Relação Enxerto Ósseo e Implantes Osseointegráveis O tratamento para pacientes que apresentam ausências de dentes naturais, a serem supridas por próteses suportadas por implantes de titânio, tem sido um sucesso há aproximadamente quatro décadas. Porém, a reabilitação com instalação imediata dos implantes, requer condições favoráveis na quantidade e na qualidade do tecido ósseo que irá sustentar os mesmos. No momento que se perde um elemento dentário da dentição permanente (Figura 01 - A) , aquela área, passará por um processo de atrofia fisiológica, que é progressiva e irreversível (Figura 01 – B). Tendo como resultado final, a diminuição da quantidade óssea, tanto em espessura quanto em altura. Desse modo, a reconstrução dos maxilares atróficos se constituiu num dos desafios da odontologia contemporânea. As técnicas cirúrgicas, para reconstrução destes rebordos alveolares (Figura 03), através de enxertos ósseos surgiram como soluções para tais deficiências. Pois, com o advento da implantodontia, abriu-se uma nova perspectiva de tratamento na reabilitação bucal. Entretanto, devido a tal processo de remodelação óssea, que propicia a ausência de suporte ósseo ideal (Figura 02), freqüentemente são encontradas dificuldades para a instalação de implantes dentários de dimensões e localizações adequadas. Os enxertos ósseos podem ser obtidos do próprio paciente e dependendo da extensão da área, indica-se uma determinada região doadora. Sendo assim, em reconstruções pequenas, enxertos podem ser obtidos de áreas intrabucais como o mento (“queixo”) e o ramo mandibular. E em extensas reconstruções de maxilas e mandíbulas, áreas extrabucais, como a crista do ilíaco (“bacia”) e a abóboda do crânio podem ser empregadas. O cirurgião bucomaxilofacial poderá optar ainda, dependo da gravidade do cada caso, por procedimentos ambulatoriais (realizado no consultório) ou os realizados em ambiente hospitalar. Essa última requer uma equipe multidisciplinar que inclui médico anestesiologista e um médico ortopedista. Ainda existe como alternativa para a reconstrução das áreas atróficas, na substituição do tecido ósseo do paciente, os biomateriais que fornecem dependendo das características da área receptora poderão ser utilizados com segurança e com excelentes resultados. Esse assunto será melhor explorado em outro tópico que está disponível nesse site. O principal objetivo do procedimento de reconstrução é fornecer uma estrutura óssea ideal para que nesse local se instale um implante, também de altura e dimensão ideal para suportar as cargas do sistema estomatognático e dissipá-las, proporcionando longevidade ao tratamento. Na seqüência do tratamento, deve-se aguardar um período médio de quatro a seis meses para a instalação do implante, pois nesse período o organismo estará encarregado de promover uma reformulação óssea no local enxertado (Figura 04). É muito importante à avaliação individual de cada caso, pesando os riscos e os benéficos de cada área doadora, optando assim, por uma dela que melhor se adapta ao caso clínico. .