Charles Robert Darwin (12/02/1809 – 19/04/1882)

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Espécie: a unidade de classificação dos seres vivos
Voce já viu a palavra "espécie" diversas vezes, mas o que ela realmente significa?
Pense, por exemplo, no cavalo e na égua. Eles podem acasalar-se e dar origem a um
descendente fértil, isto é, que também pode gerar seus próprios descendentes. Dizemos,
por isso, que cavalos e éguas são animais que pertencem a uma mesma espécie.
Podemos, então, definir: espécie é um conjunto de organismos semehantes entre si,
capazes de se cruzar e gerar descendentes férteis.
Espécies mais aparentadas entre si do que com quaisquer outras formam um gênero. O
gato-do-mato, encontrado em todas as florestas do Brasil, pertence a espécie Leopardus
wiedii; a nossa jaguatirica, o maior entre os pequenos felinos silvestres brasileiros,
pertence à espécie Leopardus pardalis; e o gato-do-mato-pequeno, o menor dos
pequenos felinos silvestres brasileiros, pertence à espécie Leopardus tigrinus. Todos
esse animais são de espécies diferentes, porque NÃO são capazes de cruzar-se entre si
gerando descendentes férteis. Mas como estas espécies são mais aparentadas entre si do
que com quaisquer outras, elas formam um gênero chamado Leopardus.
Além do gênero existem outros graus de classificação
Espécie - Gênero - Família - Ordem - Classe - Filo - Reino
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Gêneros semelhantes formam um grupo maior: a família.
As famílias formam a ordem.
As ordens formam a classe.
As classes forma o filo
Os filos, finalmente formam o reino.
Para entendermos melhor as categorias taxonômicas, vamos utilizar como exemplo o reino
Animal tendo como referência o cão.
Do filo dos cordados fazem parte, entre outros, os animais que têm coluna vertebral,
conhecidos como vertebrados (em oposição aos não cordados, chamados de
invertebrados). Dentre os cordados temos, os anfíbios, os peixes, os répteis, as aves e os
mamíferos.
O conjunto de filos de anomais cordados e não-cordados forma o reino dos animais reino Animalia.
Reinos
É o grupo mais abrangente da classificação dos seres vivos. Grande parte dos
pesquisadores aceitam, atualmente, cinco reinos:
Monera - Seres unicelulares (formados por uma única célula), procariontes (células sem
núcleo organizado, o tipo mais simples de célula existente). São as bactérias e as algas
cianofíceas ou cianobactérias (algas azuis), antes consideradas vegetais primitivos.
Protista - Seres unicelulares eucariontes (que possuem núcleo individualizado)
Apresentam características de vegetal e animal. Representados por protozoários, como a
ameba, o tripanossomo (causador do mal de Chagas) o plasmódio (agente da malária), a
euglena.
Fungi - Seres eucariontes uni e pluricelulares. Já foram classificados como vegetais,
mas sua membrana possui quitina, molécula típica dos insetos e que não se encontra
entre as plantas. São heterótrofos (não produzem seu próprio alimento), por não
possuírem clorofila. Têm como representantes as leveduras, o mofo e os cogumelos.
Plantae ou Metafita - São os vegetais, desde as algas verdes até as plantas superiores.
Caracterizam-se por ter as células revestidas por uma membrana de celulose e por serem
autótrofas (sintetizam seu próprio alimento pela fotossíntese). Existem cerca de 400 mil
espécies de vegetais classificados.
Animali ou Metazoa - São organismos multicelulares e heterótrofos (não produzem seu
próprio alimento), pois são aclorofilados. Englobam desde as esponjas marinhas até o
ser humano.
O nome dos seres vivos
Ao longo da história, os diversos povos criaram seus próprios nomes (códigos) para
nomear o que viram a sua volta. Com todas as linguas existentes no mundo, um mesmo
ser - um gato por exemplo - é identificado por diferentes nomes.
Katze (alemão)
Cat (ingês)
Koshka (russo)
Chat (frânces)
Neko (japonês)
Gato (português)
Como se escreve o nome científico dos seres vivos?
No sistema binomial devem ser observadas algumas regras de nomenclatura:
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O nome científico de uma espécie deve ser escrito em latim e deve estar
destacado no texto (em Itálico ou sublinado) como já vimos.
É obrigatório o uso de duas palavras para designar o nome científico de uma
espécie, daí a expressão sistema binomial de nomenclatura (a palavra binomial
significa 'com dois nomes', 'com duas palavras'). A primeira delas deve ser
escrita com letra inicial maiúscula; a segunda, com letra inicial minúscula
A primeira palavra, com inicial maiúscula, indica o gênero a que pertence a
espécie. A expressaõ formada pela primeira palavra mais a segunda designa a
espécie.
Veja os exemplos:
Equus caballus (cavalo)
Gênero: Equus
Espécie: Equus caballus
Note que o cavalo pertence ao gênero Equus e à espécie Equus caballus ( e não
simplesmente à espécie caballus). Podem existir vários animais no mesmo gênero todos
devem começar com Equus.
Ex: Equus caballus, Equus caleros, Equus silbods...
Teorias da Vida
Segundo a teoria da Panspermia, formulada pelo físico sueco Arrhenius, a Terra teria sofrido
uma inseminação por organismos, partículas provenientes de espaços externos ao planeta,
chegando à Terra através de poeira cósmico ou meteoritos.
Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet
Cavaleiro de Lamarck (1744-1829)
Evolucionistas pré-darwinistas dos séculos XVIII e IX – Nem todos entre Artistóteles e
Darwin pensavam que o mundo era constante. Por volta do ano 1700, várias pessoas
falavam sobre evolução, incluindo Darwin, seu avô Erasmus e Jean Baptiste Lamarck,
com seu famoso exemplo “errado” da evolução do pescoço da girafa... Segundo ele,
com a escassez de alimento daquele tempo, uma girafa “necessitava” de um pescoço
maior para alcançar as folhas mais altas das árvores... Seu pescoço ficou maior a partir
do alongamento, assim passando um pescoço maior para sua prole...
O precursor da Teoria da Evolução das Espécies é também o fundador da Biologia
como ramo específico da Ciência.
Lamarck acreditava que os seres vivos sofriam modificações condicionadas pelo
ambiente e que essas modificações eram incorporadas nas gerações futuras...
Até mesmo atualmente, usa-se o famoso exemplo “errado” do pescoço da girafa (que
teria ficado comprido devido à necessidade das girafas comerem folhas das copas das
árvores).
Ora como exemplo (errado) de evolução, ora como uma forma de ridicularizar Lamarck
em suas contribuições à teoria evolucionista e mesmo a própria teoria da evolução...
Baseou sua teoria em duas afirmações:
1. Uso e desuso – afirma que a variação das espécies é decorrente de uma atrofia
ou hipertrofia de seus órgãos, isto é, os indivíduos perdem as características de
que não precisam e desenvolvem as que utilizam.
— Veracidade comprovada, posteriormente. Hoje, sabemos que os
atletas desenvolvem seus músculos através do uso, enquanto que a
paralisação das pernas, por exemplo, determina atrofia. Ele teve méritos
em destacar o transformismo.
Charles Robert Darwin (12/02/1809 – 19/04/1882)
O processo evolutivo proposto por Darwin:
1. Afirma que o meio ambiente seleciona os seres mais aptos e elimina os menos
dotados, isto é a evolução por meio da seleção natural.
2. Seleção Natural: Organismos com melhor adaptação ao ambiente tendem a
sobreviver e podem transmitir suas características genéticas. Os menos adaptados
acabam sendo eliminados. Assim, só as características que facilitam a sobrevivência são
transmitidas aos descendentes. Ao longo das gerações, elas se firmam e identificam uma
nova espécie. Em todas as espécies os indivíduos nunca são iguais, exibindo variação
que podem ser herdadas. Em um determinado ambiente, os indivíduos dotados de
variação favoráveis estarão mais capacitados a sobreviver, do que os que possuem
variações desfavoráveis. Assim, as variações favoráveis são transmitidas para os
descendentes e, acumulando-se com o tempo, dão origem a grandes diferenças. O
processo de seleção natural, imposto pelo meio ambiente, e prolongado por várias
gerações produz adaptações cada vez mais perfeitas e complexas, determinando dessa
forma, um processo de evolução progressiva.
O homem sempre teve muita curiosidade em conhecer suas origens, sua história. Há
muito tempo ele procura uma explicação para a criação do mundo. Antes de Aristóteles
(384 – 322 a.C.) as únicas proposições sobre a origem da vida eram baseadas em
deuses, mitologias e na criação divina. A partir de então, muitos cientistas passaram a
estudar e formular hipóteses. A teoria mais aceita sobre a origem do universo é a do Big
Bang.
Abiogênese x Biogênese
A teoria da abiogênese ou geração espontânea foi a primeira idéia proposta pela
origem da vida e teve uma participação muito importante do filósofo grego Aristóteles.
Naquela época, como Aristóteles influenciava o pensamento de muitas pessoas, e até de
grandes cientistas, essa teoria foi muito aceita.
Nessa teoria, os seres vivos podiam brotar a partir da matéria orgânica. Sapos poderiam
brotar dos pântanos, vermes brotavam das frutas. Um médico chamado Jan Baptista van
Helmont elaborou uma receita de como fabricar ratos por geração espontânea, que
consistia em colocar grãos de trigo em camisas sujas e esperar alguns dias. Ele estava
tão envolvido com essa idéia que não foi capaz de imaginar que os ratos na verdade
eram atraídos pela sujeira, e não brotavam nessa “receita”.
Queda da abiogênese
Francesco Redi (1626-1697), um médico Italiano, realizou alguns experimentos que
comprovaram que a teoria da geração espontânea estava errada. Na teoria, vermes
brotavam de cadáveres e alimentos podres. Ele observou que esses vermes não
brotavam, mas sim se originavam de ovos que eram depositados pelas moscas.
Em seu experimento utilizou frascos, cadáveres de animais e pedaços de carne. Cada
frasco continha carne e cadáver. Alguns frascos foram vedados com gaze e outros não.
Nos frascos vedados, não houve formação de larvas, mas nos frascos em que o conteúdo
ficou exposto, muitas larvas se desenvolveram, pois as moscas entravam e saíam com
liberdade.
Mesmo após isso, alguns cientistas insistiam na teoria da abiogênese. John Needan, em
1745 afirmou que os seres vivos surgiam por geração espontânea graças a uma força
vital. Ele realizou um experimento onde preparou um caldo nutritivo, colocou em
alguns frascos, ferveu por 30 minutos e os vedou com rolha de cortiça. Mesmo assim,
depois de alguns dias apareceram alguns microorganismos no caldo. Needan acreditava
que a fervura e a vedação da rolha eram suficientes para impedir a entrada de
microorganismos.
Mais tarde, Lazzaro Spallanzani repetiu os experimentos e concluiu que a vedação
utilizada e o tempo de fervura eram insuficientes para matar os microorganismos.
Needam se defendeu dizendo que o tempo prolongado de fervura destruía a força vital
do caldo nutritivo.
O fim da abiogênese
Louis Pasteur, na década de 1860, realizou experimento que derrubou de vez a teoria da
abiogênese. Realizou experimentos utilizando frascos de vidro que possuíam o gargalho
semelhante à pescoços de cisne. Dentro havia um caldo nutritivo. Esses frascos com
caldo foram fervidos e deixados em repouso por alguns dias. Não houve formação de
microorganismos, pois a água que evaporou do caldo ficou retida nas paredes do
gargalo e funcionou como um filtro de ar, e os microorganismos ficavam retidos nele,
não entrando em contato com o caldo. Pasteur quebrou os gargalos e deixou o caldo em
contato com o ar. Após alguns dias ele observou o desenvolvimento de
microorganismos no caldo, que antes estavam no ar.
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