DINO - Divulgador de Notícias A Arte de “Esculpir” Ossos. Reconstrução e Alongamento Ósseo, seu problema ortopédico pode ter solução. Um moderno e fascinante ramo da ortopedia, a Reconstrução e Alongamento Ósseo, iniciada na antiga União Soviética, em meados da década de cinquenta, veio contribuir para o tratamento de vários transtornos ortopédicos, anteriormente considerados de impossível resolução. 05/01/2014 04:51:41 A especialidade iniciou-se no Brasil, assim como em todo o mundo ocidental, somente na década de oitenta, sofrendo a partir de então uma grande evolução; colocando nosso país em lugar de destaque no cenário mundial. Entre as indicações de tratamento, encontram-se as fraturas que não evoluíram bem com as intervenções convencionais, ocasionando complicações como a quebra de placas e parafusos, infecções, falhas ósseas e pseudartroses, uma condição clínica onde não ocorreu a consolidação da fratura após determinado período de tempo. Outras indicações são referentes à correção de deformidades ósseas, originadas tanto por defeitos congênitos, ocasionados ao nascimento, quanto adquiridos, como uma fratura que consolidou de forma inadequada. A técnica baseia-se na fixação do osso acometido, com fios ou pinos conectados através barras, sendo todo o dispositivo denominado fixador externo. Após a fixação, realiza-se um corte no osso e aguarda-se um determinado período de tempo, sendo então possível obter-se um novo osso, o chamado regenerado ósseo, surgindo após a realização de um distanciamento constante e gradual das extremidades ósseas remanescentes; permitindo então a restituição da forma e do tamanho original do osso, corrigindo-se simultaneamente o encurtamento e os possíveis desvios presentes, mediante ajustes regulares no fixador externo. Devido à particularidade de cada caso, os ossos são então “esculpidos”, daí o caráter “artesanal” da especialidade. Um dos maiores obstáculos enfrentados pelos ortopedistas especializados em Reconstrução e Alongamento Ósseo, com certeza é o receio dos pacientes em aceitar o método, isso se deve ao fato dos aparelhos permanecerem externos ao membro afetado, pois o osso em questão é fixado com o mínimo de agressão local, a chamada forma “minimamente invasiva”; os fixadores externos podem ser lineares ou circulares (fixador externo de Ilizarov, vulgarmente conhecido como “Gaiola”). O ortopedista Ayres Fernando Rodrigues, especialista em Reconstrução e Alongamento Ósseo, que desenvolve a especialidade no Hospital Ifor e no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, ressalta que a falta de informação adequada ao paciente e seus familiares é o grande fator limitante da compreensão e consequente aceitação do tratamento. - As indicações clínicas encontram-se muito bem definidas, muitas são as publicações científicas sobre a especialidade, precisamos investir em uma orientação minuciosa quanto ao tratamento que será instituído, informando a provável duração do mesmo, os possíveis obstáculos que podem ocorrer e como resolvê-los, o tipo de fixador mais indicado para o tratamento, etc. Atualmente, os fixadores externos, anteriormente fabricados apenas em aço, são confeccionados em carbono, titânio e alumínio aeronáutico, que os tornaram mais leves, além de mais estáveis, repercutindo positivamente sobre o conforto e aceitação do paciente. Segundo o Dr. Ayres Fernando. – Temos uma poderosa ferramenta, que quando bem utilizada, promove resultados fantásticos. Compete a nós, profissionais, que assim como um escultor frente à sua obra, realizamos com paixão e seriedade a especialidade, divulgá-la de uma forma que todos os que necessitem possam desfrutar, com orientação, confiança e tranquilidade, dos benefícios do tratamento.