1 Consulta odontológica: a percepção de crianças

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Consulta odontológica: a percepção de crianças atendidas na clínica de
odontopediatria da Universidade do Vale do Itajaí (SC – Brasil).
Dental consultation: the perception of children treated at the pediatric dentistry
clinic of University of Valley of Itajaí (SC-Brasil)
Elisabete Rabaldo Bottan1
Júlia de Campos Ketzer2
Ana Luiza Heusi da Rocha2
Silvana Marchiori de Araújo3
Endereço do autor responsável
Elisabete Rabaldo Bottan
Av. Atlântica, 1020, AP. 1801
88330-006 – Balneário Camboriú – SC
Fone: (47)- 33662026
E-mail: [email protected]
Fontes de auxílio
Programa de Iniciação Científica Artigo 170; Processo 824/09
1
Mestre em Educação e Ciências; Professora integrante do Grupo de Pesquisa Atenção à Saúde
Individual e Coletiva, em Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. E-mail: [email protected].
2
Acadêmicas do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí; bolsistas de Iniciação
Científica. E-mail:[email protected]; [email protected].
3
Doutora em Odontopediatria; Professora integrante do Grupo de Pesquisa Atenção à Saúde Individual e
Coletiva, em Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. E-mail: [email protected]
2
Consulta odontológica: a percepção de crianças atendidas na clínica de
odontopediatria da Universidade do Vale do Itajaí (SC – Brasil).
Dental consultation: the perception of children treated at the pediatric dentistry
clinic of University of Valley of Itajaí (SC-Brasil)
Resumo:
Objetivo: Conhecer a percepção de crianças sobre a consulta odontológica. Materiais e
Métodos: Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, tendo como população-alvo
as crianças em atendimento na Clínica de Odontopediatria da Univali, no período de
junho a novembro de 2009. Para a coleta dos dados, foi utilizada a técnica do desenhoestória com tema, quando foi obtido um corpus, em substituição a uma amostragem
representativa. O número de crianças que integraram a pesquisa foi delimitado pela
técnica de saturação dos dados. Para a estruturação dos dados, foram consideradas
quatro categorias, desdobradas em subcategorias. Resultados: Integraram a pesquisa 40
crianças. A categoria ambiente odontológico foi a que mais se destacou. Na categoria
imagem do dentista, houve um predomínio da subcategoria humanizada e, na categoria
modelo de tratamento a ênfase foi para o tratamento preventivo. Conclusão: Para o
grupo, o contexto da consulta odontológica estrutura-se, principalmente, através de
situações agradáveis que são balizadas por uma prática educativa-preventiva, permeada
por uma visão humanizada do profissional da odontologia.
Palavras-chaves: Assistência Odontológica Integral; Odontologia para Crianças; Saúde
Bucal.
Abstract
Objective: To investigate the kids on visits. Materials and Methods: An exploratory
study with a qualitative approach, with a target population of children in attendance at
the Clinic of Pediatric Dentistry of Univali, from June to November 2009. To collect the
data, we used the technique of design-themed story, when a body was obtained, in place
of a representative sample. The number of children who joined the research was limited
by the technique of data saturation. For the structuring of data, we considered four
categories, split into subcategories. Results: Forty (40) children integrated research. The
category was the dental environment that stood out. In the category image of the dentist,
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there was a predominance of sub-humanized and, in the category model of treatment
focus was on preventative treatment. Conclusion: For the group, the context of the
dental visit is structured primarily through pleasant situations that are guided by an
educational-preventive practice, permeated by a humane vision of the dental
professional.
Keywors: Comprehensive Dental Care; Dental Care for Children; Oral Health
Introdução
O atendimento odontológico de crianças é um campo que, apesar das inúmeras
investigações, cujos resultados vêm sendo publicados nas últimas décadas, merece uma
atenção especial. Notoriamente, a partir dos anos 70, no século passado, houve um
significativo avanço no que diz respeito a equipamentos, procedimentos, técnicas,
materiais, ampliação da oferta de cuidados para a criança, no entanto, os aspectos
relativos às manifestações infantis frente ao tratamento odontológico, ainda, trazem uma
série de inquietudes ao cirurgião-dentista1,10,11.
O contexto odontológico pode gerar ansiedade e, também, relacionar-se a
padrões comportamentais de fuga ou esquiva. Estudos, em diferentes contextos
socioculturais, demonstram que experiências negativas no consultório odontológico
favorecem e reforçam a associação entre dentista, dor, sofrimento e, conseqüentemente,
medo da consulta odontológica2,6,10,13.
Assim, a identificação de variáveis comportamentais relacionadas ao tratamento
odontológico pode minimizar os comportamentos negativos dos pacientes infantis.
Deste modo, o profissional da Odontologia deve considerar seu paciente como um ser
integral, tomando decisões quanto ao tratamento baseadas não somente em aspectos
técnicos, mas também em aspectos psicossociais inerentes ao paciente. A identificação
da visão de mundo dos sujeitos e de grupos específicos é fundamental para a
compreensão das interações das práticas sociais1,6-8,10,13.
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Neste sentido é fundamental que o cirurgião-dentista perceba que a satisfação do
seu paciente está muito relacionada às experiências de vida destes sujeitos. Pesquisas
com abordagem qualitativa que investiguem o significado da consulta odontológica para
diferentes grupos sociais são fundamentais, uma vez que esta é uma lacuna, merecendo,
portanto, estudos para se fornecer subsídios, em especial, à formação do futuro
cirurgião-dentista1,8,16.
Em consonância com este pensamento, encontra-se a investigação, que deu
origem a este artigo, a qual teve por objetivo conhecer como crianças em atendimento,
na Clínica de Odontopediatria da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), percebem
a dinâmica da consulta odontológica.
Materiais e Métodos
A pesquisa caracteriza-se como uma investigação com abordagem qualitativa. Os
sujeitos do estudo foram crianças de 6 a 10 anos de idade, em atendimento nas Clínicas
de Odontopediatria do curso de Odontologia da UNIVALI, no período de junho a
novembro de 2009.
O projeto de pesquisa foi previamente aprovado pela Comissão de Ética em
Pesquisa da Univali, sob o nº 190/09.
Considerando-se a abordagem qualitativa do estudo, definiu-se pela construção de
um corpus, em substituição a uma amostragem representativa. O corpus é delineado
com base na linguagem5 e, no caso desta pesquisa, foi estruturado a partir de textos
(transcrição das falas) e desenhos (desenho-estória). Assim, o número de crianças
pesquisadas foi delimitado pela técnica da saturação dos dados5.
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Para a obtenção dos dados, foi utilizada a técnica do desenho-estória com tema,
que é uma técnica projetiva constituída pela associação de processos expressivosmotores (desenhos livres) e perceptivos dinâmicos (verbalização temática)1. O
procedimento desta estratégia deu-se através dos seguintes passos. Inicialmente, foi
solicitado ao pesquisado que elaborasse um desenho sobre o tema consulta
odontológica. Posteriormente, a criança era convidada a falar sobre o seu desenho, de
modo detalhado e espontâneo; eventualmente, fazia-se a inserção de tópicos com o
objetivo de se fazer com que a conversa fluísse naturalmente1,5. Nesta pesquisa,
abordou-se as vivências, os significados, as atitudes e os valores que as crianças
possuíam quanto à consulta odontológica. Previamente à etapa de coleta dos dados, foi
realizado um piloto, cujos resultados não foram incluídos nesta análise.
As crianças foram abordadas pelas acadêmicas-pesquisadoras, ao chegarem à sala
de espera. As acadêmicas se apresentavam e explicavam, às crianças e aos seus pais ou
responsáveis, os procedimentos e os objetivos da pesquisa. Para os que aceitavam
participar da pesquisa, por livre e espontânea vontade, era solicitada a assinatura do
responsável junto ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
As crianças, em grupos de até 5, eram conduzidas para um espaço, previamente
organizado, na própria sala de espera, onde eram confortavelmente acomodas para
realizarem o desenho-estória, dispondo para tanto de folha de papel sulfite branco, sem
pautas, lápis de cor, lápis de cera, lápis preto, borracha, apontador. Posteriormente à
etapa do desenho, cada criança, individualmente, era deslocada para outra área, também
confortável e sem interferências externas, para o procedimento de descrição do seu
desenho-estória, mediante conversa gravada em áudio. O gravador era deixado de
modo discreto sobre uma mesa para que a criança não se sentisse intimidada.
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A análise dos dados ocorreu com base na técnica de análise temática proposta por
Bardin4, cujas etapas operacionais podem ser resumidas como se segue. Inicialmente,
era efetuada a leitura flutuante, que consistia na tomada de contato inicial com o
material produzido (desenhos e transcrição das falas), quando foram identificadas, de
modo assistemático, as visões manifestadas pelas crianças. Posteriormente, foi realizada
a observação sistemática dos desenhos, com agrupamento por semelhanças gráficas, e a
leitura sistemática dos textos obtidos com a transcrição das falas das crianças, para
agrupamento por semelhanças.
Para a categorização do conteúdo dos desenhos e das falas, foram adotadas as
categorias e subcategorias indicadas por Alves1. As manifestações foram tabuladas
segundo as categorias e subcategorias. Após, foi efetuado o cálculo da freqüência
relativa. A quantificação das categorias definiu, então, o pensamento compartilhado
coletivamente pelo grupo de sujeitos pesquisados. Finalmente, foi produzido o textosíntese com base no referencial teórico.
Resultados e discussão
Integraram a pesquisa 40 crianças com idades entre 06 e 10 anos, sendo que a
maioria (40%) tinha entre 8 e 9 anos de idade. As crianças do gênero feminino
corresponderam a 47,5% e as do gênero masculino a 52,5%. Todas as crianças já eram
pacientes das Clínicas de Odontopediatria da UNIVALI, portanto, já haviam,
anteriormente, realizado outras consultas odontológicas naquelas clínicas.
Junto a este grupo foi obtido um conjunto de 40 desenhos-estória. Através da
técnica do desenho-estória, identificou-se que, para o grupo pesquisado, falar sobre a
consulta odontológica suscitou neles, em maior freqüência, o ambiente do consultório,
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com ênfase na pessoa do dentista, no caso os acadêmicos, e na descrição de
equipamentos, materiais e instrumentais. A freqüência de cada categoria e respectivas
subcategorias pode ser identificada no quadro 1.
A consulta odontológica, ainda hoje, é permeada por concepções populares que a
caracteriza como um conjunto de procedimentos desencadeadores de sensações
desagradáveis. A literatura relata, de modo consistente e concordante, que o contexto
odontológico pode gerar ansiedade e, também, relacionar-se a padrões comportamentais
de fuga ou esquiva, o que, geralmente, agrava a condição de saúde bucal1,3,6,8,11,13-16.
O comportamento da criança diante da consulta odontológica pode ser
determinado por uma série de fatores, tais como: maturidade da criança; relacionamento
com os pais, abordagem do odontopediatra, experiências pregressas, ambiente do
consultório. Consequentemente, o manejo da criança, em algumas circunstâncias, se
torna um grande desafio para o profissional7-12,14.
A postura do profissional é um aspecto importante para o bom desenvolvimento
da consulta odontológica. O manejo inadequado dos instrumentos, a utilização de
coerção e a negação dos sentimentos infantis potencializam o medo e o comportamento
não colaborativo por parte da criança3,8,9,11.
Geralmente, o paciente infantil que manifesta um comportamento positivo frente
à consulta odontológica é aquele que recebe condutas positivas por parte do
profissional, tais como: fornecimento de informações, compreensão das reações
emocionais, uso de fantasias. Portanto, a identificação e o manejo de variáveis
comportamentais relacionadas tanto ao cirurgião-dentista quanto à criança são um
importante passo na redução da aversividade ao contexto odontológico3,6-14.
Neste sentido, se percebeu entre a maioria dos sujeitos desta pesquisa
manifestações que caracterizam comportamentos positivos, pois foram expressivas as
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falas demonstrando tranqüilidade, empatia em relação ao acadêmico-dentista,
estabelecimento de diálogo, enfim ficou muito evidente que há uma relação de
confiança, uma boa comunicação. A maioria dos desenhos-estória retrata o ambiente
odontológico de modo familiar. Observa-se uma descrição detalhada de equipamentos,
instrumentos, a presença do acadêmico-dentista, a inclusão da criança e/ou responsáveis
(Figuras 1 e 2).
A comunicação é o elo no relacionamento humano, constituindo uma ferramenta
poderosa para o estabelecimento de um amistoso entendimento durante o tratamento
odontopediátrico. Nos desenhos-estória, percebe-se a importância da comunicação entre
o dentista e a criança, objetivada por um relacionamento amigável e amistoso durante o
atendimento. Essa interação do profissional com a criança faz emergir a imagem de um
profissional humanizado1,3.
Os métodos que o dentista utiliza nas aproximações e procedimentos com a
criança apresentam fundamental importância nas atitudes e reações do paciente infantil
diante do tratamento odontológico1,3,8,14,15. Assim, percebe-se que esses achados são de
grande relevância no contexto do atendimento odontológico infantil, pois ao considerar
a imagem humanizada predominante acredita-se que o atendimento tem se apresentado
mais agradável e descontraído.
Dessa forma, a participação humana do profissional durante o atendimento é
primordial na busca de um tratamento harmonioso e eficaz e que não proporcione o
surgimento de sentimentos aversivos nos pequenos pacientes. O que fica evidente no
grupo pesquisado, pois, a maioria das crianças demonstraram indícios de tranqüilidade,
cooperação e diálogo.
Outro aspecto que se destaca nos desenhos-estória é quanto ao desenvolvimento
de ações preventivas em saúde, as quais têm por objetivo contribuir para que as pessoas
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consciência de seus padrões de comportamento, substituindo-os por estilos de vida mais
saudáveis, compreendendo a relação saúde-doença na perspectiva da melhoria da
qualidade de vida1. As crianças demonstraram que são orientadas quanto às medidas
preventivas importantes para o estabelecimento de boas condições de saúde bucal
(Figura 3).
Diante das exposições das crianças através de seus desenhos-estórias, pode-se
afirmar que, para a maioria destas crianças, o contexto da consulta odontológica
estrutura-se, principalmente, através de situações agradáveis que são balizadas por uma
prática educativa-preventiva, permeada por uma visão humanizada do profissional da
odontologia.
Considerações finais
Com base na análise dos desenhos-estória, pode-se afirmar que:
•
o ambiente do consultório odontológico surgiu em todos os grafismos, com
destaque aos equipamentos, instrumentos e à presença do profissional e do
paciente;
•
o modelo de tratamento predominante foi o preventivo;
•
a imagem do dentista enfatizada foi a humanizada;
•
as principais reações de comportamentais expressas foram positivas, denotando
participação, cooperação, tranqüilidade por parte das crianças.
Conclui-se que os resultados obtidos são condizentes com a filosofia norteadora do
curso de Odontologia da UNIVALI, que preconiza a formação de profissionais com
10
uma conduta humanizada e uma visão generalista do paciente, considerando seus
aspectos biopsicossociais.
Agradecimentos
Ao programa de Iniciação Científica Artigo 170/Pesquisa, mantido pela Pró-Reitoria de
Pesquisa, Pós, Graduação e Extensão da UNIVALI e Governo do Estado de Santa
Catarina.
Referências
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representações sociais. [Dissertação de Mestrado]. Natal: Programa de Mestrado em
Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2005.
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da imagem que as crianças constróem em relação ao cirurgião-dentista e a importância
para a prática odontológica. 2004 [acesso 10 fev 2010]. Disponível em:
http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=515.
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definido por crianças e adolescentes. RSBO 2009; 6(4): 381-6.
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odontológico como gerador de ansiedade. Psicol. estud. 2007; 12(3):609-16.
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Quadro 1: Freqüência das categorias e subcategorias de análise
CATEGORIAS
Descrição do ambiente
odontológico
(42,4%)
SUBCATEGORIAS
%
- CD (acadêmico)
28
41,8
- Acompanhante da criança
06
9,0
- Material/instrumental/equipamentos
28
41,8
- Presença EPI’s
05
7,4
Freqüência da categoria
67
100
-Técnico-curativo
12
31,6
26
68,4
Freqüência da categoria
38
100
- Humanizada
17
65,4
-Tecnicista-mecanicista
09
34,6
Freqüência da categoria
26
100
- Medo, ansiedade, fuga, irritabilidade
05
18,5
22
81,5
27
100
Modelo de Tratamento - Preventivo
Odontológico
N°
(24,1%)
Imagem do dentista
(16,4%)
Manifestação
comportamental frente -Tranquilidade, cooperação, diálogo
ao tratamento
odontológico
(17,1%)
Freqüência da categoria
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Eu gosto de vir no dentista. Ele me ensina a cuidar dos meus dentes. Ele olha com
aquele espelhinho, ele conversa comigo. Ele faz a radiografia prá ver se tá tudo
certinho. E eu não fico sozinho, tem sempre outra pessoa no dentista. O que eu
desenhei foi isto contando como é a minha visita no dentista. E, antes disto eu fico
aqui na sala desenhando, brincando com os joguinho. Eu gosto... (M2, 8 anos,
Gênero Masculino)
Figura 1: Desenho-estória mostrando o ambiente do consultório odontológico, com
equipamentos e instrumentos e evidenciando a presença do acadêmico-dentista e do
paciente, em diferentes procedimentos.
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A minha dentista é a Mariana de Colo. Ela é muito legal. Eu mostrei prá ela como
eu sei cuidar dos meus dentes. Eu uso a escova e a pasta. Eu faço bem como ela
me ensinou. Eu gosto bastante dela. Ela conversa comigo e eu nem tenho medo.
(V,
9
anos,
Gênero
Feminino).
Figura 2: Desenho-estória mostrando o ambiente do consultório odontológico, com
equipamentos e instrumentos e evidenciando a presença do acadêmico-dentista e do
paciente, em diferentes procedimentos.
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Figura 3: Desenho-estória mostrando o ambiente do consultório odontológico, com
equipamentos e instrumentos e evidenciando a presença do acadêmico-dentista e do
paciente. No texto, observa-se a ênfase no repasse de informações que a criança recebeu.
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