Odontologia São Paulo, 07 de abril de 2014 Medo de Dentista? Descubra como superá-lo Equipe Responsável: Dra. Eliane Santoro – CRO 38.206 Dra. Maristela Azevedo – CRO 45.437 Caio Pires – Assistente de Odontologia Vinícius Campaner – Estagiário em Odontologia Alicates, seringas, agulhas, bisturi, o “motorzinho” e medo de sentir dor... muitos são os fatores que deixam as pessoas “apavoradas” ao irem ao dentista, fazendo com que esse sofrimento comece, muitas vezes, dias antes da consulta. O medo de tratamentos odontológicos já é conhecido há centenas de anos. Embora a ciência e a tecnologia tenham evoluído bastante e desenvolvido técnicas que permitam realizar procedimentos sem dor (ou reduzindo-a ao máximo) e também da consciência da relação humana de confiança e delicadeza entre profissional e paciente, atualmente, a assiduidade a um tratamento odontológico ainda representa um grande problema para algumas pessoas, principalmente se já se passou por alguma experiência prévia desagradável em uma cadeira odontológica. Estudos mostram que: • O medo é a segunda maior causa que fazem os pacientes não irem ao dentista. • Pacientes com mais de 40 anos geralmente apresentam maior ansiedade a um tratamento odontológico. • Maiores níveis de ansiedade são relatados por mulheres. • 7 a 10% da população em geral sente muito medo de um atendimento odontológico, situação que pode ser caracterizada como odontofobia. Estes pacientes geralmente adiam inúmeras vezes uma consulta e, quando marcam, é comum irem até a porta do consultório e desistirem. • 15% da população brasileira possui algum tipo de ansiedade com relação a tratamentos odontológicos. Odontologia São Paulo, 07 de abril de 2014 Como vencer este desconforto? • Escolha um dentista que você confia e se sinta mais a vontade. Também é conveniente conversar com ele sobre suas ansiedades e inseguranças. Muitos profissionais estão preparados para lidar com estas situações de desconforto ao paciente. Caso seja necessário, ele poderá indicar uma terapia psicológica. • Evite compromissos em horários próximos ao atendimento. “Encaixar” a consulta entre um compromisso e outro pode causar mais estresse e ansiedade. Marcar em um horário que você esteja menos sobrecarregado pode ajudá-lo a ir mais relaxado. • Questione sobre seu tratamento e peça para o dentista ir lhe explicando cada passo executado durante as consultas. Combine um sinal para que, caso você sinta dor forte, ele interrompa a ação. • Evite alimentos e bebidas excitantes como café, chá-mate e refrigerantes, pouco antes da consulta. O ideal é também evitar estes alimentos na noite anterior para dormir descansado e ir disposto ao dentista. Preferir agendar horarios pela manhã é uma boa opção. • Após o nascimento dos primeiros dentes (por volta dos 6 e 7 meses de idade), os pais devem levar os filhos ao odontopediatra (dentista especializado em prevenção e tratamento odontológico infantil) e o ideal é as consultas se repetirem a cada seis meses ou no máximo um ano. Dessa forma, além do dentista poder atuar de forma preventiva, as crianças já vão se familiarizando com o consultório odontológico e quando for necessário realizar algum tratamento mais invasivo não vão se assustar tanto com a novidade. Envie suas dúvidas e sugestões sobre este tema para o e-mail [email protected] Fonte: - Medo de Dentista. Duetto Editorial. Scientific American Brasil - Mente e Cérebro - KANEGANE, K., et al. Ansiedade ao Tratamento Odontológico em Atendimento de Urgência. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.37, n. 6, p. 786-792, 2003 - Associação Brasileira de Odontopediatria