Leonardo Vieira Neto Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro Hospital Federal da Lagoa Hipertensão endócrina Avaliação do paciente com HAS ü Questões principais: Em quem e como investigar? ü Depende se há uma causa provável e do grau de dificuldade em conseguir o controle da pressão arterial Avaliação do paciente com HAS ü Se a hipertensão secundária está presente, a estratégia de tratamento mais eficaz muitas vezes é focada sobre o mecanismo específico da hipertensão. ü Alguns destes distúrbios podem ser curados, levando a normalização parcial ou completa da PA. ü Relação custo benefício para realizar uma avaliação completa para hipertensão secundária em todos os pacientes hipertensos. ü É importante estar ciente das pistas clínicas que sugerem hipertensão arterial secundária. Avaliação do paciente com HAS Considerando apenas os níveis pressóricos: ü HA resistente: Persistência da HA, apesar do uso concomitante de doses adequadas (máximas) de 3 agentes anti-hipertensivos de classes diferentes ü Aumento na pressão arterial em um paciente com valores previamente estáveis ü Idade inferior a 30 anos, em indivíduos não-obesos, nãonegros e pacientes com história familiar negativa ü Hipertensão maligna ou acelerada Avaliação do paciente com HAS Considerando sinais e sintomas associados: ü Investigar em pacientes com sinais e sintomas sugestivos de endocrinopatia ou naqueles com HAS resistente ao tratamento Avaliação do paciente com HAS } } } Causas # Hipotálamo- Hipofisária ACROMEGALIA DOENÇA DE CUSHING # Tireóide e Paratireóide HIPERTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO HIPERPARATIREOIDISMO # Adrenal SÍNDROME DE CUSHING HIPERALDOSTERONISMO FEOCROMOCITOMA Síndrome de Cushing Síndrome de Cushing Conceito Sinais e sintomas decorrentes da secreção aumentada, persistente e inapropriada de cortisol. Perda dos mecanismos de feedback do eixo HHA Perda da secreção circadiana de cortisol Elevada morbi-mortalidade Conceito Hipotálamo CRH + ADH Hipófise ACTH + Adrenal - Cortisol Etiologia } Exógena (iatrogênica) – mais comum } Endógena ACTH- dependente (70-80%) ACTH- independente (20-30%) • Pseudo-Cushing Etiologia ACTH - dependente Adenoma hipofisário secretor de ACTH (Doença de Cushing): 85 - 90% } Secreção ectópica de ACTH: 10 - 15% } Secreção ectópica de CRH - raro } Etiologia ACTH – independente } Adenoma adrenal } Carcinoma adrenal Hiperplasia macronodular adrenal } Hiperplasia adrenal nodular primária pigmentada } JCEM, May 2008, 93 (5):1526-1540. Quadro clínico JCEM, May 2008, 93 (5):1526-1540. Quadro clínico Fascies Cushingóide • Face em “lua cheia” • Pletora facial • Hirsutismo • Aumento da gordura supraclavicular Quadro clínico Estrias violáceas Obesidade Central Quadro clínico Estrias violáceas Quadro clínico Quadro clínico Hipertensão arterial } Osteopenia – osteoporose – fraturas patológicas } Fraqueza muscular proximal } Sangramento fácil } Alterações psiquiátricas } Infecções fúngicas } Hiperpigmentação } Hiperandrogenismo } Exames complementares } } } } Glicemia: Intolerância à glicose / DM Hipocalemia Anemia de doença crônica Leucocitose com eosinopenia Diagnóstico JCEM, May 2008, 93 (5):1526-1540. Diagnóstico } Diagnóstico da síndrome de Cushing ⇒ confirmação do hipercortisolismo } Diagnóstico diferencial da síndrome de Cushing ⇒ etiologia do hipercortisolismo Diagnóstico Diagnóstico da Síndrome de Cushing Confirmação do Hipercortisolismo } Teste de supressão noturna com 1mg de dexametasona } Teste de supressão com baixa dose de dexametasona (2mg) Liddle 1 } Cortisol Livre Urinário (CLU) na urina de 24hs } Ritmo nictemérico (cortisol salivar à meia-noite) Diagnóstico Teste de supressão noturna com dexametasona } } } Dexametasona 1mg VO às 23hs (crianças: 15 mcg/kg) Dosagem do cortisol plasmático na manhã seguinte às 8hs Cortisol plasmático < 1,8 mcg/dL - excluída SC Sensibilidade ~100% Especificidade = 87% Falsos positivo: Obesidade; alcoolismo; doenças psiquiátricas; stress; CBG↑ (E2 e mitotano); resistência aos glicocorticóides; não ingestão ou absorção ↓ da DMS; uso de drogas que ↑ a depuração da DMS por induzir a CYP 3A4 (rifampicina; pioglitazona; fenitoína, carbamazepina; fenobarbital). Falsos negativo: hepatopatia crônica e drogas que reduzem o metabolismo da DMS por inibição da CYP3A4 (Itraconazol, Ritonavir, Fluoxetina, diltiazem) Diagnóstico Teste de Liddle 1 } } } Adultos: 0,5mg de DMS 6/6h por 48h (8 doses) Crianças: 20mcg/kg/dia DMS 6/6h por 48h (8 doses) Cortisol plasmático < 1,8 mcg/dL Sensibilidade ~100% Especificidade = 97% Melhor teste para a distinção entre obesidade e síndrome de Cushing Diagnóstico Cortisol Livre Urinário (CLU) } } } Urina de 24hs – 3 a 4 coletas Até 100 mcg/24h (adultos) – HPLC Crianças < 75 mcg/m2/24h Sensibilidade 100% e especificidade 98% • 10-15%: pelo menos um (1/4) CLU normal • Função renal e volume urinário / solicitar sempre creatinina • Causas de falso positivo - Depressão(40%); sd ovário policístico (50%); alcoolismo; obesidade (5%) - Entretanto, valores > 3-4x o LSN praticamente ocorrem apenas na síndrome de Cushing à Pseudo-hipercortisolúria: Carbamazepina, fenofibrato (HPLC), digoxina. Diagnóstico Cortisol salivar } } } } Saliva – 2 amostras, pelo menos Entre 23-24 horas Falta de padronização Valor de referência do laboratório Sensibilidade 100% e especificidade 95% • Coletar entre 23-24 hs • Não escovar os dentes antes • Não fumar no dia da coleta Hiperaldosteronismo Primário Hiperaldosteronismo primário Definição ü Grupo de desordens caracterizadas pela produção excessiva de aldosterona pelo tecido anormal da zona glomerulosa (adenoma ou hiperplasia) e relativamente autônoma da estimulação normal pelo sistema renina angiotensina, e não suprimível pela sobrecarga de sódio. ü Efeitos: ü Supressão da atividade plasmática de renina (APR); ü Clinicamente manifesta-se com hipertensão arterial e em 1/3 dos casos hipocalemia e alcalose metabólica. Fisiopatologia Etilogia Etilogia Adenoma produtor de aldosterona (APA) ou aldosteronoma ü Quase sempre unilateral (98%) e geralmente tem menos de 2-3cm ü Não responde ao estímulo de angiotensina II (i.e., não responde às manobras que intervêm no SRAA) ü Entretanto, alguns adenomas são parcialmente autônomos e exibem uma resposta evidente aos estímulos pela SRAA (APAresponsivo à angiotensina (APA-RA) Fisiopatologia Adenoma produtor de aldosterona (APA) ou aldosteronoma ü Em cerca de 40% dos casos do APA estudados em populações ocidentais, são encontradas mutações somáticas no gene KCNJ5 (potassium inwardly-rectifying channel, subfamily J, member 5 ) (11q24), que codifica o canal de potássio GIRK4 ü Outras mutações somáticas: genes que codificam dois membros da família da ATPase tipo P à ATP1A1 (1p13-p11) e ATP2B3 (Xq28). 6,8% dos APA, com predominância do sexo masculino e exclusivamente naqueles em que não há mutação do KCNJ5 Figure 1 Effect of KCNJ5 mutations on adrenal glomerulosa cells Mulatero, P. et al. (2012) Role of KCNJ5 in familial and sporadic primary aldosteronism Nat. Rev. Endocrinol. doi:10.1038/nrendo.2012.230 Fisiopatologia Adenoma produtor de aldosterona (APA) ou aldosteronoma ü Em cerca de 40% dos casos do APA estudados em populações ocidentais, são encontradas mutações somáticas no gene KCNJ5 (potassium inwardly-rectifying channel, subfamily J, member 5 ) (11q24), que codifica o canal de potássio GIRK4 ü Outras mutações somáticas: genes que codificam dois membros da família da ATPase tipo P à ATP1A1 (1p13-p11) e ATP2B3 (Xq28). 6,8% dos APA, com predominância do sexo masculino e exclusivamente naqueles em que não há mutação do KCNJ5 Fisiopatologia Hiperplasia adrenal idiopatica (HAI) ou bilateral ü Hiperplasia bilateral da zona glomerulosa, resposta aumentada da aldosterona ao estímulo pela angiotensina II e menor produção de aldosterona e supressão da ARP em comparação com o APA Quadro clínico ü Hipertensão arterial. Os níveis pressóricos tendem a ser mais elevados em pacientes com APA do que com HAI ü Fadiga, astenia, fraqueza muscular, paralisia periódica ü Parestesias com tetania franca, com sinais de Chevostek e Trousseau positivos – secundários a alcalose ü Polidpsia e poliúria ü Alcalose metabólica ü Edema de MMII – só ocorre se ICC ou nefropatia, devido “escape” de sódio Case Detection, Diagnosis, e E n d o c r i n e of S o Patients ciety’s andT hTreatment Diagnóstico CLINICAL with Primar yGUIDELINES Aldosteronism: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline The Endocrine Society’s CLINICAL GUIDELINES Case Detection, Diagnosis, and Treatment of Patients with Primar y Aldosteronism: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline Case Detection, Diagnosis, and Treatment of Patients with Primar y Aldosteronism: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline J Clin Endocrinol Metab 93: 3266–3281, 2008 hypertension with adrenal incidentaloma; or hypertension and a family history of early-onset hypertension or cerebrovascular accident at a young age (<40 years). We also recommend case detection Our recommendation to detect cases of PA places a high value on avoiding the risks associated with missing the diagnosis (and thus forgoing the opportunity of a surgical cure or improved control of Diagnóstico TABLE 1. Groups with high prevalence of primary aldosteronism Patient group Prevalence Moderate/severe hypertension The prevalence rates cited here are from Mosso (16). Others have reported similar estimates (18, 23–25). The classification of blood pressure for adults (aged 18 years and older) was based on the Sixth Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (JNC) which establishes three different stages: Stage 1 = SBP 140-159, DBP 90-99; Stage 2 = SBP 160-179, DBP 100–109; Stage 3 = SBP >180, DBP >110 (10). When systolic and diastolic blood pressures were in different categories, the higher category was selected to classify the individual’s blood pressure status. Overall: 6.1% Stage 1 (mild): 2% Stage 2 (moderate): 8% Stage 3 (severe): 13% Resistant hypertension, defined as SBP >140 and DBP >90 despite treatment with three hypertensive medications. The prevalence rates cited here are from (26–31). 17%–23% Hypertensive patients with spontaneous or diureticinduced PA is hypokalemia. Specific prevalence figures are not available, but more frequently found in this group. Hypertension with adrenal incidentaloma (32–37), defined as an adrenal mass detected incidentally during imaging performed for extraadrenal reasons. Median: 2% (range, 1.1%–10%) One retrospective study that excluded patients with hypokalemia and severe hypertension found aldosterone-producing adenoma in 16 of 1004 subjects (37). J Clin Endocrinol Metab 93: 3266–3281, 2008 Diagnóstico Teste de rastreamento para hiperaldosteronismo primário Relação = Concentração de aldosterona plasmá4ca (CAP) em ng/dL A4vidade plasmá4ca de renina (APR) em ng/mL/h Hiperaldosteronismo: Relação > 30 Relação aldo/ARP > 50 Aldo >16ng/dL confirmatório Diagnóstico Diagnóstico Questões pré-analíticas Corrigir a hipocalemia Estimular dieta livre em sódio Caso necessário melhorar níveis de pressão arterial, iniciar medicamentos com pouca interferência no RAA:Verapamil, Hidralazina, Prazosin, Terazosin ou Doxazosin Colete o sangue pela manhã. O paciente não deve ter se deitado nas últimas 2 horas (sentado, em pé, caminhando). Colocar o paciente sentado por 5-15 minutos antes da coleta. Colete o sangue lentamente, evitando estase ou hemólise Mantenha a amostra em temperatura ambiente antes da centrifugação (congelamento pode promover conversão de renina inativa em ativa) Diagnóstico Questões pré-analíticas ü RAR = CAP/ARP ü Suspender: espironolactona, amilorida e eplerenona ü ü ü Beta-bloqueador: reduz a APR e CAP, aumentando a relação IECA e BRA podem potencialmente aumentar ARP e reduzir a relação. Nestes casos, uma relação normal não exclui HAP. No entanto, uma relação aumentada sugere fortemente o diagnóstico em pacientes em uso dessas medicações. Medicações com interferência desprezível: verapamil, hidralazina e prazosin Diagnóstico Questões analí=cas Cuidados na interpretação da relação CAP/APR: Estabelecida quando a renina é expressa como a4vidade Métodos imunométricos que dosam diretamente a renina à APR de 1 ng/ml/h converte para uma renina direta de aproximadamente 5,2 ng/L (Nichols Ins4tute Diagnos4cs ou Bio-­‐Rad Renin II RIA) Quimioluminescência à APR de 1 ng/ml/h PRA converte para uma renina direta de aproximadamente 7,6 ng/L (Diasorin) Dosagem direta de renina (DDR) -­‐ Relação CAP/DDR é de 5,7 ng/L. Diagnóstico Teste de rastreamento para HAP ü Cuidados na interpretação da relação ü Válida apenas quando a renina é expressa como atividade ü ARP muito baixa, geralmente suprimida A relação vai depender da sensibilidade dos ensaios, especialmente da atividade de renina. ü ü ü ü Supondo um paciente com a ARP maximamente suprimida, com a CAP de 16: Kit com limite de detecção de APR de 0,6 ng/mL/hora, a relação é 26,7. Se a ARP fosse dosada por um kit com maior sensibilidade (limite de detecção de 0,1 ng/mL/hora), a relação seria 160. Relação aldosterona/atividade plasmática de renina (RAA) RAA≥30 Rastreamento Positivo RAA<30 Excluído HAP Proceder teste confirmatório: - Sobrecarga salina - Sobrecarga oral de sódio Teste negativo - Teste da Fludrocortisona - Teste do captopril Teste positivo Confirmado HAP Diagnóstico ü Teste de sobrecarga oral de sódio: após o controle da hipertensão e da hipocalemia. Adição de 3 g de sal de cozinha por 3 dias (6 g de sal/ dia). Se necessário, repor potássio. No terceiro dia, colhe-se urina de 24 h para medir aldosterona, Na+ e K+. Excreção de aldosterona > 14 mcg em 24 h na presença de Na+ > 200-250 mEq, é consistente com HAP. S=96% e E=93%. O K está inapropriadamente alto na urina (>30mEq). ü Teste de infusão de solução salina: 2.000 mL de SF0,9% durante 2h (4 a 6 horas se risco de descomp. Cardíaca). CAP pós-infusão > 10ng/dL confirma a produção autônoma de aldosterona. ü Teste da fludrocortisona: 0,1 mg de fludrocortisona a cada 6 h por 4 dias. CAP > 6 ng/dL (na presença de ARP < 1 mg/mL.h) confirma o diagnóstico de HAP. Diagnóstico Primary Aldosteronism Patients with hypertension that are at increased risk for PA PA unlikely PA unlikely _ Use ARR to detect cases 1| + _ Conduct confirmatory testing 1| + Adrenal CT (1| } If surgery desired If surgery not desired AVS (1| Bilateral Treat with MR antagonist (1| ) ) } Subtype testing* Unilateral Treat with laparoscopic adrenalectomy (1| ) Figure 1. Algorithm for the detection, confirmation, subtype testing, and treatment of primary aldosteronism (PA). We recommend the case detection of PA in patient groups with relatively high prevalence of PA (1| )—these include patients with moderate, severe, or resistant hypertension, spontaneous or diuretic-induced hypokalemia, hypertension with adrenal incidentaloma, or a family history of Diagnóstico Cateterismo bilateral das veias adrenais Exame padrão-­‐ouro para definição da e4ologia do HAP, que deve ser indicado caso a abordagem cirúrgica seja uma opção terapêu4ca. S = 95% e E 100%. A dosagem de CAP é dividida pela de cor4sol realizada na mesma amostra, gerando um valor de CAP corrigido para cada veia adrenal. O exame é considerado posi4vo para lateralização quando a relação entre os dois lados for maior do que 2:1 sem es4mulação com cosintropina. Durante o es`mulo com ACTH, uma relação de CAP entre o maior e o menor lado > 4:1 é indica4va de secreção unilateral de aldosterona, enquanto um valor < 3:1 é suges4vo de doença bilateral. Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico à 18OHF urinário foi o parâmetro mais útil na diferenciação entre EH e PA e entre APA e BAH Uso do18OHF urinário em pacientes com a relação positiva poderia ter resultado na eliminação de 36,4% dos pacientes da sobrecarga salina e 7,3% de AVS. à Pacientes com relação positiva, mas 18OHF urinário <130 mg/d pode evitar passar por testes de confirmação porque nenhum paciente com níveis 18OHF abaixo deste corte tinha APA. à Pacientes com relação positiva e 18OHF > 330 mg/d foram todos hiperaldo, eles poderiam passar diretamente para diferenciação do subtipo, sem a realização de testes confirmatórios, evitando 4,9% de testes de confirmação. Diagnóstico à Pacientes com 18OHF >510 mg/d todos tiveram adenoma, e os pacientes com nódulos não secretantes, que são frequentemente detectadas pela TC, mostrou 18OHF notavelmente inferior a este limite. à Por conseguinte, na presença de um nódulo único na TC, os pacientes com relação positiva e 18OHF >510 ug/d pode ser submetido a adrenalectomia unilateral, especialmente se jovem. Feocromocitoma Feocromocitoma Feocromocitoma Definição } Feocromocitoma – 85% dos casos } } Tumor originado das células cromafins da medula adrenal, produtor de catecolaminas Paraganglioma – 15% dos casos } Tumor extra-adrenal, originado nos gânglios simpáticos, produtor de catecolaminas Quadro clínico } Tumores raros: < 0,2% dos pacientes hipertensos ü ü HAS pode ser mantida ou intermitente. Não raramente são assintomáticos. Incidentaloma } Apresentação clínica: ü } } } Sintomas clássicos (cefaleia, sudorese e taquicardia) Incidentaloma adrenal Doença familiar [NEM2, Doença de von Hippel-Lindau (VHL), Neurofibromatose tipo 1 (Von Recklinghausen), FEO/paraganglioma familiar] Quadro clínico Tríade Clássica } } } } } ½ dos pacientes têm hipertensão paroxística Pode ocorrer “hipertensão essencial" Hipertensão paroxística ou sustentada é o sinal + comum de feocromocitoma 5 – 15% dos pacientes têm PA normal! Freqüência de PA normal é > em pacientes com incidentaloma e nos pacientes rastreados para feo familiar } Cefaleia pode ser leve ou severa, com duração variável – ocorre em 90% dos pacientes sintomáticos } Sudorese generalizada ocorre em 60-70% Diagnóstico Em quem investigar: ü Crises hiperadrenérgicas (palpitação não-relacionada a exercício, sudorese, cefaléia, tremor ou palidez) ü Hipertensão refratária ü Síndromes familiares (NEM 2, NF1, VHL, FEP/PGL) ü História familiar de feocromocitoma ü Incidentaloma adrenal ü Pico hipertensivo durante anestesia, cirurgia ou procedimentos diagnósticos ü Hipertensão de início antes dos 20 anos ü Cardiomiopatia dilatada idiopática Diagnóstico } Catecolaminas e metanefrinas na urina 24 horas Metanefrinas plasmáticas } Catecolaminas plasmáticas } van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119 Diagnóstico Questões pré-­‐analí=cas Exercícios, postura, estresse, hipoglicemia, a4vidade simpá4ca e drogas Simpa4comimé4cos (efedrina, anfetamina, cocaína, cafeína e nico4na) -­‐ é nora e adrenalina Venlafaxina\ IRSS-­‐ fluoxe4na, paroxe4na e tricíclicos -­‐ é nora e normetanefrina Inibidores da MAO -­‐ é Catecol e metanefrina An4-­‐hipertensivos: vasodilatatores (BCC diidropiridínicos), alfa-­‐bloqueadores sele4vos (doxazozin), beta-­‐bloqueadores -­‐ é Catecol Alfa-bloqueadores não-seletivos (fenoxibenzamina): é nora e normetanefrina L-­‐DOPA -­‐ é Dopamina van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119 Diagnóstico Questões pré-­‐analí=cas Exercícios, postura, estresse, hipoglicemia, a4vidade simpá4ca e drogas Simpa4comimé4cos (efedrina, anfetamina, cocaína, cafeína e nico4na) -­‐ é nora e adrenalina Suspender d uas Venlafaxina\ IRSS-­‐ fluoxe4na, paroxe4na e tricíclicos -­‐ é nora e normetanefrina semanas, se Inibidores da MAO -­‐ é Catecol e metanefrina possível An4-­‐hipertensivos: vasodilatatores (BCC diidropiridínicos), alfa-­‐bloqueadores sele4vos (doxazozin), beta-­‐bloqueadores -­‐ é Catecol Alfa-bloqueadores não-seletivos (fenoxibenzamina): é nora e normetanefrina L-­‐DOPA -­‐ é Dopamina van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119 Diagnóstico Questões analí=cas HPLC com detecção eletroquímica X Cromatografia líquida acoplada a espectometria de massa Labetalol, buspirona e sulfasalazina Acetaminofeno Teste ideal van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119 Diagnóstico Sensibilidade Especificidade Metanefrina plasmá4ca (frações) 99% 89% Metanefrina urinária (frações) 97% 69% Catecolamina urinária 86% 88% Catecolamina plasmá4ca 84% 81% Metanefrina urinária (total) 77% 93% Ácido vanil mandélico 64% 95% Lenders JWM et al. JAMA. 2002;287(11):1427-1434." Diagnóstico ² Metanefrinas e catecolaminas urinárias: menor chance de falso-­‐posi4vo (atributo preferível em população de baixo risco – baixa probabilidade pré-­‐teste) ² Metanefrinas plasmá4cas: maior chance de falso-­‐posi4vo – escolha em pacientes de alto-­‐risco (síndromes familiares e presença de massa adrenal) Sawka AM et al. J Clin Endocrinol Metab. 2003;88(2):553-558." Diagnóstico Alta Suspeita clínica Metanefrinas T/F na urina Catecolaminas T/F na urina Metanefrinas T/F no plasma Baixa Metanefrinas T/F na urina Catecolaminas T/F na urina Aumento 3x > LSVR na urina ou aumento significativo no plasma Normal Normal TC ou RM de abdome Repetir durante paroxismo Normal Massa adrenal ou para-aórtica típica MIBG se tumor adrenal > 8 cm ou paraganglioma Negativa Reavaliar diagnóstico Considerar MIBG Diagnóstico } TC ou RM de abdome e pelve (sensibilidade 98-100%; especificidade 70%) } } } } RM: + caro; pode distinguir feo de outras lesões adrenais (hiperintensidade em T2) PGL de base de cranio e cervical Alergia ao Iodo Pacientes em que não se deseja irradiar Diagnóstico } 123I-MIBG } } } } TC ou RM negativos Feo adrenal > 8 cm (risco aumentado de malignidade) Paraganglioma (risco aumentado de multiplicidade e malignidade) Doença recorrente Diagnóstico } 18F-fluordesoxiglicose } PET/TC Doença metastática conhecida Diagnóstico Fim! Obrigado!!!