LEPTOSPIROSE_SUINA

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LEPTOSPIROSE SUÍNA – REVISÃO DE LITERATURA
Thiago Vaz Lopes¹
Filipe Igor Moreno Borges¹
Mauricio Vicente Dias Filho¹
Paula Duarte Silva Rangel Garcia²
Os suínos podem ser acometidos por uma série de enfermidades que acarretam perdas
produtivas e econômicas. Dentre estas, enfatiza-se a leptospirose, uma zoonose
cosmopolita, que representa risco para a saúde pública e afeta diretamente os índices
produtivos da suinocultura. A leptospirose suína é uma doença de notificação
obrigatória, classificada na lista B da Organização Internacional de Epizootias (OIE).
De acordo com as normas para certificação de granjas de reprodutores suídeos, toda
granja certificada deve ser livre de peste suína clássica, doença de Aujeszky, brucelose,
tuberculose, sarna e também de leptospirose ou tê-la controlada. Assim, objetivou-se,
com essa revisão descrever os aspectos da doença em suínos e sua importância. A
enfermidade é causada por bactérias da ordem Spirochaetales, família leptospiraceae e
gênero leptospira. No Brasil vários sorovares foram relacionados a infecções em suínos,
sendo a soroprevalência de gryppotiphosa, icterohaemorhagiae, pomona, autumnalis,
copenhageni, tarassovi, hardjo, bratislava, wolffi e canicola. A doença é reconhecida
pelos transtornos que ocorrem na esfera reprodutiva das fêmeas que se caracteriza na
fase crônica por abortamentos no terço final da gestação, natimortalidade, repetição de
cio, mumificação fetal, nascimento de leitões fracos, baixo número de leitões, descarga
vulvar e morte embrionária e na fase aguda em animais adultos por ocorrência de febre,
mastite focal e leptospirúria e nos leitões, ocorrência de febre, anorexia,
hemoglobinúria, encefalite, acessos convulsivos e alta mortalidade. A penetração das
leptospiras ocorre principalmente através da pele e mucosas. O período de incubação é
de dois a cinco dias, com posterior disseminação hematógena e localização e
proliferação nos órgãos parenquimatosos, principalmente fígado, rins, baço e meninges.
O diagnóstico pode ser realizado com os dados epidemiológicos da doença, sinais
clínicos e exames laboratoriais, sendo o mais utilizado e o indicado pela Organização
Mundial de Saúde, a técnica de soroaglutinação microscópica. A cadeia epidemiológica
da leptospirose envolve três elos: a fonte de infecção, as vias de transmissão e o
hospedeiro susceptível. As medidas de prevenção e controle deverão ser dirigidas a
todos os elos dessa cadeia. A vacinação oferece uma proteção eficaz somente quando
aliada às outras medidas preventivas, especialmente em granjas em que as condições
ambientais favoreçam a infecção com leptospiras, pois as vacinas comerciais protegem
apenas contra alguns sorovares e, portanto, faz-se necessário determinar a
soroprevalência de cada região em busca de uma imunoprofilaxia mais eficaz. Concluise que na suinocultura moderna e intensiva, a prevenção é a melhor forma de reduzir
riscos e custos, com a implementação de medidas de biosseguridade, programas de
vacinação, medicações profiláticas e programas de limpeza e desinfecção eficientes. A
leptospirose é uma doença importante no Brasil, mas ainda pouco estudada.
Palavras chave: Suíno. Leptospira. OIE
1-Discente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Luterano de JiParaná.
2-Profa MSc do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Luterano de JiParaná. ([email protected]).
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