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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE SAUDE PÚBLICA
XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA
IONARA BERNARDI
LEPTOSPIROSE E SANEAMENTO BÁSICO
FLORIANÓPOLIS (SC)
2012
IONARA BERNARDI
LEPTOSPIROSE E SANEAMENTO BÁSICO
Monografia apresentada a Especialização em Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina,
como requisito parcial para Obtenção do título de Especialista em Saúde Pública.
Orientador: Prof. Dr. Emil Kupek
FLORIANÓPOLIS (SC)
2012
LEPTOSPIROSE E SANEAMENTO BÁSICO
RESUMO
Nesta revisão de literatura objetivou-se mostrar que a precariedade do saneamento básico se
relaciona intimamente com o aumento da incidência de casos de leptospirose, apesar de não
ser o seu único fator determinante. Apresentando dados coletados em artigos e sites
institucionais, procurou-se identificar conceitos e aspectos relevantes à construção deste
estudo. Assim, apesar de não serem responsáveis diretos pela ocorrência de doenças
infecciosas, os indicadores de pobreza favorecem alguns determinantes que propiciam a
associação destas enfermidades com os menores níveis socioeconômicos da população. Neste
contexto, a leptospirose firma-se como uma doença de grande relevância social. Entende-se,
desta forma, que seja necessário que os gestores em saúde dispendam um pouco mais de
atenção a essa questão.
Palavras-chave: leptospirose, saneamento básico, situação socioeconômica, mortalidade,
morbidade.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA
LEPTOSPIROSE E SANEAMENTO BÁSICO
Ionara Bernardi
Esta monografia foi analisada pelo professor orientador e aprovada para obtenção do grau
de Especialista em Saúde Pública no Departamento de Saúde Pública da Universidade
Federal de Santa Catarina
Florianópolis, 01 de abril de 2012.
--------------------------------------------------------Prof.ª Dra. Jane Maria de Souza Philippi
Coordenadora do Curso
----------------------------------------------------------Prof. Dr. Emil Kupek
Orientador do trabalho
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 06
2 METODOLOGIA........................................................................................................... 07
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................... 08
3.1 Leptospirose.................................................................................................................... 08
3.2 Saneamento Básico......................................................................................................... 13
3.3 Medidas de Prevenção e Controle................................................................................... 15
4 CONCLUSÃO................................................................................................................. 17
REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 18
1 INTRODUÇÃO
Apesar de não serem responsáveis diretos pela ocorrência de doenças infecciosas,
os indicadores de pobreza – tais como: menores níveis de renda e escolaridade, habitações
precárias, abastecimento de água e coleta de esgoto, inapropriados – favorecem alguns
determinantes que propiciam a associação destas enfermidades com os menores níveis
socioeconômicos da população.
Neste contexto, a leptospirose firma-se como uma doença de grande relevância
social, pois se apresenta de forma endêmica em todo o Brasil e atinge, em sua maioria,
populações de baixa renda, residentes em áreas de saneamento precário.
Estima-se ainda, que devido à dificuldade de diagnóstico, esteja ocorrendo
subnotificação dos casos de leptospirose no mundo, ocasionando uma diminuição de sua
importância socioeconômica. (SOUZA, 2011)
No estado de Santa Catarina, e também, no município de Florianópolis, dados
indicam que os períodos chuvosos e enchentes, associados à precariedade de saneamento
básico, contribuíram para o aumento da incidência de casos de leptospirose no ano de 2008.
(SANTA CATARINA, 2008)
Conforme o Instituto Trata Brasil (2012), a Casan (Companhia Catarinense de
Águas e saneamento) admite que apenas 55% da população da capital catarinense possui
tratamento de esgoto.
Assim, pretendeu-se a partir deste trabalho de revisão bibliográfica pesquisar se a
precariedade do saneamento básico no município de Florianópolis propicia o aumento de
casos de leptospirose.
6
2 METODOLOGIA
Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica que teve como finalidade
pesquisar se a precariedade do saneamento básico propicia o aumento de casos de leptospirose
na grande Florianópolis.
Os artigos científicos foram localizados através de uma busca sistemática
realizada nos bancos de dados LILACS, SCIELO, Medline e MSAUDE, utilizando-se os
descritores “leptospirose”, “saneamento básico”, “situação socioeconômica”, “mortalidade”,
“morbidade”.
Inicialmente, os descritores foram utilizados individualmente, o que resultou em
um grande número de artigos. Portanto, optou-se por realizar a combinação dos descritores
para que se obtivesse uma busca mais específica. A consulta abrangeu um período entre 1997
e 2011. Considerando o objetivo do estudo, foram selecionados 10 artigos e também
consultados livros-texto acadêmicos para o desenvolvimento dos conteúdos sobre
epidemiologia e fundamentação dos conceitos.
Após a busca na literatura, foi realizada a seleção dos artigos de interesse. Os
artigos foram selecionados, inicialmente, pela leitura dos títulos e resumos, sendo excluídos
aqueles cujo resumo não apresentava relação com a temática do trabalho. Após a definição
dos artigos a serem utilizados, procedeu-se à leitura dos mesmos, identificando conceitos e
aspectos relevantes à construção deste estudo.
7
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Leptospirose
A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro
pode variar desde um processo inaparente até formas graves. (BRASIL, 2009)
No Brasil a doença é endêmica em todas as unidades da federação e epidêmica
principalmente em períodos chuvosos. (SOUZA, 2011)
Os casos suspeitos de leptospirose são de notificação compulsória no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e os óbitos, registrados no Sistema de
Informação de Mortalidade (SIM).
Por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e
perdas de dias de trabalho, como também por sua letalidade – pode chegar a 40%, nos casos
mais graves –, esta zoonose se mostra de grande importância social e econômica.
Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e
alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a
persistência do agente causal no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos. (BRASIL, 2009,
p. 495)
Tem como agente etiológico a bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica
obrigatória do gênero Leptospira, do qual se conhecem atualmente 14 espécies patogênicas,
sendo a mais importante a L. interrogans. (BRASIL, 2009)
Dentre os fatores ligados ao agente etiológico, que favorecem a persistência dos
focos de leptospirose, especial destaque deve ser dado ao elevado grau de variação antigênica,
à capacidade de sobrevivência no meio ambiente (até 180 dias) e à ampla variedade de
animais suscetíveis que podem hospedar o microrganismo. (BRASIL, 2009)
Os animais sinantrópicos domésticos e selvagens são os reservatórios essenciais
para a persistência dos focos da infecção. Os seres humanos são apenas hospedeiros
acidentais e terminais dentro da cadeia de transmissão. (BRASIL, 2009)
8
O principal reservatório é constituído pelos roedores sinantrópicos, das espécies
Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e
Mus musculus (camundongo ou catita). (BRASIL, 2009)
Ao se infectarem, não desenvolvem a doença e tornam-se portadores, albergando
a leptospira nos rins, eliminando-a viva no meio ambiente e contaminando, dessa forma, água,
solo e alimentos. O R. norvegicus é o principal portador do sorovar Icterohaemorraghiae, um
dos mais patogênicos para o homem. Outros reservatórios de importância são: caninos,
suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. (BRASIL, 2009, p. 495)
Quanto ao modo de transmissão, a infecção humana resulta da exposição direta ou
indireta à urina de animais infectados. A penetração do microrganismo ocorre através da pele
com presença de lesões, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou
através de mucosas. O contato com água e lama contaminadas demonstra a importância do elo
hídrico na transmissão da doença ao homem. (BRASIL, 2009, p. 495-96)
Outras modalidades de transmissão possíveis, porém com rara frequência, são:
contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados, transmissão acidental em
laboratórios e ingestão de água ou alimentos contaminados.
A transmissão entre humanos é muito rara e de pouca relevância epidemiológica,
podendo ocorrer pelo contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas.
O período de incubação varia de 1 a 30 dias (média entre 5 e 14 dias). Quanto ao
período de transmissibilidade os animais infectados podem eliminar a leptospira através da
urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido.
(BRASIL, 2009)
A suscetibilidade no homem é geral. A imunidade adquirida pós-infecção é
sorovar-específica, podendo um mesmo indivíduo apresentar a doença mais de uma vez se o
agente causal de cada episódio pertencer a um sorovar diferente do anterior. (BRASIL, 2009)
A doença pode ser assintomática.
Segundo Varella (2011), quando se instalam, os sintomas são febre alta que
começa de repente, mal-estar, dor muscular (mialgias) especialmente na panturrilha, de
cabeça e no tórax, olhos vermelhos (hiperemia conjuntival), tosse, cansaço, calafrios, náuseas,
diarreia, desidratação, exantemas (manchas vermelhas no corpo), meningite.
9
Em geral, a leptospirose é autolimitada, costuma evoluir bem e os sintomas
regridem depois de três ou quatro dias. Entretanto, essa melhora pode ser transitória. Icterícia,
hemorragias, complicações renais, torpor e coma são sinais da forma grave da doença.
(VARELLA, 2011)
No primeiro semestre de 2010, a DIVE/SC (Diretoria de Vigilância
Epidemiológica de Santa Catarina) emitiu um alerta para o risco de adoecer e morrer por
leptospirose no estado, principalmente no primeiro semestre do ano, quando em anos
endêmicos foi registrado o maior número de casos. (SANTA CATARINA, 2010)
A letalidade no Estado, no ano de 2009, foi de 4,8%, registrando uma elevação
após anos de queda. (SANTA CATARINA, 2010)
Segundo dados da DIVE (SANTA CATARINA, 2010), neste estado a
leptospirose é uma doença que acomete mais os homens (83%) com a maior proporção de
casos na faixa etária de 20 a 34 anos (35%).
Em 2009, os casos confirmados foram provenientes em sua maioria de região urbana
(75%) e apresentaram como exposição de risco relevante para a infecção:

Local com sinal de roedores (62,5%);

Contato com água ou lama de enchente (45,3%);

Contato com rios, córregos, lagoa ou represa (40,3%);

Criação de animais (34,7%). (SANTA CATARINA, 2010)
Na Grande Florianópolis segundo a DIVE (SANTA CATARINA, 2010), no ano
de 2009, foram notificados 57 casos de leptospirose, sendo que 02 deles resultaram em óbito
(apresentando uma letalidade de 4%).
10
Gráfico 1 – Casos de Leptospirose na Grande Florianópolis.
Casos de Leptospirose na Grande Florianópolis
70
60
50
Ign/Branco
40
Confirmado
30
Descartado
20
10
0
2007
2008
2009
2010
2011
Fonte: Sinan Florianópolis, 24/10/2011.
Na cidade de Florianópolis, entre os anos de 2007 e 2011 foram notificados 334
casos de leptospirose, sendo que apenas 103 casos foram confirmados. Apesar de algumas
inconstâncias, o gráfico demonstra que houve um aumento de mais de 47% no número de
casos confirmados nos últimos cinco anos.
No entanto, é possível que os dados sobre a notificação dos casos de leptospirose
não reflitam a realidade.
Conforme expõe Souza (2011), a Sociedade Internacional de Leptospirose relata
que há uma subnotificação acentuada dos casos devido principalmente à dificuldade de
confirmação diagnóstica, à frequente confusão com outras doenças e à baixa detecção das
formas leves da enfermidade.
O desconhecimento do impacto da leptospirose no Brasil diminui o
reconhecimento de sua importância socioeconômica, resultando que medidas mais efetivas
para o controle da doença sejam preteridas. (SOUZA, 2011)
Souza et all. (2011), em estudo sobre custos de hospitalização e anos potenciais
perdidos devido à leptospirose, chegaram as seguintes conclusões:
As características da maioria das internações que evoluíram para óbito eram: sexo
masculino, entre 18 e 49 anos, raça branca, zona urbana e ensino fundamental
incompleto. Foram 6.490 anos potenciais de vida perdidos, sendo 75% da faixa
etária de 20 a 49 anos.
11
Quando ajustada pela população, a perda foi de 15 dias de vida/1.000 habitantes. A
proporção de anos potenciais de vida perdidos pelo número de óbitos foi em média
de 30 anos perdidos para cada óbito.
O impacto financeiro estimado foi equivalente a R$ 22,9 milhões em salários não
ganhos. Os custos hospitalares foram de R$ 831,5 mil. Considerando os dias de
salário perdidos por período de internação (mediana: 06 dias), houve perda de R$
103,0 mil. (SOUZA, 2011, p. 1001)
Neste estudo, a leptospirose acometeu principalmente o sexo masculino,
moradores de zona urbana com baixa escolaridade e da faixa etária economicamente ativa.
Segundo Souza (2011), estes dados sugerem que a doença ocorre em uma
população de maior vulnerabilidade social e que demanda maior atenção das autoridades
sanitárias.
Assim, se comparado ao possível tratamento precoce ou não adoecimento, houve
elevado custo social em termo de anos potenciais de vida perdidos e gasto hospitalar parcial
com leptospirose.
12
3.2 Saneamento Básico
No Brasil, a proporção de domicílios com saneamento adequado (ligado à rede
geral de esgoto ou fossa séptica, com água proveniente de rede geral de abastecimento e lixo
coletado direta ou indiretamente pelos serviços de limpeza) subiu de 45,3% em 1991 para
56,5% em 2000 e 61,8% em 2010. (BRASIL, 2011)
Nas cidades com até cinco mil habitantes as taxas passaram de 9,7% em 1991
para 21,7% em 2000 e 30,8% em 2010. Já nas cidades com mais de 500 mil habitantes, os
percentuais eram de 73,6% em 1991, 79,7% em 2000 e 82,5% em 2010. (BRASIL, 2011)
Florianópolis é a quarta cidade e a primeira capital do país no ranking do Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2000, que é calculado com base em critérios de renda,
saúde e educação. No entanto, a cidade ainda deixa a desejar em alguns aspectos, como
saneamento básico. (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2012)
No ranking de saneamento – estudo do Instituto Trata Brasil – o município
declarou tratar 56% do esgoto em 2007 e apenas 40% em 2008. Atualmente, 55% da
população urbana têm tratamento de esgoto na capital catarinense, conforme informações da
Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). (INSTITUTO TRATA BRASIL,
2012)
Segundo Gomes (1997), a incidência de leptospirose no Brasil, aumenta
principalmente no verão em decorrência de chuvas e alagamentos de áreas urbanas – sendo
comum a ocorrência de surtos epidêmicos em épocas de maior precipitação pluviométrica.
Dessa forma, pode-se especular que haja uma relação inversamente proporcional
entre os casos de leptospirose e o saneamento básico, já que a transmissão ocorre, segundo
Blazius (2005), por meio do contato com água contaminada por espiroquetas que são
eliminadas na urina de ratos, gatos, cães e outros animais.
Animais que vivem em áreas urbanas, cujas condições sanitárias e de
infraestrutura são precárias, junto a lixões, esgotos a céu aberto, depósitos de materiais
descartados, restos alimentares e promiscuidade com outras espécies animais, se constituem
particularmente em população de risco. (BLAZIUS, 2005)
13
Este fato pode ser comprovado pelo gráfico abaixo que mostra um aumenta
expressivo de casos de leptospirose em Florianópolis no ano de 2008 – período que coincide
com um período de chuvas intensas e enchentes em várias cidades do estado de Santa
Catarina. (SANTA CATARINA, 2008)
Gráfico 2 – Casos de leptospirose notificados em Florianópolis SINAN/NET
Casos de Leptospirose Notificados em Florianópolis - SINAN
Net
Casos Notificados
50
Ign/Branco
40
30
Cura
20
Óbito pelo agravo
notificado
10
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Óbito por outra causa
Ano
14
3.3 Medidas de prevenção e controle
Entre as medidas de prevenção e controle podemos destacar:
As relativas às fontes de infecção:

Controle de roedores: através de medidas de antirratização – que consistem na
modificação das características ambientais que favorecem a penetração,
instalação e proliferação de roedores, eliminando os fatores que propiciam
acesso destes a água, alimento e abrigo. (BRASIL, 2010)

Coleta, acondicionamento e destino adequado do lixo, principal fonte de
alimento para roedores. (BRASIL, 2010)

Manutenção de terrenos baldios, públicos ou privados, murados e livres de
mato e entulhos, evitando condições à instalação de roedores. (BRASIL,
2010)

Eliminação de entulho, materiais de construção ou objetos em desuso.
(BRASIL, 2010)
As relativas às vias de transmissão:

Utilização de água potável, filtrada, fervida ou clorada para consumo humano.
(BRASIL, 2010)

Limpeza e desinfecção adequada de reservatórios domésticos de água.
(BRASIL, 2010)

Descarte de alimentos que entrarem em contato com águas contaminadas.
(BRASIL, 2010)

Limpeza e desinfecção de áreas domiciliares que sofreram inundação recente.
(BRASIL, 2010)
15
As relativas às águas superficiais e esgotos:

Desassoreamento, limpeza e canalização de córregos. (BRASIL, 2010)

Emprego de
técnicas
de drenagem
de
águas
livres
supostamente
contaminadas. (BRASIL, 2010)

Construção e manutenção permanente das galerias de águas pluviais e esgoto
urbano. (BRASIL, 2010)
As relativas ao suscetível:

Medidas de proteção individual para trabalhadores ou indivíduos expostos ao
risco, através do uso de equipamentos de proteção individual como luvas e
botas. (BRASIL, 2010)

Redução do risco de exposição de ferimentos às águas/lama de enchentes ou
outra situação de risco. (BRASIL, 2010)

Imunização de animais domésticos (com vacinas de uso veterinário)
(BRASIL, 2010)
16
4 CONCLUSÃO
Com base na literatura consultada, pode-se concluir que a leptospirose – uma
doença infecciosa parasitária de caráter endêmico no Brasil – apresenta manifestações
epidêmicas que acontecem de forma sazonal, em estações climáticas caracterizadas pelo
aumento das precipitações pluviométricas.
O que em última análise reflete os problemas de saneamento básico que
acometem o Brasil de norte a sul. O município de Florianópolis, objeto deste estudo, não se
mostra diferente do todo.
Apesar de o estudo necessitar de um maior aprofundamento nas questões
estabelecidas, percebe-se uma nítida relação entre o aumento de casos de leptospirose e o
baixo índice de saneamento básico na região referida no estudo.
Assim, entende-se que seja necessário que os gestores em saúde dispendam um
pouco mais de atenção a essa questão.
17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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