Em pacientes com insuficiência cardíaca classe funcional II-III (a maioria em classe funcional II), portadores de fibrilação atrial sem ablação do nó atrioventricular e candidatos a TRC, o benefício apresentado pela TRC comparativamente ao cardiodesfibrilador implantável (CDI) isolado foi mínimo45(B). Em pacientes com insuficiência cardíaca em classe funcional II-IV (a maioria em classe funcional III), portadores de fibrilação atrial e candidatos a TRC, submetidos a ablação do nó atrioventricular, observa-se resposta terapêutica semelhante à dos portadores de ritmo sinusal, sendo respondedores à TRC 79% dos pacientes em ritmo sinusal, 85% dos pacientes com fibrilação atrial com ablação da junção atrioventricular e somente 14% dos pacientes com fibrilação atrial sem ablação da junção atrioventricular. Em decorrência do tamanho da amostra e do tempo de acompanhamento, não foram demonstradas diferenças significativas entre mortalidade por qualquer causa e mortalidade cardíaca nessa população46(B). São fatores independentes de morte cardíaca a idade avançada do paciente (HR = 1,12, IC 95% 1,02-1,23) e a presença de fibrilação atrial sem ablação da junção atrioventricular (HR = 5,22, IC 95% 1,60-17,01)46(B).