MARKETING DIGITAL E AS REDES SOCIAIS NA INTERNET Juliano do Amaral Leite1 Profª. Orientadora Carla Gomes Beuter Diógenes Nos dias de hoje, as empresas precisam buscar algum diferencial para continuar atuando diante de um mercado altamente competitivo e em constante mudança. Além de desenvolver um bom produto ou serviço, e disponibilizá-lo ao público-alvo, as empresas necessitam buscar gerenciar essa comunicação na manutenção do relacionamento com seus clientes. Neste estudo será abordado o marketing digital, marketing de relacionamento com relação as redes de comunicação ou redes sociais. Este estudo teve a intenção de evidenciar o marketing digital como principal elemento de alcance ao consumidor no conforto de seu lar e oferecer produtos e serviços que consigam atender seus anseios e suas aspirações. Não houve intenção em esgotar o tema que é bastante polêmico e fruto de diversos assuntos acadêmicos e profissionais. Palavras - Chaves: Comunicação, Marketing, Propaganda, Redes Sociais, Relações. 1 Formando no curso de MBA em Administração de Marketing pela UNINTER. INTRODUÇÃO O presente estudo revela uma investigação da importância das novas mídias na internet, para a construção de um método de comunicação direta e transparente com o cliente. Objetivando a colaboração em massa para contribuir na criação de bens e serviços. Neste panorama, o principal objetivo é revelar como as novas mídias, na condição de ferramentas estratégicas de comunicação, em especial, o marketing digital, podem criar uma imagem corporativa eficiente, concisa e confiável, através de suas diversas manifestações. Para tanto, é necessário evidenciar de que maneira o marketing digital pode agregar valor a um serviço ou produto oferecido por uma empresa, gerando diferencial competitivo. Ao verificar como as empresas percebem a necessidade de apresentar uma imagem corporativa confiável no seu plano de negócio, é possível utilizar as mídias como veículos de comunicação para os produtos ou serviços, de maneira que sejam eficientes e que revertam os esforços realizados de maneira positiva. No mercado de hoje, é fato que as empresas estão utilizando diversas maneiras de comunicação direta com o cliente. Isto se deve, principalmente, ao avanço tecnológico alcançado na última década, o qual possibilitou o desenvolvimento de produtos e serviços que atendam mais as necessidades dos consumidores. Drucker (1999) explicou que um dos grandes desafios gerenciais a serem confrontados pelas organizações atuais, é a carência de estarem preparadas para agir em um ambiente de mudanças constantes. Isto é, as empresas precisam ser receptivas a inovações em todos os aspectos, visualizando essas novas situações como oportunidades, de forma a torná-las eficazes dentro e fora da organização. Só assim, elas conseguirão garantir sua sobrevivência num mercado altamente competitivo. Sabe-se que, a imagem da empresa no mercado e na visão do consumidor é fator primordial na escolha do produto ou serviço. Por esta razão, torna-se fundamental o desenvolvimento de uma imagem corporativa forte, capaz de gerar resultados tangíveis e obter diferencial competitivo. Também é de conhecimento quase que unânime, que as empresas Internacionais mantêm uma comunicação direta com seus consumidores, clientes internos e externos através da internet em diversas formas, uma das quais seria o marketing digital, podendo dar sugestões, opiniões e reclamações, resultando em produtos melhores atendendo as expectativas nos quais eles procuram. Percebe-se, então, que as empresas internacionais estão mais atualizadas aos avanços tecnológicos e sabem onde encontrar seu cliente, além do método convencional presencial, a saber, o cliente ir até seu estabelecimento. O mesmo não acontece no cenário nacional, onde os investimentos nas áreas tecnológicas não são consideráveis, pois para os empresários brasileiros acreditam que esse tipo de comunicação não possui o resultado desejado pela empresa. Com essas constatações a pergunta problema que surge é: como seria possível melhorar a percepção dos empresários nacionais quanto a relevância do marketing digital nos tempos de hoje, como instrumento para maximização dos lucros e fidelização dos clientes? Para se conseguir responder essa pergunta, esse estudo terá caráter dedutivo descritivo fundamentado em revisão bibliográfica correlata. MARKETING DIGITAL Kotler e Keller (2006) definiram marketing como o processo social por intermédio do qual as pessoas e grupos de pessoas conseguem aquilo de que precisam e o que aspiram com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. Com o advento de novos meios de comunicação e a popularização da Internet foi necessária a migração do marketing para a esfera digital. Existem diversas denominações sobre a utilização do marketing digital, entretanto, pretende-se aqui ressaltar apenas algumas com o intuito de estreitar o tema. Sheth et. al., (2002) caracterizou o marketing digital como uma forma de se fazer marketing mediante ações de comunicação que as empresas utilizam com recursos digitais, podendo ser representados via Internet. Sempre lembrando que o conceito de marketing é muito mais amplo que marketing digital, ou do comercial e da propaganda, que é representado como marketing digital para algumas empresas. O referido autor definiu o marketing como papel corporativo objetivo ligado a satisfação do cliente, a internet proporcionou uma visão radical de como a missão básica do marketing é realizada. Fundamentado neste conceito, é possível constatar três modificações de paradigmas essenciais, a saber: Sheth et. al., (2002) explicou que em primeiro lugar, na era industrial, os profissionais de marketing começavam e dirigiam o processo de troca. Já na era da internet, os clientes definem de que informações necessitam qual a melhor oferta e a que preços estão dispostos a pagar, por determinado serviço, e ou produto para atender as suas necessidades. De acordo com o referido autor, em segundo lugar, os clientes estão mais exigentes, procurando produtos de qualidade a preços razoáveis, e serviços mais rápidos e melhores. Desta maneira, a tradicional troca entre eficácia e eficiência já não é tão relevante. O que se espera do profissional de marketing na era da internet é satisfazer todas as necessidades presentes e futuras dos clientes de maneira eficaz e eficiente. O autor citado finalizou afirmando que em terceiro lugar, as empresas com visão no futuro, estão focando a satisfação dos clientes, surgindo o “Espaço de Mercado” Sheth et. al., (2002) esclareceu que um espaço de mercado é o contexto no qual os clientes estão ligados não só a produto, mas ao sistema por inteiro,e no qual as empresas podem fornecer um conjunto completo de serviços com valor agregado, como mecanismo para obter vantagem competitiva sustentável sobre suas concorrentes. O referido autor citou como exemplo a GE, que não só produz e vende motores de avião, como também vende para Southwest Airlines o “Power By The Hour”, um serviço de monitoramento eletrônico do desempenho do motor durante o vôo e o rastreamento dos dados de manutenção e consertos. Com as informações coletadas até o momento, é notório que o Marketing Digital é uma das expressões mais utilizadas nos últimos anos e vem ganhando muita força na Internet, no e-commerce e no ebusiness. Vaz (2008) destacou que as disposições do marketing estão se modificando com o surgimento de comunicação da Web 2.0, wikis, redes sociais, blogs, dentre outros, que geram novas interações dos internautas no ciberespaço. De acordo com o referido autor, novas maneiras de marketing podem ser exploradas principalmente utilizando-se conceitos de personalização da comunicação e mobilidade. Vaz (2008) explicou que a propaganda um para muitos, como tem sido aplicadas pelas mídias clássicas como TV, rádio, outdoor, jornal e revista, entre outras, para permanecer alcançando os retornos de antes, terão que se adaptar e se reinventar. Nos dias de hoje, estamos na era da mídia um para um ou ainda, muitos para muitos, o comportamento on demand. Anderson (2006) destacou que o marketing digital tem interessante relação com o conceito de marketing direto no qual um sistema interativo do marketing que usa uma ou mais mídias de propaganda para obter uma resposta considerável e/ou uma transação em qualquer localização. De acordo com o citado autor, outra relação do marketing digital é com o buzz marketing ou ruído de marketing, tipo de vírus de mercado. Onde o marketing é feito mediante o famoso boca a boca e com a utilização das RSV (Redes Sociais Virtuais), cada membro da rede poderá se tornar um propagador de uma notícia ou produto com a vantagem de em uma única mensagem atingir diversos outros internautas. Anderson (2006) explicou que as preferências individuais das pessoas se distanciam da tendência dominante. O novo consumidor acompanha mais a tendência de personalização e demanda uma comunicação que atenda esse requisito. Infelizmente, nas últimas décadas as alternativas foram relegadas às margens por poderosos veículos de marketing, feitos sob medida para indústrias que deles precisam como questão de vida ou morte. Berman et al (2007) preconizaram que até 2020, as mudanças no cenário da propaganda serão mais expressivos do que nos últimos 50 anos. Chegaram a esta conclusão fundamentado em entrevistas com 80 executivos de agências, anunciantes e 2.400 consumidores, se chegou à conclusão que esta mudança envolverá bilhões de dólares e deslocará 30% do investimento, que hoje são destinados à mídia tradicional, para a mídia on-line em um prazo de cinco anos. Um dos grandes propulsores disto é e continuará sendo a Web 2.0 e os seus conceitos. Cavallini (2006) explicou que a revolução que a internet causou o maior impacto não só como uma nova mídia e sim por ter modificado o comportamento do consumidor de maneira geral. Vaz (2008) complementou que com o advento da internet apareceu também a maneira de se e comunicar com um mundo globalizado, desenvolvendo redes de contato com os mais variadas finalidades, em tempo real, com qualquer pessoa no mundo. De acordo com o referido autor, isto tornou possível não só a possibilidade de contato com diferentes culturas como também a possibilidade de acessar um volume infindável de informações, sobre praticamente qualquer assunto, fazendo assim com que aumente o nível de informação do consumidor ao adquirir um produto ou serviço e também o seu poder de influência com um círculo cada vez maior de pessoas. E o citado autor, finalizou explicando que essas particularidades fazem com que as empresas tenham que manter características relevantes para se diferenciarem como por exemplo: ser simples, ser ético, ser encontrável, colocar o consumidor no início da cadeia de valor da empresa, criar relacionamentos e renovar-se a cada dia. NOVOS INSTRUMENTOS DO MARKETING DIGITAL Newman (2003) com a intenção de elencar todos os novos instrumentos inovadores utilizados no marketing digital elaborou a tabela na página seguinte: Tabela 1: Caracterização dos instrumentos Fonte: Newman, 2003. Newman (2003) explicou que vários serviços, aplicações e instrumentos são inventados ou aprimorados quase que diariamente ou frequentemente com mais serviço disponibilizados e evoluções dos padrões já existentes em todos os segmentos. De acordo com o autor citado, a intenção de todos esses instrumentos e adventos tecnológicos é seduzir mais usuários e atender necessidades que surgem por parte das comunidades virtuais quase que na mesma velocidade das inovações tecnológicas. Duarte et. al., (2008) entenderam que cada tipo de instrumento tem conseguido diariamente mais seguidores e maneiras de integração, e o marketing digital tende a crescer juntamente com as inovações, em ritmo acelerado, buscando o consumidor. A seguir, faz-se necessária uma breve explanação sobre as redes sociais tradicionais, para então, a seguir, falarmos das redes sociais virtuais. REDES SOCIAIS: A NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO Newman (2003) definiu a rede social como um conjunto de pessoas ou grupo de pessoas com algum grau de afinidade ou relacionamento entre eles. Duarte et al (2008) entenderam que rede social não se trata de redes de reações químicas e sim redes de comunicações. Este grau de interação entre indivíduos em uma amizade, em uma relação de trabalho, em uma relação entre casais e entre famílias caracteriza um elo social que formará uma rede. Partindo-se desse conceito é possível entender que os grupos se diferenciam pelas diferentes formas as quais as pessoas se comunicam dentro dele. Duarte et al (2008) explicaram que uma rede intra-organizacional possibilita algumas análises importantes até mesmo para determinar qual a melhor forma de se chegar a um objetivo, pois são possíveis análises como visualização e identificação de grupos de trabalho, divisões externas, contatos primários externos e atores centrais nos fluxos de informação. Os referidos autores complementaram que uma rede social fundamenta-se em ciclos múltiplos de retroalimentação que posteriormente produzem uma cultura pertencente àquele grupo e formada a partir de crenças, valores, ideologias e linguagem de cada membro do grupo, esses fatores criarão a identidade da rede. Newman (2003) destacou outra possibilidade de formulação de uma rede, ao qual denominou de redes de informações, onde as vértices ou partes relevantes das redes não são exatamente pessoas e sim os fatos ou estudos que a atraem. QUANDO SURGIRAM AS REDES SOCIAIS Partindo do princípio que o ser humano tem a necessidade de se socializar é possível constatar na história demonstrações nesse sentido. Duarte (2008) et al., verificaram que rede é um padrão comum e necessário para todo tipo de vida, essa afirmação foi também baseada em uma análise biológica. Wellman (2005, p.53) apud Recuero (2009), denominou redes sociais como grupos com ligações interpessoais que compartilham informações, oferecem apoio e demonstram solidariedade uns aos outros. O supracitado autor já havia utilizado o termo comunidades virtuais, entretanto, para unificação será adotado o termo redes sociais. Duarte et al., (2008) apresentaram algumas estruturas de interações entre pessoas para a formulação inicial de uma rede: Díade: par de atores e o possível elo entre estes. As díades devem ter propriedades como reciprocidade, correlação entre os elos envolvidos entre outras; Tríade: Um subgrupo de três atores ou dois atores e um elemento como elo em comum. A seguir, serão apresentadas as definições e considerações para o termo redes sociais virtuais. REDES SOCIAIS VIRTUAIS SANTINI (2009) denominou uma rede social virtual como uma página na Internet em que se pode disponibilizar um perfil público de si mesmo, com fotos e dados pessoais e elaborar uma lista de amigos que já integram ou serão convidados para seguir o mesmo site. Bagozzi e Dholakia (2002, p.04 apud RECUERO, 2009) designaram redes sociais virtuais como uma ação social intencional já que a afiliação, participação e frequência são dadas através da escolha livre e pessoal do internauta, diferentemente da inclusão em uma comunidade onde, por exemplo: o ato de se desligar dela é muito mais complexo do que somente se desconectar. As novas tecnologias da informação e todas as ferramentas de comunicação disponibilizadas por ela originam diversas comunidades virtuais. Castells (2000) explicou que a tendência social e política peculiaridade dessa sociedade dos anos 90 é a edificação da ação social e das políticas ao redor de identidades primárias ou conferidas, enraizadas na história e geografia, ou recémconstruídas, em busca ansiosa por significado e espiritualidade. Segundo o citado autor, os primeiros passos das sociedades da informação são assinalados por uma procura de identidade individualizada e a demonstração do valor individual. Essa visão é constatada através da utilização como base de um determinado atributo cultural ou um conjunto de atributos, chegando até mesmo a suplantar referências de sociedade em teoria mais influentes. Recuero (2009) advertiu que independentemente da comunidade ser on-line ou off-line as motivações necessárias para que haja a interação são as mesmas, confiança, identidade, objetivo, fronteiras e zona de conforto. Newman (2003) concluiu que além de redes partindo de vértices e pontes (aplicação dos laços fortes e fracos) devem representar homens ou mulheres, pessoas de diferentes nacionalidades, localidades, idade, influências entre outras coisas. Já as pontes devem representar amizade, mas também podem representar animosidade, conhecimento profissional ou proximidade geográfica. Cardoso (2007) pesquisou e apontou que em tempos movidos pelo conceito de comunidade, os números se multiplicam em progressão aritmética. Somente entre as maiores redes do mundo: MySpace (300 milhões), Facebook (200 milhões), Orkut (60 milhões) e Flickr (76 milhões) mais de 636 milhões de usuários compartilham informações. Com esses dados é possível constatar que aproximadamente 10% da população de todo o planeta está inserida em alguma rede social. Tapscott e Williams (2007) verificaram que os internautas querem ser protagonistas. Os números dos serviços que colocam os usuários na linha de frente não deixam dúvidas. As empresas também perceberam que podem usar a participação, a colaboração e a interatividade em benefício dos negócios. Seja os colaboradores internos ou externos à organização, o fator relevante é que quanto mais pessoas estiverem engajadas nas redes sociais, mais forte, concisa e atual ela será. Hoje as empresas necessitam dessas redes para se alinharem tanto com o ambiente interno quanto como o ambiente externo. O MARKETING DIGITAL NAS REDES SOCIAIS Não há o que se discutir, que as redes sociais são um amplo campo para a aplicação do marketing, com capacidade de oferecer milhões de clientes ao simples clicar do mouse ou do teclado. O que será exposto aqui são algumas estratégias já utilizadas e seus efeitos nos consumidores virtuais. Sabe-se que o marketing tradicional aplica o chamado efeito de intrusão, em outras palavras, na comunicação e oferta de um conceito. Esse conceito é a da marca para o cliente. A marca é estampada ao cliente nos meios digitais onde ele acessa, de maneira mais conveniente, aliás, a conveniência é o ponto mais forte do marketing digital, propiciando links que direcionam para suas lojas virtuais e diretamente para as promoções e ofertas que desejam partilhar. Até então nunca houve a possibilidade de se ouvir o outro lado de forma tão ampla e irrestrita como a tecnologia nos possibilita agora. Neste sentido, Vaz (2008) bem colocou que o consumidor mediante todos os avanços tecnológicos esboça força e uma carência cada vez maior em participar da criação e disponibilização de serviços e produtos que satisfaça todas as suas necessidades e desejos. Além disso, essa mesma tecnologia nos abre portas para que uma marca possa se comunicar com seus clientes de forma mais próxima. Esta proximidade significa fornecer informações que sejam relevantes e convenientes ao cliente, em seu processo de decisão de compra. Vaz (2008) acredita em uma mudança no marketing, ao qual denominou Marketing 2.0, que tornou obsoleto o conceito 4Ps, passando ao 4Cs, do novo consumidor virtual. A Figura abaixo ilustra melhor essa concepção: Figura 1: Dos 4Ps aos 4Cs – Marketing 2.0 Fonte: Vaz (2008) De acordo com Tapscott e Williams (2007) os consumidores do século XXI tornaram-se mais espertos, ansiosos, jovens e tecnologicamente atualizados, persistindo em levar à tecnologia ao limite. Windham e Orton (2000) já haviam apontado os novos consumidores utilizam a internet como facilidade no processo de consumo: identificando necessidades, buscando soluções, comprando produtos e serviços, respondendo perguntas e resolvendo problemas. Prahalad e Ramaswamy (2004) observaram que no século passado, os consumidores eram alvos estáticos de demanda para as ofertas das empresas, e esse perfil mudou nos dias de hoje. Venetianer (1999) conseguiu identificar quatro grandes incentivos que atraíram a atenção do consumidor na internet, são eles: curiosidade, busca por lazer, busca de informações e procura por conveniência. Oliveira (2003) confirmou que a necessidade de conveniência, foi inicialmente rechaçada pelos consumidores que queriam algumas garantias para começar a negociar pela internet. De acordo com o citado autor, os maiores e mais constantes impedimentos eram a preocupação do consumidor com a segurança e o uso não autorizado dos dados pessoais tais como detalhes de cartão de crédito e baixa velocidade da transmissão de dados. Oliveira (2003) identificou também outros fatores impeditivos como o alto custo de tempo on-line, a inexistência na época de um sistema padrão de pagamento, as tecnologias de segurança e criptografia não suficientemente desenvolvidas, custo alto dos aparelhos de acesso à internet, escolha limitada de produtos, interface de uso complicado que causava dificuldade na navegação, o consumidor que não conseguia especificar horários e locais adequados para a entrega de mercadorias, o que levava alguns a dar preferência ao comércio local e custos altos na distribuição de produtos físicos. Estes foram fatores de redução de comércio eletrônico, que foram sanados ao longo dos anos, deixando, para os dias atuais, algumas incidências de reclamações e insatisfações nas compras online. Mas este não será o foco deste estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Fica evidente a importância das empresas em buscar atualizar suas ofertas para o espaço dito virtual. Os consumidores, cada vez mais, estão deixando de visitar lojas convencionais, assim como estão deixando de utilizar o dinheiro em espécie, passando a andar somente com seus cartões de crédito. O diferencial das empresas estará estampado na capacidade de oferta, entrega do produto ou execução do serviço, bem como o atendimento pós-venda, de satisfação do cliente com o produto ou serviço e com os instrumentos disponibilizados on line. O consumidor do futuro é praticamente uma incógnita, quanto aos seus anseios, pois constantemente muda de opinião e preferências. A forma de consumir deste sujeito será extremamente superior ao de hoje. A maneira como valoriza a marca ou o serviço será totalmente diferente dos dias de hoje e mudará com velocidade impressionante, fato que já constatamos hoje. A necessidade das empresas em manter um canal direto com os consumidores é cada vez maior, dada as afirmativas apresentadas acima. Só desta maneira, os administradores serão capazes de prever as necessidades do consumidor e conceber estratégias para que seus produtos sejam apreciados e divulgados em redes sociais. A preferência de um determinado grupo na rede social será fator fundamental para a propagação da marca. Para um estudo posterior, seria interessante uma investigação dos impactos de determinada marca, de preferência famosa, na opinião e preferências dos usuários de canais de redes sociais, bem como, avaliar a maneira de consumir destes sujeitos em nossa era dita digital. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, C. A cauda longa. Rio de Janeiro: Campus, 2006. CARDOSO, G. A mídia na sociedade em rede. Rio de Janeiro: FGV. 2007. CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000. CAVALLINI, R. O marketing depois de amanhã. São Paulo: Digerati Books, 2006. DUARTE, F; QUANDT, C. O; SOUZA, Q. O tempo das redes. v.1. São Paulo: Perspectiva, 2008. DRUCKER, P. F. Desafios gerenciais para o século XXI. 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