Fadiga Adrenal: quando o desânimo é muito mais

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Fadiga Adrenal: quando o desânimo é muito mais que cansaço.
A semana vai passando, o trabalho e os estudos exigem muito e os sinais de cansaço aparecem.
Nessa hora, dar uma relaxada ou dormir um pouco mais serve para recarregar a bateria e voltar
à ativa. Mas se a falta de força, a indisposição e o desânimo persistem, o sinal de alerta liga e é
preciso uma investigação mais minuciosa. Em casos como este, o que seria um simples cansaço
pode ser fadiga adrenal, uma insuficiência das glândulas adrenais que pode provocar sérios
transtornos à saúde.
A diferença entre a exaustão adrenal e o cansaço reside no tempo de queixa, como explica Dr.
Marcelo Bonanza, médico da Jovial Clinica - Centro de Medicina Funcional e Integrativa. “O
cansaço físico e a estafa temporária têm como característica a rápida recuperação. Quando o
paciente é submetido a um descanso prolongado, alimenta-se bem e, ainda assim, as queixas
permanecem por mais de duas semanas, é preciso realizar uma investigação detalhada para
afastar outras patologias”, explica.
Em geral, a fadiga por cansaço pode ser atribuída ao estilo de vida: excesso de trabalho, de
preocupações, cobranças, pressões, consumo excessivo de bebidas alcóolicas, de cafeína, uso de
drogas, excesso de atividade física ou sedentarismo, insônia, além do uso constante de
antibióticos, anti-inflamatórios, corticóides e anti-histamínicos. A priori, simples mudanças
garantem a recuperação do indivíduo, mas se os sintomas estiverem associados a distúrbios
psicológicos como ansiedade excessiva, depressão e estresse, o problema pode se tornar
crônico e levar à falência de órgãos.
Sintomas da fadiga adrenal
Todas essas condições resultam numa sobrecarga e fazem com que as glândulas adrenais
produzam excessivamente os hormônios do estresse, como a adrenalina e o cortisol, impedindo
o descanso do paciente e dificultando que os hormônios do equilíbrio, como noradrenalina e
aldosterona, possam agir.
Isso faz com que, além do cansaço, sejam comuns as infecções e gripes, alterações no peso
corporal, dificuldade de emagrecer ou de ganhar massa muscular, aumento da ansiedade,
irritabilidade, insônia, sono agitado, baixa libido sexual, tonturas, pouca concentração, apatia,
compulsão por doces e perda de memória.
“Durante os primeiros estágios da fadiga adrenal, há uma produção muito grande dos
hormônios do estresse. Isto significa que o nível de cortisol é elevado, o que suprime o sistema
imunológico, nos deixando vulneráveis às doenças. Já durante os últimos estágios, as glândulas
adrenais ficam esgotadas e incapazes de produzir os hormônios que o corpo precisa. Os níveis
de cortisol começam a cair drasticamente, fazendo com que a válvula de segurança que impede
o sistema imunológico de reagir contra as ameaças seja removida completamente. Desta forma,
a regulação do efeito anti-inflamatório realizada pelo cortisol não acontece. Sem cortisol
suficiente, não há nada para prevenir a inflamação, o que favorece a falta de controle no
funcionamento do sistema imunológico”, explica Marcelo Bonanza.
O resultado desta equação é a amplificação de inúmeras vias inflamatórias e o aumento da
susceptibilidade para doenças autoimunes, transtornos do humor, cânceres, síndrome de dor
crônica, obesidade, desequilíbrio da glicemia e fibromialgia.
Tratamento
Corrigir a fadiga adrenal exige uma ação multidisciplinar. A modulação hormonal isomolecular
feita pelo médico deve ser associada a uma correção alimentar orientada pelo nutricionista e
também à prática contínua de atividade física coordenada pelo educador físico.
Para que essas medidas sejam tomadas, é preciso fechar o diagnóstico e se certificar de que o
paciente está, de fato, sofrendo deste mal. Para isso, será necessário realizar exames
laboratoriais e medir os níveis de cortisol, aldosterona, serotonina, catecolaminas, testosterona
e alguns neurotransmissores.
Marcelo Bonanza | CRM-BA 14.684
Diretor Médico da Jovial Clínica
www.jovialclinica.com
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