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Campo Grande, 01 de junho 2012
Alunos de Alta Performance
Alta Performance é um conceito criado por mim que se baseia em:
1. Ser ético;
2. Fazer o melhor possível;
3. Pensar o melhor possível;
4. Comparar seus resultados com os dos outros.
1. Ser ético: O ser humano tem o poder da decisão da maioria dos seus atos.
É ético quando o caminho escolhido é o certo e do bem, e não ético quando é
incorreto e do mal. A criança desenvolve este poder a partir da educação que
recebe
dos
pais
ou
substitutos.
2. Fazer o melhor possível: Não pode ser confundido com o “fazer o que
está acostumado”, pois ninguém sente falta do que não conhece. É não fazer
desperdícios
de
pessoas,
tempo
e
material.
3. Pensar o melhor possível: Para seres racionais como o ser humano, a
riqueza está na educação, na qualidade e quantidade dos pensamentos,
construídos
pela
educação.
4. Comparar o seu resultado com o dos outros: É o caminho percorrido e o
resultado obtido que mede o efeito das ações. O conceito melhor é uma
qualificação
entre
outras
ações
semelhantes.
Assim, um aluno para chegar à Alta Performance tem que receber as
melhores aulas e orientações educacionais e desenvolver dentro de si os
seus
valores.
Hoje, sabemos que a educação de uma criança depende do que ela
recebe dos seus pais em casa e das aulas que recebe na escola. A primeira
tem a finalidade de educação familiar e a segunda, socialização comunitária
ou educação formal. Os pais não substituem a escola, nem o inverso é
verdadeiro.
A
criança
depende
dos
dois:
pais
e
professores.
Nunca se falou tanto na parceria pais e educadores na educação dos
alunos. As pesquisas batem em todos os países: quando os pais
acompanham os estudos dos filhos, estes melhoram muito o seu rendimento
escolar. Há décadas que luto por uma educação melhor, pois a política
educacional brasileira não cumpriu a sua parte educativa nas escolas. Um
exemplo dos mais gritantes foi o da aprovação sistemática, sem um mínimo
de meritocracia. Recebiam-se diplomas por presença física e não por
competência e, assim, saíram milhões de analfabetos funcionais... Suas
consequências imediatas foram: falta de preparo de uma geração por ter
baixa performance, desrespeito aos professores, escola e Educação.
Não há parâmetros fáceis de serem utilizados para se medir a
educação familiar como há na escolar. A escola é uma organização que tem
uma programação, hierarquização, medidas de resultados, critérios de
avaliação etc. Os professores podem receber preparos especializados em
atendimentos a pais. Os pais têm que aprender a serem educadores
familiares. Nada mais justo que os que sabem mais e estão mais organizados
que ensinem aos perdidos e atônitos pais quando um filho não quer estudar...
Vários pontos têm que ser abordados na parceria pais e educadores
para a educação de uma criança:
- Aplicação da meritocracia na escola e em casa;
- Quando o pai diz vinho, a escola diz água, a criança “disanda” (licença
literária do desanda)... O princípio de coerência, constância e consequência
tem que ser seguido por todos;
- Estudar é uma obrigação onde não cabem acordos nem negociações;
- Lição de casa é uma obrigação diária que tem que ser verificada e, se
necessário, cobrada pelos pais diariamente;
- Os pais devem acabar com o decoreba de véspera de provas, pois isso não
é aprendizado consistente;
- A eficácia tem que ser estimulada, ensinada e cobrada: sem desperdícios de
pessoas, tempo e material;
- Os pais e professores são parceiros na educação e não inimigos. Parceria
significa ajuda mútua e inimigos, destruição mútua.
Içami Tiba
Mais dicas sobre esta parceria encontram-se no meu mais recente livro "Pais e
Educadores de Alta Performance", Integrare Editora, 2011.
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