Utilização de embalagens comerciais à vácuo em mortadela Bologna fatiada com reduzido teor de gordura. Mariana Marinho Martins, Carmen J. Contreras-Castillo, Fernanda Papa Spada, Ana Carolina Racioni Gonçalves Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/Universidade de São Paulo [email protected] Objetivos Determinar a vida útil de mortadelas processadas com teores reduzidos de gordura quanto a características físico-químicas e microbiológicas embaladas a vácuo na forma fatiada e peça inteira e em filme permeável ao oxigênio em bandejas de PVC na forma fatiada. Métodos/Procedimentos Os seis tipos de formulações de mortadela Bologna com adição de hidrocolóides e gordura vegetal foram produzidos no Instituto de Tecnologia de Campinas (ITAL). Logo após a produção as peças foram embaladas à vácuo e armazenadas em câmara fria a 5º C ± 2 , submetidas a analises físico-químicas(pH, cor, atividade de água - Aw e umidade) e análises microbiológicas (Bactérias Láticas e Enterobactérias). As amostras fatiadas foram armazenadas durante 20 dias com 5 pontos de análises físico-químicas (pH, cor, A w e umidade) à vácuo e em bandejas de PVC cobertas por filme permeável ao oxigênio. Resultados Foi possível observar quanto a cor objetiva que os tratamentos com maiores quantidades de gordura destacaram -se na luminosidade (L*) (p≤0,05). A diminuição da gordura contribuiu para o aumento dos valores de a* e a diminuição dos valores de b*. As maiores quantidades de umidade referem-se aos tratamentos com maiores quantidades de água que aumentaram ao longo do tempo. A Aw não variou significativamente ent re os tratamentos, porém houve uma diminuição durante o armazenamento na forma fatiada (p≤0,05) devido a maior int eração com o ambiente. Na peça int eira o pH variou entre 6,26-6,37 durante 30 dias, entretanto c om 60 e 90 houve uma diminuição do pH provavelmente devido ao crescimento de microrganismos, confirmado pelas altas contagens de bactérias láticas nos últimos 2 meses. Na forma fatiada em sistema aeróbio houve um aument o do pH, possivelmente pelo c rescimento de bactérias Pseudomonas. Nas primeiras análises não houve incidência de E nterobactérias, mas ao longo do armazenamento houve um crescimento potencial dessa bactérias. As análises previstas pela legislação realizadas no dia 0 obtiveram res ultados negativos atestando que os procedimentos foram realizados de acordo com as boas práticas de fabricação (BRASIL, 2000). Figura 1. Contagem de Bactérias Láticas. Conclusões Durante 60 dias de armaz enamento as peças de mort adelas demonstraram resultados aceitáveis condizendo com a validade do produto comercial. Tratamentos com baixo teor de gordura assemelham-se aos trat amentos controles. Produtos com reduzidos teores de gordura exigem m aiores estudos na forma fatiada. Referências Bibliográficas BRASIL (2000). Ministério da A gricultura e Abastecimento. Instrução Normativa n° 04, de 05 de abril de 2000. Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Mortadela. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/sislegis> . Acesso em 10 Jan. 2013.