A INSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA A PROCLAMAÇÃO Proclamada em 15 de novembro de 1889, a República nascia no Brasil como resultado de um movimento de cúpula, como uma espécie de “revolução pelo alto” controlada desde o primeiro momento pelos militares e pelas elites agrárias. A PROCLAMAÇÃO O novo regime não se preocupou em promover mudanças, mesmo superficiais na estrutura econômica do país. A PROCLAMAÇÃO A grande propriedade monocultora e voltada para a exportação foi mantida como base de economia e não foi feita nenhuma tentativa de reforma agrária. A PROCLAMAÇÃO Conservou-se a estrutura política sustentada no mandonismo dos coronéis do interior e das oligarquias agrárias. A PROCLAMAÇÃO O traço distintivo da República continuou sendo a exclusão social, política e econômica de grande parte da população. A República da Espada O período em que os militares Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto governaram Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) O GOVERNO DO MARECHAL DEODORO DA FONSECA Pode ser dividido em Governo Provisório (1889 a 1891) e Governo Constitucional (1891). GOVERNO PROVISÓRIO Proclamada a República, os líderes do movimento compuseram um Governo Provisório, sob a chefia do Marechal Deodoro da Fonseca, um antigo Monarquista e amigo de D. Pedro II. GOVERNO PROVISÓRIO Deodoro compôs seu ministério com civis e militares de destaque no movimento republicano, ou seja, o ministério representava as principais elites econômicas e políticas do país. Benjamin Constant Botelho de Magalhães Militar, engenheiro, professor Ministro da Guerra Manoel Ferraz de Campos Sales Advogado e político Ministro da Justiça Rui Barbosa de Oliveira Jurista, político, diplomata, tradutor, escritor, filólogo Ministro da Fazenda Quintino Antonio Ferreira de Sousa Bocaiúva Jornalista e político Ministro das Relações Exteriores PRIMEIRAS MEDIDAS Instituição do federalismo – as provincias imperiais foram transformadas em estados-membros da federação; com isso, teriam maior autonomia administrativa em relação ao governo federal, cuja sede recebeu o nome de Distrito Federal, situado no Rio de Janeiro. PRIMEIRAS MEDIDAS Assim, o país passava a ser uma República Federativa com o nome de Estados Unidos do Brasil. PRIMEIRAS MEDIDAS Separação entre Igreja e Estado – foi extinto o regime do padroado, por meio do qual o Estado controlava a Igreja Católica no Brasil. O catolicismo deixou de ser a religião oficial. Com isso, foram criados o registro civil de nascimento e o casamento civil. PRIMEIRAS MEDIDAS Criação de novos símbolos nacionais – para substituir os símbolos da monarquia, foi criada, por exemplo, uma nova bandeira nacional, com o lema “Ordem e Progresso”. PRIMEIRAS MEDIDAS Promulgação da lei da grande naturalização – lei que declarava cidadãos brasileiros os estrangeiros residentes no Brasil. ENCILHAMENTO: A REFORMA FINANCEIRA Tinha como objetivo estimular o crescimento econômico, principalmente a expansão da indústria. ENCILHAMENTO: A REFORMA FINANCEIRA O governo permitiu que bancos instalados na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul emitissem grande quantidade de moeda, que serviria para implantar novas indústrias e pagar os salários dos operários. ENCILHAMENTO: A REFORMA FINANCEIRA Inflação – os bancos emitiram muito mais dinheiro que o necessário. A circulação de quantidade de moeda superior à produção real da economia trouxe como resultado uma grande inflação. ENCILHAMENTO: A REFORMA FINANCEIRA Empresas-fantasmas – surgiram apenas para obter o crédito facilitado dos bancos. Em 1890 fundaram-se 313 novas empresas. A maioria delas tinha como meta a venda de ações para obter lucros rápidos e fáceis no mercado financeiro. ENCILHAMENTO: A REFORMA FINANCEIRA Especulação Financeira – a reforma acabou estimulando uma excessiva especulação financeira, desviando investimentos da área produtiva. Muitos cafeicultores protestaram contra essa política econômica, pois, não lhes interessavam medidas que dessem mais importância à indústria que ao café. Rui Barbosa demitiu-se do cargo em janeiro de 1891. A CONSTITUIÇÃO DE 1891 A CONSTITUINTE Convocada logo nos primeiros dias do novo regime, a Assembléia Constituinte só deu início a seus trabalhos em novembro de 1890. Três meses depois, a Constituição, inspirada na Carta norte-americana, estava pronta. A CONSTITUINTE A primeira Constituição da República foi promulgada 24 de fevereiro de 1891. No dia seguinte a Assembléia elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca como presidente da República e, para vice, o Marechal Floriano Peixoto. PRINCIPAIS TÓPICOS DA CONSTITUIÇÃO – GOVERNO E ESTADO Adoção da forma de governo republicana, com sistema presidencialista. O presidente da República tornou-se chefe de governo e Estado, auxiliado por ministros. PRINCIPAIS TÓPICOS DA CONSTITUIÇÃO – GOVERNO E ESTADO O Estado passou a ser federalista. Cada Estado teria uma Constituição própria, entratanto, não poderia contrariar a Constituição Federal. PRINCIPAIS TÓPICOS DA CONSTITUIÇÃO – DIVISÃO DOS PODERES O Estado brasileiro passou a ter três poderes independentes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. PRINCIPAIS TÓPICOS DA CONSTITUIÇÃO – VOTO O direito de voto foi garantido aos brasileiros maiores de 21 anos, excetuando-se analfabetos, mendigos, soldados e religiosos sujeitos a obediência eclesiástica. PRINCIPAIS TÓPICOS DA CONSTITUIÇÃO – VOTO As mulheres também não podiam votar. O voto era aberto. GOVERNO MILITARES (1891-1894) Depois de elaborar a Constituição de 1891, a Assembléia Constituinte foi transformada em Congresso Nacional. Cabia ao Congresso eleger o primeiro presidente e no vicepresidente. GOVERNO MILITARES (1891-1894) Marechal Deodoro da Fonseca candidatou-se à presidência, com o apoio de muitos militares. Os cafeicultores receavam o autoritarismo de Deodoro e muitos o responsabilizavam pela crise econômica causada pelo Encilhamento. GOVERNO MILITARES (1891-1894) Nas primeiras eleições, a oligarquia cafeeira de São Paulo apresentou seus candidatos: Prudente de Morais para presidente e o marechal Floriano Peixoto para vicepresidente. GOVERNO MILITARES (1891-1894) Os militares queriam Deodoro da Fonseca para presidente e o almirante Eduardo Wandenkolk como vice-presidente. Marechal Floriano Peixoto (1891-1894) A REPÚBLICA DAS OLIGARQUIAS A POLÍTICA OLIGARQUIAS E CORONELISMO Em todos os Estados, quem formava a base das oligarquias eram os chefes políticos locais, em geral grandes fazendeiros ou comerciantes, que controlavam o processo eleitoral em cada região, os chamados “coronéis”. OLIGARQUIAS E CORONELISMO Controlando a política local, o coronel tinha influência determinante sobre a nomeação do delegado e do juiz e sobre a eleição do prefeito. Na maioria dos casos, esses cargos eram exercidos por parentes e amigos do coronel. CAFÉ-COM-LEITE No início da República, não existiam partidos políticos nacionais, mas, sim, agremiações regionais, independentes uma das outras como o Partido Republicano Mineiro (PRM), o Partido Republicano RioGrandense (PRR) e o Partido Republicano Paulista. CAFÉ-COM-LEITE Não havia programa único, uma só política ou partidos de oposição. As lutas políticas entre os diferentes setores das elites estaduais se davam no próprio partido. CAFÉ-COM-LEITE A única exceção era no Rio Grande do Sul, onde a oposição de articulava em torno dos federalistas, que enfrentaram o governo de Júlio Castilhos, entre 1893 e 1895. CAFÉ-COM-LEITE Em 1922, os federalistas gaúchos se juntaram a outras correntes de oposição e criaram a Aliança Libertadora, que passou a se chamar Partido Libertador a partir de 1928. CAFÉ-COM-LEITE Nos primeiros anos da República, o poder central foi exercido por dois marechais, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. CAFÉ-COM-LEITE Com a eleição de Prudente de Morais em 1894, as elites agrárias de São Paulo, por intermédio do PRP, ganharam força e passaram a controlar o poder. CAFÉ-COM-LEITE A partir da presidência de Campos Sales (1898-1902), O PRP se uniu aos republicanos de Minas Gerais, estado mais populoso do pais e com maior número de eleitores. Assim nasceu a chamada política do cafécom-leite. CAFÉ-COM-LEITE A alternância das duas maiores oligarquias no governo foi aprovada pelas elites de outros estados, em função das vantagens que oferecia. Campos Sales institui por volta de 1900, a chamada política dos governadores. A ECONOMIA Café: a principal atividade econômica A economia da República Velha continuava agrária, monocultora e dependente do mercado externo. Além do café, o Brasil exportava borracha, mate, fumo e importava manufaturados e gêneros alimentícios. Café: a principal atividade econômica O café brasileiro dominou o mercado externo e os maiores consumidores eram os EUA e a Ingraterra. O Convênio de Taubaté (1906) Em virtude da crise de superprodução, os cafeicultores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro assinaram com o governo um acordo, pelo qual este se comprometia a comprar o excedente da produção para estocar e esperar melhores preços no mercado. O Convênio de Taubaté (1906) Assim, contraía empréstimos, e quem pagava era a população, com impostos (os prejuízos dos fazendeiros eram distribuídos entre todos). A Diversificação da Economia BORRACHA - Ao fim do século XIX, o desenvolvimento da indústria automobilística impulsionou a exploração da borracha, e sua produção aumentou no Brasil, na região amazônica, com o emprego de mão-de-obra nordestina. A Diversificação da Economia BORRACHA – Em 1910, o Brasil era o primeiro produtor de borracha do mundo, mas, a partir de 1914, os ingleses plantaram mudas de sringueiras em suas colônias asiáticas e conseguiram vender o produto a um preço mais baixo. A Diversificação da Economia AÇUCAR – Entrou em decadência no Nordeste desde a abolição dos escravos. No período republicano o açucar brasileiro perdeu mercado para Cuba. O consumo ficou limitado ao mercado interno e o maior consumidor era São Paulo que, posteriormente passou a ser produtor. A Diversificação da Economia CACAU – Cultivado no litoral baiano, adquiriu importância com o progresso da indústria de chocolate nos EUA e Europa. A concorrência dos domínios ingleses na África provocou a queda da exportação do cacau brasileiro. O Crescimento Industrial Brasileiro A disponibilidade de capitais, por causa da abolição do tráfico de escravos, e a elevação das tarifas alfandegárias, desde 1844, causaram um ligeiro crescimento industrial no Brasil. O Crescimento Industrial Brasileiro A partir de 1910, São Paulo ultrapassou o Rio de Janeiro, tornando-se o principal centro industrial do Brasil. Contribuíram para a industrialização de São Paulo: o capital acumulado com o café e a ampliação do mercado consumidor, decorrente do aumento da população. O Crescimento Industrial Brasileiro Alguns imigrantes instalaram manufaturas nos centros urbanos, que se transformaram, mais tarde, em grandes indústrias (Matarrazzo, Klabin, Filizola, etc) A Primeira Grande Guerra impulsionou internamente as indústrias de tecidos, alimentos, vestuário, calçados, vidros, etc. PRESIDENTES Prudente de Morais (1894-1898) Campos Sales (1898-1902) Rodrigues Alves (1902-1906) Afonso Pena 1906-1909 Nilo Peçanha (1909-1910) Marechal Hermes da Fonseca (1910-1914) Venceslau Brás (1914-1918) Rodrigues Alves/Delfim Moreira (1918-1919) Epitácio Pessoa (1919-1922) Artur Bernardes (1922-1926) Washington Luís (1926-1930)