UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG ÉLIDA LOPES SOUZA ROCHA¹ FERNANDO SHINJI KAWAKUBO² AVALIAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO DO USO DA TERRA NA REGIÃO DE ALFENAS (SUL DE MINAS GERAIS) COM O USO DE IMAGENS MULTITEMPORAIS DO SATÉLITE LANDSAT ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 ALFENAS/MG 2010 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................. 3 2 OBJETIVO................................................................... 4 3 ÁREA DE ESTUDO..................................................... 4 4 FIGURA 1.................................................................... 6 5 MATERIAIS................................................................. 7 6 METODOLOGIA........................................................ 7 7 RESULTADOS ESPERADOS..................................... 8 8 PLANO DE EXECUÇÃO............................................. 9 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................... 9 ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2 1 INTRODUÇÃO O Sensoriamento Remoto se constitui basicamente na aquisição de dados acerca de uma determinada área sem que haja necessidade de contato direto com o objeto de estudo. Segundo Novo (1993), o Sensoriamento Remoto consiste na utilização conjunta de modernos sensores, equipamentos para processamento dos dados, equipamentos de transmissão, aeronaves, espaçonaves, etc, com o objetivo de estudar o ambiente terrestre através do registro e das interações entre as radiações eletromagnéticas e as substâncias componentes do planeta em suas mais diversas manifestações. Nesta linha, a referida técnica desempenha importante papel na Geografia, sobretudo no tocante a estudos do uso da terra. O lançamento de novos sistemas sensores e o desenvolvimento de técnicas de processamento de imagens têm ampliado o potencial do sensoriamento remoto em inúmeras aplicações sobretudo ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 3 em áreas da geografia. Em geral, os dados obtidos pelos sensores remotos são imagens, sendo que estas normalmente necessitam de correções para proporcionar uma melhor condição de análise e extração de informações por parte do analista. O processamento de imagens de sensores remotos consiste basicamente, em tratar digitalmente por meio de algorítimos computacionais, estes dados, estas reproduções. Nesse sentido, o Processamento Digital de Imagens é , de acordo com Crosta (1993), fornecer ferramentas para facilitar a identificação e a extração das informações contidas nas imagens, para posterior interpretação. Trabalhos realizados por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais demonstram de maneira clara a eficiência e o potencial de imagens de sensores orbitais no estudo de áreas agrícolas. Como no caso dos trabalhos de mapeamento da cultura da cana-de-açúcar na região centro-sul do Brasil realizados por Rudorff et al. (2004) e Rudorff et al. (2005). Conforme Barros et al. (2007), estimar a área plantada com café por meio de interpretação de imagens de sensores orbitais, é mais complexo que no caso de outras culturas como cana-de-açúcar ou soja. Isto porque as formas de manejo ao longo do ciclo deste cultivo se diferem de propriedade para propriedade. O que leva a uma considerável variabilidade no comportamento espectral dessa cultura. Porém, antes da apresentação desta dificuldade, estudos como o de Moreira et al. (2004), apresentam metodologias diferenciadas para corroborar o uso do Sensoriamento Remoto no mapeamento deste cultivo. Como o aspecto multi-temporal das imagens e definição de épocas mais favoráveis na identificação das lavouras e sua distinção em relação aos outros componentes presentes na imagem. Crosta (1992), afirma que “o processamento digital deve ser encarado como um estágio preparatório, embora quase sempre obrigatório, da atividade de interpretação das imagens de sensoriamento remoto.” ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 4 Portanto, a utilização do recurso adotado pelo trabalho proposto, em estudos científicos se mostra vantajosa. Pois a geração de informações se dá em espaço de tempo relativamente curto e a ferramenta apresenta ainda, vantagens no tocante ao custo. Atualmente, instituições de pesquisa como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) tem fornecido através da política de disseminação de dados gratuitos, imagens e softwares sem custo ao usuário por meio da internet. Diante disso, utilizar-se-há como base metodológica, as técnicas de Sensoriamento Remoto associadas ás técnicas de Processamento Digital de Imagens para analisar as transformações do uso da terra na região de Alfenas, sul de Minas Gerais. 2 OBJETIVO O Objetivo do estudo é avaliar a dinâmica do uso da terra na referida região, com enfoque no cultivo de cana-de-açúcar e café, utilizando técnicas de processamento digital de imagens de sensoriamento remoto. Para tanto, será feita uma análise multi-temporal por meio de duas imagens de satélite, uma da década de 1980 e outra da atualidade a fim de identificar as transformações ocorridas ao longo desse intervalo de tempo. 3 ÁREA DE ESTUDO Situa-se no Sul do Estado de Minas Gerais (Figura 1) e pertence, conforme classificação adotada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), à mesorregião do Sudoeste Mineiro e microrregião de Furnas. Localiza-se a uma altitude média de 840m, ocupando uma área de 849,2km² de extensão. A sede de Alfenas, segundo as coordenadas geográficas, está a 21°25’’44’ latitude sul e ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 5 45°56’’49’´W Plano Diretor (2007). De acordo com o Plano Diretor (2007), o município foi primitivamente povoado por tribos indígenas. Posteriormente, nas últimas décadas do século XVII e primeiras do século XIX, muitas famílias migraram para a região atraídas pelos vales férteis, buscando uma alternativa econômica promissora, representada na época pelas atividades agropastoris. Em 1869, de vila passou a cidade. Em 1833 o café foi introduzido nas lavouras do município sendo o cultivo de maior destaque na região. Também eram produzidos cana e cereais, além da criação de porcos e gados. Na década de 1960, com a inundação de uma grande área da região em prol da construção da Usina Hidrelétrica de Furnas, o município tem seu sistema ferroviário desarticulado, o que acarretou uma reconfiguração do processo de escoamento das produções mencionadas acima. A partir daí, a economia basicamente agrícola, sofre um abalo e passa a se re-estruturar de forma mais diversificada. A represa gerou também, crescimento urbano por meio dos migrantes oriundos das áreas por ela alagadas, atraindo, na época, investimentos na área do turismo. Para finalizar, com relação ao crescimento urbano, este se deu não só pela construção da represa e do processo de ocupação anteriormente citado, mas também pelo potencial paralelo inerente à estruturação das instituições de ensino superior. No tocante à ocupação agrícola, é imprescindível adiantar que as características geomorfológicas constituintes da área contemplada pelo estudo, estão intimamente ligadas às dinâmicas do uso da terra e seu histórico agrícola de ocupação. Isso, porque elas refletem fatores pedológicos, geológicos, climáticos entre outros, que influenciam diretamente nos tipos de cultura e técnicas inseridos na região. ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 6 O Plano Diretor, apresenta para a região a seguinte classificação do relevo: suave e ondulado, com alguns vales de declividade acentuada. A área central da cidade está situada sobre um platô divisor de águas, na direção Norte-Sul, de onde nascem muitos córregos que permeiam ou circundam a cidade, com cotas variando entre 780 e 800m aproximadamente. As unidades geomorfopedológicas mais presentes são caracterizadas por colinas de topo aplainado, com rampas expressivas, onde predominam os latossolos. Essas unidades se interligam com o lago de Furnas, e são ocupadas por atividades agropecuárias até os limites do nível do reservatório. Nesta linha, Alfenas é uma cidade cujas áreas adjacentes são propícias ao cultivo de café em curvas de nível, posto que apresenta em toda a sua circunvizinhança um relevo de morros. Não podendo, por isso, negligenciar também, a forte presença de colinas; possibilitando o plantio de cana, tanto nestas áreas suavemente elevadas porém de menor declive, como nos fundos de vales formados pelos morros outrora citados. ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 7 Figura 1. Localização do Município de Alfenas. Fonte: ALAGO, 2006. ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 8 4 MATERIAIS Cartas topográficas na escala 1: 50 000; Aparelho de Posicionamento GPS; Mapas temáticos da região; Imagens do satélite Landsat-5. Câmera fotográfica. 5 METODOLOGIA Para realizar o mapeamento da dinâmica do uso da terra, será feita uma leitura de cenas por meio de duas imagens obtidas gratuitamente no site do INPE (www.inpe.br): uma da década de 1980 e outra do período atual. As imagens serão processadas e analisadas com o software ILWIS do ITC da Holanda. A princípio, para introduzir nas imagens precisão cartográfica, elas precisam ser corrigidas segundo um sistema de coordenadas. Para tanto, serão trabalhadas com a técnica de Correção Geométrica, que consiste na transformação da imagem por meio da relação entre ela e uma base cartográfica fazendo-a assumir as propriedades de escala e projeção da base. No caso presente, a imagem da data atual será corrigida em relação à carta topográfica de escala 1: 50 000 com o método de transformação baseado em pontos de controle; no qual os pontos da carta são identificados na imagem, e o sistema transfere as coordenadas da primeira para a segunda. Em seguida, a cena da década de 1980 será corrigida ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 9 geometricamente por registro de imagens feito entre ela e a atual, já corrigida. O propósito é obter uma perfeita coincidência em relação a localização no terreno. Feito isto, para que o olho do analista possa identificar melhor as nuances de tons de cinza, estes serão espalhados no histograma da imagem; sendo necessário para tal, a aplicação de realce do tipo aumento linear de contraste. Outras técnicas de realce, como composições coloridas RGB (filtros coloridos red, green e blue) serão empregadas para apoiar a visualização e consequente extração de informações. Com base nas atividades de campo, os diferentes componentes da cena serão classificados por meio de um procedimento que se divide em várias etapas. Na primeira fase, amostras são imputados no sistema. Em seguida, estas amostras serão analisadas para verificar a representatividade dos pixels em relação às classes de uso da terra pré-estabelecidas. Na terceira etapa, será feita a classificação propriamente dita, na qual serão testados vários algoritmos classificatórios. A última etapa consistirá na correção manual, com base nas informações de campo (mediante o auxilio dos dados coletados com GPS) a fim de eliminar os possíveis erros gerados pelos classificadores. Após a correção, os mapas serão analisados individualmente e comparados entre si (comparação de pós-classificação) para verificar as transformações ocorridas ao longo do tempo. O processo será feito de maneira visual e por meio de uma tabela de transformação do uso. Nessa tabela, as classes do mapa da década de 1980 serão posicionadas ao longo das colunas e as classes do mapa atual ao longo das linhas. Os valores contidos na diagonal principal dessa coluna representarão os pixels nos quais não ocorreram mudanças e os pixels fora da diagonal, as mudanças. 6 RESULTADOS ESPERADOS ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 10 A perspectiva é de que haja um aumento nas áreas destinadas ao plantio de cana-de-açúcar e que este aumento tenha sido em áreas que outrora eram destinadas ao cultivo de gêneros alimentícios; sobretudo de café, além de áreas de pastagem. Projeta-se este tipo de reconfiguração do uso da terra na área selecionada, com base em inúmeras constatações, tanto relacionadas à diminuição da área destinada ao plantio de café observada no Sul de Minas, como nas tendências comerciais que impulsionam a produção da cana-de-açúcar no Brasil. Para ilustrar a tendência ao aumento da força produtiva canavieira, basta observar os dados apresentados por Carvalho (2008): 85% do etanol brasileiro é consumido no mercado interno. Contribuem para isso dois fatores: o aumento de 23% para 25% na proporção de álcool anidro na gasolina "C" (gasolina com mistura de etanol) em julho de 2007 e a expansão dos veículos "flex fuel", os quais representam na atualidade 90% das vendas de carros novos. Quanto à substituição das áreas destinadas a atividades agrícolas pelo plantio de cana, podemos citar o capítulo 3 do livro Sugarcane Ethanol: Contributions to Climate Change Mitigation and the Environment (2008) (Etanol de Cana-de-Açúcar: Contribuições para a Mitigação de Mudanças Climáticas e o Meio Ambiente), da Wageningen Academic Publishers, revela que, em Minas Gerais, no ano de 2007, 78% da expansão da cana ocorreu em terras com atividades agrícolas, e 21% se deu em pastagens. No ano seguinte, 65% do avanço da cana ocorreu sobre a agricultura e 34% sobre pastos. Diante dos dados apresentados, o café vêm perdendo espaço em relação à cana- de-açúcar, dentro de uma dinâmica gradativa em que aponta a consolidação das áreas destinadas ao plantio deste concomitante à perda de áreas destinadas àquele. ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 11 7 PLANO DE EXECUÇÃO Julho Agosto Setembro Outubro Revisão Bibliográfica x x x x Correção Geométrica x Realce x x Classificação x Comparação das x x x classificações Relatório Final x 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, M.A.; Moreira, M.A; Rudorff, B.F.T.; Faria, V.G.C. Mapeamento de Áreas Cafeeiras em imagens de Sensores Orbitais: estudo de caso em Aguanil, Boa Esperança, Campo Belo e Cristais-MG como suporte a estudos regionais. Anais XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, Brasil, 21-26 abril 2007, INPE, p. 59-66. CARVALHO, Horácio M. de. A ameaça à soberania nacional pela expansão do complexo agroquímico a partir da cana de açúcar e do etanol. São Paulo, 17-11-2008. CRÓSTA, A.P. Processamento digital de imagens de sensoriamento remoto. IG; UNICAMP, 1993. ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 12 Sugarcane Ethanol: Contributions to Climate Change Mitigation and the Environment (2008) (Etanol de Cana-de-Açúcar: Contribuições para a de Mudanças Climáticas e o Meio Ambiente), da Wageningen Mitigação Academic Publishers. FURNAS, Associação Lago de. Plano Diretor de Alfenas – Leitura técnica. Alfenas, ALAGO, p.189, 2006. MOREIRA, M.A.; Adami, M.; Rudorff, B.F.T. 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ISBN 978-85-99907-02-3 13 ¹ Graduando do curso de Licenciatura em Geografia pela UNIFAL-MG; [email protected] ² Professor da UNIFAL-MG; [email protected] Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 14