
imediata
conhecimento
desta
por
analisando.
Associa9ao
e precise
parte
do
e 0 que
Livre
recorrer
regra
possibilita
a sua enunciayao
fundamental
Segundo
0
acesso
nao
implica
Garcia-Roza
ao material
em
(2005)
uma
inconsciente.
tantas vezes quanto
adesao
trabalho
0
Sendo
for necessario
de
assim
no decorrer
do processo.
wFazer Associal):ao
e permitir
que
comunicados
E
Livre e, dentro
derivados,
ainda
ao analista."
importante
do possivel,
remotos,
(GARCIA-ROZA,
esclarecer
que
0
(2007)
aplicado
se refere
e apresenta
periodo
de entrevistas
consciente
consciEmcia
possibilita
de detinir diagnostico,
a urn procedimento
uma
a censura
a
aflorar
e ser
2005 p. 164).
fazer uma leitura do caso, nao no sentido
Valore
afrouxar
possam
que tern por base
ideia de morbidade
que
ao analista
pois este, segundo
um saber
nao corresponde
teo rico
ao discurso
psicanalitico.
"Para 0 psicanalista
nao se trata de uma doenca 0 que se oculta sob 0 sofrimento
do sujeito,
nem de identifica-Ia
para determinar
qual 0 tratamento
adequado.
Tao pouco a escuta
analftica se funda em urn saber, seja ele qual for, como seria imperativo
se se tratasse de
ouvir do sujeito as queixas
que confirmariam
ou nao uma eventual
hip6tese
diagn6stica.
Entretanto,
e claro que 0 modo como 0 analista e tomado na transferlmcia
varia conforme
a
estrutura
cHnica do sujeito que fala em analise.
Alem disto. a reconstituit;:ao
do mito que
resulta da fala do sujeito nas entrevistas
preliminares
atualiza as condicOes que presidiram
a
constituit;:ao do sujeito e 0 modo de inscrit;:ao da falta. Assim. inevitavelmente,
ira se precipitar
dai uma leitura 'diagn6stica'
sem a qual 0 analista nao se arriscaria
a conduzir
um paciente
ao diva." (Valore, 2007).
Antes de aprofundar
tratamento
em
Concentra-se
funyao
neste
sujeito a procurar
primeiro
0
0
momenta
ouvir
ponto de partida,
Por que safro?
aquila que se manifesta
causa da angustia
tecnicos,
paciente,
que
e importante
traz
esse
a queixa,
destacar
sujeito
aquilo
este inicio do
ao
tratamento?
que movimenta
este
uma analise.
Essa queixa e
de responder:
em termos
do
da inicio ao discurso
Pelo que sofre?
no carpo,
Ea
caminho
do paciente
em busca
em busca de uma ideia recorrente,
neste sujeito que se poe em questao.
no sentido
do sintoma,
algo que e a
12
Identificar
reconhece-l0,
trabalho
a sintoma
nao significa
pelo que emerge
intensifica
ser abordadas
repete no comportamento
Entende-se
de urn
conflito
internas.
Com
acima
vivencias
aquila
que
por ele em analise.
satisfac;ao. E a expressao
e
pel a oposiyao
infantil
do sujeito,
E PONTALlS,
definem:
associado
de satisfaC;ao.
de operac;6es
geral,
a defesa
esta ligada,
uma situac;ao
sabre
incompativel
(LAPLANCHE
a
constitui
urn compromisso
entre
1998).
De urn lado desejo,
fantasia.
De outro
Segundo
que
Freud
lado a defesa,
e
imp6e
S8
aD
fundamentado
urn termo
que tern como finalidade
E PONTAlIS,
capaz
manter
utilizado
principia
0
a excitar;;:aa interna
(recordac;5es,
de desencadear
(pulsea)
fantasias)
essa excitac;ao
e, par isso, desagradavel
sao derivadas
do ego (FREUD,
a texta, Freud afirma que
e simbolicamente.
sabre
e,
a que
na medida
para a ego."
1998 p. 107).
que as neuroses
e outras tendencias
Seguinda
incide
uma das representac;5es
com esse equilibrio
Freud descreve
respeito
e que ira ser repetido
satisfac;ao de exigemcias
sabre
sexuais
para encontrarmos
a
preferencialmente,
e
Sao quest6es
A que ele responde?
a caminho
do sujeito.
"De urn modo
em que
esse
de
citados
e
urn conjunto
de constancia
mas slm
casas
como uma forma substituta
(LAPLANCHE
nao tern objeto
para definir
de elimina-Io,
Em muitos
sujeito.
instaurado
raiz na historia
nas primeiras
e
deste individuo,
Sintoma
Os autores
sujeito,
apresentado?
de inicio,
psiquico,
desejo e delesa.
no sentido
deste
a angustia.
func;ao do sintoma
Qual a
que devem
trabalhar
do discurso
Isso quer dizer
0
do conflito
entre os impulsos
1912 p.316).
sintama
que a sintoma
e
admite
ser rernontada
sobredeterminado
historica
e diz alga a
do sujeito em analise.
"Era
preciso
ressoasse
e
urn
tivesse
acontecimento
acessa
temporalidade
organiza
do recalque,
mas tambem
a
novo
presenc;a.
nao apenas
para
(... ).
a constituic;ao
a historiza~ao
que
No
a acontecimento
campo
do sintoma
do passado
antigo
psicanalitico,
no s6-depois,
no presente."
essa
pela via
(LE POULICHET,
1996 p. 18).
o termo
e Pontalis
recalque
descrevem
no inconsciente
uma pulsao.
em sua defini~ao
como: "Operac;ao
representar;;:5es
0 recalque
produz-se
est;; alem da lun~ao
pela qual a sujeito
(pensamentos,
imagens,
de delesa.
procura
Laplanche
repelir ou manter
Jigadas
a
nos cases em que a satisfar;;:ao de urna pulseo
recerdar;;:5es)
-
\3
(... ) -
ameayaria
provocar
desprazer
relativamente
as outras
exigemcias."
(1998
p430).
Falar
que sabe
0
resgate de sua hist6ria
De acordo
sobre
com Freud (1914)
sofrimento,
mesma
si, iniciar
urn tratamento
de vida naD anula 0 sofrimento,
0
estado
referido a tempos
da doen",,'
remotes,
no sentido
em alguns
deve
aflige
de fazer
urn
cases ate agrava.
ser tratado
como
atual.
0
sujeito em sua realidade
0
atual
"Este estado
campo
e alcance
real e contemporaneo,
consiste,
e colocado,
de enfermidade
do tratamento
em grande
Freud (1914)
temas
e, enquanto
de fazer
sobre
parte, em remonta-Io
relata
fragmento
0
paciente
par fragmento,
ele nossa
ao passado."
que uma caracteristica
dentro
a experimenta
trabalho
(FREUD,
do sujeito
como
do
algo
terapeutico,
que
1914 p. 198).
que marca
0
inicio
do
tratamento e a mudan9a ocasionada por este trabalho em relayao a atitude
consciente
do analisando
dirigir
atenyao
sua
subestimar
em relayao a sua neurose.
para
0
problema.
Vai
alem
a
de
sujeito deve criar coragem
se
lamentar,
desprezar
e
ou
sua enfermidade.
UContanto que 0 paciente
apresente
com placencia
bastante
para respeitar
as condir;:oes
necessarias
da analise, alcanr;:amos
normalmente
sucesso em fornecer a todos os sintomas
da molestia um novo significado
transferencial
e em substituir
sua neurose comum por uma
neurose de transferancia,
da qual pode ser curado pelo trabalho terapeutico."
(FREUD,
1914
p.201).
Neste
entrevistas
ponto
o manejo
possibilita
outro
preliminares
0
Transferemcia
a hist6ria
com Lacan
inconsciente
Transferencia.
possibilitar
da transferencia
e mesmo a pre-hist6ria
de acordo
urn processo
Segundo
e introduzido:
em prol do estabelecimento
retorno
inconsciente,
conceito
tern como fun9ao primordial
e
0
das
desta.
que fundamenta
e
do sujeito.
e a atualiza980
que atualiza
0 manejo
a instala9ao
da realidade
sexual
do
urn saber inconsciente.
Freud implica em:
U( ... ) compreender
que cada individuo,
atraves da ar;:ao combinada
de sua disposir;:ao inata e
das influencias
sofridas durante os primeiros
anos, conseguiu
um metodo especifico
pr6prio
de conduzir-se
na vida er6tica - isto 13, nas precondir;:oes
para enamorar-se
que estabelece,
nas puls6es que satisfaz enos
objetivos
que determina
a si mesmo no decurso
daquela."
(1912 p.133).
2 Na la 16piea de sua obra, Freud eonsiderava
que 0 sinloma neur6tieo acometia
utiliz..1.do em uma dimcnsao metaf6rica. A partir da 2a tapka, passa a considcrar
conSlitui
0 sujeito como doen~a, termo
a Ncurose como estrutura que
S\{}ADr /".
0 sujeilO.
-"4<"'~
ii;
~
~
~~~~~.;-
14
Esse
repetido
sujeito
metoda
diz
Freud,
em suas
No verbete
sabre a transferencia
descrevem
em que
S8
que:
da a
instalac;:ao, as suas
earaeterizam
infantis
do Vocabulario
e
a sua
e
constantemente
de Ps;canalise,
Laplanche
reconhecida
psicanaliticQ,
interpretay80
0
na analise.
na figura do analista.
classicamente
de urn tratamento
modalidades,
e
como
a
pois sao a sua
e a sua
reSOlUy80 que
este." (1998 p. 514).
Sylvie Le Pouliehet
dos movimentos
urn exemplo
estereotipado
e eonsequentemente
(amores)
"A transferencia
problematica
e
rela90es
taz vinculo, atualiza seus prot6tipos
Pontalis
terreno
especifico.
na vida do sujeito,
em seu Iivro
da fala do sujeito
a
Tempo
em amilise,
na Psicanafise
a atemporalidade
ao falar a respeito
desta
da
fala, nos
de transferencia:
"( ... ), imaginemos
que uma tala de um analisando
na sessao desenvo[va
simultaneamente
uma serie de movimentos:
essa fala ressoa com 0 que precede e com 0 que a segue de um
modo inesperado,
cada elemento
encontrando
sentido apenas nesse encadeamento
que 0
informa; e suponhamos
que este ou estes sentidos encontrem
outro, devido ao fato de que
esta tala desperta
com intensidade
uma fala mais antiga, que, nessa epoea parecera
banal,
que passara quase despercebida
e caira no esquecimento;
ao mesmo tempo, suponhamos
que essa fala vise precisamente
0 analista: no presente, ela eonstitui urn ate de tala pelo qual
o paciente identifica 0 analista, 0 pendura em urn lugar fixo na prateleira ·pronto para uso da
fantasia; nesse momento se abriram as eomportas
diante da pressao de uma Monda pulsional"
que, na verdade, nao cessa de quebrar no tempo imemorial do infanti!." (1996 p.13-4).
ti
Segundo
suposto
Stryekman
(1997),
a figura do analista.
e buscado
nele como insabido,
analise
0
saber
e
da transfereneia
do saber inconsciente
como se estivesse
um saber
do sujeito
no analista.
insabido,
que par estar
Por isto se diz que na
saber esta do lado do sujeito e nao do analista.
e
A func;ao do analista
suas certezas,
esse e
Calligaris
certezas,
0
Trata-se
0
fazer
caminho
(2004) afirma
parada
segredo,
instalar
que este trabalho
faz com que a analisante
ele, sa be de algum
no discurso
que possibilita
ate
0
do analisante,
de quebra
suponha
que
presente
momenta
0
desconstruir
a transferemcia.
das frases,
analista
detem
afirma90es
um saber
desconhecido
e
sobre
ao sujeito
em
inicio de analise.
De
produzido
acardo
com
em analise
Para
Lacan
0
Freud
que
saber
se transfere
saber, sendo que este se funda
Ihe
0
pela rememorac;ao
e
insabido
enderec;ado
ao
analista
e
e
e repetic;ao.
e
um saber
pelo fato de que
0
suposto
analista
a um sujeito
desloea
suposto
a demanda
que
e endere9ada.
"0
analisante
fala, de inreio, dele para urn X, para uma imagem.
Ele faz uma demanda
(5)
para urn suposto, para a imagem que ele faz do analista (I). 0 analista por sua presentya real
e sua fala se endereya
nao a imagem de seu analisante
mas para urn sujeito representado
15
pelos significantes
enunciados
e a analista torna a trazer 0 que foi direcionado
pete analisante
(I) para 0 Outro (S), issa faz ruptura nesse eixo imaginario.
0 analista, par esta transfer~ncia
de lugar da fala, nao autentifica
0 imaginario,
ele [he reenvia sobretudo
sua mensagem
sob
urna forma invertida." (Stryckman,
1997 p. 278).
Dessa forma
questionar,
e
a analista
aD fazer parada
incluido
no discurso
ao sintoma
do analisante,
do sujeito,
completa-o.
desconstruindo
Ao
aquila que Ihe
parece tao certo e imutavel, passa a ocupar urn lugar no imaginario deste sujeito,
onde detem urn saber sabre
transferemcia
e
0
ele. Este lugar de sujeito suposto
saber sustenta
a
da inicio a analise.
UA constituic;:ao
do sintoma anaHtico e correlata
ao estabelecimento
da transferencia
que faz
emergir 0 sujeito suposto saber, piv6 da transferencia.
Esse momento
em que 0 sintoma e
transformado
em enigma e um momenta
de histerizac.3o,
ja que 0 sintoma representa
ai a
divisao do sujeito. ( ... ). Quando esse sintoma
transformado
em questao ere aparece como a
pr6pria expressao
da divisao do sujeito. ~ nesse momento
que 0 sintoma,
encontrando
0
endereco
certo que e 0 analista, se torna sintoma propriamente
anatrtico." (QUINET,
2002 p.
17).
e
Segundo
Nasio (1999) esse momento
e chamado
do sujeito
"Por ocasiao
de "Neurose
desse
no qual
0
e incluido
analista
ao sintoma
de transferencia.".
momenta
fecundo
da analise,
vaG aparecer
sintomas
novos, proprios da relagao anaHtica. Freud diz: uma nova neurose artificial substitui
a antiga
(FREUD
neurose
original,
Apud NASIO,
Laplanche
tratamento
e
Pontalis
psicanalitico,
manifestag6es
para
a qual
0
paciente
veio
procurar
uma
analise."
1999 p. 19).
definem
neurose
da transferencia.
Neurose
artificial
Constitui-se
de transferlmcia:
em
que
tendem
"Na
em torno da rela9ao com
uma nova edigao da neurose clinica. Sua elucidagao
leva
teoria
a organizar-se
analista;
0
a descoberta
do
as
e
da neurose
infanti!." (1998 p.309).
Todo
transferencia
esse
processo
e possibilitado
que desencadeia
0
estabelecimento
pelo lugar de alteridade
no qual
da neurose
analisando
0
suporta
de
0
analista.
A intervengao
que
0
analisando
analisando
De acordo
analisando
0
e essencialmente
que diz e interprete.
a desenvolver
horizonte do que nao
conceito
do analista
ouga
sua
propria
cadeia
silenciosa,
no sentido de permitir
0 dizer nada do analista
e, ao mesrno
tempo,
obriga
designar
0
0
e dito.
com
0
de transferencia",
Dicionan'o
0
articular seu desejo.
de psicanalise
analista
deve
Freud
oferecer
0
e Lacan
vazio,
no verbete
assim
permite
"0
ao
16
E
nesse lugar de naD saber pelo sujeito, de
identifica
0
manejo
das entrevistas
preliminares
naD dizer pelo sujeito, que se
para
possibilitar
a entrada
em
analise. Permite que 0 sujeito em certo grau inicie a trabalho de se responsabilizar
pelas suas eseelhas,
pelo seu sintoma, pela sua demanda,
tornar esta em demanda
de analise.
~onosso
conhecimento
conhecimento
acerca do material inconsciente
dele; se Ihe comunicarmos
em lugar de seu material inconsciente,
nossa conhecimento,
mas
nao
e equivalenteao
ele nao 0 recebera
aD lado do mesma; e isso causara bern
pouca mudan,a no paciente." (FREUD, 1917 p. 509).
o que
mantem
0
sujeito em analise
e possibilita
a passagem
para
0
diva
e0
trabalho em fun,ao do sintoma analitico, ou seja, segundo Wachsberger "(...)
sintoma preSQ na transferemcia
0
- ( .. ) - e isto nao se aprecia senao em relac;ao ao
sujeito suposto saber." (1989 p. 27).
17
CASO CLiNICO
Sofia, 40 anos.
Inicio: abril de 2006
Casada, 2 filhos
Inicial: Insatisfay2lo
Queixa
E
em relay80 a sua profissao.
assistente social, relata que por naD considerar importante a fUnyc30 do
Serviyo Social nao se sente reconhecida
enquanto
profissional.
Escolha pela profissao: Prestou vestibular para as seguintes cursos:
Psicologia,
Direito e Servicyo
da prova do vestibular
Passou
em
curso, mas como
Social. Nao passou em psicologia
e "esqueceu"
a data
de Direito.
Serviyo Social, na epoca, diz, naD sabia muita caisa a respeito do
naD teve ucompetencia"
para passar
em
Dutro que Ihe agradasse
mais decidiu dar continuidade. A insatisfa~o devido ell escolha profissional esteve
sempre presente. Pensou em desistir do curso varias vezes, mas nao
acredita que desistir de algo
0
fez, pois
e sin6nimo de fraqueza.
Por conseqOencia desta escolha acreditava que por seu merito nao teria a
ascensao financeira tao desejada, assim
0
casamento seria sua (mica possibilidade
de obte-Ia. Sabia que tinha que escolher um homem que representasse essa
seguram;:afinanceira.
Hoje questiona sua escolha novamente, pois
0
marido nao cumpriu com suas
expectativas, eles tern uma situac;ao financeira estavel, com alguns momentos em
que precisam fazer economia e se preocupar com
0
dinheiro.
Eta se sente traida peto marido, diz saber que faram suas fantasias, de
ascensao financeira em retayao ao casamento, mas pergunta par que ele nao
conseguiu cumprir com essas fantasias. Afirma ter felto novamente uma escolha
errada.
Mantem-se no casamento assim como na profissao como puniC;aopelas mas
escolhas que fez.
Sua insatisfayao esta relacionada a falta de reconhecimento da sua profissao,
relata que ela propria desqualifica a servico social, entende que na malaria das
vezes trata-se de assistencialismo e
e isso que as pessoas esperam dela. Acredita
que para ser assistente social nao e necessaria ser muito intellgente.
18
Atualmente
reconhecimento
faz psicologia,
Sua situayao
atual
passa por dificuldades
gostaria
optou
esta diferente
financeiras.
marido,
0
Em varios
A expressao
marido.
sente que tera maior
Gostaria
planejado,
po is sua familia
Sa be que naD pede mudar
esperanc;;a na possibilidade
ao fazer
ne8sa situac;;ao,
faz com que ela questione
relatos
de conversas
sua
alguem
de
de "melhora-Io".
e discussoes
com
0
como "eu pontuei para ele".
utilizada
utilizar
muda-Io?
mas mantem
mementos
marido ela utiliza termos
do que havia
Essa condiyilo
como poderia
acordo com sua vontade,
reconhece
porque
Seria mais feliz S8 naD estivesse
de "viver com rna is folga".
relactao com
por este curso
profissional.
muitas
par
vezes
ela
chama
termos
que ele fizesse
analise,
a aten98.0. Ao
da psicologia
em suas
assim ele mudaria
ser
question ada,
conversas
com
e consequentemente
0
ela
seria mais feliz.
Seu discurso
marido.
Segundo
e frequentemente
a paciente
ele
nao aceita e nem reconhece
dirigido
aos problemas
e introspectiv~,
suas opinioes,
atribuidos
nao sabe conviver
tem muitos
por ela ao
com as pessoas,
problemas
no trabalho,
em
casa e com seus pais.
Ap6s
problemas
um
numero
e do quanto
tratamento,
uma questao
E 0 momento
um tratamento
Ap6s algumas
quem
do marido,
necessita
Seu
relacionados
0
dele tambem
que almeja.
quais
ela
ele quem
desses
por
pelo tratamento?
os problemas
a afetam
fala
procurasse
do seu marido.
e se ele se submetesse
a
ganhando.
interven~6es
0
e
no sentido
de interrogar
seu entendimento
ele e, no entanto
atual
oscila
entre
a ele e a sua escolha,
urn dia foi, porque
pensa em ter dinheiro,
si
nas
sobre
quem
0
que a faz "pontuar"
a insistemcia
se submete
em dizer
0
que
e
ao tratamento
uma mudan~a.
discurso
tilo ideal quanto
sess6es
se ela esta ali para resolver
qual e
de analise
de
para ela se fosse
0 que motiva Sofia a procurar
que os problemas
todos sairiam
ela, percebe-se
melhor
se imp6e:
de interrogar
Responde
discurso
consideravel
seria
questionar
porque
0
ela depende
se e essa a questao,
esse
escolheu,
marido,
porque
tanto dele,
e os problemas
agora ele nao parece
questiona
pelo seu pr6prio trabalho,
porque
nao
conquistar
por
19
A sua hist6ria
do marida.
e
de vida
Sempre
revelada
depreciando
aos poueos,
ela compara
sua familia
a criag8.o que foi dada ao marido
com a
e enaltecendo
sua
relagc30 com seus pais e irmaos.
Relata que sua infancia
lembra de ter faltado
comparando
foi uma epoca
nada. 0 que a paciente
a infancia
com a adolescencia,
muitas eaisas, associa essas priv8c;6es
estudo,
nesta
possibilidade
epoca
fantasiava
Trabalha
desde
na infancia
filhos.
Lembra
considerada
nesta ultima sentia
os quatorze
com
que
ao
decidir
sempre
trabalhar
0
nao
habito
meses depois estava
de ouvir
ao saber dessa
que faria
gravida
que
naD
tinha
apoio
da
familia,
nas tarefas
fora, ter
um aborto
problemas
alguns
dos
Certo dia ouviu
anos antes,
ficou
momenta
sabia
vestibular
durante
Diz
as conversas
pel os adultos
prestou
era
seu dinheiro.
0
pois naquele
somente
pois
domesticas.
a interessava.
historia,
de crescer
mais nova de sete
atras das portas
psicologia,
e teve muitos
vontade
Ea
de sua familia.
e passou.
Seis
a gestac;ao e acabou
do curso na epoca.
1a gestac;ao:
significava
Sente
0
nao aceitou,
sentia que ficaria
fim
vida
de
sua
muita culpa
que essa era possivelmente
Associa
por esse momento.
interrogada
que pensou,
relatou
seu marido
a respeito
em ascensao.
que estava
chateada
fantasias,
como marido,
resto da vida, ter
mais
estudar,
que vomitava
muito,
0
nem
senti a
sua rejeic;ao a gravidez.
acontecesse
nao a satisfaz
dessas
ao escolhe-Io
Relata
acarretar
0
poderia
de fazer um aborto
que se algo espontaneo
Em uma sessao
seu casamento,
Nao
uma forma de representar
que nunca teria coragem
pensava
imprestavel
produtiva.
ao vomitar fazia muita forc;a e isso poderia
sempre
teve
e esse "mundo"
que tinha uma informaC;ao que era conhecida
na epoca
de
pobre e sem
cursos
muita
a ajudava
para uma tia que havia sofrido
Ha 13 an os decidiu
teve
ela queria trabalhar
de estar informada
triste pela mae, mas contente
trabalhar.
viagens,
com a vida dos adultos.
da mae, era quem
crianc;a tinha
gostava
sua mae contar
anos,
era muito curiosa
companhia
Quando
filho
a essa questao
que era privada
ao fato de ser de familia
muito,
que esse trabaJho nao a agradava,
desistindo
morava em urn sitio, naD
Responde
de fazer par naD ter dinheiro.
rapido,
adultos,
de fartura,
quer dizer?
por conta
propria,
fica ria aliviada.
Sentia
mas
que
urn aborto espontaneo.
e desanimada
da maneira
seu discurso
e que estaria
como
com relaC;ao ao
ela fantasia.
Quando
e em relac;ao ao dinheiro.
garantida
Algo
em um casamento
20
Nesses
momentos
naD con segue
esse comportamento
pune
de desanimo
S8 aproximar.
como
por naD valorizar
nao sente
Oiz saber
uma forma
suas
vontade
de conversar
de sua importancia
de contrale
pontuac;oes
sabre
e consegue
com
para 0 marido
ele. Agindo
sua atenl(ao
e1e,
e utiliza
assim
para
ela
0
que sua
palavra tenha a devida importancia.
Esse comportamento
se afastar
dele,
sente
Apresenta
urn incernodo
tambem
falta
fisico
que chega a uma dificuldade
Apresenta
Ihe causa
do cantata
quando
pois
naD 905ta de
priva
nesses
mementos.
sente
urn aperto
certo sofrimento,
fisico
que ela
age dessa
0
forma,
no peito
em respirar.
uma insatisfac;ao
con stante,
S8
questiona
porque
que seu trabalho
no hospital
esta rna is interessante,
e
para ela
tudo
mais sofrido.
Considera
ela, mas tambem
esta
cursando
"completo"
para as pacientes
Psicologia
Trabalha
Gasta do trabalha
e esse
fato
na maternidade,
Parte do seu trabalho
gesta9aa
somente
quando
no hospital
e da dificuldade
sentiu
Sente
a gravidez,
lugar
almejou
que
culpa,
estudar
par naquela
cursar outra faculdade
para novamente
e possibilitar
espera
que ele mude
porque
espera
dentro do tratarnento,
mais
nomeac;ao.
recordar
a
como se deu sua
a gravidez.
Lembra
mes da gesta9ao,
que sua vida acabou.
pensar
estuda,
a mudan~
sabre
0
que sua vida
se permitiu
enfim
Esse questionamento
passa
acabaria
depais
de sua escolha
seu dia a dia com
que
e que
Acredita
0
depois
de muitas
da
anas
profissional.
marido
e a quanto
a se questionar
ela
sabre
a
a leva para urn novo carninho
deixa urn pouco de lado a historia
de eventos
sua
ela, pade ser resumida
no sexto
acreditando
epoca
contar e dar mais enfase a sua propria
de vida do rnarido e passa a
historia.
ante rio res ao casamento.
historia passa a trazer conteudos
desde
e ser magra.
para a sua satisfa9ao,
que ele mude.
parque
urn atendimento
a aceitar sua condiyao.
trabalha,
Apos urn ana de relatos
nao s6 para
e passivel
essa relayao.
que teve para aceitar
mas continua
Haje ela e magra,
Lembra
oferecer
seu filho se mexendo,
que nunca mais ira trabalhar
gesta9aa.
possibilita
que possibilite
pode sentir afeto pela crianc;a e passou
Aceita
Essa candi9aa
que realiza com as maes, que, segundo
rela9ao mae e filho, criar urn vinculo
primeira
que atende.
de sua infancia
Ao ser interrogada
e adolescencia.
sobre
essa
21
Afirma
que sempre
esteve
as valtas com a questao
fata de ser a fHha mais nova de uma familia
cavula tinha vantagens,
quatro
anos,
exemplo,
quando
vezes
a afirmavao
Porem quando
pelos assuntos
diante
associa
aD
issa
de,
dos irmaos
par volta dos
mais velhos,
por
tinha prioridade.
ficou mais velha
nao tinha
do saber,
crianc;as. Relata que ser a
com a lembranva
a pai a defender
queria urn brinquedo
pais sua opiniao
interessava
exemplifica
inumeras
com sete
0
fata de ser a mais nova a deixava
valia. A analisante
familiares,
diz que era cheia
era a familia
chateada,
de opinioes
que naD tinha interesse
e se
em seus
comentarios.
Alem
poderia
do
habito
de ouvir
ser relacionado
estudou
sabre
com amigas
reprodw):80
atras
esses
antes
0
Apresenta
especial
na escola
em
tudo
que
pelas gravidas,
e organizava
de professora
ensinava
reunioes
tudo
0
que
tema.
ao fato de ate os seis an os de idade
de ter visto nem ouvido
nada,
uma vida sexual ativa, pois na opiniao
como momenta
fazer um adendo
Atualmente
dormir
mas acredita
no
que
dela eles se amavam
e
afirma
seu grupo de trabalho
Outro
fator
relacionamento
com
vocacional,
comigo
0
momento
discussoes
trabalha
de escolha
constantes
habilidade
com
com um grupo
profissional.
seu
suficiente
marido
e
0
para manter
momento
fato
como ser pai.
da
um born
ela diz que:
nao sabe que essa e uma fase complicada.
Queria
H
•
que sua adolescemcia
de
pela adolescemc;a,
com essa fase pela qual
filho rna is velho deles. Em detenminado
0
Faz um relato
demoravam
gera
que ele (0 marido)
sofria
em orientac;ao
que ele nao possui
que ele aprendesse
disso,
de sua vida a passagem
que possui uma forte identificavao
esta passando,
que
considerar
"Ate parece
crllico
neste ponto.
faz urn estagio
de adolescentes,
alergia
na pele,
foi complicada,
furunculos,
se achava
machucados
"horrorosa"
constantes
que
a sarar.
Contentava-se
cogitava
interessada
um born relacionamento.
e interessante
paciente
era
urn interesse
de ser ensinado
elementos
seus pais mantinham
portas,
de ter
onde ela no papel
dos pais. Diz nao lembrar
mantinham
das
Lembra
nos livros sabre
Associa
Alem
seXD.
em sua casa,
havia aprendido
quarto
a
a hipotese
em
se relacionar
com
as meninos
de urn menino bonito se interessar
mais
par ela.
feios,
porque
nao
22
Relata que foi um periodo
pelo qual passava
assim
a sua escolha
56 poderia escolher
bem dificil e complicado.
profissional,
uma profissao
Relaciona
estava em urn periodo
abaixo de suas expectativas,
este momenta
de baixa 8stima
mas que com
certeza ela daria conta de concluir.
Oiz ser insatisfeita,
que sua insatisfag80
muitos riscos,
mas tambem
0
as suas escolhas,
que for mais comodo,
a satisfa((80
esse casamento
com sua profissao,
e devida
0
sua familia.
Associa
estas sao sempre calculadas
e sem
assim naD carre 0 risco de perder muita coisa,
que obtem e minima.
e diz: "Ele era tudo
seu casamento,
Passa a questionar
que eu nao era",
porque
escolheu
23
DISCUSSAO
Freud no texto "Sabre a inicio do tratamento"
com que material
deve a tratamento
e a questao
Esta
novo atendimento
comegar?".
langa a pergunta:
"em que ponto e
(1913 p. 176).
crucial que permeia este estudo. A pergunta
S8
repete a cada
clinico iniciado.
relac,;:2Io com 0 tema proposto, pais se
Este casa em particular pareee ter estrita
trata de uma mulher que em principia relata que toda a fonte de seus problemas
marida, a que ela quer
E func;ao do
no manejo das entrevistas preliminares,
analista,
e
possibilitar
que a paciente
implique,
S8
trabalhar
com
e ditD
par ele,
que suas quest6es
sejam
essa queixa inicial, no sentido de retarnar ao analisante
neste casa
e0
e muda-Io.
aquilo que
pastas para enfim abrir caminho a sua problematica.
Ha urn ano ela encontra-se
este casa por dois angulos:
em entrevistas
primeiro
preliminares.
pode-se
calcular
desse tempo para querer saber de si e segundo
0
E
passivel
que a paciente
analisar
necessita
manejo que e dado as entrevistas
preliminares.
Le Poulichet em seu livre "0 tempo na psicamllise" afirma que a experiencia
analitica
ea
rememorac;ao partindo do jogo das associac;6es livres.
Partindo desse pressuposto
ira percorrer.
insatislayao
abre-se
0
caminho que a analisante
0 que a trouxe para a analise?
com a profissao
A resposta
que exerce, Assistente
em questao
que ela fornece
e: Sua
Social.
Mais adiante ela afirma que sabia ter feito uma escolha que nao Ihe agradava,
no entanto acreditava
na compensac;ao,
atraves
do casamento,
preencheria
toda
lalta que par si nM dava conta de tapar.
Na medida
principalmente
planejado,
em que
financeira,
0
tempo
nao
passa e esta se ve diante de uma situac;ao,
satisfat6ria,
parte em busca de um trabalho
nao
condizente
Seus primeiro relatos podem ser condensados
nao esta satisfeita e e responsabilidade
capaz
de muda-Io
em func;ao do que ela deseja,
dela. Sera?
0
que
havia
em urn aspecto: A analisante
de seu marido. Eta admite saber que nao
mudanc;a, que esta parta dele, consequentemente
satislagao
com
analitico.
mas mantem
e
a "esperanc;a" de
esse movimento
dele acarretara
24
Este case chama
das suas escolhas,
responsabilidade
premissa
atenc;ao porque a principio
a
de que quem eseelhe
para concursos
insatisfeita,
publicos
Servic;o social,
daria conta de concluir
e da
nas mas eseelhas
e na
tambem
do curso sabia que nao
inicio
0
se dedicou
voltados
a que
profissional.
na epoca,
parecia
a trabalhos
para a Servic;o
na area,
Social,
sempre
naD se permitiu durante
mas tinha que sofrer par ter feito essa escolha,
muitos anos tazer outra escolha
o
estava
errado deve sofrer as conseqOemcias.
mas mesma assim insistiu, se farmout
estudar
trazia a questao
que eram suas eseelhas
que tinha par elas? A problematica
Ser assistente social: relata que desde
gostava,
esta paciente
mas sera que ela tern consciencia
mudou?
a melhor
opc;ao. Escolher
assim nao passa pela frustra9aO
um curso
que
de tentar algo que considera
mais dificil e ter que se haver com sua propria falha.
"T er que fazer",
da paciente.
familia:
que,
Quando
Nao desistir,
aos
olhos
questionadas
"nao se permitiu",
questionada
nao deixar
de seu
pai,
curs~ de Direito.
Atualmente
de quando
No dia previsto
quando
relata
pois relata
afasta a sentimento
o
sao
no discurso
metade".
fracas,
este
em epoca de vestibular
acordou
episodio
pergunta
"ainda"
na afinna9ao
de pensar
momento
se
reconhece
Tern
para
si
constantemente
sobra
acima
para
0
como
uma
uma mudan9a
no discurso
dessas
dificil,
nesse
assim
que ha uma predisposi9ao
e sua responsabilidade
diante
a passagem
do sujeito,
da
delas,
mas
em sua vida.
de sua vida, mas este nao implica
em analise,
coisa
dela implicado
"ainda foi melhor ter esquecido.".
que issa acarretara
de entrada
0
havia esquecido.
algo que considera
pode significar
suas escolhas
fez a inscriC;ao para
atrasada,
algo pr6prio
nao tentar
de nao dar conta. Afinna:
Ela fez um relato interessante
mudanya,
presentes
que e algo que traz de
"pela
desistem
para a prova,
que prefere
pode naa estar preparada
o
relata
pendentes,
que
com ela, mas em seguida
esquecimento,
paciente
assuntos
pessoas
sempre
respeito
de sua capacidade.
Traz uma lembran9a
aconteceu
expressoes
a esse
para
a diva,
uma mudan9a
deva
subjetiva9aO.
marcar
uma
de lugar, implicar-se
em suas escolhas.
Deste ponto
surgem
questoes
com rela9ilo
Como se da a manejo destas entrevistas
Como
manifeste.
ponto
de partida
e
necessaria
Pelo relato do caso pode-se
ao tema
para possibilitar
apostar
que
proposto.
a entrada
da queixa
na questao
A principal
e:
em analise?
inicial
a sintoma
da insatisfa9ao.
se
25
Pelo discurso
sup5e
conversivo
apareceu,
sintoma
trabalhar
para
emergEmcia
ampliar
do que
S8
0
que
relato
e
anaHtico
do sujeito
em questao,
analise,
0
momento,
de sua
histerica,
no discurso
hist6ria
porem
E
da paciente.
de vida,
nenhum
necessario
possibilitando
assim
a
repete.
No trabalho
venha
trata de uma neurose
S8
ate
assim entende-s8
extremamente
ista dara
que esta
e do
importante
a direyao,
paciente
deixar
que
"assunto"
0
que marcan3 a demanda
e ele
e responsavel
de
pela escolha
de estar ali.
a
texto
analista
tundamenta-se
do analisante
esta suposta
esta inscrita
to
alguns
quest6es
Trata-se,
a trabalho
urn tema.
si, que
envolve
sua queixa?
de alivio.
se escolhe
sobre
e
Qual
demanda,
cruciais,
esta
resposta
no inconsciente
que em principia
e emerge
em funyEio
analitico.
Iniciar uma analise
analista?
elementos
na figura do analista
do trabalho
a
do tato de saber que "nao M tala sem resposta".
jil contem
como:
0 que 0 que traz 0 sujeito
neste primeiro
momenta,
parte de pontos especificos,
a partir da tala do sujeito,
aspectos
irnportantes
quando
sao
ate 0
de sofrimento,
de
isso nao quer dizer que
este nos diz
delirnitados
para
0
que sabe
possibilitar
0
trabalho.
A paciente
analitico
em
questao
vai alem da presenya
do marido.
No trabalho
em momento
escolhe
fisica.
iniciar
urn tratamento,
atual, tendo partido desta demanda,
de questionar
porem,
No caso a demand a recorrente
a sua insatisfa9ao
a analisante
com esse marido
0
trabalho
e a mudan~a
se encontra
e percebe
que alem
dele muitas outras coisas nao a satisfazem.
E
possivel
associar
pod em ser utilizados
para
0
alguns
aspectos
para questiona-Ia,
da hist6ria
como
manejo
da paciente,
sao dados
para possibilitar
que
a passagem
diva.
A analisante
faltava,
destaca
satisfeitas.
estima,
Em contra partida
a vantagem
Oestaca-se
pais e associar
quest6es
relata que quando
principalmente
crianc;a vivia uma epoca de "fartura",
a atenc;ao
do pai para que suas
a adolescencia
e lembrada
de ser crian9a ja nao contava
tambem
a essa
0
uma epoca
seu interesse
e seu fascinio,
pelas
quando
nada Ihe
fossem
de baixa
rna is a seu favor.
fato de ate as seis anos de idade dormir
epoca
sabre reprodu9ao
como
vontades
quest6es
crianya,
no quarto
sexuais,
par mulheres
dos
destacando
gravidas.
26
Quando
crian<;a
se
satisfazer
suas vontades,
paciente,
que
adolesc€mcia
quisesse
prevalecia
em
alem de sua palavra
cargo
pais
eram
ell vontade
dos
a trabalhar,
aquilo
que queria,
de Assistente
Um aspecto
quando
a analista
parada,
enigmatiza
o analista
e
deste
posiciana
mas
0
assim
Social.
dinheiro
ea
como
Atualmente,
que ganhava
sua situ8r;ao
mesma
da
velhos.
Na
sua familia
exemplifiea
com
naD era suficiente
para
sua
de entrevistas
pontua96es
cortes
sao menos
carreira,
depende
com urna situa9ao
que marca a mudanya
a fazer algumas
atual em relac;ao ao seu
com
passa
preliminares
na discursa
enigmatizantes.
do
melhor.
e
para analise
do paciente.
pelo sujeito.
Faz
No inicio do
0 que possibilita
e intensifica
e a transferencia.
tern a responsabilidade
trabalho
que
surge
com
0
a discurso
manejo
das entrevistas
analitico
e a sujeito
prelim ina res,
em
analise
se
diante de seu inconsciente.
Ela escolheu
esse marido
que e passivel
fazer
extensao
que eliminaria
dela,
escolha,
par
discurso
que gostaria,
aquilo que esta sendo dito com certeza
esses
este ato analitico
pais
0
mais
tudo que desejava,
marida, que assim como sua familia a deixa fantasiando
tratamento
responsaveis
com
irmaos
naD ter a importancia
de [he oferecer
as
de acordo
roupas, entre Qutras eoisas.
Comecou
camprar
seus
principalmente,
relac;ao
naD era capaz, financeiramente,
cursos, viagens,
alga
significando
um marido
pelo que ele representava,
a partir
do discurso
seus
inteligente,
dela
defeitos,
e camo
uma imagem
se a marido
pais acreditava
com uma carreira
ter feito
promissora,
recorrente
fosse
uma
sem falhas
uma
otima
ela diz,
alguem que nao era como ela.
Seria
tratando
interessante
para
de uma imagem
que ela nao
e",
no minimo
listar seus defeitos.
negativo,
Tudo
nao valorizado
Como
e
neste trabalho
urn caso
a rumo
passar
por esse percurso,
e que a descole
deve
0
que
seu
haver
marido
homem
fizesse
como
urn incernodo
que urn dia Ihe pareceu
analise,
pois
um ser sem falhas,
em atualmente
qualidade
em
se
"tudo a
s6 conseguir
hoje tern urn aspecto
por ela.
em andamento,
sao relevantes,
sendo
ela
que faz desse
do tratamento,
entende-se
mas nao conc\usivas.
mas
pelo
ainda faz-se
urn tanto da historia
que
que as quest6es
se percebe
necessario
de seu rnarido.
levantadas
Pod em testemunhar
0
resgate
a analisante
qual esta
necessita
de sua hist6ria
de vida
27
Entretanto,
como
ate
aqui se demonstrou,
e
imperativQ
urn determinado
manejo, que seja estritamente analitico, por parte do psicanalista, para que de uma
queixa au de urna demanda qualquer advenha urna demanda de analise. Assim, naD
se pode evitar a pergunta acerca de se esse manejo, no casa em
a conduc;ao au direC;Bo do tratamento
questao, ista
vern sendo suficientemente
depois de urn ana de entrevistas ainda nae se propiciou a passagem
analltiea,
ao diva.
e, se
ja que
28
CONSIDERM';OES
o
durante
fato de estar
trabalho
0
no inicio
de explicitar
conceitos
aprofundar
e
ern entrevistas
formayao
como
analista
preliminares,
e
a mais de
motivou
a tentativa
neste processo.
que talar sobre 0 inicio
demasiadamente
provavelmente
em
de urn tratamento
porem
psicanalise,
em cad a conceito,
com
pais tornaria
a
0
analitico
e
talar
func;:ao de naD
trabalho
extenso
e
sem conclusao.
Tratando-se
ser tao incisivD,
verdades
envolvidas
fundamenlais
para
com urn caso que esta em andamento
se encontra
as quest6es
D interessante
sobre
de urn percurso
cHnico deparar
urn ano e a analisante
FINAlS
do trabalho
nas Entrevistas
nao questiona
em demasia,
0 analista
Preliminares
nao se imp6e
tende
a
a desconstruyao
naD
das
do sujeito.
Pais
e
analitico,
e
0
0
momenta
momento
e 0 sujeito
medida que
de verificar
do individuo
a possibilidade
de se iniciar
se par em questao
urn trabalho
e reconhecer
em certa
de suas escolhas.
e
"Desconfiar
do 6bvio
0 que de mais util, creio, Freud nos ensina. E da materia instavel
dessa inquietayao
que sao feitas as suas grandes descobertas.
Assim
que ele se pOe a
salvo da tentacao do sentido ao afirmar, par exemplo, sobre as formayOes substitutivas
que 0
que dita as substituiyOes
noao e a semelhan(fa
entre as coisas denotadas,
mas a das palavras
empregadas
para expressa~la."
(VALORE,
1997).
e
E a palavra que da a diret;ao
do
sujeito
que
permeia
0
ao tratamento,
manejo
e 0 espat;o
Esses
as paradas
dao
suporte
a entrada
o titulo
deste trabalho
diz: 0 manejo
das entrevistas
tern sua funt;ao,
ele faz parte
deste
o analista
verdades,
E
do analisando,
manejo
ao discurso
associado
desconstruindo
as
suas certezas,
em analise.
ele, como diz Valore (1997), desconfia
esse
oferecido
elementos
interrogat;oes,
0
no discurso
deste.
que
possibilita
prelim ina res. Supoe que
processo
de desconstrut;ao
das
do 6bvio e questiona.
transferemcia,
que
instala
a Neurose
de
transferemcia.
Esse
tratamento
devido
periodo
analitico.
a estrutura
de entrevistas
Verificar
do sujeito,
par que esta ali, reconhecer
preliminares
a possibilidade
possibilitar
seu sintoma:
cumpre
alguns
de dar continuidade
uma retificat;ao
Como sofre.
subjetiva,
objetivos
de
urn
ao tratamento
0
sujeito
saber
29
Entende-se
analitico,
discurso
porem
que esses
aspectos
aeirna
citados
este e em VaG se nao he. transferemcia.
sao cruciais
E
para a trabalho
pela transferencia
do sujeito muda, a posi~ao dele diante do seu sintoma
muda.
que 0
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