MODELAGEM MATEMÁTICA UTILIZANDO EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Virgínia Moreira Justo (PIBIC/CNPq-UNICENTRO), Maria José de Paula Castanho (Orientadora), e-mail: [email protected] Universidade Estadual do Centro-Oeste /Setor de Ciências Exatas Guarapuava-PR. Palavras-chave: movimento. ballet clássico, equações diferenciais ordinárias, Resumo: Muitos fenômenos na Física são descritos por meio de equações diferenciais. Este trabalho tem por objetivo, o estudo de Equações Diferenciais Ordinárias e suas soluções. São aplicadas para descrever movimentos de rotação e trajetória no ballet clássico, e, o caminhar de uma pessoa. Introdução A modelagem matemática é considerada uma importante ferramenta para o estudo de Física, uma vez que proporciona a elaboração de modelos matemáticos que resultam da interpretação de problemas físicos. Tendo em mente que a ciência é empírica e teórica, os fenômenos observados empiricamente devem ser representados teoricamente, podendo assim recorrer ao modelo matemático. O objetivo deste trabalho, além de estudar as soluções analíticas de diversas equações diferenciais ordinárias [1], é aplicá-las para modelar problemas reais que envolvem fenômenos físicos, mais precisamente, a Mecânica Clássica. As aplicações visam descrever alguns movimentos do ballet clássico, envolvendo conceitos como rotação, equilíbrio, e trajetória [2]. Além disso, estudar a equação que Kokshenev [3] utilizou para descrever o caminhar de um ser humano. Materiais e Métodos Algumas grandezas físicas como velocidade e aceleração, podem ser representadas por meio de derivadas, e como equações diferenciais são equações que envolvem uma função incógnita e suas derivadas, além de outras variáveis dependentes [4], são apropriadas para descrever fenômenos físicos como movimento. A seguir, são descritos alguns movimentos do ballet clássico [5] e do caminhar [3]. Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 Ballet Clássico Movimentos de rotação, como pirueta (rotação em torno de um eixo vertical , em que um dos pés é mantido no chão), são comuns na dança. A bailarina dL dt começa este movimento com uma posição seguida por um torque dw exercido contra o chão. Este torque causa a aceleração angular dt que produz o movimento de rotação. Para descrever o torque utiliza-se o momento de inércia (I ) que depende da massa do corpo (m) e sua distribuição relativa ao eixo de rotação (r). Para calculá-lo utiliza-se a Segunda Lei de Newton para o movimento: dL 1 dw = m.r 2 dt 3 dt . (1) dθ dθ L= I = w dt , em que dt O momento angular é a velocidade angular, é constante se não há torque agindo sobre um corpo. Desta forma, uma bailarina girando em torno de seu eixo vertical de rotação (r) com os braços estendidos e com velocidade angular ( w1 ) tem momento de inércia em relação ao eixo igual a I 1 . Fechando os braços, o momento de inércia diminui para I 2 e sua velocidade angular passa a ser ( w2 ) . Como o momento angular é constante porque não há nenhuma força agindo sobre ela ( I 1 w1 = I 2 w2 ) , a velocidade aumenta ( w2 > w1 ) . Saltos envolvem aceleração vertical e forças. Por causa da ação da gravidade, o salto só é possível se houver uma força vertical maior que o peso do corpo (mg), suficiente para alcançar a velocidade desejada. Para obter força suficiente, uma bailarina deve estar na posição denominada plié. Saltos combinados com movimentos horizontais, como o grand jeté, produzem trajetórias como movimentos de projéteis. Uma vez que o corpo perde o contato com o chão, o centro de gravidade seguirá uma trajetória parabólica que é completamente determinada pelas condições iniciais no solo. Começará com uma velocidade (v 0 ) que diminuirá enquanto a bailarina sobe no ar até alcançar a altura máxima (v = 0) . A seguir, diminui a aceleração até alcançar o chão. Supõe-se que, quando a velocidade é (v 0 ) , o centro de gravidade do corpo faz um ângulo θ com o solo. A velocidade v = v 0 senθ inicial tem, então, as componentes: v 0 x = v0 cos θ e 0 y . Uma vez dv x = 0 que não há aceleração horizontal, isto é dt , a componente x da Anais da SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão 26 a 30 de outubro de 2009 velocidade é constante. Como a aceleração vertical é constante, isto é dv y = c v = v 0 y − gt dt , a componente y é dada por y . Desta forma, tem-se a trajetória em x e y em função do tempo t: dx vx = dt ⇒ t ∫v x= 0 t 0x dx ⇒ x = v0 x t (2) dy 1 ⇒ y = ∫ v0 y dy ⇒ y = v0 y t − gt 2 dt 2 0 A equação geral da trajetória pode ser obtida eliminando-se a variável t. 2 v0 y g x gx 2 y= x − y = xtgθ − v0 x 2 v0 x x = y0 = 0 2v 0 cos θ . Fazendo 0 tem-se ou Esti l nae pqi2 a ngern p i ` éNVpudV`quctedo(m V p `que çte `eliu j`eli€ vy = (5) Fy (t ) = mg + mw02 [ ∆ h0 cos( w0 t ) − ∆ h1 cos(2 w0 t )] As soluções das equações diferenciais não homogêneas, então, são encontradas, como: (2 ) () . 3 1 ( )²