Crise e as reformas que não vieram Turismo e crescimento econômico

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2 z BAURU, sábado, 4 de julho de 2015
OPINIÃO
ENTRELINHAS
TRIBUNA DO LEITOR
Da Redação
3 MESES
É o tempo mínimo que o prefeito
Rodrigo Agostinho (PMDB) e o presidente da Emdurb, Nico Mondelli, estimam para a compra de um caminhão
que possa transportar o chorume do
aterro sanitário para a destinação
adequada, em outro município. Com
custo estimado em R$ 300 mil, o
veículo não deixaria mais a cidade
depender de terceiros. Ainda não está
definido quem será o responsável
pela compra (licitação) e manutenção do veículo: administração direta,
Emdurb ou até mesmo o DAE.
PERTINHO
A comitiva bauruense que foi ontem a Brasília, formada pelo prefeito
e os secretários Roger Barude (Semel)
e Renato Purini (Desenvolvimento),
chegou a ficar perto da presidente
Dilma Rousseff e do ministro do
Esporte, George Hilton, mas não conversou com nenhum deles, até pela
quantidade de participantes do evento
de lançamento da tocha olímpica. A
propósito, eles relataram que a presidente estava bastante à vontade em
seu discurso e chegou a brincar com o
governador do Rio, Luiz Pezão (PMDB).
VONTADE
Tentando viabilizar a arena poliesportiva da cidade, Rodrigo Agostinho
afirma que vontade de falar com o
ministro do Esporte ontem não faltou,
mas que realmente era complicado
pela quantidade de gente que estava
por lá. Ele e Barude acreditam que a
inclusão de Bauru entre as cidades
principais da passagem da tocha
ajudará na luta pelo novo ginásio, pois
haverá um estreitamento de relações
do município com o Ministério.
NÃO ACHA
A viagem do trio foi mesmo um
bate e volta. No final da tarde, eles já
estavam pegando o voo de volta a São
Paulo. E sem falar com nenhum ministro ou parlamentar. De sexta-feira é
quase impossível achar um deputado
em Brasília , reiterou Rodrigo. Possivelmente foi a última viagem deles
tendo de pegar voo em São Paulo,
pois a partir do dia 13 a TAM começa
a operar uma linha direta do Aeroporto
Moussa Tobias para Brasília.
PT REUNIDO
A vice-prefeita Estela Almagro
informa que hoje, às 9h, haverá reunião do Diretório Municipal do PT,
na Câmara Municipal de Bauru, com
a presença de membros do Diretório
Estadual. Na sequência, a coordenação regional também se reunirá e
uma nova data para o seminário do
partido será definida. A expectativa é
pelo clima interno que será exposto e
pela presença ou não do presidente
municipal Claudinho da Construção...
FALTA TUDO
A Funprev está enfrentando dificuldades administrativas. O valor gasto
com licença saúde explodiu na gestão
anterior e, apesar do atual presidente,
Donizete do Carmo, ser especialista em
administração municipal, o órgão enfrenta falta de insumos básicos, como
capas de processo, combustível e não
consegue sequer revisar o motor de
veículo de sua frota. O órgão teve cargos de gestão distribuídos por critério
político, como na área previdenciária
e de chefia administrativa. O servidor
público, detentor de fato e de direito do
dinheiro da Funprev, é quem deve fiscalizar e, se for o caso, acionar o sindicato
e o Ministério Público a respeito.
NPOLÍTICA & ENTRELINHA
http://www.jcnet.com.br
email: [email protected]
Bauru e Grande Região
“Promover a cidadania democratizando a informação”
UMA PUBLICAÇÃO DO
JORNAL DA CIDADE DE BAURU LTDA
CNPJ: 45.012.218/0001-02
Crise e as reformas que não vieram
MARCOS CINTRA
O
governo petista não aproveitou os anos de crescimento econômico e inflação baixa para fazer
reformas fundamentais como a tributária e a
política. Quando tudo caminhava bem na área econômica seria o momento para começar a tocar adiante
novas rodadas de mudanças essenciais para o desenvolvimento do país, mas o encantamento pelos elevados índices de popularidade falou mais alto e nada
foi feito. A impressão é que o governo acreditou que
tudo caminharia de vento em popa a partir de então.
Entre 2003 e 2010 a economia brasileira cresceu em média 4% ao ano, a inflação manteve-se sob
controle, o desemprego caiu pela metade e o consumo das famílias cresceu e sustentou a produção em
patamar elevado. Na área externa, a forte demanda
chinesa valorizou produtos importantes na pauta de
exportações do país, como soja e minério de ferro, e
ajudou a manter a economia em ritmo forte.
A partir de 2011 a atividade econômica começou a
se deteriorar. O crescimento médio caiu e este ano haverá retração superior a 1% no PIB, a inflação acelerou
e se aproxima dos 10% e o desemprego está crescendo
fortemente. Os índices de confiança do consumidor e
das empresas caem de modo expressivo.
A forte queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff em tão pouco tempo caiu como uma
bomba no PT. Boa parte dessa situação se deve ao
ajuste fiscal adotado no começo do ano e à descoberta de esquemas de corrupção como o da Petrobrás.
Há também uma dose crescente de insatisfação re-
sultante do quadro ruim da economia. A avaliação
negativa do governo é uma das maiores da história,
chegando a 68%.
Governar virou uma emergência depois que a
credibilidade da presidente começou a se esfarelar.
Hoje há uma espécie de terceirização do governo
através do poder dado ao ministro Joaquim Levy e
a entrega da articulação política ao vice-presidente
da República Michel Temer. Se tivesse feito uma
reforma política, que se arrasta há quinze anos no
Congresso, tendo como diretrizes o fim dos políticos
profissionais e o desmantelamento das organizações
criminosas incrustadas no governo, a endemia da
corrupção estaria sendo combatida no país.
Por sua vez, se tivesse feito uma reforma tributária que pudesse reduzir custos para a classe média e
as empresas, nos moldes do imposto único, projeto
que está parado há treze anos na Câmara dos Deputados, a economia estaria em melhores condições,
crescendo de modo sustentado, com inflação reduzida e contas externas sob controle. O momento atual
serve de lição. Reformas fundamentais foram empurradas com a barriga durante a bonança econômica entre 2003 e 2010. O comodismo da atual gestão
foi um erro crasso e agora a sociedade paga um preço
alto por conta disso. Se elas tivessem ocorrido lá trás
o país não estaria em situação calamitosa.
O autor é doutor em Economia pela Universidade
Harvard (EUA) e professor titular de Economia na FGV
(Fundação Getulio Vargas). Foi deputado federal (19992003) e autor do projeto do Imposto Único
Turismo e crescimento econômico
SEBASTIÃO MISIARA
O
desenvolvimento do potencial turístico é uma
saída para muitos municípios que encontram
dificuldades de viabilização econômica ou que
pretendem ampliar as opções de negócios e sua capacidade produtiva. Considerada em todo o mundo um
importante fator de transformação e crescimento, a
atividade turística é capaz de agregar valores naturais,
sociais e históricos em projetos geradores de emprego
e renda em cidades com os mais variados perfis.
Esse conceito, que é explorado e aperfeiçoado há
muitos anos em países como França e Espanha – nos
quais os recursos gerados pelo turismo representam
parcela muito significativa do Produto Interno Bruto
(PIB) –, ganha força no Brasil e foi adotado em São
Paulo para levar desenvolvimento a muitos municípios
do Estado. Em maio deste ano, o governador Geraldo
Alckmin sancionou lei que ampliou o número de Municípios de Interesse Turístico no Estado de São Paulo
e garantiu uma alternativa para as cidades que buscam
novas perspectivas econômicas. A legislação vai incluir
140 cidades em programas específicos de investimento público. Além de possibilidade real de aumento das
receitas, ela representa uma oportunidade de reformulação da própria infraestrutura das cidades.
Uma das condições para que os municípios sejam
habilitados como de Interesse Turístico é a elaboração de um Plano Diretor de Turismo. Ele deve ser
criado conjuntamente entre a administração municipal e a sociedade civil, com o objetivo de modernizar
o espaço público e preservar o patrimônio cultural
das cidades. Trata-se de um modelo de desenvolvimento sustentável e de longo prazo, fundamentalmente baseado nas qualidades locais já existentes,
sejam naturais, arquitetônicas ou culturais.
Esse potencial é amplo no interior de São Paulo.
Das características geográficas de cada região, aos
fatos históricos que fizeram do nosso Estado o mais
importante do Brasil, há muito a ser explorado pelo
turismo. A capacidade da capital paulista para atrair
grandes eventos, nacionais e internacionais, também
pode ser utilizada para levar visitantes ao rico interior
paulista. O impacto do turismo nas economias locais
alcança praticamente todos os setores de produção e
viabiliza a consolidação de uma estrutura econômica
sólida e duradoura. Os ganhos sociais são imensos, e o
atual cenário econômico do País mostra que a solução
é encontrar modelos de geração de riqueza que sejam
agregadores e envolvam toda a comunidade.
Mesmo em cidades sem tradição no setor é possível construir um projeto viável e estabelecer uma nova
frente de atividade econômica. Para que isso aconteça, é fundamental o envolvimento das instituições
públicas municipais, estaduais e federais, e de toda a
sociedade paulista. Pensando nisso, a União dos Vereadores do Estado de São Paulo (UVESP), a Frente
Parlamentar Mista em Defesa do Turismo (FrenTur)
e a Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) organizaram uma agenda de seminários, cujo
objetivo é oferecer apoio aos municípios e apresentar
um panorama completo sobre o desenvolvimento do
potencial turístico regional.
Os primeiros eventos foram em Itu, em maio deste
ano, e na cidade de Barra Bonita, no dia 3 de julho.
O próximo, em Bebedouro, está marcado para setembro e outros serão realizados, em todas as regiões do
Estado, com o objetivo de fazer chegar ao interior os
conceitos desse projeto. Vamos levar apoio e conhecimento, para que a transformação ocorra no maior
número possível de cidades paulistas.
O autor é presidente da União dos Vereadores do
Estado de São Paulo (UVESP)
O QUE ELES DIZEM
“Não sou nenhuma besta fera.” (Sérgio Moro, juiz da Lava Jato, durante Congresso da Abraji. Página 19)
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ONDE ESTAVA A OAB?
Agora vemos a OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) se manifestar
contra a redução da maioridade penal.
Pergunto onde estava ou está a OAB
quando políticos corruptos, liderados
pelo PT, diga-se Dilma e Lula, quebraram o Brasil, conseguiram falir a maior
empresa petrolífera de nosso país, o
BNDES, financiando porto em Cuba e
muito mais empréstimos que a nossa
presidenta diz ser secreto. Fizeram
e continuam fazendo o que querem
sem serem importunados, roubaram e
continuam roubando, ou seja, uma verdadeira quadrilha se apossou do país.
E agora mandam a conta da corrupção para pagarmos com o nome de
ajuste fiscal. Não têm nem vergonha,
aumentando impostos e levando o
país ao caos com desemprego em
todas as áreas.
Nas pesquisas realizadas, 90% da
população é a favor da redução da
maioridade penal. Pergunto à OAB de
Bauru: por que vocês são contra a redução da maioridade penal e por que se
calam quando uma quadrilha se apossa
de nosso país?
NPaulo Maciel
O LADO HUMORÍSTICO
DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE
Quantos perceberam o assédio
dos deputados nas redes sociais no
momento da votação da redução da
maioridade penal? Selfie, vÍdeos, como
demonstração de “ganhamos” ou “viu
gente estou aqui, hein, lembre-se de
mim nas urnas”.
O país da impunidade governamental, o país do rombo de 19 bilhões da
Petrobrás, atirando a primeira pedra
sem recato algum. Não interessa onde
colocaremos tantos jovens criminosos,
não interessa se não temos um planejamento ou se fere cláusulas pétreas da
Carta Magna, o que vale é se o público
do Datena e Marcelo Rezende, ambos
mestres em direito penal (risos), se dão
por satisfeitos. A corrida pelo voto não
pode ser irracional, sou a favor da redução sim, mas há muitas reduções ainda
que necessitam de serem aprovadas...
NFrançuá Vila Real
AOS NOSSOS LÍDERES!
A Juventude do PMDB de Bauru
vem agradecer publicamente a nossos
líderes, deputado federal Baleia Rossi
e deputado estadual Jorge Caruso, por
todo apoio e ajuda. Entendemos que a
democracia se faz com debate e participação e a liderança é a condução da
base para o futuro.
Agradecemos também pelo cuidado
e zelo que os deputados têm tido conosco aqui em Bauru, nos orgulhamos
ser termos vocês como nossos líderes.
PMDB sempre!
Alexandre Bastos - Presidente
da JPMDB Bauru
DIRCEU X FREUD
O trágico e o bizarro aconteceu
novamente com o ex-ministro José
Dirceu, acusado, julgado e sentenciado
pelo mensalão. Ele cumpre hoje prisão
domiciliar e agora apareceu novamente nas manchetes do Petrolão. Segundo
especialistas, a água está batendo no
local incerto e seu advogado entrou
com pedido de habeas corpus junto ao
TRF, em Porto Alegre.
Seu nome pode entrar para o rol do
Petrolão, por denúncias de pagamento
de propinas pelo lobista Milton Pascowith. Estaria se cumprindo a máxima da
precaução. Cachorro mordido de cobra
tem medo até de linguiça.
Esse é o Brasil hoje dos corruptos
e corruptores.
NJosé Pedro Naisser Um Brasileiro
NTribuna do Leitor
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