[0 sujeito de iria adormecer e pos-se a calcular cionado no primeiro perfodo, antes de bocejou.] d) mais de uma oracao substantiva: Era melhor esquecer 0 no e pensar numa cam a igual it de seu Tomas da bolandeira. (G. Ramos, VS, 83.) e Guilhermina, men- Observa~io: Pode ocorrer que 0 verbo nao tenha desinencia pessoal e que 0 sujeito venha sugerido pela desinencia de outro verbo. Por exemplo, neste perfodo: Dir-se-ia que 0 pano do palco se havia levantado e que iam surgir, pelas entradas laterais, as demais figuras da pe~a. (J. Montello, LE, 108.) Antes de comunicar-vos uma descoberta que considero interesse para 0 nosso pais, deixai que vos agradeca , de algum e Observa~io: Outras combinacdes podem entrar particularmente comum a de pronome na formacao do SUJEITO COMPOSTO, substantive; ou vice-versa: + sendo Eramos meu pai e eu E urn negro, negro cavalo. (V. de Morais, PCP, 286.) o sujeito de considero, indica do pela desinencia -0, eu, tambem sujeito de comunicar, verbo na forma infinitiva sem desinencia pessoal. Vejamos urn caso similar, com 0 verbo na forma finita: a Hoje tardinha, acabado 0 jantar, enquanto gada de Ioao, estirei-me no sofa e adormeci. Eu, sujeito de estirei-me e adormeci, e tam bern finita sem desinencia pessoal , SUJEITO OCULTO (DETERMINADO) E aquele que nao esta materialmente expresso na oracao, mas pode ser identificado. A identificacao faz-se: a) pela desinencia verbal: Ficamos urn bocado sem falar. (L. B. Honwana, NMCT, 10.) e Soropita, mencionado Guilhermina bocejou. Iria adormecer? as horas. (c. de Oliveira, CD, 115.) sujeito de esperava, forma verbal Algumas vezes 0 verbo nao se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a acao, ou por nao haver interesse no seu conhecimento. Dizemos, entao, que 0 SUJEITO e INDETERMINADO. Nestes casos em que 0 sujeito nao vern expresso na oracao nem pode ser identificado, poe-se 0 verba: a) ou na 3~ pessoa do plural: - Contaram-me, quando eu era pequenina, a historia duns naufragos, como n6s. (A. Ribeiro, SBAM, 265.) b) pela presenca do sujeito em outra oracao do mesmo periodo ou de periodo contiguo: [0 sujeito de viera, dormira e retornava primeira oracao, antes de viera.] a che- SUJEITO INDETERMINADO [0 sujeito de jicamas, indicado pela desinencia -mos, enos.] Soropita ali viera, na vespera, la dormira; e agora retornava a casa. (Guimaraes Rosa, CB, II, 467.) 0 esperava Reputavam-no 0 maior comilao da cidade. (C. dos Anjos, MS, 44.) b) ou na 3~ pessoa do singular, com 0 pronome se: Ainda se vivia num mundo de certezas. (A. Bessa Luis, OM, 296.) Precisa-se do carvalho; nao se precisa do canico. (C. dos Anjos, MS, 381.) Comia-se com a boca, com os olhos, com 0 nariz. (Machado de Assis, OC, I, 520 P.) 125 Faz hoje oito dias que comecei. (A. Abelaira, B, 133.) Os dois processes de indeterminac;ao podem concorrer num mesmo - periodo: d) com ORA<;AO SEM SUJEITO Chove. Anoitece. Faz frio. interessa-nos 0 processo verbal em si, pois nao 0 atribuimos a nenhum ser. Diz-se, entao, que 0 verbo e IMPESSOAL; e 0 sujeito, IN.EXISTENTE. Eis os principais casos de inexistencia do sujeito: a) com verbos ou expressoes que denotam fenomenos da natureza: De volta, com a garrafa na mao, apenas chuviscava. (L. Jardim, MP, 49.) Amanheceu a chover. (A. Botto, AO, 235.) Era marco e ainda fazia frio. (M. Torga, NCM, 120.) 0 verbo haver na acepcao de "existir": Ainda ba jasrnins, ainda ba rosas, Ainda ba violoes e modinhas Em certas ruas saudosas. (Ribeiro Couto, PR, 315.) Na sala havia ainda tres quadros do pintor. (F. Namora, DT, 206.) c) com os verbos haver, [azer e ir, quando indicam tempo decorrido: Morava no Rio bavia muitos anos, desligado das coisas de Minas. (C. dos Anjos, MS, 327.) verbo ser, na indicacao do tempo em geral: Era Inverno na certa no alto sertao. (1. Lins do Rego, ME, 57.) Era por altura das lavouras. (A. Bessa LUIs, S, 187.) Observa~oes: 1.") Nas oracoes impessoais 0 verbo ser concord a em numero predicativo. Veja-se, a proposito, 0 Capitulo 13. 2.") Tambern ocorre a impessoalidade nas locucoes verbais: e pessoa com 0 Como podia haver tantas casas e tanta gente? (G. Ramos, VS, 114.) Anoitecia e tinham acabado de jantar. (E. Verissimo, LS, 147.) com 0 / Nao deve ser confundido 0 SUJElTO INDETERMINADO, que existe, mas nao se pode ou nao se deseja identificar, com a inexistencia do sujeito. Em oracoes como as seguintes: b) - Vai para uns quinze anos escrevi uma cronica do Curvelo. (M. Bandeira, PP, II, 338.) Na Cas a pisavam sem sapatos, e falava-se baixo. (A. M. Machado, JT, 13.) Devo estar os cantos. esfacelada, (M. J. deve haver de Carvalho, pedacos de mim por todos A V, 56.) e 3.") Na linguagem coloquial do Brasil corrente 0 emprego do verba ter como impessoal, semelhanca de haver, Escritores modernos - e alguns dos maiores niio tern duvidado em alcar a construcao lingua literaria , Comparern-se estes passes: a a Hoje tem festa no brejo! (C. Drummond Em Pasargada tern tudo, E outra civilizacao ... (M. Bandeira, de Andrade, R, 16.) PP, 222.) o uso de ter impessoal deve estender-se ao portugues das nacoes africanas. De sua vitali dade em Angola ha abundante docurnentacao na obra de Luandino Vieira. Comparem-se, por exemplo, estes passos: Niio tem morte para 0 riso, niio tem morte. (NM, 74.) - Aqui tem galinha, tem quintal ... (L, 63.) - Verdes am ores niio tem mais, nunca mais. (N.M., 62.) 127 4.") Em sentido Iigurado, os verbos podem ser empregados com sujeito: Dormiu Choviam que exprimem fenomenos da natureza nem 0 paciente, desenvolve: mal. mas amaoheceu alegre. rs. Verfssimo, LS. 146.) mas a sede Pedro os ditos ao passo que ela seguia pelas mesas. (Almada Negreiros, NG. 92.) do processo verbal, 0 lugar onde ele se e magro, Antonio permanece doente.: ficou palido. o porteiro DA ATITUDE DO SUJEITO Observa~io: COM OS VERBOS DE A<;AO Quando 0 verba exprime uma acao, a atitude do sujeito com referencia ao processo verbal pode ser de atividade, de passividade, ou de atividade e passividade ao mesmo tempo. 1. Neste exemplo: Maria levantou 0 menino. o sujeito Maria executa a acao expressa jeito e, pois, 0 AGENTE. 2. Neste exempIo: o menino a ac;ao nao - e 0 o o PREDICADO pode ser PREDICADO NOMINAL, VERBAL ou VERBa-NOMINAL. peIa forma verbal levantou. 0 suPREDICADO foi levantado pelo sujeito Maria. 0 sujeito, no caso, sofre 3. Neste exemplo: Maria levantou-se, a ac;ao entao, e e praticada Incluem-se naturalrnente entre os verbos que evocam urn estado, ou melhor, urna mudanca de estado, os incoativos como adoecer, emagrecer, empalidecer, equivalentes a [icar doente, [icar magro, jicar palido . o menino, mas pelo agente da passiva a acao; e dela e PREDICADO NOMINAL PREDICATIVO. por Maria. 0 PACIENTE. simultaneamente exercida e sofrida peIo sujeito Maria. 0 sujeito a urn tempo, 0 AGENTE e 0 PACIENTE dela. Observa~io: 1. 0 VERBO a) NOMINAL formado DE LIGA<;AO pode por urn VERBO DE LIGA<;AO + expressar: estado permanente: Hilario era Eu sou a 0 herdeiro da quinta. (C. de Oliveira, CD, 90.) tua sombra. (N. Pifion, FD, 38.). b) est ado transit6rio: e Como vernos, na voz ativa, 0 terrno que represent a 0 agente 0 SUJEITO do verbo; 0 que representa 0 paciente e 0 OBJETO DIRETO. Na voz passiva, 0 OBJETO (paciente) torna-se 0 SUJEITO do verbo. o veIho esteve entre a vida e a morte durante uma semana. (Castro Soromenho, nao anda urn pouco TM, 236.) COM OS VERB OS DE ESTADO Quando 0 verbo evoca urn estado, a atitude da pessoa ou da coisa que dele participa de neutralidade. 0 sujeito, no caso, nao 0 agente e 128 e Voce trabalbo? (C. Drummond fatigado de Andrade, pelo excesso de CA, 139.) 129