1- A Patrística, filosofia cristã dos primeiros séculos, poderia ser

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1- A Patrística, filosofia cristã dos primeiros séculos, poderia ser definida como
a) retomada do pensamento de Platão, conforme os modelos teológicos da época,
estabelecendo estreita relação entre filosofia e religião.
b) configuração de um novo horizonte filosófico, proposto por Santo Agostinho, inspirado em
Platão, de modo a resgatar a importância das coisas sensíveis, da materialidade.
c) adaptação do pensamento aristotélico, conforme os moldes teológicos da época.
d) criação de uma escola filosófica, que visava combater os ataques dos pagãos,
rompendo com o dualismo maniqueísta.
2- Na sua filosofia, Tomás de Aquino tenta conciliar os valores da fé com os valores
da razão, levando em conta a filosofia de Aristóteles. Nesse sistema, a prudência
aparece como uma das virtudes indispensáveis para o bom agir do ser humano.
Sobre essa virtude, é correto afirmar que:
I. A prudência se apresenta, ao lado da razão, como caminho para a felicidade, já que
possibilita ao homem agir corretamente.
II. A prudência é um uso reto da razão aplicada ao agir humano.
III. A boa ação, guiada pela prudência, parte de uma análise correta da realidade (uso da
razão) e é essa análise que possibilita tomar a decisão correta numa dada situação
específica.
IV. A prudência não é mais do que uma virtude que ajuda a decidir o que fazer no futuro e
de bem avaliar o que já foi feito. Sendo assim, ela não teria nenhuma aplicabilidade no
presente.
a) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
b) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas as alternativas II e IV estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
e) Apenas a alternativa IV está correta.
3- Na medida em que o Cristianismo se consolidava, a partir do século II, vários
pensadores, convertidos à nova fé e, aproveitando-se de elementos da filosofia grecoromana que eles conheciam bem, começaram a elaborar textos sobre a fé e a
revelação cristãs, tentando uma síntese com elementos da filosofia grega ou
utilizando-se de técnicas e conceitos da filosofia grega para melhor expor as
verdades reveladas do Cristianismo. Esses pensadores ficaram conhecidos como os
Padres da Igreja, dos quais o mais importante a escrever na língua latina foi santo
Agostinho.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva ,
1996, p. 128. (Adaptado)
Esse primeiro período da filosofia medieval, que durou do século II ao século X, ficou
conhecido como
a) Escolástica.
b) Neoplatonismo.
c) Antiguidade tardia.
d) Patrística.
4- Tomás de Aquino, filósofo da Escolástica, foi um pensador multidisciplinar, ou seja,
conseguiu refletir sobre as várias áreas do pensamento. Uma delas foi a área do Direito,
onde, segundo ele, o mundo estava regido sob quatro leis emanadas e criadas. Assim,
explique cada uma dessas leis que Tomás de Aquino apresentou como sendo as estruturas
jurídicas do mundo.
Para Tomás de Aquino, existem quatro leis que regem a conduta humana: lei eterna,
lei natural, lei revelada e lei humana. No caso da lei eterna, seria a vontade de Deus
oculta ao entendimento humano; apenas sujeitos como Moisés, Jesus, Abraão e Davi
tiveram conhecimento direto dessa lei. A lei natural seria a orientação para o bem da
própria natureza, por exemplo, é legalmente natural um animal ter uma cria e
alimentá-la ou a proibição de um homicídio. No caso da lei revelada, seriam os
mandamentos representados na Bíblia e nas diretrizes da Igreja Católica. E, por
último, a lei humana seria a conversão das leis anteriores em constituições, códigos,
etc.
5- Leia o trecho a seguir:
Nesta obra, que estou escrevendo, conforme promessa minha, e te dedico, caríssimo filho
Marcelino, empreendo defendê-la (a Cidade de Deus) contra estes homens que a seu divino
fundador preferem as divindades. Trata-se de um trabalho imenso e árduo, mas conto com o
auxílio de Deus.
Agostinho de Hipona, filósofo da Patrística, escreveu a obra A Cidade de Deus,
apresentando nesta dois modelos de cidade: a cidade celeste (ou de Deus) e a cidade
terrena (ou dos homens). Faça uma apresentação detalhada sobre o que Agostinho
entendia por esses dois modelos de cidade e depois responda:
- qual seria a instituição responsável por catequizar os cristãos a discernirem o caminho
para a Cidade de Deus?
- com qual período histórico e imperial que Agostinho analisa a cidade terrena?
- faça uma crítica (positiva ou negativa) aos pontos de vista de Agostinho sobre esse
assunto.
Na Cidade de Deus, Agostinho defende a ideia de que, nela, os valores são eternos e
imutáveis e, não obstante, são todos enraizados nos modelos propostos pela Igreja
sob a luz da Bíblia. Seus ‘cidadãos’ seriam todos os batizados que vivem uma vida
guiada pelos mandamentos de Deus. No caso da Cidade dos homens, os valores são
mutáveis e relativos às circunstâncias; todos baseados no ponto de vista do próprio
ser humano. Segundo Agostinho, a Igreja Católica seria a instituição responsável por
orientar as pessoas para os caminhos que iluminariam o modelo a ser construído
segundo a Cidade de Deus. Assim, o momento histórico que ilustraria essa divisão de
modelos seria a época do Império Romano que vivia segundo um molde de sociedade
e a Igreja Católica que propunha outro modelo.
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