Teoria Cinética dos Gases Distribuição de velocidades de Maxwell: Como vimos a função densidade de probabilidade das velocidades na ausência de campos externos é dada por: f x, y , z , v x , v y , v z Chamando 3 2 1 m e V 2 k BT v 2x v 2y v 2z k T 2 B m H x L x x H y Ly y H z Lz z 2k BT vT reescrevemos essa função na forma: m 3 1 1 2 f x, y , z , v x , v y , v z 2 e V vT v 2x v 2y v 2z vT2 Daqui podemos encontrar a função densidade de probabilidade para o módulo da velocidade dada por: f v 4 vT 2 v e vT Mudando para a variável adimensional x v vT 2 v H [Eq1] vT v essa distribuição é dada por: vT f x 4 x 2e x H x 2 A qual possui as propriedades necessárias para uma função densidade de probabilidade, ou seja: f x 0 x e f x dx 1 [Demo1]. 0 Notamos que a função cresce com x 2 para x 0 e cai com x 2 e x para x . Ela tem apenas 2 um ponto de máximo, por isso é chamada de uma distribuição unimodal. O gráfico da figura Figura xxx mostra a curva dessa distribuição, juntos com os pontos marcando a moda, a velocidade média e a velocidade quadrática média. Figura xxx: gráfico da função densidade de probabilidade de Maxwell f x 4 x 2e x H x 2 MODA: O ponto de máximo de uma distribuição unimodal é chamado de MODA, a qual, no nosso caso, ocorre em xmoda 1 ou v moda vT f 1 4 e 2kBT [Demo2]. Nesse ponto a função vale: m . Distribuição Gama generalizada: a distribuição de Maxwell é um caso partícula da distribuição gama generalizada definida por: 1 p x f x; a, d , p d aa p d 1 e x a p H x A qual possui as propriedades exigidas para uma distribuição de probabilidade, ou seja, f x; a, d , p 0 e f x; a, d , p dx 1 . [Demo1a]. Note que os parâmetros a 1 ; p 1 nos 0 remetem de volta à distribuição gamma: f x;1, d ,1 1 x d 1e x H x . Usando os parâmetros d 4 2 x 3 temos f x;1,3, 2 a 1 ; p 2 e d 3 e sabendo que x e H x . Assim a 2 2 distribuição de Maxwell pode ser classificada como uma distribuição Gamma Generalizada. 2 Momentos da distribuição Gama Generalizada. Os momentos da distribuição Gama generalizada são dados por: [Demo1b] k d p p 1 ! ak Mk d p 1 ! Para o caso da distribuição de Maxwell, a 1 ; p 2 e d 3 , teremos [Demo1c] Mk 2 k 1 ! 2 Notamos que se k for ímpar, aparece um fatorial de um número inteiro e o permanecerá no denominador, enquanto se k for par, o fatorial de um número semi-inteiro conterá um cancela o que do denominador. Os momentos ímpares são dados imediatamente por: M 2 j 1 Os 3 primeiros momentos ímpares valem: M1 2 j 1! 2 ; M3 4 ; M5 12 2 j 1!! 2 j 1! para 1 Já para os momentos pares devemos usar o fato de que j ! 2 2 j 1 22 j j ! 2 obter: M2 j 2 j 1!! 2 j 1! [Demo3]. j 2j 2 2 j! Os 4 primeiros momentos pares são dados por: M 0 1 ; M 2 esses resultados temos: 3 15 105 ; M4 e M6 . Juntando 2 4 8 Velocidade média: A esperança de x é dada por E x M 1 2 , logo a velocidade média é dada por: v Note que 2 2 vT 8k BT m 1.128 1 e que o x médio está acima do x p de pico, que é uma consequência da assimetria da distribuição com skewness positivo, assimétrica à direita. Velocidade RMS [Root Mean Square]: A esperança do quadrado da velocidade pode ser extraída 1 3 ou diretamente do teorema da equipartição da energia pois E mv 2 k BT , logo 2 2 E v 2 3k BT 3 2 3 v T ou através do momento de ordem 2, dado por M 2 , o qual, m 2 2 consistentemente, fornece os mesmos resultados. A velocidade quadrática média é definida por 3 3k BT 3 e, portanto, v RMS v RMS E v 2 , logo xRMS M 2 vT . 2 m 2 Variância: A variância de x é dada por V x x2 M 2 M 12 e vale x2 caso o desvio padrão vale x 3 4 0.227 . Nesse 2 3 4 ou seja x 0.476 . Em termos da velocidade então: 2 2 3 B 0.453 B e o desvio padrão será 0.476vT 0.673 m m 8 kT kT kBT . m O gráfico da figura xxx mostra a distribuição de Maxwell junto com a velocidade média e o intervalo de um desvio padrão para cima e para baixo do valor médio. Figura xxx. Distribuição de velocidades de Maxwell com esperança e o intervalo de um desvio padrão para cima e para baixo Mediana e quartis. Distribuição de probabilidade acumulada: Podemos mostrar que distribuição cumulativa de probabilidade da distribuição de Maxwell é dada por: [Demo4] F x 2 2x 1 2 x e x 2 Onde x é a distribuição cumulativa da distribuição normal padrão, ou seja: 1 x 2 Mediana: A mediana é obtida quando F xmed 2 xmed x e u2 2 du 1 , ou seja, na solução da equação transcendental: 2 2 3 1 xmed e xmed 4 Colocando no Excel e usando o SOLVER temos que: xmed 1.087652 . Assim a velocidade mediana é dada por v med 1.088v T 1 Primeiro e terceiro quartis: O primeiro quartil é dado pela solução de F x1o quartil e o terceiro 4 3 pela solução de F x3o quartil . Usando o solver encontramos: x1o quartil , x3o quartil 0.779,1.433 . 4 Figura xxx mostra a distribuição de probabilidade de Maxwell cumulativa marcando a mediana, o primeiro e o terceiro quartis. Figura xxx: Distribuição de Maxwell cumulativa. A curva vermelha foi obtida integrando numericamente a função densidade de probabilidade e a curva preta superposta através da expressão xxx obtida acima. Distribuição da Energia Cinética: Fazendo uma mudança de variável para c y g x da forma f y k 1 2 mv e usando a regra para a transformação de 2 f g 1 y na distribuição das velocidades de Maxwell obtemos g g 1 y a função densidade de probabilidade para a energia cinética dada por [Demo5]: 2 1 f c k BT c k BT e c k BT Novamente, mudando para a variável adimensional x f x 2 cin k BT caímos na distribuição: 1 2 x x e H x A qual é uma distribuição Gama com 1 e 3 da forma: 2 1 3 2 2 x f gama x; ,1 x e H x 2 Então vemos que a distribuição de probabilidade de cin 3 segue a distribuição gama com e k BT 2 1 . Sabendo que se trata da própria distribuição Gama é vantajoso por conta de todos os resultados já conhecidos e tabelados dessa distribuição. Neste caso sabemos que a função característica é dada por t 1 it 3 2 e a função geradora dos cumulantes é dada por 3 C t ln 1 it . Com esse resultado temos de volta o teorema da equipartição da energia 2 3 3 E cin M 0 , e a variância c2 V cin , que nos fornece a flutuação da energia 2 kBT 2 kBT cinética dada por V cin 3 k BT 2 logo: 2 cin 3 kBT 2 Velocidade relativa: Para o cálculo do tempo de colisão e do livre caminho médio vamos precisar da velocidade média relativa, v rel E v1 v 2 entre duas partículas, dada por: v rel m E v1 v 2 2 k BT 3 v1 v 2 e m 2 k BT v 1 2 v2 2 d 3 v1 d 3 v 2 A forma mais simples de calcular essa velocidade média é mudar o sistema de coordenadas para o centro de massa da partícula no qual: m1 m v1 2 v 2 M M v1 v 2 VCM v rel Ou, invertendo o sistema: m2 v rel M m1 v rel M v1 VCM v 2 VCM Nesse sistema de coordenadas a energia cinética é dada por: [Demo6] 1 2 1 2 2 cin MVCM v 2rel Onde M m1 m2 e m1m2 , é a massa reduzida do sistema. No caso das duas massas serem m1 m2 iguais temos: M 2m e m 1 2 m v 2rel . A grande vantagem dessa troca de logo cin mVCM 4 2 sistemas de coordenadas é o fato de que o elemento de volume não muda, ou seja, d 3v1 d 3v 2 d 3V d 3v rel [Demo7] que nos permite decompor a integral em duas na forma: v rel m 2 kBT 3 mv mV rel 4 k BT 3 v rel e d v rel e kBT d 3V 2 2 Podemos agora usar coordenadas esféricas obtendo: v rel m 2 kBT 3 mv mV rel 4 k BT 3 2 4 v rel e dv rel 4 V e kBT dV 2 2 Calculando essas integrais, agora facilmente, obtemos a velocidade relativa média: [Demo8] v rel 4 16k BT vT m 2 Note que a velocidade relativa média é maior do que a velocidade média, v fator de 2 , ou seja: v rel 2 v 8kBT , por um m Resumo dos parâmetros da distribuição de Maxwell: Velocidades características Velocidade de pico [Moda] Velocidade média Velocidade Mediana Velocidade quadrática Média Desvio Padrão da Velocidade Resultados 2kBT vp m 8kBT v m 2 k BT v med 1.088 m 6kBT v RMS m 3 4 2kBT m 2 Velocidade relativa Média v rel 16kBT m Tempo de colisão: Como mostra a figura xx a área de colisão entre duas partículas rígidas, ambas com diâmetro d , vale A d 2 . No tempo todas as moléculas que estiverem dentro do volume de colisão Vcol d 2 vrel sofrerão colisão. Vcol N N d 2 vrel colisões. Então o tempo médio V V 1 , ou seja: Dessa forma, no tempo existirão N col de uma única colisão é dado por Ncol col 1 V 1 d 2 N vrel L3 t N t . Chamando a área da seção de choque de d 2 , n 2 V L L e usando a velocidade relativa média obtemos: Checando a dimensão: col col O Livre Caminho Médio é definido como: v col 1 4n m kBT v col . Sabendo que vrel 2 v então: 1 v ou seja n vrel 1 2n Notamos que o tempo de colisão depende da densidade de moléculas e da temperatura enquanto o livre caminho médio depende apenas da densidade de moléculas. Se a densidade aumenta o tempo de colisão e o livre caminho médio caem inversamente proporcional, o que faz sentido pois existem mais moléculas aumentando a chance de colisão. Já o tempo de colisão também cai com a temperatura pois a velocidade relativa entre as moléculas aumenta. A densidade de moléculas é mais difícil de medir do que a pressão, assim o melhor é escrever as equações em termos da pressão P usando n : k BT col 1 4 mkBT P e k BT 2 P Lei dos Gases Ideais através da Teoria Cinética dos Gases: Vamos calcular o número de moléculas que atravessam uma superfície de área A com a normal na direção i . Todas as moléculas que estiverem no volume dV Avi dt mostrado na figura xxx com velocidade positiva atingirão a superfície no intervalo de tempo dt . O fluxo de moléculas passando de baixo para cima nessa superfície é dado por: 1 NAdt 1 Ji Adt V vT2 e v2j vT2 dv j 1 vT2 e v2k vT2 1 dvk vT2 ve i 0 vi2 vT2 dvi As integrais nas dimensões perpendiculares à i valem 1 e só sobra a integral: i J nvT 0 vi2 v z vT2 v z nv e d T vT vT 2 u e 2udu então J i 2 0 nvT 2 1 L 1 Conferindo a dimensão: J i 3 , ou se seja, partículas por unidade de área por unidade L t At de tempo, como deveria ser. Em termos da temperatura vemos que: J i n kBT 2 m No equilíbrio o número de moléculas atravessando a superfície na direção oposta é o mesmo e dado por J i n kBT . 2 m Teoria cinética dos gases no cálculo da pressão: Cada molécula que atravessa a superfície de baixo para cima transporta o momento p m v . Então o momento total transportado de baixo para cima será dado por: p NAdt f v v i mv d 3v V v z0 Já o momento transportado de cima para baixo será dado por: p NAdt f v v i mv d 3v V vz 0 A força nessa superfície é dada pelo balanço entre os dois momentos: F p p NA 3 3 f v v i mv d v f v v i mv d v dt V v z 0 vz 0 Como para v i 0 vi vi então: F NA 3 3 f v v i mv d v f v v i mv d v V v z 0 vz 0 Ou ainda: F NA f v v i mv d 3v V Agora sem qualquer restrição na integral. Dessa forma temos que Fij notamos que, no equilíbrio, por simetria vi v j i 0 logo Fij NA mv i v j . Agora V NA mv i2 ij , ou seja, só existem V forças normais. Por outro lado: 1 2 1 mv i k BT 2 2 Logo: Fii N k BT A V Ou ainda P N k BT logo PV Nk BT V kBT garantiu o cancelamento do número 2 m de partículas que atravessa de um lado ao outro, ou do momento transverso. Entretanto, em situações de não equilíbrio isso deixa de ser verdade. Por exemplo, suponha uma variação de temperatura. O número de partículas que atravessa a superfície de um lado agora será diferente do número que atravessa do lado oposto. O mesmo ocorre se houver um gradiente de concentração. Por fim pode ocorrer um gradiente de velocidades quando o fluido é forçado em um campo de velocidades, usualmente muito menores do que as velocidades térmicas. Podemos usar o livre caminho médio para calcular propriedades de transporte dentro de um modelo simples no qual a situação é de quase equilíbrio, com valores diferentes de um lado e de outro e supondo que as partículas não sofrem colisão no livre caminho médio. Percebemos que no equilíbrio a igualdade J i J i n Suponha uma grandeza intensiva r transportada por cada molécula em um gradiente de uma das variáveis da teoria cinética dos gases, ou T r , ou n r , ou ainda v r . Podemos escolher, sem perda de generalidade, a direção z na direção do gradiente. J nez f v v z z cos d 3 v f v v z z cos d 3 v v z 0 v z 0 Note que o modelo considera que as partículas que possuíam a propriedade z planos z cos nos cos não sofrem mais colisão até atingir o plano z . Agora consideramos o livre caminho médio muito pequeno e expandimos a função z em série de Taylor: z cos z cos z Dessa forma podemos mostrar que: [Demo9] J 1 nv ez 3 z Condutividade Térmica: Nesse caso queremos o fluxo de energia que depende de um gradiente térmico mas em equilíbrio mecânico, ou seja, à pressão constante. Nesse caso: 1 T cPT assim J Q 3 nvc P T z T P Definimos a condutividade térmica como: J Q K T logo: 2 1 1 K nvc P ou K n cP 3 3 col Aqui usamos a expressão do livre caminho médio K 2 3 1 e extraímos que 2n kBT c m P Viscosidade: Agora vamos supor um gradiente de velocidades porque o gás se encontra entre duas paredes que se movem com velocidade entre si. Nesse caso pode ocorrer um stress tangencial no fluido porque agora não é mais verdade que mvi v j 0 j i . Vamos fazer a função mv x sabendo que v x z é uma função de z . J px v 1 nmv x ez 3 z Suponha duas placas com uma velocidade entre si como mostra a figura xxx. A força entre as placas é dada por: F A v z v F p x com sendo a viscosidade. Note que força é F A z t F p e que o fluxo de momento é o stress . Nesse caso: A A t Definimos o stress como 1 nmv 3 Substituindo a velocidade média e o livre caminho médio: 2 3 mkBT Coeficiente de Difusão: Suponha que é a concentração que muda com a posição J n ez f v v z n z cos d 3v f v v z n z cos d 3v v z 0 v z 0 f v v z n z d 3v f v v z n z d 3v v z 0 v z 0 J n ez n 3 3 n f v v z cos d v 0 f v v z cos d v z v 0 z v z z n J n f v v cos2 d 3v ez z Agora: 1 8kBT v m 3 f v v cos d v 3 2 Então J n 3 v n n ez e como J n D ez tiramos que o coeficiente de difusão é dado por: 3 z z D 1 v 3 Esse resultado pode ser escrito de uma forma mais elegante como: D 1 v col 1 2 3 col 3 col 3 2 col Conexão com o Movimento Browniano: Note que no problema do bêbado se movendo em uma dimensão esse seria o resultado obtido se o tamanho do passo for: passo 3 . Difusividade Térmica: Na equação da continuidade J F S t Vamos fazer J K T e Q ncPT , [note que o cP é dado em termos da energia por molécula por temperatura, então a densidade deve ser de moléculas por volume] substituindo de volta: K 2T ncP Logo T F S t 2T ncP T 1 1 T 1 F S ou ainda 2T F S K t K t K 2 K 1 onde é a difusividade térmica. Usando K n c P temos: ncP 3 col 2 2 1 n c P K 3 col 3 ncP ncP col 1 col 3 2 Trata-se então do tamanho do passo ao quadrado dividido pelo tempo de colisão. Apêndice 1. Coordenadas esféricas polares: x r sin cos y r sin sin z r cos x r x J det x y r y y z r sin cos z det r cos cos r sin sin z sin sin r cos sin r sin cos cos r sin 0 J r 2 sin sin 2 sin 2 r 2 sin cos2 cos2 r 2 sin cos2 sin 2 r 2 sin sin 2 cos 2 r 2 sin sin 2 r 2 sin cos2 J r 2 sin Então dxdydz r 2 sin drd d [volta] Equação (1): vx v y vz Lx Ly Lz 2 1 1 2 f v dv 2 dv x dv y dv z dx dy dz e vT V vT v2 v2 v2 v2 v+dv 2 0 0 0 x y z 3 2 2 2 vx v y vz 2 1 1 2 f v dv 2 Lx Ly Lz e vT dv x dv y dv z v2 v2 v2 v2 v+dv 2 V vT x y z 3 2 2 2 Mudando para coordenadas esféricas polares [Apêndice1]: dv x dv y dv z v2 sin dvd d vx v y vz 2 1 2 f v dv 2 e vT dv x dv y dv z vT v2 v2x v2y v2z v+dv 2 3 2 2 2 3 3 v v 2 1 2 v dv 2 vT2 2 1 2 v dv 2 vT2 f v dv 2 e v sin dvd d 2 v e dv sin d d 0 vT v 0 0 vT v 0 2 3 2 v v v dv 2 1 2 v dv 2 vT2 4 vT 2 4 f v dv 4 2 v e dv v e d v 3 vT v vT3 vT v 2 2 v v dv 2 vT 2 v e d v v F x dx F x dx f x dx f u du dx x dx x v2 2 4 vT 2 f v dv v e dv 3 vT 2 v 2 v vT f v [volta1] e vT vT 4 Demonstração 1: 4 xe 2 x2 dx 0 4 xe 2 x2 2 xe x2 2 xdx 0 dx 0 2 1 2 t t e dt 0 2 1 ! 2 2 1 1 2 1 ! 1 OK! [volta2] 2 2 2 Demonstração 2: Moda, encontrando o pico da distribuição. 2 2 2 d 4 d 2 x2 4 8 f x xe 2 xe x 2 x 3e x xe x 1 x 2 dx dx Logo o pico em Nesse caso v p d f x 0 ocorre para 1 x 2 0 , ou seja, x 1 . dx 2kBT . [volta3] m Demonstração 1a: Distribuições Gama Generalizadas 2 0 1 x f x; a, d , p dx p d a 0 p x t a 0 f x; a, d , p dx 1 p t d 0 p 0 1 p 1 p x tp a d 1 e 1 t p d 1 e x a x 1 d t a p p x d a 1 p p dt p 1 t p 1 p p 1 d p dt d 11 p t p t e dt 0 1 d p d 1 p t t e dt 0 d p f x; a, d , p dx 1 C.Q.D. d p [volta1a] Demonstração 1b: Momentos da distribuição Gamma generalizada. 1 x Mk p xk d a 0 p k ak x x Mk p d a a 0 p x Mudando a variável para t a ak Mk p t d 0 p 1 p k d 1 e d 1 p x d a 1 p 1 t p e x a d 1 x tp a d e x a p x d a ak x p d a 0 p x 1 t a p 1 p p k d 1 e x a p x d a dt então: p 1 t p 1 p p ak dt d p k d 11 p t p k d 1 t p 0 0 t ak e dt d p k d k d 1 ! p k p p k Mk a a d d p 1 ! p t e dt Daqui podemos extrair os primeiros momentos: 1 d d 1 2 d d 2 1 ! p p 1 ! a p a e M p p a2 p a2 e M1 2 d d d d 1 ! ! p p p 1 ! p d 2 2 d 1 d 1 d d 1 2 p p 1 ! p p 1 ! p p 1 ! p p 2 2 2 m2 M 2 a a a d d d d 2 d p 1 ! p 1 ! p 1 ! p p 1 d 1 d 2 d 1 ! 1 ! 1 ! p p p p p p 2 m2 1 a 2 d d d 1 ! 1 ! 1 ! p p p p [volta1b] No caso da distribuição de Maxwell p 2 e d 3 temos: k 3 k 1 k 1 1 ! ! ! 2 k 1 2 2 2 2 Mk ! 2 3 1 1 1 1 ! ! ! 2 2 2 2 [volta1c] Demonstração 3: Para k par, k 2 j então: M 2 j 2 1 j ! . Agora: 2 1 1 1 1 j ! j 0 j 1 j 2 2 2 2 2 1 1 j j 1 j 2 2 1 j j j 1 ! 2 Notamos que temos j 1 termos do primeiro ao penúltimo pois começa em j 0 e termina em 1 j j e que o último termo será ! . Assim podemos desenvolver: 2 1 2 j 1 2 j 1 2 j 3 j ! 2 2 2 2 3 1 2 2 1 2 j 1!! j ! 2 2 j 1 Podemos modificar ainda essa expressão usando o fato que 2 j 1! 2 j 1!! 2 j !! 2 j !! 2 j 2 j 2 2 j 4 2 2 j j j 1 j 2 1 2 j j ! Logo: 2 j 1! 2 j 1!!2 j j ! então 2 j 1!! 2 j 1! e 2 j j! 2 j 1! 1 2 j 1 !! 2j j ! j 1 2 2 2 j! 2 Logo: M2 j 2 2 j 1!! 2 j 1!! j 1 j 2 M0 1; M2 M1 2 2 3 15 105 ; M4 e M6 2 4 8 ; M3 4 ; M5 12 [volta4] Demonstração 4: F x 4 x lim t 2et dt 2 1 0 2 e t dt 1 0 4 x lim x 2 t 1 4 1 2 F x lim e d 2 t lim 1 2 0 2 1 4 2 2 x 0 e u2 2 du 1 1 F x 4lim 1 2 1 2 2 x e u2 2 0 2 x e u2 2 0 1 du 2 0 e 1 du 2 2 x 1 u2 2 2 x 1 du 2 e e u2 2 0 u2 2 du du Então: 2 x 1 2 e u2 2 0 2 x 1 2 e 2 F x lim 1 u2 2 du e u2 2 du 2 x 0 1 F x 4lim 1 2 2 F x lim 1 2 x 1 du 2 1 2 1 1 2 x 2 1 4 2 x u 2 u u 2 F x lim 1 1 2 1 4 2x 2 x 2 F x 2 F x 2 2x e x 2x 1 2 2x 2 2 2x 1 2 x e x Checando: 1 F 0 2 0 1 2 1 0 2 F 2 1 2 1 1 2 2 x 2 x 2 x 2 x 1 2 2 2 x x 2 2 x 1 2 2 x F x 2 2 x [volta5] Demonstração 5: a função densidade de probabilidade de Maxwell é dada por f v Para c 4 m 1 2 mv e 2 k BT k BT 2 1 2 mv 2 k BT H v 1 2 mv obtemos: 2 2 c d c 2 c mv ; v2 e v dv m m c 4 m f c c e k BT H c 2 k BT k BT f c 2 1 k BT c k BT e c k BT 1 2 c m m H c volta6 Demonstração 6: A energia cinética é dada por: 1 2 1 2 cin m1v12 m2 v 22 2 2 m m 1 1 cin m1 VCM 2 v r m2 VCM 1 v r 2 M 2 M 2 m m2 1 2 m1m2 1 1 2 m1m2 1 2 2 m1VCM v r VCM m1 22 v r2 m2VCM v r VCM m2 12 v r2 2 2 M 2 M 2 2 M 2 M m m m m 1 1 1 1 2 2 1 2 1 2 m1VCM m2VCM m2 v 2r m1v 2r 2 2 2 2 2 M 2 M cin 1 1 m m m m m1 m2 VCM2 1 2 1 2 vr2 2 2 M M 1 2 1 2 2 cin MVCM v r2 [volta7] Demonstração 7: O sistema de coordenadas para uma direção é dado por: 1 v1i Vi v ri 2 1 v 2i Vi v ri 2 Com o qual podemos calcular facilmente o Jacobiano que transforma os diferenciais da forma: v1i V i dv1i dv 2i det v 2i Vi v1i v rel i dV dv i rel i v 2i v rel i Assim: 1 1 2 1 1 dv1i dv 2i det dVi dv rel i dVi dv rel i dVi dv rel i 2 2 1 1 2 Então d 3 v1 d 3 v 2 d 3V d 3 v r [volta8] Demonstração 8: Queremos calcular: v rel m 2 kBT 3 mv mV rel 4 k BT 3 2 4 v rel e dv rel 4 V e kBT dV 0 0 2 2 3 mv mV 16 2 m 3 4 kBrelT k BT 2 v e d v V e d V rel rel 0 8 3 kBT 0 2 v rel v rel Agora: 2 m kBT 3 2 mv mV rel 4 k BT 3 2 v rel e dv rel V e kBT dV 0 0 2 2 3 rel v e mv 2rel 4 k BT 0 v 3 rel e mv 2 m 3 4 kBTr m 4k T d vr B vr e 2 4 k BT m m 0 4 k BT 4k T B 1 dv rel 3 2 mv 2rel 4 k BT dv rel 0 1 4k T B 2 m v 3 rel e 2 ue 2 u2 0 mv 2rel 4 k BT 1 4k T 2udu B 2 m k T 8 B m dv rel 0 2 te 2 t 3 u u e du 2 0 dt 0 2 Além disso: V 2 e mV 2 k BT 1 dV 3 m 2 k T B 0 2 V e mV 2 k BT 0 0 3 1 k T 2 dV B 2 m V 2 e mV 2 k BT 0 3 mV 2 m 2 k B T m k BT 2 2 u2 V e d V u e du k BT k BT m 0 3 u ue 0 2 1 k T 2 2udu B 2 m 3 1 k T 2 1 dV B ! 2 m 2 1 2 t t 0 3 1 k BT 2 4 m Substituindo obtemos: v rel 3 3 2 2 m k BT 1 k BT 2 8 k BT m 4 m 3 v rel 4 m k BT k BT m v rel 16kBT m [volta9] 3 k BT m e dt Demonstração 9: Fluxo de uma grandeza através de uma superfície. J nez f v v z z d 3 v f v v z z d 3 v f v v z cos d 3 v f v v z cos d 3v z v z 0 z v z 0 v z 0 v z 0 Ou seja: J n ez f v v z cos d 3 v f v v z cos d 3 v z v z 0 v z 0 J n v2 ez f v z d 3 v n ez f v v cos 2 d 3 v z v z 3 v 2 1 2 vT2 3 v 2z 3 f v d v 2 e v dv cos 2 sin d d v 0 vT 0 0 2 v v 2z 3 2 vT vT2 v3 v e f v d v d cos 2 sin d 3 v vT v T 0 0 2 Chamando u cos du sin d , quando 0 u 1 u 1 , portanto: cos 0 Já e 0 v2 vT2 1 2 1 sin d u du 2 u 2 du 2 1 0 2 3 2 2 v3 v 1 1 1 d eu u 3du u 2eu 2udu tet dt 3 vT vT 0 20 20 2 Substituindo temos: f v v 2z 3 2 vT 1 8kBT v d v v 3 3 m 3 Logo: J 1 nv ez 3 z [volta10] e quando