FLORA CATARINENSE ILUST~ADA Planejada e editada por RAULlNO REtTZ Publlca!110 patrocinada Conselho Nacional de Desenvolvimento Instituto Brasileiro por: ClenUflco e Tecnol6glco de Desenvolvjmento Herbário "Barbosa Rodrigues" Florestal - - CNPq· IBDF HBR FAscrCULO I PARTE PASS AS PLANTAS , PASSIFLORACEAS por JOSÉ DA COSTA SACCO Observações ecológicas 132 páginas, por ROBERTO M. KLEIN 28 estampas, 15 mapas ITAJAI - SANTA CATARINA - BRASIL 1980 PASS 3 PASSIFLORÁCEAS FAMíLIA DO MARACUJÁ Passifloraceae* Lindl., Nat. Syst. ed. 2: 67. 1836; Endl., Gen. 2: 924. 1839; Hook. f. in Benth. et Hook. f., Gen. 1: 807. 1865; Baillon, Hist. pl. 8 : 469. 1886; Mast. in Trans. Lln. Soe. Lond. Bot. 27: 593. 1871, in Mart., Fl. Bras. 13, 1: 530. 1872; Barbosa Rodrigues, Hortus Flum.: 183. 1893; Harms ln EngIer et Prantl, Pflanzenf. 3, 6a : 69. 1893, ín Nachtr. : 253. 1897; Lemée, Dlct. 7 : 369. 1939. INFLORESCÊNCIAS em geral axilares ou, por vezes, sobre o caule, formando cimeiras, paniculas, racimos, pseudoracimos ou fascículos; às vezes flores simples ou aos pares, raro providas de gavinhas ocasionalmente transformadas em espinhos; brácteas e bractéolas geralmente presentes, lineares, setáceas ou folíáceas, às vezes dispersas, às vezes ínvolucradas, FLORES hermafroditas ou unissexuais, actinomorfas; perianto completo ou raramente simples, em geral acompanhado de uma coroa constituída por uma ou várias séries de filamentos; cálice gamossépalo com o tubo calicinal mais ou menos desenvolvido e sépalas coriáceas ou membranáceas, persistentes, às vezes dorso-apendiculadas; pétalas presentes, raramente nulas, livres ou um pouco soldadas; opérculo às vezes presente, situado na base, na parede mediana ou no ápice do tubo calicinal; limem às vezes presente, situado na base do tubo calicinal, envolvendo o androginóforo; androceu em geral isostêmone, raro polístêmone, estames inseridos na base do tubo calicinal ou mais acima, ou ainda formando um androginóforo, estamínódíos presentes ou não; filetes um pouco conatos ou fasciculados, anteras basifixas ou dorsifixas, ou ainda versáteis, com duas lojas de deíscêncía longitudinal; gineceu constituído por um ovário súpero, unilocular, séssil ou estípítado: óvulos anátropos, em geral numerosos, com placentação parietal; estiletes em número de três, raro quatro ou cinco, sempre iguais ao número de placentas ou nulos, livres ou soldados (pouco ou inteiramente), um ou mais estigmas capitados, clavados ou disciformes. * Originado do gênero Passülora L. PASS 4 FRUTO baga ou cápsula de deiscência loculicida ou irregular; SEMENTES numerosas (muito raramente uma), de testa foveolada ou estriada, providas de arilo sacciforme ou membranoso, endosperma carnoso. ARVORES ou arbustos eretos, geralmente arbustos ou lianas herbáceas, providos de gavinhas em geral axilares (por vezes modificadas em espinhos), às vezes subarbustos ou plantas herbáceas sem gavinhas, com ramos, por vezes, angulosos ou alados. FOLHAS alternas, muito raramente opostas, simples (inteiras, lobadas ou partidas) ou compostas (digitadas, trifolioladas, penadas ou bipenadas), geralmente pecioladas e com ou sem glândulas peciolares; estípulas caducas ou persistentes, de forma e tamanho variável. Area de dispersão - A família Passifloraceae acha-se composta por doze gêneros. Os gêneros Crossostemma Planch. ex Benth., Machadoa Welv. ex Benth. et Hook., Deídamia Nor. ex Thouars, Tryphostemma Harv. e Schlechterina Harms são africanos; Adenia Forsk possui o maior número de suas espécies na Africa, estando também representada na Asia e nas ilhas do Pacífico Sul; Hollrungia Schm. é próprio da Nova Guiné; Tetrapathaea Reichb. faz-se presente na Nova Zelândia; Mitostemma Mast. e Dilkea Mast. ocorrem somente na América do Sul; Tetrastylis B. Rodr. é encontrado nas Américas Central e do Sul; Passiflora L., com o maior número de espécies, cerca de 400 (quatrocentas), ocorre, principalmente, nas Américas, registrando-se a ocorrência de somente cerca de dez por cento de suas espécies na Ásia Tropical até a Polínésía e Austrália. Alguns autores, como Fernandes e Fernandes (1958), incluem ainda Paropsia Nor. ex Thouars, da África Tropical, entre os gêneros de Passifloraceae, enquanto outros, como Engler (1964) o mantém em Flacourtiaceae. No Brasil ocorrem os gêneros Mitostemma, DiIkea, Tetrastylis e PassifIora O gênero Dilkea é próprio do Amazonas e Pará; Tetrastylis ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro; Mitostemma faz-se presente nos Estados de Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; Passiflora ocorre em todo o país, sendo o único gênero registrado para o Estado de Santa Catarina. Dentre aqueles que dedicaram sua atenção à família Passifloraceae, nas Américas, salientam-se Masters (1872) e Killip (1938), pelo elevado número de espécies tratadas. Masters, em sua monografia para a Flora Brasiliensis de Martius, trata de 175 de Passiflora, das quaís 79 ocorrentes no Brasil. Killip faz a revisão das espécies americanas, reconhecendo como válidas 355 referentes ao gênero Passiflora, das quaís 101 são citadas para o Brasil. Killip (1960), em nota PASS 123 Página com visualização parcial. CONSPECTO GENERO(S) I I 1. Passillora GERAL DAS PASSIFLORÁCEAS Plantas descritas na FIe (Sp·1 ssp·llar·1 for. I-l I Plantas nativas ou espontâneas em se (Sp·1 ssp·1 lar. I I for. I Plantas cultivadas em se Hlbr·1 (Sp·1 SSP. I I I lar. for. Hlbr. I I - 1 I - I - I I - I I . I - 1- I - I . I· I . 18 1 2. Mitostemma 1 TOTAl: 1 GtHlRO[SI -- 19 . - 16 . 2 - + 1 - - 1 -+- -- - -