Meningite - Prefeitura de Florianópolis

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Estado de Santa Catarina
Prefeitura Municipal de Florianópolis
Secretaria Municipal de Saúde
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A LERTA E PIDEM IOLÓGIC O
Diretoria de Vigilância em Saúde – Gerência de Vigilância Epidemiológica
24 outub ro d e 2011
Meningite
Situação Epidemiológica
Conforme informações divulgadas, foi confirmado o sexto caso de meningite viral
em um Centro de Educação Infantil em Joaçaba, no Meio-Oeste de SC. A situação está
sendo monitorada, não houve registro de mortes por causa da doença e todos evoluem
em bom estado de saúde.
Em Ouro Branco/MG foram notificados 33 casos suspeitos de doença
meningocócica, sendo 7 casos confirmados, 8 descartados e 18 estão em investigação.
Informamos que até a presente data, não há registro de surto de meningite no
município de Florianópolis, somente notificações de casos isolados.
Frente à divulgação de casos de surto de meningite viral, bem como surto de
doença meningocócica e considerando a importância do diagnóstico precoce, solicitamos
que os profissionais de saúde fiquem alerta perante as pessoas que apresentem
sintomas.
O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das
meninges, membranas que envolvem o cérebro.
Manifestações clínicas: A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o
quadro clínico é grave e caracteriza-se por febre, cefaléia intensa, náusea, vômito, rigidez
de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea, acompanhados de
alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR).
A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias,
vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos.
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As Meningites bacterianas são causadas pelos principais agentes:
Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis e
Neisseria meningitidis (Meningococo). A Neisseria é responsável pelos quadros de
meningococcemia com ou sem meningite, caracterizada por um exantema (rash)
principalmente nas extremidades do corpo. Esse exantema apresenta-se tipicamente
eritematoso e macular no início da doença, evoluindo rapidamente para exantema
petequial. As principais complicações das meningites bacterianas são: perda da audição,
distúrbio de linguagem, retardo mental, anormalidade motora e distúrbios visuais.
A vigilância da doença meningocócica é de grande importância para a saúde
pública em virtude da magnitude e gravidade da doença, bem como do potencial de
causar epidemias.
As Meningites virais são representadas principalmente pelos enterovírus. O
quadro clínico é semelhante ao das demais meningites agudas. Entretanto, o exame físico
chama a atenção o bom estado geral associado à presença de sinais de irritação
meníngea. Em geral, o restabelecimento do paciente é completo, mas, em alguns casos,
pode permanecer alguma debilidade, como espasmos musculares, insônia e mudanças de
personalidade. A duração do quadro é geralmente inferior a 1 semana. Em geral, as
meningites virais não estão associadas a complicações, a não ser que o indivíduo seja
portador de alguma imunodeficiência.
A Transmissão da meningite é de pessoa a pessoa, através das vias
respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato
íntimo (residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou
alojamento, comunicantes de creche ou escola, namorado) ou contato direto com as
secreções respiratórias do paciente. A transmissão fecal-oral é de grande importância em
infecções por enterovírus.
O período de incubação é de 2 a 10 dias, em média de 3 a 4 dias. Pode haver
alguma variação em função do agente etiológico responsável.
Definição de Caso de Meningite
• Crianças acima de 1 ano de idade e adultos com febre, cefaléia intensa,
vômitos em jato, rigidez da nuca, sinais de irritação meníngea (Kernig,
Brudzinski), convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo.
• Em crianças abaixo de 1 ano de idade, os sintomas clássicos acima referidos
podem não ser tão evidentes. É importante considerar, para a suspeita
diagnóstica, sinais de irritabilidade, como choro persistente, e verificar a
existência de abaulamento de fontanela.
Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente, para desencadeamento
da investigação e adoção das medidas de controle pertinentes.
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Ações de educação em saúde
A população deve ser orientada sobre os sinais e sintomas da doença e, também,
sobre hábitos, condições de higiene e disponibilidade de outras medidas de controle e
prevenção, tais como quimioprofilaxia (nos casos de meningite meningocócica ou
meningite por Haemophilus influenzae) e vacinas, alertando para a procura imediata do
serviço de saúde frente à suspeita da doença. A divulgação de informações é fundamental
para diminuir a ansiedade e evitar o pânico.
Estratégias de prevenção e controle
- Orientar a população sobre a importância da higiene corporal e ambiental,
- Manter ambientes domiciliares e ocupacionais ventilados,
- Evitar aglomerados em ambientes fechados,
- Informar sobre os mecanismos de transmissão da doença.
- Detectar precocemente situações que indiquem possibilidade de surto.
Mais informações sobre este e outros agravos podem ser verificadas no Guia de Vigilância
Epidemiológica – 7ª edição, disponível no seguinte endereço eletrônico:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual.pdf
Lembramos que:
1. Os agravos de notificação imediata devem ser informados até 24h, por todo e
qualquer estabelecimento de saúde, à Vigilância Epidemiológica:
a. Das 7 às 19 horas: pelo fone 3212-3907 / fax 3212-3906; ou
b. A qualquer hora, pelo fone 3212-3922 – 9985-2710 ou e-mail [email protected]
2. Demais agravos:
a. As unidades de saúde da Prefeitura de Florianópolis deverão enviar as notificações
para seus Distritos Sanitários, que repassarão à Vigilância Epidemiológica.
b. Os demais estabelecimentos de saúde, clínicas privadas e hospitais enviarão as
notificações à Vigilância em Saúde do município, semanalmente (Praça Getúlio Vargas,
312, sala 16 - Centro. CEP 88020-030).
Salientamos que a Lei Federal 6.257 de 30 de outubro de 1975, em seu artigo 8º,
determina que:
É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a
ocorrência de fato, comprovado ou presumível, de caso de doença
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transmissível, sendo obrigatória a médicos e outros profissionais de
saúde no exercício da profissão, bem como aos responsáveis por
organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e
ensino a notificação de casos suspeitos ou confirmados das doenças
relacionadas em conformidade com o artigo 7º.
Ainda, citando o Código Sanitário Municipal em concordância com o Artigo 4º, Parágrafos
1º, 3º, 4º, 5º, 6º, Artigo 8º inciso XI, Artigo 13º item V, Artigo 14º, Artigo 18º e artigo
19º Parágrafo 1º e 2º, Artigo 96, Artigo 97 parágrafo 1º e 2º, solicitamos que as
notificações acima mencionadas sejam repassadas em até 24 horas à Vigilância em Saúde
para que possam ser tomadas as medidas de controle cabíveis.
Diretoria de Vigilância em Saúde
Gerência de Vigilância Epidemiológica
Praça Getúlio Vargas, 321 – Centro
Fone/Fax: (48) 3212-3910
e-mail: [email protected]
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